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Filosofia Do Zen Budismo Byung Chul Han
Filosofia Do Zen Budismo Byung Chul Han
Han, Byung-Chul
Filosofia do zen-budismo / Byung-Chul Han ;
tradução de Lucas Machado – Petrópolis, RJ :
Vozes, 2019.
Título original: Philosophie des
Zen-Buddhismus
Bibliografia.
1ª reimpressão, 2020.
ISBN 978-85-326-6236-1
1. Budismo 2. Filosofia oriental 3. Zen-budismo
4. Zen-budismo – Filosofia I. Título.
19-28262 CDD-181.043927
Prefácio, 7
Religião sem Deus, 11
Vazio, 57
Ninguém, 85
Habitar lugar nenhum, 113
Morte, 133
Afabilidade, 159
Prefácio
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empreendimento de uma “filosofia do zen-bu-
dismo” não se emaranha necessariamente no
paradoxo de um épico de haikus, pois também
sobre um objeto que não é filosofia em sen-
tido próprio se pode refletir filosoficamente.
Pode-se sondar o silêncio linguisticamen-
te, sem afundá-lo, assim, imediatamente na
linguagem. A “filosofia do zen-budismo” se
nutre de um filosofar sobre e com o zen-bu-
dismo. Ela deve desdobrar conceitualmente a
força filosófica inerente ao zen-budismo. Esse
empreendimento, todavia, não é inteiramente
desprovido de problemas. A experiência do ser
ou da consciência à qual a práxis zen-budista
se dirige não se deixa ser inteiramente inserida
em uma linguagem conceitual. A “filosofia do
zen-budismo”, porém, tenta dar conta dessa
carência linguística usando certas estratégias
de sentido e de linguagem.
O presente estudo é concebido “comparati-
vamente”. As filosofias de Platão, Leibniz, Fichte,
Hegel, Schopenhauer, Nietzsche e Heidegger,
entre outras, são confrontadas com as inteleções
filosóficas do zen-budismo. O “método compa-
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rativo” é utilizado aqui como um método des-
bravador de sentidos [sinnerschliessende].
Nas passagens individuais são inseridos
frequentemente haikus. Não se visa, contu-
do, a tornar concretos fatos abstratos ou a
interpretar isso filosoficamente. Eles se com-
portam uns em relação aos outros como vi-
zinhos. Os haikus5 citados colocaram o leitor
na disposição de ânimo da passagem de texto
correspondente. Deve-se considerá-los, en-
tão, como belos quadros, que falam silencio-
samente na pintura.
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