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DIREITO ADMINISTRATIVO

AEPCON Concursos Públicos

Sumário
OS PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL SÃO OS SEGUINTES: ........................................ 2

Lei do Direito
Lei do Direito AutoralAutoral nºde
nº 9.610, 9.610,
19 dedeFevereiro
19 de Fevereiro deProíbe
de 1998: 1998: Proíbe a reprodução
a reprodução total outotal ou parcial
parcial desse material
desse material ou
ou divulgação
divulgação
com com
fins
fins comerciais
comerciais ouou não,
não, emem qualquer
qualquer meio
meio dede comunicação,
comunicação, inclusive
inclusive nana Internet,
Internet, sem
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OS PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL SÃO OS


SEGUINTES:

LEGALIDADE
IMPESSOALIDADE
MORALIDADE
PUBLICIDADE
EFICIÊNCIA

(LIMPE)

Os Princípios implícitos não estão expressos nas normas jurídicas, mas surgem em
decorrência dos julgados, da necessidade do ordenamento jurídico.

O exemplo mais destacado de princípio implícito é o da segurança jurídica, que tem seu
embasamento no art. 5º, XXXVI da Constituição Federal.

Vejamos alguns exemplos de princípios implícitos:

Quando falamos do regime jurídico administrativo, devemos saber que ele está fundado,
basicamente, sobre dois princípios: o da supremacia do interesse público sobre o privado
(ou princípio do interesse público) e o da indisponibilidade, pela administração, dos
interesses públicos.

O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado é limitado pela


proporcionalidade, ou seja, o ato praticado pelo administrador só será legítimo se o meio
utilizado por ele for adequado para atender ao fim perseguido.

O princípio da Indisponibilidade do interesse público em relação ao interesse privado sugere


que o poder público expressa o interesse público, portanto estará sempre em um patamar
superior ao mero interesse individual.

O princípio da legalidade significa subordinação da Administração às imposições legais. A


Administração Pública só pode realizar, fazer ou editar o que a lei expressamente permite.

Segundo o princípio da impessoalidade a Administração não pode praticar qualquer ato com
vistas a prejudicar ou beneficiar alguém, nem a atender o interesse do próprio agente, o agir
deve ser impessoal, pois os agentes públicos devem visar, tão somente, o interesse público.

O princípio da impessoalidade para algumas bancas organizadoras, como a CESPE-


CEBRASPE, é também conhecido como princípio da finalidade e da isonomia (=igualdade).

O princípio da moralidade impõe ao administrador o dever de sempre agir com lealdade,


boa-fé e ética, probidade, honestidade.

Atenção especial à súmula vinculante nº 13: proibição ao nepotismo.

Lei do Direito
Lei do Direito AutoralAutoral nºde
nº 9.610, 9.610,
19 dedeFevereiro
19 de Fevereiro deProíbe
de 1998: 1998: Proíbe a reprodução
a reprodução total outotal ou parcial
parcial desse material
desse material ou
ou divulgação
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com com
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Em certos casos a CF impõe o sigilo. São eles: para proteger a intimidade do indivíduo (art.
5º, X) e para promover a segurança da sociedade e do Estado.

Mas tenha Cuidado especial: há proibição constitucional de se utilizar a publicidade


institucional do Estado para realizar promoção pessoal.

O princípio da eficiência refere-se tanto à atuação do agente público quanto à organização


da administração pública.
Vejamos outros princípios consagrados:
Princípio da finalidade. Para este princípio, todas as ações da Administração devem ser
praticadas visando o interesse público. Analisa-se aqui o fundamento de nosso Estado de
Direito: a finalidade perseguida pelo gestor é aquela conferida previamente pelo titular do
poder – o povo – através das leis.

De acordo com o princípio da razoabilidade, a Administração deve atuar, no exercício dos


atos discricionários (atos que a lei tenha dado certa margem de liberdade ao administrador),
obedecendo critérios aceitáveis do ponto de vista racional, ou seja, com bom-senso,
prudência e racionalidade.
Esse princípio, acaba sendo, um dos limites do ato discricionário.

Princípio da motivação. De acordo com Di Pietro (2009, p. 80), o princípio da motivação


exige que a Administração Pública indique os fundamentos de fato e de direito de suas
decisões, justificando-as.

Princípio da autotutela: Esse princípio dispõe que a Administração deve exercer o controle
interno de seus próprios atos, anulando-os, quando eivados de ilegalidade, ou revogando-
os, por razões de conveniência e oportunidade (=mérito). Indispensável, nesse ponto, a
transcrição das Súmulas nºs 346 e 473, ambas do STF:

Súmula 346: A Administração Pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos.

Súmula 473: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial.

De acordo com o PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE deverá haver um juízo de adequação


entre os meios e fins na consecução dos atos administrativos.

Princípio da segurança jurídica: esse princípio tem previsão constitucional expressa (art. 5º,
XXXVI) e também está previsto no art. 2º da Lei nº 9.784/99.

Ele PROÍBE a aplicação retroativa de nova legislação ou de sua interpretação, de modo a


prejudicar terceiros. Sendo assim, resguarda-se a estabilidade das relações, consagra-se a
boa-fé e a confiança depositada pelos indivíduos no comportamento do Estado.

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Princípio da especialidade: as entidades da administração indireta não podem se desviar de


seus objetivos definidos em lei instituidora. Se uma artarquia explora atividade econômica,
por exemplo, estará fugindo do preceito principal, do seu fulcro especial.

Princípio da tutela ou do controle: proveniente do princípio da especialidade, sendo que


dispõe de que a Administração Pública direta fiscaliza as atividades exercidas pela
Administração indireta.
O princípio da tutela ou do controle está mais ligado ao princípio da especialidade do que ao
princípio da autotutela ou do controle judicial dos atos administrativos.

Princípio da continuidade do serviço público: aqui, os serviços públicos prestados pelo


Estado são provenientes das demandas do Estado Social de prover os serviços básicos à
população. Em razão disso, eles não podem ser interrompidos. Essa é a regra geral.

Entretanto , ao analisar a possibilidade do corte da energia elétrica em razão do não


pagamento, o STJ entendeu que a concessionária pode interromper o fornecimento do
serviço, mediante aviso prévio (AG 1200406 – AgRg).

O mesmo STJ, contudo, observando o princípio da continuidade do serviço público, não


autoriza o corte de energia elétrica em unidades públicas essenciais, como em escolas,
hospitais, serviços de segurança pública etc. (ERESP 845982).

Princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal: ao administrado é


assegurado o direito de ser informado dos atos de um procedimento, de se manifestar em
prazos razoáveis, indicar provas e recorrer.

EXERCÍCOS

1-Acerca do regime jurídico administrativo, julgue o próximo item. O princípio da supremacia


do interesse público sobre o interesse privado é um dos pilares do regime jurídico
administrativo e autoriza a administração pública a impor, mesmo sem previsão no
ordenamento jurídico, restrições aos direitos dos particulares em caso de conflito com os
interesses de toda a coletividade.

( ) CERTO ( ) ERRADO

2-De acordo com a doutrina, o regime jurídico-administrativo abrange tanto as regras


quanto os princípios, os quais são considerados recomendações para a atividade da
administração pública.

( ) CERTO ( ) ERRADO

3-Entende-se por regime jurídico-administrativo:

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A. a adoção de um código administrativo de caráter nacional;


B. ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas
integrantes da Administração Pública;
C. conjunto de prerrogativas, não conhecidos no âmbito do direito privado, que conferem
posição privilegiada à Administração Pública;
D. sistema lógico-jurídico coerente em torno de princípios peculiares relacionados com a
supremacia do interesse público sobre o privado e a indisponibilidade, pela Administração,
dos interesses públicos.

4-O princípio da eficiência está previsto no texto constitucional de forma explícita.

( ) CERTO ( ) ERRADO

GABARITO
1-E
2-E
3-D
4-C

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Sumário

CENTRALIZAÇÃO ........................................................................................................................................................... 2
DESCENTRALIZAÇÃO ..................................................................................................................................................... 3
DESCONCENTRAÇÃO ..................................................................................................................................................... 5
ADMINISTRAÇÃO DIRETA .............................................................................................................................................. 5



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Sumário
ÓRGÃOS PÚBLICOS ...................................................................................................................................................... 2

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Lei do Direito AutoralAutoral nºde
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ÓRGÃOS PÚBLICOS

Como visto, os órgãos públicos são centros de competência instituídos para o


desempenho de funções estatais. São unidades de ação com atribuições específicas na
organização do Estado.

O Estado é uma pessoa jurídica. Diferentemente das pessoas físicas, as pessoas jurídicas
não possuem vontade própria: elas precisam de alguém para atuar em seu nome.

No caso do Estado, esse “alguém” são as pessoas físicas que integram seus órgãos, os
agentes públicos.

Diversas teorias surgiram para explicar as relações do Estado com seus agentes.

Primeiramente se entendeu que os agentes eram mandatários do Estado. É a chamada


teoria do mandato. Tal ideia não vingou porque não explicava como o Estado, que não tem
vontade própria, poderia outorgar o mandato.

Passou-se, então, a adotar a teoria da representação, pela qual os agentes eram


representantes do Estado, equiparando o agente à figura do tutor ou curador das pessoas
incapazes.

A teoria também foi criticada; primeiro por equiparar o Estado ao incapaz que, ao
contrário do Estado, não possui capacidade para designar representante para si mesmo; e
segundo porque, da mesma forma que a teoria anterior, permitia ao mandatário ou ao
representante ultrapassar os poderes da representação sem que o Estado respondesse por
esses atos perante terceiros prejudicados.

Finalmente, foi instituída a teoria do órgão, hoje amplamente aceita na doutrina e na


jurisprudência, pela qual se presume que a pessoa jurídica manifesta sua vontade por meio
dos órgãos que a compõem, sendo eles mesmos, os órgãos, compostos de agentes. Desse
modo, quando os agentes agem, é como se o próprio Estado o fizesse.

Criação e extinção A criação e a extinção de órgãos na Administração Direta do Poder


Executivo necessitam de lei em sentido formal, de iniciativa do chefe do Poder Executivo
(CF, art. 61, §1º, II, a). Ou seja, a lei deve ser aprovada no Poder Legislativo, mas quem dá
início ao processo legislativo é o chefe do Executivo. Já a organização e o funcionamento dos
órgãos do Executivo criados por lei podem ser feitos por meio da edição de simples decretos,
os chamados decretos autônomos, desde que não impliquem aumento de despesa, nem
criação ou extinção de órgãos públicos.

CAPACIDADE PROCESSUAL

Em regra, o órgão não possui capacidade processual, uma vez que não possui
personalidade jurídica. Em consequência, não pode figurar como sujeito ativo ou passivo de
uma ação judicial. A capacidade, em regra, é da própria pessoa política (União, Estados, DF

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e Municípios). Assim, por exemplo, não se interpõe ação judicial contra a Receita Federal, e
sim contra a União. Contudo, há exceções. A jurisprudência reconhece a capacidade de certos
órgãos públicos para a impetração de mandado de segurança na defesa de suas
prerrogativas e competências, quando violadas por ato de outro órgão.

Ressalte-se que essa capacidade só é reconhecida em relação aos chamados órgãos


autônomos e independentes, que são os órgãos mais elevados do Poder Público, de natureza
constitucional, e apenas quando defendem suas prerrogativas e competências. Não alcança,
portanto, os demais órgãos, superiores e subalternos.

QUESTÕES

(Cespe – TJDFT 2013) Os órgãos públicos classificam-se, quanto à estrutura, em órgãos


singulares, formados por um único agente, e coletivos, integrados por mais de um agente ou
órgão.

Comentário: A questão está errada. Primeiro porque, quanto à estrutura, os órgãos públicos
classificam-se em simples (não possuem subdivisões) e compostos (possuem subdivisões).
Órgãos singulares e coletivos referem-se à classificação quanto à atuação funcional. Outro
erro é que órgãos singulares são aqueles cujas decisões são tomadas por um único agente, e
não necessariamente formados por um único agente. A Presidência da República, por
exemplo, é um órgão singular, porque suas decisões são tomadas pelo Presidente da
República; no entanto, a Presidência da República possui vários servidores em seus quadros.

Gabarito: Errado

A atuação do órgão público é imputada à pessoa jurídica a que esse órgão pertence.

Comentário: A questão está correta. O órgão público não possui personalidade jurídica. Ele
é apenas uma extensão da entidade que o criou. Assim, todas as suas manifestações de
vontade, concretizadas pela atuação dos agentes públicos, são consideradas como da
própria pessoa jurídica mãe. Dizendo de outra forma, a atuação do órgão público é imputada
à pessoa jurídica, a qual pode ser uma entidade política ou uma entidade administrativa.
Esse é o fundamento da chamada teoria do órgão.

Gabarito: Certo

Os ministérios e as secretarias de Estado são considerados, quanto à estrutura, órgãos


públicos compostos.

Comentário: Questão correta. Órgãos públicos compostos são aqueles que se subdividem em
vários outros órgãos que lhe são subordinados hierarquicamente. Os Ministérios e as
Secretarias de Estado são órgãos compostos, pois se subdividem em departamentos,
conselhos, gabinetes etc. Os órgãos compostos contrapõem-se aos órgãos simples ou
unitários, que não possuem subdivisões em sua estrutura interna.

Gabarito: Certo

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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Lembremos que o Estado brasileiro, ente político e central, é a República Federativa do


Brasil, pessoa jurídica de direito público externo, empreendeu a desconcentração e
descentralização política. Na desconcentração política criou-se os poderes (funções) do
Estado, independentes e harmônicos entre si, ou seja, o Poder Legislativo (função
legislativa), o Judiciário (função de julgar) e o Executivo (função administrativa). Na
descentralização política, os entes políticos internos, pessoas jurídicas de direito público
interno, compreendendo a União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios. É a partir
daí que se tem a noção de Administração Pública, ou seja, Administração Pública nada mais
é que do que o Estado (entes políticos internos) no exercício da função administrativa
(função executiva).

Contudo, tal estrutura, inicialmente criada, o foi de forma concentrada e centralizada


sob aspecto administrativo. Quer dizer, também, o Estado no exercício da função
administrativa, para melhor desempenho dessa função, tende a repartir-se internamente e
externamente.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA

Com efeito, foi o Decreto-Lei nº 200/67, em que pese não se atentar para o exercício de
funções atípicas pelos demais poderes e tratando apenas do plano federal, que estabeleceu
o conceito de Administração Pública Direta. Vejamos: Art. 4° A Administração Federal
compreende: I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na
estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.

Portanto, a Administração Pública Direta compreende os próprios Entes Políticos, ou


seja, União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, todos com personalidade
jurídica de direito público no exercício da função administrativa. Até aí tudo bem. Nada de
novo! No entanto, para melhor organização das atividades que deve desempenhar, a
Administração Pública direta procede a distribuição interna dessas atividades, fazendo uma
departamentalização, uma setorização, ou seja, opera-se a desconcentração administrativa.

Portanto, a desconcentração administrativa é a distribuição de atividades (funções,


competências) em uma estrutura interna. Trata-se, pois, de divisão, distribuição de funções
no âmbito interno de uma mesma pessoa jurídica, especialmente com a criação de órgãos.

Assim, temos o surgimento dos órgãos administrativos, cuja principal característica


talvez seja ausência de personalidade PRÓPRIA!

De outro lado, com o mesmo intuito de organizar-se e melhor desempenho de suas


funções, o ente federativo no exercício da função administrativa também procede a
distribuição de suas funções externamente. Significa dizer que o ente político transfere uma
ou algumas de suas atividades (funções ou competências) para outra pessoa, para que a
execute, para que a realize. Portanto, a descentralização administrativa é a distribuição

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externa de atividades de uma pessoa para outra, especialmente com a criação de entidades
administrativas.

Esse mecanismo, distribuição externa de funções (descentralização administrativa) é


que deu ensejo ao surgimento do que se denomina Administração Pública indireta. Assim,
Administração Pública Indireta é o conjunto de pessoas jurídicas distintas do Estado, e
criadas por ele, para realizar atividades que lhe são atribuídas como próprias. Art. 4° A
Administração Federal compreende: II - A Administração Indireta, que compreende as
seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:

ÓRGÃOS PÚBLICOS

De acordo com o art. 1º, §2º, inc. I, da Lei nº 9.784/99, órgão público é “a unidade de
atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração
indireta”.

Nesse sentido, a Profa. Di Pietro os define como uma unidade que congrega atribuições
exercidas pelos agentes públicos que o integram com o objetivo de expressar a vontade do
Estado.

Com efeito, em que pese os órgãos públicos terem sido criados originariamente no
âmbito da Administração Pública direta (desconcentração administrativa), tal fenômeno é
amplamente aplicável também na Administração indireta. Significa dizer que a
desconcentração administrativa pode ocorrer na Administração direta ou na indireta,
conforme se extrai do conceito legal.

Cabe dizer que o órgão não se confunde com a pessoa jurídica (ente ou entidade). Na
verdade, é parte integrante da estrutura de uma pessoa jurídica. Por isso, a característica
básica que diferencia um órgão de uma entidade é que os órgãos não possuem personalidade
jurídica e integram a estrutura interna de um ente ou entidade.

Contudo, alguns órgãos podem ter representação própria para a defesa de suas
prerrogativas institucionais.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CÂMARA


LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL. LEGITIMIDADE PARA RECORRER. CAPACIDADE
PARA SER PARTE E ESTAR EM JUÍZO. ADI 1557. LEGITIMIDADE PARA A CAUSA
CONCRETAMENTE APRECIADA. AUSÊNCIA. PRECEDENTES. A corte pacificou entendimento
de que certos órgãos materialmente despersonalizados, de estatura constitucional, possuem
personalidade judiciária (capacidade para ser parte) ou mesmo, como no caso, capacidade
processual (para estar em juízo). ADI 1557, rel. min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJ
18.06.2004. Essa capacidade, que decorre do próprio sistema de freios e contrapesos, não
exime o julgador de verificar a legitimidade ad causam do órgão despersonalizado, isto é,
sua legitimidade para a causa concretamente apreciada. Consoante a jurisprudência
sedimentada nesta Corte, tal legitimidade existe quando o órgão despersonalizado, por não
dispor de meios extrajudiciais eficazes para garantir seus direitos-função contra outra

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instância de Poder do Estado, necessita da tutela jurisdicional. Hipótese não configurada no


caso. Agravo regimental a que se nega provimento.

(RE 595176 AgR, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, julgado em
31/08/2010)

Assim, em que pese os órgãos não terem personalidade jurídica, alguns (órgãos
independentes e autônomos) são dotados de capacidade processual (capacidade judiciária
ou personalidade judiciária) a fim de irem a juízo na defesa de suas prerrogativas
institucionais, tal como o TCU na defesa de sua prerrogativa de fiscalizar as contas pública,
por exemplo.

Nesse sentido, conforme entendimento do STF, alguns órgãos têm a capacidade ou


“personalidade judiciária” para impetrarem mandado de segurança para a defesa do
exercício de suas competências e do gozo de suas prerrogativas.

Outrossim, é preciso também acentuar que o órgão também não se confunde, em regra,
com a pessoa física (com o agente público).

Por isso, vale a pena tecermos uma análise acerca da relação entre o agente público e o
órgão, ou seja, a relação que se concretiza em razão do exercício de atividades pelos agentes
públicos em decorrência das atribuições destinadas a determinados órgãos.

Nesse sentido, três sãos as teorias que tentam explicar tal relação, sendo: a) Teoria do
mandato: Para esta teoria o agente público seria um mandatário da pessoa jurídica. Significa
dizer que receberia um mandato ou procuração para atuar em nome da administração.

b) teoria da representação: para esta o agente público era legalmente representante do


Estado, ou seja, o Estado teria como seu representante legal o agente público.

c) teoria do órgão: é a aplicada no âmbito da Administração Pública brasileira, devendo


ser aquela observada nas respostas dos certames. Explica a relação no sentido de que a
pessoa jurídica manifesta a sua vontade por meio dos órgãos, de tal modo que, quando os
agentes que os compõem, ao exercerem suas atribuições, é como se o próprio Estado o
fizesse, traduzindo-se numa ideia de imputação. Significa que o agente atua de acordo com
as competências do órgão, realizando a vontade do ente ou entidade que este integra.

Assim, o Estado atua por meio de seus órgãos e, dentro destes, haverá agentes que
realizarão as atribuições destinadas à estrutura organizacional. Como visto, é essa a teoria
que explica a relação entre o Estado, o órgão e o exercício das atividades administrativas
pelos agentes, por isso também é denominada teoria da imputação [princípio da imputação
volitiva].

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Questões

1- A Administração Pública Direta compreende os próprios Entes Políticos, ou seja, União, Estados-
membros, Distrito Federal e Municípios, todos com personalidade jurídica de direito público no
exercício da função administrativa.

2- Os órgãos públicos são centros de competência instituídos para o desempenho de funções


estatais. São unidades de ação com atribuições específicas na organização do Estado.

GABARITO:

1-C
2-C

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LeidodoDireito
Lei DireitoAutoral
Autoralnºnº9.610,
9.610,dede1919dedeFevereiro
Fevereirodede1998:
1998:Proíbe
Proíbea areprodução
reproduçãototal
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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

CLASSIFICAÇÕES DOS ÓRGÃOS

Sabendo, então, que o órgão é parte integrante da estrutura de um ente ou entidade, é possível
identificarmos diversos tipos, espécies, de órgãos públicos, de maneira que podemos classificá-
los utilizados vários mecanismos.

Assim, dentre os principais podemos citar quanto a posição estatal, quanto a estrutura, e
quanto a atuação funcional.

Isso, no entanto, sem querer esgotar o ponto, pois há, como disse, diversas classificações.

Quanto à posição estatal temos os órgãos independentes, os autônomos, os superiores e os


subalternos.

Os independentes são órgãos cuja criação tem origem na própria Constituição e representam
um dos Poderes estatais, não estão sujeitos a qualquer subordinação hierárquica ou funcional por
outro órgão, apenas à Constituição e às Leis. (Ex: Chefia do Executivo, Tribunais, Congresso
Nacional etc)

Os autônomos são órgãos que gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica,


localizados na cúpula da Administração, abaixo e subordinados diretamente aos órgãos
independentes, participando das decisões governamentais no âmbito de suas competências. (Ex:
Ministérios, Secretarias de Estado).

Os superiores são os órgãos que detêm o poder de direção, comando e controle das atividades
administrativas de sua competência, porém estão sempre subordinados a controle hierarquia de
uma autoridade superior, não gozando, portanto, de autonomia. (Ex: Departamentos, Gabinetes,
Coordenadorias, Divisões etc)

Os subalternos são os órgãos que estão subordinados a outros órgãos de hierarquia maior,
com função eminentemente de execução das decisões tomadas administrativamente. (Ex: Seção
de pessoal, expediente, material, transporte, apoio técnico etc).

Quanto à estrutura, ou seja, constituição interna desse órgão, temos os simples e os


compostos.

São simples os órgãos constituídos por um só centro de comando, com subdivisões internas.

E, compostos, os que possuem, em sua estrutura interna, outros órgãos que lhe estão
subordinados hierarquicamente.

Quanto à atuação funcional temos os órgãos singulares e os colegiados.

Singulares são órgãos que atuam, exercem seu poder decisório, por meio de um único agente.
(Diretoria Geral etc).

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não, emem qualquer
qualquer meiomeiodede comunicação,
comunicação, inclusive
inclusive nana Internet,
Internet, sem
sem autorização
autorização dodo AlfaConConcursos
AEPCON ConcursosPúblicos.
Públicos.
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AEPCON Concursos
Públicos

E, os Colegiados, aqueles cuja atuação e decisão passa, em regra, pela manifestação conjunta
e majoritária de seus membros (Comissões Disciplinares, Comissão de Licitação etc).

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA

A Administração Pública indireta é uma forma de descentralização administrativa em que o


Estado, Administração Pública Direta, transfere competências administrativas para outra pessoa
jurídica criada por ele.

Essa transferência é denominada outorga e somente se dá por meio de lei.

Então, a outorga é a transferência de determinada competência da administração direta


para a indireta.

Com efeito, temos no âmbito da Administração Pública indireta as seguintes entidades


administrativas:

 Autarquias, (A)

 Fundações Públicas, (F)

 Empresas Públicas (E)

 Sociedades de Economia Mista.(S)

FAMOSA FASE

QUESTÕES

Os órgãos públicos classificam-se, quanto à estrutura, em órgãos singulares, formados por um


único agente, e coletivos, integrados por mais de um agente ou órgão.

COMENTÁRIO:
Quanto à estrutura os órgãos são simples ou compostos, ou seja, estão ou não divididos
internamente em outros órgãos. Singular ou coletivo (colegiado) refere-se à classificação quanto
à atuação funcional.

Gabarito: Errado.

Atualmente, a doutrina majoritária, para explicar a relação entre o órgão público e o agente, utiliza-
se da teoria da representação, segundo a qual os agentes são representantes do Estado.

Comentário: De acordo com a teoria do órgão ou da imputação volitiva, a pessoa jurídica


manifesta sua vontade por meio dos órgãos, de tal modo que, quando os agentes que os compõem
exercem suas atribuições é o próprio Estado que o faz, por meio de seus órgãos. Significa dizer
que o agente atua de acordo com as competências do órgão, realizando a vontade do ente ou

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Públicos

entidade que este integra, ou seja, o Estado atua por meio de seus órgãos e, dentro destes, haverá
agentes que realizarão as atribuições destinadas à estrutura organizacional. Portanto, pela teoria
da imputação ou do órgão todos os atos praticados pelos agentes são imputados a pessoa jurídica,
ou seja, não importa se lícitos ou ilícitos. Claro que se ilícito, o agente responderá interna e
externamente, ou seja, responderá civil, administrativa e penalmente.

Gabarito: Errado.

De acordo com a teoria do órgão, a atuação da pessoa jurídica deve ser imputada ao agente —
pessoa natural — integrante de sua estrutura.

Comentário: É o contrário. A atuação do agente público é que deve ser imputada à pessoa jurídica,
que responderá pelos atos destes perante terceiros.

Gabarito: Errado.

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Sumário
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA .......................................................................................................................... 2

Lei do Direito
Lei do Direito AutoralAutoral nºde
nº 9.610, 9.610,
19 dedeFevereiro
19 de Fevereiro deProíbe
de 1998: 1998: Proíbe a reprodução
a reprodução total outotal ou parcial
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ou divulgação
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fins
fins comerciais
comerciais ouou não,
não, emem qualquer
qualquer meio
meio dede comunicação,
comunicação, inclusive
inclusive nana Internet,
Internet, sem
sem autorização
autorização dodo AlfaConConcursos
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Públicos.
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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Autarquias

As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, com autonomia
administrativa, orçamentária e técnica (capacidade de autoadministração), e capital
exclusivamente público, para o desempenho de atividades típicas do Estado.

Nesse sentido, o Decreto-Lei nº 200/67 define autarquia, nos termos do art. 5º, inc. I, da
seguinte forma:

Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:

I – Autarquia – o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. Numa visão bem simplista, podemos
dizer que as autarquias representam uma parcela do Estado no exercício indireto de sua função
administrativa (gestão administrativa descentralizada), por meio de um órgão a que se atribuiu vida
própria.

Diante disso, é possível identificar as seguintes características:

 A criação é sempre por lei;


 São dotadas de personalidade jurídica de direito público;
 Gozam de autonomia administrativa, orçamentária e técnica;
 São criadas para especialização dos fins ou atividades;
 Sujeitam-se ao controle de tutela. Significa que não estão subordinadas ao ente que as criou, mas
apenas vinculada aos fins para os quais foi criada (supervisão ministerial).

Por gozarem de personalidade jurídica de direito público, vale destacar que as


autarquias são sempre criadas por lei. Ou seja, somente Lei (em sentido estrito) pode criar
uma Autarquia. E é a lei que definirá sua estrutura, sua atividade, ou seja, seus contornos.

Significa dizer que, a partir do início da vigência da lei criadora, tem a entidade seu
surgimento (seu nascimento), sem qualquer necessidade de averbação de seus atos
institucionais em órgãos destinados a tanto, pois seu delineamento está todo contido na
norma criadora.

Então, por observância do princípio da simetria (paralelismo das formas), a extinção


também deverá ser procedida por meio de lei.

Isto é, se somente por lei específica é possível à criação, então, somente por lei poderá
ocorrer à extinção de uma Autarquia.

É importante destacar que, doutrinariamente, se costuma dividir as autarquias em


institucionais e territoriais.

Lei do Direito
Lei do Direito AutoralAutoral nºde
nº 9.610, 9.610,
19 dedeFevereiro
19 de Fevereiro deProíbe
de 1998: 1998: Proíbe a reprodução
a reprodução total outotal ou parcial
parcial desse material
desse material ou
ou divulgação
divulgação
com com
fins
fins comerciais
comerciais ouou não,
não, emem qualquer
qualquer meio
meio dede comunicação,
comunicação, inclusive
inclusive nana Internet,
Internet, sem
sem autorização
autorização dodo AlfaConConcursos
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As autarquias territoriais surgem por desmembramento geográfico do Estado, criando-


se um ente ao qual se outorga prerrogativas de forma geral funções administrativas e até
mesmo de ordem política, a exemplo dos territórios que são autarquias territoriais de
natureza política integrantes da União.

As autarquias institucionais são pessoas administrativas criadas por lei, com objetivo
específico, sem qualquer espécie de delegação política, pois recebem, por outorga, a
titularidade de uma atividade típica do Estado. Exemplo: Instituto Nacional do Seguro Social
– INSS.

Por outro lado, classificam-se, ainda, as autarquias quanto ao objeto, quando temos as
autarquias em regime comum e as em regime especial.

As autarquias em regime comum não têm maior especificidade, ou seja, estariam


submetidas ao denominado “regime comum” das autarquias, gozando de autonomia
administrativa e financeira, prerrogativas destinadas à Fazenda Pública em geral. Ex.
Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente – IBAMA,
Instituto de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, dentre outros.

As autarquias em regime especial são autarquias dotadas de maiores prerrogativas, tal


qual maior autonomia administrativa, poder normativo técnico e, ainda, algumas gozando
de mandato fixo para os seus dirigentes. Ex: Universidades (Lei nº 5.540/68), BACEN e as
denominadas agências reguladoras (ex.: ANATEL, ANA, ANEEL, ANP, ANVISA, etc).

Podemos utilizar, ainda, classificação considerando a estrutura, quando temos as


autarquias corporativas e as fundacionais.

As autarquias corporativas são aquelas que têm a prerrogativa de fiscalizar e controlar


o exercício de certas profissões. Ex.: CRECI, CRM, CREA, CRC, ou seja, os conselhos
profissionais.

Nesse aspecto, cabe destacar que o Supremo Tribunal Federal tem entendimento de que
a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) não integra a Administração Pública, realizando,
pois, serviço público de forma independente, e, por isso, não se submete ao regime jurídico-
administrativo (não sendo obrigada a realizar concurso para ingresso de pessoal),
tampouco a controle Estatal de suas finalidades ou mesmo do Tribunal de Contas da União
no tocante aos seus recursos e gastos.

Portanto, verificamos que muito embora os conselhos de profissões sejam autarquias


corporativas, e, por isso, se submetem a controle do Tribunal de Contas da União, além de
terem o dever de licitar e realizar concursos públicos, a OAB estaria excluída dessas
sujeições na medida em que não integra a Administração Pública, conforme entendimento
do STF.

As autarquias fundacionais são autarquias criadas em razão de um destacamento de


patrimônio estatal, com o escopo de atuarem desempenhando atividades ligadas ao
desenvolvimento social, tal como saúde, educação ou em proteção aos direitos e interesses
de minorias.

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Ex. Fundação Universidade de Brasília (FUB), Fundação Nacional do Índio (FUNAI) etc.

O Prof. Carvalho Filho traz interessante classificação, quanto nível federativo e quanto
ao objetivo, além de referentes ao regime jurídico (especial ou comum).

Quanto ao nível federativo, as autarquias podem ser federais (integrantes da União),


estaduais, distritais e municipais.

Quanto ao objeto podem classificar-se em culturais (são aquelas dirigidas à educação e


saúde), corporativas (ou profissionais, são os conselhos) e previdenciárias (voltadas à
previdência social oficial), e ainda assistenciais (voltadas à atividade de auxílio, ajuda,
assistência), administrativas (categoria residual que desempenham serviços públicos e
outras atividades), de controle (as agências reguladoras) e associativas (associação
publica).

Portanto, a autarquia é forma de atuação especializada da Administração no exercício


de certa atividade administrativa, de modo que não poderá atuar fora de tais fins, sob pena
de violação da finalidade para a qual fora constituída.

De tudo, no entanto, precisamos verificar que há duas hipóteses de agências: as


reguladoras e as executivas.

As agências reguladoras (autarquias em regime especial) surgiram em decorrência do


plano nacional de desestatização (Lei nº 9.491/97), cujo escopo era pôr fim ao monopólio
estatal de alguns serviços definidos em certos setores e, principalmente, visando o princípio
da especialidade, com papel de disciplinar e fiscalizar atividades típicas do Estado, cuja
execução fora outorgada a particulares.

Como disse, essas agências caracterizam-se por três elementos: maior independência,
investidura especial (depende de nomeação pelo Presidente aprovação prévia do Senado
Federal) e mandato, com prazo fixo, conforme lei que cria a pessoa jurídica.

Quanto ao regime especial, o prof. Carvalho Filho dá especial destaque às prerrogativas


para que se caracterize uma autarquia em regime especial, citando quatro fatores, sendo:

1º) poder normativo técnico (chamada deslegalização, ou seja, poder de editar normas técnicas
complementares das normas gerais);

2º) autonomia decisória (poder de decidir os conflitos administrativos que envolvem sua área de
atuação);

3º) independência administrativa (seus dirigentes têm investidura por prazo certo);

4º) autonomia econômico-financeira (têm recursos próprios e dotação orçamentária específica).

Pode-se dizer, portanto, que as agências reguladoras são responsáveis pela


regulamentação (poder regulamentar), controle e fiscalização de serviços públicos,

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atividades e bens transferidos ao setor privado e, em suma, englobam as seguintes


atividades:

a) serviços públicos propriamente ditos, tal como ANEEL (Lei nº 9.427/96), ANATEL (Lei nº 9.472/97),
ANTT e ANTAQ (Lei nº 10.233/2001);

b) atividade de fomento e fiscalização de atividade privada (Ancine – MP 2.281-1/01 – Lei nº 10.454/02);

c) regulação e fiscalização de atividades econômicas (ANP, Lei nº 9.478/97);

d) atividades sociais – exercidas pelo Estado, mas facultadas também ao particular – (ANVISA, Lei nº
9.782/99; ANS, Lei nº 9.961/00); e,

e) agência reguladora de uso de bens públicos, tal como a ANA, criada pela Lei nº 9.984/00.

De todo modo, devemos observar uma série de traços específicos e característicos dessas entidades
quanto a pessoal, regime jurídico, licitações, dentre outros. Vejamos:

a) Regime de pessoal: A Lei nº 9.986/00 estabelecia a possibilidade de contratação por meio do


regime celetista. Porém, o STF entendeu que não se compatibilizava o regime de emprego com as
atribuições desempenhas pelas agências reguladoras, firmando, com isso, a necessidade de
observar o regime estatutário.
b) Licitação: devem observar as normas da Lei nº 8.666/93 e Lei nº 10.520/02. Podendo optar por
modalidades especificas como o pregão e a consulta, conforme consta da Lei nº 9.986/00.

As agências executivas, por outro lado, são autarquias ou fundações que por iniciativa
da Administração Direta (Presidente da República), recebem o status de Agência Executiva,
em razão da celebração de um contrato de gestão, que objetiva uma maior eficiência e
redução de custos (Decretos Federais nº 2.487 e 2.488, ambos de 1998).

Para receber tal qualificação é preciso ter plano estratégico de reestruturação e


desenvolvimento institucional em andamento e celebrar contrato de gestão com o
Ministério supervisor.

São, portanto, autarquias ou fundações qualificadas para melhor desempenho de suas


atividades que firmam contrato de gestão para maior autonomia administrativa e
orçamentária, não estando, portanto, hierarquicamente subordinadas.

QUESTÕES

As agências reguladoras têm autonomia financeira e orçamentária, assim como receita


própria.

Comentário: As agências reguladoras são autarquias em regime especial e, portanto,


possuem autonomia financeira e orçamentária e receita própria.

Gabarito: Certo.

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Os bens das autarquias não são passíveis de penhora.

Comentário: As autarquias são submetidas ao regime jurídico de direito público.


Portanto, seus bens são gravados com as prerrogativas da impenhorabilidade,
inalienabilidade relativa e imprescritibilidade. A impenhorabilidade quer dizer que seus
bens não são passíveis de constrição judicial, de modo que seus débitos são pagos por meio
de precatório, salvo requisição de pequeno valor (RPV). A inalienabilidade relativa significa
que seus bens somente podem ser alienados com autorização legislativa e desde que
desafetados de sua destinação especial.
Enfim, a imprescritibilidade que dizer que seus bens não são passíveis de perda pelo não
uso, ou seja, não são passíveis da usucapião.

Gabarito: Certo.

As autarquias federais detêm autonomia administrativa relativa, estando subordinadas aos


respectivos ministérios de sua área de atuação.

Comentário: Não há subordinação entre as autarquias e os órgãos da Administração direta.


As entidades administrativas são autônomas.

Gabarito: Errado.

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Sumário

Empresas Estatais ......................................................................................................................................................... 3


Sumário
Sumário

Definições importantes: ................................................................................................................................................ 4


ATENÇÃO PARA AS OBSERVAÇÕES FATAIS: .................................................................................................................. 5
Exigência de concurso público para que alguém seja investido em cargo público ...................................................... 6
OBS:
Agora Eu Passo Concursos Públicos

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Regime dos Servidores Públicos Federais��������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Provimento�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Nomeação (provimento originário)��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Readaptação�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Reversão������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Aproveitamento�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Posse������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
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Agora Eu Passo Concursos Públicos

Regime dos Servidores Públicos Federais


Em se tratando da administração direta, autárquica e fundacional consta na Lei 8.112, de 11 de
dezembro de 1990 todas as regras inerentes aos SERVIDORES CIVIS FEDERAIS. Tem-se uma Lei
Federal que se aplica exclusivamente à União. Sendo assim, os estados e municípios devem possuir
leis próprias estabelecendo o regramento para os seus servidores públicos.
É o caso do Estado do Ceará, por exemplo, cuja LEI é a 9826.
As regras da Lei 8.112/1990 ATINGEM os órgãos da administração direta, das autarquias e das
fundações públicas, MAS CUIDADO!!! não se aplicam às empresas públicas e às sociedades de
economia mista, cujos empregados públicos submetem-se às regras da Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT.
A Lei 8.112/1990 é o Estatuto dos servidores públicos, em sentido estrito. Temos aqui os servido-
res estatutários, justamente porque sua relação profissional se dá por meio das regras previstas em
um “estatuto” que, no caso, é a Lei 8.112/1990. Assim, tal diploma legal é chamado de Estatuto dos
Servidores Públicos da União.
Jurisprudências importantes nesse momento são as do STF e o STJ, que já assentiram que o
servidor público não possui direito adquirido à imutabilidade do regime jurídico.
De acordo com a Lei 8.112 conceitua servidor como a pessoa legalmente investida em cargo
público (art. 2º).
Já o cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura orga-
nizacional que devem ser cometidas a um servidor (art. 3º, caput). Os cargos públicos, acessíveis a
todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres
públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão (art. 3º, parágrafo único).
Os cargos públicos podem ser de provimento efetivo, nesse caso há exigência de concurso público,
e de provimento em comissão Os servidores públicos desenvolvem suas atividades como profissão
e, por esse motivo, o art. 4º da Lei 8.112/1990 veda a prestação de serviços gratuitos, ressalvados os
casos previstos em lei.
Concurso Público: o concurso poderá ser de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em
duas etapas, conforme dispor a lei ou regulamento do respectivo plano de carreira. Com efeito, a inscrição
do candidato no concurso será condicionada ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensá-
vel ao seu custeio, ressalvando-se as hipóteses de isenção nele expressamente previstas (art. 11).
Quanto ao prazo de validade do concurso público, este será de até dois anos, e não de 2 anos
fechados, cuidado!!! Pode ser prorrogado uma única vez, por igual período (art. 12). O EDITAL
fixará regras do Concurso Público.

Provimento
Pela Lei 8.112/1990, são requisitos básicos para a investidura em cargo público (art. 5º):
a) a nacionalidade brasileira; b) o gozo dos direitos políticos; c) a quitação com as obrigações milita-
res e eleitorais;
d) o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; e) a idade mínima de dezoito anos; f)
aptidão física e mental.
Súmula 14 do STF estabelece que:
“Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concurso
para cargo público”. Na mesma linha, a Súmula Vinculante 44, também do STF, dispõe que “Só por
lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público”. Estabelece o §3º

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do art. 5º da Lei 8.112/1990 que as universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, obedecendo
as normas e procedimentos do próprio Estatuto dos Servidores.
Pne:
A Lei 8.112/1990 também assegura às pessoas portadoras de deficiência o direito de se inscrever
em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiên-
cia de que são portadoras. Com efeito, devem ser reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas ofe-
recidas no concurso para pessoas portadoras de necessidades especiais.
O art. 7º estabelece que a investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
Provimento é o ato pelo qual se efetua o preenchimento do cargo público, com a designação de
seu titular.
Assim, a Lei 8.112/90 estabelece sete hipóteses de provimento, vejamos:
PAN 4R
PROMOÇÃO (P)
APROVEITAMENTO (A)
NOMEAÇÃO (N)
READAPTAÇÃO
REINTEGRAÇÃO
REVERSÃO
RECONDUÇÃO
A nomeação é a única forma de provimento originário. As demais são derivadas!
O instituto da ascensão e da transferência não existem mais em nosso ordenamento jurídico.
IMPORTANTE VERMOS a Súmula Vinculante 43 do STF, que estabelece que “É inconstitucio-
nal toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em
concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anterior-
mente investido
Nomeação (provimento originário)
É a única forma de provimento originário admitida em nosso ordenamento jurídico, esta pode se
dar por intermédio de provimento de cargo efetivo ou em comissão.
No que diz respeito a cargo efetivo), a nomeação dependerá de prévia aprovação em concurso
público de provas ou de provas e títulos. Quando fizer relação ao cargo em comissão, não depende
de aprovação em concurso, em razão de que se trata de cargo de livre nomeação ou exoneração. É ato
administrativo unilateral
Já está pacificado o entendimento de que o candidato aprovado em concurso público, dentro do
número de vagas previstas no edital, possui direito subjetivo à nomeação STF: A 2ª Turma do STF
entendeu que o direito à nomeação também se estende ao candidato aprovado fora do número de
vagas previstas no edital, desde que surjam novas vagas no prazo de validade do concurso.
Promoção: IMPORTANTE forma de provimento derivado vertical que se apresentam nos
cargos organizados em carreiras, em que é possível que o servidor suba aos cargos de nível mais alto
da carreira, por intermédio dos critérios de antiguidade e merecimento. Cuidado para não confun-
dir a promoção com o instituto da progressão funcional, que configura apenas o aumento no padrão
remuneratório, sem que haja mudança de cargo.
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Agora Eu Passo Concursos Públicos
Vejamos o que diz o §2º, do art. 37, da CF: a União, os Estados e o Distrito Federal manterão
escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a
participação nesses cursos um dos requisitos para a promoção na carreira.
“Promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na
carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor” (art. 17).
Readaptação
Aqui se tem uma forma de provimento derivado presente no art. 24 da Lei 8.112/90, concedendo
a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação
que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica oficial.
DICA: LEMBRE-SE DO “D” de doente – LIMITAÇÃO FÍSICA E MENTAL.
Indispensável percebermos que a readaptação deve ser efetivada em cargo de atribuições afins,
respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos. Com efeito, o
servidor tem direito à readaptação ainda que não exista cargo vago, hipótese em que exercerá suas
atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga (art. 24, §2º).
Caso o servidor público for julgado incapaz, ou seja, quando sofrer uma limitação permanente
em que não poderá ser readaptado, ele será aposentado (art. 24, §1º).
Reversão
A reversão é forma de provimento derivado, que está no art. 25 da Lei 8.112/1990, consistindo no
retorno à atividade de servidor aposentado. Quais são as duas modalidades de reversão no Estatuto
dos Servidores da União?
a) reversão de ofício: ocorre no momento em que a junta médica oficial declara que insubsistem os
motivos que levaram à aposentadoria por invalidez permanente;
b) reversão a pedido: aqui o cenário é para o servidor estável que se aposentou voluntariamente e,
depois disso, solicitou a reversão de sua aposentadoria.
No primeiro caso, independe, para fins de reversão de ofício, se o servidor era estável ou o cargo
está ocupado ou não. Caso o cargo já esteja provido (ocupado), o servidor exercerá suas atribuições
como excedente, até a ocorrência de vaga (art. 25, §3º). No segundo caso, o servidor que se aposentou
voluntariamente faz o pedido para retornar à ativa. Com efeito, a reversão a pedido depende dos se-
guintes requisitos (art. 25, II):
a) tenha o servidor solicitado a reversão; b) a aposentadoria tenha sido voluntária; c) o servidor era
estável quando na atividade; d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicita-
ção; e) haja cargo vago.
Por fim, acrescenta-se que a Lei 8.112/1990 veda a reversão, em qualquer dos casos, para o servidor
que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade, uma vez que, nesse caso, ele já teria ultrapassado o
limite para a aposentadoria compulsória (CF, art. 40, §1º, II)
Aproveitamento
O aproveitamento é forma de provimento derivado com previsão expressa na Constituição
Federal (art. 41, §3º) e na Lei 8.112/1990 (arts. 30 a 32).
Dispõe o art. 41, §3º, da Constituição Federal que, uma vez extinto o cargo ou declarada a sua
desnecessidade, o servidor estável que o ocupava ficará em disponibilidade, com remuneração pro-
porcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. O aproveitamento
é vinculado para o agente público e para a Administração. Saliente-se que será tornado sem efeito
o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal,
salvo doença comprovada por junta médica oficial.
A cassação de disponibilidade é uma penalidade administrativa, na forma do art. 127, IV, confir-
mando o caráter obrigatório para o servidor público.
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Reintegração: Assim como as anteriores, com exceção da nomeação, é forma de provimento
derivado, que está no art. 41, §2º, da Constituição Federal, e no art. 28 da Lei 8.112/1990. Esta ocorrerá
quando for invalidada a demissão, por decisão judicial ou administrativa, do servidor público.
NESTE CASO, o servidor retornará ao cargo de origem, ou ao cargo decorrente de sua transforma-
ção, sendo obrigatoriamente ressarcido de todas as vantagens a que teria direito.
A reintegração se aplica ao servidor estável. Não se pode cogitar que o servidor não estável possa
ser demitido e, posteriormente, sendo reconhecida a invalidade de sua demissão, ele não possa
retornar ao servido público.
Recondução: São duas as hipóteses em que ocorre a recondução, ambas aplicáveis unicamente ao
servidor estável:
a) inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo (hipótese prevista somente na Lei
8.112/1990 – art. 29, I);
b) reintegração do anterior ocupante do cargo (hipótese prevista na Constituição Federal – art. 41,
§2º – e na Lei 8.112/1990 – art. 29, II).
Dispõe o art. 41, §2º, da CF: § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável,
será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem
direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço. (grifos nossos)

Posse
Determina o art. 7º da Lei 8.112/1990 que a investidura no cargo público ocorre com a posse.
Desde já, devemos destacar que a posse ocorre unicamente no caso da nomeação (art. 13, §4º). A
posse é o ato bilateral por meio do qual o servidor é investido no cargo público, assumindo os seus
deveres e responsabilidades. Não se trata, todavia, de contrato administrativo em sentido próprio,
uma vez que o servidor público estatutário não firma contrato de trabalho com o poder público.
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os
deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados uni-
lateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
O prazo para tomar posse é de trinta dias, improrrogáveis, contados da publicação do ato de
provimento (nomeação) – art. 13, §1º. Porém, se o nomeado for servidor ocupante de outro cargo
e estiver no gozo de determinadas licenças ou afastamentos previstos no Estatuto, o prazo será
contado do término do impedimento (art. 13, §2º). Se a posse não ocorrer dentro do prazo legal, o ato
de provimento será tornado sem efeito (art. 13, §6º). Logo, não se trata de exoneração, pois o vínculo
funcional sequer foi consolidado.
Ela poderá ocorrer por meio de procuração específica. No ato da posse, o servidor apresentará
declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não
de outro cargo, emprego ou função pública (art. 13, §5º).
Exercício O exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou função de con-
fiança (art. 15).
O prazo para o início do exercício do servidor empossado é de quinze dias, improrrogáveis,
contados da data da posse (art. 15, §1º). Nesse caso, uma vez que já foi formalizado o vínculo jurídico
com a Administração, se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, será ele exonerado. No
caso de designação para função de confiança, por outro lado, o início do exercício coincidirá com a
data da publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por
qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do impe-
dimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação (art. 15, §2º). Caso não inicie o exercício
da função de confiança, o ato de designação será tornado sem efeito.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
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Agora Eu Passo Concursos Públicos
O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistri-
buído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez dias e, no máximo,
trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das
atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede
(art. 18). Todavia, na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o prazo
será contado a partir do término do impedimento (art. 18, §1º).
O servidor poderá declinar desses prazos, ou seja, o servidor público poderá abrir mão do prazo
para ter exercício em outro município, exercendo-o em período inferior ao que lhe foi concedido
pelo poder público (art. 18, §2º).
Exercícios
01. A Lei n.º 8.112/1990 aplica-se
a) aos servidores temporários.
b) aos servidores públicos efetivos do Distrito Federal.
c) aos servidores públicos militares.
d) aos servidores públicos das empresas públicas.
e) aos servidores públicos das autarquias.
Julgue o item a seguir, a respeito do regime jurídico estabelecido pela Lei n.º 8.112/1990.
02. Submetem-se ao referido regime jurídico apenas os servidores civis ocupantes de cargos na
administração direta federal, aí incluídos os servidores do Ministério Público da União, do
Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Tribunal de Contas da União.
Certo ( ) Errado ( )
03. Para os efeitos da Lei n.o 8.112/1990, servidor público é o ocupante de cargo público, concei-
tuação que abrange os ocupantes de cargo em comissão e função de confiança.
Certo ( ) Errado ( )
04. Segundo a Lei n.º 8.112/1990, as instituições federais de pesquisa científica e tecnológica
podem prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com
os procedimentos e as normas nela previstos.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - E
02 - Errado
03 - Certo
04 - Certo

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Sumário

Vacância ........................................................................................................................................................................ 3
Deslocamento: .............................................................................................................................................................. 4
licença por motivo de doença em pessoa da família; (b) licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; (c) licença
para o serviço militar; (d) licença para atividade política; (e) afastamento para exercício de mandato eletivo; (f) afastamento para
estudo ou missão no exterior; (g) afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual
coopere; (h) afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na
administração pública federal.
Leve assim a sua prova:

Servidor em estágio probatório não pode abrir a

MA
TRA
CA

SERVIDOR EM EP PODE:

M
E
S

A
D
A
S

O §5º do Art. 20 estabelece que o estágio probatório ficará suspenso durante as seguintes licenças e afastamentos: (a) licença
por
motivo de doença em pessoa da família; (b) licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; (c) licença para
atividade política; (d) afastamento para exercício de mandato eletivo; (e) afastamento para servir em organismo internacional e
(f) afastamento para participar de curso de formação. Nesses casos, o estágio será retomado a partir do término do impedimento.
Sumário

Capítulo I ....................................................................................................................................................................... 2
Do Vencimento e da Remuneração .............................................................................................................................. 2
Vantagens ..................................................................................................................................................................... 3
Sumário

Férias ............................................................................................................................................................................. 2
Pagamento das férias .................................................................................................................................................... 2
Licenças ......................................................................................................................................................................... 2
Licença por motivo de afastamento do cônjuge .......................................................................................................... 3
Licença para o serviço militar........................................................................................................................................ 3
Licença para atividade política ...................................................................................................................................... 4
Licença para capacitação .............................................................................................................................................. 4
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Sumário
Tempo de serviço ............................................................................................................................................................... 2
Direito de Petição .......................................................................................................................................................... 3

Lei do Direito
Lei do Direito AutoralAutoral nºde
nº 9.610, 9.610,
19 dedeFevereiro
19 de Fevereiro deProíbe
de 1998: 1998: Proíbe a reprodução
a reprodução total outotal ou parcial
parcial desse material
desse material ou
ou divulgação
divulgação
com com
fins
fins comerciais
comerciais ouou não,
não, emem qualquer
qualquer meio
meio dede comunicação,
comunicação, inclusive
inclusive nana Internet,
Internet, sem
sem autorização
autorização dodo AlfaConConcursos
AEPCON Concursos
Públicos.
Públicos.
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Tempo de serviço

O art. 100 estabelece que o tempo de serviço público federal, enquadrando aí também o
prestado às Forças Armadas, é contado para todos os efeitos.

Se percebermos o art. 103, §3º, veremos que se veda a contagem cumulativa de tempo de
serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades
dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública,
sociedade de economia mista e empresa pública.

Trata o art. 102 que além das ausências ao serviço previstas no art. 97 (as concessões), são
considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

a) férias;
b) exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos Poderes da
União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;
c) exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do
território nacional, por nomeação do Presidente da República;
d) participação em programa de treinamento regularmente instituído ou em programa de
pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o regulamento;
e) desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal,
exceto para promoção por merecimento;
f) júri e outros serviços obrigatórios por lei;
g) missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o
regulamento;
h) licenças
i) deslocamento para a nova sede previsto no art. 18 do Estatuto;
j) participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar
representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei
específica;
k) afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o
qual coopere.

Será contado apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade (art. 103):

a) o tempo de serviço público prestado aos estados, municípios e Distrito Federal;


b) a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com remuneração,
que exceder a trinta dias em período de doze meses;
c) a licença para atividade política, no caso do art. 86, §2º - “a partir do registro da
candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença,
assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses”;
d) o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal
ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal;
e) o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social;
f) o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;

Lei do Direito
Lei do Direito AutoralAutoral nºde
nº 9.610, 9.610,
19 dedeFevereiro
19 de Fevereiro deProíbe
de 1998: 1998: Proíbe a reprodução
a reprodução total outotal ou parcial
parcial desse material
desse material ou
ou divulgação
divulgação
com com
fins
fins comerciais
comerciais ouou não,
não, emem qualquer
qualquer meio
meio dede comunicação,
comunicação, inclusive
inclusive nana Internet,
Internet, sem
sem autorização
autorização dodo AlfaConConcursos
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Públicos.
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g) o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo de vinte e
quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo
de provimento efetivo.

Direito de Petição

O direito de petição possui previsão constitucional (CF, art. 5º, XXXIV, “a”).

No Estatuto, esse direito possui uma previsão mais restrita, uma vez que é aplicável aos
servidores públicos. Basicamente, representa uma forma de solicitar direitos ou
providências da Administração.

Nesse contexto, são três os instrumentos para o exercício do direito de petição:

a) requerimento;
b) pedido de reconsideração; e
c) recurso.

O art. 104 assegura ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de
direito ou interesse legítimo. O requerimento deve ser dirigido à autoridade competente
para decidi-lo, porém será encaminhado por intermédio daquela a que estiver
imediatamente subordinado o requerente (art. 105).

O pedido de reconsideração, por sua vez, é dirigido a autoridade que houver expedido o ato
ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado (art. 106). O requerimento e o
pedido de reconsideração deverão ser despachados no prazo de cinco dias e decididos
dentro de trinta dias (art. 106, parágrafo único).

Por fim, o recurso é cabível nas seguintes situações (art. 107): a) contra o indeferimento do
pedido de reconsideração; b) contra as decisões sobre os recursos sucessivamente
interpostos.

O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou
proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades (art.
107, §1º).

O art. 110 apresenta os prazos em que o direito de requerer prescreverá, são eles:

a) em cinco anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou


disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de
trabalho;

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b) em cento e vinte dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da


ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado (art. 110, parágrafo único).

Porém, o pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição,


ou seja, fazem zerar a contagem do prazo para prescrição.

EXERCÍCIO
1- A convocação para júri constitui hipótese de interrupção das férias de servidor público.
( ) CERTO ( ) ERRADO
2- A licença para servidor público federal por motivo de doença de pessoa da família,
devidamente comprovada por perícia médica oficial, poderá ser concedida a cada
período de doze meses, por até noventa dias, consecutivos ou não, mantida a
remuneração do servidor

( ) CERTO ( ) ERRADO

3-De acordo com a Lei 8.112 o Servidor tem o direito de requerer aos Poderes Públicos, em
defesa de direito ou interesse legítimo. O requerimento deve ser dirigido à autoridade
competente para decidi-lo, porém será encaminhado por intermédio daquela a que estiver
imediatamente subordinado o requerente

( ) CERTO ( ) ERRADO

4- O pedido de reconsideração, por sua vez, é dirigido a autoridade que houver expedido o
ato ou proferido a primeira decisão, podendo ser renovado apenas por mais uma vez.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Gabarito:
1-C
2-E
3-C
4-E

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Sumário

Deveres ......................................................................................................................................................................... 2
Das Proibições ............................................................................................................................................................... 2
Vejamos as proibições do Servidor, incluindo a respectiva PENA: ............................................................................... 2
GERA ADVERTÊNCIA:..................................................................................................................................................... 2
GERA SUSPENSÃO: ........................................................................................................................................................ 3
GERA DEMISSÃO: .......................................................................................................................................................... 3
ESQUEMAS IMPORTANTES - RESUMEX ........................................................................................................................ 4
(Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008

(Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

(Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008


EXERCÍCIO
Agora Eu Passo Concursos Públicos

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Acumulação���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Prescrição����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância�����������������������������������������������������������������������������������������������������3
Fases do PAD����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Afastamento Temporário���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Inquérito Administrativo��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

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Agora Eu Passo Concursos Públicos

Acumulação
Com fulcro na Constituição Federal, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,
exceto, quando houver compatibilidade de horários, a acumulação:
a) de dois cargos de professor;
b) de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
d) Prof. Com membro do Poder Judiciário ou do MP ou do Tribunal de contas
e) 1 Servidor Efetivo + 1 de Vereador
Saliente-se que, a acumulação, ainda que lícita, deve possuir compatibilidade de horários e se
limitar a 2 cargos.
Ainda assim, será considerada proibida a acumulação de cargo ou emprego público em que se
tenha a percepção de vencimento e de proventos da inatividade, exceto quando os cargos de que
decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.
Indo adiante, o art. 119 da Lei dispõe que o servidor não poderá exercer mais de um cargo em
comissão, exceto quando:
→→ for nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, devendo optar pela
remuneração de um deles durante o período da interinidade;
→→ for remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva.
Todavia, isso não se aplica à remuneração devida pela participação em conselhos de administra-
ção e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas.
O mesmo é válido para quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente,
detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação específica.
Fechando o assunto, nas hipóteses em que a acumulação é permitida, quando o servidor estiver
investido em cargo de provimento em comissão, deverá ficar afastado de ambos os cargos efetivos,
salvo o caso em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declara-
da pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos (art. 120).

Prescrição
A prescrição é o caso em que o Poder Público perde a sua pretensão punitiva, ou seja, passado o
prazo previsto em lei, o Estado, por sua vez, não poderá mais impor penalidade ao agente infrator.
Nesse sentido, a prescrição da ação disciplinar ocorre, a partir da data em que o fato se tornou
conhecido, em (art. 142):
a) em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
b) em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
c) em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
Entretanto, caso a infração disciplinar também seja catalogada como crime ou contravenção, o
prazo de prescrição será o mesmo previsto na legislação penal (art. 142, §2º).
Destaco aqui que as ações de ressarcimento são imprescritíveis, na forma do §5º, art. 37, da
Constituição Federal.
Conforme versa o §3º, do art. 142, a abertura de sindicância ou a instauração de processo adminis-
trativo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.
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2
Agora Eu Passo Concursos Públicos
A interrupção faz com que o prazo comece a correr do zero no momento em que se encerrar o seu
motivo. Por exemplo, se determinada ação prescreve em 180 dias, caso o prazo seja interrompido aos
110 dias, no momento em que cessar o motivo da interrupção, o prazo começará a contar novamen-
te, iniciando do zero.
Nesse contexto, o §4º, do art. 142, determina que interrompido o curso da prescrição, o prazo
começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.
Dessa forma, uma vez iniciada a sindicância ou o processo administrativo, o prazo de prescrição
será interrompido, reiniciando-se, em regra, ao término da conclusão do processo. No entanto, o
Supremo Tribunal Federal já concluiu que tal prazo não pode ficar interrompido eternamente.
Assim, a Lei 8.112/1990 dispõe que o prazo para conclusão do processo administrativo discipli-
nar é de sessenta dias, prorrogáveis uma única vez por igual prazo (art. 152). Acrescenta-se a esse
prazo o período de julgamento, que é de mais vinte dias (art. 167). Somando os mencionados prazos,
podemos observar que a conclusão e o julgamento do processo administrativo disciplinar devem
ocorrer em até 140 dias. Trata – se de prazo impróprio, ou seja, se não for observado não gera a
nulidade do processo. Entretanto, uma vez transcorrido este prazo, cessa-se a interrupção, iniciando
novamente a contagem do prazo, mesmo que o processo não tenha sido concluído.
Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância
Para que seja feita a devida apuração de responsabilidade de servidores públicos por infrações
praticadas no exercício de suas funções, ou que tenham relação com as atribuições do seu cargo,
deverá haver tal realização por meio de sindicância ou processo administrativo disciplinar (PAD)
Assim sendo, a sindicância ou o PAD são os instrumentos utilizados para apurar os fatos,
conceder o contraditório e a ampla defesa e, se for o caso, aplicar as sanções administrativas aos ser-
vidores que cometerem infrações.
Desta feita, somente as penalidades administrativas são punidas em processo administrativo,
sendo que as penas de natureza civil e penal devem ser apuradas e penalizadas por meio de instru-
mentos próprios, perante o Poder Judiciário.
O processo administrativo disciplinar é utilizado obrigatoriamente nos casos de imposição de
penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão.
Por outro lado, para a aplicação das demais penalidades – ou seja, suspensão por até 30 dias ou
advertência –, bastará a utilização da sindicância.
De acordo com o art. 145, da Lei 8.112/1990, da sindicância poderá resultar:
a) arquivamento do processo;
b) aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias;
c) instauração de PAD, caso for verificado que o caso enseja a aplicação de penalidade mais grave.
De acordo com a Lei 8112, o prazo para conclusão do PAD não ultrapassará 60 dias, podendo ser
prorrogado por mais 60 dias, a critério da autoridade competente.
Fases do PAD
INSTAURAÇÃO
INQUÉRITO ADMINISTRATIVO (COMPREENDE INSTRUÇÃO, DEFESA E RELATÓRIO)
JULGAMENTO
O presidente deverá indicar um servidor como secretário, que poderá ser um dos membros da
comissão (art. 149, §1º).
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Agora Eu Passo Concursos Públicos
A lei proíbe de participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou
parente do acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau (art. 149, §2º).
O prazo para a conclusão do processo disciplinar não poderá exceder sessenta dias, contados da
data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo,
quando as circunstâncias o exigirem. Todavia, nesse prazo não se inclui o tempo destinado para
a autoridade julgadora proferir a sua decisão, que é de vinte dias, nos termos do art. 167. Portanto,
além dos sessenta dias, prorrogáveis uma única vez, há ainda mais vinte dias para que a autoridade
tome sua decisão, totalizando 140 dias para conclusão do processo disciplinar e imposição de pena.
Afastamento Temporário
A autoridade instauradora do processo disciplinar possui a faculdade de afastar o servidor do
exercício do cargo, pelo prazo de até sessenta dias, como medida cautelar, para evitar que ele inter-
fira na apuração da irregularidade (art. 147). O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo,
findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo (art. 147, parágrafo único).
Entretanto, o afastamento não possui caráter punitivo e, portanto, o servidor continuará rece-
bendo sua remuneração normalmente. Dessa forma, a finalidade do afastamento é simplesmente de
evitar que o servidor interfira no processo, sendo que, ao final do prazo, ele retornará normalmente
às suas atividades.
Inquérito Administrativo
O inquérito administrativo divide-se em três subfases: instrução, defesa e relatório.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
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Sumário

a) Instrução ................................................................................................................................................................... 2
b) Defesa ....................................................................................................................................................................... 3
Do Julgamento ................................................................................................................................................................ 4
Rito sumário .................................................................................................................................................................. 5
Revisão do PAD ............................................................................................................................................................. 6
Do Julgamento
QUESTÕES
AEPCON Concursos Públicos

Sumário
Elementos que indicam a Responsabilidade Civil no Brasil ............................................................................................. 2

LeidodoDireito
Lei DireitoAutoral
Autoralnºnº9.610,
9.610,dede1919dedeFevereiro
Fevereirodede1998:
1998:Proíbe
Proíbea areprodução
reproduçãototal
totalououparcial
parcialdesse
dessematerial
materialououdivulgação
divulgaçãocom
com
fins
fins comerciais
comerciais ouou não,
não, emem qualquer
qualquer meiomeiodede comunicação,
comunicação, inclusive
inclusive nana Internet,
Internet, sem
sem autorização
autorização dodo AlfaConConcursos
AEPCON ConcursosPúblicos.
Públicos.
11
AEPCON Concursos Públicos

Elementos que indicam a Responsabilidade Civil no Brasil

Responsabilidade Civil é tema constante no Brasil. Sempre, em alguma situação da vida, já nos
vimos diante de alguma situação que gere a responsabilidade. Imagine você dirigindo um carro,
e, de repente, por estar ao telefone e por pura distração, colide em outro veículo. A
RESPONSABILIDADE será sua, pois causou o episódio.

Mas e para a Administração Pública, será que é necessário comprovar CULPA?

Veja o Art. 37, parágrafo 6, da CF/88 que prevê:

As pessoas jurídicas de direito publico e as de direito privado prestadoras de serviços


públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Elementos que surgem da análise:

a) dano
b) alteridade do dano
c) nexo causal
d) ato estatal
e) ausência de causa excludente da responsabilidade estatal.

JURISPRUDÊNCIA IMPORTANTE – OBSERVAÇÃO FATAL: O STF CONSENTE QUE A


RESPONSABILIDADE CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO
PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO É OBJETIVA RELATIVAMENTE A TERCEIROS
USUÁRIOS E NÃO-USUÁRIOS DO SERVIÇO;

Para Concursos Públicos, você deve gravar o seguinte:

RESPONSABILIDADE ENTRE PARTICULARES: SUBJETIVA


RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: OBJETIVA

O Brasil adotou a TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO. Ou seja, independentemente de


culpa ou de dolo, vai haver resposta da Administração.

Cuidado! Em regra, no Brasil, não se aplica a TEORIA DA CULPA e nem a TEORIA DO RISCO
INTEGRAL.

Fique atento!

Três vertentes devem ser analisadas em nosso estudo:

LeidodoDireito
Lei DireitoAutoral
Autoralnºnº9.610,
9.610,dede1919dedeFevereiro
Fevereirodede1998:
1998:Proíbe
Proíbea areprodução
reproduçãototal
totalououparcial
parcialdesse
dessematerial
materialououdivulgação
divulgaçãocom
com
fins
fins comerciais
comerciais ouou não,
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- A negligência,
- A imperícia ou a
- Imprudência, não sendo, entretanto, necessário individualizá-la, dado que pode ser atribuída ao
serviço público, de forma genérica, a falta do serviço” (RE 369.820).

Jurisprudência IMPORTANTE: Em sede de RE 327.904, o STF determinou que a ação com


fundamento na responsabilidade objetiva somente pode ser ajuizada contra o Estado e não
contra seu agente, uma vez que o disposto no art. 37, § 6º, da CF configura dupla garantia:
“uma em favor do particular, possibilitando-lhe ação indenizatória contra a pessoa jurídica de
direito público ou de direito privado que preste serviço público; outra, em prol do servidor estatal,
que somente responde administrativa e civilmente perante a pessoa jurídica a cujo quadro
funcional pertencer”.

Pode haver responsabilidade por ato do Poder Legislativo quando:

• Lei de efeito concreto declarada inconstitucional;


• Mora do legislador em estabelecer a forma de um exercício de um direito
constitucionalmente assegurado.

Diante do Poder Judiciário, temos a responsabilidade em situações previamente previstas em lei


nas seguintes hipóteses:

• Erro judiciário
• Preso além do tempo
• Juiz proceder com dolo ou fraude
• Recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar

Via de regra, o Estado não é responsável civilmente pelos danos causados em vítima de crime
cometido por foragido da prisão. É certo que pode haver responsabilidade do Estado por ato
omissivo. Contudo,
também nessa hipótese, não se pode dispensar a presença do nexo de causalidade. Assim, entende
o STF que não há, nesses casos, nexo de causalidade entre o ato delituoso e a omissão da
autoridade pública (AI-AgR 463.531, AR 1.376 e RE 369.820).

De acordo com o STJ, em julgado atual, analisou esse entendimento, ao afirmar que o candidato
aprovado em concurso público e nomeado tardiamente em razão de erro da Administração
Pública, reconhecido judicialmente, faz jus à indenização por dano patrimonial, consistente no
somatório de todos os vencimentos e vantagens que deixou de receber no período que lhe era
legítima a nomeação (EREsp 825037/DF, CORTE ESPECIAL).

ATENÇÃO!!!! OBSERVAÇÃO FATAL PARA DERRUBAR 10 MIL CONCORRENTES: O


STJ consolidou o entendimento de que o prazo prescricional para o ajuizamento de ações
indenizatórias contra a Fazenda Pública continua sendo de cinco anos (STJ, 1ª Seção: EREsp
1081885/RR).

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Questões

1) Francisco é servidor de sociedade de economia mista, prestadora de serviço público. Em


determinada data, Francisco, no exercício de sua função, intencionalmente, causou danos a
particulares. Nesse caso, a responsabilidade da sociedade de economia mista pelos danos
ocasionados é

a) objetiva.
b) subjetiva.
c) subsidiária.
d) inexistente.
e) disjuntiva.

2) Determinado servidor da Secretaria da Fazenda inseriu informações falsas sobre cidadão, seu
desafeto, no cadastro de contribuintes do Estado, fazendo com que o referido cidadão passasse
a figurar no cadastro de inadimplentes. Diante dessa situação, o cidadão, que é um pequeno
empresário, sofreu diversos prejuízos morais e patrimoniais, especialmente em decorrência de
restrições de crédito. A responsabilidade do Estado pelos danos sofridos pelo cidadão é:

a) subjetiva, dependendo, pois, da prévia responsabilização do agente público em processo


disciplinar ou administrativo.
b) objetiva, dependendo, para efeito do dever de indenizar o cidadão, da comprovação do nexo de
causalidade entre a conduta do servidor e os danos sofridos.
c) afastada, se comprovada culpa exclusiva do agente público, o qual responde civilmente perante
o cidadão prejudicado e administrativamente por falta disciplinar.
d) condicionada à comprovação de dolo do servidor, circunstância que, se presente, obriga o
Estado a indenizar os danos patrimoniais e morais sofridos pelo cidadão.
e) decorrente da prestação do serviço público, não estando presente na situação narrada em face
da conduta dolosa do agente público.

3) Em face de greve de serventuários da Justiça alguns candidatos à vagas abertas por uma
prestigiada empresa de tecnologia não puderam se submeter ao correspondente processo
seletivo, por não terem logrado obter certidões necessárias para comprovar a inexistência de
antecedentes criminais. A responsabilidade civil do Estado, perante referidos cidadãos,

a) somente se configura em face de condutas comissivas, sendo afastada, dada a sua natureza
objetiva, quando não identificado o agente causador do dano.
b) independe de comprovação de dolo ou culpa do agente, elementos esses que, somente, são
requeridos para fins do direito de regresso do Estado perante o agente.
c) depende da comprovação de dolo ou culpa dos serventuários, não bastando a comprovação do
dano e do nexo de causalidade com ação ou omissão de agente público.
d) é de natureza subjetiva, ensejando o direito de regresso em face dos servidores
responsabilizados em processo administrativo.
e) é de natureza objetiva e independe, portanto, da comprovação do dano, bastando a identificação
do nexo de causalidade.

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4) Considere o trecho do acórdão do Superior Tribunal de Justiça e as assertivas a seguir: “Quanto


ao mérito, nos termos da jurisprudência do STJ, a responsabilidade civil do Estado para
condutas omissivas é subjetiva, sendo necessário, dessa forma, comprovar negligência na
atuação estatal, o dano e o nexo causal entre ambos.

(...) Com se vê, da análise das razões do acórdão recorrido, observa-se que este delineou a
controvérsia dentro do universo fático-probatório. Caso em que não há como aferir eventual
inexistência de nexo de causalidade sem que se abram as provas ao reexame.”(Min. Rel. Humberto
Martins; AgR no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL no 501.507 - RJ; j. 27.05.2014)

I. Embora a Constituição Federal tenha estabelecido a modalidade objetiva de responsabilidade


para o Estado tanto para atos omissivos, quanto para atos comissivos, a jurisprudência mitigou
esse rigor, passando-a a subjetiva em ambas as hipóteses.
II. O Superior Tribunal de Justiça admite a modalidade subjetiva de responsabilidade para o
Estado nos casos de omissão, o que não afasta a necessidade de demonstração do nexo de
causalidade.
III. Para a comprovação da responsabilidade objetiva não é necessária a demonstração de nexo de
causalidade e de culpa do agente público, enquanto que na responsabilidade subjetiva, esses
requisitos são indispensáveis.
De acordo com o exposto, está correto o que se afirma em:
a) III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, II e III.
d) II, apenas.
e) I e III, apenas.

5) Acerca da responsabilidade civil do Estado, é correto afirmar:

a) Na liquidação dos danos sofridos pelo particular por ato da administração ou de seus agentes,
não serão aplicáveis as regras do Código Civil.
b) O Estado é solidariamente responsável pelos danos causados a particulares por pessoas jurídicas
de sua administração indireta quando prestadoras de serviço público, ou por concessionários e
permissionários de serviços públicos.
c) Não há responsabilidade civil do Estado pelos danos causados por atos legislativos ou leis
declaradas inconstitucionais.
d) A responsabilidade civil do Estado pelos danos causados a particular por seus agentes no
exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las.
e) Os danos causados pelo poder público somente podem ser reparados através da via judicial,
sendo defeso acordo administrativo com o lesado.

6) De acordo com a Constituição Federal, a responsabilização civil do Estado por danos


causados a terceiros pressupõe

a) que o dano seja causado por agente público que atue nessa qualidade, sendo considerados
agentes públicos, para tal finalidade, apenas aqueles com vínculo laboral com a Administração,
celetista ou estatutário, e os detentores de mandato eletivo.
b) a comprovação da responsabilidade objetiva, caracterizada como a falha na prestação do serviço
público aliada à conduta dolosa ou culposa do agente público.

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c) a comprovação do nexo de causalidade entre a ação do agente público e o dano e independe da


comprovação de dolo ou culpa do agente.
d) a comprovação de dolo ou culpa do agente, o qual responde pelos danos causados perante os
terceiros, podendo exercer direito de regresso em face da Administração na hipótese de causas
excludentes da ilicitude da sua conduta.
e) a comprovação da responsabilidade subjetiva do agente, caracterizadora de culpa in vigilando
ou in elegendo do Estado, salvo se comprovada culpa concorrente da vítima ou outras causas
excludentes de ilicitude.

7) A responsabilidade civil do Estado e dos agentes públicos é estudada no Brasil há tempos,


encontrando fundamento inclusive na Constituição de 1824. A propósito da evolução doutrinária
acerca da responsabilidade dos entes públicos, bem como o que consta da Constituição Federal, é
correto afirmar:

a) o histórico da responsabilidade civil do Estado trilhou caminho desde a irresponsabilidade total,


antes do Estado de Direito, sofrendo paulatino abrandamento verificado com a adoção das teorias
civilistas, até se alcançar as teorias que consolidaram a responsabilidade objetiva do Estado.
b) a responsabilidade civil do Estado iniciou-se à semelhança do direito civil, baseada na culpa do
agente público, afastando-se do regime comum com o passar do tempo, em face da identificação
da necessidade de estabelecimento de regras próprias, consolidando-se a responsabilidade
subjetiva que vige até os tempos atuais.
c) a responsabilidade civil do Estado foi cunhada com base no direito comum, razão pela qual
continua a depender, essencialmente, da existência da culpa do agente público.
d) o histórico da responsabilidade civil do Estado no ordenamento brasileiro demonstra que a
responsabilidade objetiva já se encontrava presente desde a primeira constituição, ainda que não
se falasse em teoria do risco.
e) o histórico da responsabilidade civil do Estado indica que o ordenamento jurídico brasileiro
sempre a consagrou, em variados graus e medidas, prevalecendo atualmente a modalidade de
responsabilidade subjetiva para atos comissivos e a de responsabilidade objetiva para atos
omissivos.

GABARITO:

1) A
2) B
3) B
4) D
5) D
6) C
7) A

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Sumário

Aplicação da teoria da culpa do serviço no Brasil ......................................................................................................... 2



Sumário


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Sumário
ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA .......................................................................................................... 2

Lei do Direito
Lei do Direito AutoralAutoral nºde
nº 9.610, 9.610,
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ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA


A Lei 8429/92 prevê três modalidades de atos que configuram improbidade
administrativa:
1) ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida
em razão do exercício). Exige conduta DOLOSA.

2) PREJUÍZO AO ERÁRIO (qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou
haveres). A conduta pode ser DOLOSA ou CULPOSA.

3) ATO QUE ATENTE CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (qualquer


ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e
lealdade às instituições). Exige conduta DOLOSA.
A Lei 8.429/92 aponta exemplos de condutas que caracterizam essas modalidades
de ato de improbidade (rol exemplificativo).
As três modalidades podem ser cometidas por uma conduta comissiva (ação) ou omissiva.
Pode acontecer de determinado ato configurar duas ou até mesmo as três modalidades
de improbidade administrativa ao mesmo tempo. Nesse caso, serão cabíveis as penalidades
previstas para a infração mais grave (ordem de gravidade: enriquecimento ilícito, prejuízo ao
erário e ato que atente contra os princípios da Administração Pública).

ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (Art. 9º):


"I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado
por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta
ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas
no Art. 1° por preço superior ao valor de mercado;
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta
ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior
ao valor de mercado;
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material
de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades
mencionadas no Art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados
ou terceiros contratados por essas entidades;
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a
exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de
usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer
declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou
sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens
fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no Art. 1º desta lei;
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função
pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio
ou à renda do agente público;

Lei do Direito
Lei do Direito AutoralAutoral nºde
nº 9.610, 9.610,
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VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento


para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por
ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba
pública de qualquer natureza;
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para
omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no Art. 1° desta lei;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no Art. 1° desta lei."

Lesão ao erário (Art. 10):


"I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio
particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do
acervo patrimonial das entidades mencionadas no Art. 1º desta lei;
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas,
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no Art. 1º
desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de
fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer
das entidades mencionadas no Art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e
regulamentares aplicáveis à espécie;
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do
patrimônio de qualquer das entidades referidas no Art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de
serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço
superior ao de mercado;
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou
aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades
legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente;
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz
respeito à conservação do patrimônio público;
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de
qualquer forma para a sua aplicação irregular;
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,
equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer
das entidades mencionadas no Art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público,
empregados ou terceiros contratados por essas entidades.
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de
serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na
lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação
orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. (Incluído pela Lei nº 11.107,
de 2005)"

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Ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da


Administração Pública (Art. 11):
"I - praticar ato visando a fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele
previsto, na regra de competência;
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência, em razão das atribuições e que deva
permanecer em segredo;
IV - negar publicidade aos atos oficiais;
V - frustrar a licitude de concurso público;
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva
divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de
mercadoria, bem ou serviço."

Exercícios
Julgue os itens a seguir:

1) Um agente público que, agindo de forma culposa, gere lesão ao patrimônio público, estará
obrigado a ressarcir integralmente o dano causado.

2) Aquele que viola os deveres de legalidade, e quem retarda ou deixa de praticar,


indevidamente, ato de ofício praticam ato de improbidade administrativa, o qual causa
prejuízo ao erário.

3) Somente são considerados atos de improbidade administrativa aqueles que causem lesão
ao patrimônio público ou importem enriquecimento ilícito.

4) Considere que um agente de polícia tenha utilizado uma caminhonete da Polícia Civil para
transportar sacos de cimento para uma construção particular. Nesse caso, o agente
cometeu ato de improbidade administrativa, que importa em enriquecimento ilícito.

5) Nos termos da Lei n° 8.429/92, é ato de agente público que caracteriza ato de
improbidade administrativa e que atenta contra os princípios da Administração pública:
a) realizar operação financeira sem a observância das normas legais.
b) permitir que terceiros enriqueçam ilicitamente.
c) ordenar a realização de despesas não autorizadas em lei.
d) frustrar a licitude de concurso público.
e) conceder benefício administrativo sem a observância das formalidades legais.

GABARITO:
1. Certo
2. Errado
3. Errado
4. Certo
5. D

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Sumário
01.
02.
03.
04.
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Poder de polícia ............................................................................................................................................................ 3


Atributos ....................................................................................................................................................................... 4
POLÍCIA ADMINISTRATIVA X POLÍCIA JUDICIÁRIA ........................................................................................................ 4
Sumário

PODER DISCRICIONÁRIO ............................................................................................................................................... 2


USO E ABUSO DE PODER ............................................................................................................................................... 3
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Sumário
Atos Administrativos – Parte 1 .......................................................................................................................................... 2
Conceito ......................................................................................................................................................................... 2
Exercícios ....................................................................................................................................................................... 3

Lei do Direito
Lei do Direito AutoralAutoral nºde
nº 9.610, 9.610,
19 dedeFevereiro
19 de Fevereiro deProíbe
de 1998: 1998: Proíbe a reprodução
a reprodução total outotal ou parcial
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Atos Administrativos – Parte 1


Conceito

O melhor conceito para Atos Administrativos é aquele trazido pelas próprias provas de Concurso. Fazendo um
compilado de várias questões de concursos anteriores, e analisando com afinco a doutrina de Di Pietro e Hely
Lopes Meirelles, podemos conceituar com as seguintes características:

a) é imprescindível que a vontade surja de agente da Administração Pública ou de alguém dotado das
prerrogativas desta;
b) seu conteúdo há de propiciar a produção de efeitos jurídicos com fim público;
c) toda a categoria de atos deve ser regida basicamente pelo direito público.
d) é unilateral;
e) difere do contrato administrativo

Fato administrativo

Em uma primeira vertente, o fato administrativo tem o sentido de atividade material no exercício da função
administrativa, que visa a efeitos de ordem prática para a Administração.

Os maiores exemplos são: a apreensão de mercadorias, a dispersão de manifestantes, a limpeza de uma rua.

Em uma segunda perspectiva, por várias vezes, o fato administrativo é o resultado de um ato administrativo, ou
seja, é a operação material do ato administrativo.

Assim sendo, depois de o Estado manifestar a sua vontade, cumpre o dever de executá-la.

Por exemplo, a demolição de um prédio (atividade material – fato administrativo) é resultante da ordem de serviço
da administração (manifestação da vontade – ato administrativo);

Silêncio administrativo

Ao analisar o estudo dos atos Administrativos, as palavras que surgem são MANIFESTAÇÃO, DECLARAÇÃO,
etc.

Ocorre que não falamos como se classifica a “omissão” da Administração que possua efeitos jurídicos. Se a
Administração simplesmente não fizer nada e dessa omissão decorrer um efeito jurídico, estaríamos falando em
“ato administrativo”?

Para a melhor doutrina, o silêncio administrativo, isto é, a omissão da Administração quando lhe incumbe o dever
de se pronunciar, quando possuir algum efeito jurídico, não poderá ser considerado ato jurídico e, portanto,
também não é ato administrativo.

Dessa forma, a doutrina considera o silêncio como um fato jurídico administrativo.

Lei do Direito
Lei do Direito AutoralAutoral nºde
nº 9.610, 9.610,
19 dedeFevereiro
19 de Fevereiro deProíbe
de 1998: 1998: Proíbe a reprodução
a reprodução total outotal ou parcial
parcial desse material
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Por exemplo, se um cidadão requisitar o seu direito de obter certidão em repartições públicas, para a defesa de
um direito seu (CF, art. 5º, XXXIV), e a Administração não atender ao pedido dentro do prazo, não teremos um
ato administrativo, pois não houve manifestação de vontade.

Contudo, a omissão, nesse caso, pode gerar diversos efeitos, pois viola o dever funcional do agente público.
Além disso, se a omissão gerar algum dano ao cidadão, o Estado poderá ser responsabilizado patrimonialmente.
Ainda assim, como não houve manifestação, mas ocorreu um efeito jurídico, temos somente um fato jurídico
administrativo.

Para sua prova é simples: Grave! Se houver previsão na lei de que o Silêncio da Administração poderá
causar efeitos jurídicos. Pronto!!! Gerará e produzirá um Ato Administrativo.

Exercícios

(Cespe – ATA/MIN/2013) A construção de uma ponte pela administração pública caracteriza


um fato administrativo, pois constitui uma atividade pública material em cumprimento de
alguma decisão administrativa.

Gabarito: correto.

(Cespe – ATA/MIN/2013) Todos os atos da administração pública que produzem efeitos


jurídicos são considerados atos administrativos, ainda que sejam regidos pelo direito privado.

Gabarito: errado.

(Cespe – AJ/TRT 10/2013) Os fatos administrativos não produzem efeitos jurídicos, motivo
pelo qual não são enquadrados no conceito de ato administrativo.

Gabarito: errado.

(Cespe – AJ/TJDFT/2013) A designação de ato administrativo abrange toda atividade


desempenhada pela administração.

Gabarito: errado.

(Cespe – ATA/MIN/2013) Quando o juiz de direito prolata uma sentença, nada mais faz do
que praticar um ato administrativo.

Errado

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Ato administrativo corresponde, conceitualmente, a manifestação unilateral de vontade do


Poder Executivo, com efeito jurídico imediato, exarada sob o regime jurídico de direito
público.

Errado

Para concretizar a desapropriação de um imóvel, a administração toma providência para


tomar a posse desse imóvel, situação que constitui exemplo de fato administrativo.

Certo

A pavimentação de uma rua pela administração pública municipal representa um fato


administrativo, atividade decorrente do exercício da função administrativa, que pode
originar-se de um ato administrativo.

Certo

O contrato de financiamento ou mútuo firmado pelo Estado constitui ato de direito privado,
não sendo, portanto, considerado ato administrativo.

Certo

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Sumário
Atos Administrativos – Parte 2 .......................................................................................................................................... 2
Requisitos, elementos ou aspectos de validade ............................................................................................................ 2
Finalidade ....................................................................................................................................................................... 3
Forma ............................................................................................................................................................................. 3
Vícios de forma .............................................................................................................................................................. 4
Motivo ............................................................................................................................................................................ 4
Teoria dos motivos determinantes ................................................................................................................................ 4
Exercícios ....................................................................................................................................................................... 5

Lei do Direito
Lei do Direito AutoralAutoral nºde
nº 9.610, 9.610,
19 dedeFevereiro
19 de Fevereiro deProíbe
de 1998: 1998: Proíbe a reprodução
a reprodução total outotal ou parcial
parcial desse material
desse material ou
ou divulgação
divulgação
com com
fins
fins comerciais
comerciais ouou não,
não, emem qualquer
qualquer meio
meio dede comunicação,
comunicação, inclusive
inclusive nana Internet,
Internet, sem
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Atos Administrativos – Parte 2


Requisitos, elementos ou aspectos de validade

Esse é posicionamento que as bancas de concursos utilizam acerca dos requisitos dos Atos Administrativos,
que não se confundem com os atributos:

a) competência: poder legal conferido ao agente para o desempenho de suas atribuições;

b) finalidade: o ato administrativo deve se destinar ao interesse público (finalidade geral) e ao objetivo
diretamente previsto na lei (finalidade específica);

c) forma: é o modo de exteriorização do ato;

d) motivo: situação de fato e de direito que gera a vontade do agente que pratica o ato;

e) objeto: também chamado de conteúdo, é aquilo que o ato determina, é a alteração no mundo jurídico que o
ato se propõe a processar, ou seja, o efeito jurídico do ato.

Vejamos o que mais os Concursos Públicos cobram acerca de cada um deles:

Competência

É o poder atribuído ao agente para que este desempenhe especificamente suas funções. As
competências resultam de lei e por ela são delimitadas.

As competências são, dessa forma, o poder legal conferido aos agentes públicos para o
desempenho de suas atribuições.

Alguns autores fazem uso do termo “sujeito”, referindo-se ao agente a quem a lei atribui a
competência legal. Além de ser um poder, a competência é um dever, isso porque o agente
competente é obrigado a atuar nas condições que a lei o determinou.

Aquele que titulariza uma competência terá, consequentemente, o poder-dever de


desempenhá-la. A competência não poderá ser renunciada, analisando a indisponibilidade
do interesse público. Portanto, a competência é sempre um elemento vinculado do ato
administrativo.

OBSERVAÇÃO FATAL PARA AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA;

a) de exercício obrigatório para os órgãos e agentes públicos;

b) irrenunciáveis, sendo que quem possui as competências não vai poder abrir mão delas enquanto as titularizar.
Admite-se apenas que o exercício da competência seja, temporariamente, delegado. Porém, nesses casos, a
autoridade delegante permanece apta a exercer a competência e pode revogar a delegação a qualquer tempo,
logo continua com a sua titularidade;

c) intransferíveis, sendo que não há possibilidade de serem objeto de transação para repassá-las a terceiros.

Lei do Direito
Lei do Direito AutoralAutoral nºde
nº 9.610, 9.610,
19 dedeFevereiro
19 de Fevereiro deProíbe
de 1998: 1998: Proíbe a reprodução
a reprodução total outotal ou parcial
parcial desse material
desse material ou
ou divulgação
divulgação
com com
fins
fins comerciais
comerciais ouou não,
não, emem qualquer
qualquer meio
meio dede comunicação,
comunicação, inclusive
inclusive nana Internet,
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sem autorização
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d) imodificáveis pela vontade do próprio titular, sendo os seus limites estabelecidos em lei. Ninguém pode dilatar
ou restringir uma competência por sua própria vontade, devendo sempre observar as determinações legais;

e) imprescritíveis, ainda que, mesmo que a pessoa fique por um longo tempo sem utilizar a sua competência,
nem por isso ela deixará de existir.

A delegação de competência envolve a transferência da execução ou da incumbência da


prestação do serviço, sendo que a titularidade permanece com o delegante, que poderá, a
qualquer momento, revogar a delegação (Lei 9.784, art. 14, §2º14).

Dentro dessa análise, o art. 11 da Lei do Processo Administrativo estabelece que a


competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída
como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.

OBSERVAÇÃO FATAL AQUI!!! Nesse momento é muito importante a análise detida do Art. 12 e 13, da Lei
9.784/99:

Não podem ser objeto de delegação (a) a edição de atos de caráter normativo; (b) a decisão de recursos
administrativos; e (c) as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade .

No que diz respeito à avocação, cujo conteúdo não foi tão detalhado pela Lei como foi a delegação, é aquela
que resulta no ato de “chamar para si funções originalmente atribuídas a um subordinado”. Sendo assim, a
avocação é o contrário da delegação, porém com algumas particularidades. Enquanto a delegação pode ser feito
com ou sem hierarquia, a avocação só é possível se existir hierarquia entre os órgãos ou agentes envolvidos.

Finalidade
É onde a Administração Pública deseja chegar produzindo determinado Ato Administrativo.
A finalidade é o objetivo de interesse público a atingir. Todo ato administrativo deve ser
praticado com o fim público. Dessa forma, a finalidade é um elemento vinculado do ato
administrativo,

Desvio de finalidade
É vício na Finalidade do Ato Administrativo.
De acordo com a lei, ele “se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso
daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência”.

Forma

É a exteriorização do ato administrativo na seara administrativa.


A forma é o revestimento exteriorizador do ato administrativo, constituindo um elemento
vinculado, pelo menos na doutrina dominante.

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Vícios de forma

Uma vez que a forma dos atos administrativos é definida em lei, a sua inobservância
representa a invalidação do ato por vício de legalidade (especificamente, vício de forma). No
entanto, Carvalho Filho dispõe que a mencionada regra deve ser analisada sobre o aspecto
da razoabilidade por parte do intérprete. Em algumas situações, o vício de forma
representará mera irregularidade sanável.

Motivo

De acordo com a melhor doutrina, e com o que está presente na análise das principais bancas
organizadoras de concurso, é o pressuposto de fato e direito, que faz com que o ato
administrativo seja produzido.

O motivo, também chamado de causa, é a situação de direito ou de fato que determina ou


autoriza a realização do ato administrativo. O pressuposto de direito do ato é o conjunto de
requisitos previsto na norma jurídica (o que a lei determina que deva ocorrer para o ato ser
realizado). O pressuposto de fato é a concretização do pressuposto de direito. Assim, o
pressuposto de direito é encontrado na norma, enquanto o pressuposto de fato é a
ocorrência no “mundo real”.

Teoria dos motivos determinantes

Motivo e motivação são situações distintas. Aquele corresponde aos pressupostos de fato e
de direito do ato administrativo, enquanto esta se refere à exposição ou declaração por
escrito do motivo da realização do ato.

Vamos imaginar que a lei diz que o motivo para a aplicação da multa é o estacionamento em
local proibido. Se o agente de trânsito fundamentar o ato, escrevendo em seu boletim o
motivo da aplicação da multa, estará motivando o ato. Temos aí a motivação do ato
administrativo.

Objeto

O objeto é o conteúdo do ato administrativo. Como ele ficará reconhecido no universo


administrativo.

É o que efetivamente cria, extingue, modifica ou declara, isto é, o efeito jurídico que o ato
produz.

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Se liga nos principais exemplos que a doutrina cita: na concessão de licença ao servidor, o
objeto é a própria licença; na emissão de uma Carteira Nacional de Habilitação, o objeto é a
licença para dirigir; na exoneração de um servidor, o objeto é a própria exoneração.

Exercícios

(Cespe) Consoante a doutrina, são requisitos ou elementos do ato administrativo a


competência, o objeto, a forma, o motivo e a finalidade.
Gabarito: correto.

(Cespe) O motivo do ato administrativo não se confunde com a motivação estabelecida pela
autoridade administrativa. A motivação é a exposição dos motivos e integra a formalização
do ato. O motivo é a situação subjetiva e psicológica que corresponde à vontade do agente
público.

Gabarito: errado.

(Cespe) Define-se o requisito denominado motivação como o poder legal conferido ao


agente público para o desempenho específico das atribuições de seu cargo.

Gabarito: errado.

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Sumário
ATRIBUTOS DO ATOS ADMINISTRATIVOS ............................................................................................................. 2
Imperatividade ............................................................................................................................................................... 2
Autoexecutoriedade ...................................................................................................................................................... 2
Tipicidade ....................................................................................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS..................................................................................................................................................................... 3

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ATRIBUTOS DO ATOS ADMINISTRATIVOS

Os atributos, podem ser analisados como características dos atos administrativos. Eles constituem
as qualidades que consequentemente os tornarão diferentes dos atos privados.

São, assim sendo, aqueles que possibilitam afirmar que o ato se submete o ao regime jurídico de
direito público.

Para as provas de Concurso, você deve levar: a) presunção de legitimidade ou veracidade; b)


imperatividade; c) autoexecutoriedade; d) tipicidade (Maria Sylvia Zanella Di Pietro).

Regra de memória: PATI

Vamos analisar cada um deles:

Presunção de legitimidade ou veracidade

Presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela Administração, até que haja prova em contrário.
Imagine: quando um agente de trânsito impetra uma multa por ter visto um motorista dirigindo
falando ao celular, presume-se que de fato isso ocorreu, cabendo ao motorista provar contrário.

Imperatividade

Pela imperatividade os atos administrativos impõem obrigações a terceiros, independentemente


de concordância.
Este atributo depende, sempre, da expressa previsão na lei. A imperatividade poderá ser chamada
nas provas, de poder extroverso do Estado, sendo que deve ser interpretado como que o Poder
Público pode editar atos que vão além da esfera jurídica do sujeito emitente, adentrando na esfera
jurídica de terceiros, constituindo unilateralmente obrigações. Lógico que a imperatividade não
está presente em todos os atos administrativos, mas tão somente naqueles que imponham
obrigações aos administrados. Portanto, não possuem esse atributo os atos que concedem direitos
(concessão de licença, autorização, permissão, admissão) ou os atos enunciativos (certidão,
atestado, parecer).

Autoexecutoriedade

A autoexecutoriedade é estudado na possibilidade que alguns atos resultam de imediata e direta


execução pela Administração, sem necessidade de ordem judicial. Permitindo, ainda, o uso da
força (executoriedade) para colocar em prática as decisões administrativas. Não se está dizendo
que a autoexecutoriedade afasta a apreciação judicial, algo que seria inadmissível segundo a
Constituição Federal (art. 5º, XXXV). Apensa, saliente-se, que para todo exercício de repressão à
liberdade ilimitada do particular, necessite-se chamar o resguardo do Judiciário. Isso não seria
viável! Assim sendo, a autoexecutoriedade refere-se à possibilidade de a Administração fazer
acontecer suas decisões sem ordem judicial, mas não retira o direito do administrado de buscar o
socorre no Poder Judiciário se achar que seus direitos estão sendo prejudicados indevidamente.

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A autoexecutoriedade não está presente em todos os atos administrativos. Ela existe em duas
situações: (a) quando estiver expressamente prevista em lei; (b) quando se tratar de medida
urgente. Na primeira situação, podemos exemplificar com as diversas medidas autoexecutórias
previstas para os contratos administrativos, como a possibilidade de retenção da caução, a
utilização das máquinas e equipamentos para dar continuidade aos serviços públicos, a
encampação, etc.; quando se trata do exercício do poder de polícia, podemos mencionar a
apreensão de mercadorias, a cassação de licença para dirigir, etc. As medidas urgentes, por outro
lado, ocorrem quando a medida deve ser adotada de imediato, sob pena de causar grande prejuízo
ao interesse público. Um exemplo é a destruição de um imóvel com risco iminente de
desabamento. Caso se depare com uma situação como essa, a autoridade administrativa poderá
determinar, de imediato, a demolição. A Administração impele o administrado por meios
indiretos de coação. Por exemplo, se a Administração determinar que o particular construa uma
calçada, mas ele se recusar a fazê-la, o Poder Público poderá aplicarlhe uma multa, em precisar
socorrer ao Poder Judiciário para isso. A multa é um meio indireto de coação, mas não obriga
materialmente o particular a construir a calçada. Na executoriedade, por outro lado, a
Administração, por seus próprios meios, compele o administrado. Verifica-se a executoriedade,
por exemplo, na dissolução de uma passeata, na apreensão de medicamentos vencidos, na
interdição de uma fábrica, na internação compulsória de uma pessoa com moléstia
infectocontagiosa em período de epidemia, etc. Nesses casos, a Administração poderá utilizar até
mesmo a força para obrigar o particular a cumprir a sua determinação.

Tipicidade

Importante atributo descrito na obra de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, que assim expõe: “a tipicidade
é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras previamente definidas
em lei como aptas a produzir determinados resultados” Este atributo está relacionado com o
princípio da legalidade, determinando que a Administração só pode agir quando houver lei
determinando ou autorizando. Logo, para cada finalidade que a Administração pretenda alcançar, deve
existir um ato definido em lei.

EXERCÍCIOS

1-Há presunção de legitimidade e veracidade nos atos praticados pela administração durante
processo de licitação.

2-O atributo da presunção de legitimidade é o que autoriza a ação imediata e direta da


administração pública nas situações que exijam medida urgente.

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3- O IBAMA multou e interditou uma fábrica de solventes que, apesar de já ter sido advertida,
insistia em dispensar resíduos tóxicos em um rio próximo a suas instalações. Contra esse ato a
empresa impetrou mandado de segurança, alegando que a autoridade administrativa não dispunha
de poderes para impedir o funcionamento da fábrica, por ser esta detentora de alvará de
funcionamento, devendo a interdição ter sido requerida ao Poder Judiciário. Em face dessa
situação hipotética, julgue o item seguinte. Um dos atributos do ato administrativo executado pelo
IBAMA na situação em questão é o da autoexecutoriedade, que possibilita ao poder público
obrigar, direta e materialmente, terceiro a cumprir obrigação imposta por ato administrativo, sem
a necessidade de prévia intervenção judicial.

4-Em razão da característica da autoexecutoriedade, a cobrança de multa aplicada pela


administração não necessita da intervenção do Poder Judiciário, mesmo no caso do seu não
pagamento.

GABARITO
1 - CORRETO
2 - ERRADO
3 - CORRETO
4 - ERRADO

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Sumário
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS .................................................................................................. 2
Atos gerais e individuais ................................................................................................................................................ 2

LeidodoDireito
Lei DireitoAutoral
Autoralnºnº9.610,
9.610,dede1919dedeFevereiro
Fevereirodede1998:
1998:Proíbe
Proíbea areprodução
reproduçãototal
totalououparcial
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materialououdivulgação
divulgaçãocom
com
fins
fins comerciais
comerciais ouou não,
não, emem qualquer
qualquer meiomeiodede comunicação,
comunicação, inclusive
inclusive nana Internet,
Internet, sem
sem autorização
autorização dodo AlfaConConcursos
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CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Atos gerais e individuais

Os atos gerais ou normativos: Estes não possuem destinatários determinados. Eles apresentam
hipóteses mais expansivas de aplicação, que alcançará todos os sujeitos que nelas se enquadrarem.
Tendo em vista a forma genérica que possuem, esses atos são também conhecidos nas provas de
concursos como atos normativos. Destaco aqui como exemplos de atos gerais: os regulamentos,
portarias, resoluções, circulares, instruções, deliberações, regimentos, dentre outros.

Os atos individuais ou especiais: estes se dirigem a destinatários certos, conhecidos,


determináveis. Acabam por produzir efeitos jurídicos no caso concreto, a exemplos da nomeação,
demissão, tombamento, licença, autorização. Se João foi nomeado para determinado cargo
público, então a nomeação tem um sujeito certo e conhecido.

A Prof. Maria Di Pietro apresenta as seguintes características dos atos gerais ou normativos
quando comparados com os individuais:

a) o ato normativo não pode ser impugnado, na via judicial, diretamente pela pessoa lesada
(somente as pessoas legitimadas no art. 103 da CF podem propor inconstitucionalidade de ato
normativo);

b) o ato normativo tem precedência hierárquica sobre o ato individual (por exemplo, existindo
conflitos entre um ato individual e outro geral produzidos por decreto, deverá prevalecer o ato
geral, pois os atos normativos prevalecem sobre os específicos);

c) o ato normativo é sempre revogável; ao passo que o ato individual sofre uma série de limitações
em que não será possível revogá-los (por exemplo, os atos individuais que geram direitos
subjetivos a favor do administrado não podem ser revogados28);

d) o ato normativo não pode ser impugnado, administrativamente, por meio de recursos
administrativos, ao contrário do que ocorre com os atos individuais, que admitem recursos
administrativos.

Atos internos e externos

Os atos internos são aqueles que são analisados sob o teor de produzir efeitos no interior da
Administração Pública, alcançando seus órgãos e agentes.

Saliente-se que estes atos não geram direitos adquiridos e podem, por conseguinte, ser revogados
a qualquer tempo.

Eles não dependem de publicação oficial, bastando a cientificação direta aos destinatários ou a
divulgação regulamentar da repartição.

De acordo com parte da doutrina, esses atos vêm sendo utilizados de forma errônea para atingir
destinatários externos. Nessas ocasiões, a divulgação externa será obrigatória. São exemplos de

LeidodoDireito
Lei DireitoAutoral
Autoralnºnº9.610,
9.610,dede1919dedeFevereiro
Fevereirodede1998:
1998:Proíbe
Proíbea areprodução
reproduçãototal
totalououparcial
parcialdesse
dessematerial
materialououdivulgação
divulgaçãocom
com
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atos internos uma portaria que determina a formação de um grupo de trabalho, a expedição de uma
ordem de serviço interna, etc.

Os atos externos, em contrapartida, são todos os que alcançam os administrados, os contratantes


ou, em alguns casos, os próprios servidores, provendo sobre os seus direitos, obrigações, negócios
ou conduta perante a Administração. Esses atos devem ser publicados oficialmente, dado o
interesse público no seu conhecimento.

Atos de império, de gestão e de expediente: são aqueles praticados com todas as prerrogativas e
privilégios de autoridade e impostos de forma unilateral e coercitivamente ao particular,
independentemente de autorização judicial.

Os atos que são decorrentes do exercício do poder de polícia são típicos exemplos de atos de
império.

Os atos de gestão são os que são executados em situação de isonomia com os particulares, para a
conservação e desenvolvimento do patrimônio público e para a gestão de seus serviços. São atos
desempenhados para a administração dos serviços públicos. Cito como exemplo a compra e venda
de bens, o aluguel de automóveis ou equipamentos, etc.

Finalizando, temos os atos de expediente que são atos internos da Administração Pública que se
destinam a dar andamentos aos processos e papéis que se realizam no interior das repartições
públicas. Trazem como essência a ausência de conteúdo decisório, justificada pelo trâmite
rotineiro de atividades realizadas nas entidades e órgãos públicos.

Exemplos: a expedição de um ofício para um administrado, a entrega de uma certidão, o


encaminhamento de documentos para a autoridade que pode tomar a decisão sobre o mérito, dentre
outras.

Atos vinculados e discricionários

A dupla mais conhecida. Os discricionários são aqueles praticados sem margem de liberdade de
poder decisório, em razão de que a lei determinou, que o exclusivo comportamento possível a ser
obrigatoriamente adotado é sempre aquele em que se configure a situação objetiva prevista na lei.

Nos atos vinculados, por sua vez, há possibilidades de escolha ao agente público, cabendo-lhe
decidir com base no que consta na lei.

Por exemplo, a concessão de licença paternidade será fornecida quando nascer o filho ou ocorrer
a adoção pelo agente público, sendo que a Legislação (Lei 8.112) determina a duração de cinco
dias corridos. Ocorrendo os seus pressupostos, a autoridade pública não possui escolha, devendo
conceder a licença de cinco dias.

Os atos discricionários, por outro lado, ocorrem quando a lei deixa uma margem de liberdade para
o agente público. Enquanto nos atos vinculados todos os requisitos do ato estão rigidamente
previstos (competência, finalidade, forma, motivo e objeto), nos atos discricionários há margem
para que o agente faça a valoração do motivo e a escolha do objeto, conforme o seu juízo de
conveniência e oportunidade.

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Desta feita, há discricionariedade quando a lei dispõe que o agente “pode”, ou que “a critério da
Administração”, ou ainda quando determina a aplicação de uma multa “entre X e Y”.

Nesses casos, a autoridade deverá analisar os motivos e, em seguida, definir o objeto ou conteúdo
do ato administrativo. Na aplicação da pena de suspensão a autoridade poderá suspender o servidor
por até noventa dias, ou seja, a autoridade pode aplicar um dia, cinco, dez, ou até mesmo, os
noventa dias, conforme o seu juízo privativo de conveniência e oportunidade. Além dessas
hipóteses em que a lei claramente estabelece uma margem de liberdade, a doutrina menciona que
o ato será discricionário quando a lei utiliza conceitos jurídicos indeterminados, deixando para a
Administração a possibilidade de apreciar, segundo juízo de conveniência e oportunidade, se o
fato corresponde ao que consta na lei. Por exemplo, quando a lei dispõe sobre uma pena em caso
de “falta grave”, mas não determina o que é isso, caberá ao agente público, diante de uma
irregularidade, enquadrá-la como falta grave ou não.

Simples, complexo e composto

Quanto à formação de vontade, o ato administrativo pode ser simples, complexo e composto.

O ato simples é que aquele que resulta da manifestação de vontade de um órgão único, seja ele
unipessoal ou colegiado.

Não interessa, para seu entendimento o número de agentes que participa do ato, mas sim que se
trate de uma vontade unitária. Dessa forma, será ato administrativo simples tanto o despacho de
um chefe de seção como a decisão de um conselho de contribuintes. O ato complexo, por sua vez,
é o que necessita da conjugação de vontade de dois ou mais diferentes órgãos ou autoridades.
Apesar da conjugação de vontades, trata-se de ato único.

Já o ato composto é aquele confeccionado pela declaração de vontade de apenas um órgão da


Administração, mas que depende de outro ato que o aprove para produzir seus efeitos jurídicos
(condição de exequibilidade). Desta forma, no ato composto teremos dois atos: o principal e o
acessório.

Válido, nulo, anulável e inexistente

No que diz respeito à eficácia, o ato administrativo pode ser válido, nulo, anuláveis e inexistente.

O ato válido é aquele praticado com total foco e observância de todos os requisitos legais,
relacionados à competência, à forma, à finalidade, ao motivo e ao objeto.

Já o ato nulo, contrariamente, é aquele que sofre de vício insanável, incurável, em algum dos seus
requisitos de validade, não sendo possível, portanto, a sua correção.

Logo, ele será anulado por ato da Administração ou do Poder Judiciário.

O ato anulável, por sua vez, é aquele que apresenta algum vício sanável, ou seja, que é passível
de convalidação pela própria Administração, desde que não seja lesivo ao patrimônio público nem

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cause prejuízos a terceiros. Por fim, o ato inexistente é aquele que possui apenas aparência de
manifestação de vontade da Administração, mas não chega a se aperfeiçoar como ato
administrativo.

Espécies de atos administrativos

REGRA DE MEMÓRIA

N ORMATIVOS
O RDINATÓRIOS
N EGOCIAIS
E NUNCIATIVOS
P UNITIVOS

a) atos negociais: MANIFESTAÇÃO DE VONTADE COINCIDE COM A DO PARTICULAR.

São exemplos:

(1) licença: ato vinculado e definitivo. Exemplo: licenças para dirigir e construir;

(2) permissão: pode ser revogado a qualquer momento, é precário, vinculado, produzido quando
o interesse predominante é o público, como a permissão de serviços públicos prevista na CF/88;

(3) autorização: o interesse predominante é o do particular – autorização para explorar serviço de


taxi é um grande exemplo;

b) atos enunciativos: é o ato pelo qual a Administração declara um fato ou profere uma opinião,
sem que tal manifestação, por si só, produza consequências jurídicas – certidão, atestado, visto,
parecer, etc.;

c) atos punitivos: Aqui a Administração aplica sanções aos seus agentes e aos administrados em
decorrência de ilícitos administrativos;

d) atos normativos: são os gerais, expansivos, genéricos;

e) atos ordinatórios: são atos administrativos internos, destinados a estabelecer normas de conduta
para os agentes públicos, sem causar efeitos externos é esfera administrativa. Decorrem do poder
hierárquico. São exemplos: as ordens de serviço, portarias internas, instruções, avisos, etc.

Exercícios

1. A autorização é ato administrativo discricionário mediante o qual a administração pública


outorga a alguém o direito de realizar determinada atividade material.

2. Ato vinculado é aquele analisado apenas sob o aspecto da legalidade; o ato discricionário, por
sua vez, é analisado sob o aspecto não só da legalidade, mas também do mérito.

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3. A lei estabelece todos os critérios e condições de realização do ato vinculado, sem deixar
qualquer margem de liberdade ao administrador.

4. Um aviso é uma forma de ato administrativo classificado como ato punitivo, ou seja, que
certifica ou atesta um fato administrativo.

5. A licença é ato administrativo unilateral e discricionário pelo qual a administração pública


faculta ao particular o desempenho de atividade material ou a prática de ato que, sem esse
consentimento, seria legalmente proibido.

GABARITO:

1-CORRETO
2-CORRETO
3-CORRETO
4-ERRADO
5-ERRADO

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Extinção dos Atos Administrativos................................................................................................................................... 2

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Extinção dos Atos Administrativos

Com a devida atenção ao atributo da presunção de legitimidade, uma vez em vigor, o ato
administrativo atingirá os seus efeitos, possuindo vícios de legalidade ou não, até que venha a
ser formalmente analisado o seu desfazimento.

As formas mais comuns de desfazimento dos atos administrativos são:

- anulação,
- a revogação e
- a cassação.

Vamos tratar sobre cada uma aqui!

Anulação

A anulação, conhecida como invalidação, é o desfazimento do ato administrativo em virtude de


ilegalidade, de sua ilegitimidade.

Como a ilegalidade atinge desde a origem do ato, a sua invalidação possui efeitos retroativos
(ex tunc).

Saliente-se, também que, a anulação dos atos administrativos é um poder-dever da


Administração, que vai poder realizá-la diretamente, por meio de seu poder de autotutela já
consagrada nas súmulas 346 e 476 do STF.

Em síntese, tais jurisprudências afirmam que: “A Administração Pública pode declarar a


nulidade dos seus próprios atos” e “A Administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial”.

Mas a anulação também pode ser realizada pelo Poder Judiciário por intermédio da devida
ação com esse fim. Via de regra, a anulação é obrigação da Administração, ou seja, constatada a
ilegalidade, o agente público deve promover a anulação do ato administrativo.

Há casos em que a segurança jurídica e a boa fé fundamentam a manutenção do ato.

Imagine determinado agente que frauda o Diário oficial do Município e cria vagas de vereador
para se beneficiar. E, ainda que sem querer, mas para não causar desconfiança, acaba ajudando
outros.

Os que causaram de fé e fato a situação ilegal sempre serão prejudicados. Mas será que
poderemos prejudicar os terceiros de boa-fé? Claro que não!

Lei do Direito
Lei do Direito AutoralAutoral nºde
nº 9.610, 9.610,
19 dedeFevereiro
19 de Fevereiro deProíbe
de 1998: 1998: Proíbe a reprodução
a reprodução total outotal ou parcial
parcial desse material
desse material ou
ou divulgação
divulgação
com com
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fins comerciais
comerciais ouou não,
não, emem qualquer
qualquer meio
meio dede comunicação,
comunicação, inclusive
inclusive nana Internet,
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sem autorização
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Sempre que existir a anulação de um ato, devem ser resguardados os efeitos já produzidos em
relação aos terceiros de boa-fé.

Cuidado!!! OBSERVAÇÃO FATAL!!! Não se trata de direito adquirido, uma vez que não se
adquire direito de um ato ilegal. Porém, os efeitos já produzidos, mas que afetaram terceiros de
boa-fé, não devem ser invalidados.

Convalidação

É a possibilidade de “corrigir” ou “regularizar”, “retificar”, “confirmar” um ato administrativo,


possuindo efeitos retroativos (ex tunc).

Assim, a convalidação tem por objetivo manter os efeitos já produzidos pelo ato e permitir que
ele permaneça no mundo jurídico.

Os atos nulos são insanáveis, assim sendo, não podem ser objeto de convalidação; já os atos
anuláveis são aqueles que podem ser convalidados.

Conforme estabelece a Lei 9.784/1999, em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão
ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis
poderão ser convalidados pela própria Administração (art. 55).

São quatro condições, portanto, para a convalidação de um ato segundo a Lei 9.784/1999:

(1) que isso não acarrete lesão ao interesse público;


(2) que não cause prejuízo a terceiros;
(3) que os defeitos dos atos sejam sanáveis;
(4) decisão discricionária (“poderão”) acerca da conveniência e oportunidade de
convalidar o ato (no lugar de anulá-lo).

Revogação

É o desfazimento de um ato administrativo válido e discricionário por motivo de interesse


público novo, outrora não conhecido, que o tornou inconveniente ou inoportuno.

Trata-se, portanto, da extinção de um ato administrativo por conveniência e oportunidade da


Administração. A revogação é um ato administrativo discricionário por meio do qual a
Administração extingue outro ato administrativo, válido e também discricionário, por motivos
de conveniência ou oportunidade.

Na revogação não há ilegalidade, o que existe é inconveniência e inoportunidade.

Por isso, o Poder Judiciário não pode revogar um ato praticado pela Administração. Também
em virtude da legalidade do ato, a revogação possui efeitos ex nunc (a partir de agora).

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Isso quer dizer que seus efeitos não retroagem. Tudo que foi realizado até a data da revogação
permanece válido. Nem todo ato administrativo é passível de revogação, existindo diversas
limitações, conforme ensina a doutrina.

Destaco aqui o que aduz Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Segundo a grande
doutrinadora, não são passíveis de revogação:

a) atos vinculados: aqui porque não se fala em conveniência e oportunidade no momento da


edição do ato e, após, também não se falará na hora de sua revogação;

b) atos que exauriram os seus efeitos: como a revogação não retroage, mas apenas impede que
o ato continue a produzir efeitos, se o ato já se exauriu, não há mais que falar em revogação.
Exemplo: Imagine que a Administração concedeu uma licença ao agente público para tratar de
interesses particulares, após o término do prazo da licença, não se poderá mais revogá-la, pois
seus efeitos já exauriram;

c) quando já se exauriu a competência relativamente ao objeto do ato: suponha que o


administrado tenha recorrido de um ato administrativo e que o recurso já esteja sob
apreciação da autoridade superior, a autoridade que praticou o ato deixou de ser competente
para revogá-lo;

d) os meros atos administrativos: como as certidões, atestados, votos, porque os efeitos deles
decorrentes são estabelecidos em lei;

e) atos que integram um procedimento: a cada novo ato ocorre a preclusão com relação ao ato
anterior. Ou seja, ultrapassada uma fase do procedimento, não se pode mais revogar a anterior;

f) atos que geram direito adquirido: isso consta expressamente na Súmula 473 do STF.

Cassação

É o desfazimento de um ato válido em razão de descumprimento pelo beneficiário das


condições que deveria manter, ou seja, ocorre quando o administrado comete alguma falta.

Opera como uma sanção contra o administrado em virtude de descumprir alguma condição
necessária para usufruir de um benefício.

Exemplo: cassação da carteira de motorista por excesso do limite de pontos previstos no CTB,
a cassação da licença para exercer uma profissão por infringir alguma norma legal, a cassação
de uma licença para construir em decorrência de descumprimento de normas de segurança,
etc.

Caducidade

É a forma de extinção do ato administrativo por conta de invalidade ou ilegalidade


superveniente. Assim, a caducidade ocorre quando uma legislação nova – ou seja, que surgiu
após a prática do ato – torna-o inválido.

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Segundo a Lei 9.784/1999 (art. 55), “O direito da Administração de anular os atos


administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos,
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé”.

Trata-se de prazo decadencial, ou seja, que não admite interrupções nem suspensões. A
interrupção se refere à inutilização do tempo já transcorrido, ou seja, quando se interrompe
um prazo, dever-se- á reiniciar a sua contagem.

Exercícios

1- Os atos vinculados são insuscetíveis de revogação pela administração pública.

2- A revogação de um ato administrativo ocorre nos casos em que esse ato seja ilegal.

3- Os atos administrativos do Poder Executivo não são passíveis de revogação pelo Poder
Judiciário.

4- Praticado ato ilegal por agente da PRF, deve a administração revogá-lo.

5- A revogação de um ato administrativo produz efeitos retroativos à data em que ele tiver sido
praticado.

6- Caso verifique que determinado ato administrativo se tornou inoportuno ao atual interesse
público e, ao mesmo tempo, ilegal, a administração pública terá, como regra, a faculdade de
decidir pela revogação ou anulação do ato.

7- O Poder Judiciário poderá revogar um ato administrativo editado pelo Poder Executivo, se o
ato for considerado ilegal.

8- A declaração de nulidade do ato surte efeitos retroativos a todos aqueles que, de alguma
forma, se beneficiaram dos efeitos produzidos pelo ato viciado.

Gabarito:

1-CORRETO
2-ERRADO
3-CORRETO
4-ERRADO
5-ERRADO
6-ERRADO
7-ERRADO
8-ERRADO

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Sumário
LEI No 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999 ................................................................................................................ 2
CAPÍTULO I .................................................................................................................................................................... 2
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................................................................................. 2
CAPÍTULO II ................................................................................................................................................................... 4
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS ........................................................................................................................... 4
CAPÍTULO III .................................................................................................................................................................. 5
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO ............................................................................................................................... 5

LeidodoDireito
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Autoralnºnº9.610,
9.610,dede1919dedeFevereiro
Fevereirodede1998:
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reproduçãototal
totalououparcial
parcialdesse
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LEI No 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999

Avante, você concurseiro de todo o Brasil. Preparei para você um Super material da Lei 9.784.
Fracionei essa Lei tão importante e fiz questão de esquematiza-la para você, de uma maneira
interessante e didática. Fiz questão de ver os principais pontos que mais estão sendo objeto de
questões de concursos públicos, atualmente. Tenho plena convicção que se você, caro guerreiro
(a), não perder o foco no material e nos nossos blocos, você conseguirá acertar qualquer questão
acerca dessa lei que surja na sua prova!

Agora, vamos deixar de falácia e mãos à obra!

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração
Federal direta e indireta. Isso acoberta tanto os órgãos públicos federais, como as entidades
(Fundação, Autarquias, Sociedade de Economia Mista e Empresa Pública), que compõem a
Administação Indireta.

⇒ Que esta LEI visa em especial?

R:

-Proteção dos direitos dos administrados.

-Melhor cumprimento dos fins da Administração.

⇒ O que vem a ser órgão, para fins de aplicação desta LEI?

R: É a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da


Administração indireta

⇒ Qual é o conceito de entidade, para fins de aplicação desta LEI?

R: É a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica.

⇒ Qual é o conceito de autoridade, para fins de aplicação desta LEI?

R: É o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.

Quais são os princípios que a Administração Pública deve obedecer?

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R:

Legalidade

Finalidade

Motivação

Razoabilidade

Proporcionalidade

Moralidade

Ampla Defesa

Contraditório

Segurança Jurídica

Interesse Público

Eficiência

Quais critérios que devem ser observados nos processos administrativos?

R: De acordo com a Lei:

- Atuação conforme a lei e o Direito.

- Atendimento a fins de Interesse Geral.

- Como regra geral é vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências.

- O atendimento interesso público deve ser objetivo

- Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

- Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na


Constituição.

- Adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em


medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.

- Indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão.

- Observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados.

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- Adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e
respeito aos direitos dos administrados.

- Garantia dos direitos à comunicação, nos processos de que possam resultar sanções e nas
situações de litígio.

- Garantia dos direitos à apresentação de alegações finais, nos processos de que possam resultar
sanções e nas situações de litígio.

- Garantia dos direitos à produção de provas, nos processos de que possam resultar sanções e nas
situações de litígio.

- Garantia dos direitos à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções
e nas situações de litígio.

- Proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei.

- Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados.

- Interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim


público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

CAPÍTULO II
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

⇒ Que direitos os administrados possuem perante a administração, de acordo com a LEI?

R:

- O administrado tem o direito de ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores.

- O administrado tem o direito de ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que
tenha a condição de interessado.

- O administrado tem o direito de ter vista dos autos dos processos administrativos em que tenha
a condição de interessado.

- O administrado tem o direito de obter cópias de documentos contidos nos processos


administrativos, bem como conhecer as decisões proferidas.

- O administrado tem o direito de formular alegações e apresentar documentos antes da decisão,


os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente.

- O administrado tem o direito de fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando
obrigatória a representação, por força de lei.

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CAPÍTULO III
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO

⇒ Quais são os deveres do administrado perante a Administração?

R:

- O administrado tem o dever de expor os fatos conforme a verdade.

- O administrado tem o dever de proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé.

- O administrado tem o dever de não agir de modo temerário.

- O administrado tem o dever de prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar
para o esclarecimento dos fatos.

Exercícios

1- O administrado tem o direito de ter ciência da tramitação dos processos administrativos em


que tenha a condição de interessado ou não.

( ) CERTO ( ) ERRADO

2- No processo Administrativo Federal, deverá ser aplicada a devida adequação entre meios e
fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.

( ) CERTO ( ) ERRADO

3- A Lei 9.784, de 1999, conceitua entidade como a unidade de atuação integrante da estrutura
da Administração direta e da estrutura da Administração indireta.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Gabarito:

1-E
2-C
3-E

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Sumário
LEI No 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999 ................................................................................................................ 2
CAPÍTULO IV .................................................................................................................................................................. 2
DO INÍCIO DO PROCESSO .............................................................................................................................................. 2
OBSERVAÇÕES FATAIS: ................................................................................................................................................. 2
CAPÍTULO VI .................................................................................................................................................................. 3
DA COMPETÊNCIA ......................................................................................................................................................... 3

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LEI No 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999

CAPÍTULO IV
DO INÍCIO DO PROCESSO

Como se dará início ao PAF?

1) DE OFÍCIO
2) A PEDIDO DO INTERESSADO

⇒ Como haverá de ser o requerimento inicial do interessado no processo administrativo?

R:Em regra, serão feitos de maneira escrita.


No entanto, há a possibilidade, quando admitida, de se fazer a solicitação oralmente.

Mas algo importante é sobre o que deve conter nas solicitações escritas. O que é mesmo?

1) Órgão ou autoridade administrativa a que se dirige


2) Identificação do interessado ou de quem o represente
3) Domicilio do requerente ou lugar para recebimento das comunicações
4) Formulação do pedido, contendo exposição dos fatos e seus fundamentos
5) Data e assinatura do requerente e do seu representante

OBSERVAÇÕES FATAIS:

- É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o


servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

- Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários padronizados


para assuntos que importem pretensões equivalentes.

⇒ E se os pedidos de vários interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, vai


poder haver formulação do pedido em um único documento?

R:Sim, é possível!!

Quem pode atuar na condição de interessado em um processo administrativo?

R:

-Atuantes na condição de interessados em um processo administrativo:

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- Pessoas físicas ou jurídicas que iniciem o processo administrativo como titulares de direitos ou
interesses individuais.

- Pessoas físicas ou jurídicas no exercício do direito de representação.

- Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados
pela decisão a ser adotada.

- As organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos.

- As pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos.

Quem é capaz, para fins de processo administrativo?

R: Os maiores de dezoito anos.

CAPÍTULO VI
DA COMPETÊNCIA

⇒ Quem exerce a competência do processo administrativo?

R: Órgãos administrativos próprios.

⇒ A competência do processo administrativo pode ser delegada ou avocada?

R:Sim!A lei admitirá essa possibilidade!

⇒ A competência referente ao processo administrativo pode ser renunciada?

R:Não! Nunca! Jamais!

⇒ Um órgão administrativo e seu titular podem delegar parte de sua competência para
outro órgão não hierarquicamente subordinado, no que tange ao processo administrativo?

R: Pode Sim!!

⇒ Em que ocasiões ? A lei justifica?

R: Sim!! Quando for conveniente para o órgão, em razão de circunstâncias de índole técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial.

MAS, CUIDADO!!! Um dos tópicos mais cobrados em PROVA!!

NÃO PODE SER OBJETO DE DELEGAÇÃO:

E – DE – MA

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- Edição de atos de caráter normativo


- Decisão de RECURSOS ADMINISTRATIVOS
- Matéria exclusiva de órgãos ou autoridades

Deverá ser publicado no meio oficial:

- Ato de delegação
- Ato de revogação da delegação

OBSERVAÇÕES FATAIS:

1) As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e


considerar-se-ão editadas pelo delegado.

2) O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.

Regra: Será permitida a avocação de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.

Características da Avocação:

-Terá caráter de excepcionalidade;

-Terá um prazo especifico;

-Os principais motivos da avocação serão justificados.

Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado


perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir!

Exercícios:

1- A edição de atos de caráter normativo não poderá ser alvo de delegação.


2- Um órgão administrativo e seu titular podem delegar parte de sua competência para outro
órgão não hierarquicamente subordinado, no que se refere ao processo.
3- A avocação tem caráter excepcional, tendo um prazo específico para que possa ocorrer.

Gabarito:

1-C
2-C
3-C

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Sumário
CAPÍTULO VII ................................................................................................................................................................ 2
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO .................................................................................................................. 2
CAPÍTULO VIII ................................................................................................................................................................ 3
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO .............................................................................................. 3
CAPÍTULO X ................................................................................................................................................................... 4
DA INSTRUÇÃO .............................................................................................................................................................. 4
CAPÍTULO XI .................................................................................................................................................................. 5
DO DEVER DE DECIDIR .................................................................................................................................................. 5
CAPÍTULO XII ................................................................................................................................................................. 5
DA MOTIVAÇÃO ............................................................................................................................................................ 5

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CAPÍTULO VII

DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

A pergunta que não quer calar: o que é“suspeição”?

R: Suspeição – é um cenário, expresso em lei, quevai impedir os juízes, os membros do Ministério


Público, os advogados, os serventuários ou qualquer outro auxiliar da Justiça de, em certos casos,
funcionarem no processo em que ela ocorra, em face da dúvida de que não possam exercer suas
funções com a imparcialidade ou independência que lhes competem.

⇒ Mas algum servidor ou autoridade poderá ficar impedido de atuar no processo


administrativo?

R:Sim!!!

⇒ Em que ocasiões?

R:

- Quando o servidor tenha interesse direto ou indireto na matéria.

- Caso o servidor tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou


representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins
até o terceiro grau.

- Quando o servidor esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou


respectivo cônjuge ou companheiro.

⇒ E se não houver a comunicação do fato à autoridade competente? O Que pode


acontecer?

R:Poderá o agente receber punição, pois a omissão do dever de comunicar o impedimento


constitui falta grave, para efeitos disciplinares.

⇒ Quais são os casos em que se pode arguir a suspeição de autoridade ou servidor , no que
concerne ao processo administrativo?

R:

-Caso o agente ou autoridade tenha amizade íntima com algum dos interessados no processo
administrativo.

- Caso o servidor ou autoridade tenha amizade íntima com algum cônjuge dos interessados no
processo administrativo.

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-Caso o servidor ou autoridade tenha amizade íntima com algum companheiro dos interessados

no processo administrativo.

- Caso o servidor ou autoridade tenha amizade íntima com algum parente dos interessados no
processo administrativo.

-Caso o servidor ou autoridade tenha inimizade notória com algum dos interessados no processo
administrativo ou com os parentes,cônjuges ou companheiros desses interessados.

- Caso o servidor ou autoridade tenha inimizade notória com algum cônjuge dos interessados no
processo administrativo.

-Caso o servidor ou autoridade tenha inimizade notória com algum companheiro dos
interessados no processo administrativo.

- Caso o servidor ou autoridade tenha inimizade notória com algum parente dos interessados no
processo administrativo.

CAPÍTULO VIII
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO

⇒ Os atos do processo administrativo têm alguma forma definida?

R:Via de regra, Não!!! EXCETO quando a lei expressamente exigir.

⇒ Sabendo que os atos do processo administrativo não possuem uma forma definida e que
apesar disso possuem um núcleo comum, qual SERIA esse núcleo comum?

ATOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO:

- FORMA ESCRITA
- EM PORTUGUÊS (VERNÁCULO)
- DEVE TER A DATA E O LOCAL DE SUA REALIZAÇÃO
- ASSINATURA DA AUTORIDADE RESPONSÁVEL

Um ato do processo administrativo pode ocorrer no final de semana, NUM DIA DE TOTAL
INFORMALIDADE, COMO UM FERIADO COMEMORATIVO??

R: De maneira alguma!!! Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal
de funcionamento da repartição na qual tramitar o processo.

OBS FATAL: Em alguns casos excepcionais os atos podem ser praticados fora da sede do
órgão, nesse caso haverá a obrigatoriedade de notificar o interessado a respeito dessa mudança.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPCON Concursos Públicos.
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⇒ E se num determinado dia um ato do processo administrativo não termine no final do


expediente, e o adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao
interessado ou à Administração, como é que fica?

R:Oras, nesse caso serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados!!!

O QUE DEVERÁ CONTER na intimação?

- Identificação do intimado

- Nome do órgão ou entidade administrativa

- Finalidade da Intimação

- Data, hora e local em que deve comparecer

- Se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar

- Informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento.

- Indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes

CAPÍTULO X
DA INSTRUÇÃO

O que é instrução mesmo, hein?

R: Instrução: fase processual de apuração das provas, inclusive as testemunhais.(Dicionário


Jurídico).

O processo administrativo pode se utilizar de provas obtidas por meios ilícitos?

R:Jamais, tá louco!!!?? São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por


meios ilícitos. Isso inclusive, tem base na CF de 1988.

O que?

O órgão competente do processo poderá abrir período de consulta pública para manifestação de
terceiros.

QUANDO?

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPCON Concursos Públicos.
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-Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral.

COMO?

-Mediante despacho motivado

OBSERVAÇÃO FATAL:

A consulta para manifestação de terceiros não poderá dar prejuízo à parte interessada no
processo.

CAPÍTULO XI
DO DEVER DE DECIDIR

De acordo com a LEI, quais as maiores OBSERVAÇÕES a se levar à prova neste capítulo?

- A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos.

-A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão sobre solicitações em matéria de


sua competência.

- A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão sobre reclamações em matéria

de sua competência.

⇒ Após passada a fase de instrução, qual é o prazo que a Administração possui para
decidir

acerca do processo?

R: A Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual
período expressamente motivada.

CAPÍTULO XII
DA MOTIVAÇÃO

A motivação acontecerá por meio:

1) Indicação dos FATOS JURÍDICOS


2) Indicação dos FUNDAMENTOS JURÍDICOS

COMO SEU PROFESSOR DE DIREITO ADMINISTRATIVO, EU TE PEÇO: NÃO


DEIXE DE LEVAR O QUE VEM LOGO ABAIXO PARA SUA PROVA!!!

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPCON Concursos Públicos.
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A pergunta que não quer calar: quando os atos administrativos devem ser motivados?

- Quando neguem direitos ou interesses.

- Quando limitem direitos ou interesses.

- Quando afetem direitos ou interesses.

- Quando imponham deveres.

- Quando imponham encargos ou sanções.

- Quando agravem encargos ou sanções.

- Quando decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública.

- Quando dispensam processo licitatório.

- Quando declarem a inexigibilidade de processo licitatório.

- Quando decidam recursos administrativos.

- Quando decorram de reexame de ofício.

- Quando deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres,


laudos, propostas e relatórios oficiais.

- Quando importem anulação de ato administrativo.

- Quando importem revogação de ato administrativo.

- Quando importem suspensão de ato administrativo.

- Quando importem convalidação de ato administrativo.

O que pode acontecer caso havendo vários interessados, somente um deles formule pedido
de renuncia ou desistência acerca do processo administrativo?

R: Resposta simples: havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente


quem a tenha formulado.

⇒ Se tivermos uma desistência ou renuncia de processo administrativo e, ao mesmo tempo,


a Administração entenda que o interesse público pede que o processo continue, como fica?

R: normal, ora! o processo segue AVANTE!

⇒ Quais são os outros casos de extinção do processo administrativo?

R:

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-Quando exaurida a finalidade do processo administrativo.

-Quando o objeto da decisão se tornar impossível.

-Quando o objeto da decisão se tornar inútil por fato superveniente.

-Quando o objeto da decisão se tornar prejudicado por fato superveniente.

CAPÍTULO XIV

DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO

ANULAÇÃO - A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade.

REVOGAÇÃO – A Administração pode revogar seus próprios atos por motivo de conveniência
ou oportunidade

OBS. FATAL! Tanto a ANULAÇÃO quanto a REVOGAÇÃO devem respeitar os direitos


adquiridos.

⇒ A Administração poderá, a qualquer tempo, anular atos que decorram em efeitos


favoráveis a seus destinatários?

R:Não! FIQUE ESPERTO: O direito da Administração de anular os atos administrativos de


que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em
que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

Que se entende por CONVALIDAÇÃO?

R:É o ato de CONVALIDAR.

⇒ Ora ,e o que é CONVALIDAR?

Significados

1. Tornar válido ato jurídico tido como inválido por ausência de algum requisito/elemento.

Exemplo: "...se o ato é praticado por uma autoridade incompetente, é perfeitamente possível que
a autoridade competente venha convalidar o ato."

2. Restabelecer a validade ou a eficácia de um ato ou contrato.

Exemplos:
"...possibilidade da própria Administração Pública convalidar atos que apresentarem defeitos
sanáveis...";

"Da impossibilidade de emenda constitucional convalidar lei inconstitucional."

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Quais são os requisitos para que se possa convalidar os atos administrativos?

1) NÃO ACARRETAR LESÃO AO INTERESSE PÚBLICO


2) NÃO ACARRETAR PREJUÍZO A TERCEIRO
3) DEVE APRESENTAR DEFEITOS SANÁVEIS

As decisões do processo administrativo cabem recurso?

R: Sim! COM TODA CERTEZA!

⇒ Em face de que razões há a possibilidade de recurso administrativo?

R: Em face de legalidade e de mérito.

⇒ A quem será dirigido o recurso administrativo?

R: O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no
prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.

⇒ Para se interpor um recurso administrativo é necessário depositar uma caução?

R:EM REGRA GERAL, não!!!Mas há possibilidade de lei exigir!

- A ANÁLISE DO recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas.

⇒ Quem tem legitimidade para interpor recurso administrativo?

R:

- Os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo.

- Aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida.

- As organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos.

- Os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.

⇒ Há algum prazo limite para se interpor um recurso administrativo?

R: Existe sim! , será de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a
partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

Em quais hipóteses em que o recurso não será “conhecido”?

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R:

-Quando Interposto fora do prazo

-Quando Interposto perante órgão incompetente

-Quando Interposto por quem não seja legitimado

-Quando Interposto depois de exaurida a esfera administrativa.

Exercícios:

1- O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos


favoráveis para os destinatários decai em três anos, contados da data em que foram praticados,
salvo comprovada má-fé.

2-Quando negar direitos ou interesses um ato administrativo deverá ser motivado.

Gabarito:

1- Errado
2- Correto

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Sumário



Sumário

Recurso administrativo ................................................................................................................................................. 2


Sumário

Introdução e conceito ................................................................................................................................................... 2


Classificação .................................................................................................................................................................. 2
Qual o valor do jurídico do que é cobrado em sua conta de água e luz?
Sumário

Requisitos do serviço público (Princípios) .................................................................................................................... 3


Sumário

Concessão e permissão de serviço público .................................................................................................................... 2

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