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Eletromagnetismo I
Estudo e Pesquisa
Mônica Ferreira
Alexander Cascardo Carneiro
1
Eletromagnetismo I
DIREÇÃO SUPERIOR
Chanceler Joaquim de Oliveira
Reitora Marlene Salgado de Oliveira
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves
FICHA TÉCNICA
Texto:
Revisão Ortográfica: Rafael Dias de Carvalho Moraes
Projeto Gráfico e Editoração: Antonia Machado, Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos e Victor Narciso
Supervisão de Materiais Instrucionais: Antonia Machado
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos
COORDENAÇÃO GERAL:
Departamento de Ensino a Distância
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br
Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se
responsabilizando a ASOEC
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© Departamento de Ensino a Distância - Universidade Salgado de Oliveira
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ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedora
da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO).
2
Eletromagnetismo I
Palavra da Reitora
3
Eletromagnetismo I
4
Eletromagnetismo I
Sumário
Apresentação da disciplina......................................................................................... 7
5
Eletromagnetismo I
6
Eletromagnetismo I
Apresentação da Disciplina
Caro Leitor,
7
Eletromagnetismo I
8
Eletromagnetismo I
Plano da Disciplina
Prezado,
Objetivos da unidade:
9
Eletromagnetismo I
Objetivos da unidade:
Objetivos da unidade:
10
Eletromagnetismo I
Objetivos da unidade:
Objetivos da unidade:
11
Eletromagnetismo I
12
Eletromagnetismo I
1 Revisão de Álgebra
Vetorial
13
Eletromagnetismo I
Objetivos da unidade:
Plano da unidade:
Introdução ao Eletromagnetismo.
Álgebra Vetorial.
Bons estudos!
14
Eletromagnetismo I
Introdução ao Eletromagnetismo
15
Eletromagnetismo I
Mas foi só por volta de 1600 que o termo elétrico surgiu pela primeira vez
(originada da palavra grega elektron, que significa âmbar), em um tratado sobre “força
elétrica gerada por fricção”, de autoria do físico da rainha Elizabeth I, William Gilbert.
Em seu experimento, Gilbert observou que a agulha da bússola se posiciona na direção
norte-sul, pois a Terra se comporta como um “grande ímã”.
16
Eletromagnetismo I
No ano de 1826, Geog Simon Ohm publica a conhecida Lei de Ohm, que relaciona
o potencial elétrico à corrente elétrica e à resistência elétrica. Em 1831, Michael
Faraday demonstra que um campo magnético variante no tempo produz campo elétrico
(induzir uma força eletromotriz). Além disso, Faraday construiu o primeiro gerador
elétrico, que converte energia mecânica em energia elétrica (o gerador elétrico tem a
função contrária do motor elétrico; este converte a energia elétrica em mecânica, e foi
proposto no mesmo ano por Joseph Henry).
17
Eletromagnetismo I
Outros exemplos de grandezas básicas (que não estão presentes na Tabela 1) são:
temperatura em kelvin (K), a intensidade luminosa em candelas (cd) e a quantidade de
uma substância em mols (mol). Não iremos abordá-las uma vez que não temos interesse
nelas.
18
Eletromagnetismo I
As unidades para todas as demais grandezas são derivadas dessas quatro unidades
fundamentais. Por exemplo, a unidade de carga elétrica é obtida a partir da corrente e
do tempo: um coulomb (C) é a quantidade de carga elétrica transportada em um segundo
(s) por uma corrente de intensidade igual a um ampère (A), ou seja 1 C = 1 A x 1 s.
Algumas das grandezas e unidades derivadas das grandezas básicas, que são
importantes para o nosso estudo, estão presentes na Tabela 2.
19
Eletromagnetismo I
Exemplos:
1) 50 mA = 50 x 10-3 A = 0,05 A.
3) 44 km = 44 x 103 m = 4.400 m.
Problema 1: Sabendo que a tensão elétrica pode ser obtida pela equação: V = i x R, e
que i = 48 μA e R = 0,05 GΩ, calcule a tensão elétrica em kV.
Solução:
V=ixR
V = 48 μ x 0,05 G
V = 2.400 V
V = 2,4 x 103 V
V = 2,4 kV
20
Eletromagnetismo I
Problema 2: Sabendo que a carga elétrica pode ser obtida pela equação: Q = i x t, e que
i = 350 pA e t = 22 s, calcule a carga elétrica em μC.
Solução:
Q=ixt
Q = 350 p x 22
Q = 350 x 10-12 x 22
Q = 7.700 x 10-12 C
Q = 7,7 x 10-9 C
Q = 0,0077 x 10-6 C
Q = 0,0077 μC
Álgebra Vetorial
21
Eletromagnetismo I
A maior parte das grandezas elétricas que iremos lidar em Eletromagnetismo são
vetoriais, em especial os campos elétricos e magnéticos. Nesse contexto, a análise
vetorial fornece um conjunto de ferramentas matemáticas para a manipulação de
grandezas vetoriais de forma eficiente.
Nesse exemplo, observe que a orientação do vetor 𝐴⃗ é “para direita”, ou seja, sua
direção é horizontal e o seu sentido é para direita. A magnitude (ou módulo) do vetor 𝐴⃗
é o seu comprimento e representamos por |𝐴⃗| (lê-se “módulo de 𝐴⃗”). Temos que:
|𝐴⃗| = 𝐴
Para realizar a soma (ou subtração) de vetores podemos utilizar tanto o método
geométrico (Método do Polígono) quanto o método analítico.
22
Eletromagnetismo I
(a) Junte a origem de um vetor à extremidade de outro vetor. Repita esse passo até o
último vetor.
(b) Trace uma linha unindo a origem do primeiro vetor com a extremidade do último
vetor. Essa linha corresponde ao vetor resultante 𝑅⃗⃗ , que representa a soma desses três
vetores.
23
Eletromagnetismo I
Solução:
|𝑅⃗⃗| = 𝑅 = 15,133
𝐴⃗ − 𝐵
⃗⃗ = 𝐴⃗ + (−𝐵
⃗⃗ )
24
Eletromagnetismo I
Solução:
|𝑅⃗⃗| = 𝑅 = 10,44
25
Eletromagnetismo I
𝐴⃗ = (𝐴1 , 𝐴2 , 𝐴3 , … , 𝐴𝑛 )
|𝐴⃗| = √𝐴12 + 𝐴2 2 + 𝐴3 2 + ⋯ 𝐴𝑛 2
𝐴 = (𝐴𝑥 , 𝐴𝑦 )
|𝐴⃗| = √𝐴𝑥 2 + 𝐴𝑦 2
26
Eletromagnetismo I
Solução:
|𝐴⃗| = √𝐴𝑥 2 + 𝐴𝑦 2
|𝐴⃗| = √42 + 32
|𝐴⃗| = 𝐴 = 5
⃗ = (2,2,5).
Problema 6: Calcule o módulo do vetor 𝐵
Solução:
⃗⃗ | = √𝐵1 2 + 𝐵2 2 + 𝐵3 2
|𝐵
⃗⃗ | = √22 + 22 + 52
|𝐵
⃗⃗ | = √33
|𝐵
⃗⃗ | = 𝐵 = 5,74
|𝐵
27
Eletromagnetismo I
Exemplos:
1) 𝑅⃗⃗ = 𝐴⃗ + 𝐵
⃗⃗ = (5,6) + (2,3) = (5 + 2, 6 + 3) = (7,9)
3) 𝑅⃗⃗ = 𝐴⃗ − 𝐵
⃗⃗ = (5,6) − (2,3) = (5 − 2, 6 − 3) = (3,3)
4) 𝑅⃗⃗ = 𝐵
⃗⃗ − 𝐴⃗ − 𝐶⃗ = (2,3) − (5,6) − (0, −2) = (2 − 5 − 0, 3 − 6 + 2) =
= (−3, −1)
Solução:
𝑅⃗⃗ = 𝐴⃗ − 𝐵
⃗⃗ + 𝐶⃗
𝑅⃗⃗ = (8 − 6 + 0 , 0 + 5 + 7 , −3 − 3 + 6)
𝑅⃗⃗ = (2 , 12 , 0)
|𝑅⃗⃗| = √148
|𝑅⃗⃗| = 𝑅 = 12,17
28
Eletromagnetismo I
Produto de Vetores:
Existem dois tipos de produtos (ou multiplicação) entre dois vetores: o produto
escalar (representado pelo símbolo ⋅) e o produto vetorial (representado pelo símbolo
×).
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = |𝐴⃗|cos(𝜃)|𝐵
⃗⃗ |
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = 𝐴 ⋅ cos(𝜃) ⋅ 𝐵
Observe que o produto escalar tem esse nome uma vez que resulta em um escalar
(um valor, sem orientação).
29
Eletromagnetismo I
⃗⃗ ⋅ 𝐴⃗ = 𝐵 ⋅ cos(𝜃) ⋅ 𝐴
𝐵
Ou seja,
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = 𝐵
⃗⃗ ⋅ 𝐴⃗
Solução:
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = 𝐴 ⋅ cos(𝜃) ⋅ 𝐵
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = 11 ⋅ cos(20𝑜 ) ⋅ 4
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = 41,35
Observe ainda que, se o ângulo entre os dois vetores for 𝜃 = 90o, então o produto
escalar será dado por:
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = 𝐴 ⋅ cos(90𝑜 ) ⋅ 𝐵
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = 𝐴 ⋅ 0 ⋅ 𝐵
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = 0
Ou seja, caso o ângulo entre os dois vetores seja igual a 90 o, então o produto escalar
entre esses dois vetores será igual a 0. Geometricamente, quando o ângulo é igual a 90 o
os vetores estão perpendiculares (são ditos ortogonais), por isso não existe projeção de
um vetor sobre o outro (a projeção é nula).
30
Eletromagnetismo I
Outro caso particular é o de 𝜃 = 0o, ou seja, quando um vetor já está sobre o outro
(os vetores são paralelos ou colineares). Nesse caso, temos:
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = 𝐴 ⋅ cos(0𝑜 ) ⋅ 𝐵
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = 𝐴 ⋅ 1 ⋅ 𝐵
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = 𝐴 ⋅ 𝐵
Ou seja, nesse caso, o produto entre dois vetores é igual ao produto entre os seus
módulos (não precisamos projetar o vetor 𝐴⃗ sobre 𝐵
⃗⃗ , uma vez que ele já está sobre 𝐵
⃗⃗ ).
Solução:
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = 𝐴 ⋅ 𝐵
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = 11 ⋅ 4 = 44
31
Eletromagnetismo I
Vetor Unitário:
Por exemplo:
⃗⃗ ⋅ 𝑎̂ = 𝐵 ⋅ cos(𝜃) ⋅ |𝑎̂|
𝐵
⃗⃗ ⋅ 𝑎̂ = 𝐵 ⋅ cos(𝜃) ⋅ 1
𝐵
⃗⃗ ⋅ 𝑎̂ = 𝐵 ⋅ cos(𝜃)
𝐵
⃗⃗ e o vetor unitário 𝑎̂ representa a projeção do
Ou seja, o produto escalar entre o vetor 𝐵
⃗⃗ na direção de 𝑎̂.
vetor 𝐵
𝐴⃗ = 𝐴𝑎̂
Assim:
𝐴⃗
𝑎̂ =
𝐴
Ou seja, podemos obter o vetor unitário, em dada direção, é igual a razão entre o vetor
𝐴⃗ e o seu módulo 𝐴.
Observe que o produto escalar entre dois vetores unitários de mesma direção é
sempre igual a 1, ou seja, 𝑎̂ ⋅ 𝑎̂ = |𝑎̂| ⋅ |𝑎̂| = 1 ⋅ 1 = 1. E que o produto escalar entre
dois vetores unitários ortogonais (ângulo de 90 o) é sempre igual a 0.
32
Eletromagnetismo I
Exemplos:
𝐴⃗ (5,6) 5 6
𝑎̂ = = =( , ) = (0,64 , 0,77)
𝐴 7,81 7,81 7,81
Observe que:
⃗⃗ , dado 𝐵
2) Determine o vetor unitário na direção de 𝐵 ⃗⃗ = (−3,5).
⃗⃗ | = 𝐵 = √(−3)2 + 52 = 5,83
|𝐵
⃗⃗ (−3,5)
𝐵 −3 5
𝑏̂ = = =( , ) = (−0,51 , 0,86)
𝐵 5,83 5,83 5,83
Observe que:
Solução:
𝐴⃗ (−2,1,8) −2 1 8
𝑎̂ = = =( , , ) = (−0,24 , 0,12 , 0,96)
𝐴 8,31 8,31 8,31 8,31
Observe que:
33
Eletromagnetismo I
Assim:
𝐴⃗ = (𝐴𝑥 , 𝐴𝑦 ) = 𝐴𝑥 𝑥̂ + 𝐴𝑦 𝑦̂
34
Eletromagnetismo I
𝐴⃗ = (𝐴1 , 𝐴2 , 𝐴3 ) = 𝐴1 𝑎
̂1 + 𝐴2 𝑎
̂2 + 𝐴3 𝑎
̂3
Solução completa:
Temos que:
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = (2,4) ⋅ (5,7) = (2𝑥̂ + 4𝑦̂) ⋅ (5𝑥̂ + 7𝑦̂)
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = 2𝑥̂ ⋅ 5𝑥̂ + 2𝑥̂ ⋅ 7𝑦̂ + 4𝑦̂ ⋅ 5𝑥̂ + 4𝑦̂ ⋅ 7𝑦̂
𝑥̂ ⋅ 𝑥̂ = 1
𝑦̂ ⋅ 𝑦̂ = 1
𝑥̂ ⋅ 𝑦̂ = 0
𝑦̂ ⋅ 𝑥̂ = 0
Assim:
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = 2 ⋅ 5 + 0 + 0 + 4 ⋅ 7 = 38
Solução rápida:
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = (2,4) ⋅ (5,7) = 2 ⋅ 5 + 4 ⋅ 7 = 38
35
Eletromagnetismo I
Solução:
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = (1,0,4) ⋅ (−3,2,8) = 1 ⋅ (−3) + 0 ⋅ 2 + 4 ⋅ 8 = 29
Solução:
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = (1,1) ⋅ (1, −1) = 1 ⋅ 1 + 1 ⋅ (−1) = 0
Portanto, os vetores 𝐴⃗ e 𝐵
⃗⃗ são ortogonais. Observe:
1) Comutativa:
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = 𝐵
⃗⃗ ⋅ 𝐴⃗
2) Distributiva:
𝐴⃗ ⋅ (𝐵
⃗⃗ + 𝐶⃗) = 𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ + 𝐴⃗ ⋅ 𝐶⃗
𝐴⃗ ⋅ 𝐴⃗ = 𝐴 ⋅ 𝐴 = 𝐴2
𝐴⃗ ⋅ 𝐴⃗ = 𝐴2
36
Eletromagnetismo I
37
Eletromagnetismo I
Observe que 𝑛̂ é normal ao plano formado pelos dois vetores e, portanto, deve fazer
um ângulo de 90o com ambos. Além disso, pela Regra da Mão Direita, temos que 𝐴⃗ ×
⃗⃗ resulta em um vetor apontando para cima (positivo), enquanto que 𝐵
𝐵 ⃗⃗ × 𝐴⃗ resulta em
um vetor apontando para baixo (negativo). Ambos têm o mesmo módulo, mas sentidos
opostos. Ou seja:
𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ = −𝐵
⃗⃗ × 𝐴⃗
38
Eletromagnetismo I
Á𝑟𝑒𝑎 = 𝐴 ∙ 𝐵 ∙ 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ = 𝐴 ∙ 𝐵 ∙ 𝑠𝑒𝑛(𝜃) ∙ 𝑛̂
|𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ | = 𝐴 ∙ 𝐵 ∙ 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
Solução:
|𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ | = 𝐴 ∙ 𝐵 ∙ 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
|𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ | = 11 ⋅ 4 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(20𝑜 )
|𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ | = 15,05
39
Eletromagnetismo I
Se o ângulo entre os dois vetores for 𝜃 = 90o, então o módulo do produto vetorial
será dado por:
|𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ | = 𝐴 ∙ 𝐵 ∙ 𝑠𝑒𝑛(90𝑜 )
|𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ | = 𝐴 ∙ 𝐵
Ou seja, caso o ângulo entre os dois vetores seja igual a 90 o, então o módulo do
produto vetorial entre esses dois vetores será igual ao produto dos módulos dos vetores.
Outro caso particular é o de 𝜃 = 0o, ou seja, quando um vetor já está sobre o outro
(os vetores são paralelos ou colineares). Nesse caso, temos:
|𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ | = 𝐴 ∙ 𝐵 ∙ 𝑠𝑒𝑛(0𝑜 )
|𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ | = 𝐴 ∙ 𝐵 ∙ 0
|𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ | = 0
40
Eletromagnetismo I
𝑥̂ × 𝑦̂ = 𝑧̂
𝑦̂ × 𝑧̂ = 𝑥̂
𝑧̂ × 𝑥̂ = 𝑦̂
𝑥̂ × 𝑧̂ = −𝑦̂
𝑦̂ × 𝑥̂ = −𝑧̂
𝑧̂ × 𝑦̂ = −𝑥̂
𝑥̂ × 𝑥̂ = 𝑦̂ × 𝑦̂ = 𝑧̂ × 𝑧̂ = 0
Solução:
𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ = 7𝑥̂ × 2𝑦̂ = 7 ∙ 2 𝑥̂ × 𝑦̂ = 14𝑧̂
Resposta: 14𝑧̂
41
Eletromagnetismo I
Solução completa:
𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ = (2,4) × (5,7) = (2𝑥̂ + 4𝑦̂) × (5𝑥̂ + 7𝑦̂)
𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ = 2𝑥̂ × 5𝑥̂ + 2𝑥̂ × 7𝑦̂ + 4𝑦̂ × 5𝑥̂ + 4𝑦̂ × 7𝑦̂
𝑥̂ × 𝑥̂ = 0
𝑦̂ × 𝑦̂ = 0
𝑥̂ × 𝑦̂ = 𝑧̂
𝑦̂ × 𝑥̂ = −𝑧̂
Assim:
𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ = 0 + 2 ⋅ 7 𝑧̂ + 4 ⋅ 5 (−𝑧̂ ) + 0 = 14 𝑧̂ − 20 𝑧̂ = −6 𝑧̂
Solução rápida:
Assim:
𝑥̂ 𝑦̂ 𝑧̂
𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ = |2 4 0| = 2 ⋅ 7 𝑧̂ − 5 ⋅ 4 𝑧̂ = −6 𝑧̂
5 7 0
42
Eletromagnetismo I
Solução:
𝑥̂ 𝑦̂ 𝑧̂
𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ = |7 0 5| = 1 ⋅ 5 𝑦̂ + 7 ⋅ (−3)𝑧̂ − (−3) ⋅ 5 𝑥̂ − 6 ⋅ 7 𝑦̂ =
1 −3 6
Ou seja, 𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ = (15, −37, −21).
|𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ | = √152 + (−37)2 + (−21)2 = 45,11
𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗
𝑛̂ =
|𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ |
(15, −37, −21)
𝑛̂ = = (0,33 , −0,82 , −0,47)
45,11
Isso significa que o vetor resultante do produto vetorial é 45,11 ̂𝑛, em que 𝑛̂ =
(0,33 , −0,82 , −0,47), ou o vetor (15, −37, −21). Isto é:
𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ = (15, −37, −21) = 45,11 ̂𝑛
43
Eletromagnetismo I
1) Não é comutativo:
𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ = −𝐵
⃗⃗ × 𝐴⃗
2) Distributiva:
𝐴⃗ × (𝐵
⃗⃗ + 𝐶⃗) = 𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ + 𝐴⃗ × 𝐶⃗
𝐴⃗ × 𝐴⃗ = 0
44
Eletromagnetismo I
É importante observar que todas as operações com vetores que aprendemos (soma,
subtração, módulo, vetor unitário, produto escalar e produto vetorial) continuam sendo
resolvidas da mesma forma. Ou seja, as operações com vetores e suas soluções são as
mesmas independente do sistema de coordenadas. A mudança no sistema de
coordenadas só implica em uma mudança na orientação do vetor, devido à mudança na
orientação das componentes.
Em que:
𝐴⃗ = (𝐴𝑥 , 𝐴𝑦 ) = 𝐴𝑥 𝑥̂ + 𝐴𝑦 𝑦̂
𝑥: (−∞, +∞)
𝑦: (−∞, +∞)
45
Eletromagnetismo I
𝑟 = √𝑥 2 + 𝑦 2
𝑦
ϕ = 𝑡𝑎𝑛−1 ( )
𝑥
Ou seja, podemos representar um ponto P(x,y) como um ponto P(r, ϕ), em
coordenadas polares.
Solução:
Temos:
𝑥=4
𝑦=6
Assim:
𝑟 = √𝑥 2 + 𝑦 2
𝑟 = √42 + 62
𝑟 = 7,21
𝑦
ϕ = 𝑡𝑎𝑛−1 ( )
𝑥
6
ϕ = 𝑡𝑎𝑛−1 ( )
4
ϕ = 0,98 𝑟𝑎𝑑
46
Eletromagnetismo I
𝑟: (0, +∞)
ϕ: (0,2𝜋)
Ou seja, o raio pode assumir qualquer valor Real positivo, e o ângulo deve assumir
um valor entre 0 e 2π (entre 0o e 360o).
Assim:
𝐴𝑟 = 𝐴𝑥 𝑐𝑜𝑠(ϕ) + 𝐴𝑦 𝑠𝑒𝑛(ϕ)
47
Eletromagnetismo I
Solução:
𝑟 = 7,21
ϕ = 0,98
Assim:
𝐴𝑟 = 𝐴𝑥 𝑐𝑜𝑠(ϕ) + 𝐴𝑦 𝑠𝑒𝑛(ϕ)
𝐴𝑟 = 3 𝑐𝑜𝑠(0,98) + 2 𝑠𝑒𝑛(0,98)
𝐴𝑟 = 3,33
𝐴ϕ = −3 𝑠𝑒𝑛(0,98) + 2 𝑐𝑜𝑠(0,98)
𝐴ϕ = −1,33 𝑟𝑎𝑑
48
Eletromagnetismo I
𝑥 = 𝑟 ∙ cos(ϕ)
𝑦 = 𝑟 ∙ sen(ϕ)
Assim:
𝐴𝑥 = 𝐴𝑟 𝑐𝑜𝑠(ϕ) − 𝐴ϕ 𝑠𝑒𝑛(ϕ)
𝐴y = 𝐴𝑟 𝑠𝑒𝑛(ϕ) + 𝐴ϕ 𝑐𝑜𝑠(ϕ)
Solução:
49
Eletromagnetismo I
Considere os vetores:
𝐴⃗ = (𝐴𝑖 , 𝐴j ) = 𝐴𝑖 𝑖̂ + 𝐴j ĵ
⃗⃗ = (𝐵𝑖 , 𝐵j ) = 𝐵𝑖 𝑖̂ + 𝐵j ĵ
𝐵
1) Módulo:
|𝐴⃗| = √𝐴𝑖 2 + 𝐴j 2
2) Unitário:
𝐴⃗
𝑎̂ =
𝐴
3) Soma:
𝐴⃗ + 𝐵
⃗⃗ = (𝐴𝑖 + 𝐵𝑖 , 𝐴𝑗 + 𝐵𝑗 )
𝐴⃗ + 𝐵
⃗⃗ = (𝐴𝑖 + 𝐵𝑖 )𝑖̂ + (𝐴𝑗 + 𝐵𝑗 )𝑗̂
4) Subtração:
𝐴⃗ − 𝐵
⃗⃗ = (𝐴𝑖 − 𝐵𝑖 , 𝐴𝑗 − 𝐵𝑗 )
𝐴⃗ − 𝐵
⃗⃗ = (𝐴𝑖 − 𝐵𝑖 )𝑖̂ + (𝐴𝑗 − 𝐵𝑗 )𝑗̂
5) Produto escalar:
𝐴⃗ ∙ 𝐵
⃗⃗ = 𝐴𝑖 ∙ 𝐵𝑖 + 𝐴𝑗 ∙ 𝐵𝑗
6) Produto vetorial:
𝑖̂ 𝑗̂ 𝑧̂
𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ = |𝐴𝑖 𝐴𝑗 0|
𝐵𝑖 𝐵𝑗 0
𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ = (𝐴𝑖 ∙ 𝐵𝑗 − 𝐵𝑖 ∙ 𝐴𝑗 )𝑧̂
50
Eletromagnetismo I
Temos que:
𝐴⃗ = (𝐴𝑥 , 𝐴𝑦 , 𝐴𝑧 ) = 𝐴𝑥 𝑥̂ + 𝐴𝑦 𝑦̂ + 𝐴𝑧 𝑧̂
𝑥: (−∞, +∞)
𝑦: (−∞, +∞)
𝑧: (−∞, +∞)
51
Eletromagnetismo I
Temos que:
̂ + 𝐴𝑧 𝑧̂
𝐴⃗ = (𝐴𝑟 , 𝐴ϕ, 𝐴z ) = 𝐴𝑟 𝑟̂ + 𝐴ϕϕ
𝑟: (0, +∞)
ϕ: (0,2𝜋)
𝑧: (−∞, +∞)
52
Eletromagnetismo I
Temos que:
𝐴⃗ = (𝐴𝑅 , 𝐴θ , 𝐴ϕ ) = 𝐴𝑅 𝑅̂ + 𝐴θ θ̂ + 𝐴ϕϕ
̂
𝑅: (0, +∞)
θ: (0, 𝜋)
ϕ: (0,2𝜋)
53
Eletromagnetismo I
54
Eletromagnetismo I
Considere os vetores:
𝐴⃗ = (𝐴𝑖 , 𝐴𝑗 , 𝐴𝑘 ) = 𝐴𝑖 𝑖̂ + 𝐴𝑗 𝑗̂ + 𝐴𝑘 𝑘̂
⃗⃗ = (𝐵𝑖 , 𝐵j , 𝐵𝑘 ) = 𝐵𝑖 𝑖̂ + 𝐵j ĵ + 𝐵𝑘 𝑘̂
𝐵
𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ = (𝐴𝑗 𝐵𝑘 − 𝐴𝑘 𝐵𝑗 , 𝐴𝑘 𝐵𝑖 − 𝐴𝑖 𝐵𝑘 , 𝐴𝑖 𝐵𝑗 − 𝐴𝑗 𝐵𝑖 )
55
Eletromagnetismo I
Coordenadas do Ponto P
𝑟 = √𝑥 2 + 𝑦 2 𝑥 = 𝑟 ∙ cos(ϕ)
𝑦
ϕ = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) 𝑦 = 𝑟 ∙ sen(ϕ)
𝑥
𝑧=𝑧 𝑧=𝑧
Vetores Unitários
𝑟̂ = cos(ϕ) ∙ 𝑥̂ + sen(ϕ) ∙ 𝑦̂ ̂
𝑥̂ = cos(ϕ) ∙ 𝑟̂ − sen(ϕ) ∙ ϕ
̂ = −sen(ϕ) ∙ 𝑥̂ + cos(ϕ) ∙ 𝑦̂
ϕ ̂
ŷ = sen(ϕ) ∙ 𝑟̂ + cos(ϕ) ∙ ϕ
ẑ = ẑ ẑ = ẑ
Componentes Vetoriais
̂ + 𝐴𝑧 𝑧̂
𝐴⃗ = (𝐴𝑟 , 𝐴ϕ , 𝐴z ) = 𝐴𝑟 𝑟̂ + 𝐴ϕ ϕ 𝐴⃗ = (𝐴𝑥 , 𝐴𝑦 , 𝐴𝑧 ) = 𝐴𝑥 𝑥̂ + 𝐴𝑦 𝑦̂ + 𝐴𝑧 𝑧̂
𝐴z = 𝐴z 𝐴z = 𝐴z
Solução:
𝑟 = √𝑥 2 + 𝑦 2 = √32 + (−4)2 = 5
𝑦 −4
ϕ = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) = −0,93
𝑥 3
𝑧=𝑧=3
56
Eletromagnetismo I
Temos que:
𝐴z = 𝐴z = 4
Solução:
𝑥 = 𝑟 ∙ cos(ϕ) = 5 ∙ cos(−0,93) = 3
𝑦 = 𝑟 ∙ sen(ϕ) = 5 ∙ sen(−0,93) = −4
𝑧=𝑧=3
Temos que:
𝐴z = 𝐴z = 4
57
Eletromagnetismo I
Coordenadas do Ponto P
𝑅 = √𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 𝑥 = 𝑟 ∙ 𝑠𝑒𝑛(θ) ∙ cos(ϕ)
√𝑥 2 + 𝑦 2
θ = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) 𝑦 = 𝑟 ∙ 𝑠𝑒𝑛(θ) ∙ sen(ϕ)
𝑧
𝑦
ϕ = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) 𝑧 = 𝑟 ∙ 𝑐𝑜𝑠(θ)
𝑥
Vetores Unitários
̂ = −sen(ϕ) ∙ 𝑥̂ + cos(ϕ) ∙ 𝑦̂
ϕ ẑ = cos(θ) 𝑅̂ − sen(θ) θ̂
Componentes Vetoriais
𝐴⃗ = (𝐴𝑅 , 𝐴θ , 𝐴ϕ ) = 𝐴𝑅 𝑅̂ + 𝐴θ θ̂ + 𝐴ϕ ϕ
̂ 𝐴⃗ = (𝐴𝑥 , 𝐴𝑦 , 𝐴𝑧 ) = 𝐴𝑥 𝑥̂ + 𝐴𝑦 𝑦̂ + 𝐴𝑧 𝑧̂
𝐴𝑅 𝐴𝑥
= 𝐴𝑥 𝑠𝑒𝑛(θ)𝑐𝑜𝑠(ϕ) = 𝐴𝑅 𝑠𝑒𝑛(θ)𝑐𝑜𝑠(ϕ)
+ 𝐴𝑦 𝑠𝑒𝑛(θ)𝑠𝑒𝑛(ϕ) + 𝐴𝑧 𝑐𝑜𝑠(θ) + 𝐴θ 𝑐𝑜𝑠(θ) 𝑐𝑜𝑠(ϕ) − 𝐴ϕ 𝑠𝑒𝑛(ϕ)
𝐴θ 𝐴y
= 𝐴𝑥 𝑐𝑜𝑠(θ)𝑐𝑜𝑠(ϕ) = 𝐴𝑅 𝑠𝑒𝑛(θ)𝑠𝑒𝑛(ϕ)
+ 𝐴𝑦 𝑐𝑜𝑠(θ)𝑠𝑒𝑛(ϕ) − 𝐴𝑧 𝑠𝑒𝑛(θ) + 𝐴θ 𝑐𝑜𝑠(θ) 𝑠𝑒𝑛(ϕ) + 𝐴ϕ 𝑐𝑜𝑠(ϕ)
58
Eletromagnetismo I
Solução:
√𝑥 2 + 𝑦 2 √32 + (−5)2
θ = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) = 1,4
𝑧 1
𝑦 −5
ϕ = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) = −1,03
𝑥 3
Temos que:
Observe que o módulo do vetor 𝐴⃗ não muda (é igual) para os dois sistemas de
coordenadas.
59
Eletromagnetismo I
Solução:
Temos que:
𝐴z = 𝐴z = 𝐴𝑅 𝑐𝑜𝑠(θ) − 𝐴θ 𝑠𝑒𝑛(θ)
60
Eletromagnetismo I
Coordenadas do Ponto P
𝑅 = √𝑟 2 + 𝑧 2 𝑟 = 𝑅 ∙ 𝑠𝑒𝑛(θ)
𝑟
θ = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) ϕ=ϕ
𝑧
ϕ=ϕ 𝑧 = 𝑅 ∙ 𝑐𝑜𝑠(θ)
Vetores Unitários
̂=ϕ
ϕ ̂ ẑ = cos(θ) 𝑅̂ − sen(θ) θ̂
Componentes Vetoriais
𝐴⃗ = (𝐴𝑅 , 𝐴θ , 𝐴ϕ ) = 𝐴𝑅 𝑅̂ + 𝐴θ θ̂
̂ + 𝐴𝑧 𝑧̂
𝐴⃗ = (𝐴𝑟 , 𝐴ϕ , 𝐴𝑧 ) = 𝐴𝑟 𝑟̂ + 𝐴ϕ ϕ
+ 𝐴ϕ ϕ̂
𝐴θ = 𝐴𝑟 𝑐𝑜𝑠(θ) − 𝐴𝑧 𝑠𝑒𝑛(θ) 𝐴ϕ = 𝐴ϕ
𝐴ϕ = 𝐴ϕ 𝐴z = 𝐴𝑅 𝑐𝑜𝑠(θ) − 𝐴θ 𝑠𝑒𝑛(θ)
Solução:
𝑅 = √𝑟 2 + 𝑧 2 = √12 + 32 = 3,16
𝑟 1
θ = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) = 0,322
𝑧 3
ϕ=ϕ=2
61
Eletromagnetismo I
Temos que:
𝐴ϕ = 𝐴ϕ = −2
Problema 27: Considere o ponto P(3,16 , 0,322 , 2) e o vetor 𝐴⃗ = (0,95 , −0,316 , −2)
em coordenadas esféricas. Obtenha o ponto P em coordenadas cilíndricas e o vetor 𝐴⃗
no ponto P em coordenadas cilíndricas.
Solução:
ϕ=ϕ=2
Temos que:
𝐴ϕ = 𝐴ϕ = −2
62
Eletromagnetismo I
Exercícios – Unidade 1
II- Gilbert formulou as equações matemáticas sobre a força elétrica entre duas
cargas em termos de intensidade (magnitude) e polaridade (direção), em função da
distância entre elas.
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
2) Sabendo que a tensão elétrica pode ser obtida pela equação: V = i x R, e que i =
35 mA e R = 55 MΩ, a tensão elétrica, em MV, será igual a:
a) 325 MV.
b) 1,925 MV.
c) 16,5 MV.
d) 0,25 MV.
e) 144,88 MV.
63
Eletromagnetismo I
3) Sabendo que a carga elétrica pode ser obtida pela equação: Q = i x t, e que i =
30 A e t = 75 ms, a carga elétrica, em mC, será igual a:
a) 75 mC.
b) 2,25 mC.
c) 225 mC.
d) 2.250 mC.
e) 22.500 mC.
4) O módulo de 𝐴⃗ é:
a) 0.
b) 3.
c) 7,07.
d) 5.
e) 6,45.
5) O resultado da operação 𝐴⃗ + 𝐵
⃗⃗ é
a) (8,0, −3).
b) (3,1, −5).
c) (3,7, −5).
d) (0, −3,0).
e) (3,0,0).
64
Eletromagnetismo I
a) 7,07.
b) (3, 1 , 5)
c) (1, 0 , 0)
7) O produto escalar 𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ é:
a) 7,07.
b) –12.
c) (3,7, −5).
d) 2.
e) 0.
8) O produto vetorial 𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ é:
a) (3,7, −5).
c) (7,3, −5).
d) (−15,0,9).
65
Eletromagnetismo I
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
66
Eletromagnetismo I
2 Cálculo Vetorial
67
Eletromagnetismo I
Objetivos da unidade:
Plano da unidade:
Elementos diferenciais.
Operadores Vetoriais.
Bons estudos!
68
Eletromagnetismo I
Elementos diferenciais
69
Eletromagnetismo I
Já vimos que a área é formada pelo produto vetorial entre dois vetores. Assim, um
elemento diferencial de área da superfície frente é dado por:
⃗⃗⃗⃗⃗𝑥 = 𝑑𝑦 𝑦̂ × 𝑑𝑧 𝑧̂ = 𝑑𝑦 𝑑𝑧 𝑥̂
𝑑𝑆
⃗⃗⃗⃗𝑧 = 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑧̂
𝑑𝑆
Observe que para cada elemento diferencial de área existe um vetor unitário
perpendicular (normal) à área diferencial.
𝑑𝑉 = 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑧
70
Eletromagnetismo I
A área diferencial das superfícies frente, lateral e topo são dadas respectivamente
pelos vetores:
⃗⃗⃗⃗𝑟 = 𝑟 𝑑𝜙 𝑑𝑧 𝑟̂
𝑑𝑆
⃗⃗⃗⃗⃗
𝑑𝑆 ̂
𝜙 = 𝑑𝑟 𝑑𝑧 𝜙
⃗⃗⃗⃗𝑧 = 𝑑𝑟 𝑟 𝑑𝜙 𝑧̂ = 𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝜙 𝑧̂
𝑑𝑆
𝑑𝑉 = 𝑑𝑟 𝑟 𝑑𝜙 𝑑𝑧 = 𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝜙 𝑑𝑧
71
Eletromagnetismo I
⃗⃗⃗⃗⃗
𝑑𝑆 ̂ 2 ̂
𝑅 = 𝑅 𝑑𝜃 𝑅 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑑𝜙 𝑅 = 𝑅 𝑠𝑒𝑛𝜃𝑑𝜃 𝑑𝜙 𝑅
⃗⃗⃗⃗⃗
𝑑𝑆 ̂ ̂
𝜃 = 𝑑𝑅 𝑅 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑑𝜙 𝜃 = 𝑅 𝑑𝑅 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑑𝜙 𝜃
⃗⃗⃗⃗⃗
𝑑𝑆 ̂ ̂
𝜙 = 𝑑𝑅 𝑅 𝑑𝜃 𝜙 = 𝑅 𝑑𝑅 𝑑𝜃 𝜙
𝑑𝑉 = 𝑑𝑅 𝑅 𝑑𝜃 𝑅 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑑𝜙 = 𝑅 2 𝑑𝑅 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑑𝜃 𝑑𝜙
Operadores Vetoriais
72
Eletromagnetismo I
Solução:
Um campo vetorial é aquele em que cada ponto está associado a um vetor (possui
um módulo, direção e sentido). Exemplos: distribuição da velocidade em um fluido e o
campo elétrico. Como pode ser observado na figura a seguir, em um campo vetorial
temos um vetor associado a cada ponto da região de interesse.
Para mapear campos vetoriais utilizamos as linhas de fluxo, que são linhas
tangenciais ao vetor em cada ponto do espaço. Uma maior concentração de linhas indica
que o campo vetorial é mais intenso.
73
Eletromagnetismo I
⃗⃗ (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥 2 + 𝑦 2 , 𝑥 − 2𝑧 , 4𝑦).
Problema 2: Considere o campo vetorial 𝑉
Determine o vetor desse campo no ponto P(1,-2,3).
Solução:
No ponto P(1,-2,3):
74
Eletromagnetismo I
Ao trabalharmos com uma grandeza física escalar que é função de uma única
variável, como a temperatura 𝑇(𝑥) em função do comprimento 𝑥, a taxa de variação de
𝑇 com o comprimento pode ser descrita pela derivada 𝑑𝑇/𝑑𝑥. Entretanto, se a
temperatura é função das três dimensões 𝑇(𝑥, 𝑦, 𝑧), a sua taxa de variação espacial
torna-se algo não tão simples de descrever.
𝑇(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝐶
𝑑𝑙⃗ = 𝑑𝑥 𝑥̂ + 𝑑𝑦 𝑦̂ + 𝑑𝑧 𝑧̂
Por definição:
𝑑𝑥 = 𝑑𝑙⃗ ∙ 𝑥̂
75
Eletromagnetismo I
𝑑𝑦 = 𝑑𝑙⃗ ∙ 𝑦̂
𝑑𝑧 = 𝑑𝑙⃗ ∙ 𝑧̂
Substituindo:
𝜕𝑇 𝜕𝑇 𝜕𝑇
𝑑𝑇 = 𝑥̂ ∙ 𝑑𝑙⃗ + 𝑦̂ ∙ 𝑑𝑙⃗ + 𝑧̂ ∙ 𝑑𝑙⃗
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕𝑇 𝜕𝑇 𝜕𝑇
𝑑𝑇 = [ 𝑥̂ + 𝑦̂ + 𝑧̂ ] ∙ 𝑑𝑙⃗
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝑑𝑇 = ∇𝑇 ∙ 𝑑𝑙⃗
𝑑𝑇 = ∇𝑇 ∙ 𝑑𝑙 𝑙̂
𝑑𝑇
= ∇𝑇 ∙ 𝑙̂
𝑑𝑙
Se 𝑑𝑙⃗ for normal à superfície equipotencial (o que corresponde ao menor
deslocamento), temos o valor máximo, que corresponde a:
𝑑𝑇
= ∇𝑇
𝑑𝑛
O gradiente de uma função potencial (como o potencial elétrico) é um campo
vetorial que é normal às superfícies equipotenciais em todos os pontos.
76
Eletromagnetismo I
MÁXIMA = Direção
TAXA = Magnitude
DE ACRÉSCIMO = Sentido
Solução:
𝜕𝑇 𝜕𝑇 𝜕𝑇
∇𝑇 = 𝑥̂ + 𝑦̂ + 𝑧̂
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
No ponto P(3,2,1):
77
Eletromagnetismo I
Solução:
Temos que:
𝑑𝑇
= ∇𝑇 ∙ 𝑙̂
𝑑𝑙
Ou seja, a derivada direcional é o produto escalar entre o gradiente de 𝑇 e o vetor
unitário na direção de 𝑙⃗. O gradiente de 𝑇 é dado por:
𝜕𝑇 𝜕𝑇 𝜕𝑇
∇𝑇 = 𝑥̂ + 𝑦̂ + 𝑧̂
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
Resultando em:
𝑑𝑇
= ∇𝑇 ∙ 𝑙̂ = (2𝑥 , 2𝑦𝑧 , 𝑦 2 ) ∙ (0,485 , 0,73 , −0,485)
𝑑𝑙
𝑑𝑇
= 0,97𝑥 + 1,46𝑦𝑧 − 0,485𝑦 2
𝑑𝑙
No ponto P(1,-1,2):
𝑑𝑇
(1, −1,2) = 0,97 ∙ 1 + 1,46 ∙ (−1) ∙ 2 − 0,485 ∙ (−1)2
𝑑𝑙
𝑑𝑇
(1, −1,2) = −2,435
𝑑𝑙
78
Eletromagnetismo I
Solução:
𝜕𝑉 1 𝜕𝑉 𝜕𝑉
∇𝑉 = 𝑟̂ + ̂+
ϕ 𝑧̂
𝜕𝑟 𝑟 𝜕ϕ 𝜕𝑧
1
∇𝑉 = 2 ∙ (−2)𝑒 −2𝑟 𝑠𝑒𝑛(3ϕ)𝑟̂ + ̂ + 0 𝑧̂
∙ 2𝑒 −2𝑟 ∙ 3𝑐𝑜𝑠(3ϕ)ϕ
𝑟
6𝑒 −2𝑟 𝑐𝑜𝑠(3ϕ)
∇𝑉 = −4𝑒 −2𝑟 𝑠𝑒𝑛(3ϕ)𝑟̂ + ̂
ϕ
𝑟
No ponto P(1,π/2,3):
6𝑒 −2∙1 𝑐𝑜𝑠(3π/2)
∇𝑉 = −4𝑒 −2∙1 𝑠𝑒𝑛(3π/2)𝑟̂ + ̂
ϕ
1
∇𝑉 = 0,54𝑟̂
79
Eletromagnetismo I
Solução:
𝜕𝑉 1 𝜕𝑉 1 𝜕𝑉
∇𝑉 = 𝑅̂ + θ̂ + ̂
ϕ
𝜕𝑅 𝑅 𝜕θ 𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜕ϕ
𝑎2 1 𝑎2
∇𝑉 = −2 ̂+
𝑐𝑜𝑠(2θ)𝑅 (−2𝑠𝑒𝑛(2θ))θ̂ + 0 ϕ
̂
𝑅3 𝑅 𝑅2
−2𝑎2 2𝑎2
∇𝑉 = 3 𝑐𝑜𝑠(2θ)𝑅̂ − 3 𝑠𝑒𝑛(2θ)θ̂
𝑅 𝑅
No ponto P(a,0,π):
−2𝑎2 2𝑎2
∇𝑉 = 3 𝑐𝑜𝑠(2 ∙ 0)𝑅̂ − 3 𝑠𝑒𝑛(2 ∙ 0)θ̂
𝑎 𝑎
2
∇𝑉 = − 𝑅̂
𝑎
Retangulares:
𝜕𝑇 𝜕𝑇 𝜕𝑇
∇𝑇 = 𝑥̂ + 𝑦̂ + 𝑧̂
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
Cilíndricas:
𝜕𝑇 1 𝜕𝑇 𝜕𝑇
∇𝑇 = 𝑟̂ + ̂+
ϕ 𝑧̂
𝜕𝑟 𝑟 𝜕ϕ 𝜕𝑧
Esféricas:
𝜕𝑇 1 𝜕𝑇 1 𝜕𝑇
∇𝑇 = 𝑅̂ + θ̂ + ̂
ϕ
𝜕𝑅 𝑅 𝜕θ 𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜕ϕ
80
Eletromagnetismo I
∇(𝑇 + 𝑈) = ∇𝑇 + ∇𝑈
∇(𝑇 𝑈) = 𝑇 ∇𝑈 + 𝑈 ∇𝑇
∇𝑇 𝑛 = 𝑛𝑇 𝑛−1 ∇𝑇
Observe que essas regras são as mesmas da derivada. Isso ocorre uma vez que o
gradiente é uma derivada direcional (ou seja, é uma derivada).
Imagine o fluxo de água través de um cano. Em geral, o fluxo de entrada deve ser
igual ao fluxo de saída. Entretanto, caso exista uma fonte de campo (uma nova entrada
de água por esse cano), o fluxo de saída será maior do que o de entrada. E, caso exista
um sumidouro (ou sorvedouro) de campo (um furo por onde sai água desse cano), o
fluxo de saída será menor do que o de entrada. Portanto, se o fluxo de saída for diferente
do fluxo de entrada, então existe fonte (ou sumidouro) na região de interesse.
81
Eletromagnetismo I
Por convenção, o fluxo será considerado positivo quando as linhas de fluxo saem
da superfície, e negativo, quando elas entram. Na figura anterior, o fluxo que penetra
pela face da esquerda da superfície fechada é negativo; o que sai pela face direita é
positivo. Assim:
A figura a seguir apresenta uma carga elétrica (fonte de campo elétrico) no interior
de uma região fechada (superfície esférica imaginária):
82
Eletromagnetismo I
𝐹⃗ = 𝐹𝑥 𝑥̂ + 𝐹𝑦 𝑦̂ + 𝐹𝑧 𝑧̂ = (𝐹𝑥 , 𝐹𝑦 , 𝐹𝑧 )
83
Eletromagnetismo I
𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑧
Ф𝑧 = 𝑑𝑧 𝑑𝑆𝑧 = 𝑑𝑧 𝑑𝑥 𝑑𝑦
𝜕𝑧 𝜕𝑧
O fluxo líquido total (variação do fluxo total causada pela fonte de campo vetorial)
no paralelepípedo é a soma dos fluxos nas direções dos eixos coordenados:
Ф𝐿𝑇 = Ф𝑥 + Ф𝑦 + Ф𝑧
𝜕𝐹𝑥 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑧
Ф𝐿𝑇 = ( + + ) 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑧
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕𝐹𝑥 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑧
Ф𝐿𝑇 = ( + + ) 𝑑𝑉
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
Ф𝐿𝑇 = ∇ ∙ 𝐹⃗ 𝑑𝑉
84
Eletromagnetismo I
𝜋𝑦 𝜋𝑦
Problema 7: Dado o campo vetorial 𝐹⃗ = 5𝑥 2 𝑠𝑒𝑛 ( ) 𝑥̂ + 2𝑧 𝑐𝑜𝑠 ( ) 𝑦̂, determine o
2 2
divergente desse campo no ponto P(2,1,-1), em coordenadas retangulares.
Solução:
𝜕𝐹𝑥 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑧
∇ ∙ 𝐹⃗ = + +
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜋𝑦 𝜋 𝜋𝑦
∇ ∙ 𝐹⃗ = 10𝑥 𝑠𝑒𝑛 ( ) + 2𝑧 (−𝑠𝑒𝑛 ( )) + 0
2 2 2
𝜋𝑦 𝜋𝑦
∇ ∙ 𝐹⃗ = 10𝑥 𝑠𝑒𝑛 ( ) − 𝑧𝜋 𝑠𝑒𝑛 ( )
2 2
No ponto P(2,1,-1):
𝜋∙1 𝜋∙1
∇ ∙ 𝐹⃗ = 10 ∙ 𝑠𝑒𝑛 ( ) − (−1) ∙ 𝜋 𝑠𝑒𝑛 ( )
2 2
∇ ∙ 𝐹⃗ = 10 + 𝜋 = 13,14
Que corresponde à taxa de variação (aumento) das linhas de fluxo (líquido) por unidade
de volume.
85
Eletromagnetismo I
Teorema da Divergência:
Temos que o fluxo líquido total através de um volume diferencial é dado por:
Ф𝐿𝑇 = ∇ ∙ 𝐹⃗ 𝑑𝑉
Ф𝐿𝑇 = ∭ ∇ ∙ 𝐹⃗ 𝑑𝑉
𝑉
Ф𝐿𝑇 = ∮ 𝐹⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗
𝑆
Logo:
Ф𝐿𝑇 = ∮ 𝐹⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗ = ∭ ∇ ∙ 𝐹⃗ 𝑑𝑉
𝑆
𝑉
O Teorema da Divergência mostra que o fluxo líquido total (gerado por uma fonte
de campo vetorial) pode ser obtido por meio da integral fechada do campo vetorial
(medir o fluxo total que passa através da superfície ao redor da região) ou fazendo a
integral do divergente do campo vetorial (calcular o divergente que é a densidade
volumétrica de linhas de fluxo; seguida da integral ao longo da região que é o somatório
de todos esses elementos diferenciais de volume).
86
Eletromagnetismo I
Solução:
Ф𝐿𝑇 = ∮ 𝐹⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗
𝑆
87
Eletromagnetismo I
2 3 2 3 2
𝑥2𝑦2 3
Ф𝑐𝑜𝑠𝑡𝑎 = ∫ ∫ 𝐹𝑥 (−𝑑𝑦𝑑𝑧) = − ∫ ∫ 𝑥2𝑦 𝑑𝑦𝑑𝑧 = − ∫ [ 𝑑𝑧 =
2 1
1 1 1 1 1
2
8𝑥 2 8𝑥 2 𝑧 2 8𝑥 2
= −∫ 𝑑𝑧 = − [ =− [ =0
2 2 1 2 𝑥=0
1
2 2 2 2 2
𝑥 2 𝑦𝑧 2
Ф𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 = ∫ ∫ 𝐹𝑦 𝑑𝑥𝑑𝑧 = ∫ ∫ 𝑥𝑦𝑧 𝑑𝑥𝑑𝑧 = ∫ [ 𝑑𝑧 =
2 0
1 0 1 0 1
2
2
= ∫ 2𝑦𝑧 𝑑𝑧 = 𝑦𝑧 2 [ = 3𝑦 [ =9
1 𝑦=3
1
2 2 2 2 2
𝑥 2 𝑦𝑧 2
Ф𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 = ∫ ∫ 𝐹𝑦 (−𝑑𝑥𝑑𝑧) = − ∫ ∫ 𝑥𝑦𝑧 𝑑𝑥𝑑𝑧 = − ∫ [ 𝑑𝑧 =
2 0
1 0 1 0 1
2
2
= − ∫ 2𝑦𝑧 𝑑𝑧 = −𝑦𝑧 2 [ = −3𝑦 [ = −3
1 𝑦=1
1
3 2 3 2 2
2
Ф𝑡𝑜𝑝𝑜 = ∫ ∫ 𝐹𝑧 𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ ∫ 3𝑦 2 𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ 3𝑦 2 𝑥 [ 𝑑𝑦 =
0
1 0 1 0 1
3
3
= ∫ 6𝑦 2 𝑑𝑦 = 2𝑦 3 [ = 52 [ = 52
1 𝑧=2
1
3 2 3 2 2
2
Ф𝑏𝑎𝑠𝑒 = ∫ ∫ 𝐹𝑧 (−𝑑𝑥𝑑𝑦) = − ∫ ∫ 3𝑦 2 𝑑𝑥𝑑𝑦 = − ∫ 3𝑦 2 𝑥 [ 𝑑𝑦 =
0
1 0 1 0 1
3
3
= − ∫ 6𝑦 2 𝑑𝑦 = −2𝑦 3 [ = −52 [ = −52
1 𝑧=1
1
Ф𝐿𝑇 = ∮ 𝐹⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗ = 16 + 0 + 9 − 3 + 52 − 52 = 22
𝑆
88
Eletromagnetismo I
Ф𝐿𝑇 = ∭ ∇ ∙ 𝐹⃗ 𝑑𝑉
𝑉
2 3 2
𝜕𝐹𝑥 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑧
Ф𝐿𝑇 = ∫ ∫ ∫ + + 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
1 1 0
2 3 2 2 3
𝑥2𝑧 2
Ф𝐿𝑇 = ∫ ∫ ∫ 2𝑥𝑦 + 𝑥𝑧 + 0 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧 = ∫ ∫ 𝑥 2 𝑦 + [ 𝑑𝑦𝑑𝑧 =
2 0
1 1 0 1 1
2 3 2 2
3
= ∫ ∫ 4𝑦 + 2𝑧 𝑑𝑦𝑑𝑧 = ∫ 2𝑦 2 + 2𝑧𝑦 [ 𝑑𝑧 = ∫ 16 + 4𝑧 𝑑𝑧 =
1
1 1 1 1
2
= 16𝑧 + 2𝑧 2 [ = 16 + 6 = 22
1
89
Eletromagnetismo I
̂ + 2𝑟 𝑒 −5𝑧 𝑧̂ ,
Problema 9: Dado o campo vetorial 𝐹⃗ = 𝑟 𝑠𝑒𝑛(ϕ)𝑟̂ + 𝑟 2 𝑐𝑜𝑠(ϕ)ϕ
determine o divergente desse campo no ponto P(1/2,π/2,0), em coordenadas cilíndricas.
Solução:
1 𝜕(𝑟𝐹𝑟 ) 1 𝜕𝐹ϕ 𝜕𝐹𝑧
∇ ∙ 𝐹⃗ = + +
𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝜕ϕ 𝜕𝑧
1 1
∇ ∙ 𝐹⃗ = 2𝑟 𝑠𝑒𝑛(ϕ) + 𝑟 2 (−𝑠𝑒𝑛(ϕ)) + 2𝑟 (−5) 𝑒 −5𝑧
𝑟 𝑟
∇ ∙ 𝐹⃗ = 2 𝑠𝑒𝑛(ϕ) − 𝑟 𝑠𝑒𝑛(ϕ) − 10𝑟 𝑒 −5𝑧
No ponto P(1/2,π/2,0):
π 1 π
∇ ∙ 𝐹⃗ = 2 𝑠𝑒𝑛 ( ) − 𝑠𝑒𝑛 ( ) − 5 𝑒 0
2 2 2
1 7
∇ ∙ 𝐹⃗ = −3 − = −
2 2
𝐹⃗ = 𝐹𝑅 𝑅̂ + 𝐹θ θ̂ + 𝐹ϕ ϕ
̂
90
Eletromagnetismo I
Solução:
1 𝜕(𝑅2 𝐹𝑅 ) 1 𝜕(𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝐹θ ) 1 𝜕𝐹ϕ
∇ ∙ 𝐹⃗ = 2 + +
𝑅 𝜕𝑅 𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜕θ 𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜕ϕ
1 1
∇ ∙ 𝐹⃗ = 2 5 𝑠𝑒𝑛 𝜃 + 𝑅 𝑐𝑜𝑠 𝜃 + 0
𝑅 𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃
5 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑐𝑜𝑠 𝜃
∇ ∙ 𝐹⃗ = +
𝑅2 𝑠𝑒𝑛 𝜃
No ponto P(1,π/2,π):
5 𝑠𝑒𝑛 π/2 𝑐𝑜𝑠 π/2
∇ ∙ 𝐹⃗ = +
1 𝑠𝑒𝑛 π/2
∇ ∙ 𝐹⃗ = 5
Retangulares:
𝜕𝐹𝑥 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑧
∇ ∙ 𝐹⃗ = + +
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
Cilíndricas:
1 𝜕(𝑟𝐹𝑟 ) 1 𝜕𝐹ϕ 𝜕𝐹𝑧
∇ ∙ 𝐹⃗ = + +
𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝜕ϕ 𝜕𝑧
Esféricas:
1 𝜕(𝑅2 𝐹𝑅 ) 1 𝜕(𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝐹θ ) 1 𝜕𝐹ϕ
∇ ∙ 𝐹⃗ = 2 + +
𝑅 𝜕𝑅 𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜕θ 𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜕ϕ
91
Eletromagnetismo I
∇ ∙ (𝐴⃗ + 𝐵
⃗⃗ ) = ∇ ∙ 𝐴⃗ + ∇ ∙ 𝐵
⃗⃗
Se
∇ ∙ 𝐴⃗ = 0
𝐹⃗ = 𝐹𝑛 𝑛̂ + 𝐹𝑡 𝑡̂
É importante lembrar que a direção e sentido da rotação são dados pela Regra da
Mão Direita.
⃗⃗ é definida como
Para um contorno fechado C, a circulação de um campo vetorial 𝐵
⃗⃗ em torno do percurso C, ou seja:
a integral de linha de 𝐵
⃗⃗ ∙ 𝑑𝑙⃗
Circulação = ∮ 𝐵
𝐶
92
Eletromagnetismo I
⃗⃗ ∙ 𝑑𝑙⃗ =
Circulação = ∮ 𝐵
𝐶
𝑏 𝑐 𝑑 𝑎
= ∫ 𝐵𝑜 𝑥̂ ∙ 𝑑𝑥 𝑥̂ + ∫ 𝐵𝑜 𝑥̂ ∙ 𝑑𝑦 𝑦̂ + ∫ 𝐵𝑜 𝑥̂ ∙ 𝑑𝑥 𝑥̂ + ∫ 𝐵𝑜 𝑥̂ ∙ 𝑑𝑦 𝑦̂ =
𝑎 𝑏 𝑐 𝑑
𝑏 𝑑
= ∫ 𝐵𝑜 𝑑𝑥 + 0 + ∫ 𝐵𝑜 𝑑𝑥 + 0
𝑎 𝑐
= 𝐵𝑜 𝛥𝑥 − 𝐵𝑜 𝛥𝑥 = 0
Fonte: https://phet.colorado.edu/
93
Eletromagnetismo I
Note que, para qualquer que seja a superfície fechada ao redor desse ímã, a taxa de
variação das linhas de fluxo através dessa superfície sempre será igual a zero (pois a
quantidade de linhas que saem é igual a quantidade de linhas que entram). Isso significa
que o divergente desse campo é igual a zero. Por outro lado, como existe uma circulação
dessas linhas de campo, então o rotacional é diferente de 0.
Se o contorno escolhido for paralelo ao plano xy, então teremos uma circulação
diferente de 0. Por outro lado, se escolhermos um contorno perpendicular ao plano xy
(paralelo ao plano xz ou yz), então a circulação será nula (pois 𝑑𝑙⃗ não teria uma
componente ϕ̂ e a integral teria uma circulação líquida nula). Em outras palavras, o
⃗⃗ depende do contorno escolhido.
módulo da circulação de 𝐵
94
Eletromagnetismo I
𝐹⃗ = 𝐹𝑥 𝑥̂ + 𝐹𝑦 𝑦̂ + 𝐹𝑧 𝑧̂ = (𝐹𝑥 , 𝐹𝑦 , 𝐹𝑧 )
Circulação = ∮ 𝐹⃗ ∙ 𝑑𝑙⃗ =
𝐶
95
Eletromagnetismo I
2 𝜕𝐹𝑦 3
𝜕𝐹𝑧
= ∫ (𝐹𝑦 + ∙ 0) 𝑑𝑦 + ∫ (𝐹𝑧 + ∆𝑦) 𝑑𝑧 +
1 𝜕𝑧 2 𝜕𝑦
4 𝜕𝐹𝑦 1
𝜕𝐹𝑧
+ ∫ (𝐹𝑦 + ∆𝑧) 𝑑𝑦 + ∫ (𝐹𝑧 + ∙ 0) 𝑑𝑧
3 𝜕𝑧 4 𝜕𝑦
2 3 4 𝜕𝐹𝑦 1
𝜕𝐹𝑧
= ∫ 𝐹𝑦 𝑑𝑦 + ∫ (𝐹𝑧 + ∆𝑦) 𝑑𝑧 + ∫ (𝐹𝑦 + ∆𝑧) 𝑑𝑦 + ∫ 𝐹𝑧 𝑑𝑧 =
1 2 𝜕𝑦 3 𝜕𝑧 4
𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑦
= 𝐹𝑦 ∆𝑦 + (𝐹𝑧 + ∆𝑦) ∆𝑧 + (𝐹𝑦 + ∆𝑧) (−∆𝑦) + 𝐹𝑧 (−∆𝑧) =
𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑦
= ∆𝑦∆𝑧 − ∆𝑧∆𝑦 = ( − ) ∆𝑦∆𝑧
𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑦 𝜕𝑧
Assim:
Circulação = ∇ × 𝐹⃗ ∙ ∆𝑆
96
Eletromagnetismo I
Assim como o produto vetorial, o rotacional também pode ser escrito na forma
matricial, sendo o determinante da seguinte matriz:
𝑥̂ 𝑦̂ 𝑧̂
𝜕 𝜕 𝜕
∇ × 𝐹⃗ = || ||
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝐹𝑥 𝐹𝑦 𝐹𝑧
Observe que:
𝑥̂ 𝑦̂ 𝑧̂
𝜕 𝜕 𝜕 𝜕𝐹 𝜕𝐹 𝜕𝐹 𝜕𝐹 𝜕𝐹 𝜕𝐹
|| || = ( 𝑧 − 𝑦 ) 𝑥̂ + ( 𝑥 − 𝑧 ) 𝑦̂ + ( 𝑦 − 𝑥 ) 𝑧̂
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝐹𝑥 𝐹𝑦 𝐹𝑧
Solução:
𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑥 𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑥
∇ × 𝐹⃗ = ( − ) 𝑥̂ + ( − ) 𝑦̂ + ( − ) 𝑧̂
𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝜕𝐹𝑥 𝜕𝐹𝑥
∇ × 𝐹⃗ = 𝑦̂ − 𝑧̂
𝜕𝑧 𝜕𝑦
∇ × 𝐹⃗ = 0 𝑦̂ − 2𝑦 𝑧̂
∇ × 𝐹⃗ = −2𝑦 𝑧̂
No ponto P(0,1,2):
∇ × 𝐹⃗ = −2 ∙ 1 𝑧̂ = −2 𝑧̂
97
Eletromagnetismo I
𝜋𝑦 𝜋𝑦
Problema 12: Dado o campo vetorial 𝐹⃗ = 5𝑥 2 𝑠𝑒𝑛 ( ) 𝑥̂ + 2𝑧 𝑐𝑜𝑠 ( ) 𝑦̂, determine
2 2
o rotacional desse campo no ponto P(2,1,-1), em coordenadas retangulares.
Solução:
𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑥 𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑥
∇ × 𝐹⃗ = ( − ) 𝑥̂ + ( − ) 𝑦̂ + ( − ) 𝑧̂
𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑥 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑥
∇ × 𝐹⃗ = − 𝑥̂ + 𝑦̂ + ( − ) 𝑧̂
𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝜋𝑦 𝜋 𝜋𝑦
∇ × 𝐹⃗ = −2 𝑐𝑜𝑠 ( ) 𝑥̂ + 0 𝑦̂ + (0 − 5𝑥 2 𝑐𝑜𝑠 ( )) 𝑧̂
2 2 2
𝜋𝑦 𝜋 𝜋𝑦
∇ × 𝐹⃗ = −2 𝑐𝑜𝑠 ( ) 𝑥̂ − 5𝑥 2 𝑐𝑜𝑠 ( ) 𝑧̂
2 2 2
No ponto P(2,1,-1):
𝜋 𝜋 𝜋
∇ × 𝐹⃗ = −2 𝑐𝑜𝑠 ( ) 𝑥̂ − 5 ∙ 22 𝑐𝑜𝑠 ( ) 𝑧̂ = 0
2 2 2
98
Eletromagnetismo I
No ponto P(1,π,0):
∇ × 𝐹⃗ = 5 𝑐𝑜𝑠(π)𝑒 0 𝑟̂ + (3 𝑐𝑜𝑠(π)𝑒 0 − 𝑐𝑜𝑠(π)) 𝑧̂ = −5 𝑟̂ − 2 𝑧̂
𝐹⃗ = 𝐹𝑅 𝑅̂ + 𝐹θ θ̂ + 𝐹ϕ ϕ
̂
99
Eletromagnetismo I
Problema 14: Dado o campo vetorial 𝐹⃗ = (5/𝑅) 𝑠𝑒𝑛 θ 𝑅̂, determine o rotacional desse
campo no ponto P(1,π,0), em coordenadas esféricas.
Solução:
1 𝜕(𝐹ϕ 𝑠𝑒𝑛θ) 𝜕𝐹θ 1 1 𝜕𝐹𝑅 𝜕(𝑅𝐹ϕ )
∇ × 𝐹⃗ = ( − ) 𝑅̂ + ( − ) θ̂
𝑅 𝑠𝑒𝑛θ 𝜕θ 𝜕ϕ 𝑅 𝑠𝑒𝑛θ 𝜕ϕ 𝜕𝑅
1 𝜕(𝑅𝐹θ ) 𝜕𝐹𝑅
+ ( − ̂
)ϕ
𝑅 𝜕𝑅 𝜕θ
1 1 𝜕𝐹𝑅 1 𝜕𝐹𝑅
∇ × 𝐹⃗ = θ̂ + (− ̂
)ϕ
𝑅 𝑠𝑒𝑛θ 𝜕ϕ 𝑅 𝜕θ
1 1 5
∇ × 𝐹⃗ = 0 θ̂ + (− 𝑐𝑜𝑠 θ) ϕ
̂
𝑅𝑠𝑒𝑛θ 𝑅 𝑅
5
∇ × 𝐹⃗ = − ̂
𝑐𝑜𝑠 θ ϕ
𝑅2
No ponto P(1,π,0):
5
∇ × 𝐹⃗ = − ̂
𝑐𝑜𝑠 π ϕ
12
̂
∇ × 𝐹⃗ = 5 ϕ
100
Eletromagnetismo I
Retangulares:
𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑥 𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑥
∇ × 𝐹⃗ = ( − ) 𝑥̂ + ( − ) 𝑦̂ + ( − ) 𝑧̂
𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑥̂ 𝑦̂ 𝑧̂
𝜕 𝜕 𝜕
∇ × 𝐹⃗ = || ||
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝐹𝑥 𝐹𝑦 𝐹𝑧
Cilíndricas:
1 𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹ϕ 𝜕𝐹𝑟 𝜕𝐹𝑧 1 𝜕(𝑟𝐹ϕ ) 𝜕𝐹𝑟
∇ × 𝐹⃗ = ( − ) 𝑟̂ + ( − ̂+ (
)ϕ − ) 𝑧̂
𝑟 𝜕ϕ 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝑟 𝜕ϕ
𝑟̂ 𝑟ϕ̂ 𝑧̂
1 𝜕 𝜕 𝜕
∇ × 𝐹⃗ = || ||
𝑟 𝜕𝑟 𝜕ϕ 𝜕𝑧
𝐹𝑟 𝑟𝐹ϕ 𝐹𝑧
Esféricas:
1 𝜕(𝐹ϕ 𝑠𝑒𝑛θ) 𝜕𝐹θ 1 1 𝜕𝐹𝑅 𝜕(𝑅𝐹ϕ )
∇ × 𝐹⃗ = ( − ) 𝑅̂ + ( − ) θ̂
𝑅 𝑠𝑒𝑛θ 𝜕θ 𝜕ϕ 𝑅 𝑠𝑒𝑛θ 𝜕ϕ 𝜕𝑅
1 𝜕(𝑅𝐹θ ) 𝜕𝐹𝑅
+ ( − )ϕ̂
𝑅 𝜕𝑅 𝜕θ
𝑅̂ 𝑅θ̂ 𝑅𝑠𝑒𝑛θ ϕ̂
1 𝜕 𝜕 𝜕
∇ × 𝐹⃗ = 2 | |
𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃 |𝜕𝑅 𝜕θ 𝜕ϕ |
𝐹𝑅 𝑅𝐹θ 𝑅𝑠𝑒𝑛θ 𝐹ϕ
∇ × (𝐴⃗ + 𝐵
⃗⃗ ) = ∇ × 𝐴⃗ + ∇ × 𝐵
⃗⃗
Se
∇ × 𝐴⃗ = 0
101
Eletromagnetismo I
Teorema de Stokes:
∬ ∇ × 𝐹⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗ = ∮ 𝐹⃗ ∙ 𝑑𝑙⃗
𝑆 𝐶
102
Eletromagnetismo I
Problema 15: Um campo vetorial é dado por 𝐹⃗ = 𝑐𝑜𝑠 ϕ/𝑟 𝑧̂ . Considere um segmento
de superfície cilíndrica definida por 𝑟 = 2, π/3 ≤ ϕ ≤ π/2, e 0 ≤ z ≤ 3. Determine a
máxima circulação líquida por meio do Teorema de Stokes, utilizando (a) o lado
esquerdo da fórmula e (b) o lado direito da fórmula.
Solução:
Circulação = ∬ ∇ × 𝐹⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗
𝑆
3 π/2 3 π/2
𝑠𝑒𝑛 ϕ 𝑠𝑒𝑛 ϕ
= ∫ ∫ − 2 𝑟𝑑ϕ𝑑𝑧 = ∫ ∫ − 𝑑ϕ𝑑𝑧 =
𝑟 𝑟
0 π/3 0 π/3
103
Eletromagnetismo I
3 3
𝑐𝑜𝑠 ϕ π/2 1 1 3 3
=∫ [ 𝑑𝑧 = ∫ − 𝑑𝑧 = − 𝑧 [ = −
𝑟 π/3 2𝑟 2𝑟 0 2𝑟
0 0
Como r = 2:
3
Circulação = −
4
(b) Utilizando o lado direito:
Circulação = ∮ 𝐹⃗ ∙ 𝑑𝑙⃗
𝐶
em que 𝐹⃗𝑎𝑏, 𝐹⃗𝑏𝑐 , 𝐹⃗𝑐𝑑 e 𝐹⃗𝑑𝑎 são as expressões para o campo 𝐹⃗ calculadas para os
segmentos ab, bc, cd e da, respectivamente.
Como os segmentos ab e cd tem direção dada por 𝑑𝑙⃗ = 𝑟𝑑ϕ ϕ ̂ , o produto escalar com
𝐹⃗𝑎𝑏 e 𝐹⃗𝑐𝑑 (cuja direção é dada por 𝑧̂ , ou seja, 𝐹⃗𝑎𝑏 = 𝐹⃗𝑐𝑑 = 𝑐𝑜𝑠 ϕ/𝑟 𝑧̂ ) é zero. Logo:
𝑐 𝑎
∮ 𝐹⃗ ∙ 𝑑𝑙⃗ = ∫ 𝐹⃗𝑏𝑐 ∙ 𝑑𝑙⃗ + ∫ 𝐹⃗𝑑𝑎 ∙ 𝑑𝑙⃗
𝐶 𝑏 𝑑
104
Eletromagnetismo I
∇ ∙ (∇ × 𝐹⃗ ) = 0
Problema 16: Dado o campo vetorial 𝐹⃗ = (5/𝑅) 𝑠𝑒𝑛 θ 𝑅̂, determine o rotacional desse
campo em coordenadas esféricas. Em seguida calcule o divergente.
105
Eletromagnetismo I
∇ × (∇𝑇) = 0
Problema 17: Determine o gradiente do campo escalar 𝑉(𝑅, θ, ϕ) = (𝑎2 /𝑅2 )𝑐𝑜𝑠(2θ).
Em seguida, determine o seu rotacional.
∇2 𝑇 = ∇ ∙ (∇𝑇)
106
Eletromagnetismo I
𝜕2𝑇 𝜕2𝑇 𝜕2𝑇
∇2 𝑇 = + +
𝜕𝑥 2 𝜕𝑦 2 𝜕𝑧 2
4) O Laplaciano de um vetor:
𝐹⃗ = 𝐹𝑥 𝑥̂ + 𝐹𝑦 𝑦̂ + 𝐹𝑧 𝑧̂
∇2 𝐹⃗ = ∇(∇ ∙ 𝐹⃗ ) − ∇ × (∇ × 𝐹⃗ )
107
Eletromagnetismo I
Sistema de
Operador Fórmula
Coordenadas
𝜕𝑇 𝜕𝑇 𝜕𝑇
Retangulares Gradiente ∇𝑇 = 𝑥̂ + 𝑦̂ + 𝑧̂
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕𝐹𝑥 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑧
Divergente ∇ ∙ 𝐹⃗ = + +
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑥 𝜕𝐹𝑧
∇ × 𝐹⃗ = ( − ) 𝑥̂ + ( − ) 𝑦̂
𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥
Rotacional 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑥
+ ( − ) 𝑧̂
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝜕2𝑇 𝜕2𝑇 𝜕2𝑇
Laplaciano escalar ∇2 𝑇 = 2 + 2 + 2
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕𝑇 1 𝜕𝑇 𝜕𝑇
∇𝑇 = 𝑟̂ + ̂+
ϕ 𝑧̂
Cilíndricas Gradiente 𝜕𝑟 𝑟 𝜕ϕ 𝜕𝑧
1 𝜕(𝑟𝐹𝑟 ) 1 𝜕𝐹ϕ 𝜕𝐹𝑧
Divergente ∇ ∙ 𝐹⃗ = + +
𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝜕ϕ 𝜕𝑧
1 𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹ϕ 𝜕𝐹𝑟 𝜕𝐹𝑧
∇ × 𝐹⃗ = ( − ) 𝑟̂ + ( − )ϕ̂
𝑟 𝜕ϕ 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑟
Rotacional 1 𝜕(𝑟𝐹ϕ ) 𝜕𝐹𝑟
+ ( − ) 𝑧̂
𝑟 𝜕𝑟 𝜕ϕ
2 2
1𝜕 𝜕𝑇 1 𝜕 𝑇 𝜕 𝑇
Laplaciano escalar ∇2 𝑇 = (𝑟 ) + 2 2 + 2
𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝜕ϕ 𝜕𝑧
𝜕𝑇 1 𝜕𝑇 1 𝜕𝑇
Esféricas Gradiente ∇𝑇 = 𝑅̂ + θ̂ + ̂
ϕ
𝜕𝑅 𝑅 𝜕θ 𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜕ϕ
1 𝜕(𝑅2 𝐹𝑅 ) 1 𝜕(𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝐹θ )
∇ ∙ 𝐹⃗ = 2 +
𝑅 𝜕𝑅 𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜕θ
Divergente 1 𝜕𝐹ϕ
+
𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜕ϕ
1 𝜕(𝐹ϕ𝑠𝑒𝑛θ) 𝜕𝐹θ
∇ × 𝐹⃗ = ( − ) 𝑅̂
𝑅 𝑠𝑒𝑛θ 𝜕θ 𝜕ϕ
1 1 𝜕𝐹𝑅 𝜕(𝑅𝐹ϕ )
Rotacional + ( − ) θ̂
𝑅 𝑠𝑒𝑛θ 𝜕ϕ 𝜕𝑅
1 𝜕(𝑅𝐹θ ) 𝜕𝐹𝑅
+ ( − )ϕ̂
𝑅 𝜕𝑅 𝜕θ
1 𝜕 𝜕𝑇 1 𝜕 𝜕𝑇
∇2 𝑇 = 2 (𝑅2 ) + 2 (𝑠𝑒𝑛 𝜃 )
𝑅 𝜕𝑅 𝜕𝑅 𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜕θ 𝜕θ
Laplaciano escalar 1 𝜕2𝑇
+ 2
𝑅 𝑠𝑒𝑛2 𝜃 𝜕ϕ2
108
Eletromagnetismo I
109
Eletromagnetismo I
Exercícios – Unidade 2
a) -4.
b) -2.
c) 0.
d) 2.
e) 4.
⃗⃗(𝑟, ϕ, 𝑧) = (𝑟 2 𝑠𝑒𝑛(3ϕ) , 1 −
2) O vetor no ponto P(-2,0,3) do campo vetorial 𝑉
2𝑧 cos(2ϕ) , 𝑟 2 + 𝑧 2 ) em coordenadas cilíndricas é:
a) (4 , -5 , 5).
b) (-5 , 0 , 4).
c) (0 , -5 , 13).
d) (-5 , 4 , 0).
e) (4 , 5 , -5).
110
Eletromagnetismo I
a) −48𝑦̂ + 32𝑧̂ .
b) −48𝑦̂.
c) 15𝑥̂ + 35𝑧̂ .
d) 35𝑥̂.
e) −48𝑧̂ .
d) 𝑉𝑜 θ̂ + 2𝑉𝑜 /𝑎 ϕ
̂.
e) 𝑉𝑜 𝑅̂.
a) 10.
b) 16.
c) 0.
d) -10.
e) 10 𝑥̂.
111
Eletromagnetismo I
̂ no
6) O divergente do campo vetorial 𝐹⃗ = (𝑎3 /𝑟 2 ) cos(ϕ) 𝑟̂ + (𝑎3 /𝑟 2 ) 𝑠𝑒𝑛(ϕ) ϕ
ponto P(a/2 , π , 0) em coordenadas cilíndricas é igual a:
a) 10.
b) 16.
c) 0.
d) -10.
e) 10 𝑟̂ .
a) 1 𝑥̂ − 1 𝑦̂ − 1 𝑧̂ .
b) 1 𝑥̂ − 1 𝑧̂ .
c) 2 𝑥̂ + 3 𝑧̂ .
d) −1 𝑥̂ + 2 𝑦̂.
e) 0.
b) 1 𝑟̂ − 5 𝑧̂ .
c) 5 𝑟̂ − 5 𝑧̂ .
d) −5 𝑟̂
e) 0.
112
Eletromagnetismo I
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
10) Considere uma região esférica, delimitada pelo raio 1 ≤ 𝑅 ≤ 2 e pelos ângulos
0 ≤ θ ≤ 𝜋/2 e 0 ≤ ϕ ≤ 2𝜋. Calcule o fluxo total através dessa região por meio do
Teorema da Divergência.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
113
Eletromagnetismo I
3 Campo Eletrostático
114
Eletromagnetismo I
Objetivos da unidade:
Plano da unidade:
Campo elétrico.
Potencial Eletrostático.
Dipolo Elétrico.
Bons estudos!
115
Eletromagnetismo I
1. A força nuclear: é a mais forte das quatro, porém está limitada a sistemas
submicroscópicos (núcleos dos átomos).
2. A força eletromagnética: a intensidade é da ordem de 10-2 da força nuclear,
sendo a força dominante entre os sistemas microscópios, como átomos e
moléculas (ligações químicas).
3. A força de interação fraca: a intensidade é de apenas 10-14 da força nuclear,
desempenhando um papel na interação que envolve partículas radioativas.
4. A força gravitacional: é a mais fraca das quatro, porém é a força dominante
em sistemas macroscópicos, tal como o sistema solar.
116
Eletromagnetismo I
𝑒 = 1,6 ∙ 10−19 C
A carga de um único elétron é negativa (𝑞𝑒 = −𝑒), enquanto um próton tem carga
elétrica igual em módulo mas de polaridade oposta (𝑞𝑝 = 𝑒).
117
Eletromagnetismo I
É importante ressaltar que a dimensão física de cada carga elétrica é muito menor
do que a distância entre elas e o ponto de interesse P (ou seja, podemos desprezar a
“dimensão da carga elétrica”).
118
Eletromagnetismo I
Q = ∭ 𝜌𝑉 𝑑𝑉
𝑉
Q = ∭ 𝜌𝑉 (𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧
𝑉
Q = ∭ 𝜌𝑉 (𝑟, 𝜙, 𝑧) 𝑟𝑑𝑟𝑑𝜙𝑑𝑧
𝑉
Q = ∭ 𝜌𝑉 (𝑅, 𝜃, 𝜙) 𝑅2 𝑑𝑅 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑑𝜃 𝑑𝜙
𝑉
119
Eletromagnetismo I
Solução:
Q = ∭ 𝜌𝑉 (𝑟, 𝜙, 𝑧) 𝑟𝑑𝑟𝑑𝜙𝑑𝑧
𝑉
0,04 2𝜋 0,01
2𝑧
Q = ∫ ∫ ∫ −5 ∙ 10−3 ∙ 𝑒 −10 𝑟 𝑑𝑟𝑑𝜙𝑑𝑧 =
0,02 0 0
0,04 2𝜋 0,04 2𝜋
2 𝑟 2 0,01 2
= −5 ∙ 10−3 ∫ ∫ 𝑒 −10 𝑧 [ 𝑑𝜙𝑑𝑧 = −2,5 ∙ 10−7 ∫ ∫ 𝑒 −10 𝑧 𝑑𝜙𝑑𝑧 =
2 0
0,02 0 0,02 0
0,04 0,04
2 2𝜋 2
= −2,5 ∙ 10−7 ∫ 𝑒 −10 𝑧 𝜙[ 𝑑𝑧 = −5𝜋 ∙ 10−7 ∫ 𝑒 −10 𝑧 𝑑𝑧 =
0
0,02 0,02
2
𝑒 −10 𝑧0,04 2 0,04
= −5𝜋 ∙ 10−7 [ = 5𝜋 ∙ 10−9 𝑒 −10 𝑧 [ = −1,84 pC
−102 0,02 0,02
Q = ∬ 𝜌𝑆 𝑑𝑆
𝑆
120
Eletromagnetismo I
Solução:
A carga total é:
2𝜋 0,03 2𝜋
𝑟 3 0,03
Q = ∬ 2 ∙ 102 𝑟 𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝜙 = 2 ∙ 102 ∫ ∫ 𝑟 2 𝑑𝑟 𝑑𝜙 = 2 ∙ 102 ∫ [ 𝑑𝜙 =
3 0
𝑆 0 0 0
2𝜋
2𝜋
= 1,8 ∙ 10−3 ∫ 1 𝑑𝜙 = 1,8 ∙ 10−3 𝜙 [ = 0,01131 = 11,31 mC
0
0
De forma similar, se a carga elétrica for distribuída ao longo de uma linha (que não
precisa ser reta), caracterizamos a distribuição em termos da densidade linear de cargas
[C/m]. Nesse caso, a carga elétrica total em uma dada linha L é obtida a partir de:
121
Eletromagnetismo I
Q = ∫ 𝜌𝑙 𝑑𝑙
𝐿
Solução:
0,1
2𝑧 2 0,1
Q = ∫ 𝜌𝑙 𝑑𝑙 = ∫ 2𝑧 𝑑𝑧 = [ = 0,01 C
2 0
𝐿 0
122
Eletromagnetismo I
1 𝑞1 𝑞2
𝐹⃗𝑒21 = ̂
2 𝑅12
4𝜋ϵo 𝑅12
Em que 𝐹⃗𝑒21 é a força elétrica exercida pela carga elétrica 𝑞1 sobre a carga elétrica
𝑞2 , R12 é a distância entre as duas cargas, 𝑅̂12 é um vetor unitário que aponta da carga
𝑞1 para a carga 𝑞2 e ϵo é a permissividade elétrica no espaço livre, tal que ϵo = 8,85x10-
12 farad por metro (F/m). Considera-se que as cargas elétricas estejam no espaço livre
(vácuo) e que estejam isoladas da ação de outras cargas elétricas (são desprezadas as
ações de cargas que estejam fora da região de observação). A figura a seguir ilustra a
Lei de Coulomb:
É importante observar que a força elétrica 𝐹⃗𝑒12 consiste na força elétrica que age
na carga 𝑞1 devido à carga 𝑞2 , e que ela é igual em módulo e direção a 𝐹⃗𝑒21 , porém com
sentido oposto:
𝐹⃗𝑒12 = −𝐹⃗𝑒21
Uma vez que as cargas não variam no tempo (são estacionárias), a força elétrica
dada pela Lei de Coulomb pode ser chamada de “força elétrica estática”, ou então força
eletrostática.
123
Eletromagnetismo I
Problema 4: Determine o módulo da força eletrostática, em kN, exercida por uma carga
elétrica 𝑞1 = 4 μC sobre uma carga elétrica 𝑞2 = 2 μC situada a uma distância R = 2
mm.
Solução:
1 𝑞1 𝑞2 4 ∙ 10−6 ∙ 2 ∙ 10−6
|𝐹⃗𝑒21 | = 2 = = 1,798 ∙ 104 = 17,98 kN
4𝜋ϵo 𝑅12 4𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10−12 ∙ (2 ∙ 10−3 )2
124
Eletromagnetismo I
Solução:
Temos:
𝑄 = −10−4
𝑞 = 3 ∙ 10−4
𝑟⃗ = (2,0,5)
𝑟⃗′ = (1,2,3)
Assim:
1 𝑞𝑄 3 ∙ 10−4 ∙ (−10−4 )
𝐹⃗𝑒 = 3
(𝑟⃗ − 𝑟⃗′) = (1𝑥̂ − 2𝑦̂ + 2𝑧̂ )
|𝑟
⃗
4𝜋ϵo − 𝑟 ⃗′| 4𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10−12 ∙ 33
𝐹⃗𝑒 = ∑ 𝐹⃗𝑒𝑖
𝑖=1
1 𝑞𝑖 𝑄
𝐹⃗𝑒𝑖 = (𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′)
4𝜋ϵo − 𝑟⃗𝑖 ′|3
|𝑟
⃗
125
Eletromagnetismo I
𝑛
𝑄 𝑞𝑖
𝐹⃗𝑒 = ∑ (𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′)
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′|3
𝑖=1
Solução:
As equações da Lei de Coulomb que vimos até aqui são válidas para um sistema
de cargas elétricas pontuais (domínio discreto), de modo que as cargas são finitas
(contáveis). Contudo, em sistemas reais, as cargas elétricas são distribuídas ao longo de
um volume, superfície ou linha, devendo então introduzir o conceito de densidade de
carga elétrica a esses sistemas.
126
Eletromagnetismo I
𝑄 (𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′)
𝐹⃗𝑒 = ∫ 𝑑𝑞
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′|3
𝑑𝑞 = 𝜌𝑉 𝑑𝑉′
𝑄 (𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′)
𝐹⃗𝑒 = ∭ 𝜌𝑉 𝑑𝑉′
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′|3
𝑉
𝑑𝑞 = 𝜌𝑆 𝑑𝑆′
𝑄 (𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′)
𝐹⃗𝑒 = ∬ 𝜌𝑆 𝑑𝑆′
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′|3
𝑆
A força elétrica resultante de uma distribuição de carga elétrica linear é dada por:
𝑑𝑞 = 𝜌𝑙 𝑑𝑙′
𝑄 (𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′)
𝐹⃗𝑒 = ∫ 𝜌𝑙 𝑑𝑙′
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′|3
𝐿
127
Eletromagnetismo I
Campo elétrico
𝐹⃗𝑒
𝐸⃗⃗ =
𝑄
Em que 𝐹⃗𝑒 é a força elétrica e 𝑄 é a carga de prova no ponto de interesse (no ponto
em que se deseja obter o campo elétrico). É importante observar que no caso de
estarmos lidando com uma força eletrostática, então o campo elétrico obtido é dito
campo eletrostático. A força elétrica poderia ser obtida também da seguinte forma:
𝐹⃗𝑒 = 𝐸⃗⃗ 𝑄
Essa equação evidencia que, após obtermos o campo elétrico gerado por uma carga
elétrica q (chamada de carga fonte), podemos obter a força elétrica (multiplicando-se o
campo elétrico pela carga elétrica Q presente no ponto de interesse). Essa equação é
válida tanto para cargas elétricas pontuais quanto para cargas elétricas contínuas.
𝐹⃗𝑒 1 𝑞𝑄
𝐸⃗⃗ = = (𝑟⃗ − 𝑟⃗′)
𝑄 4𝜋ϵo 𝑄|𝑟⃗ − 𝑟⃗′|3
1 𝑞
𝐸⃗⃗ = (𝑟⃗ − 𝑟⃗′)
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗′|3
A unidade do campo elétrico pode ser tanto volt por metro (V/m) quanto newton
por coulomb (N/C). Observe que basta existir uma única carga elétrica pontual q
(denominada carga fonte ou carga geradora) para que o campo elétrico 𝐸⃗⃗ exista.
128
Eletromagnetismo I
129
Eletromagnetismo I
Observe que o vetor campo elétrico é sempre tangente à linha de campo (em
qualquer que seja o ponto de interesse).
Solução:
(a)
𝑟⃗ − 𝑟⃗ ′ = (3,1, −2) − (1,3, −1) = (2, −2, −1) = 2𝑥̂ − 2𝑦̂ − 1𝑧̂
Assim:
1 𝑞 2 ∙ 10−5
𝐸⃗⃗ = (𝑟
⃗ − ⃗′)
𝑟 = (2𝑥̂ − 2𝑦̂ − 1𝑧̂ )
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗′|3 4𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10−12 ∙ 33
(2𝑥̂ − 2𝑦̂ − 1𝑧̂ )
𝐸⃗⃗ = 6,66 ∙ 103 ∙ (2𝑥̂ − 2𝑦̂ − 1𝑧̂ ) V/m = 19,98 ∙ 103 ∙ V/m
3
(b)
𝐹⃗𝑒 = 𝐸⃗⃗ 𝑄
(2𝑥̂ − 2𝑦̂ − 1𝑧̂ ) (2𝑥̂ − 2𝑦̂ − 1𝑧̂ )
𝐹⃗𝑒 = 19,98 ∙ 103 ∙ 8 ∙ 10−5 ∙ = 1,6 ∙ N
3 3
130
Eletromagnetismo I
A figura a seguir mostra as linhas de campo elétrico de duas partículas com cargas
elétricas positivas iguais:
Observe que nesse caso as linhas de campo são curvas, mas as regras paras o campo
elétrico continuam as mesmas:
1. A carga elétrica resultante não pode ser nem criada e nem destruída (lei da
conservação da carga elétrica).
131
Eletromagnetismo I
𝑛
𝐸⃗⃗ = ∑ 𝐸⃗⃗𝑖
𝑖=1
1 𝑞𝑖
𝐸⃗⃗𝑖 = (𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′)
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′|3
Assim:
𝑛
1 𝑞𝑖
𝐸⃗⃗ = ∑ (𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′)
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′|3
𝑖=1
Solução:
(a)
1 2 ∙ 10−5 4 ∙ 10−5
𝐸⃗⃗ = −12 ∙[ 3
(2, −2, −1) − (6,0,0)]
4𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10 3 63
1
𝐸⃗⃗ = ∙ (0,037 , −0,148 , −0,074) ∙ 10−5
4𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10−12
(b)
𝐹⃗𝑒 = 𝐸⃗⃗ 𝑄
132
Eletromagnetismo I
Podemos utilizar o seguinte laboratório virtual para simular medidas de campo elétrico
gerado por cargas pontuais:
https://phet.colorado.edu/sims/html/charges-and-fields/latest/charges-and-fields_pt_BR.html
Experimente colocar duas ou três cargas elétricas (positivas e/ou negativas) e detecte o
valor do campo (por meio do sensor) em algum ponto. Consegue calcular o vetor campo
elétrico com a fórmula?
Por exemplo: Vamos experimentar colocar uma carga positiva (1 nC) no centro (0,0),
uma negativa (-1 nC) 1 metro para cima (0,1) e outra carga positiva (1 nC) 2 metros
para a direita (2,0). Em seguida, vamos colocar o sensor entre as duas cargas positivas,
no ponto (1,0). A figura a seguir ilustra o que deve ser feito:
Observe que a intensidade do campo elétrico é igual a 4,46 V/m e que o ângulo desse
vetor campo elétrico é igual a 134,8 graus (faça você mesmo e anote o valor que você
encontrar).
Agora vamos tentar calcular o vetor campo elétrico resultante a partir da fórmula:
133
Eletromagnetismo I
1 1 ∙ 10−9 1 ∙ 10−9
𝐸⃗⃗ = ∙ [ (1,0) − (1, −1)
4𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10−12 13 √2
3
1 ∙ 10−9
+ (−1,0)]
13
1 1 ∙ 10−9 (1, −1) (−1,1)
𝐸⃗⃗ = − −12 ∙ ∙ = 4,5 ∙ V/m
4𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10 2 √2 √2
1/√2
ϕ = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) = 135 graus
−1/√2
𝑑𝑞 = 𝜌𝑉 𝑑𝑉
𝑑𝑞 = 𝜌𝑆 𝑑𝑆
𝑑𝑞 = 𝜌𝑙 𝑑𝑙
134
Eletromagnetismo I
1 (𝑟⃗ − 𝑟⃗′)
𝐸⃗⃗ = ∭ 𝜌𝑉 𝑑𝑉
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗′|3
𝑉
1 (𝑟⃗ − 𝑟⃗′)
𝐸⃗⃗ = ∬ 𝜌𝑆 𝑑𝑆
4𝜋ϵo ⃗ − 𝑟⃗′|3
|𝑟
𝑆
1 (𝑟⃗ − 𝑟⃗′)
𝐸⃗⃗ = ∫ 𝜌𝑙 𝑑𝑙
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗′|3
𝐿
Considere um anel muito fino de raio b com densidade linear de carga elétrica 𝜌𝑙
uniforme e positiva, posicionado no espaço livre no plano xy:
135
Eletromagnetismo I
Além disso, o vetor distância a partir do segmento 1 até o ponto de interesse (0,0,h)
é dado por:
𝑟⃗ − 𝑟⃗′ = (0 𝑟̂ + ℎ 𝑧̂ ) − (𝑏 𝑟̂ + 0 𝑧̂ ) = −𝑏 𝑟̂ + ℎ 𝑧̂
1 (𝑟⃗ − 𝑟⃗′)
𝐸⃗⃗ = ∫ 𝜌𝑙 𝑑𝑙′
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗′|3
𝐿
2𝜋
1 −𝑏 𝑟̂ + ℎ 𝑧̂
𝐸⃗⃗ = ∫ 𝜌𝑙 𝑏 𝑑ϕ
4𝜋ϵo ((−𝑏)2 + ℎ2 )3/2
0
136
Eletromagnetismo I
1 𝜌𝑙 2𝜋𝑏 ℎ 𝑧̂
𝐸⃗⃗ =
4𝜋ϵo (𝑏2 + ℎ2 )3/2
𝑄 = 𝜌𝑙 2𝜋𝑏
Substituindo:
1 𝜌𝑙 2𝜋𝑏 ℎ 𝑧̂
𝐸⃗⃗ =
4𝜋ϵo (𝑏2 + ℎ2 )3/2
1 𝑄 ℎ 𝑧̂
𝐸⃗⃗ =
4𝜋ϵo (𝑏2 + ℎ2 )3/2
137
Eletromagnetismo I
Considere agora que o ponto de interesse está muito distante, ou seja, que ℎ ≫ 𝑏.
Nesse caso:
1 𝑄 ℎ 𝑧̂
𝐸⃗⃗ =
4𝜋ϵo (ℎ2 )3/2
𝑄 ℎ 𝑧̂
𝐸⃗⃗ =
4𝜋ϵo ℎ3
Que é a fórmula para a carga elétrica pontual. Em outras palavras, à medida que
nos afastamos do anel, a equação para o campo elétrico se aproxima daquela utilizada
para a carga pontual. Isso significa que, nesse caso, o anel se aproxima a um ponto (uma
carga pontual) quando a distância h for muito grande.
Esse resultado é razoável, já que, visto de uma grande distância, o anel “parece”
uma carga pontual.
Solução:
𝜌𝑙 𝑏 ℎ
𝐸⃗⃗ = 𝑧̂
2ϵo (𝑏2 + ℎ2 )3/2
2 ∙ 10−4 ∙ 1 ∙ 10−3 ∙ 5
𝐸⃗⃗ = 𝑧̂
2 ∙ 8,85 ∙ 10−12 ∙ ((1 ∙ 10−3 )2 + 52 )3/2
5 ∙ 105
𝐸⃗⃗ = 𝑧̂ = 2,26 ∙ 103 𝑧̂ V/m
8,85 ∙ (10−6 + 25)3/2
Observe que, como ℎ ≫ 𝑏, poderíamos considerar o anel como uma carga pontual, e
obter o campo elétrico utilizando a fórmula para a carga pontual (confira!).
138
Eletromagnetismo I
Problema 10: Calcular o campo elétrico de um disco circular de cargas. Nesse problema,
vamos determinar o campo elétrico no mesmo ponto (0,0,h), situado no espaço livre ao
longo do eixo z (que é o eixo do disco), devido a um disco circular de cargas no plano
xy com densidade superficial de carga uniforme e positiva:
Solução:
Observe que um segmento do disco consiste em um anel de raio r e largura dr. Logo,
esse segmento tem uma área 𝑑𝑆 = 2𝜋𝑟 𝑑r e contém a carga elétrica 𝑑𝑞 = 𝜌𝑆 𝑑𝑆 =
𝜌𝑆 2𝜋𝑟 𝑑r.
Podemos obter a equação do campo elétrico para o disco a partir da equação do anel
substituindo b por r e considerando a integral ao longo do raio. Assim:
1 (𝑟⃗ − 𝑟⃗′)
𝐸⃗⃗ = ∬ 𝜌𝑆 𝑑𝑆
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗′|3
𝑆
2𝜋 𝑎 𝑎
1 ℎ 𝑧̂ 𝜌𝑆 𝑟 ℎ
𝐸⃗⃗ = ∫ ∫ 𝜌𝑆 2 𝑟𝑑𝑟𝑑ϕ 𝑧̂ = ∫ 𝑑𝑟 𝑧̂
4𝜋ϵo (𝑟 + ℎ2 )3/2 2ϵo (𝑟 2 + ℎ2 )3/2
0 0 0
𝑢= 𝑟2 + ℎ2
𝑑𝑢 = 2𝑟𝑑𝑟
𝜌𝑆 ℎ 𝜌𝑆 ℎ 3 𝜌𝑆 ℎ 1 𝜌𝑆 ℎ 1 a
𝐸⃗⃗ = ∫ 3 𝑑𝑢 𝑧̂ = ∫ 𝑢−2 𝑑𝑢 𝑧̂ = − 𝑧̂ = − [ 𝑧̂ =
4ϵo 2ϵo √𝑢 2ϵo √𝑟 2 + ℎ2 0
4ϵo 𝑢2
139
Eletromagnetismo I
𝜌𝑆 ℎ 1 𝜌𝑆 ℎ 1 𝜌𝑆 ℎ
=− + 𝑧̂ = (1 − ) 𝑧̂
2ϵo √𝑎2 + ℎ2 2ϵo √0 + ℎ2 2ϵo √𝑎 + ℎ2
2
𝜌𝑆 ℎ
𝐸⃗⃗ = (1 − ) 𝑧̂
2ϵo √𝑎 + ℎ2
2
Fonte: https://www3.ufpe.br/
Observe que podemos considerar o plano infinito como sendo um disco (do
problema 10) de raio a infinito. Fazendo a tender a infinito na equação do disco, temos:
𝜌𝑆
𝐸⃗⃗ = 𝑧̂
2ϵo
Note que o campo elétrico é constante (é o mesmo), não importa o valor da altura
h. A única alteração é no seu sentido, que é positivo acima do plano e negativo abaixo
140
Eletromagnetismo I
do plano (se a densidade de carga fosse negativa, o campo elétrico seria negativo acima
do plano e positivo abaixo do plano).
Problema 11: Considere um plano infinito com densidade superficial 𝜌𝑆 = 10-9 C/m2,
posicionado no espaço livre. Determine (a) o campo elétrico em um ponto abaixo desse
plano e (b) a força elétrica em uma carga q = 5 nC situada abaixo desse plano.
Solução:
(a)
𝜌𝑆
𝐸⃗⃗ = − 𝑧̂
2ϵo
10−9
𝐸⃗⃗ = − 𝑧̂ = −56,5 𝑧̂ V/m
2 ∙ 8,85 ∙ 10−12
(b)
Considere agora dois planos infinitos paralelos, o primeiro com densidade de carga
elétrica positiva e o segundo com densidade de carga elétrica negativa:
𝜌𝑆 𝜌𝑆 𝜌𝑆 𝜌𝑆 𝜌𝑆 𝜌𝑆
𝐸⃗⃗ = − 𝑧̂ + 𝑧̂ 𝐸⃗⃗ = 𝑧̂ + 𝑧̂ 𝐸⃗⃗ = 𝑧̂ − 𝑧̂
2ϵo 2ϵo 2ϵo 2ϵo 2ϵo 2ϵo
𝜌
𝐸⃗⃗ = 0 𝐸⃗⃗ = 𝑆 𝑧̂ 𝐸⃗⃗ = 0
ϵo
Ou seja, o campo elétrico entre as duas placas paralelas e infinitas é dado por:
141
Eletromagnetismo I
𝜌𝑆
𝐸⃗⃗ = 𝑧̂
ϵo
Problema 12: Uma folha infinita carregada uniformemente com uma densidade
superficial 𝜌𝑆 = 10-9 C/m2 está situada em z = 0 (plano xy). Outra folha infinita com
densidade 𝜌𝑆 = -10-9 C/m2 está situada em z = 2 m. Determine o campo elétrico em
todas as regiões.
Solução:
𝜌𝑆 10−9
𝐸⃗⃗ = 𝑧̂ = 𝑧̂ = 113 𝑧̂ V/m, para 0 < z < 2
ϵo 8,85 ∙ 10−12
Considere um fio infinito carregado com uma densidade linear de carga elétrica 𝜌𝑙
uniforme e positiva, posicionado no espaço livre ao longo do eixo z:
Considere que o ponto de interesse está sobre o plano xy (ou seja, em z = 0), assim:
𝑟⃗ − 𝑟⃗′ = (𝑟 𝑟̂ + 0 𝑧̂ ) − (0 𝑟̂ + 𝑧 𝑧̂ ) = 𝑟 𝑟̂ − 𝑧 𝑧̂
142
Eletromagnetismo I
|𝑟⃗ − 𝑟⃗′| = √𝑟 2 + 𝑧 2
1 (𝑟⃗ − 𝑟⃗′)
𝐸⃗⃗ = ∫ 𝜌𝑙 𝑑𝑙
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗′|3
𝐿
+∞
1 𝑟 𝑟̂ − 𝑧 𝑧̂
𝐸⃗⃗ = ∫ 𝜌𝑙 2 𝑑𝑧
4𝜋ϵo (𝑟 + 𝑧 2 )3/2
−∞
𝑟=𝑎
𝑧=𝑢
𝑑𝑧 = 𝑑𝑢
Assim:
+∞
𝜌𝑙 𝑟 1 𝜌𝑙 𝑟 𝑧 𝜌𝑙 𝑧 +∞
𝐸⃗⃗ = ∫ 3 𝑑𝑢 𝑟̂ = 𝑟̂ = [ 𝑟̂ =
4𝜋ϵo 4𝜋ϵo 𝑟 2 √𝑟 2 + 𝑧 2 4𝜋ϵo 𝑟 √𝑟 2 + 𝑧 2 −∞
−∞ (𝑎2 + 𝑢 2 )2
𝜌𝑙 𝜌𝑙
= + 𝑟̂
4𝜋ϵo𝑟 4𝜋ϵo 𝑟
𝜌𝑙
𝐸⃗⃗ = 𝑟̂
2𝜋ϵo 𝑟
143
Eletromagnetismo I
Que é a equação do campo elétrico em um ponto (r, ϕ,z) qualquer, gerado por um
fio infinito situado no eixo z.
Problema 13: Considere um fio infinito com densidade linear 𝜌𝑙 = 3x10-8 C/m,
posicionado no espaço livre ao longo do eixo z. Determine (a) o campo elétrico no
ponto (3,π,5) em coordenadas cilíndricas (em metros) e (b) a força elétrica em uma
carga q = 8 mC situada nesse ponto.
Solução:
(a)
𝜌𝑙
𝐸⃗⃗ = 𝑟̂
2𝜋ϵo 𝑟
3 ∙ 10−8
𝐸⃗⃗ = 𝑟̂ = 179,83 𝑟̂ V/m
2 ∙ 𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10−12 ∙ 3
(b)
Problema 14: Calcular o campo elétrico de um fio finito carregado. Nesse problema,
vamos determinar o campo elétrico em um ponto qualquer devido a um fio finito situado
no eixo z, de comprimento –L/2 < z < L/2 (comprimento L) com densidade linear de
carga uniforme e positiva.
Solução:
𝑟⃗ − 𝑟⃗′ = (𝑟 𝑟̂ + ℎ 𝑧̂ ) − (0 𝑟̂ + 𝑧 𝑧̂ ) = 𝑟 𝑟̂ − (ℎ − 𝑧) 𝑧̂
1 (𝑟⃗ − 𝑟⃗′)
𝐸⃗⃗ = ∫ 𝜌𝑙 𝑑𝑙
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗′|3
𝐿
𝐿/2
1 𝑟 𝑟̂ − (ℎ − 𝑧) 𝑧̂
𝐸⃗⃗ = ∫ 𝜌𝑙 2 𝑑𝑧
4𝜋ϵo (𝑟 + (ℎ − 𝑧)2 )3/2
−𝐿/2
144
Eletromagnetismo I
𝑢=ℎ−𝑧
𝑑𝑢 = −𝑑𝑧
𝐿/2
1 −𝑟 𝑟̂ + 𝑢 𝑧̂
𝐸⃗⃗ = ∫ 𝜌𝑙 3 𝑑𝑢 =
4𝜋ϵo
−𝐿/2 (𝑟 2 + 𝑢2 )2
𝜌𝑙 𝑢 𝑧̂ 𝑟 𝑟̂
= [∫ 2 𝑑𝑢 − ∫ 2 𝑑𝑢 ]
4𝜋ϵo (𝑟 + 𝑢2 )3/2 (𝑟 + 𝑢2 )3/2
Temos que:
𝑢 1 1 L/2
∫ 3 𝑑𝑢 =− =− [ =
(𝑟 2 + 𝑢 2 )2 √𝑟 2 + 𝑢2 √𝑟 2 + (ℎ − 𝑧)2 −𝐿/2
1 1
=− +
√𝑟 2 + (ℎ − 𝐿/2)2 √𝑟 2 + (ℎ + 𝐿/2)2
𝑟 𝑢 ℎ−𝑧 L/2
∫ 3 𝑑𝑢 = = [ =
𝑟 √𝑟 2 + 𝑢2 𝑟 √𝑟 2 + (ℎ − 𝑧)2 −𝐿/2
(𝑟 2 + 𝑢 2 )2
ℎ − 𝐿/2 ℎ + 𝐿/2
= −
𝑟 √𝑟 2 + (ℎ − 𝐿/2)2 𝑟 √𝑟 2 + (ℎ + 𝐿/2)2
Assim:
𝜌𝑙 1 1
𝐸⃗⃗ = [( − ) 𝑧̂ +
4𝜋ϵo √𝑟 2 + (ℎ + 𝐿/2)2 √𝑟 2 + (ℎ − 𝐿/2)2
ℎ + 𝐿/2 ℎ − 𝐿/2
( − ) 𝑟̂ ]
𝑟 √𝑟 2 + (ℎ + 𝐿/2)2 𝑟 √𝑟 2 + (ℎ − 𝐿/2)2
145
Eletromagnetismo I
https://www.youtube.com/watch?v=klEZTj5w7P8
O Wolfram Alpha pode ser muito útil para a resolução de integrais (confira!).
Na Unidade anterior vimos que o conceito de linhas de fluxo é útil para mapearmos
campos vetoriais. Nesse contexto, temos as linhas de campo elétrico, as quais exibem
as seguintes propriedades:
Observe que essa equação foi dada na Unidade anterior. A unidade para o fluxo
𝑁
total pode ser tanto V ∙ m quanto 𝑚2 .
𝐶
146
Eletromagnetismo I
Observe que não importa o raio da superfície, o número de linhas que atravessa
essa superfície é sempre o mesmo. Essa superfície desenhada ao redor da fonte de carga
elétrica é chamada de Superfície Gaussiana.
A carga elétrica é uma fonte de campo elétrico (campo vetorial). Portanto, o fluxo
elétrico que passa por uma superfície fechada é proporcional à carga elétrica total
contida no interior dessa superfície.
Uma superfície diferencial de área na direção radial (casca esférica) é dada por:
Substituindo:
2𝜋 𝜋 2𝜋 𝜋
1 𝑄 𝑄
∫ ∫ 𝑅̂ ∙ 𝑅2 𝑠𝑒𝑛𝜃𝑑𝜃 𝑑𝜙 𝑅̂ = ∫ ∫ 𝑠𝑒𝑛𝜃𝑑𝜃 𝑑𝜙 =
4𝜋ϵo 𝑅2 4𝜋ϵo
0 0 0 0
2𝜋 2𝜋
𝑄 𝜋 𝑄 2𝜋𝑄 𝑄
= −∫ 𝑐𝑜𝑠𝜃 [ 𝑑𝜙 = ∫ 𝑑𝜙 = =
4𝜋ϵo 0 2𝜋ϵo 2𝜋ϵo ϵo
0 0
147
Eletromagnetismo I
Problema 15: Dada uma carga elétrica pontual de 60 µC na origem, calcule o fluxo do
campo elétrico que passa através de uma porção da esfera de raio R = 26 cm, limitada
por 0 < 𝜃 < π/2 e 0 < 𝜙 < π/2.
Solução:
1 𝑄
Ф 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = ∮ 𝐸⃗⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗ = ∮ 𝑅̂ ∙ 𝑑𝑆⃗
𝑆 𝑆 4𝜋ϵo 𝑅2
𝜋/2 𝜋/2 𝜋/2 𝜋/2
1 𝑄 𝑄
∫ ∫ 𝑅̂ ∙ 𝑅2 𝑠𝑒𝑛𝜃𝑑𝜃 𝑑𝜙 𝑅̂ = ∫ ∫ 𝑠𝑒𝑛𝜃𝑑𝜃 𝑑𝜙 =
4𝜋ϵo 𝑅2 4𝜋ϵo
0 0 0 0
𝜋 𝜋
2 𝜋 2
𝑄 𝑄 𝜋𝑄 𝑄
= −∫ 𝑐𝑜𝑠𝜃 [2 𝑑𝜙 = ∫ 𝑑𝜙 = = = 847,46 kV ∙ m
4𝜋ϵo 0 4𝜋ϵo 2 ∙ 4𝜋ϵo 8ϵo
0 0
60 ∙ 10−6
= = 847,46 kV ∙ m
8 ∙ 8,85 ∙ 10−12
Observe que o fluxo elétrico nesse caso foi igual a um oitavo do fluxo elétrico da
superfície fechada (pois escolhemos uma superfície que corresponde a um oitavo da
área da casca esférica). Além disso, perceba que o fluxo não depende do raio da esfera.
148
Eletromagnetismo I
Problema 16: Dada uma carga elétrica pontual de 60 µC na origem, calcule o fluxo do
campo elétrico que passa por uma superfície fechada cilíndrica de raio r = 26 cm, z = -
26 cm e z = 26 cm.
Solução:
Observe que essa equação do fluxo do campo elétrico é válida para qualquer que seja a
superfície fechada ao redor da carga elétrica. Note ainda que esse resultado é igual a
oito vezes o resultado do problema anterior (uma vez que agora estamos considerando
toda a superfície ao redor da carga).
Problema 17: Qual é o fluxo de campo elétrico que atravessa a superfície S na forma de
disco plano de raio 4 m, que contém uma distribuição de carga elétrica com densidade
superficial 𝜌𝑆 = 1/2𝑟 nC/m2.
Solução:
2𝜋 4 2𝜋 4
𝑄 1 1 10−9
Ф 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = ∫ ∫ ∙ 10−9 𝑟 𝑑𝑟𝑑𝜙 = ∫ ∫ 1 𝑑𝑟𝑑𝜙
ϵo ϵo 2𝑟 2ϵo
0 0 0 0
2𝜋
10−9 10−9 ∙ 8𝜋 10−9 ∙ 4 ∙ 𝜋
∫ 4 𝑑𝜙 = = = 1.419,93 V ∙ m
2ϵo 2ϵo 8,85 ∙ 10−12
0
Isso significa que ao considerarmos a Lei de Gauss para calcular o campo elétrico,
devemos escolher a superfície fechada (superfície gaussiana) de forma adequada. A
resolução para obtenção da equação do campo elétrico fica muito simples desde que
149
Eletromagnetismo I
3. Calcular o fluxo.
Solução do problema:
𝐸⃗⃗ = 𝐸(𝑟) 𝑟̂
150
Eletromagnetismo I
Ф 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2𝜋ℎ𝐸(𝑟)𝑟
Em que a carga elétrica total, dentro dessa superfície gaussiana é dada por:
𝑄 = 𝜌𝑙 ℎ
Assim:
𝜌𝑙 ℎ
Ф 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 =
ϵo
Logo:
𝜌𝑙 ℎ
2𝜋ℎ𝐸(𝑟)𝑟 =
ϵo
𝜌𝑙 ℎ 𝜌𝑙
𝐸(𝑟) = =
2𝜋ℎϵo 𝑟 2𝜋ϵo 𝑟
Como:
𝐸⃗⃗ = 𝐸(𝑟) 𝑟̂
151
Eletromagnetismo I
Então:
𝜌𝑙
𝐸⃗⃗ = 𝑟̂
2𝜋ϵo 𝑟
Que é a expressão do campo elétrico gerado por um fio infinito já obtida na seção
anterior.
Problema 18: O problema de um cabo coaxial é quase idêntico àquele da linha de cargas,
e é um exemplo extremamente difícil de resolver a partir da lei de Coulomb. Suponha
que tenhamos dois condutores cilíndricos coaxiais, o interno de raio a e o externo de
raio b, ambos de extensão infinita:
Solução:
𝐸⃗⃗ = 𝐸(𝑟) 𝑟̂
2- Nesse caso, a superfície cilíndrica de comprimento L e raio r, tal que a < r < b deve
ser escolhida como superfície gaussiana.
152
Eletromagnetismo I
Ф 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2𝜋𝐿𝐸(𝑟)𝑟
𝑄 = ∫ ∫ 𝜌𝑆 𝑎 𝑑𝜙𝑑𝑧 = 2𝜋𝐿𝜌𝑆 𝑎
0 0
Logo:
2𝜋𝐿𝜌𝑆 𝑎
2𝜋𝐿𝐸(𝑟)𝑟 =
ϵo
2𝜋𝐿𝜌𝑆 𝑎 𝜌𝑆 𝑎
𝐸(𝑟) = =
2𝜋𝐿𝑟ϵo 𝑟ϵo
Então:
𝜌𝑆 𝑎
𝐸⃗⃗ = 𝑟̂
𝑟ϵo
Que é a expressão do campo elétrico entre os dois cilindros infinitos, para a < r < b.
𝜌𝑙 = 2𝜋𝑎𝜌𝑆
Assim:
𝜌𝑙
𝜌𝑆 =
2𝜋𝑎
Substituindo:
𝜌𝑆 𝑎 𝜌𝑙 𝑎 𝜌𝑙
𝐸⃗⃗ = 𝑟̂ = 𝑟̂ = 𝑟̂
𝑟ϵo 2𝜋𝑎 𝑟ϵo 2𝜋ϵo 𝑟
153
Eletromagnetismo I
Ainda sobre o problema do cabo coaxial, toda linha de fluxo elétrico que começa
da carga no cilindro interno deve terminar em uma carga negativa na superfície interna
do cilindro externo. Portanto, o campo elétrico na região de r > b (região externa) deve
ser igual a zero (𝐸⃗⃗ = 0, para r > b). Esse mesmo resultado é encontrado para a região
dentro do condutor interno (para r < a). Assim, o cabo ou capacitor coaxial não possui
campo elétrico externo (o condutor externo é uma “blindagem”) e não existe campo
elétrico dentro do condutor central.
Outro exemplo que pode ser facilmente solucionado via Lei de Gauss é o problema
do campo elétrico gerado por uma superfície esférica metálica carregada. Considere
uma casca esférica de raio a cuja superfície tem uma densidade uniforme e positiva de
carga 𝜌𝑆 :
𝐸⃗⃗ = 𝐸(𝑅) 𝑅̂
2- Nesse caso, escolheremos como superfície gaussiana uma casca esférica de raio
R.
= ∫ ∫ 𝐸(𝑅) 𝑅2 𝑠𝑒𝑛𝜃𝑑𝜃 𝑑𝜙
0 0
Ф 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 4𝜋𝐸(𝑅)𝑅 2
154
Eletromagnetismo I
𝑄 = ∫ ∫ 𝜌𝑆 𝑎2 𝑠𝑒𝑛𝜃𝑑𝜃 𝑑𝜙 = 4𝜋𝜌𝑆 𝑎2
0 0
𝐸⃗⃗ = 0
Por outro lado, se o raio R da superfície gaussiana for maior do que o raio a da
casca cilíndrica, então:
𝑄 4𝜋𝜌𝑆 𝑎2
Ф 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = =
ϵo ϵo
Logo:
4𝜋𝜌𝑆 𝑎2
4𝜋𝐸(𝑅)𝑅2 =
ϵo
4𝜋𝜌𝑆 𝑎2 𝜌𝑆 𝑎2
𝐸(𝑅) = =
ϵo 4𝜋𝑅2 ϵo 𝑅2
Então:
𝜌𝑆 𝑎2
𝐸⃗⃗ = 𝑅̂
ϵo 𝑅2
Que é o campo elétrico em um ponto qualquer para R > a (no exterior da casca
esférica).
Observe que essa equação do campo elétrico no exterior da casca esférica poderia
ser escrita como:
𝑄
4𝜋𝐸(𝑅)𝑅2 =
ϵo
155
Eletromagnetismo I
𝑄
𝐸(𝑅) =
4𝜋ϵo 𝑅2
𝑄
𝐸⃗⃗ = 𝑅̂
4𝜋ϵo 𝑅 2
Que é a equação do campo elétrico produzido por uma carga pontual. Isso significa
que o campo elétrico produzido por uma superfície esférica carregada tem um
comportamento idêntico ao do campo elétrico produzido por uma carga pontual.
Solução:
Já sabemos que a geometria é esférica radial e que a superfície gaussiana será uma casca
esférica de raio R. Nesse caso, o fluxo já foi calculado e vale:
Ф 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 4𝜋𝐸(𝑅)𝑅 2
4𝜋𝜌𝑉 𝑅 3
4𝜋𝐸(𝑅)𝑅2 =
3ϵo
4𝜋𝜌𝑉 𝑅3 𝜌𝑆 𝑅
𝐸⃗⃗ = = 𝑅̂
3ϵo4𝜋𝑅2 3ϵo
Para R > a:
2𝜋 𝜋 𝑎
4𝜋𝜌𝑉 𝑎3
𝑄 = ∫ ∫ ∫ 𝜌𝑉 𝑅2 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑑𝑅𝑑𝜃𝑑𝜙 =
3
0 0 0
4𝜋𝜌𝑉 𝑎3
4𝜋𝐸(𝑅)𝑅2 =
3
4𝜋𝜌𝑉 𝑎3 𝜌𝑆 𝑎3
𝐸⃗⃗ = 2 = 𝑅̂
3ϵo 4𝜋𝑅 3ϵo𝑅2
156
Eletromagnetismo I
Potencial eletrostático
157
Eletromagnetismo I
Vamos calcular o trabalho realizado por uma força elétrica 𝐹⃗𝑒 para deslocar a carga
elétrica Q, na presença da carga fonte q, a partir de um ponto inicial Ri até um ponto
final Rf, ao longo de um percurso qualquer C. O trabalho de uma força é definido como:
𝑊 = ∫ 𝐹⃗𝑒 ∙ 𝑑𝑙⃗
𝐶
Problema 20: Um campo eletrostático é dado por 𝐸⃗⃗ = (𝑥/2 + 2𝑦)𝑥̂ + 2𝑥𝑦̂ V/m.
Calcule o trabalho necessário para mover uma carga pontual Q = 20 µC da origem até
o ponto (4,0,0).
Solução:
𝑑𝑙⃗ = 𝑑𝑥𝑥̂
4 4
𝑥 𝑥
𝑊 = ∫ 20 ∙ 10−6 [( + 2𝑦)𝑥̂ + 2𝑥𝑦̂] ∙ 𝑑𝑥𝑥̂ = 20 ∙ 10−6 ∫ + 2𝑦 𝑑𝑥 = 80 µJ
2 2
0 0
Como a força elétrica possui apenas a componente na direção de 𝑅̂, devemos considerar
apenas a componente de 𝑑𝑙⃗ na direção de 𝑅̂:
𝑑𝑙⃗ = 𝑑𝑅 𝑅̂
Assim:
𝑅𝑓
1 𝑞𝑄 𝑞𝑄
𝑊 = ∫ 𝐹⃗𝑒 ∙ 𝑑𝑙⃗ = ∫ 𝑅̂ ∙ 𝑑𝑅 𝑅̂ = ∫ 𝑑𝑅 =
4𝜋ϵo 𝑅2 4𝜋ϵo 𝑅2
𝐶 𝐶 𝑅𝑖
𝑞𝑄 𝑅𝑓 𝑞𝑄 1 1
=− [ =− ( − )
4𝜋ϵo 𝑅 𝑅𝑖 4𝜋ϵo 𝑅𝑓 𝑅𝑖
Ou seja:
158
Eletromagnetismo I
𝑞𝑄 1 1
𝑊=− ( − )
4𝜋ϵo 𝑅𝑓 𝑅𝑖
∮ 𝐹⃗𝑒 ∙ 𝑑𝑙⃗ = 0
𝐶
∇ × 𝐹⃗𝑒 = 0
𝑊 = −∆𝑈 = −(𝑈𝑓 − 𝑈𝑖 )
Que é uma função escalar e também medida em Joule (J). Ao analisarmos essas
duas últimas equações, podemos concluir que:
2- Se W < 0, temos 𝑈𝑓 > 𝑈𝑖 , ou seja, o sistema recebe energia (∆𝑈 > 0).
Logo:
159
Eletromagnetismo I
𝑞𝑄
𝑈=
4𝜋ϵo 𝑅
É importante observar que, para que o infinito seja adotado como referência, é
necessário que a distribuição de carga fonte seja finita.
𝐹⃗𝑒 = −∇𝑈
∇ × 𝐹⃗𝑒 = 0
∇ × (−∇𝑈) = 0
160
Eletromagnetismo I
Solução:
𝑞 500 ∙ 10−12
𝑉𝐴 = = = 0,9 V
4𝜋ϵo 𝑅𝐴 4 ∙ 𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10−12 ∙ 5
𝑞 500 ∙ 10−12
𝑉𝐵 = = = 0,3 V
4𝜋ϵo 𝑅𝐵 4 ∙ 𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10−12 ∙ 15
𝐸⃗⃗ = −∇𝑉
Isso significa que o gradiente do potencial elétrico nos fornece o campo elétrico.
Ou seja, podemos obter a equação do campo elétrico a partir da equação do potencial
elétrico. Podemos definir o campo elétrico como sendo o máximo decréscimo da função
potencial eletrostático.
Aprendemos até aqui três formas de se obter a equação para o campo elétrico: por
meio da Lei de Coulomb, através da Lei de Gauss e também a partir do potencial
elétrico.
Ou:
𝑅𝑓
𝑉𝑓 − 𝑉𝑖 = − ∮ 𝐸⃗⃗ ∙ 𝑑𝑙⃗
𝑅𝑖
161
Eletromagnetismo I
∇ × 𝐸⃗⃗ = 0
∮ 𝐸⃗⃗ ∙ 𝑑𝑙⃗ = 0
𝐶
Considere uma carga elétrica de 1 nC. A figura a seguir mostra o campo elétrico
(apontando para fora da carga elétrica) e algumas superfícies equipotenciais (com o
valor do potencial elétrico):
162
Eletromagnetismo I
No caso da figura acima, essas superfícies são esféricas ao redor da carga elétrica
(é a vista superior da esfera, por isso forma uma circunferência).
Pontos vizinhos que possuem o mesmo potencial elétrico formam uma superfície
equipotencial (pode ser uma superfície imaginária ou uma superfície real):
163
Eletromagnetismo I
𝐸⃗⃗ = −∇𝑉
Solução:
𝑞
𝑉=
4𝜋ϵo 𝑅
1 ∙ 10−9
𝑉= =9V
4 ∙ 𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10−12 ∙ 1
𝑉 = ∑ 𝑉𝑖
𝑖=1
𝑞𝑖
𝑉𝑖 =
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′|
Assim:
𝑛
1 𝑞𝑖
𝑉= ∑
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′|
𝑖=1
164
Eletromagnetismo I
um escalar (na hora de resolver os problemas, você vai ver que isso facilita muito as
coisas!).
https://phet.colorado.edu/sims/html/charges-and-fields/latest/charges-and-fields_pt_BR.html
Experimente colocar duas ou três cargas elétricas (positivas e/ou negativas) e detecte o
valor do potencial elétrico em algum ponto. Consegue calcular o potencial elétrico com
a fórmula?
Por exemplo: Vamos experimentar colocar uma carga positiva (1 nC) no centro (0,0),
uma negativa (-1 nC) 1 metro para cima (0,1) e outra carga positiva (1 nC) 2 metros
para a direita (2,0). Em seguida, vamos colocar o medidor entre as duas cargas positivas,
no ponto (1,0). A figura a seguir ilustra o que deve ser feito:
Observe que o potencial elétrico é igual a 11,63 (faça você mesmo e anote o valor
que você encontrar).
165
Eletromagnetismo I
|𝑟⃗ − 𝑟⃗1′ | = 1
|𝑟⃗ − 𝑟⃗2′ | = √2
|𝑟⃗ − 𝑟⃗3′ | = 1
3
1 𝑞𝑖 1 1 ∙ 10−9 1 ∙ 10−9 1 ∙ 10−9
𝑉= ∑ = −12 [ − + ]
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′| 4 ∙ 𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10 1 √2 1
𝑖=1
1 𝜌𝑉
𝑉= ∭ 𝑑𝑉
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′|
𝑉
1 𝜌𝑆
𝑉= ∬ 𝑑𝑆
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′|
𝑆
1 𝜌𝑙
𝑉= ∫ 𝑑𝑙
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖 ′|
𝐿
166
Eletromagnetismo I
Solução:
𝑢 = ℎ2 + 𝑟 2
𝑑𝑢 = 2𝑟𝑑𝑟
𝑑𝑢
𝑟𝑑𝑟 =
2
1
𝜌𝑆 𝑢−2 𝑑𝑢 𝜌𝑆 √𝑢 𝜌𝑆 √ℎ2 + 𝑟 2 𝑎 𝜌𝑆
𝑉= ∫ = = [ = (√ℎ2 + 𝑎2 − ℎ)
2ϵo 2 2ϵo 2ϵo 0 2ϵo
𝜌𝑆 ℎ
𝐸⃗⃗ = (1 − ) 𝑧̂
2ϵo √𝑎 + ℎ2
2
167
Eletromagnetismo I
Dipolo elétrico
168
Eletromagnetismo I
Admita que a distância d entre as cargas elétricas é muito menor do que a distância
que as separa do ponto P (d << R). Assim, vamos determinar o campo elétrico em um
ponto P no espaço a partir da seguinte abordagem:
𝐸⃗⃗ = −∇𝑉
Em primeiro lugar, uma vez que d << R, podemos aproximar as distâncias das
cargas ao ponto P a retas paralelas:
169
Eletromagnetismo I
𝑉~1/𝑅
𝑉~1/𝑅2
Isso significa que o campo elétrico 𝐸⃗⃗ gerado pelo dipolo elétrico deva ser
proporcional a 1/R3.
𝐸⃗⃗ ~1/𝑅3
Solução:
𝑞𝑑 50 ∙ 10−6 ∙ 10 ∙ 10−6
𝐸⃗⃗ = 3 (2𝑐𝑜𝑠 𝜃 𝑅̂ + 𝑠𝑒𝑛 𝜃 θ̂) = (2𝑐𝑜𝑠 0 𝑅̂ + 𝑠𝑒𝑛 0 θ̂)
4𝜋ϵo 𝑅 4 ∙ 𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10−12 ∙ 33
=
= 0,33 𝑅̂ V/m
170
Eletromagnetismo I
Problema 25: Problema do quadrupolo elétrico ou dipolo back to back. Considere dois
dipolos elétricos como mostrado na figura:
Solução:
1 𝑞 𝑞 2𝑞 𝑞 1 1 2 𝑞 𝑅𝑅2 + 𝑅𝑅1 − 2𝑅1 𝑅2
𝑉= ( + − )= ( + − )= ( )
4𝜋ϵo 𝑅1 𝑅2 𝑅 4𝜋ϵo 𝑅1 𝑅2 𝑅 4𝜋ϵo 𝑅1 𝑅2 𝑅
=
171
Eletromagnetismo I
172
Eletromagnetismo I
Exercícios – Unidade 3
a) 8 C.
b) 4 C.
c) 2 C.
d) 1 C.
e) 0,5 C.
2) Uma carga elétrica 𝑞1 = -20 µC está posicionada em (-6,4,7) e uma carga elétrica
𝑞2 = 50 µC está posicionada em (5,8,-2), ambas no espaço livre (as medidas são dadas
em metros). Nesse caso, a força elétrica exercida sobre 𝑞1 por 𝑞2 é aproximadamente
igual a:
d) 0,4𝑦̂ + 7,7𝑧̂ N.
e) 21,5𝑥̂ N.
173
Eletromagnetismo I
e) 21,5𝑥̂ µN.
4) Uma carga de -0,3 µC está posicionada em (25,-30,15) cm, e uma segunda carga
de 0,5 µC em (-10,8,12) cm. O campo elétrico no ponto (15,20,50) cm é igual a:
a) −0,55𝑥̂ kV/m.
e) 320𝑧̂ kV/m.
174
Eletromagnetismo I
5) Considere dois anéis concêntricos de raios R e R’, no plano xy. O ponto P está
no eixo z (eixo central) a uma distância D do centro dos anéis, como mostrado na figura:
a) 0.
b) 1.
𝜌𝑙 𝑅 𝐷
c) 𝑧̂ .
2ϵo(𝑅 2 +𝐷2 )3/2
𝜌𝑙 𝑅 𝐷 𝜌𝑙 3𝑅 𝐷
d) 𝑧̂ − 𝑧̂ .
2ϵo(𝑅 2+𝐷 2)3/2 2ϵo(9𝑅 2 +𝐷2 )3/2
𝜌𝑙 3𝑅 𝐷
e) 𝑧̂ .
2ϵo(9𝑅 2 +𝐷2 )3/2
a) 8.237,4 kV ∙ m.
b) 655,32 kV ∙ m.
c) 9.039,55 kV ∙ m.
d) 12.943,6 kV ∙ m.
e) 0.
175
Eletromagnetismo I
7) Considere uma linha uniforme de cargas 𝜌𝑙 .em forma de anel, de raio a e sobre
o plano xy (z = 0). Nesse caso, a expressão para o potencial elétrico V em um ponto h
ao longo do eixo z (que passa pelo centro do anel) é dada por:
𝜌𝑙 𝑎
a) .
4𝜋ϵo √𝑎2 +ℎ2
𝜌𝑙 𝑎
b) .
2ϵo √𝑎2 +ℎ2
𝜌𝑙
c) .
4𝜋ϵo √𝑎2 +ℎ2
𝜌𝑙 𝑎
d) .
√𝑎2 +ℎ2
e) 0.
a) −1,35 𝑅̂ V/m.
b) 1,35 𝑅̂ V/m.
c) −0,33 𝑅̂ V/m.
d) 0,33 𝑅̂ V/m.
e) 0,03 𝑅̂ V/m.
176
Eletromagnetismo I
9) A força elétrica gerada por uma carga elétrica sobre uma carga prova de 150 mC
no ponto P é 𝐹⃗𝑒 = 30 𝑅̂ N. Determine o campo elétrico no ponto P.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________
177
Eletromagnetismo I
4 Densidade de Fluxo
Elétrico e Condições de
Contorno
178
Eletromagnetismo I
Objetivos da unidade:
Plano da unidade:
Bons estudos!
179
Eletromagnetismo I
180
Eletromagnetismo I
A maior parte dos condutores são metais com uma abundância de elétrons
disponíveis para condução. A condutividade nos metais depende da densidade de carga
e do espalhamento dos elétrons, devido a suas interações com a rede cristalina. Com o
aumento da temperatura, a condutividade decresce nos metais, pois há uma maior
vibração na rede cristalina, elevando a ocorrência do espalhamento.
Em um bom isolante (ou dielétrico) os elétrons estão fortemente ligados aos seus
átomos, não estando disponíveis para conduzir. Contudo, na presença de um campo
181
Eletromagnetismo I
elétrico muito intenso, os elétrons podem ser retirados das suas órbitas, ocorrendo a
condução. Esta tensão de ruptura em materiais isolantes é, portanto, um parâmetro
crítico, que deve ser considerado na presença de campos elétricos intensos.
Nos semicondutores, os elétrons estão fracamente ligados aos seus átomos e, com
a adição de energia térmica, se tornam disponíveis para condução. Quando o elétron é
puxado do seu átomo, ele deixa para trás um lugar vago, ou uma lacuna, que se
comporta como uma “carga positiva móvel”. Para o silício puro à temperatura ambiente,
o número de portadores de carga móvel, (elétrons e lacunas) é modesto, sendo a
condutividade baixa (da ordem de 10 -4 S/m). Com o aumento da temperatura,
entretanto, o número de portadores de carga aumenta rapidamente, aumentando a
condutividade (mesmo com o aumento das vibrações da rede cristalina). Outra forma
de aumentar a condutividade de um material semicondutor é adicionar intencionalmente
(ou dopar) impurezas que podem facilmente doar um portador de carga (essas
impurezas são chamadas de dopantes). O silício fortemente dopado pode atingir uma
condutividade da ordem de 104 S/m.
𝐽⃗ = 𝜎𝐸⃗⃗
182
Eletromagnetismo I
Problema 1: Um fio de cobre com condutividade de 5,8 ∙ 107 S/m está sujeito a um
campo elétrico de 20 𝑟̂ mV/m. Determine a densidade de corrente.
Solução:
183
Eletromagnetismo I
Nesse ponto podemos definir permissividade elétrica como sendo uma grandeza
física que descreve o quanto um campo elétrico afeta e é afetado por um material (ou
meio). A permissividade está diretamente relacionada com a susceptibilidade elétrica,
que determina o grau com o qual um material é suscetível (propenso) a polarização.
184
Eletromagnetismo I
⃗⃗ = ϵ 𝐸⃗⃗
𝐷
185
Eletromagnetismo I
ϵ = 𝜖𝑟 𝜖𝑜
Solução:
186
Eletromagnetismo I
O campo elétrico 𝐸⃗⃗ nos meios 1 e 2 podem ser escritos em termos das direções
tangenciais e normais:
∮ 𝐸⃗⃗ ∙ 𝑑𝑙⃗ = ∫ 𝐸⃗⃗𝑇1 ∙ 𝑑𝑙⃗ + ∫ 𝐸⃗⃗𝑁1 ∙ 𝑑𝑙⃗ + ∫ 𝐸⃗⃗𝑇2 ∙ 𝑑𝑙⃗ + ∫ 𝐸⃗⃗𝑁2 ∙ 𝑑𝑙⃗ = 0
𝐶
𝑎 𝑏 𝑐 𝑑
Ao longo do segmento ab, 𝐸⃗⃗𝑇1 e 𝑑𝑙⃗ têm mesmo sentido, já no seguimento cd, 𝐸⃗⃗𝑇2
e 𝑑𝑙⃗ têm sentidos opostos, logo:
187
Eletromagnetismo I
𝐸𝑇1 Δw − 𝐸𝑇2 Δw = 0
Portanto:
𝐸𝑇1 = 𝐸𝑇2
Ou seja, a componente tangencial do campo elétrico tem que ser contínua através
da fronteira entre os dois meios.
Assim:
𝜖1
𝐷𝑇1 = 𝐷𝑇2
𝜖2
⃗⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗ = 𝑄
∮ 𝐷
𝑆
⃗⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗ = 0
∮ 𝐷
𝑆
188
Eletromagnetismo I
Considere novamente dois meios (1 e 2). Vamos traçar uma superfície gaussiana,
como mostrado a seguir:
⃗⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗ = ∫ 𝐷
∮ 𝐷 ⃗⃗𝑁1 ∙ 𝑑𝑆⃗ + ∫ 𝐷
⃗⃗𝑁2 ∙ 𝑑𝑆⃗ + ∫ ⃗⃗⃗⃗
𝐷 ∙ 𝑑𝑆⃗ = 𝑄
𝑆
𝑡𝑜𝑝𝑜 𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙
⃗⃗𝑁1 ∙ 𝑑𝑆⃗ + ∫ 𝐷
∫𝐷 ⃗⃗𝑁2 ∙ 𝑑𝑆⃗ = 𝑄
𝑡𝑜𝑝𝑜 𝑏𝑎𝑠𝑒
Temos que as áreas das superfícies topo e base são iguais (ΔS), mas de sentidos
opostos (o vetor superfície topo aponta para cima + ΔS, enquanto o vetor superfície
base aponta para baixo - ΔS). Logo:
𝐷𝑁1 Δ𝑆 − 𝐷𝑁2 Δ𝑆 = 𝜌𝑆 Δ𝑆
Assim:
𝐷𝑁1 − 𝐷𝑁2 = 𝜌𝑆
189
Eletromagnetismo I
𝜖1 𝐸𝑁1 − 𝜖2 𝐸𝑁2 = 𝜌𝑆
Essa equação vale para qualquer que sejam os dois meios. Para o caso particular
em que os meios são dois dielétricos, temos que:
𝜌𝑆 = 0
Portanto:
𝐷𝑁1 − 𝐷𝑁2 = 0
𝐷𝑁1 = 𝐷𝑁2
Assim:
𝜖1 𝐸𝑁1 = 𝜖2 𝐸𝑁2
𝜖2
𝐸𝑁1 = 𝐸𝑁2
𝜖1
No caso de um dos meios ser condutor (por exemplo, o meio 2), temos que o campo
elétrico será:
𝐸⃗⃗2 = 0
190
Eletromagnetismo I
𝐸𝑇1 = 𝐸𝑇2 = 0
𝐷𝑇1 = 𝐷𝑇2 = 0
𝜖1 𝐸𝑁1 − 𝜖2 𝐸𝑁2 = 𝜌𝑆
𝜖1 𝐸𝑁1 = 𝜌𝑆
𝜌𝑆
𝐸𝑁1 =
𝜖1
𝐷𝑁1 − 𝐷𝑁2 = 𝜌𝑆
𝐷𝑁1 = 𝜌𝑆
191
Eletromagnetismo I
Problema 3: Considere um plano xy como uma fronteira livre de cargas que separa dois
meios dielétricos com permissividade relativa iguais a 𝜖𝑟1 = 3 e 𝜖𝑟2 = 6. Se o campo
elétrico no meio 2 é dado por 𝐸⃗⃗2 = 10 𝑥̂ + 5 𝑧̂ V/m, determine o campo elétrico na
fronteira do meio 1.
Solução:
𝐸𝑇2 = 10 𝑥̂
𝐸𝑁2 = 5 𝑧̂
𝐸𝑇1 = 𝐸𝑇2 = 10 𝑥̂
𝜖2 𝜖𝑟2 6
𝐸𝑁1 = 𝐸𝑁2 = 𝐸𝑁2 = 5 ∙ = 10 𝑧̂
𝜖1 𝜖𝑟1 3
𝐸⃗⃗1 = 10 𝑥̂ + 10 𝑧̂ V/m
Se o campo elétrico no meio 1 é 𝐸⃗⃗1 = 𝐸𝑥1 𝑥̂ + 𝐸𝑦1 𝑦̂ + 𝐸𝑧1 𝑧̂ , determine (a) o campo
elétrico 𝐸⃗⃗2 no meio 2e (b) os ângulos 𝜃1 e 𝜃2 .
192
Eletromagnetismo I
Solução:
(a) Temos:
𝐸𝑥2 = 𝐸𝑥1
𝐸𝑦2 = 𝐸𝑦1
𝐸𝑁1 = 𝐸𝑧1
𝜖1
𝐸𝑁2 = 𝐸𝑧2 = 𝐸𝑧1
𝜖2
Assim:
193
Eletromagnetismo I
1. O campo elétrico 𝐸⃗⃗ pode ser determinada pelo somatório ou pela integração
de cargas pontuais, linhas de cargas e outras configurações de cargas.
Entretanto, esse método requer que a função potencial seja conhecida em toda a
região de interesse (que geralmente não é conhecida a priori). Em vez disso, materiais
condutores na forma de planos, superfícies curvas ou linhas são normalmente
especificados, e o potencial sobre esses materiais é conhecido em relação a uma
referência (em geral, outro condutor). Nestes casos, a solução da equação de Laplace
é um método a partir do qual a função potencial 𝑉 pode ser obtida, uma vez
especificadas as condições (ou valor) de fronteira (ou de contorno) sobre os condutores
que delimitam a região de interesse.
194
Eletromagnetismo I
fronteira) para a função potencial e/ou sua derivada, determinaremos a função potencial
𝑉 e o campo elétrico 𝐸⃗⃗ associado.
𝐸⃗⃗ = −∇𝑉
Além disso, o campo elétrico 𝐸⃗⃗ pode ser usado para determinar a densidade de
⃗⃗:
fluxo elétrico 𝐷
⃗⃗ = ϵ 𝐸⃗⃗
𝐷
𝐷𝑁 = 𝜌𝑆
195
Eletromagnetismo I
os condutores vão sendo carregados, a diferença de potencial aumenta até se tornar igual
à diferença de potencial V entre os terminais da fonte de tensão.
Solução:
𝑄 60 ∙ 10−9
𝐶= = = 6 ∙ 10−9 = 6 nF
𝑉 10
196
Eletromagnetismo I
𝑄 ∭𝑉 𝜌𝑉 𝑑𝑉
Ф 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = ∮ 𝐸⃗⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗ = =
𝑆 ϵ ϵ
Ou seja:
∭𝑉 𝜌𝑉 𝑑𝑉
∮ 𝐸⃗⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗ =
𝑆 ϵ
Considere:
⃗⃗
𝐷
𝐸⃗⃗ =
ϵ
Substituindo:
⃗⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗ = ∭ 𝜌𝑉 𝑑𝑉
∮ 𝐷
𝑆
𝑉
⃗⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗ = ∭ ∇ ∙ 𝐷
∮ 𝐷 ⃗⃗ 𝑑𝑉
𝑆
𝑉
Assim:
⃗⃗ 𝑑𝑉 = ∭ 𝜌𝑉 𝑑𝑉
∭∇∙𝐷
𝑉 𝑉
197
Eletromagnetismo I
⃗⃗ = 𝜌𝑉
∇∙𝐷
Essa equação demonstra que a densidade de fluxo elétrico que atravessa um ponto
dessa superfície é igual a densidade de carga volumétrica naquele ponto. Naturalmente,
calculada a integral tripla em ambos os lados da equação, temos que o fluxo total
(integral da densidade de fluxo elétrico em toda a região de interesse) é igual a carga
elétrica total dentro dessa região.
Como:
𝐸⃗⃗ = −∇𝑉
⃗⃗ = ϵ 𝐸⃗⃗
𝐷
Chegamos em:
𝜌𝑉
∇ ∙ (−∇𝑉) =
ϵ
𝜌𝑉
∇2 𝑉 = −
ϵ
Que é a equação de Poisson. Essa equação mostra que o laplaciano escalar do
potencial elétrico é igual a menos a densidade de carga volumétrica nos condutores
dividida pela permissividade do meio dielétrico.
∇2 𝑉 = 0
198
Eletromagnetismo I
Todo problema físico deve conter pelo menos uma fronteira condutora
(normalmente ele contém duas ou mais). Os potenciais nessas fronteiras devem ser
conhecidos. Essas superfícies equipotenciais definidas fornecerão as condições de
fronteira para o tipo de problema a ser resolvido.
199
Eletromagnetismo I
200
Eletromagnetismo I
𝑑2 𝑉
=0
𝑑𝑧 2
Por integração direta:
𝑑𝑉
=𝐴
𝑑𝑧
Integrando novamente, temos:
𝑉(𝑧) = 𝐴 𝑧 + 𝐵
𝑉(0) = 0
𝑉(𝑑) = 𝑉𝑜
Assim:
𝑉(0) = 𝐴 ∙ 0 + 𝐵 = 0
𝐵=0
E:
𝑉(𝑑) = 𝐴 ∙ 𝑑 + 𝐵 = 𝑉𝑜
𝐴 ∙ 𝑑 + 0 = 𝑉𝑜
𝑉𝑜
𝐴=
𝑑
Substituindo:
𝑉𝑜
𝑉(𝑧) = 𝑧
𝑑
Que é a função potencial elétrico em qualquer ponto entre as placas condutoras.
201
Eletromagnetismo I
Observe que o campo elétrico aponta para z negativo, como mostrado na figura, e
sua magnitude é constante entre as placas condutoras.
⃗⃗ = ϵ 𝐸⃗⃗
𝐷
ϵ 𝑉𝑜
⃗⃗ = −
𝐷 𝑧̂
𝑑
Temos ainda que a componente normal (à placa condutora) da densidade de fluxo
elétrico é:
𝐷𝑁 = 𝜌𝑆
ϵ 𝑉𝑜
𝜌𝑆 =
𝑑
Considerando que as dimensões da área das placas sejam finitas dada por A,
entretanto sejam muito maior do que a distância entre as placas (A >> d). Nesse caso,
as soluções encontradas se mantêm válidas, uma vez que os planos podem ser
considerados infinitos. A carga elétrica total é dada então por:
𝑄 = 𝜌𝑆 𝐴
ϵ 𝑉𝑜 𝐴
𝑄=
𝑑
Por fim, a capacitância pode ser calculada como:
𝑄
𝐶=
𝑉𝑜
ϵ𝐴
𝐶=
𝑑
Como discutido anteriormente, a capacitância não depende nem da diferença de
potencial elétrico e nem da carga elétrica. Como pode ser observado, ele depende
apenas da geometria do capacitor e da permissividade do meio dielétrico.
202
Eletromagnetismo I
Solução:
(a)
𝑉𝑜 10
𝑉(𝑧) = 𝑧= 𝑧 = 500 𝑧 V
𝑑 20 ∙ 10−3
(b)
𝑉𝑜 10
𝐸⃗⃗ = − 𝑧̂ = − 𝑧̂ = −500 𝑧̂ V/m
𝑑 20 ∙ 10−3
(c)
ϵ 𝐴 5 ∙ 8,85 ∙ 10−12 ∙ 400 ∙ 10−4
𝐶= = = 8,85 ∙ 10−11 F
𝑑 20 ∙ 10−3
https://phet.colorado.edu/sims/html/capacitor-lab-basics/latest/capacitor-lab-basics_pt_BR.html
203
Eletromagnetismo I
204
Eletromagnetismo I
𝑉(𝑎) = 0
𝑉(𝑏) = 𝑉𝑜
Assim:
𝑉(𝑎) = 𝐴 ln 𝑎 + 𝐵 = 0
𝐴 ln 𝑎 + 𝐵 = 0
E:
𝑉(𝑏) = 𝐴 ln 𝑏 + 𝐵 = 𝑉𝑜
𝐴 ln 𝑏 + 𝐵 = 𝑉𝑜
𝐴 ln 𝑎 + 𝐵 = 0
𝐴 ln 𝑏 + 𝐵 = 𝑉𝑜
𝐴 ln 𝑏 − 𝐴 ln 𝑎 = 𝑉𝑜
𝐴 (ln 𝑏 − ln 𝑎) = 𝑉𝑜
𝐴 ln 𝑏/𝑎 = 𝑉𝑜
𝑉𝑜
𝐴=
ln 𝑏/𝑎
Assim:
𝑉𝑜 ln 𝑟 𝑉𝑜 ln 𝑎
𝑉(𝑟) = −
ln 𝑏/𝑎 ln 𝑏/𝑎
205
Eletromagnetismo I
Observe que o campo elétrico aponta para r negativo, como mostrado na figura, e
sua magnitude depende de r (a magnitude do campo elétrico não é constante, ela varia
com r). A equação mostra que a intensidade do campo elétrico é maior próximo a casca
interna e menor próximo a casca externa.
⃗⃗ = ϵ 𝐸⃗⃗
𝐷
ϵ 𝑉𝑜 1
⃗⃗ = −
𝐷 𝑟
̂
ln 𝑏/𝑎 𝑟
𝐷𝑁 = 𝜌𝑆
ϵ 𝑉𝑜 1
𝜌𝑆𝑖𝑛𝑡 =
ln 𝑏/𝑎 𝑎
ϵ 𝑉𝑜 1
𝜌𝑆𝑒𝑥𝑡 =
ln 𝑏/𝑎 𝑏
𝑄𝑖𝑛𝑡 = 𝑄𝑒𝑥𝑡
Considerando que as dimensões da área das cascas cilíndricas sejam finitas dada
por A, entretanto sejam muito maior do que a distância entre as cascas. Nesse caso, as
soluções encontradas se mantêm válidas, uma vez que as cascas podem ser consideradas
infinitas. A carga elétrica total é dada então por:
𝑄𝑖𝑛𝑡 = 𝜌𝑆𝑖𝑛𝑡 𝐴
206
Eletromagnetismo I
𝑄𝑒𝑥𝑡 = 𝜌𝑆𝑒𝑥𝑡 𝐴
207
Eletromagnetismo I
Solução:
(a)
𝑉𝑜 ln 𝑟 𝑉𝑜 ln 𝑎 10 ln 𝑟 10 ln(2 ∙ 10−3 )
𝑉(𝑟) = − = − = 14,43 ln 𝑟 + 89,66 V
ln 𝑏/𝑎 ln 𝑏/𝑎 ln(4/2) ln(4/2)
(b)
𝑉𝑜 1 10 1 14,43
𝐸⃗⃗ = − 𝑟̂ = − 𝑟̂ = − 𝑟̂ V/m
ln 𝑏/𝑎 𝑟 ln(4/2) 𝑟 𝑟
(c)
2𝜋𝐿 ϵ 2 ∙ 𝜋 ∙ 60 ∙ 10−2 ∙ 3 ∙ 8,85 ∙ 10−12
𝐶= = = 1,44 ∙ 10−10 F
ln 𝑏/𝑎 ln(4/2)
Vamos agora estudar o problema do capacitor esférico, o qual pode ser resolvido
considerando o sistema de coordenadas esféricas.
208
Eletromagnetismo I
209
Eletromagnetismo I
𝑉(𝑎) = 𝑉𝑜
𝑉(𝑏) = 0
Assim:
𝐴
𝑉(𝑎) = − + 𝐵 = 𝑉𝑜
𝑎
𝐴
− + 𝐵 = 𝑉𝑜
𝑎
E:
𝐴
𝑉(𝑏) = − +𝐵=0
𝑏
𝐴
− +𝐵 = 0
𝑏
Temos o seguinte sistema de equações:
𝐴
− + 𝐵 = 𝑉𝑜
𝑎
𝐴
− +𝐵 = 0
𝑏
Fazendo a segunda equação menos a primeira equação, temos:
𝐴 𝐴
− + = −𝑉𝑜
𝑏 𝑎
1 1
𝐴 ( − ) = −𝑉𝑜
𝑎 𝑏
𝑉𝑜
𝐴=−
1 1
( − )
𝑎 𝑏
Substituindo na segunda equação:
𝑉𝑜
1 1
(𝑎 − )
𝑏 +𝐵 = 0
𝑏
𝑉𝑜 /𝑏
𝐵=−
1 1
( − )
𝑎 𝑏
210
Eletromagnetismo I
Assim:
𝑉𝑜 /𝑅 𝑉𝑜 /𝑏
𝑉(𝑅) = −
1 1 1 1
( − ) ( − )
𝑎 𝑏 𝑎 𝑏
𝑉 𝑉
( 𝑜 − 𝑜)
𝑉(𝑅) = 𝑅 𝑏
1 1
( − )
𝑎 𝑏
Que é a função potencial elétrico em qualquer ponto entre as cascas esféricas
condutoras.
⃗⃗ = ϵ 𝐸⃗⃗
𝐷
ϵ 𝑉𝑜 1
⃗⃗ =
𝐷 𝑅̂
1 1 𝑅2
( − )
𝑎 𝑏
Temos ainda que a componente normal (à casca condutora) da densidade de fluxo
elétrico é:
𝐷𝑁 = 𝜌𝑆
211
Eletromagnetismo I
ϵ 𝑉𝑜 1
𝜌𝑆𝑖𝑛𝑡 =
1 1
( − ) 𝑎2
𝑎 𝑏
ϵ 𝑉𝑜 1
𝜌𝑆𝑒𝑥𝑡 =
1 1
( − ) 𝑏2
𝑎 𝑏
Apesar de as densidades de cargas serem diferentes, a carga elétrica total nos
condutores externos e internos devem ser as mesmas:
𝑄𝑖𝑛𝑡 = 𝑄𝑒𝑥𝑡
𝑄𝑖𝑛𝑡 = 𝜌𝑆𝑖𝑛𝑡 𝐴
𝑄𝑒𝑥𝑡 = 𝜌𝑆𝑒𝑥𝑡 𝐴
212
Eletromagnetismo I
4𝜋 ϵ
𝐶=
1 1
( − )
𝑎 𝑏
Observe novamente que a capacitância não depende nem da diferença de potencial
elétrico e nem da carga elétrica, dependendo apenas da geometria do capacitor e da
permissividade do meio dielétrico.
Solução:
(a)
𝑉𝑜 𝑉𝑜 10 10 10
− )( ( − ) ( − 2500)
𝑅 𝑏 𝑅 4 ∙ 10−3
𝑉(𝑅) = = = 𝑅 V
1 1 1 1 250
( − ) ( −3 − −3 )
𝑎 𝑏 2 ∙ 10 4 ∙ 10
(b)
𝑉𝑜 1 10 1 0,04
𝐸⃗⃗ = 𝑅̂ = ̂ ̂
2 𝑅 = 𝑅 2 𝑅 V/m
1 1 𝑅2 1 1 𝑅
( − ) ( − )
𝑎 𝑏 2 ∙ 10−3 4 ∙ 10−3
(c)
4𝜋 ϵ 4 ∙ 𝜋 ∙ 3 ∙ 8,85 ∙ 10−12
𝐶= = = 1,33 ∙ 10−12 F
1 1 1 1
( − ) ( − )
𝑎 𝑏 2 ∙ 10−3 4 ∙ 10−3
213
Eletromagnetismo I
O potencial elétrico:
𝑉𝑜 𝑎
𝑉(𝑅) =
𝑅
O campo elétrico:
𝑉𝑜 𝑎
𝐸⃗⃗ = 𝑅̂
𝑅2
A capacitância:
𝐶 = 4𝜋 ϵ a
Solução:
(a)
𝑉𝑜 𝑎 10 ∙ 5 ∙ 10−3 5 ∙ 10−2
𝑉(𝑅) = = = V
𝑅 𝑅 𝑅
(b)
𝑉𝑜 𝑎 10 ∙ 5 ∙ 10−3 5 ∙ 10−2
𝐸⃗⃗ = 2 𝑅̂ = 2 𝑅̂ = 𝑅̂ V/m
𝑅 𝑅 𝑅2
(c)
214
Eletromagnetismo I
Exercícios – Unidade 4
2) Um fio de ferro com condutividade de 107 S/m está sujeito a um campo elétrico
de 40 𝑟̂ mV/m. A densidade de corrente elétrica é igual a:
a) 5 ∙ 10−3 A/m2.
b) 4 ∙ 105 A/m2 .
c) 40 ∙ 107 A/m2 .
d) 50 ∙ 10−5 A/m2.
215
Eletromagnetismo I
e) 15 ∙ 106 𝑦̂ C/m2 .
e) 0.
a) 2 𝑥̂ + 3 ŷ + 3 𝑧̂ V/m.
b) 2 𝑥̂ − 3 ŷ + 12 𝑧̂ V/m.
c) −2 𝑥̂ + 3 ŷ − 3 𝑧̂ V/m.
d) 8 𝑥̂ − 12 ŷ + 12 𝑧̂ V/m.
e) 0
216
Eletromagnetismo I
a) 25 nF.
b) 20 nF.
c) 15 nF.
d) 10 nF.
e) 5 nF.
a) 8,85 ∙ 10−11 F.
b) 8,85 ∙ 10−10 F.
c) 8,85 ∙ 10−9 F.
d) 8,85 ∙ 10−8 F.
e) 8,85 ∙ 10−7 F.
217
Eletromagnetismo I
a) 1,44 ∙ 10−11 F.
b) 8,85 ∙ 10−11 F.
c) 6,4 ∙ 10−11 F.
d) 1,44 ∙ 10−12 F.
e) 6,4 ∙ 10−10 F.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
218
Eletromagnetismo I
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
219
Eletromagnetismo I
5 Campo Magnetostático
e Lei de Ampére
220
Eletromagnetismo I
Objetivos da unidade:
Plano da unidade:
Corrente elétrica.
Lei de Ampére.
Bons estudos!
221
Eletromagnetismo I
222
Eletromagnetismo I
Observe que a corrente elétrica em um fio induz uma densidade de fluxo magnético
que forma loops circulares ao redor desse fio. Ou seja, a direção da densidade de fluxo
elétrico é tangencial (direção de ϕ) ao círculo em torno da corrente.
Por outro lado, se os fios formassem um loop circular (loop de corrente), também
chamada de espira, então a densidade de fluxo magnético atravessaria o centro dessa
espira.
223
Eletromagnetismo I
𝜇 = 𝜇𝑟 𝜇𝑜
224
Eletromagnetismo I
Solução:
É importante observar que existe uma analogia entre as formulações obtidas para
o campo elétrico com as que serão determinadas para o campo magnético:
Corrente elétrica
225
Eletromagnetismo I
𝐽⃗ = 𝜌𝑉 𝑣⃗
Nas Unidades anteriores, aprendemos que se houver uma fonte de campo elétrico
(uma carga elétrica ou um dipolo elétrico, por exemplo) no interior de uma superfície
fechada, então haverá um fluxo elétrico através dessa superfície. Isso significa que uma
fonte de campo elétrico produz linhas de campos que são direcionais (o fluxo elétrico
é direcional). No caso de haver uma fonte de campo magnético (um dipolo magnético)
no interior de uma superfície fechada, o fluxo líquido através dessa superfície será zero
(as linhas que saem retornam, ou seja, não possuem começo nem fim). Observe as linhas
de 𝐵⃗⃗ para diferentes superfícies gaussianas:
Fonte: http://ensinoadistancia.pro.br/
226
Eletromagnetismo I
Em uma barra imantada, as linhas de campo saem do polo norte e entram no polo
sul. A aparência dessas linhas é semelhante a de um dipolo elétrico, daí o nome dipolo
magnético.
Aprendemos então que o fluxo do campo magnético é nulo e que a corrente elétrica
forma loop de corrente (forma um percurso fechado). Matematicamente:
𝑑𝑄
𝐼 = ∮ 𝐽⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗ = −
𝑆 𝑑𝑡
Em que I é a corrente elétrica líquida, medida em ampere (A). Observe que o fluxo
magnético através de uma área é acompanhado por uma redução da carga elétrica ao
longo do tempo.
𝑑𝑄
∮ 𝐽⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗ = ∭ ∇ ∙ 𝐽⃗ 𝑑𝑉 = −
𝑆 𝑑𝑡
𝑉
Assim:
𝑑𝑄 𝑑𝜌𝑉
∭ ∇ ∙ 𝐽⃗ 𝑑𝑉 = − = −∭ 𝑑𝑉
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑉 𝑉
Logo:
𝑑𝜌𝑉
∇ ∙ 𝐽⃗ = −
𝑑𝑡
Essa equação é denominada Equação da Continuidade de Carga Elétrica.
∇ ∙ 𝐽⃗ = 0
É importante destacar que os campos que têm divergente nulo são ditos
solenoidais.
227
Eletromagnetismo I
Solução:
(a)
(b)
4 3 2
228
Eletromagnetismo I
Sem corrente elétrica percorrendo o fio, a força magnética é igual a zero (e o fio se
mantém na posição vertical). Quando se aplica uma corrente sobre o fio, ele se deflete
para a esquerda (direção de −𝑦̂) se a direção da corrente for para cima (direção de +𝑧̂ ),
e ele se deflete para a direita (direção de +𝑦̂) se a direção da corrente for para baixo
(direção de −𝑧̂ ).
Considere dois loops de corrente (fio condutor percorrido por corrente formando
um percurso fechado) a uma distância 𝑅 𝑅̂ entre eles, em que 𝑅 𝑅̂ representa o vetor
deslocamento do elemento de corrente, isto é, o vetor distância entre 𝐼1 𝑑𝑙⃗1 e 𝐼2 𝑑𝑙⃗2.
229
Eletromagnetismo I
Temos que:
𝑅 𝑅̂ = 𝑟⃗ − 𝑟⃗′
𝜇𝑜 𝐼1 𝑑𝑙⃗1 × 𝑅̂
⃗⃗ =
𝐵 ∮
4𝜋 𝑅2
𝐶1
𝐹⃗𝑚 = ∮ 𝐼2 𝑑𝑙⃗2 × 𝐵
⃗⃗
𝐶2
Considere um fio que forma um loop fechado percorrido por uma corrente elétrica
𝐼 e sendo colocado em um campo magnético 𝐵 ⃗⃗ externo que seja uniforme (constante),
conforme mostrado na figura:
230
Eletromagnetismo I
𝐹⃗𝑚 = ∮ 𝐼 𝑑𝑙⃗ × 𝐵
⃗⃗ = 𝐼 (∮ 𝑑𝑙⃗) × 𝐵
⃗⃗ = 𝐼 ∙ 0 ∙ 𝐵
⃗⃗ = 0
𝐶 𝐶
Considere agora um fio não-retilíneo e aberto (que não forma um loop fechado),
colocado na presença de um campo magnético uniforme, tal como mostrado a seguir:
231
Eletromagnetismo I
𝑏 𝑏
𝐹⃗𝑚 = ∫ 𝐼 𝑑𝑙⃗ × 𝐵
⃗⃗ = 𝐼 (∫ 𝑑𝑙⃗) × 𝐵
⃗⃗ = 𝐼 𝑙⃗ × 𝐵
⃗⃗
𝑎 𝑎
⃗⃗ = 𝐵𝑜 𝑦̂. Determine
O circuito fechado é colocado em um campo magnético uniforme 𝐵
(a) a força magnética na seção retilínea do fio e (b) a força magnética na seção curva
do fio.
Solução:
𝐹⃗𝑚 = ∫ 𝐼 𝑑𝑙⃗ × 𝐵
⃗⃗ = 𝐼 𝑙⃗ × 𝐵
⃗⃗ = 𝐼 2𝑟 𝑥̂ × 𝐵𝑜 𝑦̂ = 𝐼 2𝑟 𝐵𝑜 𝑧̂ N
𝑎
|𝑑𝑙⃗ × 𝐵
⃗⃗ | = |𝑑𝑙⃗| |𝐵
⃗⃗ | 𝑠𝑒𝑛 ϕ = 𝑟 𝑑ϕ 𝐵𝑜 𝑠𝑒𝑛 ϕ
232
Eletromagnetismo I
𝐹⃗𝑚 = ∫ 𝐼 𝑑𝑙⃗ × 𝐵
⃗⃗ = 𝐼 ∫ 𝑟 𝑑ϕ 𝐵𝑜 𝑠𝑒𝑛 ϕ (−𝑧̂ ) = −𝐼 𝐵𝑜 𝑟 ∫ 𝑠𝑒𝑛 ϕ 𝑑ϕ 𝑧̂ =
0 0 0
= −𝐼 𝐵𝑜 𝑟 2 𝑧̂ = −𝐼 2𝑟 𝐵𝑜 𝑧̂ N
Observe que, se somarmos as duas forças (do exercício a com a do exercício b), temos
que:
𝐹⃗𝑚 = 𝐼 2𝑟 𝐵𝑜 𝑧̂ − 𝐼 2𝑟 𝐵𝑜 𝑧̂ = 0
𝜇𝑜 𝐼1 𝑑𝑙⃗1 × 𝑅 𝑅̂
⃗⃗ =
𝐵 ∮
4𝜋 𝑅3
𝐶1
⃗⃗ é
A Lei de Biot-Savart enuncia que em qualquer ponto P, o campo magnético 𝐵
diretamente proporcional à corrente fonte e inversamente proporcional ao quadrado da
distância do elemento de corrente prova no ponto P. A direção do campo magnético é
perpendicular ao longo do plano formado pelo elemento de corrente 𝐼 𝑑𝑙⃗ e o vetor
deslocamento 𝑅 𝑅̂. O sentido é dado pela Regra da Mão Direita.
Matematicamente:
233
Eletromagnetismo I
Ou seja:
𝜇𝑜 𝐽⃗ 𝑑𝑉 × (𝑟⃗ − 𝑟⃗′)
⃗⃗ =
𝐵 ∫
4𝜋 |𝑟⃗ − 𝑟⃗′|3
𝐶
Observe a aplicação da regra da mão direita para os dois pontos da figura a seguir:
Para qualquer ponto acima do fio, a regra da mão direita mostra que a densidade
de fluxo magnético terá sentido “saindo da página”, enquanto em qualquer ponto abaixo
do fio, o sentido será “entrando na página”.
234
Eletromagnetismo I
Temos que:
𝐼 𝑑𝑙⃗ = 𝐼 𝑑𝑧 𝑧̂
E:
𝑟⃗ = 𝑟 𝑟̂
𝑟⃗ ′ = 𝑧 𝑧̂
Assim:
𝑟⃗ − 𝑟⃗′ = 𝑟 𝑟̂ − 𝑧 𝑧̂
|𝑟⃗ − 𝑟⃗′| = √𝑟 2 + 𝑧 2
Substituindo:
+∞
𝜇𝑜 𝐼 𝑑𝑧 𝑧̂ × (𝑟 𝑟̂ − 𝑧 𝑧̂ )
⃗⃗ =
𝐵 ∫
4𝜋 (𝑟 2 + 𝑧 2 )3/2
−∞
235
Eletromagnetismo I
+∞
𝜇𝑜 𝐼 𝑟 1
⃗⃗ =
𝐵 ∫ 2 ̂
𝑑𝑧 ϕ
4𝜋 (𝑟 + 𝑧 2 )3/2
−∞
Assim:
+∞
𝜇𝑜 𝐼 𝑟 1 𝜇 𝐼 𝑧 +∞ 𝜇 𝐼
⃗⃗ =
𝐵 ∫ 2 ̂= 𝑜
𝑑𝑧 ϕ [ ̂ = 𝑜 2ϕ
ϕ ̂
4𝜋 (𝑟 + 𝑧 2 )3/2 4𝜋 𝑟 √𝑟 2 + 𝑧 2 −∞ 4𝜋 𝑟
−∞
Resultando em:
𝜇𝑜 𝐼
⃗⃗ =
𝐵 ̂
ϕ
2𝜋 𝑟
Que representa a densidade de fluxo magnético em um ponto a uma distância r do
fio infinitamente longo.
Solução:
𝜇𝑜 𝐼 4𝜋 ∙ 10−7 ∙ 40 ∙ 10−3
⃗⃗ =
𝐵 ̂=
ϕ ̂ = 2 ∙ 10−8 ϕ
ϕ ̂T
2𝜋 𝑟 2𝜋 ∙ 0,4
-Espira circular:
Considere uma espira circular (loop circular) de raio a que conduz uma corrente
̂ . Vamos calcular a densidade de fluxo magnético 𝐵
elétrica contínua 𝐼 ϕ ⃗⃗ em um ponto
sobre o eixo da espira. Considere a espira colocada sobre o plano xy, como mostrado
na figura a seguir:
236
Eletromagnetismo I
̂ , a densidade de fluxo
Se imaginarmos um plano formado entre 𝑅 𝑅̂ e 𝐼 𝑎 𝑑ϕ ϕ
magnético é perpendicular a esse plano. Observe na figura que a componente na direção
de 𝑟̂ da densidade de fluxo magnético é anulada por simetria, portanto 𝐵 ⃗⃗ só possui
componente na direção de 𝑧̂ .
Temos que:
𝐼 𝑑𝑙⃗ = 𝐼 𝑎 𝑑ϕ ϕ
̂
𝑟⃗ − 𝑟⃗ ′ = 𝑧 𝑧̂ − 𝑎 𝑟̂
Substituindo:
2𝜋
̂ × (𝑧 𝑧̂ − 𝑎 𝑟̂ )
𝜇𝑜 𝐼 𝑎 𝑑ϕ ϕ
⃗⃗ =
𝐵 ∫
4𝜋 (𝑧 + 𝑎2 )3/2
2
0
2𝜋
𝜇𝑜 𝐼 𝑎 𝑧 𝑟̂ + 𝑎 𝑧̂
⃗⃗ =
𝐵 ∫ 2 𝑑ϕ
4𝜋 (𝑧 + 𝑎2 )3/2
0
237
Eletromagnetismo I
𝜇𝑜 𝐼 𝑎 2𝜋 𝑎
⃗⃗ =
𝐵 𝑧̂
4𝜋 (𝑧 2 + 𝑎2 )3/2
𝜇𝑜 𝐼 𝑎 2
⃗⃗ =
𝐵 𝑧̂
2(𝑧 2 + 𝑎2 )3/2
Solução:
(a)
𝜇𝑜 𝐼 4𝜋 ∙ 10−7 ∙ 0,5
⃗⃗ =
𝐵 𝑧̂ = 𝑧̂ = 1,05 𝑧̂ µT
2𝑎 2 ∙ 30 ∙ 10−2
(b)
𝜇𝑜 𝐼 𝑎 2 4𝜋 ∙ 10−7 ∙ 0,5 ∙ 900 ∙ 10−4
⃗⃗ =
𝐵 𝑧̂ = 𝑧̂ = 3,42 𝑧̂ nT
2
2(𝑧 + 𝑎 )2 3/2 2 ∙ (22 + 900 ∙ 10−4 )3/2
⃗⃗ (𝑧) = 𝐵
𝐵 ⃗⃗ (−𝑧)
238
Eletromagnetismo I
longo do eixo z (eixo da espira) a densidade de fluxo magnético aponta sempre para
cima (sentido positivo de z), tanto abaixo quanto acima da espira.
Fonte: https://educacao.uol.com.br/
Para um dipolo elétrico, em que z >> d, o campo elétrico ao longo do eixo z é dado
por:
𝑞𝑑
𝐸⃗⃗ = 𝑧̂
2𝜋ϵo |𝑧|3
𝑝⃗ = 𝑞𝑑 𝑧̂
Assim:
𝑝⃗
𝐸⃗⃗ =
2𝜋ϵo |𝑧|3
239
Eletromagnetismo I
𝜇𝑜 𝐼 𝜋𝑎2
⃗⃗ =
𝐵 𝑧̂
2𝜋|𝑧|3
⃗⃗⃗ = 𝐼 𝜋𝑎2 𝑧̂
𝑚
Assim:
⃗⃗⃗
𝜇𝑜 𝑚
⃗⃗ =
𝐵
2𝜋|𝑧|3
Lei de Ampére
⃗⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗ = 0
∮ 𝐵
𝑆
⃗⃗ ∙ 𝑑𝑙⃗ = 𝜇𝑜 𝐼𝑓𝑙𝑢𝑖
𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎çã𝑜 = ∮ 𝐵
𝐶
⃗⃗ = 𝜇𝑜 𝐻
𝐵 ⃗⃗
240
Eletromagnetismo I
⃗⃗ = 𝜇 𝐻
𝐵 ⃗⃗
⃗⃗ ∙ 𝑑𝑙⃗ = 𝐼𝑓𝑙𝑢𝑖
∮ 𝐻
𝐶
⃗⃗
Assim, a Lei de Ampére demonstra que a integral de linha do campo magnético 𝐻
em torno de um percurso fechado C é igual à corrente transversal ao plano em que o
percurso está contido.
⃗⃗ na direção do
A integral de linha nos leva a multiplicar o componente de 𝐻
caminho por um pequeno incremento de comprimento em um ponto do caminho, e
também faz com que nos movemos ao longo do caminho até o próximo comprimento
diferencial, repetindo o procedimento e continuando até que o caminho seja totalmente
percorrido.
241
Eletromagnetismo I
⃗⃗ ∙ 𝑑𝑙⃗ = ∮ ∇ × 𝐻
∮ 𝐻 ⃗⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗
𝐶 𝑆
Logo:
Assim:
⃗⃗ = 𝐽⃗
∇×𝐻
2. ⃗⃗.
Escolher o contorno C (contorno amperiano) que acompanhe a simetria de 𝐻
3. ⃗⃗ igualando-a com I.
Calcular a circulação do campo 𝐻
242
Eletromagnetismo I
Um fio infinitamente longo sobre o eixo z é percorrido por uma corrente elétrica
contínua I uniformemente distribuída ao longo de sua seção reta (não varia com z).
Vamos determinar o campo magnético 𝐻 ⃗⃗ em um ponto a uma distância r do fio.
𝑑𝑙⃗ = 𝑟 𝑑ϕ ϕ
̂
Logo:
⃗⃗ ∙ 𝑑𝑙⃗ = 𝐼𝑓𝑙𝑢𝑖 = 𝐼
∮ 𝐻
𝐶
2𝜋
̂ ∙ 𝑟 𝑑ϕ ϕ
∫ 𝐻(𝑟) ϕ ̂=𝐼
0
2𝜋
∫ 𝐻(𝑟) 𝑟 𝑑ϕ = 𝐼
0
𝐻(𝑟) 𝑟 2π = I
𝐼
𝐻(𝑟) =
2𝜋𝑟
Assim:
𝐼
⃗⃗ =
𝐻 ̂
ϕ
2𝜋𝑟
Podemos obter a densidade de fluxo magnético a partir de:
⃗⃗ = 𝜇𝑜 𝐻
𝐵 ⃗⃗
𝜇𝑜 𝐼
⃗⃗ =
𝐵 ̂
ϕ
2𝜋 𝑟
Que é a mesma solução encontrada via Lei de Biot-Savart.
243
Eletromagnetismo I
Solução:
𝐼 10
⃗⃗ =
𝐻 ̂=
ϕ ̂ = 31,83 ϕ
ϕ ̂ A/m
2𝜋𝑟 2𝜋 ∙ 5 ∙ 10−2
244
Eletromagnetismo I
̂
⃗⃗ = 𝐻(𝑟) ϕ
𝐻
̂ , ou seja, circular o fio infinito
Um contorno amperiano deve então ter direção de ϕ
(variação e 0 a 2π). Um comprimento diferencial desse percurso será então um
comprimento diferencial de arco (de uma circunferência de raio r):
𝑑𝑙⃗ = 𝑟 𝑑ϕ ϕ
̂
Temos que a densidade de corrente elétrica (no caso de a corrente elétrica ser
uniformemente distribuída ao longo da seção transversal da linha coaxial) é dada por:
𝐼
𝐽⃗𝑖𝑛𝑡 = ẑ
𝐴
Em que A representa a área da seção transversal da linha coaxial. Assim, para o
condutor interno, temos:
𝐼
𝐽⃗𝑖𝑛𝑡 = ẑ
𝜋𝑎2
E para o condutor externo (coroa), temos:
𝐼
𝐽⃗𝑒𝑥𝑡 = 𝐽⃗𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = − ẑ
𝜋(𝑐 2 − 𝑏2 )
𝐼𝑓𝑙𝑢𝑖 = ∫ 𝐽⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗
𝑆
Observe que o cálculo da corrente que flui, em geral, deve ser feito utilizando a
integral da densidade de corrente. A utilização de uma simples regra de três só seria
válida caso a densidade de corrente seja uniforme (não varie ao longo da seção
transversal).
245
Eletromagnetismo I
𝐼 2𝜋𝑟 2 𝐼𝑟 2
𝐼𝑓𝑙𝑢𝑖 = =
𝜋𝑎2 2 𝑎2
Assim, para r < a (condutor interno):
2𝜋
𝐼𝑟 2
̂ ∙ 𝑟 𝑑ϕ ϕ
∫ 𝐻(𝑟) ϕ ̂=
𝑎2
0
𝐼𝑟 2
𝐻(𝑟) 𝑟 2π =
𝑎2
𝐼𝑟
𝐻(𝑟) =
2π 𝑎2
Logo:
𝐼𝑟
⃗⃗ =
𝐻 ̂
ϕ
2π 𝑎2
Para a < r < b (região dielétrica entre os dois condutores):
𝐼𝑓𝑙𝑢𝑖 = 𝐼
𝐻(𝑟) 𝑟 2π = I
𝐼
𝐻(𝑟) =
2𝜋𝑟
Logo:
𝐼
⃗⃗ =
𝐻 ̂
ϕ
2𝜋𝑟
Para b < r < c (condutor externo ou coroa):
2𝜋 𝑟 2𝜋 𝑟
𝐼
𝐼𝑓𝑙𝑢𝑖 = 𝐼 + ∫ ∫ 𝐽⃗𝑒𝑥𝑡 ∙ 𝑑𝑆⃗ = 𝐼 − ∫ ∫ ẑ ∙ 𝑟 𝑑𝑟 𝑑ϕ ẑ
𝜋(𝑐 2 − 𝑏2 )
0 0 0 0
2𝜋 𝑟
𝐼 2𝜋𝑟 2 𝐼
𝐼𝑓𝑙𝑢𝑖 = 𝐼 − ∫ ∫ 𝑟 𝑑𝑟 𝑑ϕ = 𝐼 −
𝜋(𝑐 2 2
−𝑏 ) 2𝜋(𝑐 2 − 𝑏2 )
0 0
𝑟2𝐼 𝐼(𝑐 2 − 𝑟 2 )
𝐼𝑓𝑙𝑢𝑖 =𝐼− 2 =
(𝑐 − 𝑏2 ) (𝑐 2 − 𝑏2 )
246
Eletromagnetismo I
Logo:
𝐼 (𝑐 2 − 𝑟 2 )
⃗⃗ =
𝐻 ̂
ϕ
2𝜋𝑟 (𝑐 2 − 𝑏2 )
𝐼𝑓𝑙𝑢𝑖 = 𝐼 − 𝐼 = 0
Logo:
⃗⃗ = 0
𝐻
Solução:
Observe que o ponto se situa no condutor externo (20 < 22 < 25). Assim:
𝐼 (𝑐 2 − 𝑟 2 ) 10 ∙ 141
⃗⃗ =
𝐻 ̂=
ϕ ̂ = 45,3 ϕ
ϕ ̂ A/m
2𝜋𝑟 (𝑐 2 − 𝑏2 ) 2𝜋 ∙ 22 ∙ 10−3 ∙ 225
-Solenoide:
247
Eletromagnetismo I
Nesse caso, a corrente total (produzida pela soma das correntes de cada espira) será
dada por 𝐼𝑠𝑜𝑙𝑒𝑛𝑜𝑖𝑑𝑒 = 𝑁 ∙ 𝐼.
⃗⃗ em um ponto de altura h a partir
Vamos medir a densidade de fluxo magnético 𝐵
da base do solenoide (z = 0).
Para 1 espira:
𝜇𝑜 𝐼 𝑎 2
⃗⃗𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎 =
𝐵 𝑧̂
2(𝑧 2 + 𝑎2 )3/2
A corrente total por unidade de comprimento de espira é dada por 𝑁𝐼/𝐿. Assim,
em um elemento diferencial de comprimento de espira ao longo de z:
𝑁𝐼
𝑑𝐼 = 𝑑𝑧
𝐿
248
Eletromagnetismo I
Dessa forma, o campo 𝐵⃗⃗ produzido por um solenoide pode ser obtido a partir do
⃗⃗
campo 𝐵 produzido por uma espira, a partir de:
𝐿 𝐿 𝐿
𝜇𝑜 𝑑𝐼 𝑎2 𝜇𝑜 𝑁𝐼 𝑑𝑧 𝑎2
⃗⃗𝑠𝑜𝑙𝑒𝑛𝑜𝑖𝑑𝑒 = ∫ 𝐵
𝐵 ⃗⃗𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎 = ∫ 𝑧̂ = ∫ 𝑧̂
2 2
2((ℎ − 𝑧) + 𝑎 ) 3/2 2𝐿 ((ℎ − 𝑧)2 + 𝑎2 )3/2
0 0 0
𝐿
𝜇𝑜 𝑁𝐼 𝑎2 1
⃗⃗𝑠𝑜𝑙𝑒𝑛𝑜𝑖𝑑𝑒 =
𝐵 ∫ 𝑑𝑧 𝑧̂
2𝐿 ((ℎ − 𝑧) + 𝑎2 )3/2
2
0
Sabendo que:
1 ℎ−𝑧
∫ =−
((ℎ − 𝑧)2 + 𝑎2 )3/2 𝑎 √(ℎ − 𝑧)2 + 𝑎2
2
Então:
𝜇𝑜 𝑁𝐼 𝑎2 ℎ−𝑧 𝐿
⃗⃗𝑠𝑜𝑙𝑒𝑛𝑜𝑖𝑑𝑒 = −
𝐵 [ 𝑧̂
2𝐿 𝑎2 √(ℎ − 𝑧)2 + 𝑎2 0
𝜇𝑜 𝑁𝐼 ℎ−𝐿 ℎ
⃗⃗𝑠𝑜𝑙𝑒𝑛𝑜𝑖𝑑𝑒 = −
𝐵 [ − ] 𝑧̂
2𝐿 √(ℎ − 𝐿)2 + 𝑎2 √ℎ2 + 𝑎2
𝜇𝑜 𝑁𝐼 ℎ ℎ−𝐿
⃗⃗𝑠𝑜𝑙𝑒𝑛𝑜𝑖𝑑𝑒 =
𝐵 [ − ] 𝑧̂
2𝐿 √ℎ + 𝑎
2 2 √(ℎ − 𝐿)2 + 𝑎2
249
Eletromagnetismo I
𝜇𝑜 𝑁𝐼 𝐿/2 −𝐿/2
⃗⃗𝑠𝑜𝑙𝑒𝑛𝑜𝑖𝑑𝑒 =
𝐵 [ − ] 𝑧̂
2𝐿 √(𝐿/2)2 + 𝑎2 √(𝐿/2)2 + 𝑎2
𝜇𝑜 𝑁𝐼 𝐿
⃗⃗𝑠𝑜𝑙𝑒𝑛𝑜𝑖𝑑𝑒 =
𝐵 𝑧̂
2𝐿 √(𝐿/2)2 + 𝑎2
𝜇𝑜 𝑁𝐼
⃗⃗𝑠𝑜𝑙𝑒𝑛𝑜𝑖𝑑𝑒 =
𝐵 𝑧̂
2√(𝐿/2)2 + 𝑎2
⃗⃗𝑠𝑜𝑙𝑒𝑛𝑜𝑖𝑑𝑒 = 0
𝐵
⃗⃗𝑠𝑜𝑙𝑒𝑛𝑜𝑖𝑑𝑒 = 0
𝐻
250
Eletromagnetismo I
Solução:
𝑁𝐼 50 ∙ 20
⃗⃗𝑠𝑜𝑙𝑒𝑛𝑜𝑖𝑑𝑒 =
𝐻 𝑧̂ = 𝑧̂ = 1.666,67 𝑧̂ A/m
𝐿 0,6
-Toroide:
251
Eletromagnetismo I
região em que r < a, não haverá corrente através da superfície delimitada pelo contorno
e portanto 𝐻⃗⃗ = 0. De forma similar, para r > b, a corrente resultante através dessa
⃗⃗ = 0.
superfície é igual a 0 (não tem variação de corrente, portanto 𝐼𝑓𝑙𝑢𝑖 é zero), daí 𝐻
Isso significa que o campo magnético é nulo no interior e na região externa da bobina.
𝑑𝑙⃗ = 𝑟 𝑑ϕ ϕ
̂
𝐼𝑓𝑙𝑢𝑖 = 𝑁𝐼
Temos:
2𝜋
̂ ∙ 𝑟 𝑑ϕ ϕ
∫ 𝐻(𝑟) ϕ ̂ = 𝑁𝐼
0
𝐻(𝑟) 𝑟 2π = 𝑁𝐼
𝑁𝐼
𝐻(𝑟) =
2𝜋 𝑟
Logo:
𝑁𝐼
⃗⃗𝑡𝑜𝑟𝑜𝑖𝑑𝑒 =
𝐻 ̂
ϕ
2𝜋 𝑟
Solução:
𝑁𝐼 50 ∙ 50
⃗⃗𝑡𝑜𝑟𝑜𝑖𝑑𝑒 | =
|𝐻 = = 1,59 kA/m
2𝜋 𝑟 2𝜋 ∙ 250 ∙ 10−3
252
Eletromagnetismo I
Note que nós já utilizamos todas essas fórmulas para resolver os problemas ao
longo das Unidades desse livro e que a sua interpretação matemática foi introduzida na
Unidade 2. Assim a partir desse conjunto contendo quatro equações, tanto na forma
diferencial (operadores vetoriais) quanto na forma integral (integrais vetoriais),
podemos solucionar uma vasta gama de problemas de Eletromagnetismo, considerando
o caso estático (Eletrostática e Magnetostática).
253
Eletromagnetismo I
Exercícios – Unidade 5
254
Eletromagnetismo I
3) A corrente total que flui para fora de uma faixa circular de raio r = 3 m, ângulo
0 < ϕ < 2π rad e altura 2 < z < 2,8 é:
a) 11,6 A.
b) 3,26 A.
c) 350,8 mA.
d) 87,5 mA.
e) 18,3 mA.
255
Eletromagnetismo I
𝜇𝑜 𝐼
⃗⃗ =
a) 𝐵 𝑧̂ .
4𝜋 𝑎 2
𝜇𝑜 𝐼 𝑎
⃗⃗ =
b) 𝐵 𝑧̂ .
4𝜋
𝜇𝑜 𝐼 ϕ
⃗⃗ =
c) 𝐵 𝑧̂ .
4𝜋 𝑎
⃗⃗ = 𝜇𝑜𝐼 𝑧̂ .
d) 𝐵
2𝑎
⃗⃗ = 𝜇𝑜𝐼𝑎 𝑧̂ .
e) 𝐵
2
a) 0,55 𝑧̂ mT.
b) 155 𝑧̂ mT.
c) 76 𝑧̂ mT.
d) 1,26 𝑧̂ mT.
e) 0.
256
Eletromagnetismo I
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
257
Eletromagnetismo I
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
258
Eletromagnetismo I
Considerações Finais
Caro Leitor,
259
Eletromagnetismo I
260
Eletromagnetismo I
Conhecendo o autor
261
Eletromagnetismo I
262
Eletromagnetismo I
Referências
263
Eletromagnetismo I
264
Eletromagnetismo I
A
nexos
265
Eletromagnetismo I
Gabaritos
UNIDADE 1
II- Gilbert formulou as equações matemáticas sobre a força elétrica entre duas
cargas em termos de intensidade (magnitude) e polaridade (direção), em função da
distância entre elas.
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
2) Sabendo que a tensão elétrica pode ser obtida pela equação: V = i x R, e que i =
35 mA e R = 55 MΩ, a tensão elétrica, em MV, será igual a:
a) 325 MV.
b) 1,925 MV.
c) 16,5 MV.
d) 0,25 MV.
e) 144,88 MV.
266
Eletromagnetismo I
Solução:
V=ixR
V = 35 m x 55 M
V = 35 x 10-3 x 55 x 106
V = 1.925.000 V
V = 1,925 x 106 V
V = 1,925 MV
3) Sabendo que a carga elétrica pode ser obtida pela equação: Q = i x t, e que i =
30 A e t = 75 ms, a carga elétrica, em mC, será igual a:
a) 75 mC.
b) 2,25 mC.
c) 225 mC.
d) 2.250 mC.
e) 22.500 mC.
Solução:
Q=ixt
Q = 30 x 75 m
Q = 30 x 75 x 10-3
Q = 2.250 x 10-3 C
Q = 2.250 mC
4) O módulo de 𝐴⃗ é:
a) 0.
b) 3.
c) 7,07.
d) 5.
e) 6,45.
267
Eletromagnetismo I
Solução:
5) O resultado da operação 𝐴⃗ + 𝐵
⃗⃗ é
a) (8,0, −3).
b) (3,1, −5).
c) (3,7, −5).
d) (0, −3,0).
e) (3,0,0).
Solução:
𝐴⃗ + 𝐵
⃗⃗ = (3,4, −5) + (0, −3,0) = (3,1, −5)
a) 7,07.
b) (3, 1 , 5)
c) (1, 0 , 0)
Solução:
𝐴⃗ (3,4, −5) 3 4 −5
𝑎̂ = = =( , , ) = (0,42 , 0,57 , −0,71)
𝐴 7,07 7,07 7,07 7,07
268
Eletromagnetismo I
7) O produto escalar 𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ é:
a) 7,07.
b) –12.
c) (3,7, −5).
d) 2.
e) 0.
Solução:
𝐴⃗ ⋅ 𝐵
⃗⃗ = (3,4, −5) ⋅ (0, −3,0) = 3 ⋅ 0 + 4 ⋅ (−3) + (−5) ⋅ 0 = −12
8) O produto vetorial 𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ é:
a) (3,7, −5).
c) (7,3, −5).
d) (−15,0,9).
Solução:
𝑥̂ 𝑦̂ 𝑧̂
𝐴⃗ × 𝐵
⃗⃗ = |3 4 −5| = 3 ⋅ (−3)𝑧̂ − (−3) ⋅ (−5)𝑥̂ = 9 𝑧̂ − 15𝑥̂ = (−15,0,9)
0 −3 0
269
Eletromagnetismo I
Solução:
𝑟 = √𝑥 2 + 𝑦 2 = √22 + 02 = 2
𝑦 0
ϕ = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) = 0
𝑥 2
𝑧=𝑧=1
Portanto, o ponto é P(2,0,1) em coordenadas cilíndricas.
Temos que:
𝐴𝑟 = 𝐴𝑥 𝑐𝑜𝑠(ϕ) + 𝐴𝑦 𝑠𝑒𝑛(ϕ) = 3 𝑐𝑜𝑠(0) − 2 𝑠𝑒𝑛(0) = 3
𝐴ϕ = −𝐴𝑥 𝑠𝑒𝑛(ϕ) + 𝐴𝑦 𝑐𝑜𝑠(ϕ) = −3 𝑠𝑒𝑛(0) − 2 𝑐𝑜𝑠(0) = −2
𝐴z = 𝐴z = 2
⃗
Portanto, o vetor é 𝐴 = (3, −2,2) no ponto P(2,0,1) em coordenadas cilíndricas.
Solução:
𝑅 = √𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 = √22 + 02 + 12 = 2,236
√𝑥 2 + 𝑦 2 √22 + 02
θ = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) = 1,107
𝑧 1
𝑦 0
ϕ = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) = 0
𝑥 2
Portanto, o ponto é P(2,236 , 1,107 , 0) em coordenadas esféricas.
Temos que:
𝐴𝑅 = 𝐴𝑥 𝑠𝑒𝑛(θ)𝑐𝑜𝑠(ϕ) + 𝐴𝑦 𝑠𝑒𝑛(θ)𝑠𝑒𝑛(ϕ) + 𝐴𝑧 𝑐𝑜𝑠(θ)
= 3 𝑠𝑒𝑛(1,107)𝑐𝑜𝑠(0) − 2 𝑠𝑒𝑛(1,107)𝑠𝑒𝑛(0) + 2 𝑐𝑜𝑠(1,107) = 3,578
𝐴θ = 𝐴𝑥 𝑐𝑜𝑠(θ)𝑐𝑜𝑠(ϕ) + 𝐴𝑦 𝑐𝑜𝑠(θ)𝑠𝑒𝑛(ϕ) − 𝐴𝑧 𝑠𝑒𝑛(θ)
= 3 𝑐𝑜𝑠(1,107)𝑐𝑜𝑠(0) − 2 𝑐𝑜𝑠(1,107)𝑠𝑒𝑛(0) − 2 𝑠𝑒𝑛(1,107) = −0,447
𝐴ϕ = −𝐴𝑥 𝑠𝑒𝑛(ϕ) + 𝐴𝑦 cos(ϕ)
= −3 𝑠𝑒𝑛(0) − 2 cos(0) = −2
Portanto, o vetor é 𝐴⃗ = (3,578 , −0,447, −2) no ponto P(2,236 , 1,107 , 0) em
coordenadas esféricas.
270
Eletromagnetismo I
UNIDADE 2
a) -4.
b) -2.
c) 0.
d) 2.
e) 4.
Solução:
𝑉(1,0,2) = 5 − 3 ∙ 13 − 2 ∙ 02 ∙ 2 = 2
⃗⃗(𝑟, ϕ, 𝑧) = (𝑟 2 𝑠𝑒𝑛(3ϕ) , 1 −
2) O vetor no ponto P(-2,0,3) do campo vetorial 𝑉
2𝑧 cos(2ϕ) , 𝑟 2 + 𝑧 2 ) em coordenadas cilíndricas é:
a) (4 , -5 , 5).
b) (-5 , 0 , 4).
c) (0 , -5 , 13).
d) (-5 , 4 , 0).
e) (4 , 5 , -5).
Solução:
a) −48𝑦̂ + 32𝑧̂ .
b) −48𝑦̂.
271
Eletromagnetismo I
c) 15𝑥̂ + 35𝑧̂ .
d) 35𝑥̂.
e) −48𝑧̂ .
Solução:
𝜕𝑇 𝜕𝑇 𝜕𝑇
∇𝑇 = 𝑥̂ + 𝑦̂ + 𝑧̂
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
∇𝑇 = 2𝑥𝑦 2 𝑥̂ + (2𝑦𝑥 2 − 12𝑧𝑦 2 ) 𝑦̂ − 4𝑦 3 𝑧̂
No ponto P(0,-2,1):
∇𝑇 = 2 ∙ 0 ∙ (−2)2 𝑥̂ + (2 ∙ (−2) ∙ 02 − 12 ∙ 1 ∙ (−2)2) 𝑦̂ − 4 ∙ (−2)3𝑧̂
∇𝑇 = −48𝑦̂ + 32𝑧̂
d) 𝑉𝑜 θ̂ + 2𝑉𝑜 /𝑎 ϕ
̂.
e) 𝑉𝑜 𝑅̂.
Solução:
𝜕𝑉 1 𝜕𝑉 1 𝜕𝑉
∇𝑉 = 𝑅̂ + θ̂ + ̂
ϕ
𝜕𝑅 𝑅 𝜕θ 𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜕ϕ
𝑎2 1 𝑎2
∇𝑉 = −𝑉𝑜 2 𝑐𝑜𝑠(2θ)𝑠𝑒𝑛(ϕ) 𝑅̂ + 𝑉𝑜 2(−𝑠𝑒𝑛(2θ))𝑠𝑒𝑛(ϕ) θ̂
𝑅 𝑅 𝑅
1 𝑎2
+ 𝑉 ̂
cos(2θ) cos(ϕ) ϕ
𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑜 𝑅
𝑎2 𝑎2
∇𝑉 = −𝑉𝑜 2 𝑐𝑜𝑠(2θ)𝑠𝑒𝑛(ϕ)𝑅̂ − 2𝑉𝑜 2 𝑠𝑒𝑛(2θ)𝑠𝑒𝑛(ϕ) θ̂
𝑅 𝑅
𝑎2
+ 𝑉𝑜 2 ̂
cos(2θ) cos(ϕ) ϕ
𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃
No ponto P(a, π/2 , π/2):
272
Eletromagnetismo I
𝑎2 𝑎2
∇𝑉 = −𝑉𝑜 2 𝑐𝑜𝑠(2π/2 )𝑠𝑒𝑛(π/2)𝑅̂ − 2𝑉𝑜 2 𝑠𝑒𝑛(2π/2)𝑠𝑒𝑛(π/2) θ̂
𝑎 𝑎
𝑎2
+ 𝑉𝑜 2 ̂
cos(2π/2) cos(π/2) ϕ
𝑎 𝑠𝑒𝑛 π/2
∇𝑉 = 𝑉𝑜 𝑅̂
a) 10.
b) 16.
c) 0.
d) -10.
e) 10 𝑥̂.
Solução:
𝜕𝐹𝑥 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑧
∇ ∙ 𝐹⃗ = + +
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
∇ ∙ 𝐹⃗ = 6𝑥 + 0 + 𝑥 = 6𝑥 + 𝑥2
2
̂ no
6) O divergente do campo vetorial 𝐹⃗ = (𝑎3 /𝑟 2 ) cos(ϕ) 𝑟̂ + (𝑎3 /𝑟 2 ) 𝑠𝑒𝑛(ϕ) ϕ
ponto P(a/2 , π , 0) em coordenadas cilíndricas é igual a:
a) 10.
b) 16.
c) 0.
d) -10.
e) 10 𝑟̂ .
Solução:
1 𝜕(𝑟𝐹𝑟 ) 1 𝜕𝐹ϕ 𝜕𝐹𝑧
∇ ∙ 𝐹⃗ = + +
𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝜕ϕ 𝜕𝑧
273
Eletromagnetismo I
1 𝑎3 1 𝑎3
∇ ∙ 𝐹⃗ = (− 2 cos(ϕ)) + cos(ϕ)
𝑟 𝑟 𝑟 𝑟2
𝑎3 𝑎3
∇ ∙ 𝐹⃗ = − 3 cos(ϕ) + 3 cos(ϕ) = 0
𝑟 𝑟
Logo o campo vetorial 𝐹⃗ é solenoidal.
a) 1 𝑥̂ − 1 𝑦̂ − 1 𝑧̂ .
b) 1 𝑥̂ − 1 𝑧̂ .
c) 2 𝑥̂ + 3 𝑧̂ .
d) −1 𝑥̂ + 2 𝑦̂.
e) 0.
Solução:
𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑥 𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑥
∇ × 𝐹⃗ = ( − ) 𝑥̂ + ( − ) 𝑦̂ + ( − ) 𝑧̂
𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑥 𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑥
∇ × 𝐹⃗ = 𝑥̂ + ( − ) 𝑦̂ + (− ) 𝑧̂
𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑥
∇ × 𝐹⃗ = 1 𝑥̂ + (0 − 𝑒 ) 𝑦̂ + (−𝑐𝑜𝑠(a𝑥)) 𝑧̂
∇ × 𝐹⃗ = 1 𝑥̂ − 𝑒𝑥 𝑦̂ − 𝑐𝑜𝑠(a𝑥) 𝑧̂
No ponto P(0,0,0):
∇ × 𝐹⃗ = 1 𝑥̂ − 𝑒0 𝑦̂ − 𝑐𝑜𝑠(0) 𝑧̂
∇ × 𝐹⃗ = 1 𝑥̂ − 1 𝑦̂ − 1 𝑧̂
b) 1 𝑟̂ − 5 𝑧̂ .
c) 5 𝑟̂ − 5 𝑧̂ .
d) −5 𝑟̂
274
Eletromagnetismo I
e) 0.
Solução:
1 𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹ϕ 𝜕𝐹𝑟 𝜕𝐹𝑧 1 𝜕(𝑟𝐹ϕ ) 𝜕𝐹𝑟
∇ × 𝐹⃗ = ( − ) 𝑟̂ + ( − )ϕ̂+ ( − ) 𝑧̂
𝑟 𝜕ϕ 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝑟 𝜕ϕ
1 𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑧
∇ × 𝐹⃗ = 𝑟̂ + (− ̂
)ϕ
𝑟 𝜕ϕ 𝜕𝑟
1
∇ × 𝐹⃗ = 5𝑟 𝑐𝑜𝑠 (ϕ) 𝑟̂ + (−5 𝑠𝑒𝑛 (ϕ)) ϕ ̂
𝑟
∇ × 𝐹⃗ = 5 𝑐𝑜𝑠 (ϕ) 𝑟̂ − 5 𝑠𝑒𝑛 (ϕ) ϕ̂
No ponto P(2, π,0):
̂
∇ × 𝐹⃗ = 5 𝑐𝑜𝑠 (π) 𝑟̂ − 5 𝑠𝑒𝑛 (π) ϕ
∇ × 𝐹⃗ = −5 𝑟̂
Solução:
1 𝜕(𝑅2 𝐹𝑅 ) 1 𝜕(𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝐹θ ) 1 𝜕𝐹ϕ
∇ ∙ 𝐹⃗ = + +
𝑅2 𝜕𝑅 𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜕θ 𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜕ϕ
1 1 2 𝑐𝑜𝑠 𝜃
∇ ∙ 𝐹⃗ = 2 0 + +0
𝑅 𝑅 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑅3
2 𝑐𝑜𝑠 𝜃
∇ ∙ 𝐹⃗ =
𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑅4
10) Considere uma região esférica, delimitada pelo raio 1 ≤ 𝑅 ≤ 2 e pelos ângulos
0 ≤ θ ≤ 𝜋/2 e 0 ≤ ϕ ≤ 2𝜋. Calcule o fluxo total através dessa região por meio do
Teorema da Divergência.
Ф𝐿𝑇 = ∭ ∇ ∙ 𝐹⃗ 𝑑𝑉
𝑉
2𝜋 𝜋/2 2
2 𝑐𝑜𝑠 𝜃 2
Ф𝐿𝑇 = ∫ ∫ ∫ 𝑅 𝑑𝑅 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑑𝜃 𝑑𝜙
𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑅4
0 0 1
275
Eletromagnetismo I
2𝜋 𝜋/2 2 2𝜋 𝜋/2 2𝜋 𝜋/2
2 𝑐𝑜𝑠 𝜃 2 𝑐𝑜𝑠 𝜃 2
Ф𝐿𝑇 =∫ ∫ ∫ 𝑑𝑅 𝑑𝜃 𝑑𝜙 = ∫ ∫ [ 𝑑𝜃 𝑑𝜙 = ∫ ∫ 𝑐𝑜𝑠 𝜃 𝑑𝜃 𝑑𝜙
𝑅2 −𝑅 1
0 0 1 0 0 0 0
=
2𝜋 2𝜋
𝜋/2 2𝜋
= ∫ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 [ 𝑑𝜙 = ∫ 1 𝑑𝜙 = 𝜙 [ = 2𝜋
0 0
0 0
UNIDADE 3
a) 8 C.
b) 4 C.
c) 2 C.
d) 1 C.
e) 0,5 C.
Solução:
2 2 2
Q = ∬ 2𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑦 = ∫ ∫ 2𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = ∫ 4𝑥 𝑑𝑥 = 8
𝑆 0 0 0
2) Uma carga elétrica 𝑞1 = -20 µC está posicionada em (-6,4,7) e uma carga elétrica
𝑞2 = 50 µC está posicionada em (5,8,-2), ambas no espaço livre (as medidas são dadas
em metros). Nesse caso, a força elétrica exercida sobre 𝑞1 por 𝑞2 é aproximadamente
igual a:
d) 0,4𝑦̂ + 7,7𝑧̂ N.
276
Eletromagnetismo I
e) 21,5𝑥̂ N.
Solução:
𝑄 = −20 ∙ 10−6
𝑞 = 50 ∙ 10−6
𝑟⃗ = (−6,4,7)
Assim:
1 𝑞𝑄 50 ∙ 10−6 ∙ (−20 ∙ 10−6 )
𝐹⃗𝑒 = 3
(𝑟⃗ − 𝑟⃗′) = (−11𝑥̂ − 4𝑦̂ + 9𝑧̂ )
4𝜋ϵo |𝑟⃗ − 𝑟⃗′| 4𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10−12 ∙ 14,763
e) 21,5𝑥̂ µN.
Solução:
277
Eletromagnetismo I
50 ∙ 10−9
+ 3 (1,1,0)]
√2
50 ∙ 10−9
𝐹⃗𝑒 = ∙ 47,86 ∙ 10−9 𝑥̂ = 21,5 𝑥̂ µN
4𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10−12
4) Uma carga de -0,3 µC está posicionada em (25,-30,15) cm, e uma segunda carga
de 0,5 µC em (-10,8,12) cm. O campo elétrico no ponto (15,20,50) cm é igual a:
a) −0,55𝑥̂ kV/m.
e) 320𝑧̂ kV/m.
Solução:
278
Eletromagnetismo I
1
𝐸⃗⃗ =
4𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10−12
0,3 ∙ 10−6
∙ [− (−0,1 , 0,5 , 0,35)
0,623
0,5 ∙ 10−6
+ (0,25 , 0,12 , 0,38)]
0,473
1
𝐸⃗⃗ = ∙ (1,33 ∙ 10−6 𝑥̂ − 5,15 ∙ 10−8 𝑦̂ + 1,39 ∙ 10−6 𝑧̂ )
4𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10−12
= −11𝑥̂ − 4𝑦̂ + 9𝑧̂ kV/m
5) Considere dois anéis concêntricos de raios R e R’, no plano xy. O ponto P está
no eixo z (eixo central) a uma distância D do centro dos anéis, como mostrado na figura:
a) 0.
b) 1.
𝜌𝑙 𝑅 𝐷
c) 𝑧̂ .
2ϵo(𝑅 2 +𝐷2 )3/2
𝜌𝑙 𝑅 𝐷 𝜌𝑙 3𝑅 𝐷
d) 𝑧̂ − 𝑧̂ .
2ϵo(𝑅 2+𝐷 2)3/2 2ϵo(9𝑅 2 +𝐷2 )3/2
𝜌𝑙 3𝑅 𝐷
e) 𝑧̂ .
2ϵo(9𝑅 2 +𝐷2 )3/2
Solução:
279
Eletromagnetismo I
a) 8.237,4 kV ∙ m.
b) 655,32 kV ∙ m.
c) 9.039,55 kV ∙ m.
d) 12.943,6 kV ∙ m.
e) 0.
Solução:
Como a superfície é fechada ao redor das cargas elétricas, então o fluxo será:
𝑄 (60 − 30 + 50) ∙ 10−6 80 ∙ 10−6
Ф 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = = = 9.039,55 kV ∙ m
ϵo 8,85 ∙ 10−12 8,85 ∙ 10−12
7) Considere uma linha uniforme de cargas 𝜌𝑙 .em forma de anel, de raio a e sobre
o plano xy (z = 0). Nesse caso, a expressão para o potencial elétrico V em um ponto h
ao longo do eixo z (que passa pelo centro do anel) é dada por:
𝜌𝑙 𝑎
a) .
4𝜋ϵo √𝑎2 +ℎ2
𝜌𝑙 𝑎
b) .
2ϵo √𝑎2 +ℎ2
𝜌𝑙
c) .
4𝜋ϵo √𝑎2 +ℎ2
𝜌𝑙 𝑎
d) .
√𝑎2 +ℎ2
280
Eletromagnetismo I
e) 0.
Solução:
2𝜋
1 𝜌𝑙 1 𝜌𝑙 2𝜋 𝜌𝑙 𝑎
𝑉= ∫ 𝑑𝑙 = ∫ 𝑎 𝑑𝜙 =
4𝜋ϵo |𝑟
⃗ ⃗
− 𝑟𝑖 ′| 4𝜋ϵo √𝑎 + ℎ
2 2 4𝜋ϵo √𝑎2 + ℎ2
𝐿 0
𝜌𝑙 𝑎
=
2ϵo √𝑎2 + ℎ2
a) −1,35 𝑅̂ V/m.
b) 1,35 𝑅̂ V/m.
c) −0,33 𝑅̂ V/m.
d) 0,33 𝑅̂ V/m.
e) 0,03 𝑅̂ V/m.
Solução:
𝑞𝑑 20 ∙ 10−9 ∙ 30 ∙ 10−3
𝐸⃗⃗ = 3 (2𝑐𝑜𝑠 𝜃 𝑅̂ + 𝑠𝑒𝑛 𝜃 θ̂) = (2𝑐𝑜𝑠 𝜋 𝑅̂ + 𝑠𝑒𝑛 𝜋 θ̂)
4𝜋ϵo 𝑅 4 ∙ 𝜋 ∙ 8,85 ∙ 10−12 ∙ 23
= −1,35 𝑅̂ V/m
9) A força elétrica gerada por uma carga elétrica sobre uma carga prova de 150 mC
no ponto P é 𝐹⃗𝑒 = 30 𝑅̂ N. Determine o campo elétrico no ponto P.
Solução:
281
Eletromagnetismo I
𝐹⃗𝑒 30 𝑅̂
𝐸⃗⃗ = = = 200 𝑅̂ V/m
𝑄 150 ∙ 10−3
Solução:
UNIDADE 4
282
Eletromagnetismo I
2) Um fio de ferro com condutividade de 107 S/m está sujeito a um campo elétrico
de 40 𝑟̂ mV/m. A densidade de corrente elétrica é igual a:
a) 5 ∙ 10−3 A/m2.
b) 4 ∙ 105 A/m2 .
c) 40 ∙ 107 A/m2 .
d) 50 ∙ 10−5 A/m2.
Solução:
e) 15 ∙ 106 𝑦̂ C/m2 .
Solução:
283
Eletromagnetismo I
e) 0.
Solução:
Assim:
̂ + 9 𝑧̂ V/m
𝐸⃗⃗2 = 2 𝑟̂ + 6 ϕ
a) 2 𝑥̂ + 3 ŷ + 3 𝑧̂ V/m.
b) 2 𝑥̂ − 3 ŷ + 12 𝑧̂ V/m.
c) −2 𝑥̂ + 3 ŷ − 3 𝑧̂ V/m.
d) 8 𝑥̂ − 12 ŷ + 12 𝑧̂ V/m.
e) 0
284
Eletromagnetismo I
Solução:
𝐸𝑇1 = 𝐸𝑇2 = 2 𝑥̂ − 3 ŷ
Assim:
𝐸⃗⃗1 = 2 𝑥̂ − 3 ŷ + 12 𝑧̂ V/m
a) 25 nF.
b) 20 nF.
c) 15 nF.
d) 10 nF.
e) 5 nF.
Solução:
𝑄 200 ∙ 10−9
𝐶= = = 5 ∙ 10−9 = 5 nF
𝑉 40
285
Eletromagnetismo I
a) 8,85 ∙ 10−11 F.
b) 8,85 ∙ 10−10 F.
c) 8,85 ∙ 10−9 F.
d) 8,85 ∙ 10−8 F.
e) 8,85 ∙ 10−7 F.
Solução:
ϵ 𝐴 5 ∙ 8,85 ∙ 10−12 ∙ 80 ∙ 10−4
𝐶= = = 8,85 ∙ 10−11 F
𝑑 4 ∙ 10−3
a) 1,44 ∙ 10−11 F.
b) 8,85 ∙ 10−11 F.
c) 6,4 ∙ 10−11 F.
d) 1,44 ∙ 10−12 F.
e) 6,4 ∙ 10−10 F.
Solução:
2𝜋𝐿 ϵ 2 ∙ 𝜋 ∙ 20 ∙ 10−2 ∙ 4 ∙ 8,85 ∙ 10−12
𝐶= = = 6,4 ∙ 10−11 F
ln 𝑏/𝑎 ln(2/1)
286
Eletromagnetismo I
Solução:
1 𝑑2 𝑉
=0
𝑟 2 𝑑ϕ2
𝑑2 𝑉
=0
𝑑ϕ2
𝑑𝑉
=𝐴
𝑑ϕ
𝑉(ϕ) = 𝐴ϕ + B
𝑉(ϕ1 ) = 0
𝑉(ϕ2 ) = 𝑉𝑜
Assim:
𝑉(ϕ1 ) = 𝐴 ∙ ϕ1 + 𝐵 = 0
𝐴 ∙ ϕ1 + 𝐵 = 0
E:
𝑉(ϕ2 ) = 𝐴 ∙ ϕ2 + 𝐵 = 𝑉𝑜
𝐴 ∙ ϕ2 + 𝐵 = 𝑉𝑜
𝐴 ∙ ϕ2 − 𝐴 ∙ ϕ1 = 𝑉𝑜
287
Eletromagnetismo I
𝐴 ∙ (ϕ2 − ϕ1 ) = 𝑉𝑜
𝑉𝑜
𝐴 =
ϕ2 − ϕ1
Assim:
𝑉𝑜 ϕ 𝑉𝑜 ϕ1 𝑉𝑜 (ϕ − ϕ1 )
𝑉(ϕ) = − =
ϕ2 − ϕ1 ϕ2 − ϕ1 ϕ2 − ϕ1
Solução:
⃗⃗ = ϵ 𝐸⃗⃗
𝐷
ϵ 𝑉𝑜 1
⃗⃗ = −
𝐷 ̂
ϕ
ϕ2 − ϕ1 𝑟
𝐷𝑁 = 𝜌𝑆
ϵ 𝑉𝑜 1
𝜌𝑆 =
ϕ2 − ϕ1 𝑟
288
Eletromagnetismo I
UNIDADE 5
Solução:
289
Eletromagnetismo I
Solução:
̂ = 10 ∙ 32 ∙ 2 𝑟̂ − 4 ∙ 3 𝑐𝑜𝑠 2 0,52 ϕ
𝐽⃗ = 10 𝑟 2 𝑧 𝑟̂ − 4 𝑟 𝑐𝑜𝑠 2 ϕ ϕ ̂
̂ mA/m
= 180 𝑟̂ − 9 ϕ 2
3) A corrente total que flui para fora de uma faixa circular de raio r = 3 m, ângulo
0 < ϕ < 2π rad e altura 2 < z < 2,8 é:
a) 11,6 A.
b) 3,26 A.
c) 350,8 mA.
d) 87,5 mA.
e) 18,3 mA.
290
Eletromagnetismo I
Solução:
2,8 2π
𝐼 = ∮ 𝐽⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗ = 10−3 ̂ ) ∙ 𝑟 𝑑ϕ d𝑧 𝑟̂
∙ ∫ ∫ (10 𝑟 2 𝑧 𝑟̂ − 4 𝑟 𝑐𝑜𝑠 2 ϕ ϕ
𝑆
2 0
2,8 2π
= 10−3 ∙ ∫ ∫ 90𝑧 ∙ 3 𝑑ϕ d𝑧 =
2 0
2,8
𝑧 2 2,8
= 2𝜋 ∙ 10−3 ∙ ∫ 270𝑧 d𝑧 = 270 ∙ 2𝜋 ∙ 10−3 ∙ [ = 3,26 A
2 2
2
Solução:
𝜇𝑜 𝐼 4𝜋 ∙ 10−7 ∙ 80
⃗⃗ =
𝐵 ̂=
ϕ ̂ = 3,2 ∙ 10−4 ϕ
ϕ ̂T
2𝜋 𝑟 2𝜋 ∙ 50 ∙ 10−3
291
Eletromagnetismo I
⃗⃗ = 𝜇𝑜𝐼 𝑧̂ .
d) 𝐵
2𝑎
⃗⃗ = 𝜇𝑜𝐼𝑎 𝑧̂ .
e) 𝐵
2
Solução:
𝐼 𝑑𝑙⃗ = 𝐼 𝑎 𝑑ϕ ϕ
̂
𝑟⃗ − 𝑟⃗ ′ = 𝑎 𝑟̂
Substituindo:
292
Eletromagnetismo I
ϕ
𝜇𝑜 𝐼 𝑎 𝑑ϕ ϕ̂ × 𝑎 𝑟̂
⃗⃗ =
𝐵 ∫
4𝜋 (𝑎 )3/2
2
0
ϕ
𝜇𝑜 𝐼 𝑎 2
⃗⃗ =
𝐵 ∫ 1 𝑑ϕ 𝑧̂
4𝜋 𝑎3
0
𝜇 𝐼ϕ
⃗⃗ = 𝑜
𝐵 𝑧̂
4𝜋 𝑎
a) 0,55 𝑧̂ mT.
b) 155 𝑧̂ mT.
c) 76 𝑧̂ mT.
d) 1,26 𝑧̂ mT.
e) 0.
Solução:
𝜇𝑜 𝐼 4𝜋 ∙ 10−7 ∙ 100
⃗⃗ =
𝐵 𝑧̂ = 𝑧̂ = 1,26 𝑧̂ mT
2𝑎 2 ∙ 50 ∙ 10−3
293
Eletromagnetismo I
Solução:
⃗⃗ apresenta uma simetria cilíndrica radial (varia apenas com r e tem
Temos que 𝐻
̂ ):
direção ϕ
̂
⃗⃗ = 𝐻(𝑟) ϕ
𝐻
̂ , ou seja, circular o fio infinito
Um contorno amperiano deve então ter direção de ϕ
(variação e 0 a 2π). Um comprimento diferencial desse percurso será então um
comprimento diferencial de arco (de uma circunferência de raio r):
𝑑𝑙⃗ = 𝑟 𝑑ϕ ϕ
̂
Temos que a densidade de corrente elétrica (no caso de a corrente elétrica ser
uniformemente distribuída ao longo da seção transversal) é dada por:
𝐼
𝐽⃗ = ẑ
𝐴
Em que A representa a área da seção transversal da linha coaxial. Assim, para o
fio, temos:
𝐼
𝐽⃗ = ẑ
𝜋𝑎2
Para r < a (interior do fio):
294
Eletromagnetismo I
2𝜋 𝑟 2𝜋 𝑟 2𝜋 𝑟
𝐼 𝐼
𝐼𝑓𝑙𝑢𝑖 = ∫ ∫ 𝐽⃗𝑖𝑛𝑡 ∙ 𝑑𝑆⃗ = ∫ ∫ 2 ẑ ∙ 𝑟 𝑑𝑟 𝑑ϕ ẑ = 2 ∫ ∫ 𝑟 𝑑𝑟 𝑑ϕ
𝜋𝑎 𝜋𝑎
0 0 0 0 0 0
𝐼 2𝜋𝑟 2 𝐼𝑟 2
𝐼𝑓𝑙𝑢𝑖 = =
𝜋𝑎2 2 𝑎2
Assim, para r < a (interior do fio):
2𝜋
𝐼𝑟 2
̂ ∙ 𝑟 𝑑ϕ ϕ
∫ 𝐻(𝑟) ϕ ̂=
𝑎2
0
𝐼𝑟 2
𝐻(𝑟) 𝑟 2π =
𝑎2
𝐼𝑟
𝐻(𝑟) =
2π 𝑎2
Logo:
𝐼𝑟
⃗⃗ =
𝐻 ̂
ϕ
2π 𝑎2
Solução:
𝐼 (𝑐 2 − 𝑟 2 ) 30 ∙ 375
⃗⃗ =
𝐻 ̂=
ϕ ̂ = 73,08 ϕ
ϕ ̂ A/m
2𝜋𝑟 (𝑐 2 − 𝑏2 ) 2𝜋 ∙ 35 ∙ 10−3 ∙ 700
295
Eletromagnetismo I
⃗⃗⃗ =
Considere o enunciado a seguir para os problemas 9 e 10: Um campo 𝑩
̂+𝟑𝒚
−𝟐 𝒙 ̂ + 𝟒 𝒛̂ T está presente no espaço livre. Um fio retilíneo conduz uma
corrente elétrica de 12 A, a partir do ponto A(1,1,1) até o ponto B.
Solução:
𝑏
𝐹⃗𝑚 = ∫ 𝐼 𝑑𝑙⃗ × 𝐵
⃗⃗ = 𝐼 𝑙⃗ × 𝐵
⃗⃗
𝑎
𝑙⃗ = (2,1,1) − (1,1,1) = 1 𝑥̂
𝐹⃗𝑚 = 𝐼 𝑙⃗ × 𝐵
⃗⃗ = 12 𝑥̂ × (−2 𝑥̂ + 3 𝑦̂ + 4 𝑧̂ )
𝐹⃗𝑚 = 36 𝑧̂ − 48 𝑦̂ = −48 𝑦̂ + 36 𝑧̂ N
Solução:
𝑏
𝐹⃗𝑚 = ∫ 𝐼 𝑑𝑙⃗ × 𝐵
⃗⃗ = 𝐼 𝑙⃗ × 𝐵
⃗⃗
𝑎
𝑙⃗ = (3,5,6) − (1,1,1) = 2 𝑥̂ + 4 𝑦̂ + 5 𝑧̂
𝐹⃗𝑚 = 𝐼 𝑙⃗ × 𝐵
⃗⃗ = (24 𝑥̂ + 48 𝑦̂ + 60 𝑧̂ ) × (−2 𝑥̂ + 3 𝑦̂ + 4 𝑧̂ )
296