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N-2037 REV. D 03 / 2016

Pintura de Equipamentos
Submersos em Água do Mar

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 14 CONTEC - Subcomissão Autora.

Pintura e Revestimentos As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Anticorrosivos Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 6 páginas, Índice de Revisões e GT


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1 Escopo

1.1 Esta Norma tem por objetivo fixar os esquemas para a pintura externa de equipamentos que
trabalham permanentemente ou temporariamente submersos em água do mar.

1.2 Esta Norma se aplica a procedimentos para execução de pintura a partir da data de sua edição.

1.3 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

PETROBRAS N-9 - Tratamento de Superfícies de Aço com Jato Abrasivo e


Hidrojateamento;

PETROBRAS N-13 - Requisitos Técnicos para Serviços de Pintura;

PETROBRAS N-2628 - Tinta Epóxi Poliamida de Alta Espessura;

PETROBRAS N-2680 - Tinta Epóxi, sem Solvente, Tolerante a Superfícies Molhadas;

PETROBRAS N-2838 - Proteção Catódica para Instalações Marítimas Flutuantes/Fixas e


Equipamentos Submarinos;

ABNT NBR 14847 - Inspeção de Serviços de Pintura em Superfícies Metálicas -


Procedimento;

ABNT NBR 15158 - Limpeza de Superfície de Aço por Compostos Químicos;

ABNT NBR 15185 - Inspeção de Superfícies para Pintura Industrial;

ABNT NBR 15488 - Pintura Industrial - Superfície Metálica para Aplicação de Tinta -
Determinação do Perfil de Rugosidade;

ABNT NBR 16172 - Revestimentos Anticorrosivos - Determinação de Descontinuidades em


Revestimentos Anticorrosivos Aplicados sobre Substratos Metálicos;

ISO 8501-1 - Preparation of Steel Substrates before Application of Paints and Related
Products - Visual Assessment of Surface Cleanliness - Part 1: Rust Grades and Preparation
Grades of Uncoated Steel Substrates and of Steel Substrates after Overall Removal of
Previous Coatings;

ISO 8503-4 - Preparation of Steel Substrates before Application of Paints and Related
Products - Surface Roughness Characteristics of Blast-Cleaned Steel Substrates - Part 4:
Method for the Calibration of ISO Surface Profile Comparators and for the Determination of
Surface Profile - Stylus Instrument Procedure;

ISO 8503-5 - Preparation of Steel Substrates before Application of Paints and Related
Products Surface Roughness Characteristics of Blast-Cleaned Steel Substrates - Part 5:
Replica Tape Method for the Determination of the Surface Profile;

ISO 20340 - Paints and Varnishes - Performance Requirements for Protective Paint Systems
for Offshore and Related Structures;

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NACE WJ-2/SSPC-SP WJ 2 - Waterjet Cleaning of Metals-Very Thorough Cleaning (WJ-2);

NORSOK M-501 - Surface Preparation and Protective Coating;

SSPC VIS- 4/NACE VIS 7 - Guide and Reference Photographs for Steel Surfaces Prepared
by Waterjetting;

SSPC-SP 11 - Power Tool Cleaning to Bare Metal.

3 Condições Gerais

3.1 A aplicação das tintas deve seguir as recomendações da PETROBRAS N-13, não sendo
permitida a aplicação por rolo.

3.2 No retoque do esquema existente deve ser repetido o esquema original. Caso haja
impossibilidade técnica de efetuar-se jateamento abrasivo, a preparação da superfície deve ser
realizada, por ferramentas mecânico-rotativas tipo “wire bristle impact” ou “rotary flap” conforme
SSPC-SP 11.

3.3 O intervalo de tempo para aplicação da 1a demão de qualquer tinta sobre outra já aplicada, deve
ser o exigido pela anterior para repintura. Para os esquemas de pintura em que estejam previstas
tintas a base de resina epóxi, caso seja ultrapassado o prazo máximo, deve-se efetuar lixamento
manual em toda a superfície e limpeza com solvente não oleoso, antes da aplicação da demão
posterior.

3.4 Antes do preparo da superfície a ser pintada, fazer inspeção visual em toda a superfície, segundo
as ABNT NBR 14847 e NBR 15185. Identificar os pontos que apresentarem vestígios de óleo, graxa
ou gordura, o grau de corrosão em que se encontra a superfície (A, B, C ou D, de acordo com a
ISO 8501-1) assim como os pontos em que a pintura, se existente, estiver danificada. No caso das
chapas apresentarem carepa de laminação, remover a carepa.

3.5 Em qualquer dos esquemas de pintura previstos nesta Norma, submeter à superfície a ser
pintada a processo de limpeza por ação físico-química, conforme a ABNT NBR 15158, apenas nas
regiões onde, durante a inspeção, constataram-se vestígios de óleo, graxa, gordura ou outros
contaminantes. Efetuar, conforme a Tabela 1, o tratamento da superfície, utilizando jato abrasivo ou
hidrojateamento, sendo que este último somente deve ser utilizado em serviços de repintura, uma vez
que não é possível obter perfil de ancoragem com este tratamento.

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Tabela 1 - Método de Tratamento da Superfície

Perfil de
rugosidade
Esquemas Grau de
(ISO 8503-4 ou
de pintura Procedimento acabamento Grau de acabamento para o
ISO 8503-5
(Seção 4 para tratamento para o jato hidrojateamento
ou
desta da superfície abrasivo (NACE WJ-2/SSPC-SP WJ 2)
ABNT
Norma) (ISO 8501-1)
NBR 15488)
(Nota 3)
Tratar com jato
abrasivo ou
Alternativas Grau Sa 2 1/2 Grau WJ-2
hidrojateamento 50 μm a 100 μm
A, B ou C (mínimo) (mínimo)
conforme a
PETROBRAS N-9.

NOTA 1 No caso de tratamento por hidrojateamento deve ser prevista a utilização de tinta
compatível com o estado do substrato após este tratamento. A aplicação deve ser
executada sobre superfícies apresentando até “flash rust” leve.
NOTA 2 Os padrões visuais para o hidrojateamento são estabelecidos na SSPC VIS-4/NACE VIS 7.
NOTA 3 Utilizar o método “Replica Tape” segundo a ISO 8503-5 ou medidor de perfil de
rugosidade do tipo agulha segundo a ABNT NBR 15488 ou método “stylus” segundo a
ISO 8503-4 e, neste caso, considerando-se o parâmetro Rz DIN ou Ry5 e ter natureza
angular.

3.6 A instalação de anodos deve seguir a PETROBRAS N-2838, devendo ser realizada antes do
início do tratamento de superfície e pintura. Para isso, os anodos devem estar protegidos com fita
adesiva.

3.7 A pintura não deve encobrir as placas de identificação dos equipamentos.

3.8 Deve ser feito controle de continuidade da película com emprego de detector de descontinuidade
(“holiday detector”) de acordo com as PETROBRAS N-13 e ABNT NBR 16172.

4 Esquemas de Pintura

4.1 Alternativa A

Aplicar revestimento com 2 ou 3 demãos de tinta epóxi sem solventes, tolerante às superfícies
molhadas, conforme a PETROBRAS N-2680 aplicado com espessura de película seca total, mínima
de 450 m. O intervalo mínimo entre demãos deve atender as recomendações técnicas do fabricante.

NOTA Para fins de pré-qualificação o esquema de pintura deve ser submetido ao ensaio de
descolamento catódico atendendo aos requisitos das tabelas 4 e 5 da ISO 20340.

4.2 Alternativa B

Aplicar revestimento com 2 ou 3 demãos de tinta epóxi poliamida de alta espessura, conforme a
PETROBRAS N-2628, aplicado, com espessura de película seca total, mínima de 450 m. O intervalo
mínimo entre demãos deve atender as recomendações técnicas do fabricante.

NOTA 1 O revestimento pode ser aplicado em demão única de 500 µm, obrigatoriamente por meio
de pistola sem ar, desde que recomendado pelo fabricante da tinta. [Prática
Recomendada]

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NOTA 2 Para fins de pré-qualificação o esquema de pintura deve ser submetido ao ensaio de
descolamento catódico atendendo aos requisitos das tabelas 4 e 5 da ISO 20340.

4.3 Alternativa C

Aplicar revestimento conforme a NORSOK M-501 - “Coating system n° 7B ou 7C”, com comprovação
de pré-qualificação do sistema de pintura por laboratório independente.

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Anexo A - Tabela

Tabela A.1 - Critério de Aceitação para o Teste de Aderência a Tração (“Pull-Off Test”)

Norma Tensão mínima de tração (MPa)


Condição
PETROBRAS Notas 1, 2 e 3

Alternativa A 15

N-2037 Alternativa B 15

Alternativa C 15

NOTA 1 Os valores absolutos de tensão mínima de tração são referentes ao padrão Sa 2 1/2
quando realizados tanto no corpo-de-prova submetido ao ensaio quanto na pintura do
equipamento.
NOTA 2 O teste deve ser considerado aprovado se atingido o valor absoluto da tensão mínima de
tração, apresentando qualquer tipo de falha ilustrada na Figura 1 da PETROBRAS N-13.
NOTA 3 O equipamento e adesivo devem ser selecionados para atender pelo menos 20 % acima
da tensão mínima de tração.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Não existe índice de revisões.

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Revalidação

REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Seção 2 Revisada

3.6 Revisado

4.1 Revisado

4.2 Revisado

REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração

3.4 Revisado

3.8 Revisado

Tabela 1 - Notas 1 e 2 Revisado

IR 1/1

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