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TREINAMENTO

DESPORTIVO
Conceitos e Aplicabilidade

BARRETOS - 2004
João A. Nunes
Cláudio E. Bacci Martins

joao.nunes@uol.com.br
claudio@claudiobacci.com.br
Treinamento Desportivo
 Histórico (Costa, 1972)
 Períodos:

 da Arte (até 1896)

 da Improvisação (1896 – 1920)

 do Empirismo (1920 – 1952)

 Pré-científico (1952 – 1964)

 Científico (1964 – 1980)

 Tecnológico (1980 – 1992)

 Marketing (desde 1992)


Treinamento Desportivo
Conceitos
 Atividade física

 Exercício

 Treinamento

Treinamento Desportivo
ATIVIDADE FÍSICA

1. Movimento Corporal via musculatura esquelética;


2. Resulta em gasto de energia;
3. Gasto de energia (kcal.) varia continuamente de baixo a
elevado;
4. Positivamente correlacionado com Aptidão Física.
EXERCÍCIO FÍSICO

1. Movimento Corporal via musculatura esquelética;


2. Resulta em gasto de energia;
3. Gasto de energia (kcal.) varia continuamente de baixo a elevado
4. Altamente e Positivamente correlacionado com Aptidão Física;
5. Movimento corporal PLANEJADO, ESTRUTURADO e
REPETITIVO;
6. Um dos OBJETIVOS é MELHORAR ou MANTER os
componentes da Aptidão Física
APTIDÃO FÍSICA

é uma série de atributos


relacionados à SAÚDE ou às
HABILIDADES
MOTORAS
COMPONENTES DA ATIVIDADE
FÍSICA, EXERCÍCIO e APTIDÃO FÍSICA

AF relacionada à Saúde:
✔Aptidão CARDIORESPIRATÓRIA;
✔ FORÇA E RESISTÊNCIA MUSCULAR,
✔ FLEXIBILIDADE;
✔ COMPOSIÇÃO CORPORAL.
COMPONENTES DA ATIVIDADE
FÍSICA, EXERCÍCIO e APTIDÃO
FÍSICA

AF relacionada às HABILIDADES
MOTORAS:
✔Equilíbrio:
✔Agilidade;
✔ Potência;
✔ Velocidade;
✔ COORDENAÇÃO MOTORA.
Exercícios Gerais

“Exercícios que não contém nenhum


componente dos movimentos
característicos de uma competição ou
jogo”.
Exercícios Específicos
 “Exercícios que possuem estrutura parcial
ou total semelhante a estrutura do
movimento de competição ou jogo”.
 TREINAMENTO  TREINAMENTO
FÍSICO
 “Processo repetitivo e
sistemático composto  Repetição sistemática de
de exercícios exercícios que produz
progressivos que fenômenos de adaptação
visam o funcional e morfológica
aperfeiçoamento da nas capacidades físicas
performance”.
Treinamento Desportivo

“Preparo físico, técnico-tático, intelectual,


psíquico e moral do atleta através de exercícios
físicos”. (Matveev, 1972)

“Um processo que favorece alterações positivas


de um estado - físico, motor, cognitivo e afetivo”.
(Martin, 1977)
Treinamento Desportivo
 “Processo sistemático da preparação de
atletas para o nível mais alto de rendimento
esportivo”.
(Harre,1982)
Componentes do Treinamento
Desportivo
 FÍSICO
 TÉCNICO
 TÁTICO
 PSICOLÓGICO
 INTELECTUAL
Princípios Biológicos do
Treinamento Desportivo

 Sobrecarga

 Especificidade

Reversibilidade
PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO
TREINAMENTO DESPORTIVO
1. INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA
 Cada indivíduo possui uma estrutura física
e psíquica própria;

• GENÓTIPO
INDIVÍDUO BIOLÓGICO
• FENÓTIPO
2. ADAPTAÇÃO

ESTÍMULO

COMPENSAÇÃO FUNCIONAL E ESTRUTURAL

OBS:. O estímulo deve ocorrer de forma dosada e progressiva


para que haja a devida compensação, evitando-se assim o
overtraining
TEORIA DO
ESTÍMULO => COMPENSAÇÃO

Supercompensação

Destreino

Catabolismo Anabolismo
RELAÇÃO CORRETA
ESTÍMULO / RECUPERAÇÃO

Supercompensação
Anabolismo
Catabolismo
ADAPTAÇÃO AO
TREINAMENTO


PERÍODO LONGO DE RECUPERAÇÃO

Destreino

Catabolismo Anabolismo Supercompensação


PERÍODO CURTO DE RECUPERAÇÃO

Catabolismo

Anabolismo
Supercompensação ???
OBS:. Pode levar ao estado de over training
TEORIA DA
SUPERCOMPENSAÇÃO
Intensidades de Estímulo

 Estímulo fraco→ insuficiente p/ causar


excitação

 Estímulo forte → causa efeito de


excitação, modificação e ajuste

 Estímulo muito forte → leva ao estado de


overtraining

Adaptado de Hans Selye, 1952


Sintomas do Overtraining

 Anorexia (falta de apetite)


 Mialgia (dor muscular)
 Fadiga Crônica
 ↑ FC basal
 ↑ P.A.
 Insônia
3. SOBRECARGA

 A carga deve ser aumentada progressivamente


(↑ volume ou intensidade)

Ex:.
 1ª sem: 3 x 10 / 20 kg
 2ª sem: 4 x 10 / 20 kg ou 3 x 10 / 25 kg

 1ª sem: 1800m / 12 min


 2ª sem: 1800 / 11 min ou 1850m / 12 min
4. CONTINUIDADE

Supercompensação
Anabolismo
Catabolismo
Destreino

Catabolismo Anabolismo Supercompensação


5. ESPECIFICIDADE

LEVAR EM CONSIDERAÇÃO AS ESPECIFICIDADES


DA MODALIDADE EM QUESTÃO

 Grupos musculares trabalhados;

 Cinemática correspondente;

 Mesmo regime de trabalho;

 Duração da contração semelhante


6. INTERDEPENDÊNCIA
VOLUME-INTENSIDADE
VOLUME
 nº de séries;
 Quilômetros percorridos
 Horas de treino
 Nº de saltos
INTENSIDADE
 Carga
 Velocidade de execução
O aumento do volume leva a diminuição
da intensidade e vice-versa

EX:.
100 m → velocidade
42 Km → velocidade
BIOENERGÉTICA
BÁSICA DO
TREINAMENTO FÍSICO
COMPARANDO OS SISTEMAS ENERGÉTICOS

Características Gerais dos Três Sistemas Pelos Quais é Formado o ATP

Sistema Combustível O2 necessário Velocidade Produção Duração


relativa de ATP

Anaeróbio
ATP-CP creatina fosfato não mais rápida pouca, limitada 6 a 20 s

Glicolítico glicogênio (glicose) não rápida pouca, limitada 30 a 120 s

Aeróbio
Oxigênio glicogênio, gorduras sim lenta muita, ilimitada a partir
e proteínas de 120 s

FOX et al, 2000


SEQUÊNCIA DE SUBSTRATOS A
SEREM UTILIZADOS COMO
FONTE DE ENERGIA NO
EXERCÍCIO

 ATP
 ATP-PC
 GLICOSE
 ÁCIDOS GRAXOS (GORDURAS)
 PROTEÍNAS
METABOLISMO
PREDOMINANTE NAS
MODALIDADES
DESPORTIVAS
SISTEMAS ENERGÉTICOS NA PRODUÇÃO DE ENRGIA

ATPase

ATP = Adenosina Pi Pi Pi

Energia = 7,6 kcal

ADP = Adenosina Pi Pi + Pi
METABOLISMO ENVOLVIDO EM
PROVAS DE ATLETISMO

TEMPO DE METABOLISMO FONTE DE


DESEMPENHO PREDOMINANTE ENERGIA
1-1’30 ANAERÓBIO GLICÓLISE
ANA.

0’22-0’35 ANAERÓBIO GLICÓLISE


ANA.

0’10-0’15 ANAERÓBIO ATP-


FOSFOCREATIN
A
METABOLISMO ENVOLVIDO EM
PROVAS DE ATLETISMO
PROVA TEMPO METABOLISMO FONTE DE
DE PREDOMONANTE ENERGIA
DESEMPE
NHO
MARATONA 135-180MIN AERÓBIO ÁC.GRAXO

10 KM 30-50MIN AERÓBIO ÁC.GRAXO

5KM 15-25MIN AERÓBIO ÁC.GRAXO

3KM 10-16MIN AERÓBIO ÁC.GRAXO

1,5KM 4-6MIN AERÓBIO/ANA GLICÓLISE

800M 2-3MIN AERÓBIO/ANA GLICÓLISE


SISTEMA ENERGÉTICO PREDOMINANTE
NO TÊNIS

ATP-CP (0 a 10 SEGUNDOS)
CONTRIBUIÇÃO = 70%

GLICÓLISE (20 a 180 SEGUNDOS)


CONTRIBUIÇÃO = 20%

ÁCIDOS GRAXOS (3 MIN ATÉ VÁRIAS


HORAS)
CONTRIBUIÇÃO = 10%
SISTEMA ENERGÉTICO
PREDOMINANTE NO FUTEBOL

 ATP-CP (0 a 10 SEGUNDOS)
 CONTRIBUIÇÃO = 80%

 GLICÓLISE (20 a 180 SEGUNDOS)


 CONTRIBUIÇÃO = 20%

 ÁCIDOS GRAXOS (3 MIN ATÉ VÁRIAS


HORAS)
 CONTRIBUIÇÃO = 10% OU MENOS
 OBS: ALAS E ATACANTES
SISTEMA ENERGÉTICO NO
FUTEBOL
 ATP-CP (0 a 10 SEGUNDOS)
 CONTRIBUIÇÃO = 60%

 GLICÓLISE (20 a 180 SEGUNDOS)


 CONTRIBUIÇÃO = 20%

 ÁCIDOS GRAXOS (3 MIN ATÉ VÁRIAS


HORAS)
 CONTRIBUIÇÃO = 20%
 OBS: MEIO-CAMPO
SISTEMA ENERGÉTICO NO
BASQUETE
 ATP-CP (0 a 10 SEGUNDOS)
 CONTRIBUIÇÃO = 80%

 GLICÓLISE (20 a 180 SEGUNDOS)


 CONTRIBUIÇÃO = 10%

 ÁCIDOS GRAXOS (3 MIN ATÉ VÁRIAS


HORAS)
 CONTRIBUIÇÃO = 10%
SISTEMA ENERGÉTICO NO
VOLEIBOL
 ATP-CP (0 a 10 SEGUNDOS)
 CONTRIBUIÇÃO = 90%

 GLICÓLISE (20 a 180 SEGUNDOS)


 CONTRIBUIÇÃO = 10%

 ÁCIDOS GRAXOS (3 MIN ATÉ VÁRIAS


HORAS)
 CONTRIBUIÇÃO = SOMENTE NA
RECUPERAÇÃO
 HABILIDADE  CAPACIDADE

 Ato ou tarefa que  Potencial hereditário para o


requer movimentos e desempenho motor que
deve ser aprendida pode ser influenciado pela
para ser executada experiência e meio ambiente
corretamente
Estrutura de Habilidade
 CÍCLICA

 ACÍCLICA

 MISTA OU COMBINADA
Capacidades

Capacidades Capacidades
condicional coordenativas
Capacidades
coordenativas

“São capacidades determinadas sobretudo


pelo processo de controle dos movimentos
que devem ser regulamentados”
(Hirtz, 1981)
“Capacitam o atleta para ações motoras
em situações previsíveis e imprevisíveis e
para o rápido aprendizado e domínio de
movimentos nos esportes” (Frey, 1977)
Capacidades coordenativas

• Capacidade de controle motor


• Capacidade de reação motora
• Capacidade de expressão motora
“Existe um período ótimo para o
desenvolvimento desses capacidades, isso
ocorre entre as idades de 7 e 10 anos”
(Hirtz & Schielke, 1986)
Capacidade coordenativas

• Capacidade de diferenciação sensorial


• Capacidade de observação
• Capacidade de representação
• Capacidade de antecipação
• Capacidade de ritmo
• Capacidade de coordenação motora
Capacidades

Resistência
“Resistência psíquica é a capacidade de um
atleta de suportar um estímulo no seu limiar por
um determinado período de tempo e a resistência
física é a tolerância do organismo e de órgãos
isolados ao cansaço”. (Frey, 1977)
“Relação entre a magnitude das reservas
energéticas acessíveis para utilização e a
velocidade de consumo da energia durante a
prática esportiva”. (Menshikov e Volkov, 1990)
ATIVIDADE DE RESISTÊNCIA
MUSCULAR...

Tensão = FORÇA
Velocidade = VELOCIDADE

Dependendo da intensidade...
... Localizada Aeróbia ou Anaeróbia
Duração = RESISTÊNCIA

FLEXIBILIDADE

COORDENAÇÃO NEUROMOTORA
Resistência

- Massa muscular envolvida: geral ou


localizada;
- Via energética predominante: aeróbica
ou anaeróbica;
- Duração dos esforços: curta, média e
longa.
Resistência

Geral
- Mais de um sétimo a um sexto da
musculatura esquelética total;
- Expressa em função do consumo
máximo de oxigênio (não depende da
modalidade) base l, ll, lll.
Resistência

Localizada
- Menos de um sétimo a um sexto da
musculatura esquelética total;
- Determinada força específica, capacidade
anaeróbica, coordenação neuromuscular.
Resistência

Capacidade
Quantidade total de energia de que se dispõe em
uma via metabólica; tempo que um sujeito é
capaz de manter uma potência de esforço
determinada.
Potência
Maior quantidade de energia por unidade de
tempo que se pode produzir através de uma via
energética.
Máxima degradação de
Potência alática 0 -10”
Pcr
Máxima duração Pa se
Capacidade alática 0 - 20” mantém a um nível muito
alto
Máximo ritmo de
Potência glicolítica 0 - 45”
produção de lactato
Duração máxima em que
Capacidade glicolítica 1’ - 1’30” glicólise opera como fonte
principal de energia
Duração mínima para
Potência aeróbia 2’ - 4’
alcançar o Vo2máx
Mantém o Vo2máx em um
Capacidade aeróbia 2’ - 6’
certo número de repetições
Eficiência aeróbia 10’ - 30’ Steady state
Navarro (1994)
Resistência

Curta
- Estímulos máximo 45”- 2’
Média
- Estímulos 2’- 8’
Longa
- Estímulos superiores 8’
Tipos de Resistência

M ú s c u lo Modalidade Esportiva

G e ra l L o c a liz a d a G e ra l E s p e c íf ic a

Mob ilização Ene rg é tica Duração

C u rta M é d ia
A e r ó b ia A n a e r ó b ia
Lo n g a
C a p a c id a d e s M o t o r a s

R e s is t . F o Rr eç sa is t . F o r ç a R áR pe id a t . d e V e lo c id a
s is
Força

“Capacidade de superar a resistência


externa à custa dos esforços
musculares”. (Verkhoshanski, 2001)

Máxima
“Maior força disponível, que o sistema
neuromuscular pode mobilizar através de
uma contração máxima voluntária”.
(Weineck, 1999)
ATIVIDADE DE FORÇA...

Tensão = FORÇA
Velocidade = VELOCIDADE

Força Rápida

Link
Resistência de Força
Duração = RESISTÊNCIA

FLEXIBILIDADE

COORDENAÇÃO NEUROMOTORA
Fatores biológicos

- Estrutura das fibras: hipertrofia

- Aspectos neuromusculares: recrutamento

- Fontes energéticas

- Comportamento hormonal
Força máxima

- Diâmetro das fibras musculares


- Volume muscular
- Composição das fibras
- Coordenação intramuscular
- Motivação
(Sale, 1992)
Força

Força absoluta
Força relativa
Força de velocidade
“Capacidade do sistema neuromuscular
de vencer uma resistência em uma maior
velocidade de contração possível”. (Harre
& Hauptmann, 1991) P = f x d÷t
Força

Força explosiva tônica

Força explosiva balística

Força rápida
Força

Resistência de força
“Capacidade de resistência a fadiga,
provocados por componentes de força e
sobrecarga em uma modalidade
esportiva”. (Matveev, 1983)
Resistência de Força

Estática Dinâmica

Resistência Resistência Resistência


Estática de Força dinâmica de dinâmica de
força acíclica força cíclica
Máxima e
submáxima Resistência de Resistência
força máxima e de
rápida força rápida
Velocidade

“É o principal requisito motor, o qual


permite tanto a movimentação, quanto a
assimilação de outras capacidades do
condicionamento - duração e força – e
também da coordenação”.(Weineck, 1992)
Formas de velocidade: Puras e complexas
Velocidade

Puras
Reação
Ação (acíclicos)
Freqüência (cíclicos)
- Dependentes do sistema nervoso central
e de fatores genéticos
Velocidade

Complexas
Velocidade de força: Capacidade de resistir a uma
força, a mais alta possível, por um tempo
determinado.
Resistência de força rápida (Acíclicos):
Capacidade de manutenção da velocidade de
contração sob fadiga.
Resistência de velocidade máxima (Cíclicos):
Capacidade de resistência sob fadiga, na manutenção
da velocidade.
Treinabilidade velocidade

- Adulto 15 – 20%
- Distribuição dos tipos de fibras
- Organização e inervação das fibras
- Perdas sensíveis com a idade
-Idade ótima pré-escolar e na pré-
adolescência
Tipos de Velocidade

P u ra s Complexas

V e lo c id a d e d e
V e lo c id a d e d e A ç ã o
F o r ç a R á p id a

V e lo c id a d e d e R e a ç ã o V e lo c id a d e d e
F o r ç a R á p id a

V e lo c id a d e d e F r e q ü ê n R e s is t ê n c ia d e
c ia
V e lo c id a d e M á x im a
Flexibilidade

“Amplitude de movimento disponível em


uma ou grupo de articulações” (Cobin,
Powell, Lindsey & Tolson, 1978)

“Capacidade de uma ou mais


articulações, mover-se com fluidez por
toda sua amplitude de movimento”
(Heyward, 1998)
Fatores influenciadores

- Idade

- Gênero

- Nível habitual de atividade física

- Temperatura

- Horário do dia
Tipos de alongamento

- Balístico

- Estático

- Passivo

- Ativo

- FNP
Distribuição das capacidades físicas nos
períodos sensíveis apropriados (Filin)
Capacidades Períodos sensíveis para o desenvolvimento
(faixas etárias, em anos)
Físicas ♂ ♀ ♂ ♀ ♂ ♀
Coordenação 4-6 3-6 8-10 8-10 14-15 13-15
Força 5-7 4-7 9-12 8-13 15-17 14-16
Velocidade 7-9 6-8 13-14 12-13 16-18 14-17
Resistência 8-10 7-9 15-18 14-17 22-25 21-24
Flexibilidade 2-4 2-5 6-8 7-9 10-11 11-12
Estruturação e
Periodização
do
Treinamento Desportivo
Meios e Métodos da
Preparação Desportiva

 Meios
 equipamentos especiais, fatores naturais,

condições sociais, alimentação,


recuperação, influências informativas
Métodos de treinamento
 Método de Influência Prática “Programado”
 de Duração/Contínuo

 Intervalado

 de Repetição

 Método Competitivo
 Método de Jogo
 Método de Influência Verbal
 Métodos de Influência Demonstrativa
MÉTODOS DE TREINAMENTO
As capacidades físicas básicas podem ser treinadas
por basicamente 4 métodos :

3. MÉTODO DA DURAÇÃO
4. INTERVALADO EXTENSIVO
5. INTERVALADO INTENSIVO
6. MÉTODO DA REPETIÇÃO
Método da Duração
(Contínuo - LLD)

 Esforço Ininterrupto

 75 – 85 % FC máx ou no Limiar de Lactato

 Endurance (Meia Maratona, Maratona, Ultramaratona, Triatletas)

 2 – 5 x a distância da prova
Vantagens:

 Permite ao atleta exercitar-se quase com a


mesma intensidade da competição

Duração → estresse para fibras tipo I

Intervalado → fibras I e II (estresse desproporcional)


INTERVALADO

 Alternância entre esforço (intervalo de trabalho) e


recuperação (intervalo de recuperação);
Intervalo de Recuperação
(Quanto ao tempo )

PAUSA VANTAJOSA

⅓ tempo para recuperação total

PAUSA DE RECUPERAÇÃO

Tempo suficiente para recuperação total
(100bpm)
Intervalo de Recuperação
(Quanto ao tipo )

Repouso-recuperação
exercício leve ou nenhum

 Trabalho-recuperação
Exercício moderado
Diretrizes para Determinação do Ritmo de Trabalho
Corrida Natação Ritmo de treinamento
50 m + 1,5 ´´
100 m 25 m + 3 ´´
200 m 50 m + 5 ´´
400 m 100 m 1-4´´ a menos que ¼ do
melhor tempo nos
1.600m / 400 m
800 m 200 m 3-4´´ a menos que ¼ do
melhor tempo nos
1.600m / 400 m
INTERVALADO EXTENSIVO
 200-1000 m / 15-20 repetições (musc)

 12 – 40 repetições

 Tabela / 50 – 60 % RM (força)

 Pausa Vantajosa
(ATLETAS – 45-90 SEG / INICIANTES 1-2 MIN)

 Sist. Aeróbio / Glicólise Anaeróbia


 Ex.: ①

10 x 200m / 45´´ entre séries


3´ trote
10 x 200 / 1´ entre séries
15´ trote

Intensidade: até 5´´ a mais que o melhor tempo


ao iniciar as corridas
 Ex.: ②

Peitoral
4 x 15 / 1´ (supino reto)
4 x 15 / 1´ (supino inclinado)
4 x 15 / 1´ (voador)
INTERVALADO INTENSIVO
 100-600 m

 7-10 rep / 8 – 12

 Tabela / 75 % RM (força)

 Pausa Vantajosa
(ATLETAS – 1’30’’- 3’ / INICIANTES 2-4 MIN)

 ATP-CP / Glicólise Anaeróbia


 Ex.: ①

2 x 100 m / 1’30’’
1 x 200 m / 2’
1 x 400 m / 2’
5 min trote
1 x 200 m / 2’
1 x 400 m / 2’
1 x 200 / 2’
15 min trote
 Ex.: ②

Peitoral
4 x 8 / 1´ (supino reto)
4 x 8 / 1´30’’ (supino inclinado)
4 x 8 / 2’ (voador)
REPETIÇÃO
 30 - 600 m

 2-8 rep / 1-6 (musc)

 90 – 100 % máx

 Pausa Recuperação
(Corrida: 3 – 15’ / M usc: 3-5’)

 ATP-CP/ Glicólise Anaeróbia


 Ex.: ①

2 x 30 m / 3’
2 x 50 m / 4’
2 x 100 m / 5’
 Ex.: ②

Peitoral
4 x 6-4-4-2 / 3’-4’-5’ (supino reto)
4 x 6-4-4-2 / 4’-4’30’’-5’ (supino inclinado)
4 x 6-4-4-2 / 5’ (voador)
DEPOIS DO ESFORÇO...
Periodização

 Macrociclos

 Mesociclos

 Microciclos
Mesociclos
INCORPORAÇÃO
Incorporação Ordinário Ordinário Recuperação
B Á S I C O (Fase básica e específica)
Ordinário Ordinário Choque Recuperação
ESTABILIZADOR
Ordinário Ordinário Choque Recuperação
CONTROLE
Choque Recuperação Choque Recuperação
PRÉ–COMPETITIVO
Choque Choque Recuperação Recuperação
COMPETITIVO
RECUPERATIVO
Recuperação Recuperação Ordinário Recuperação
Microciclos
Microcicl 1 2 3 4 5 6 7
os
Incorporação 40% 50% 60% 50% 60% 70% X
Ordinário 70% 70% 70% 60% 50% 40% 20%
100 100 100
Pré - 80% 40% 40% 40%
% % %
100
competitivo 80% 70% 60% 50% 40% 90%
%
Competitivo ... ... ... ... ... ... ...
100
80% 90% 90% 80% 60% X
%
Choque
100
80% 90% 80% 60% 90% X
%
Recuperação 70% 40% 20% 70% 40% 20% X
Treinamento Desportivo

na Infância e Adolescência
Treinamento Desportivo

 Principio da individualidade biológica


(Dantas, 1995)

 Faixa Etária / Maturação / Períodos


sensíveis (Weineck, 1991)
Treinamento Desportivo
 Etapas organizacionais do treinamento
esportivo para jovens (Filin & Volkov, 1998)
1a – SELEÇÃO DESPORTIVA
2a – ORIENTAÇÃO DESPORTIVA
3a – ESCOLHA DESPORTIVA

 Detecção, formação, seleção e promoção


de talentos esportivos (Böhme, 2002)
Treinamento Desportivo

Etapas de preparação a longo prazo


(Gomes, 2002)
1ª 2ª 3ª
Preparação Especialização Especialização
preliminar inicial profunda

5ª 4ª
Manutenção Resultados
dos resultados superiores
Treinamento Desportivo
Treinamento a Longo Prazo (Böhme, 2002)
 Formação Básica Geral
 Treinamento Específico
 Treinamento básico

 Treinamento de síntese

 Treinamento de transição

 Treinamento de Alto Nível


Treinamento Desportivo

Modelo de formação esportiva a longo prazo


(Martin, 1988)
6 6
7 7
Formação
8 8
Básica Geral
9 9
10 Geral 10
11 Treinamento 11
12 Básico 12
13 Básico 13
14 14
15
Formação 15
16 Específica Específica 16
17 17
18 Alto Nível Alto Nível 18
Ideal Prática
Exemplo:
Treinamento Endurance
(Schmolynski, 1992; Zakharov, 1992; Kirsch &
Kock, 1983)
Etapa de Faixa Métodos de Conteúdos
Preparação Etária Preparação
Preparação Caráter geral e
10-12 anos Contínuo
Preliminar Corridas duração
Especialização Aprimor. técnica
Desportiva Inicial 13-14 anos Contínuo
Corridas 3-15 km
Treinamento Contínuo e Vários Km
15-16 anos
Profundo Interv. Extensivo Corridas Inteval.
Aperfeiçoamento Contínuo e Interv. Vários Km
17-18 anos
Desportivo Extens. e Intens. Corridas Inteval.
Treinamento Desportivo
(Martin et al., 1991)

Masculino Feminino
Esporte
Início Resultados Início Resultados
Judô 7,1 19,8 8,1 17,9
Atletismo 13,3 19,1 12,6 17,9
Ciclismo 10,6 18,4 11,2 18,1
Remo 14,2 19,4 15,6 20,0
Canoagem 13,1 19,6 12,3 19,0
Natação 9,8 16,9 9,4 15,6
Tênis mesa 7,6 13,6 8,6 14,6
Voleibol 11,6 17,1 12,0 17,1
G.O. 8,9 16,9 7,9 13,3
Saltos Orn. 9,7 17,4 9,3 16,6
Treinamento Desportivo
Comentários Gerais
 Treinamento a Longo Prazo
 Desenvolvimento biopsicossocial

 Teoria e princípios do treinamento

 Desenvolvimento

 Treinabilidade

 Capacidades de desempenho esportivo


Estudos
 Crescimento

 Força

 Resistência

 Resistência, velocidade e força


Crescimento
 Loko et al. Am J Hum Bio, 15: 72-77, 2003.
 Avaliar diferenças de idade nas características
de crescimento e capacidades físicas em garotas
adolescentes ativas; compara-lás a garotas
sedentárias
 643 garotas ativas; 902 sedentárias (10-17
anos)
 Atividade física

 Antropometria

 Testes motores

 Resultados
Força
 Halin et al. Eur J Appl Physiol, 87: 409-415, 2002.
 Investigar diferenças na força de braço e as
características do EMG entre rapazes ginastas e
não-treinados
 6 ginastas e 6 garotos não-treinados (10,5±0,6
anos)
 Antropometria

 Teste força e fadiga

 EMG

 Resultados
Força
 Flanagan et al. RQES, 73(3): 340-344, 2002.
 Determinar o efeito do treinamento de força na

habilidade de correr, saltar e arremessar de crianças;


determinar os efeitos dos diferentes modelos de
treinamento de força na performance.
 28 garotos e 30 garotas (8-9 anos) – 3 grupos

 Treinamento

 Teste

 Resultados
Resistência
 Faigenbaum et al. JSCR, 15(4): 459-465, 2001.
 Examinar os efeitos de 4 protocolos diferentes

de treinamento de resistência em crianças.


 44 garotos e 22 garotas (8,1±1,6 anos)

 Grupos

 Treinamento

 Testes

 Resultados
Resistência, velocidade e força
 Häkkinen et al. J Spo Med Phy Fit, 29(1):
27-35, 1989.
 Comparar características de performance em
atletas pre-adolescentes treinados em
resistência, velocidade e força.
 18 pré-adolescentes (11-13 anos) – 3 grupos

 6 atletas (17 anos) – 1 grupo

 Treinamento

 Teste

 Resultados

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