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1. Introdução.............................................................................................................................1
1.1. Objectivos.......................................................................................................................2
1.1.2. Específicos...................................................................................................................2
1.2. Metodologia....................................................................................................................2
4. Cidades Sufocadas--------------------------------------------------------------------------------------------------------8
5. Conclusão............................................................................................................................9
Referência Bibliográfica
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1. Introdução
O constante esforço em alcançar o crescimento económico despertou o ser humano para a
fragilidade dos recursos naturais e da sua limitação. A percepção dos limites da capacidade
dos ecossistemas e da necessidade de assegurar que as gerações futuras consigam subsistir
encaminhou a humanidade para o aperfeiçoamento do seu desenvolvimento social e
económico, com o objectivo de preservar o planeta e os seus recursos. O poder que o homem
possui de construir e de criar contrasta com a sua capacidade de destruir e de aniquilar. A
exploração exagerada dos recursos naturais levou a um vasto número de problemas como a
desertificação, a extinção de espécies, as alterações climáticas, a poluição, a erosão do solo, a
sobre exploração das energias fósseis, entre outros.
O elevado e desordenado crescimento urbano tem colocado uma pressão contínua sobre os
recursos, as infra-estruturas e os equipamentos, afectando, por vezes negativamente, os
padrões de vivência das populações que vivem nas cidades, produzindo um impacto profundo
no ambiente global, quer em termos de consumo de recursos, quer em termos de produção de
resíduos e poluição.
Sabendo que o ambiente tem impacto na saúde da população e que o ruído e a poluição
atmosférica são 2 vectores fundamentais a ter em conta no planeamento estratégico da cidade,
é ainda de salientar a contribuição de outras dimensões para qualidade de vida e bem-estar da
população. Pretende-se assim, abordar neste trabalho, alguns problemas ambientais, desde a
poluição atmosférica, hídrica, a poluição do solo urbano, inversão térmica, superlotação e por
fim o fenómeno das cidades sufocadas.
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1.1. Objectivos
1.1.2. Específicos
Descrever a poluição urbana e seus impactos na saúde pública;
Descrever o efeito da inversão térmica;
Descrever as causas da superlotação e suas consequências na saúde pública;
Caracterizar as cidades sufocadas suas causas e impactos na saúde pública.
1.2. Metodologia
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica seguindo os princípios de uma
pesquisa exploratória, a qual segundo Gil (2008) corresponde àquela elaborada a partir de
material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e
actualmente com material disponibilizado na internet.
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Segundo Galeo, o que distingue o século xx do século anterior, assim como as cidades das
áreas não urbanas é, em grande medida, o grau em que pessoas se tornaram a influência
primária ao nível do ambiente físico. Segundo estes autores, a construção humana ambiental
inclui a habitação, que pode influenciar tanto a saúde física como mental, incluindo doenças
como a asma e outras patologias respiratórias, lesões e problemas psicológicos. A exposição
ao ruído, problema urbano comum, pode contribuir para danos auditivos, hipertensão e
doenças cardíacas.
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Destaca-se, também, nesse contexto, o descarte direto de lixo de maneira irregular no leito
dos cursos d'água, o que perpassa por uma má consciência individual e coletiva da população
e também por uma política frágil de fiscalização e preservação dos recursos naturais em
muitos municípios.
Segundo FRANCISCO, Outro agravante da inversão térmica é que a camada de ar fria fica
retida nas regiões próximas à superfície terrestre com uma grande concentração de poluentes.
Sendo assim, a dispersão desses poluentes fica extremamente prejudicada, formando uma
camada de cor cinza, oriunda dos gases emitidos pelas indústrias, automóveis, etc.
Esse fenômeno se intensifica durante o inverno, pois nessa época do ano, em virtude da perda
de calor, o ar próximo à superfície fica mais frio que o da camada superior, influenciando
diretamente na sua movimentação. O índice pluviométrico (chuvas) também é menor durante
o inverno, fato que dificulta a dispersão dos gases poluentes.
Doenças respiratórias, irritação nos olhos e intoxicações são algumas das consequências da
concentração de poluentes na camada de ar próxima ao solo. Entre as possíveis medidas para
minimizar os danos gerados pela inversão térmica estão a utilização
de biocombustíveis, fiscalização de indústrias, redução das queimadas e políticas ambientais
mais eficazes.
A mecanização do campo, que substituiu a mão de obra braçal humana pelo emprego
de máquinas e equipamentos;
A elevada concentração fundiária nas zonas rurais, resultante da grande desigualdade
social presente, em especial, nos países subdesenvolvidos e emergentes;
A péssima condição de trabalho e renda no campo assim como os baixos salários
pagos aos trabalhadores rurais.
Vários são os factores que levaram à rápida urbanização e aqui estão sintetizados alguns:
migrações – Moçambique viveu épocas de duas grandes guerras (colonial e civil). No período
dessas grandes guerras algumas pessoas se deslocaram das áreas rurais para as urbanas a
procura de segurança. Além deste factor, para Community Development Human Settlements
and Development – CDHSD (2011, p. 5), as causas da migração campo-cidade são diversas
(económicas, sociais, de segurança), mas estão geralmente ligadas a percepção da cidade
como lugar onde há oportunidades de emprego, educação, serviços, etc. Para além de
migração campo-cidade também observa-se em Moçambique migração cidade-cidade e
migração internacional.
Um aspecto importante realçado por Araújo (2003) sobre as migrações é o fato dessas serem,
por um princípio, um factor importante de transformação dos meios natural, social, cultural e
económico e que não se deve esquecer que em geral as cidades são um produto da imigração.
Os migrantes não podem ser vistos como simples predadores, isto porque, apesar das
migrações provocarem desequilíbrios porque modificam os lugares de partida e de chegada,
esses desequilíbrios que desencadeiam levam à procura de novas relações e novos equilíbrios
que dimensionados de forma adequada dão origem a um maior desenvolvimento
socioeconómico (ARAÚJO, 2003, p. 171).
4. Cidades Sufocadas
Para além destes problemas, verifica-se nos centros urbanos, as intensas atividades
industriais, comerciais, o aumento de veículos, que também tornam o trânsito muito intenso.
Entretanto, todos os factores já referenciados, têm causado senários que fazem com que a
vida nas cidades seja levada com um certo grau de desconforto. OO ambiente provocado
nestes moldes, faz emergir o fenómeno designado por “cidades sufocadas”.
Deste modo, a urbanização condiciona o estilo de vida da população das cidades. Porque a
preção exercida aos serviços de fornecimento de água, energia, o estacionamento de veículos
em locais impróprios (passeios), afectam a qualidade de vida devido a sobrecarga
insustentável (Casti, 2011). Portanto, a sobrecarga pode culminar com que se chama
geralmente, por “inventos extremos”, ou nas palavras de Casti, “inventos X”. Que são
inventos caracterizados pelo colapso dos sistemas complexos (tecnologia, saneamento,
distribuição de água e energia), que tornam a vida possível nas cidades.
2. Conclusão
Os países da Europa e dos Estados Unidos intensificaram o processo de urbanização por meio
da revolução industrial diferentemente dos países actualmente subdesenvolvidos. Em muitos
países da África, Ásia, América do Sul, o processo de urbanização está em curso e,
frequentemente sem obedecer padrões de urbanização, como, o plano de ordenamento
(planificação), implantação de infra-estruturas urbanas. Como consequência, em muitas
cidades desses países, as construções surgem de forma espontânea (favelas, bairros de lata,
bairros de caniço, etc.) habitados por população de baixa renda. Actualmente, o continente
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africano continua sendo o que apresenta menores taxas de urbanização e com maior parte da
população vivendo em meio rural.
3. Referencias Bibliográficas
ARAÚJO, Manuel M. G. de. Os Espaços Urbanos em Moçambique. GEOUSP, Espaço e
Tempo, São Paulo N º 14, pp. 165- 182, 2003.
GIL, A.C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6º ed. São Paulo: Atlas, 2008.
MAGAGNIN RC, Silva ANR, Costa MS., Planeamento participativo e internet: um breve
histórico, tendências e perspectivas no Brasil e Portugal. In: Workshop sobre Planeamento
Integrado, Braga, Universidade do Minho, 2004.
MUTUNGA, Clive; ZULU, Eliya; SOUZA, Roger-Mark de. Population Dynamics, Climate
Change and Sustainable Development in Africa. Afri3, can Institute for Development Policy,
2012
PENA, Rodolfo F. Alves. "Poluição nos centros urbanos"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/poluicao-nos-centros-urbanos.htm.
S. GALEO, N. Freudenberg, D. Vlahov. Cities and population. Soc Sci Med, 60 (2005), pp.
1017-1033.
United Nations- UN. Department of Economic and Social Affairs Population Division.
(2014a). World Urbanization Prospects: the 2014 revision. New York: United Nations.
Recuperado em 20 de Abril de 2015, de
https://esa.un.org/unpd/wup/publications/files/wup2014-highlights.pdf
United Nations- UN. Department of Economic and Social Affairs Population Division.
(2014b). World Urbanization Prospects: the 2014 revision (pp.517). New York: United
Nations. Recuperado em 20 de Abril de 2015, de
https://esa.un.org/unpd/wup/publications/files/wup2014-highlights.pdf