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CANTARINO, Lauany1
Graduanda em Arquitetura e Urbanismo - Unifran/Franca
RESUMO
O presente trabalho apresenta uma análise sobre o Hotel Francano na cidade do
interior paulista, desde sua construção até a sua demolição e expõe a
inconformidade com a preservação da memória coletiva, valores afetivos e
históricos, assim como a representatividade do bem construído para a sociedade
francana.
Palavras-chave: Hotel Francano, Demolição, Memória coletiva.
ABSTRACT
The present work presents an analysis of the Hotel Francano in the city of the interior
of São Paulo, since your construction until demolition and exposes the
non-conformity with the preservation of the collective memory, affective and historical
values, as well as the representativeness of the well built for the francana society.
Key words: Hotel Francano, demolition, collective memory.
1. INTRODUÇÃO
1
Graduanda do curso de Arquitetura e Urbanismo - Universidade de Franca (UNIFRAN) - Franca/SP -
lauany.1801@gmail.com
2
de acordo com uma notícia publicada no portal online do jornal Comércio da Franca
em 2019, há diversos patrimônios na cidade, no entanto, a maioria abandonados.
Este artigo, visa demonstrar os desafios na preservação da memória coletiva,
em que concentra-se na demolição do Hotel Francano, símbolo da idealização
moderna da cidade, que levou consigo a possibilidade de rememorar a história.
A princípio, com base nos trabalhos já realizados acerca deste tema,
paralelamente com as demais referências bibliográficas e arquivos disponibilizados
pelo Museu Histórico Municipal José Chiachiri, apresenta-se os conceitos e funções
da preservação de um bem histórico, de forma a facilitar o entendimento da
conservação da memória coletiva e sua importância para a sociedade. Ademais,
apresenta-se os meios preservacionistas, a criação da sede do CONDEPHAAT -
Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico
(Estado de São Paulo) na cidade de Franca-SP.
Em segundo lugar, o trabalho expõe o desenvolvimento da burguesia na
cidade interiorana, a construção do Hotel Francano, sua trajetória em meio à este
contexto progressista e moderno da época, além das circunstâncias para o processo
de sua venda e demolição.
Na terceira etapa, esta de caráter conclusivo, aborda-se as declarações
contrárias à destruição do hotel, como também antagônicas ao tombamento.
Outrossim, destaca-se a perda memorável, o sentimento de pertencimento da
população ao local e a imposição dos interesses políticos e econômicos que
colaboraram para sua anulação.
2
Processo de modernização da cidade de Paris realizado por Engène Haussmann que expandiu-se
por todo o mundo como um modelo de cidade ideal.
7
uma vez que alguns de seus bens foram leiloados e assim, tornou-se possível o
retorno e utilização do espaço, mas logo foi vendido em 1935.
onde concedeu lugar à uma agência bancária, inaugurada em 1982, com a intenção
de enriquecer a paisagem urbana da cidade, porém, se sobrepôs aos valores
afetivos e históricos do hotel para a comunidade.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
FONTES CONSULTADAS
1981 - Adeus Hotel Francano. GCN. Franca, 03 de jul. de 2011. Disponível em:
<https://gcn.net.br/noticias/135458/quem-somos/2011/07/1981-ADEUS-H0TEL-FRA
11
LERNER, Jaime. Acupuntura Urbana. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 2011.
126 p.
12
LIMA, Deyseane Maria Araújo; BOMFIM, Zulmira Áurea Cruz. Vinculação afetiva
pessoa-ambiente: diálogos na psicologia comunitária e psicologia ambiental.
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2009.
PICCINATO, Dirceu Junior; SALGADO, Ivone; COSTA, Luiz Augusto Maia. Circular,
sanear e embelezar, signos urbanos da construção da cidade burguesa:
Franca-SP (1890-1930). Revista Cidades: Leituras sobre a cidades, Presidente
Prudente, v. 12, n. 20, p. 1-38, 2015.