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ALA 10
PRIMEIRO ESQUADRÃO DO DÉCIMO PRIMEIRO GRUPO DE AVIAÇÃO
I N S T R U Ç Ã O
MOTOR ARRIEL
CMGH-50 2018
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO DO MOTOR
1.1 INTRODUÇÃO
Comecemos por examinar o corte simplificado que nos dá uma idéia da arquitetura deste
motor turbo eixo.
1.2 FUNCIONAMENTO
• O motor produz a potência mecânica sobre o eixo W transformando a energia contida :
- no ar ambiente G
- e no combustível Q.
• A produção de potência é realizada pelo ciclo termodinâmico :
Compressão - Combustão - Expansão.
• O seguinte esquema ilustra os principais elementos desta turbina a gás.
1
COMPRESSÃO - Trabalho do compressor rotativo C
COMBUSTÃO - Mistura do ar G e do combustível Q et combustão permanente.
EXPANSÃO - Na turbina T1 que aciona o compressor
Na turbina T2 que fornece a potência W
2
1.2.2 Admissão de ar / Compressão
• O ar ambiente penetra no motor pelo tubo de entrada de ar (ver aeronave).
• A compressão é assegurada pelo compressor axial estágio seguido do compressor
centrífugo.
• Os principais elementos do conjunto compressor estão aqui representados.
3
COMPRESSOR AXIAL (Compressor transônico de 1 estágio)
• 1A - RODA (Monobloco, palhetas de perfil largo e disco)
• 1B - ESTATOR (Difusor-orientador constituído por 2ftlas de lâminas de seção de
passagem divergente)
4
O funcionamento do compressor é ilustrado pelo diagrama que mostra os
elementos e os principais parâmetros : pressão (P), temperatura (tº) e velocidade axial (V),
fluxo de ar (G).
1.2.3 Combustão
A combustão é realizada numa câmara anular de fluxo direto munida de um sistema de
injeção rotativo de combustível.
5
O esquema seguinte ilustra os elementos da câmara anular.
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AR PRIMÁRIO (Fluxo pelas placas turbilhonadoras dianteira e traseira. O ar é
misturado com o combustível finamente pulverizado pela roda de injeção. A combustão
permanente é feita entre as 2 placas)
AR SECUNDÁRIO (Fluxo pelo misturador para reduzir a temperatura dos gases até um
valor aceitável para a turbina. O fluxo é calibrado para obter uma boa repartição de temperatura.
a estabilidade da chama e a refrigeração entre as paredes (parietal).
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1.2.4 Expansão e Escapamento
A expansão é feita na turbina do gerador de gás que aciona o compressor e em seguida
na turbina livre que fornece a potência sobre o eixo .
O escapamento dos gases no exterior é realizado através do difusor de saída e do bocal.
Os elementos implicados são ilustrados como segue:
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1 - TURBINA GERADOR DE GÁS DE 2 ESTÁGIOS
1a – DISTRIBUIDOR 1º ESTÁGIO (Lâminas estatoras de seção de passagem convergente.
As lâminas são ocas para a passagem da segunda parte do ar primário)
1b - RODA DE TURBINA 1º ESTÁGIO (Disco e palhetas perfiladas)
1c - DISTRIBUDOR 2° ESTÁGIO (Lâminas estator em anel de alojamento turbina
1d - RODA DE TURBINA 2° ESTÁGIO (Disco e palhetas perfiladas)
2 - TURBINA LIVRE DE 1 ESTÁGIO
2a - DISTRIBUIDOR (Lâminas solidárias do difusor de saída do gerador de gás)
2b - RODA DE TURBINA (Disco e palhetas montadas em "pinheirinho")
3 - DIFUSOR DE SAÍDA E BOCAL DE ESCAPAMENTO.
A fase de expansão é aqui ilustrada pelo diagrama de fluxo. É caracterizada pelas taxas
de expansão, as pressões, temperaturas, velocidades e rendimentos.
PRIMEIRA EXPANSÃO (Na turbina do gerador de gás que extrai a energia necessária
ao acionamento dos compressores. No distribuidor, os gases são acelerados e dirigidos sobre as
palhetas da roda. O fluxo dá origem a forças aerodinâmicas que provocam a rotação. Durante
esta fase (em 2 estágios), a pressão e a temperatura diminuem enquanto a velocidade axial
aumenta)
SEGUNDA EXPANSÃO (Na turbina livre que extrai o máximo da energia restante para
fornecer a potência sobre o eixo de saída. Princípio de funcionamento idêntico, ou seja, fluxo no
distribuidor depois sobre as palhetas da roda)
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ESCAPAMENTO (Os gases são evacuados para o exterior pelo bocal. Têm ainda uma
certa energia que dá origem a uma ligeira tração residual.
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Os parâmetros do motor podem
ser representados num diagrama que
revela suas variações.
As variáveis susceptíveis de
influenciar estes parâmetros são (além
do torque aplicado sobre o eixo de
saída) as condições atmosféricas (PO e
tO) e as condições de voo (velocidade
aeronave Vi).
A velocidade da turbina livre
não aparece neste diagrama, porque
ela é considerada como quase
constante (caso da configuração do
helicóptero).
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1.3.2 Exigências da Instalação
As principais exigências funcionais são:
- Velocidade de rotação do rotor, NR quase constante em todas as condições;
- Limite de torque máximo (limite geralmente imposto pela transmissão);
- Proteção completa do motor (contra sobrevelocidade Nl e N2, sobre aquecimento T4 e
estol ΔQ / Δt; e
- Boa repartição das cargas (no caso de uma configuração multimotor).
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1.4 PERFORMANCES
1.4.1 Regimes de Utilização
São geralmente definidos em atmosfera standard nível do mar e sob certas condições de
velocidades e temperaturas.
1.4.2 Potência Máxima de Decolagem (PMD) : regime máximo podendo ser utilizado durante
urna fase de decolagem: limitado em tempo (5 minutos contínuo).
1.4.3 Potência Máxima Contínua (PMC) : regime utilizável sem limitação de tempo (isto não
implica contudo que seja utilizado em permanência).
LIMITES
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W para um regime determinado: Notamos a diminuição de W quando Z ↑ (cresce) e quando t0 ↑ (cresce)
* Também função das normas de óleo e de combustível. Por vezes também de descrições
particulares.
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1.4.11 Identificação
Cada módulo possui uma placa de identificação.
A placa do motor turbo-eixo completo está situada no tubo de proteção do módulo 1
(MO1).
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SISTEMA DE ÓLEO SISTEMA DE AR
- Lubrificação do motor - Sistema interno para a pressurização e a
- Alimentação do torquímetro refrigeração
- Tipo cárter seco - Sistema de alimentação para acessórios (ventilação
- Óleo sintético dos injetores e regulagem)
- Tanque e radiador instalados sobre a célula - Tomada a disposição do construtor
- Controle de pressão, temperatura e contaminação - Válvula de sangria do compressor
(detector de limalhas)
INSTALAÇÃO DO MOTOR
- Planos fronteiras estudados para desmontagem e montagem
rápida do GTM
- 2 suportes (dianteiro e traseiro), anéis de suspensão
- Equipamentos diversos (entrada de ar, escapamento, paredes,
eixo de transmissão, tomada de ar, drenagens e proteções de
incêndio)
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1.6.2 Principais etapas do desenvolvimento
A versão de base foi certificada em 1977 pelos serviços oficiais franceses.
O primeiro motor de série foi entregue em janeiro de 1978 e a produção pode prosseguir
até 1995.
O motor é alvo de melhoramentos constantes visando aumentar as performances e a
confiabilidade.
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1.6.3 Conceito de Manutenção
O motor é concebido para oferecer uma. grande disponibilidade operacional e
pequenos custos de manutenção.
Os principais aspectos da manutenção são:
- TEMPO DE MANUTENÇÃO REDUZIDO
- MODULARIDADE COMPLETA E EFETIVA
- ACESSO FÁCIL
- VIGILÂNCIA DO ESTADO
O potencial entre revisão geral está em progresso contínuo (2 500 horas para os motores
no standard 85).
O potencial evolui por módulos e o módulo 1 depende agora do estado.
* Trata-se de potencial real sem inspeção intermediária das partes quentes por exemplo.
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CAPÍTULO 2
DESCRIÇÃO DO MOTOR
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2.2 COMPONENTES FUNCIONAIS
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OBS: Corte técnico para uma descrição um pouco mais detalhada.
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1 - CONE DE ENTRADA (Conjunto balanceado aparafusado no eixo)
2 - RODA DO COMPRESSOR AXIAL (Palhetas de cordão largo usinadas integrais num disco
em liga de titânio)
3 - ESTATOR (2fLias de lâminas difusor solidárias do cárter)
4 - MANCAL (Rolamento de esferas pré-carregado, vedação de óleo por labirinto
pressurizado)
5 - PARAFUSO CENTRAL (Assegura o acoplamento entre o eixo do axial e o centrifugo)
6 - EIXO DE ACIONAMENTO DOS ACESSÓRIOS (Torque cônico e eixo fusível)
7 - CARTER (Cárter externo em aço, munido de bossagens e particularmente o da válvula de
sangria)
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1 - RODA CENTRÍFUGA (Monobloco, palhetas de perfil evolutivo)
2 - DIFUSOR 1º ESTÁGIO (Lâminas dispostas radialmente)
3 - DIFUSOR 2° ESTÁGIO (Lâminas dispostas axialmente)
4 - MANCAL (Rolamento de esferas montado numa gaiola flexível)
5 - CARTERS (Painel e cárter exterior)
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2.2.3 Câmara de Combustão
A câmara de combustão é de tipo anular, de fluxo direto e injeção rotativa de
combustível. Ela pertence ao módulo nº 03.
Vejamos seus elementos neste corte em perspectiva.
1 - PARTE EXTERIOR DA CÂMARA DE COMUSTÃO
1a - PLACA TURBILHONADORA DIANTEIRA (Placa constituída de orifícios
calibrados para a passagem do ar primário)
1b - MISTURADOR (Envelope munido de orifícios calibrados e de tubos para a
passagem do ar de diluição)
2·- PARTE INTERIOR DA CÂMARA DE COMBUSTÃO
2a - PLACA TURBILHONADORA TRASEIRA (Placa munida de orifícios calibrados
para a passagem da 2° parte do ar primário)
2b - BUCHA (Peça que-rodeia o eixo turbina-compressor)
3 - RODA DE INJEÇÃO DE COMBUSTÍVEL (Roda centrífuga munida de injetores
calibrados de pulverização de combustível)
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2.2.4 Turbina Geradora de Gás
É uma turbina axial de 2 estágios. Pertence ao Módulo nº 3
Principais elementos identificados sobre o corte em perspectiva:
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26
1 - LÂMINA GUIA TURBINA 1º ESTÁGIO (Lâminas ocas)
2 - RODA DE TURBINA 1º ESTÁGIO (Disco e palhetas)
3· LÂMINA GUIA 2° ESTÁGIO (Lâminas solidárias de um anel)
4. RODA DE TURBINA 2° ESTÁGIO (Disco e palhetas)
5 - ANEL DE BLINDAGEM (Retenção de pedaços em caso de ruptura de palheta)
6· MANCAL TRASEIRO DO GERADOR DE GÁS
7· CÁRTER EXTERIOR (Chamado cárter turbina)
8 - CÁRTER DIFUSOR (Cárter de ligação entre a geradora de gás e a turbina livre)
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5 - RODA FÔNICA (Detecção da velocidade da turbina livre utilizada para a segurança sobre-
velocidade nas versões bimotor)
6 - ACOPLAMENTO (Luva estriada transmitindo o movimento ao redutor)
7· BOCAL DE ESCAPAMENTO
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1 – LÂMINA GUIA 7 – CARCAÇA DE ROLAMENTOS
2 – PALHETAS DA TURBINA 8 – LUVA DE ACOPLAMENTO
3 – EIXO 9 – REDUTOR
4 – BLINDAGEM 10 – BOCAL
5 – MANCAL DIANTEIRO 11 – CARCAÇA TÉRMICA
6 – MANCAIS TRASEIROS 12 – RODA FÔNICA.
2.2.6 Escapamento
O bocal de escapamento está fixado na brida (flange) traseira do cárter da turbina livre.
Sua forma e comprimento varia ligeiramente segundo as versões e ele não pertence a nenhum
módulo.
Principais elementos sobre o corte em perspectiva.
1- TUBO ESCAPAMENTO (Bocal)
2 - FIXAÇÃO (Coroa de parafusos sobre a brida traseira do cárter da turbina livre)
3 - CARCAÇA TÉRMICA (Proteção do redutor contra a difusão calorífica)
4 - FIXAÇÃO DA CARCAÇA TÉRMICA
5 - MONTAGEM DA EXTENSÃO DO ESCAPAMENTO"BOCAL"(Segundo a versão)
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Bocal de Escapamento dos gases em outras perspectivas.
1 – CONJUNTO BOCAL
2 – BRIDA DE FIXAÇÃO
3 – CARCAÇA TÉRMICA
4 – FIXAÇÃO DA CARCAÇA
5 – BRIDA DE MONTAGEM (prolongador)
6 - DRENAGENS
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2.2.7 Redutor
O redutor de velocidade inclui dois trens de pinhões. Ele constitui o módulo nº 5
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1 – EIXO TURBINA LIVRE (eixo solidário ao disco)
2 – LUVA DE ACOPLAMENTO (Luva estriada ligando a Turbina Livre ao Redutor)
3 – PINHÃO DE ACIONAMENTO (Engrenagem suportada por 2 rolamentos)
4 – PINHÃO INTERMADIÁRIO (Pinhão duplo que aloja o Sistema de Medição de Torque )
5 – PINHÃO DE SAÍDA (Pinhão simples que transmite a velocidade reduzida ao eixo de
transmissão)
6 – CARCAÇA DE PROTEÇÃO (TU 165)
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2.2.8 Eixo de Transmissão de Potência – versão monomotor
O conjunto é de concepção sensivelmente idêntica, mas comporta ainda uma tomada de
potência traseira destinada ao acionamento do rotor traseiro do helicóptero.
Descrição do eixo - versão 1B.
1 – TOMADA DE POTÊNCIA
2 – CINTA TRIANGULAR
3 – EIXO (Transmissão para trás)
4 – RODA LIVRE (dessincronização em caso de parada do motor. Lubrificação da roda livre e
de seu mancal por capacidade de óleo na caixa)
5·- MANCAL (rolamento de esferas)
6 – GAIOLA SUPORTE DE VEDADOR (vedador de contato)
7 – TOMADA DE POTÊNCIA PARA O ACIONAMENTO DO ROTOR DE CAUDA.
NOTA: O conjunto eixomotor pode ser desmontado para obter uma configuração
Bimotor.
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2.3 COMPONENTES FUNCIONAIS
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2.3.2 Acionamento dos Acessórios
É feito essencialmente por uma caixa situada na parte inferior dianteira constituindo,
com o eixo de transmissão, o módulo nº 01.
O seguinte esquema ilustra a cadeia de acionamento
Nº DESIGNAÇÃO TIPO
G1 Mancal do compressor axial Rolamento de esferas
G2 Mancal do compressor centrífugo Rolamento de esferas
G3 Mancal traseiro do gerador de gás Rolamento de roletes
PT1 Mancal dianteiro turbina livre Rolamento de roletes
PT2 Mancal traseiro da turbina livre 2 rolamentos de esferas
R1 Mancais do pinhão de acionando do redutor Rolamento de roletes
R2 Mancais do pinhão intermediário Rolamento de roletes
R3 Mancais do pinhão de saída Rolamento de esferas à frente e
Rolamento de roletes atrás
S1 Mancal do eixo de saída Rolamento de esferas
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2.5 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO DO MOTOR
Este pequeno parágrafo ilustra os principais materiais utilizados par a construção dos
elementos do motor e cita algumas técnicas de construção.
MATERIAIS COMPONENTES
1 – LIGA LEVE Cárter do Redutor / Caixa de Acessórios
2 – LIGA DE TITÂNIO Compressor Axial e Centrífugo
3 - AÇO Estatores dos Compressores / Cárters / Eixos / Pinhões
4 – LIGA ESPECIAL DE AÇO Câmara de Combustão / Turbinas
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MÓDULO COMPONENTES FIXAÇÃO
- Coroa de parafusos sobre o 5
01 Eixo e Caixa de Acessórios
- 4 parafusos sobre o 2
- Coroa de parafusos e parafuso
02 Compressor Axial
central sobre o 3
Parte de alta pressão do Gerador de gás e
03 ---------
Distribuidor da Turbina Livre
04 Turbina Livre - Coroa de parafusos sobre o 3
05 Redutor (módulo “chave”) - Coroa de parafusos sobre o 1
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CAPÍTULO 3
SISTEMA DE ÓLEO
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1 - TANQUE DE ÓLEO (Instalado na célula e fornecido pelo fabricante)
2 - BOMBAS DE ÓLEO (Bombas de engrenagens: 1 de pressão e 3 de recuperação)
3 - CONJUNTO DE FILTRAGEM (Filtro mecânico munido de uma válvula de derivação)
4 - DISPOSITIVOS DE CONTROLE (Indicação pressão )
5 - RADIADOR DE ÓLEO (Instalado na célula e fornecido pelo fabricante)
6 - MOTOR (Tubos, injetores calibrados, tamises, bujões magnéticos... )
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3.2.1 Alimentação
O óleo é aspirado no tanque pela bomba e repelido sob pressão através do filtro. É
depois distribuído pelas peças que devem ser lubrificadas ..
Este sistema é ilustrado pelo esquema seguinte.
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1 - TANQUE (Instalado na célula; munido de um bujão de enchimento e de um indicador de
nível)
2 - BOMBA DE PRESSÃO (Bomba de engrenagens acionada mecanicamente a uma velocidade
proporcional a N 1. A bomba inclui uma válvula de alívio de pressão e eventualmente una
válvula antirretorno em sua saída)
3 - CONJUNTO DE FILTRAGEM (Filtro metálico com uma válvula de derivação e um
indicador de pré-bloqueio)
4 - DISPOSITIVOS DE CONTROLE (Transmissor de pressão, interruptor de baixa pressão e
sonda de temperatura de óleo)
5 - ORIFÍCIO CALIBRADO (Pressão da bomba para a caixa de acessórios e o torquímetro.
Pressão reduzida para os mancais)
3.2.2 Recuperação
O óleo que lubrificou e refrigerou as peças. cai por gravidade em baixo dos recintos
donde é imediatamente recuperado pelas bombas de recuperação (trata-se de um sistema do tipo
cárter seco).
O óleo é depois conduzido ao tanque através do radiador.
O esquema seguinte ilustra o sistema de recuperação:
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3.3 LUBRIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DO SISTEMA
Este parágrafo trata, por um lado, da circulação do óleo e da lubrificação do gerador de
gás, por outro lado, da turbina livre e do redutor.
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3.4 ACESSÓRIOS DO SISTEMA
Este parágrafo trata dos acessórios do Sistema de Óleo de uma maneira mais detalhada.
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1 – TANQUE DE ÓLEO (Instalado na célula e fornecido pelo fabricante)
2 – CONJUNTO DE BOMBAS DE ÓLEO (Montado sobre a face traseira esquerda da caixa de
acessórios)
3 – CONJUNTO DE FILTRAGEM (Montagem sobre a caixa de acessórios por cima da bomba
de óleo)
4 – DISPOSITIVOS DE CONTROLE (Transmissor e interruptor de pressão montados sobre a
base do filtro. Sonda de temperatura de óleo à saída do tanque)
5 – RADIADOR DE ÓLEO (Fornecido pelo fabricante e instalado na célula)
6 – MOTOR TURBOEIXO
1 – MANGUEIRA DO RESPIRO
2 – MANGUEIRA DO SUSPIRO DE RECUPERAÇÃO DOS VAPORES DE ÓLEO
3 – BRAÇADEIRAS DE FIXAÇÃO DO MOTOR
4 – SENSOR DE TEMPERATURA DO ÓLEO
5 – CONTACTOR TERMOELÉTRICO
6 – BUJÃO DE DRENO COM ELEMENTO MAGNÉTICO
7 – SISTEMA DE ASPIRAÇÃO DA BOMBA DO MOTOR
8 – BOCAL DE ENCHIMENTO DO TANQUE
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3.4.1.1 Características do Tanque:
- Fabricado em Liga leve de Alumínio
- Nível mínimo mostrado pelo visor
- Volume total ≈ 5,7l
- Capacidade ao nível mínimo = 4,17l
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3.4.3 Bombas de Óleo
Assegura a alimentação de óleo sob pressão e a recuperação de óleo após a lubrificação.
O grupo é formado por bombas de engrenagens acionadas simultaneamente a uma velocidade
proporcional à do gerador de gás.
Descrição funcional:
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1 – BOMBA DE PRESSÃO
2 – VÁLVULA DE SOBREPRESSÃO DA BOMBA
3 – BOMBA DE RECUPERAÇÃO (parte dianteira)
4 – BOMBA DE RECUPERAÇÃO (mancal traseiro)
5 – BOMBA DE RECUPERAÇÃO (redutor)
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1 - EIXO DE ACIONAMENTO
2 – BOMBA DE PRESSÃO
3 – BOMBA DE RECUPERAÇÃO (mancal traseiro)
4 – BOMBA DE RECUPERAÇÃO (redutor)
5 – BOMBA DE RECUPERAÇÃO (parte dianteira)
6 – VÁLVULA ANTIRRETORNO
7 – CORPO DAS BOMBAS
8 – PARAFUSO DE FIXAÇÃO.
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1 - ELEMENTO FILTRANTE (Cartucho metálico de 30 microns de poder filtrante)
2 - VÁLVULA DE DERIVAÇÃO (Válvula diferencial que assegura o fluxo em "by-pass" no
caso de bloqueio, é aferida para: 2 bares de diferença de pressão)
3 - INDICADOR DE PRÉ-BLOQUEIO (Válvula diferencial que indica o começo de bloqueio
do filtro por meio de um sinal vermelho com rearmamento carregando no botão)
4 - VÁLVULA DE DRENAGEM (Válvula que se abre no momento da desmontagem da peça
para drenar no cárter o óleo residual)
5 - BASE (Equipada de tomadas para a montagem do transmissor e do interruptor de pressão de
óleo).
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3.4.5 Respirador Centrífugo
Os vapores provenientes da lubrificação são levados para a caixa de acessórios. O
respirador centrífugo contido na caixa separa o óleo do ar e põe o sistema ao ar livre.
A figura ilustra o Respirador:
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3.4.6 Bujões Magnéticos e Tamises
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1 – TAMIZ DE RECUPERAÇÃO DA PARTE DIANTEIRA
2 – TAMIZ DE RECUPERAÇÃO DO MANCAL TRASEIRO
3 – TAMIZ DE RECUPERAÇÃO DO REDUTOR
4 – BUJÃO MAGNÉTICO DA CAIXA DOS ACESSÓRIOS
5 – BUJÃO MAGNÉTICO DO REDUTOR
6 – BUJÃO MAGNÉTICO DE SINALIZAÇÃO ELÉTRICA (Em caso de aparecimento de
partículas, ocorre o acendimento de uma luz no PMA)
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1 – TRANSMISSOR DE PRESSÃO DE ÓLEO (Mede a pressão da bomba e é montada na base
do filtro)
2 – INTERRUPTOR DE BAIXA PRESSÃO (Detecta uma pressão abaixo do normal e indica
no PMA através do acendimento de uma luz)
3 – SONDA DE TEMPERATURA DE ÓLEO (Mede a temperatura do óleo na saída do tanque.
A indicação muitas vezes é mostrada sobre um indicador duplo, fornecido pelo fabricante)
56
3.4.7.3 Indicador de Pré-entupimento do filtro de óleo
57
ATENÇÃO:
- A mistura de óleos de especificações diferentes é proibida
- O controle do circuíto de óleo é uma função vital. As prescrições do programa
recomendado de manutenção do fabricante do motor devem ser observadas.
58
3.4.8.2 Funcionamento do Circuíto de Arrefecimento de Óleo
59
FUNCIONAMENTO DA VÁLVULA TERMOSTÁTICA (16). Na partida do motor. é
necessário provocar um aquecimento rápido do óleo a fim de assegurar, logo que o motor gira,
uma lubrificação correta dos mancais e das engrenagens. Esse resultado é obtido pela válvula
termostática.
- Quando a temperatura do óleo que sai do motor for inferior a 74 ºC, a válvula, que
funciona pela dilatação de sua haste, está aberta. O óleo retorna então diretamente ao tanque (a
perda de "calor através da válvula é inferior à perda de calor através do radiador), não sendo
arrefecido, a sua temperatura aumenta rapidamente.
60
3.4.9.1 Princípio do Detector de Limalhas
61
CAPÍTULO 4
SISTEMA DE AR
4.1 INTRODUÇÃO
Além do fluxo no duto de ar, o motor inclui circuitos de ar que asseguram diversas
funções anexas.
62
1 – CIRCUITO DE AR INTERNO (P1' – P2 - P0)
- Pressurização dos selos labirintos
- Refrigeração de peças internas
- Equilíbrio das forças sobre os conjuntos rotativos
2 – TOMADAS DE AR
- Alimentação dos acessórios do motor
- Tomada de ar à disposição do fabricante
3 – VÁLVULA DE SANGRIA DO COMPRESSOR
AR P1' (Ar tomado à saída do compressor axial diante da roda do compressor centrífugo)
- PRESSURIZAÇÃO DO SELO LABIRINTO E MANCAL COMPRESSOR CENTRÍFUGO
(Uma certa quantidade de ar foge no recinto de óleo através do labirinto)
- PRESSURIZAÇÃO DO SELO LABIRINTO E MANCAL DO COMPRESSOR AXIAL
(O ar passa pelo eixo, uma certa quantidade foge diante da roda axial, uma outra no recinto de
óleo)
- TOMADA PARA A V´LVULA DE SANGRIA
AR P2 (Ar tomado à saída do compressor centrífugo fora do caminho; P2 dito limpo para os
acessórios)
63
4.2.2 Circuito Interno das Partes Quentes
O ar tomado à saída do centrífugo é utilizado para a pressurização dos labirintos, a
refrigeração de peças e o equilíbrio das forças.
64
4.2.3 Circuito Interno dos Mancais
O mancal traseiro do gerador de é pressurizado com P2 passando no eixo e o mancal
dianteiro turbina livre com ar P2 levado ao redutor por um tubo exterior. O ar atmosférico P0 é
utilizado para refrigerar o recinto do mancal traseiro gerador de gás
4.3 TOMADAS DE AR
O ar sob pressão é tomado para as seguintes funções:
- Ventilação dos injetores de partida
- Sinal de controle
- Alimentação dos circuitos da aeronave
Os circuitos são ilustrados abaixo:
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1 – CIRCUITO DE VENTILAÇÃO DOS INJETORES DE PARTIDA: O ar de P2 é utilizado
para:
- VENTILAR OS INJETORES APÓS A FASE DE INJEÇÃO (para impedir o bloqueio
dos injetores por carbonização do combustível residual)
- ACIONAR UM INTERRUPTOR (proibindo a reinjeção para além de uma certa
pressão)
2 – CIRCUITO SINAL DE CONTROLE: O ar P2 é utilizado para:
- O CONTROLADOR DE ACELERAÇÃO
3 – ALIMENTAÇÃO DO CIRCUITO DA AERONAVE: P2 utilizado para o aquecimento da
cabine o antigelo da entrada de ar.
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4.4.3 Válvula de Sangria Eletropneumática
A válvula é comandada pela pressão de ar P2 admitida através de uma eletroválvula
alimentada pela caixa taquimétrica.
1 – ESQUEMA DE PRINCÍPIO
1a – Caixa taquimétrica (relé báscula comandado em função do sinal N1 vindo do
transmissor taquimétrico)
1b – Eletroválvula de comando (admite ar P2 de fechamento da válvula quando é
alimentada eletricamente)
1c – Válvula de sangria (pistão, mola e válvula do tipo papillon)
2 – VISTA EXTERIOR
2a – Grelha de evacuação de ar P1'
2b – Eletroválvula de controle
2c – Alimentação em ar P2
67
CAPÍTULO 5
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
68
5.2.1.1 Circuito de Baixa Pressão
O esquema seguinte representa o circuito
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1 – BOMBA DE COMBUSTÍVEL (bomba de engrenagens acionada a uma velocidade
proporcional à do gerador de gás)
2 – VÁLVULA DE ALÍVIO (conduz o combustível à aspiração em caso de sobrepressão é
regulada para 33 bar)
3 – FILTRO (elemento metálico de 20 micron de poder destinado a proteger os elementos de
controle situados do lado de baixo)
4 – VÁLVULA DE DESVIO (válvula diferencial assegurando a circulação de combustível em
caso de bloqueio do filtro)
5 – DISTENSOR DE PRESSÃO (reduz a pressão da bomba para alimentar o controlador
hidromecânico)
70
1 – POSIÇÃO DOS INJETORES
2 – INJEÇÃO PRINCIPAL (roda munida de injetores calibrados)
3 – VISTA EM CORTE DE UM INJETOR
3a – Entrada de combustível
3b – Corpo do injetor
3c – Injetor calibrado de pulverização
71
1 – TUBO DE ENTRADA DE COMBUSTÍVEL (combustível vindo do controlador)
2 – SUPRIMENTO LATERAL (canalização entre painel traseiro compressor e câmara de
combustão)
3 – RAMPA DE DISTRIBUIÇÃO (parte estática que recebe o combustível e o guia até à roda.
É munida de selos de vedação labirinto)
4 – RODA DE INJEÇÃO (montada entre o compressor centrífugo e a turbina, e portanto em
rotação à mesma velocidade centrífuga. O combustível é injetado na câmara por meio de 9
injetores calibrados)
1 – ALAVANCA DE CONTOLE
1a – POSIÇÃO PARADA (as duas torneiras estão fechadas)
1b – ALCANCE DE PARTIDA E ACELERAÇÃO (abertura progressiva da torneira
principal; o came libera o dosador além de um certo ângulo)
1c – POSIÇÃO VOO (torneira principal plenamente aberta)
1d – ALCANCE EMEREGÊNCIA (abertura progressiva da torneira de emergência,
ficando aberta a torneira principal)
2 – TORNEIRA PRINCIPAL (passagem calibrada na alimentação de combustível)
3 – TORNEIRA MANUAL OU DE EMERGÊNCIA (passagem de combustível em desvio do
dosador)
4 – CAME DO CONTROLADOR DE ACELERAÇÃO (mantém o dosador fechado para os
pequenos ângulos da alavanca de controle)
72
5.2.4 Partida
No momento da partida, o combustível fornecido pela bomba é distribuido até aos
injetores de partida através de uma eletroválvula e até a roda de injeção através de uma válvula
de drenagem.
O fluxo é determinado pela posição da alavanca que controla a torneira principal.
O esquema abaixo ilustra os elementos postos em ação:
73
1 – VÁLVULA DE NÍVEL (válvula acionada pela pressão do combustível. Seu papel essencial
é de assegurar a prioridade da alimentação dos injetores de partida na fase de ignição)
2 – VÁLVULA DUPLA (válvula acionada por uma membrana submetida às pressões do
combustível. Uma válvula para abrir ou fechar a passagem de combustível residual na roda de
injeção)
75
1 – ELETROVÁLVULA (Abre-se quando alimentada eletricamente no momento do comando
de partida)
2 – VÁLVULA DE ESFERA P2 (Válvula que admite o ar sob pressão na saída do compressor
P2 para ventilar os injetores após a fase de partida)
3 – INTERRUPTOR DE PROIBIÇÃO DE REINJEÇÃO (Proíbe qualquer reinjeção, isto é,
qualquer nova alimentação da eletro-válvula quando a pressão do ar P2 ultrapassar um certo
valor obtido após a parada)
4 – VÁLVULA DE DRENAGEM DO CIRCUITO (Permite a drenagem do circuito antes da
partida conduzindo uma certa quantidade de combustível ao tanque. Desde o comando de
partida a pressão da bomba age sobre a membrana e corta a drenagem)
76
5.4 FUNCIONAMENTO DO CONJUNTO DO SISTEMA
1 – Bomba de Combustível
2 – Alavanca de Comando
3 – Dispositivo de Dosagem
4 – Válvula uni-direcional (ou antirretorno)
5 – Válvula de drenagem e de sobrevelocidade
6 – Eletro-válvula dos injetores de partida
77
CAPÍTULO 6
CONTORLE DO COMBUSTÍVEL
1 – ALAVANCA DE COMANDO
2 – TORNEIRA PRINCIPAL
3 TORNEIRA AUXILIAR
4 – CAME DO CONTROLADOR
Posições do Comando
- 1a – parada (as duas torneiras fechadas)
- 1b – Arranque e aceleração (abertura progressiva da torneira principal e para além de
um certo ângulo, deixa de haver ação do came sobre o dosador )
- 1c – Voo (torneira principal completamente aberta)
- 1d – Comando manual de emergência. Nesta zona, a torneira auxiliar abre-se
progressivamente e o combustível flui em derivação do dosador. Esta zona pode ser utilizada em
caso de falha do controle conduzindo a uma redução. O fluxo maxi em emergência é contudo
limitado a um valor inferior ao do fluxo maxi normal. Em caso de falha conduzindo a um fluxo
demasiado elevado, o comando pode ser colocado na zona de partida para reduzir o fluxo
manualmente (zona de emergência menos)
6.2.1 Generalidades
Palavras iniciais destinadas aos que ainda não estudaram, nos documentos do fabricante
do motor, todos os aspectos funcionais do motor e especialmente a regulagem. Se o modo de
ação dos comandos do motor apresentar problemas de compreensão, tudo se tornará claro
quando se conhece o motor.
78
Os comandos do motor controlam a quantidade de combustível injetado na câmara de
combustão nas diferentes configurações de funcionamento:
Partida – Voo – Parada do Motor
Dois conjuntos mecânicos atuam sobre o motor:
- Um comando de vazão acionado pelo piloto (manete de vazão)
- Um comando de compensação do governador do motor. Este comando, acoplado ao
comando do passo coletivo, é automático.
O piloto dispõe, portanto, de um comando direto, a manete de vazão, que só é usada nas
fases de partida e acelerações do motor até o regime governado (posição voo)
Com a manete de vazão na posição voo, o piloto nada mais tem a fazer (além de pilotar),
uma vez que o motor está sob a ação do seu governador, que dosa automaticamente o
combustível em função da potência solicitada pelo rotor (função do passo coletivo) e mantém
constante a velocidade de rotação da turbina livre.
O comando da regulação atua sobre o governador da turbina livre intervindo
automaticamente na variação do passo coletivo, esse comando:
- Compensa o ESTATISMO do regulador centrífugo, isto é, conserva um regime do rotor
(Nr) constante, qualquer que seja a vazão de combustível, logo, qualquer que seja a potência
solicitada.
- Propicia um Tempo de Resposta muito curto, evitando o estol de compressor nas
acelerações bruscas e o apagamento em caso de bruscas desacelerações. Por esse motivo esse
comando também é chamado “ANTECIPADOR”, pois atua antes da reação normal do regulador
centrífugo
O QUE É ESTATISMO?
O governador da Turbina Livre, que tem por objetivo manter constante a velocidade de
rotação da Turbina Livre (logo, do rotor) é um simples regulador de WATT, regulador centrífugo
de contrapesos, de ação direta, que trabalha em circuito aberto. O regulador dá uma ordem de
execução (detecta as variações de velocidade de rotação, opõe-se por sua ação a essas variações
de velocidade) não verifica nem corrige os resultados de sua ação. Funciona portanto, semser
informado do resultado de sua ação.
79
Em linguagem cibernética, diz-se que tal sistema de regulação é do tipo “circuito aberto”
em oposição aos sistemas de “circuito fechado” onde se tem um retorno da ação ao orgão
detetor que compara o resultado a uma grandeza de referência e modifica sua ordem em
consequência. Disso resulta que, com esse regulador, o regime do rotor não é rigorosamente
constante. Em relação ao regime do regulador escolhido, diminui ligeiramente quando a
potência solicitada aumenta e aumenta ligeiramente quando a potência solicitada diminui. É
essa divergência de regime que se chama “estatismo”.
Eis o esquema de um governador de Turbina Livre. Os contrapesos são acionados pela
Turbina livre. A força centrífuga (Fc) aplicada aos contrapesos é função da velocidade W da
Turbina Livre (Fc = M. W².R)
A ação da força centrífuga é, para um dado regime, equilibrada pela tensão T da mola.
Somente uma posição dos contrapesos (função do W) corresponde a uma posição do dosador de
combustível e apenas uma. Observe que , na realidade, os contrapesos não atuam diretamente
sobre o dosador, mas isso não altera o princípio.
Se, a partir de um a velocidade estabilizadora Wo, a velocidade do rotor diminui (caso do
aumento do passo), a força centrífuga diminui e os contrapesos se aproximam sob ação da mola.
O dosador aumenta a seção de passagem do combustível, logo a potência do motor aumenta e,
do mesmo modo, a velocidade de rotação do rotor. Quando, a potência do motor aumentando
igualar a potência solicitada, a velocidade do rotor se estabiliza, o regulador ocupa uma nova
posição de equilíbrio mas o dosador abriu-se ligeiramente e a velocidade de equilíbrio W1 é
ligeiramente inferior à velocidade estabilizada de origem Wo. Inversamente, com diminuição do
passo, o dosador se fecha produzindo uma velocidade estabilizada ligeiramente superior à
velocidade de origem.
O valor do estatismo do estatismo depende portanto dietamente da tensão da mola na sua
faixa de deformação.
Uma mola “dura” dá um ∆N menor que uma mola “mole”.
80
∆N de 30 rpm aproximadamente ao nível do rotor. Por outro lado, a ação direta do
comando de passo sobre o governador diminui o tempo de resposta deste durante as variações
de passo coletivo.
81
6.2.2 Comandos do Motor Arriel 1B
82
Manete de vazão em posição “Voo” (ressalto dianteiro), a válvula de vazão principal está
toda aberta e o sistema de regulação controla a vazão de combustível (o motor acelerou com a
abertura progressiva da válvula)
O regulador de Ng:
- comanda a posição do dosador a partir das ordens que recebe do regulador de turbina
livre (regulador NTL)
- controla os regimes transitórios dosando o combustível nas acelerações para evitar o
estol de compressor e nas desacelerações para evitar o apagamento.
Observe que a eletroválvula de partida está fechada e que a válvula dreno encontra-se
aberta.
83
Ultrapassando a posição “Voo” o deslocamento da manete de vazão provoca a abertura
progressiva da válvula de emergência que permite alimente alimentar o motor em caso de falha
do governador qur tenha provocado o fechamento do dosador. O combustível passa então
diretamente pela válvula de emergência, cujo grau de abertura deve ser regulado pelo piloto em
função do passo coletivo. Ele deve então Observar especialmente seus parâmetros de
funcionamento (Ng e T4), pois não está mais protegido pelo governador.
84
6.2.3 Componentes da Cadeia de Comando do GTM e sua Localização
85
6.3 UCC – Unidade Controladora de Combustível
6.3.1 Introdução
O controle é concebido para que o motor se adapte automaticamente as exigências de
propulsão, embora ficando dentro dos limites determinados.
O esquema abaixo situa o controle em seu meio ambiente:
86
G – FLUXO DE AR (Fluxo de ar penetrando no motor função das condições externas e
internas)
P2 – PRESSÃO DE AR SAÍDA COMPRESSOR
Q – FLUXO DE COMBUSTÍVEL INJETADO NA CÂMARA DE COMBUSTÃO (Fluxo
regulado pelo controlador R )
N1 – VELOCIDADE DE ROTAÇÃO DO GERADOR DE GÁS
T4 – TEMPERATURA NA SAÍDA DA TURBINA DO GERADOR DE GÁS
C- TORQUE SOBRE O EIXO DA TURBINA LIVRE
N2 – VELOCIDADE DE ROTAÇÃO DA TURBINA LIVRE
87
A – EXIGÊNCIA DO HELICÓPTERO
- Velocidade de rotação do rotor (Nr) adaptada (isto é, quase constante em todas as
condições qualquer que seja a carga)
- Torque máximo ( C ) sobre o eixo (limite máximo imposto pela transmissão mecânica e
sobretudo a caixa de transmissão principal - CTP)
B – EXIGÊNCIAS DO TURBOEIXO
- Velocidade de rotação da turbina livre (N2 ou NTL) em certos limites (de fato, quase
constante, visto que está ligada ao rotor ). Além disso, procuramos uma proteção contra a
Sobrevelocidade em certos casos (ruptura do eixo de transmissão por exemplo)
- Velocidade de rotação do gerador de gás (N1 ou Ng):
• Limite maxi. imposto pela resistência do conjunto rotativo. Procuramos sua
invariabilidade, pois ela representa o regime de utilização – PMD sobre mono motor.
• Limite mini. Imposto por certas velocidades críticas.
• Temperatura na saída da turbina: limite maxi. Imposto pela resistência das partes
quentes. Contudo, o motor é concebido para não atingir “ naturalmente” este limite
(limite N1 atingido antes)
• Limite de fluxo combustível (Q): limite maxi. Representado a potência maxi., limite
mini. para evitar a extinção, de variação no tempo ΔQ / ΔT para evitar o estol
compressor.
88
1 – GERADOR DE GÁS (compressor, câmara de combustão e turbina)
2 – TURBINA LIVRE (acionando os rotores através da CTP)
3 – RECEPTOR (caixa de transmissão, rotores, sistema de comando de voo)
4 – COMANDO DE PASSO COLETIVO (o passo “imagem da potência”, está ligado ao
controlador de velocidade da turbina livre)
5 – CONTROLADOR DA TURBINA LIVRE (controlador proporcional que determina um
sinal de velocidade N1 em função da variação de N2)
6 – CONTROLADOR GERADOR DE GÁS (controlador integral que dosa o fluxo para manter
a indicação N1)
7 – CONTROLADOR DE ACELERAÇÃO (limite de fluxo combustível em função da pressão
de ar P2 para impedir o estol de compressor)
89
1 – DETECTOR DE VELOCIDADE (contra peso acionado a uma velocidade proporcional a
N2 )
2 – MOLA ANTAGONISTA (opsta à força centrífuga do contrapeso)
3 – REGULAGEM DA REFERÊNCIA DE VELOCIDADE DA TURBINA LIVRE
4 – ANTECIPADOR (ligação com o passo coletivo do rotor do helicóptero)
5 – ALAVANCA ARTICULADA (acionada pela resultante de forças dos contrapesos e mola)
6 -INJETOR CALIBRADO POTENCIOMÉTRICO (paleta que se desloca diante de um orifício
calibrado; a fuga por este injetor determina a pressão modulada)
7 – PISTÃO AMPLIFICADOR (acionado pela pressão modulada, transmite o sinal de
referência ao controlador gerador)
8 – BATENTE VELOCIDADE MAX. DO GERADOR (batente mecânico regulável)
9 – BATENTE DE VELOCIDADE MIN. GERADOR (batente mecânico regulável)
10 – BOTÃO DE PRESSÃO DE REFERÊNCIA N1 (agindo sobre o controlador gerador)
90
6.3.3.2 Controlador Gerador de Gás
Do tipo integral, ele executa a indicação elaborada pelo controlador da turbina livre
regulando o fluxo de combustível.
91
Funcionamento do Controlador Gerador de Gás
92
6.3.3.3 Controlador de Aceleração
Ele limita as variações transitórias de fluxo de combustível para evitar o estol do
compressor.
Em certas versões, um controlador de desaceleração (ou limitador de fluxo min.) está
incorporado no dispositivo de dosagem para evitar a extinção.
93
NOTA: Cápsula de Compensação – O efeito da temperatura do combustível sobre a
velocidade (variação de viscosidade modificando o ponto de equilíbrio do controlador
hidromecânico) é compensado pela cápsula de modo a obter a invariabilidade de velocidade de
N1 (principalmente N1 máximo). Uma leve variação é contudo introduzida, mas dentro de
limites bem precisos.
94
1 – DOSADOR (agulha perfilada deslocando-se num diafragma; o combustível flui entre o
diafragma e a agulha dosador. O dosador, munido de uma mola tendendo a abri-lo, é comandado
pelo pistão de trabalho do controlador gerador de gás)
2 – VÁLVULA ΔP CONSTANTE (membrana submetida à pressão de cima por um lado, e, por
outro lado, à pressão de baixo mais a força de uma mola. A membrana pilota uma válvula que
determina o retorno do excesso de combustível à aspiração da bomba)
3 – CHEGADA DO COMBUSTÍVEL (da bomba de combustível)
4 – RETORNO DO COMBUSTÍVEL (à aspiração da bomba)
5- SAÍDA DO COMBUSTÍVEL (para a roda de injeção)
6 – DERIVAÇÃO (pela torneira auxiliar; comando manual emergência)
Funcionamento do Dispositivo
O combustível sob pressão da bomba, flui pela passagem determinada pelo dosador que
se desloca num diafragma.
Para manter um fluxo unicamente em função da posição do dosador, uma válvula
mantém uma diferença de pressão constante dos dois lados do dosador. Esta válvula ΔP
constante é constituída de uma membrana submetida à diferença de pressão de uma dosador.
Qualquer variação de diferença de pressão P é determinada pela válvula que conduz mais ou
menos combustível à aspiração da bomba. De fato, a bomba fornece um fluxo sempre superior
às necessidades e o excesso é conduzido à aspiração por esta válvula.
As variações de P provêm da bomba, do circuito de baixo e claro das deslocações do
dosador.
Por exemplo, quando o dosador se abre, o P diminui, a membrana desloca-se e a válvula
fecha o retorno. O fluxo admitido para o motor aumenta, a pressão de cima aumenta e a
diferença de pressão volta a seu valor nominal.
95
19 – CONTROLADOR DA TURBINA LIVRE
20 – COMANDO ANTECIPADOR
21 – REGULAGEM REFERÊNCIA N2
22 – INJETORES CALIBRADOS DE PRESSÕES MODULADAS
23 – DISTENDOR DE PRESSÃO
Fora do Controlador:
- A – Eletroválvula dos injetores
- B – Válvula de drenagem e de sobrevelocidade
6.3.4.2 Arranque
Antes do arranque, a bomba de reforço da aeronave é posta em funcionamento e há
drenagem através da válvula de drenagem do circuito que leva uma certa quantidade de
combustível ao tanque.
96
Para o arranque, o botão de pressão é acionado e a alavanca é deslocada para a posição
“partida”:
- o motor de arranque funciona (lançamento do gerador de gás)
- o sistema de ignição funciona (faíscas na ponta das velas)
- a eletroválvula dos injetores é alimentada e abre-se
O combustível sob pressão fornecido pela bomba:
- fecha a válvula de drenagem
- alimenta os injetores de partida
- alimenta a roda de injeção (desde que a pressão seja suficiente para abrir a válvula de
nível)
A ignição produz-se, a velocidade de rotação e a temperatura dos gases aumentam.
A velocidade autônoma, o botão é aliviado, o que provoca o corte dos acessórios de
partida. Os injetores são então ventilados com ar p2 que age sobre o interruptor de proibição de
reinjeção.
Nesta fase, a válvula ΔP entra em funcionamento bem como o distensor. A pressão
estabelece-se no sistema hidráulico. Contudo, o controlador não está ainda em ação e o fluxo é
determinado pela posição da alavanca de comando.
A aceleração até à velocidade autônoma é comandada deslocando a alavanca de
comando na posição “voo”. Quando a velocidade da turbina livre atinge seu valor nominal, o
controle entra em funcionamento e, assim, o combustível é regulado pelo dosador, estando a
torneira principal completamente aberta.
97
CAPÍTULO 7
CONTROLE DO MOTOR
7.1 INTRODUÇÃO
O sistema d controle permite assegurar que o motor funciona dentro dos limites precisos,
detectar uma pane ou uma evolução anormal dos para^metros e verificar certas fases de
funcionamento.
Ilustração dos sistemas de controle:
Generalidades
Os parâmetros da potência são:
- A VELOCIDADE DE ROTAÇÃO DO GERADOR DE GÁS (NG). A potência
desenvolvida pelo motor é em função da Ng que depende diretamente da quantidade de
combustível queimado (consumo do motor). Ng aumenta quando o consumo aumenta.
- A TEMPERATURA DOS GASES NA ENTRADA DA TURBINA LIVRE. (T4). Esta
temperatura depende essencialmente da quantidade de combustível queimado.
- O TORQUE DO MOTOR (Tm) transmitindo aos rotores pela turbina livre. O torque do
motor representa a potência utilizada pelos rotores (potência relacionada com o passo coletivo).
A potência utilizada pelos rotores = Tm x W: Como W (velocidade de rotação dos
rotores) = constante, a potência utilizada pelos rotores é proporcional ao torque do motor (Tm)
98
Com ajuda desses três parâmetros, o piloto está informado sobre o bom funcionamento
do motor e, principalmente, pode respeitar as limitações impostas à aeronave.
Algumas considerações sobre as limitações de potência:
- Quem diz potência diz “esforços mecânicos” (força centrífuga aplicada nas palhtas da
turbina, pressão específica sobre os dentes das engrenagens, cargas nos rolamentos, etc.) e
“esforços térmicos” (principalmente na câmara de combustão e nas turbinas). Existem limites a
partir dos quais o aumento desses esforços “castiga” os materiais, diminuindo sua resistência à
fadiga: surgem então os riscos de ruptura se esses limites forem frequentemente ultrapassados e
se essa situação durar. Os limites são determinados pelos construtores e definidos no Manual de
Voo. São eles:
- limitações de Ng e de T4 que protegem o motor
- limitação de torque (Tm) que protege a CTP.
99
Limites de velocidade do Gerador de Gás (Ng):
- PMC = 98% Ng (contínua)
- PMD = 100% Ng (5 min na decolagem)
- PMT = 105% Ng (5 seg - transitória)
- Ng máxima Estabilizada Autorizada = 67%
100
7.3.2 Linha de Medida da Temperatura T4
Os sensores “termopar” são mergulhados no fluxo gasoso. Os termopares são montados
em paralelo de tal modo que o indicador (milivoltímetro) indica a tensão (e, portanto, a
temperatura) mais elevada. Uma resistência de calibração incorporada ao indicador permite
compensar as dispersões entre resistência de linha por ocasião da troca de um indicador ou de
um motor (para uma leitura correta é necessário que as resistências de linha sejam iguais).
NOTA: a resistência da linha não é regulável e seu valor não tem nenhuma influência
sobre o componente da cadeia (somente para os indicadores atuais)
Indicador de T4
101
Limites de T4:
- PMC = 775 ºC
- PMD = 810 ºC (5 seg / decolagem)
- PARTIDA = 840 ºC
102
Se Tm cresce, RA também cresce e o pistão se desloca no sentido de uma diminuição
da vazão de escape f, dessa forma: A PRESSÃO AUMENTA NA CÂMARA
Se Tm diminui – A PRESSÃO DIMINUI
Como todas as grandezas (Tm – RA – vazão de escape – pressão) variam
proporcionalmente, a pressão na câmara A é proporcional ao torque do motor, portanto:
NOTA: O pistão do torquímetro não gira. Só pode deslocar-se axialmente sob a ação de RA.
103
7.4.3 Localização dos Componentes
104
Limite de Troque imposto pela CTP = 83%
7.5.1 Generalidades
O circuito de fogo alerta o piloto,
através do alarme “FOGO” de qualquer
aumento anormal de temperatura na zona do
motor e principalmente nos pontos críticos
onde estão colocados oe detectores de fogo:
entrada de combustível, entrada e saída de
óleo, rampa de injeção de combustível, zona
traseira debaixo do capô GTM (zona de
passagem das chamas em caso de incêndio).
Se num desses pontos a temperatura
ultrapassar o limite admissível (200 ºC na
parte dianteira do motor , 300 ºC ou 400 ºC
na parte traseira), o detector de alarme
aciona, pela abertura de um contato elétrico,
o circuito da luz “FOGO” que se acende.
105
7.5.2 Detector de Fogo
O elemento sensível do detector é
composto de 2 lâminas bimetálicas.
Princípio da lâmina bimetálica: Uma
lâmina “A” (com pequeno coeficiente de
dilatação) e uma lâmina “B” (com grande
coeficiente de dilatação) são soldadas entre
si. O aumento de temperatura provoca um
alongamento deferente das duas lâminas: B
alonga-se mais do que A. Como A e B são
solidárias, o esforço deforma o bimetálico
curvando-o para o lado de A.
106
7.5.3 Circuito de Detecção
Um relé de alarme R é ligado à massa dos detectores de incêndio D montados em série
(borne pequeno no lado +) e do botão “TESTE FOGO”. Com os contatos dos detectores
normalmente fechados, o contato de relé encontra-se na posição ligado a a luz “FOGO”
apagada. Basta que os contatos de um detector se afastem (temperatura acima do limite de
detecção) para cortar a alimentação do relé que oscila em posição “desligado”, fechando o
circuito da luz, que acende. O relé é temporizado por um condensador C (só dispara uma fração
de segundo após o corte da corrente), para evitar o acendimento acidental do alarme provocado
por “miniaberturas” dos detectores, decorrentes de vibrações. O condensador C, normalmente
carregado (potencial deferente entre os bornes do relé) de segurança a cada “miniabertura”
prolongando, durante uma fração de segundo, a alimentação do relé, que só dispara se o tempo
de corte for superior à temporização. O botão “teste” permite verificar o bom funcionamento do
circuito (acendendo a luz) desligando a massa do relé de alarme.
EXTINTOR DE CABINE
O extintor está colocado no piso da cabine à direita do assento do piloto.
Características:
- Agente extintor.............1Kg
- Peso vazio.....................0,780Kg
- Pressão interna..............7 bar a 15ºC
107
CAPÍTULO 8
SISTEMA DE PARTIDA
8.1 INTRODUÇÃO
A partida do motor implica as funções arranque, suprimento de combustível e ignição.
O sistema permite, por outro lado, o reacendimento em voo e a ventilação.
8.2.1 Generalidades
Para dar a partida é necessário o fornecimento de energia ao motor, por parte de
alguma fonte exterior (bateria ou fonte externa). Com isto ele inicia seu ciclo funcional, estado
a partir do qual atinge progressivamente sua autonomia, isto é, dispensa energia externa e se
torna produtor de energia. O circuito de partida realiza as condições para o estabelecimento do
processo de partida. Para iniciar o processo de partida, o motor precisa de:
108
1) AR. A massa de ar necessária é obtida pela ação
do gerador (e, portanto, dos compressores) com a ajuda de
um motor de arranque;
2) COMBUSTÍVEL. Vimos como é fornecido o
combustível na fase de partida;
3) CENTELHAS de alta energia para inflamar a
mistura “ar-combustível”. As descargas elétricas são
produzidas por um sistema de ignição (caixa de ignição)
que alimenta duas velas chamadas IGNITORES.
As funções (1) e (3) são comandadas pelo piloto,
ao acionar o botão “PARTIDA” situado na manete de vazão.
Para a função (2), coloca-se a manete de vazão na
faixa de partida.
Uma vez inflamada, a mistura “ar-combustível”
começa a fornecer energia que, somando-se à energia do
arranque, acelera o gerador. Assim a:
- Vazão de ar aumenta (os compressores giram cada
vez mais rapidamente);
- Vazão de combustível aumenta (a bomba de
combustível gira cada vez mais rapidamente);
– Velocidade e a potência do gerador aumentam.
Esse processo se desenvolve até que o motor tenha
atingido o regime de autonomia. Pode-se então cortar a
função partida (parada do arranque e das centelhas pelo
desligamento do botão) e acelerar o motor até que ele fique
sob ação do governador (manete de vazão para frente).
109
8.2.2 Sistema de Partida do Motor Arriel
110
Para ventilar basta apertar o botão “VENTIL”. O contactor de partida “K3”,
diretamente alimentado, fecha-se o arranque e a linha gasosa é varrida pelo ar fresco.
OBS: Esta função também é utilizada para o procedimento de lavagem do compressor.
Motor de Arranque
Montado na superfície dianteira da caixa de acionamento dos acessórios, é geralmente
fornecido pelo fabricante.
Em arranque, ele aciona o conjunto rotativo do gerador de gás no momento da partida ou
durante uma ventilação.
Quando a partidaa está terminada e quando a velocidade de rotação é suficiente, ele
funciona como gerador para alimentar o circuito elétrico da aeronave.
8.3 SUPRIMENTO DE COMBUSTÍVEL
112
4 – VÁLVULA UNIDIRECIONAL (fluxo de drenagem antes da partida)
5 – VÁLVULA DE DRENAGEM E DE SOBREVEKOCIDADE (distribuição de
combustível para a roda de injeção)
6 – ELETROV´LAVULA DOS INJETORES (distribuição de combustível para os dois
injetores de partida)
SISTEMA ELÉTRICO
9.1 INTRODUÇÃO
O sistema elétrico participa de várias funções nos diferentes capítulos deste manual e na
documentação do fabricante.
Este capítulo trata dos diferentes sistemas relacionados com estas funções:
- Sistema elétrico de Arranque
– Sistema de Controle do Motor
114
9.3.1 Instrumentos
– VELOCIDADE DE ROTAÇÃO N1
– PRESSÃO DO ÓLEO
– TEMPERATURA DOS GASES
– TORQUÍMETRO
– INSTRUMENTOS DIVERSOS
115
9.4 ACESSÓROS ELÉTRICOS E CABLAGENS
116
CAPÍTULO 10
INSTALAÇÃO DO GTM
10.1 INTRODUÇÃO
Este capítulo trata dos elementos utilizados para a instalação do grupo turboeixo (GTM)
na aeronave.
A maior parte destes elementos são da responsabilidade do fabricante e variam segundo
a aeronave. Assim, este capítulo limita-se a apresentar as grandes linhas e as constantes destes
elementos.
117
10.3 FIXAÇÃO DO MOTOR
A fixação do GTM sobre a aeronave é realizada por meio de um suporte dianteiro na
caixa dos acessórios e um suporte traseiro no tubo de proteção.
Para a suspensão, utilizamos dois anéis de cada lado do cárter compressor e um anel
sobre o cárter da turbina.
Esquema mostrando os suportes de fixação e os anéis de suspensão.
118
1 – TOMADA DE MOVIMENTO (cinta triangular comportando 3 funções para os parafusos de
fixação)
2 – EIXO DE TRANSMISSÃO (eixo flexível absorvendo as tensões de desgaste e de torque)
3 – CAIXA DE TRANSMISSÃO PRINCIPAL
4 – TOMADA DE MOVIMENTO PARA O ROTOR TRASEIRO (configuração Ecureuil)
1 – EQUIPAMENTO DA ENTRADA DE AR
1a – Tubo de entrada
1b - Filtro
1c – ligação para limpeza compressor
2 – EQUIPAMENTO DO ESCAPAMENTO DOS GASES
2a - Bocal
120
1 – TANQUE DE COMBUSTÍVEL (um ou vários tanques contendo o combustível. Munido de
diversos dispositivos: respiro à atmosfera, drenagem, indicação de nível, orifício de
enchimento...)
2 – BOMBA DE REFORÇO (bomba elétrica fornecendo uma pressão positiva permitindo
manter o sistema preenchido de combustível para evitar a cavitação da bomba do motor)
3 – CONJUNTO DE FILTRAGEM (filtro munido de uma válvula diferencial de desvio “by-
pass”, com indicador de pré-bloqueio e de bloqueio efetivo)
4 – TORNEIRA GUARDAFOGO (corte do combustível de urgência)
5 – JUNÇÃO DE CHEGADA DO COMBUSTÍVEL (junção sobre o bloco controlador)
10.6.4 Sistema de Ar
Além das torneiras de ar para o funcionamento do motor, duas torneiras de ar
comprimido estão à disposição do construtor.
Elas estão situadas de cada lado do cárter compressor e fornecem um certo fluxo de ar
sob pressão no compressor, ar P2. O fluxo é limitado, mas qualquer tomada de ar afeta as
performances do motor.
121
UTILIZAÇÕES POSSÍVEIS DO AR TOMADO
- Aquecimento da cabine
- Vedador de borracha
- Antigelo da entrada de ar
- Separador de partículas...
122
10.6.6 Cablagens Elétricas
A ligação motor / célula é realizada por meio de três tomadas elétricas.
Uma tomada agrupando todos os acessórios, uma para a medição de temperatura dos
gases e uma para a detecção de velocidade da turbina livre (para os motores munidos desta
proteção)
123
1 – TOMADA ELÉTRICA DOS ACESSÓRIOS (tomada multipinos de todos os acessórios
elétricos)
2 – TOMADA DA CABLAGEM PIROMÉTRICA (tomada dos fios Cromel / Alumel das
sondas termopares de medição de temperatura dos gases. Esta cablagem pode ser agrupada com
a tomada dos acessórios; caso do Arriel 1S)
3 – TOMADA ELÉTRICA DE DETECÇÃO DE VELOCIDADE DA TURBINA LIVRE
(cablagem do pick-up eletromagnético de detecção de velocidade para a segurança em caso de
disparo da turbina livre. Para os motores munidos desta proteção, ou seja, configuração bimotor)
NOTA: Existe ainda a cablagem do Arranque Gerador.
124