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FACULDADE PITAGORAS/FAMA

ENGENHARIA CIVIL B - BACHARELADO

BRAULIO BASTOS BATISTA

DANIEL SANTANA

GERSON ALEF DA SILVA OLIVEIRA

JOÃO NIVALDO SOARES NETO

JUAN CUTRIM

KAIO CONDEZ ALENCAR

KELVIN LOIOLA FERNANDES DE AGUIAR

MARLISSON DA SILVA OLIVEIRA

ISOLAMENTO ACÚSTICO

SÃO LUÍS
2016
BRAULIO BASTOS BATISTA

BRAULIO BASTOS BATISTA

DANIEL SANTANA

GERSON ALEF DA SILVA OLIVEIRA

JOÃO NIVALDO SOARES NETO

JUAN CUTRIM

KAIO CONDEZ ALENCAR

KELVIN LOIOLA FERNANDES DE AGUIAR

MARLISSON DA SILVA OLIVEIRA

Trabalho Escrito realizado em grupo para a


disciplina Estruturas de Tecnologia da
Construção II, ministrado pelo Professor
Roberto Queiroz no curso de Graduação em
Engenharia Civil, para a obtenção de nota na
prova Parcial I.
.

SÃO LUÍS
2016

2
SUMÁRIO

1.Introdução......................................................................................................................................4

2.Tipos de isolamento...................................................................................................................9

2.1. Isolamento Aéreo.................................................................................................9

2.2. Isolamento de Impacto.......................................................................................9

2.3. Isolamento Por Barreiras e Materiais........................................................11

2.3.1 Reflexivas ........................................................................................12

2.3.2 Absortivas ........................................................................................12

2.3.1 Reativas ..........................................................................................12

3. Materiais Empregados para o Revestimento Acústico..........................................13

3.1. Lã de Vidro........................................................................................................14

3.2 . Lã de Pet...........................................................................................................15

3.3. Lã de Rocha.......................................................................................................16

3.4. Vermiculita .......................................................................................................16

3.5. Espuma Acústica.............................................................................................17

3.6. Borracha Sintética..........................................................................................18

3.7. Painel Wall.........................................................................................................19

4. Normas Aplicáveis ................................................................................................................20

5. Conclusão..................................................................................................................................25

6. Fonte Bibliográfica................................................................................................................26

3
1 – Introdução

Nos moldes atuais, com o crescimento e desenvolvimento das cidades, nota-


se que o problema do barulho excessivo deixou de ser capricho para se tornar um
problema social, pois o som, ao se tornar ruído, infere na saúde dos ouvintes,
inclusive impedindo o chamado sono reparador, que apenas pode ser alcançado
longe dos sons excessivos.
Para se entender o tamanho do problema que é a poluição sonora, deve-se
compreender primeiramente a natureza do som, a forma de propagação e
principalmente as formas de se combate-la.
Assim, o Som é uma onda mecânica e depende de fatores tal como fonte de
produção da energia, superfície que sofre a excitação da onda sonora, meio de
propagação, que pode ser sólido, líquido ou gasoso e por fim, o receptor ou ouvinte
que é quem ou o que recebe as vibrações sonoras.
Para melhor explicar sobre o tema, valiosa é a lição do Professor Doutor
Sérgio Pilling¹ ao afirmar que:

Ondas são um tipo de perturbação ou distúrbio transmitido


através do vácuo ou de um meio material (sólido, liquido ou
gasoso) que carregam alguma forma de energia. Existe uma
variedade muito grande de ondas, por exemplo, ondas do mar,
ondas numa corda, numa mola, ondas sonoras, ondas
eletromagnéticas. Essas ondas podem diferir em muitos aspectos,
mas todas têm uma mesma característica: transportam energia de
um ponto a outro. Cada tipo de onda pode ser caracterizado pela
oscilação e uma ou mais variáveis físicas que se propagam através
do espaço.

Por ter o som essa característica, alguns cuidados devem ser tomados para
que o ruído advindo da rua ou das moradias vizinhas não incomodem os ocupantes
de uma residência, escritório, escola, hospital e etc. Para isso é necessário
empregar materiais isolantes acústicos suficientes para deterem as ondas sonoras
dos motores de veículos, sirenes, pessoas conversando, além de outros. Vale
ressaltar ainda que deve se isolar também os ruídos oriundos dos sistemas da
própria edificação, tal como tubulação de água, de esgoto, máquinas de ar-
condicionado e outros que se fizerem necessários.

4
Nota-se a importância de um bom isolamento acústico, pois existe inúmeras
fontes que prejudicam a morada ou a estadia em um determinado local. Por isso,
existem diversos isolantes acústicos para atender as distintas finalidades, podendo
diminuir o ruído ou até mesmo eliminá-lo. Sendo assim, Distinguimos dois tipos de
som, pela agradabilidade ou desconforto: o som musical e o ruído; ou ainda pelas
características físicas. Os ruídos podem incomodar (percepção subjetiva) ou
danificar imediata e irreversivelmente o ouvido, conforme o tempo e intensidade
de exposição. Sobre ambos, observa-se claramente a diferença entre as ondas, com
segue²:

Fig1 (http://www.fec.unicamp.br/~luharris/galeria/ic042_05/TIDIA-ae_TopicoA_mat-apoio_S03_C-Acustico.pdf_

Nesse conceito, deve-se ressaltar que o som possui algumas características


das ondas sonoras. Sendo assim, destaque-se que: Amplitude é o máximo valor
atingido no eixo vertical (crista ou vale) em um período, pois é a grandeza
responsável pelo “volume” do som.
Assim, ao invés de dizermos que o “volume” do som está “alto ou baixo”, deve-se
destacar que ele está com alta ou baixa amplitude ou intensidade. Destarte, a
amplitude e intensidade, também chamado de pressão sonora, são diretamente
proporcionais, logo, aumentam e diminuem proporcionalmente².

Outra característica versa sobre a intensidade do som, sendo que significa a


energia transmitida pelo som, em watt/m2. Ainda, ela reduz proporcionalmente ao
quadrado da distância - duplicando a distância em relação à fonte, o som “diminui”
4 vezes². Para melhor explicação, observa-se os gráficos que seguem:

5
Fig2 (www.feiradeciencias.com.br)

Fig3 (http://www.fec.unicamp.br/~luharris/galeria/ic042_05/TIDIA-ae_TopicoA_mat-apoio_S03_C-Acustico.pdf_)

Uma terceira característica é a capacidade de absorção da onda sonora que


ocorre na superfície incidente e é responsável pelo decaimento da energia,
fenômeno importante no isolamento acústico ou até mesmo na propagação, se for
o caso².

6
A energia absorvida pode ser transformada em outros tipos de energia, tal
como a térmica, ou até mesmo refratar, sendo chamada de energia transmitida.
Para melhor entendimento, segue o gráfico:

Fig4 (http://www.fec.unicamp.br/~luharris/galeria/ic042_05/TIDIA-ae_TopicoA_mat-apoio_S03_C-Acustico.pdf_)

Nesta esteira, deve-se destacar uma quarta propriedade que é a


possibilidade de se escutar sons através de obstáculos não contínuos. Isso ocorre
mediante a difração e com exemplo, cite-se as ondas de rádio que conseguem
contornar as montanhas. As de menor frequência (ondas curtas), são as que mais
refratam e as de baixa frequência formam sombra (ausência de propagação atrás
do obstáculo), como pode ser visto, à seguir²:

Fig5 ((http://www.fec.unicamp.br/~luharris/galeria/ic042_05/TIDIA-ae_TopicoA_mat-apoio_S03_C-Acustico.pdf_)

7
Fig6 (http://www.fec.unicamp.br/~luharris/galeria/ic042_05/TIDIA-ae_TopicoA_mat-apoio_S03_C-Acustico.pdf_)

Condições acústicas desfavoráveis acarretam problemas para a vivência em


ambientes construídos, pois atrapalha a comunicação, o que causa irritabilidade e
efeitos nocivos à audição e saúde. Assim, além dos fatores externos, a
Reverberação é um fenômeno que ocorre em ambientes fechados sendo que a
fonte encontra-se dentro desse ambiente, pois existem dois campos sonoros: o da
fonte e o refletido. Chegando juntos, reforçam o som, chegando separados, em
pequeno intervalo e atrapalham o entendimento, caracterizando a reverberação.
Nessa esteira, destaca-se que as palavras se sobrepõem, o que causa os efeitos já
ditos, como imagem ilustrativa, que segue²:

Fig7 (http://www.fec.unicamp.br/~luharris/galeria/ic042_05/TIDIA-ae_TopicoA_mat-apoio_S03_C-Acustico.pdf_)

8
Por isso, tempos de reverberação de 3 a 2 segundos são aceitáveis, de 2 a
1,5, são bons e de 1,5 a 0,5 segundos são considerados muito bons, para a vivência
em determinado cômodo ou ambiente².

Visando a boa convivência, um projeto acústico é condição indispensável


para o controle de ruído, devendo se levar em consideração a: localização e
classificação do som de forma objetiva e física; Níveis sonoros adequados às
diferentes situações, horários e locais; Custo: opções técnicas reduzem a utilização
de materiais isolantes (caros); determinar o nível de ruído produzido por fontes e
dependências, classificando-os conforme o nível aceitável; a locação: edificações,
fontes e cômodos, segundo a função e silêncio necessários - ruidosos e silenciosos
o mais distante possível; a locação de fontes e máquinas que transmitam seus
ruídos através da estrutura e diretamente acima das fundações; adequar aberturas
(portas e janelas) aos interesses do isolamento²

2.Tipos de isolamento

O projeto de isolamento deve considerar a origem da fonte, bem como suas


características. Assim, se dividem em:

2.1. Isolamento aéreo

Trata-se da propagação do som/ruído pelo ar. Por isso, deve-se utilizar


materiais pesados e densos, sendo que a quantidade de isolamento depende²:

 Da frequência do som incidente

 Das características construtivas da parede: quanto mais densa, maior o


isolamento (rigidez).

Em razão disso, o peso de uma parede ou porta isolante é bem maior se


considerada com a comum e mais cara.

2.2 Isolamento de Impacto

Nesse caso, o ruído se propaga nos sólidos e neste caso, os materiais


utilizados devem ser elásticos e duráveis para evitarem a propagação do som.

9
Assim, esse tipo de isolamento é mais comumente utilizado nos prédios. Para
melhor entendimento, segue a ilustração²:

Fig8 (http://www.fec.unicamp.br/~luharris/galeria/ic042_05/TIDIA-ae_TopicoA_mat-apoio_S03_C-Acustico.pdf_)

Para remediar o barulho na laje, são utilizados colchões de ar “mole” e


outros materiais, tais como concreto celular, tecidos, feltros, linóleo, lã-de-vidro,
Eucatex, estruturas independentes ou pisos flutuantes (laje para piso de concreto
ou madeira), apoiada em capa flexível (lã, vidro, isopor, borracha, etc), que o
separam totalmente da laje estrutural².
A seguir, uma fotografia de isolamento entre paredes, mais conhecido como
“sanduiche”².

Fig9 (www.decibel.com.ar/espanol/DESCARGAS/Downloads.html , 2005)

10
2.3. Isolamento Por Barreiras e Materiais

Esse tipo de isolamento ocorre com a instalação de anteparos físicos e em


grande maioria grandes e visíveis, que podem apresentar um problema social,
levando-se em consideração que atingem diretamente a população. Como
características, frise-se²:

 A aceitação da população afetada;


 A integração da barreira com outros fatores ambientais: paisagem, iluminação,
clima, acesso, fauna, cultura, história, segurança, etc;
 Aspectos técnicos: criatividade, materiais, cor, tipo, eficiência, tamanho, forma,
ângulo de incidência, aberturas na superfície (fissuras/frestas muito largas não
atenuam o som, e estreitas podem amplificá-lo), custos, integração com
planejamento urbano e vegetação local.

Sobre o exposto acima, deve se observar algumas imagens, como seguem:

Fig9 (http://www.plasticos-do-sado.pt/pt/cat/bar/bar2.htm)

Fig10 (http://www.fec.unicamp.br/~luharris/galeria/ic042_05/TIDIA-ae_TopicoA_mat-apoio_S03_C-Acustico.pdf)

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A barreira possui a precípua função de formação de zona de sombra e
difração do raio sonoro direto. O bom desempenho da barreira depende da
geometria do anteparo, das distâncias fonte/barreira/receptor, das condições
atmosféricas, da influência do piso, do material do anteparo, da influência da
vegetação e da psico acústica, como mostra a figura à seguir²:

Fig11 (http://www.fec.unicamp.br/~luharris/galeria/ic042_05/TIDIA-ae_TopicoA_mat-apoio_S03_C-Acustico.pdf)

2.3.1 Barreiras reflexivas

São feitas de sólidos homogêneos, opacos ou transparentes, tal como ocorre


na madeira e concreto. A interação com conforto visual permite visão total ou
parcial e obstrução parcial da iluminação. Esse tipo de anteparo desvia a onda
sonora, assim, diminuindo ou anulando o ruído sonoro².

2.3.2 Barreiras absortivas


São feitas de material poroso, geralmente opaco, como a fibra de madeira,
concreto granulado e lã mineral revestido por materiais mais robustos. Reduzem a
onda sonora mediante absorção, sem necessidade de desvio da energia².

2.3.3 Barreiras reativas


Compreendidas por material opaco, com cavidades ou ressonadores
atenuando frequências específicas, logo, o som penetra por pequenas aberturas na
superfície e são atenuados ao entrar em contato com o material. Essa redução é
calculada em “Fon”, consoante à tabela que segue²:

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Fig12 (http://www.fec.unicamp.br/~luharris/galeria/ic042_05/TIDIA-ae_TopicoA_mat-apoio_S03_C-Acustico.pdf)

3. Materiais Empregados para o Revestimento Acústico

Para compor o isolamento acústico, deve se observar além do que já foi dito,
a qualidade dos materiais empregados, pois cada um atende a uma finalidade
específica. Por essa razão, dentre outros produtos, utiliza-se as mantas, que são
feitas de materiais leves e porosos - como lã de vidro, lã de rocha e espuma de
poliuretano - com alto poder de absorção de ondas sonoras. Normalmente, são
utilizadas em paredes de drywall, forros, contrapisos acústicos e até como
revestimento aparente - caso de discotecas e estúdios³.
Ainda, outro recurso bastante utilizado são os painéis de madeira laminada
revestida com placas encimentadas que cumprem dupla função - separar os
ambientes e bloquear a transmissão de ruídos entre eles. As borrachas sintéticas
(EPDM) também são muito utilizadas no isolamento de ruídos gerados na própria
edificação. Nessa linha, os principais materiais merecem maior atenção, como será
exposto, à seguir³.

13
3.1. - Lã de vidro
Dispostos em rolos/placas, de acordo com a necessidade de aplicação, esse
material é um aglomerado composto de sílica, vitrificantes, carbonatos e sulfatos,
por isso, possuem um grande coeficiente de absorção acústico. Em detrimento de
sua capacidade acústica, são amplamente empregados nos projetos residenciais e
comerciais, aplicado em sistemas de forros, no interior de paredes de drywall e em
contrapisos acústicos³.
Como principais vantagens, verifica-se o alto poder de isolação térmica, não
deterioração ou apodrecimento e não ataca superfícies que entra em contato,
rapidamente absorção da onda sonora, leveza e de fácil manipulação,
incombustível, ou seja, não propaga chamas, não favorece a proliferação de fungos
ou bactérias, não tem desempenho comprometido quando exposto à maresia, não é
atacada nem destruída pela ação de roedores4.
Como desvantagem, o elevado custo do material é a principal desvantagem.
Para melhor entendimento, segue a imagem do material empregado in loco:

Fig13 (https://qualidadeonline.wordpress.com/2013/03/04/isolamento-acustico-de-acordo-com-as-normas-tecnicas-

parte-2-final/)

3.2. - Lã de PET

14
Feito com lã de poliéster obtida de garrafas PET recicladas, o material é
100% reciclável e dá pontos positivos em projetos que buscam certificações de
sustentabilidade, como os selos Leed e Aqua. Vendido em rolos, é indicado para
sistemas drywall, além de construções em steelframe e woodframe³.
A Lã de Pet é indicado como produto hipoalergênico, que dispensa o uso de
luvas e máscaras para o seu manuseio. Pode ser armazenado de forma eficiente
devido a seu alto poder de compactação e resiliência, retornando às dimensões
originais, reduzindo o espaço de armazenamento e também o custo de transporte.
Além disso se adapta a qualquer tipo de obra e é resistente à umidade, formação de
fungos e à proliferação microorganismos. Também mantém suas características de
isolamento indefinidamente porque é um material que não sofre deformação nem
deterioração com o passar do tempo5.
Como vantagem, indubitavelmente o valor ecológico, pois são recolhidos do
meio ambiente, por descarte de garrafas pet como lixo, promovendo a reciclagem.
Também são antialérgicas e para a empresa que utiliza, conta pontos em selos de
sustentabilidade. Ainda são resistente à proliferação de fungos e bactérias4.
Como principal desvantagem, frise-se a dificuldade em encontrar o produto,
bem como a mão de obra que deve ser especializada. A seguir, uma ilustração do
material em comento:

Fig14 (http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/43/tratamento-acustico-conheca-os-principais-materiais-

utilizados-em-forros-243498-1.aspx)

3.3. - Lã de rocha

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Possui composição de fibras originadas da rocha basalto aglomerado com
resina sintética. Por isso, são ótimos isolantes acústicos, térmico, incomburente,
antiparasita, não corrosivo e não apodrece4.
Possui ampla aplicação em forros, divisórias, em dutos de ar condicionados,
em tubulações com baixas, médias e altas temperaturas de 50°C a 750°C4.
Como principais vantagens, frise-se a facilidade de manuseio,
resistência a altas temperaturas e não apodrecimento em contato com a umidade3
Como desvantagem, a necessidade de EPI para o seu manuseio e aplicação, o
que encarece a aplicação4.
A seguir, o material disposto em rolo, pronto para aplicação:

Fig15 (http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/43/tratamento-acustico-conheca-os-principais-

materiais-utilizados-em-forros-243498-1.aspx)

3.4. - Vermiculita

A vermiculita é um mineral da família das micas (alumino silicato hidratado


de ferro e de magnésio), constituído pela superposição de finas lamínulas que ao se
submeter a altas temperaturas (cerca de 1000°C) se expande até 20 vezes do seu
volume original, deixando um grande vazio em seu interior. Suas características:
baixa densidade que varia de 80 até 120 kg/m³, baixa condutibilidade,

16
incomburente, insolúvel em água, não é tóxico, não abrasivo, inodoro, não se
decompõe, deteriora ou apodrece6.
Ainda, como vantagem, cita-se que possui excelentes propriedades
isolantes. Em termos de isolamento, apenas 2,5 cm da argamassa com
VERMICULITA EXPANDIDA equivalem a 25,0 cm de concreto comum, facilidade de
aplicação podendo ser aplicada até manualmente, resistência ao fogo, pode ser
aplicada sobre qualquer base, o que permite a arquitetos e engenheiros a liberdade
para criação de soluções. A espessura pode variar para permitir o caimento
necessário para drenagem, proteção mecânica, pois constitui substrato adequado
para assentamento de pisos cerâmico e revestimentos impermeabilizantes6.
A seguir, vermiculitas prontas para a aplicação na construção civil:

Fig16 (https://www.ntcbrasil.com.br/outros/vermiculita-expandida/)

3.5. – Espumas Acústicas


Amplamente utilizadas de forma visível, em ambientes internos, as espumas
acústicas são feitas de poliuretano flexível acrescido de redutores de propagação
de chamas. São vendidas no formato de placas, já prontas para serem fixadas sobre
a superfície metálica de madeira ou de gesso. Podem ser aplicadas nas paredes e
no teto dos ambientes e são utilizadas como tratamento acústico de locais como
auditórios, salas de máquinas, estúdios, casas de shows, além de outros³.

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Possuem como pontos positivos a flexibilidade, boa absorção de ruídos e
variedade de acabamentos³.
Como desvantagem, frise-se que torna o ambiente mais quente e sua
aplicação exige materiais tóxicos, na maioria das vezes. A seguir, exemplo dessas
espumas:

Fig17 – (http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/43/tratamento-acustico-conheca-os-principais-materiais-

utilizados-em-forros-243498-1.aspx)

3.6 Borracha Sintética

A Borracha Sintética é obtida a partir de polímeros naturais de alta


densidade à base de termopolímero de etilenopropilenodieno (EPDM) e rocha
basáltica. É utilizada também para o revestimento acústico em tubulações de água
e esgoto, no isolamento acústico de pisos e lajes em apartamentos, em salas de
máquinas e geradores e em salas de ar-condicionado. Pode ser encontrada nos
formatos de rolos ou painéis³.
Como vantagem, destaca-se isolam os ruídos de passagem de água e esgoto,
na tubulações de água quente e também são laváveis³.

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Como desvantagem, apenas a trabalhabilidade que é menor, frente aos
demais isolantes. A seguir, um exemplo desse material:

Fig18 (http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/43/tratamento-acustico-conheca-os-principais-materiais-

utilizados-em-forros-243498-1.aspx)

3.7. – Painel Wall

O Painel Wall é feito de madeira laminada revestida por placas cimentícias


em Cimento Reforçado com Fio Sintético (CRFS) prensadas. Todo o processo de
fabricação é feito com prensagem sob altas temperaturas para garantir a qualidade
acústica do produto. Indicado para uso em forros, mezaninos, paredes e divisórias.
Como o nome diz, o produto é vendido em painéis³.
Como vantagem, frise-se a resistência mecânica, o bom desempenho
térmico e o estanque à água³.
Para ponto negativo, a mão de obra que necessita ser especializada, o que
dificulta e encarece a obra. A seguir, um exemplo do material.

19
Fig19 (http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/43/tratamento-acustico-conheca-os-principais-materiais-

utilizados-em-forros-243498-1.aspx)

4.0. Normas Aplicáveis


Em face do desenvolvimento dos centros urbanos, a poluição sonora
necessitou ser regulamentada, se destinando áreas para moradia, com menor
ruído, bem como os hospitais e escolar e áreas com maior ruído, como o caso do
setor industrial.
Sendo assim, os níveis aceitáveis de conforto sonoro, medidos em decibéis
(dB), para diversos ambientes são especificados na norma NBR 10.152:1987 -
Níveis de Ruído para Conforto Acústico - Procedimento e também na NBR
15.575:2008, que traz requisitos de desempenho para prédios residenciais³.
Nesse quesito, mesmo havendo o isolamento acústico do cômodo, o meio
externo também deve ser saudável. Por isso, a NBR 10152, que trata de conforto
acústico estabelece os níveis de ruído, em decibel para cada ambiente, conforme
gráfico que segue:

20
Fig20 (http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/43/tratamento-acustico-conheca-os-principais-materiais-

utilizados-em-forros-243498-1.aspx)

De posse dessa informação, o projetista pode estabelecer melhor os


materiais à serem utilizador no projeto acústico, como como ele será executado.
Consoante a NBR 10151, as zonas urbanas são divididas em áreas, no qual, se
estabelece de acordo com o período diurno e noturno os limites para a emissão de
ruídos, conforme tabela que segue:

Fig20 fonte NBR 10151

21
Deve se frisar que a própria NBR 10152 estabelece o método de avaliação
recomendado, baseado nas medições do nível sonoro dB(A), com respaldo na
análise de frequências de um ruído. Sendo assim, torna-se possível a correção ou
redução do nível sonoro, consoante as figuras que seguem com várias curvas de
avaliação de ruído (NC), através das quais um espectro sonoro pode ser
comparado, permitindo uma identificação das bandas de frequência mais
significativas e que necessitam correção, à seguir:

Fig20 fonte NBR 10152

22
Fig21 fonte NBR 10152

23
5.0 Conclusão

Pelo exposto, verifica-se que a nos moldes atuais, no qual os centros


urbanos encontram-se cada vez mais cheios, a poluição sonora torna-se um
problema da modernidade, devendo de pronto ser combatido por interferir
diretamente na vida das pessoas, pois, além de impedir o sono reparador,
influencia na saúde e no bem estar.
Por isso, um bom isolamento acústico é de suma importância para a
ambientação do local, seja uma residência, escritório ou até mesmo uma área
industrial, pois as ondas sonoras nocivas devem ser combatidas para não
prejudicar o trabalhador ou quem esteja em contato com esse ruído.
Assim, a ciência da acústica merece grande importância, merecendo
destaque pelo trabalho já desempenhado para o isolamento acústico, todavia,
novos materiais merecem vir á tona, lembrando que se aliados à reciclagem,
representam o futuro para a humanidade.

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6. Fontes Bibliográficas

1 – PILLING, Sérgio, PARTE A – Capítulo 3 Ondas, som e introdução a


bioacústica, Universidade Vale do Paraíba – SP, acesso em 09/03/2016,
disponível em < http://www1.univap.br/ spilling/BIOF/BIOF_ 04Ondas,%20
som%20e%20bioacustica.pdf>

2 – LICARIÃO, Carolina e Adriana Amorim. Conforto Acústico, introdução ao


conforto ambiental. Fec/Unicamp – SP, ICO42, 2005<http:/ /www.fec .unicam
p.br/~luharris/galeria/ic042_05/TIDIA-ae_TopicoA_mat-apoio_S03_C-
Acustico.pdf>

3 – Equipe de Obra, planejamento acústico acesso em 11/03/2016, disponível em


<http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/43/tratamento-acustico
con heca-os-principais-materiais-utilizados-em-forros-243498-1.aspx>

4 – Isolamento Acústico de Acordo Com As Normas Técnicas, acesso em


11/06/2016, disponível em:
<https://qualidadeonline.wordpress.com/2013/03/04/isolamento-acustico-de-
acordo-com-as-normas-tecnicas-parte-2-final/>

5 – Lã de Pet. Qualidade e Segurança, acesso em 11/06/2016, disponível em


http://www.arterm.com.br/la_pet_isosoft.html

6 – NTC Brasil – Vermiculita Expandida, acesso em 11/03/2016, disponível em: <


https://www.ntcbrasil.com.br/outros/vermiculita-expandida/>

7 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10151: avaliação de


ruído em áreas habitadas visando o conforto da comunidade. Rio de

Janeiro, 2000.

8 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10152: níveis de ruído


para conforto acústico. Rio de Janeiro, 1987.

9 - BERTOLI, S. R. Som – Conceitos Fundamentais. IC042 Acústica Arquitetônica.


Arquivo pdf, 2003.

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