Você está na página 1de 18

Avaliação de Projectos de Investimento

de Investimento

VALOR ACTUAL E
DECISÃO DE
Avaliação de Projectos d

INVESTIMENTO

nº 2

Valor Actual e Decisão de Investimento

• Valor Actual e Decisão de Investimento


de Investimento

– Cap. I: Valor Actual Líquido


– Cap. II: O Cash Flow de Investimento
– Cap. III: Análise de Rendibilidade de um Investimento
– Cap. IV: Custo do Capital de um Investimento
Avaliação de Projectos d

Carlos J. Pereira Freitas

nº 3

Sumário

• Valor actual
de Investimento

• Taxa de desconto
• Valor actual líquido (VAL)
• Custo de oportunidade do capital
Avaliação de Projectos d

Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas


nº 4

Valor Actual

• Um cash flow futuro vale menos que um cash flow


de Investimento

similar no presente por três factores


– Preferência por consumo presente
• Para prescindir de consumo presente as pessoas exigem um valor
superior de consumo futuro
– Erosão do valor da moeda
Avaliação de Projectos d

• Quando existe inflação, o valor da moeda diminui com o tempo


– Incerteza sobre o cash flow futuro
• Qualquer incerteza sobre o cash flow futuro diminui o seu valor
no presente (valor actual)
• O processo pelo qual os cash flows futuros são ajustados
para reflectir estes factores designa-se de desconto ou
actualização
– A magnitude destes factores está reflectida na taxa de desconto

Carlos J. Pereira Freitas

nº 5

Valor Actual

• Valor actual (PV – present value)


de Investimento

– Valor no presente de um cash flow futuro


• Factor de desconto (DF – discount factor)
– Valor actual de 1,00€ a receber no futuro
• Taxa de desconto (r – discount rate)
Avaliação de Projectos d

– Taxa de juro utilizada para actualizar cash flows futuros

Valor Actual = Factor de Desconto t * Cash Flow t


1
Factor de Desconto =
(1 + r) t

Carlos J. Pereira Freitas

nº 6

Valor Actual

• Metodologia DCF (discounted cash flow) de avaliação de


activos
de Investimento

– O valor de um activo é igual ao somatório dos cash flows


futuros actualizados
• Regra da aditividade dos cash flows
Avaliação de Projectos d

– P
Permite
it calcular
l l o valorl ded investimentos
i ti t que produzem
d cashh
flows em vários períodos
– Os valores actuais dos cash flows são todos expressos em
unidades monetárias actuais, por isso podem ser adicionados
• O valor de um cash flow A + B é igual ao valor actual do cash
flow A mais o valor actual do cash flow B
n

∑ (1+ r)
CF1 CF2 CF3 CFt
VA = + + + ... =
(1 + r) (1 + r) 2 (1 + r) 3 t =1
t

Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas


nº 7

Valor Actual
• Exemplo
de Investimento

– O activo deverá gerar durante 5 anos um cash flow de 100€


– A taxa de desconto é de 10%
100€ 100€ 100€ 100€ 100€
1
DF1 = = 0,9091
Avaliação de Projectos d

11
1,1
VACF1 = 90,91€ 1
DF2 = = 0,8264
1,12
VACF2 = 82,64€
1
DF3 = 3
= 0,7513
1,1
VACF3 = 75,13€
1
DF4 = = 0,6830
1,14
VACF4 = 68,30€
1
DF5 = = 0,6209
1,15
VACF5 = 62,09€

VA = 379,08€
Carlos J. Pereira Freitas

nº 8

Taxa de Desconto

• Taxa de desconto dos cash flows futuros


de Investimento

– É a taxa à qual se faz o trade off entre os cash flows correntes


e cash flows futuros
• A taxa de desconto incorpora
– As ppreferências por
p consumo corrente
Avaliação de Projectos d

– Inflação esperada
– Incerteza sobre os cash flows futuros

Carlos J. Pereira Freitas

nº 9

Custo de Oportunidade do Capital

• Taxa de desconto, taxa mínima de rendibilidade ou custo


de oportunidade do capital
de Investimento

– Designação dada à taxa usada para actualizar os cash flows


esperados, no cálculo de valores actuais
– Deverá ser a taxa de rendibilidade oferecida por alternativas de
investimento comparáveis
Avaliação de Projectos d

– Designa-se por custo de oportunidade por representar a


rendibilidade que deixa de ser ganha numa aplicação
alternativa
– Permite ajustar o valor dos activos tendo em conta o tempo e o
risco

Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas


nº 10

Custo de Oportunidade do Capital

• Ajustar o valor do activo pelo tempo


de Investimento

– Exemplo 1
– Construção de um edifício de escritórios
• Custo do terreno = 50.000€
• Custo da construção = 300.000€
Avaliação de Projectos d

• Valor do edifício daqui a um ano: 400.000€


– Rendibilidade oferecida por bilhetes do tesouro (dívida pública
a um ano) na zona euro: 7%
• Representa uma aplicação alternativa para os 350.000€

CF1 400.000
VAL = −I = − 350.000 = 23.831,78€
(1 + r)1 (1 + 0,07)

– Decisão: como o VAL > 0; avançar com o investimento


Carlos J. Pereira Freitas

nº 11

Custo de Oportunidade do Capital

• Ajustar o valor do activo pelo risco


de Investimento

– Valor actual do imóvel


CF1 400.000
VA = = = 373.831,78 €
(1 + r)1 (1 + 0,07)
– Alternativas correntes para o investidor
Avaliação de Projectos d

• C
Comprar o edifício
difí i por 373.831,78€,
373 831 78€ esperandod que ddaquii a um
ano ele valha 400.000€
• Investir em bilhetes do tesouro 373.831,78€, tendo como valor
certo daqui a um ano 400.000€
• Ninguém estará disposto a comprar o edifício por 373.831,78€
– Conclusão
• Os bilhetes do tesouro não são uma alternativa de investimento
comparável ao imobiliário
• Existe incerteza sobre o valor do imóvel daqui a um ano (pode
valer 400.000€, mais ou menos)
Carlos J. Pereira Freitas

nº 12

Custo de Oportunidade do Capital

• Ajustar o valor do activo pelo risco


de Investimento

– Suponha que no mercado existem vários negócios semelhantes


ao da construção do imóvel dos quais se espera uma taxa de
rendibilidade de 12%
– Nesse caso, o custo de oportunidade do capital investido na
construção do imóvel (aquilo que se deixa de ganhar por não
Avaliação de Projectos d

se investir em activos comparáveis) é de 12%

CF1 400.000
VAL = −I = − 350.000 = 7.142,86€
(1 + r)1 (1 + 0,12)

– Decisão: como o VAL > 0, ainda é vantajoso avançar com o


investimento

Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas


nº 13

Valor Actual e Decisão de Investimento

• Valor Actual e Decisão de Investimento


de Investimento

– Cap. I: Valor Actual Líquido


– Cap. II: O Cash Flow de Investimento
– Cap. III: Análise de Rendibilidade de um Investimento
– Cap. IV: Custo do Capital de um Investimento
Avaliação de Projectos d

Carlos J. Pereira Freitas

nº 14

Sumário

• Noção de cash flow (fluxo de tesouraria disponível)


de Investimento

– Demonstração de resultados
– Meios Libertos, FGT e cash flow
– Determinação do cash flow
• Na perspectiva do diagnóstico económico-financeiro da empresa
Avaliação de Projectos d

• Na
N PPerspectiva
ti dad análise
áli de
d investimentos
i ti t
• Despesas de investimento
– Investimento em activos fixos
– Investimento em activos circulantes (fundo de maneio)
– Valor Residual
• Free Cash Flow
– Free cash flow
– Free cash flow e investimento
Carlos J. Pereira Freitas

nº 15

Demonstração de Resultados

Vendas
de Investimento

- Custo Variáveis
= Margem Bruta
- Custos Fixos (cash)
= RAEFIA (resultados antes encargos [EBITDA]
Avaliação de Projectos d

financeiros, impostos e amortizações)


- Amortizações e ΔProvisões
= RAEFI (resultados antes encargos financeiros [EBIT]
e impostos)
- Encargos financeiros
= RAI (resultados antes de impostos) [EBT]
- Impostos (IRC)
= Resultado Líquido Net Income
Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas


nº 16

Meios Libertos, FGT e Cash Flow

• Podemos considerar três ópticas quanto ao tratamento


de Investimento

de fluxos financeiros num empresa


– Tesouraria (fluxos de caixa): pagamento e recebimentos
– Financeira (balanço): despesas e receitas
– Económica (demonstração de resultados): custos e proveitos
Avaliação de Projectos d

• Os cash flows são fluxos de tesouraria, definidos como


entrada e saída de fundos
• Os vários conceitos de cash flow
– Determinação do cash flow para efeitos de diagnóstico
económico-financeiro da empresa
– Determinação do cash flow para efeitos da análise de
investimentos

Carlos J. Pereira Freitas

nº 17

Meios Libertos, FGT e Cash Flow

• Conceitos de cash flow


de Investimento

– Cash Flow Convencional ou Meios Libertos


Cash Flow = Resultado Líquido + Amortizações + ΔProvisões

– Cash Flow de Exploração ou Fluxo Gerado de Tesouraria


Avaliação de Projectos d

(FGT)
FGT = Meios Libertos – Investimento de Substituição

– Free Cash Flow (Fluxo Disponível de Tesouraria)


FCF = FGT – Investimento de Expansão

Carlos J. Pereira Freitas

nº 18
Determinação do Cash Flow
- diagnóstico económico-financeiro da empresa
• O cash flow é distinto dos resultados contabilísticos por
um conjunto variado de razões
de Investimento

– Os resultados líquidos são afectados por um conjunto de custos


que não constituem saídas de tesouraria (cash out flows)
• As dotações para amortizações e as provisões são custos de
exploração
p ç que
q correspondem
p a reintegrações
g ç do imobilizado ou
Avaliação de Projectos d

imprevistos e não a saídas reais de tesouraria


– Os resultados líquidos não incluem um conjunto de fluxos que
não constituem despesas correntes mas que se traduzem por
saídas de tesouraria
• Neste capítulo encontram-se as despesas de capital (ex.
reembolso de prestação de empréstimo)

Cash Flow Convencional = Resultado Líquido + Amortizações + ΔProvisões

Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas


nº 19
Determinação do Cash Flow
- análise de investimentos
• Determinação do cash flow para efeitos da análise de
investimentos
de Investimento

– A diferença para o cash flow convencional reside no facto de


os cash flows para a análise de investimentos se destinarem a
ser descontados (actualizados) ao custo de oportunidade do
p
capital
Avaliação de Projectos d

– O cash flow convencional vem sempre deduzido dos juros da


dívida e acrescido dos efeitos fiscais a ela associados
• Por isso, o cash flow convencional reflecte a estrutura de capital
da empresa (ou a forma como é financiada)

Carlos J. Pereira Freitas

nº 20
Determinação do Cash Flow
- análise de investimentos
• O cash flow na análise de investimentos: método directo
de Investimento

– O seu cálculo parte dos resultados operacionais (agregado


contabilístico não influenciado pela estrutura de
financiamento, independente, portanto, dos juros da dívida)
líquidos de imposto
– Tem a vantagem de não exigir o conhecimento ou estimação
Avaliação de Projectos d

dos encargos financeiros


• Técnica privilegiada pela análise de investimentos

Cash Flow = RAEFI*(1-Tc) + Amortizações + ΔProvisões

Carlos J. Pereira Freitas

nº 21
Determinação do Cash Flow
- análise de investimentos

Vendas
de Investimento

- Custo Variáveis
= Margem Bruta
- Custos Fixos (cash)
= RAEFIA (resultados antes encargos financeiros, [EBITDA]
Avaliação de Projectos d

impostos e amortizações)
- Amortizações
= RAEFI (resultados antes encargos financeiros e [EBIT]
impostos) – Resultados Operacionais
- Impostos Ajustados (RAEFI*Tc)
= Resultado Líquido Ajustado [RAEFI*(1-Tc)] EBIT*(1-Tc)
Resultados Operacionais Menos Impostos Ajustados NOPLAT

Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas


nº 22
Determinação do Cash Flow
- análise de investimentos
• Exemplo
de Investimento

Vendas 500.000€
- Custo Variáveis -250.000€
= Margem Bruta 250.000€
- Custos Fixos (cash) -50.000€
Avaliação de Projectos d

= RAEFIA 200.000€
- Amortizações e ΔProvisões -100.000€
= RAEFI 100.000€
- Impostos Ajustados (IRC@30%) -30.000€
= RAEFI*(1-Tc) 70.000€
+ Amortizações e ΔProvisões 100.000€
= Cash Flow 170.000€

Carlos J. Pereira Freitas

nº 23

Investimento em Activos Fixos

• Investimento em imobilizado
de Investimento

– Imobilizações corpóreas
• Aquisição e construção de instalações
• Aquisição e instalação de equipamentos
• Aquisição de veículos de transporte
Avaliação de Projectos d

• Aquisição mobiliário
– Imobilizações incorpóreas
• Despesas de constituição de sociedades
• Aquisição de marcas e patentes
• Despesas de formação de pessoal
• Despesas com campanhas de promoção
– Investimentos financeiros
• Aquisição de participações estratégicas em empresas

Carlos J. Pereira Freitas

nº 24

Investimento em Activos Fixos

• Investimento de substituição
de Investimento

– Investimento necessário para manter a capacidade produtiva


– Investimento que garante a manutenção (ou sobrevivência) da
empresa
– Corresponde ao valor das amortizações
Avaliação de Projectos d

• Investimento necessário para repor o activo fixo


• Investimento de expansão
– Investimento destinado a aumentar a capacidade produtiva
– Investimento que assegura o crescimento

Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas


nº 25
Investimento em Activos Circulantes:
- fundo de maneio
Fundo de Maneio
de Investimento

+ Clientes e outros créditos correntes


+ Stocks (matérias-primas e produtos acabados)
- Fornecedores e outros débitos correntes
- Estado
Avaliação de Projectos d

= Fundo de Maneio (Working Capital)


Investimento em Fundo de Maneio
+ Δ Clientes e outros créditos correntes
+ Δ Stocks
- Δ Fornecedores e outros débitos correntes
- Δ Estado
= Investimento em Fundo de Maneio (Change in Working Capital)

Carlos J. Pereira Freitas

nº 26
Investimento em Activos Circulantes:
- fundo de maneio
• Investimento de substituição
de Investimento

– Por definição, não existe investimento de substituição de fundo


de maneio, a não ser que haja alteração das necessidades de
fundo de maneio por unidade vendida
• Investimento de expansão
Avaliação de Projectos d

– Corresponde ao montante de investimento em fundo de


maneio exigido pelo crescimento do negócio, supondo que não
há alteração das necessidades de fundo de maneio por unidade
vendida (mantendo prazos médios de recebimento, pagamento
e stocks)
• Aumenta o crédito concedido a clientes
• Aumenta o stock de produtos e matérias primas (ou mercadorias)
• Aumentam as dívidas a fornecedores

Carlos J. Pereira Freitas

nº 27

Valor Residual
• Valor residual
de Investimento

– Corresponde à libertação de fundos no termo do projecto


• Valor de venda (mercado) estimado para os activos fixos, líquido
de impostos
Valor Residual Bruto = Valor de Venda Estimado no Termo do Projecto
q ç – Amortizações
Valor Contabilístico = Valor de Aquisição ç Acumuladas
Avaliação de Projectos d

Mais/Menos Valia = Valor Residual Bruto - Valor Contabilístico


Imposto sobre Rendimento = Mais Valia * Taxa de Imposto
Valor Residual Líquido = Valor Residual Bruto - Imposto
• Recuperação do fundo de maneio

– Deve ser tratado como um cash flow (despesa de investimento


negativa – entrada de fundos)
Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas


nº 28

Free Cash Flow

• O free cash flow são os fundos que a empresa pode pagar


aos investidores após pagar os investimentos necessários
de Investimento

à manutenção do negócio e ao crescimento


Cash Flow = Receitas – Custos - Investimento

• O cash flow de um projecto de investimento destina-se:


destina se:
Avaliação de Projectos d

– A todos os investidores da empresa (accionistas e credores);


por isso, também se designa por free cash flow na óptica da
empresa: FCFF – Free Cash Flow to Firm
• Cash flow disponível após pagos os impostos e as necessidades
de investimento

Carlos J. Pereira Freitas

nº 29

Free Cash Flow


de Investimento

RAEFI (resultados antes encargos [EBIT]


financeiros e impostos)
- Impostos Ajustados (RAEFI*Tc)
= RAEFI * (1-Tc) EBIT*(1-Tc)=NOPLAT
+ Amortizações e ΔProvisões
Avaliação de Projectos d

- Investimento
- Activos Fixos
- Activos Circulantes (ΔFundo de Maneio)
= FCFF (Free Cash Flow to Firm)

Tc – Taxa marginal de imposto

Carlos J. Pereira Freitas

nº 30

Free Cash Flow e Investimento

• O free cash flow é absolutamente alheio ao financiamento


do investimento
de Investimento

• O financiamento do investimento é introduzido na


análise de investimentos de várias formas,
nomeadamente através da forma de cálculo do custo de
oportunidade do capital
Avaliação de Projectos d

Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas


nº 31

Valor Actual e Decisão de Investimento

• Valor Actual e Decisão de Investimento


de Investimento

– Cap. I: Valor Actual Líquido


– Cap. II: O Cash Flow de Investimento
– Cap. III: Análise de Rendibilidade de um
Investimento
Avaliação de Projectos d

– Cap. IV: Custo do Capital de um Investimento

Carlos J. Pereira Freitas

nº 32

Sumário

• VAL – Valor Actual Líquido


de Investimento

– Valor Actual Líquido


– Cash flow incremental
– Cash flow e taxa de desconto
– Cash flow e taxa de inflação
Avaliação de Projectos d

• TIR – Taxa Interna de Rendibilidade


• Payback Period (Período de Recuperação)
• Retorno do Investimento

Carlos J. Pereira Freitas

nº 33

Valor Actual Líquido

• Valor Actual Líquido (VAL)


de Investimento

– Contribuição líquida do investimento em termos de valor


– Diferença entre o valor actual dos cash flows esperados no
futuro e o investimento (I) exigido no presente
• Regra de decisão de investimento com base no VAL
Avaliação de Projectos d

– A
Aceitar
i projectos
j com VAL positivo,
i i poisi desta
d forma
f estáá a
aumentar o valor da empresa e a riqueza do accionista

VAL = VA (Cash Flows Esperados) - Investimen to


n
CFt
VAL = ∑ −I
t =1 (1 + r)
t

Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas


nº 34

Valor Actual Líquido

• Valor Actual Líquido – regra prática de cálculo


de Investimento

– Considerar as despesas de investimento como mais um cash


flow
• Calcular o cash flow de investimento em cada período
• Actualizar o cash flow de investimento
– O VAL corresponde à soma dos cash flows de investimento
Avaliação de Projectos d

actualizados
n n
CFt It
VAL = ∑ −∑
t =1 (1 + r) t = 0 (1 + r)
t t

Cash Flow Investimentot = Cash Flow de Exploraçãot – Investimentot


n
CF de Investimento t
VAL = ∑
t =0 (1 + r)t
Carlos J. Pereira Freitas

nº 35

Cash Flow Incremental

• Apenas o cash flow é relevante


de Investimento

– Diferença entre meios monetários recebidos e pagos


– Não confundir com lucros contabilísticos
– Para determinar o lucro contabilístico, as entradas e saídas de
fundos são alvo de várias correcções
Avaliação de Projectos d

• Como resultado destes procedimentos,


procedimentos os lucros incluem alguns
fluxos de tesouraria e excluem outros e são reduzidos pelas
amortizações que não são, de forma alguma, fluxos de tesouraria
– Deve estimar os fluxos de tesouraria líquidos de impostos
– Os fluxos de tesouraria devem ser registados apenas quando
ocorrem e não quando a receita é registada ou a
responsabilidade assumida

Carlos J. Pereira Freitas

nº 36

Cash Flow e Taxa de Desconto


• Calculo do cash flow e poupança fiscal da dívida
de Investimento

– A forma de cálculo dos cash flows depende do tipo de taxa de


desconto a usar
• Se a taxa de desconto incorporar o efeito fiscal dos juros
da dívida (taxa de desconto após impostos)
– O cálculo do cash flow não deve incorporar o efeito fiscal da
Avaliação de Projectos d

dívida
• Vantagem de não exigir a estimação dos custos da dívida (juros)
• O cash flow é calculado como se o projecto fosse integralmente
financiado por capitais próprios
• Se a taxa de desconto não incorporar o efeito fiscal dos
juros da dívida (taxa de desconto antes de impostos)
– O cálculo do cash flow deve incorporar o efeito fiscal da
dívida
• Desvantagem de exigir a estimação dos custos da dívida (juros)
Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas


nº 37

TIR – Taxa Interna de Rendibilidade

• TIR – Taxa Interna de Rendibilidade


de Investimento

– Taxa de desconto para a qual o valor actual líquido é nulo


– Pode ser entendida como uma taxa mínima de rendibilidade
exigida ao projecto
n
CFt
VAL = ∑ −I = 0
Avaliação de Projectos d

t =1 (1 + TIR)t
n
CF de Investimento t
VAL = ∑ =0
t =0 (1 + TIR) t
• Regra de decisão
– Aceitar projectos com TIR superior à taxa de custo do capital
(taxa usada para descontar os cash flows no calculo do VAL)

Carlos J. Pereira Freitas

nº 38

TIR – Taxa Interna de Rendibilidade

• Regra prática de calculo


de Investimento

– Na prática, a TIR é calculada por processos iterativos


• Função VAL
VAL
Avaliação de Projectos d

0
Tx de Desconto
TIR

Investimento

Carlos J. Pereira Freitas

nº 39

TIR – Taxa Interna de Rendibilidade

• Regra prática de cálculo


de Investimento

– Determinar, por tentativas (variando a taxa de desconto) dois


“VALs”, um positivo e outro negativo, respectivamente
– O valor dos “VALs” deve ser o mais próximo possível de zero
• VAL1 (> 0) e Taxa de desconto: r1
Avaliação de Projectos d

• VAL2 (< 0) e Taxa de desconto: r2


– Calcular a TIR por interpolação

⎡ VAL1 ⎤
TIR = r1 + ⎢(r2 − r1 ) * ⎥
⎢⎣ VAL1 + VAL 2 ⎥⎦

Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas


nº 40

Payback Period
• Payback Period
de Investimento

– Critério de avaliação de projectos de investimento que tem em


conta a duração da vida do projecto
– Indica o prazo durante o qual os capitais investidos são
recuperados
n
It
∑ (1 + r)
Avaliação de Projectos d

t
Payback = t =0
n
CFt
∑ (1 + r)
t =1
t
n - número de períodos (anos)
n do projecto de investimento

• Regra de decisão
– Aceitar projectos com Payback inferior à duração da vida do
projecto
Carlos J. Pereira Freitas

nº 41

Payback Period

• Payback Period
de Investimento

– Se igual à duração da vida do projecto, significa que:


• O VAL é nulo
• A TIR é igual à taxa de custo do capital
– Se inferior à duração da vida do projecto, significa que:
Avaliação de Projectos d

• O VAL é positivo
• A TIR é superior à taxa de custo do capital
– Se superior à duração da vida do projecto, significa que:
• O VAL é negativo
• A TIR é inferior à taxa de custo do capital

Carlos J. Pereira Freitas

nº 42

Valor Actual e Decisão de Investimento

• Valor Actual e Decisão de Investimento


de Investimento

– Cap. I: Valor Actual Líquido


– Cap. II: O Cash Flow de Investimento
– Cap. III: Análise de Rendibilidade de um Investimento
– Cap. IV: Custo do Capital de um Investimento
Avaliação de Projectos d

Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas


nº 43

Sumário

• Custo do capital da empresa


de Investimento

• Carteira de títulos emitidos pela empresa


• Custo médio ponderado do capital (CMPC)
• Custo médio ponderado do capital e decisão de
investimento
Avaliação de Projectos d

• Interacção entre decisões de investimento e decisões de


financiamento
• Custo médio ponderado do capital após impostos
• CMPC e o desconto dos FCFE (free cash flow to firm)

Carlos J. Pereira Freitas

nº 44

Custo do Capital da Empresa

• Custo do capital da empresa


de Investimento

– É o custo de oportunidade do capital para os activos actuais da


empresa
– É uma taxa mínima (hurdle rate) para as decisões de
investimento
– Depende do risco do negócio (ou risco económico) das
Avaliação de Projectos d

oportunidades de investimento da empresa


– Deve ser usada como taxa de desconto para os projectos ou
investimentos com risco idêntico aos actuais activos da
empresa

Carlos J. Pereira Freitas

nº 45

Carteira de Títulos Emitidos pela Empresa


• Sobre o activo da empresa são emitidos títulos que
conferem direitos sobre os cash flows
de Investimento

– O activo da empresa pode ser visto como uma carteira


composta por dois (ou mais) títulos
– A rendibilidade esperada da carteira será a média ponderada
das rendibilidades esperadas dos títulos que a compõem
Avaliação de Projectos d

• Os cash flows da empresa são distribuídos pelos


detentores dos títulos emitidos pela empresa
– Accionistas: capitais próprios
– Credores (obrigacionistas): dívida
• Os detentores dos títulos emitidos pela empresa
partilham o risco associado aos seus cash flows sobre os
quais, na proporção dos direitos que detêm

Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas


nº 46

Carteira de Títulos Emitidos pela Empresa

Valor dos Capitais Próprios - E


de Investimento

Valor do Activo - A
Valor da Dívida - D
Valor do Activo - A Valor da Empresa - V

Custo do capital da empresa = Rendibilidade esperada de uma


carteira composta por dois títulos
Avaliação de Projectos d

[Capitais Próprios + Dívida]


Cap. Próprios Dívida
rCARTEIRA = rACTIVO = *r + *r
Cap. Próprios + Dívida CAP. PRÓPRIOS Cap. Próprios + Dívida DÍVIDA
• E, D e V a valores de mercado

E D
rA = * rE + * rD Custo do Capital da Empresa
E+D E+D
Nota: ignorando o efeito dos impostos
Carlos J. Pereira Freitas

nº 47

Custo Médio Ponderado do Capital

– rD e rE são as taxas de rendibilidade esperadas da dívida e dos


de Investimento

capitais próprios, respectivamente


• Como o custo de oportunidade do capital (r) não é uma
variável fácil de observar, na prática os gestores
financeiros invertem o problema
– Começam com uma estimativa para rD e rE para,para a seguir,
seguir
Avaliação de Projectos d

inferir o custo de oportunidade do capital (r)


– Esta é a fórmula do custo médio ponderado do capital (CMPC)

E D
CMPC = * rE + * rD = r
E+D E+D

Carlos J. Pereira Freitas

nº 48
Custo Médio Ponderado do Capital e Decisão
de Investimento
• Taxa de desconto relevante nas decisões de investimento
de Investimento

– É o custo do capital da empresa e não a rendibilidade esperada


dos capitais próprios (acções ordinárias)
• Custo do capital da empresa
– Média ponderada das rendibilidades pelos investidores dos
Avaliação de Projectos d

diversos títulos,
títulos representativos de dívida ou capitais próprios,
próprios
emitidos pela empresa
• Decisões de investimento relevantes
– O custo do capital da empresa é a taxa de desconto apropriada
apenas para projectos ou investimentos com o mesmo risco e a
mesma estrutura de financiamento dos activos actuais da
empresa; o verdadeiro custo do capital depende do risco do
projecto e não da empresa que empreende o projecto

Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas


nº 49
Interacção entre Decisões de Investimento e
Decisões de Financiamento
• Num mundo sem impostos as decisões de investimento
são independentes das decisões de financiamento
de Investimento

– As empresas podem analisar os investimentos reais como se


fossem totalmente financiadas por capitais próprios
– As decisões de financiamento são irrelevantes
• Num mundo com imperfeições (impostos),
(impostos) as decisões de
Avaliação de Projectos d

investimento e financiamento interagem


– As decisões de financiamento afectam não só o custo do
capital mas também o cash flow do projecto

Carlos J. Pereira Freitas

nº 50
Interacção entre Decisões de Investimento e
Decisões de Financiamento
• Num mundo com impostos, a fórmula do custo médio
ponderado do capital omite uma diferença fundamental
de Investimento

entre dívida e capitais próprios:


– O pagamento de juros (remuneração da dívida), ao contrário
do pagamento de dividendos (remuneração do capital próprio)
é dedutível nos impostos
Avaliação de Projectos d

– Este benefício fiscal reduz o custo efectivo da dívida num


factor igual à taxa marginal de imposto

Carlos J. Pereira Freitas

nº 51
Interacção entre Decisões de Investimento e
Decisões de Financiamento
• Uma das formas de avaliar a contribuição das decisões
de financiamento para o valor da empresa é ajustar a
de Investimento

taxa de desconto dos cash flows


– Faz-se um ajustamento, habitualmente para baixo, à taxa de
custo do capital por forma a incorporar o efeito dos benefícios
fiscais da dívida (ou dos juro); implementa
implementa-se
se normalmente
Avaliação de Projectos d

através do custo médio ponderado do capital após impostos


(CMPCApós Impostos )

Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas


nº 52
Custo Médio Ponderado do Capital Após
Impostos
• Qual o custo do capital quando todo o financiamento é
assegurado por dívida?
de Investimento

rD * (1 − Tc )
– Tc: taxa marginal de imposto
Avaliação de Projectos d

• Qual o custo do capital quando parte do financiamento é


assegurado por dívida: fórmula custo médio ponderado
do capital ajustado (após impostos)

E D
r* = CMPC Após Impostos = * rE + * rD * (1 − Tc )
E+D E+D

Carlos J. Pereira Freitas

nº 53

CMPC e o Desconto dos FCFF

• Se usar o CMPCApós Impostos para descontar os cash flows


de Investimento

– Calcule os cash flows para a empresa (FCFF)


– Não deve deduzir os encargos financeiros
– Calcule os impostos como se a empresa fosse financiada
integralmente por capitais próprios
Avaliação de Projectos d

– O valor
l ddos bbenefícios
fí i fiscais
fi i dad dívida
dí id está
tá incorporado
i d no
calculo do CMPCApós Impostos (afecta o valor no momento do
desconto ou actualização dos cash flows)

Carlos J. Pereira Freitas

Carlos J. Pereira Freitas

Você também pode gostar