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Índice

1. Introdução.............................................................................................................................1

1.1. Objectivos.......................................................................................................................2

1.1.1. Objectivo Geral...........................................................................................................2

1.1.2. Específicos...................................................................................................................2

1.2. Metodologia....................................................................................................................2

2. Meio Ambiente e a Saúde Publica.........................................................................................3

2.1. Poluição Urbana e Seus Impactos na Saúde Publica..........................................................4

2.1.1. Poluição do ar nas cidades...............................................................................................5

2.1.2. Poluição hídrica nas cidades............................................................................................5

2.1.3. Poluição do solo urbano...................................................................................................5

2.2. Efeito da inversão térmica...................................................................................................6

2.3. Causas da superlotação e suas consequências na saúde pública.........................................6

2.3.1. Consequências da superlotação na saúde pública............................................................7

3.Factores da superlotação e crescimento da população urbana em mocambique.....................7

4. Cidades Sufocadas--------------------------------------------------------------------------------------------------------8

5. Conclusão............................................................................................................................9

Referência Bibliográfica
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1. Introdução
O constante esforço em alcançar o crescimento económico despertou o ser humano para a
fragilidade dos recursos naturais e da sua limitação. A percepção dos limites da capacidade
dos ecossistemas e da necessidade de assegurar que as gerações futuras consigam subsistir
encaminhou a humanidade para o aperfeiçoamento do seu desenvolvimento social e
económico, com o objectivo de preservar o planeta e os seus recursos. O poder que o homem
possui de construir e de criar contrasta com a sua capacidade de destruir e de aniquilar. A
exploração exagerada dos recursos naturais levou a um vasto número de problemas como a
desertificação, a extinção de espécies, as alterações climáticas, a poluição, a erosão do solo, a
sobre exploração das energias fósseis, entre outros.

O elevado e desordenado crescimento urbano tem colocado uma pressão contínua sobre os
recursos, as infra-estruturas e os equipamentos, afectando, por vezes negativamente, os
padrões de vivência das populações que vivem nas cidades, produzindo um impacto profundo
no ambiente global, quer em termos de consumo de recursos, quer em termos de produção de
resíduos e poluição.

O aumento da concentração da população nas cidades direccionou os países e as


organizações a questionarem-se sobre o rumo dos meios urbanos na oferta de qualidade de
vida aos seus habitantes e da sua sustentabilidade.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou o projecto Cidades Saudáveis para


incentivar ao nível local o planeamento de acções para a promoção da saúde das populações e
da sustentabilidade das cidades.

Sabendo que o ambiente tem impacto na saúde da população e que o ruído e a poluição
atmosférica são 2 vectores fundamentais a ter em conta no planeamento estratégico da cidade,
é ainda de salientar a contribuição de outras dimensões para qualidade de vida e bem-estar da
população. Pretende-se assim, abordar neste trabalho, alguns problemas ambientais, desde a
poluição atmosférica, hídrica, a poluição do solo urbano, inversão térmica, superlotação e por
fim o fenómeno das cidades sufocadas.
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1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral


 Conhecer os problemas do meio ambiente e a saúde pública.

1.1.2. Específicos
 Descrever a poluição urbana e seus impactos na saúde pública;
 Descrever o efeito da inversão térmica;
 Descrever as causas da superlotação e suas consequências na saúde pública;
 Caracterizar as cidades sufocadas suas causas e impactos na saúde pública.

1.2. Metodologia
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica seguindo os princípios de uma
pesquisa exploratória, a qual segundo Gil (2008) corresponde àquela elaborada a partir de
material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e
actualmente com material disponibilizado na internet. 
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2. Meio Ambiente e a Saúde Publica


As grandes mudanças sociais e as alterações do sistema de produção que se verificaram nos
finais do século xviii, como resultado da industrialização, acarretaram graves problemas
causadores e/ou facilitadores da propagação de doenças, sobretudo doenças infecciosas,
devido à grande aglomeração de pessoas nas cidades e em áreas industrializadas, com fracas
condições de habitabilidade e salubridade.

A tentativa de resolução destes problemas passou pelo desenvolvimento de medidas de saúde


pública, essenciais para as mudanças nos padrões de saúde e doença do mundo desenvolvido
de então, levando à aplicação do modelo biomédico à saúde pública, baseada na teoria do
germe.

A constatação de que nos países desenvolvidos as doenças de etiologia comportamental são


as que mais contribuem para a mortalidade chama a atenção dos profissionais da saúde para a
importância da modificação dos comportamentos e dos estilos de vida das populações,
emergindo, assim, uma nova concepção de saúde que é hoje encarada como um dos factores
essenciais para o desenvolvimento sustentável. Deve assumir-se como um assunto central,
que interessa aos mais variados profissionais como aos decisores políticos, que têm o poder e
a responsabilidade de intervir, disponibilizando serviços, promovendo e regulando
actividades que afectam a saúde e estabelecendo os parâmetros para o desenvolvimento.

A multiplicidade de factores de diferentes níveis que determinam a saúde da população são


mais evidentes ao nível das populações residentes em áreas urbanas, pois o ambiente urbano,
no seu sentido amplo – físico, social, económico e político – afecta directa ou indirectamente
todos os aspectos da saúde e do bem-estar dos cidadãos.

Segundo Galeo, o que distingue o século xx do século anterior, assim como as cidades das
áreas não urbanas é, em grande medida, o grau em que pessoas se tornaram a influência
primária ao nível do ambiente físico. Segundo estes autores, a construção humana ambiental
inclui a habitação, que pode influenciar tanto a saúde física como mental, incluindo doenças
como a asma e outras patologias respiratórias, lesões e problemas psicológicos. A exposição
ao ruído, problema urbano comum, pode contribuir para danos auditivos, hipertensão e
doenças cardíacas.
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Magagnin refere que alguns problemas, decorrentes do processo de crescimento desordenado


e acelerado que hoje muitas cidades enfrentam, resultam, em grande medida, da falta de
políticas orientadoras do crescimento espacial das zonas urbanas, levando à necessidade de
adopção de novos métodos de planeamento que possam traduzir a mais recente visão da urbe,
sustentável e com qualidade de vida.

Em relação à avaliação da qualidade de vida, Mendes refere que é frequente encontrar-se


diferentes atitudes. Há os que defendem que uma definição de qualidade de vida para toda a
população e para qualquer momento no tempo é impossível e que não deveria ser tentado. Há
outros que pensam que a qualidade de vida pode ser definida e quantificada, mas que tal não
deve ser feito porque medir algo tão sensível torna as cidades competidoras indesejáveis e
conduz a resultados/conclusões enganadores. Há ainda outros que consideram que é possível
avaliar a qualidade de vida urbana, desde que seja clara qual a metodologia e a base
estatística utilizadas, e que esta seja aplicada de uma forma consistente.

A importância que a saúde e a qualidade de vida assumem na sociedade actual, face às


mudanças que se têm verificado nas últimas décadas, nomeadamente no que se refere aos
estilos de vida e à atenção que hoje é dada aos tempos livres e ao lazer, bem como à procura
do equilíbrio psíquico e social, levou a que a manifestação do interesse no desenvolvimento
de uma política que reflectisse estas preocupações ao nível da governação local se
materializasse na adesão do MVC, em 1997, ao movimento das Cidades Saudáveis da OMS.

2.1. Poluição Urbana e Seus Impactos na Saúde Publica


As cidades representam, desde a constituição da modernidade industrial, os principais centros
económicos, sociais e geográficos do mundo, aglomerando em torno de si a maior parte de
investimentos e serviços. Além disso, segundo a ONU, desde 2007, o número de pessoas
vivendo em espaços urbanos ultrapassou os habitantes residentes no meio rural, algo já
comum em países desenvolvidos e até em boa parte dos emergentes, incluindo Moçambique.

Todavia, esse desenvolvimento urbano manifesta-se acompanhado por uma série de


problemas, incluindo aqueles de ordem ambiental. Não obstante, a poluição nos centros
urbanos tornou-se uma das problemáticas mais evidentes a serem enfrentadas nas esferas da
qualidade de vida das cidades e também na preservação do meio natural. A elevada emissão
de poluentes tóxicos na atmosfera, além da degradação de recursos naturais florestais e
hídricos, constitui alguns dos principais desafios a serem superados.
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2.1.1. Poluição do ar nas cidades


A poluição do ar é um dos principais agravantes para a redução da qualidade de vida em
muitas cidades do planeta, e isso inclui até mesmo os centros urbanos de países
desenvolvidos. A cidade de Paris, por exemplo, decretou, em março de 2015, a implantação
temporária de um sistema de rodízio de carros em função da poluição atmosférica para além
dos limites aceitáveis. Problemas semelhantes reproduzem-se em inúmeras outras grandes
capitais do mundo.

2.1.2. Poluição hídrica nas cidades


A poluição das águas, sobretudo dos cursos fluviais, ocorre de várias formas. Uma delas é a
excessiva poluição e má destinação do lixo no espaço físico da própria cidade, que
necessariamente integra uma bacia hidrográfica em específico. Assim, em tempos de chuva,
todo o lixo acumulado nas ruas e calçadas é escoado em direção ao curso de algum rio, que se
torna inutilizável.
Além disso, a falta de estrutura ou o planeamento incorrecto no destino de resíduos sólidos
também intensificam o problema. As redes de esgoto, muitas vezes, não contam com estações
de destino e tratamento da água, depositando todo o material em grandes rios e até nos mares,
no caso das cidades litorâneas. Isso, além de comprometer a disponibilidade de água potável,
prejudica a preservação de espécies animais e dos ecossistemas.

Destaca-se, também, nesse contexto, o descarte direto de lixo de maneira irregular no leito
dos cursos d'água, o que perpassa por uma má consciência individual e coletiva da população
e também por uma política frágil de fiscalização e preservação dos recursos naturais em
muitos municípios.

2.1.3. Poluição do solo urbano


O solo no espaço das cidades também acaba sendo alvo da elevada poluição, que ocorre
principalmente pelo errôneo manejo dos resíduos sólidos. Nos lixões e nos aterros sanitários,
o acúmulo de lixo urbano gera um líquido poluente chamado de “chorume”, que infiltra e
torna os solos improdutíveis. Além disso, quando atinge o lençol freático, essa forma
poluição compromete também a disponibilidade de água.
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2.2. Efeito da inversão térmica


A inversão térmica é um fenômeno atmosférico muito comum nos grandes centros urbanos
industrializados, sobretudo naqueles localizados em áreas cercadas por serras ou montanhas.
Esse processo ocorre quando o ar frio (mais denso) é impedido de circular por uma camada
de ar quente (menos denso), provocando uma alteração na temperatura.

Segundo FRANCISCO, Outro agravante da inversão térmica é que a camada de ar fria fica
retida nas regiões próximas à superfície terrestre com uma grande concentração de poluentes.
Sendo assim, a dispersão desses poluentes fica extremamente prejudicada, formando uma
camada de cor cinza, oriunda dos gases emitidos pelas indústrias, automóveis, etc.

Esse fenômeno se intensifica durante o inverno, pois nessa época do ano, em virtude da perda
de calor, o ar próximo à superfície fica mais frio que o da camada superior, influenciando
diretamente na sua movimentação. O índice pluviométrico (chuvas) também é menor durante
o inverno, fato que dificulta a dispersão dos gases poluentes.

É importante ressaltar que a inversão térmica é um fenômeno natural, sendo registrada em


áreas rurais e com baixo grau de industrialização. No entanto, sua intensificação e seus
efeitos nocivos se devem ao lançamento de poluentes na atmosfera, o que é muito comum nas
grandes cidades.

Doenças respiratórias, irritação nos olhos e intoxicações são algumas das consequências da
concentração de poluentes na camada de ar próxima ao solo. Entre as possíveis medidas para
minimizar os danos gerados pela inversão térmica estão a utilização
de biocombustíveis, fiscalização de indústrias, redução das queimadas e políticas ambientais
mais eficazes.

2.3. Causas da superlotação e suas consequências na saúde pública


As causas da urbanização estão atreladas principalmente às motivações que fizeram como
que a população rural, antes majoritária em todo o mundo, migrasse para a zona urbana. Esse
movimento populacional, chamado de êxodo rural, foi o grande responsável pelo aumento da
população urbana e a consequente expansão das cidades. Sendo assim, entre as principais
causas da urbanização, estão:

 O processo de industrialização iniciado nas cidades transformou a forma de produção,


estabelecendo o emprego de máquinas e mudando as relações de trabalho;
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 A mecanização do campo, que substituiu a mão de obra braçal humana pelo emprego
de máquinas e equipamentos;
 A elevada concentração fundiária nas zonas rurais, resultante da grande desigualdade
social presente, em especial, nos países subdesenvolvidos e emergentes;
 A péssima condição de trabalho e renda no campo assim como os baixos salários
pagos aos trabalhadores rurais.

2.3.1. Consequências da superlotação na saúde pública


A urbanização provocou diversas consequências nas cidades, relacionadas, em especial,
ao rápido e desordenado crescimento dos centros urbanos, em razão do grande volume de
movimentação da população do campo para a cidade, assim como dos problemas de
desigualdade e renda comuns nos países subdesenvolvidos do globo. No geral, são
consequências da urbanização:

 Os impactos ambientais intensificados pelo uso e ocupação irregular do solo, como as


inundações e os desabamentos;
 A perda da qualidade do ar devido ao alto volume de poluição emitido pelas indústrias e
veículos automotores;
 A falta de acesso à água potável e ao esgoto tratado, cenário que se repercute nas
condições de saúde da população;
 A criação e expansão de ocupações irregulares, como as favelas, que não dispõem da
infraestrutura básica de serviços públicos;
 A precarização da mobilidade urbana em razão do baixo investimento em transporte
público e do alto volume de veículos individuais;
 O aumento do número de famílias em situação de pobreza assim como a precarização do
emprego e o consequente aumento da violência;
 A necessidade de políticas públicas de planeamento urbano e territorial para traçar-se
estratégias de ocupação das cidades.

3.Factores da superlotação e crescimento da população urbana em Moçambique


Para autores como Mutunga, Zulu e Sousa (2012), a rápida urbanização que está acontecer
em África, sem a previsão de infraestruturas urbanas sobrecarrega as capacidades dos
governos em termos de fornecimento de serviços de educação e de saúde, habitação, água
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potável, electricidade, saneamento. Também está a contribuir para o crescimento de


assentamentos informais superlotados e o aumento da pobreza, situação vivenciada e
observada nas áreas urbanas de Moçambique.

Vários são os factores que levaram à rápida urbanização e aqui estão sintetizados alguns:
migrações – Moçambique viveu épocas de duas grandes guerras (colonial e civil). No período
dessas grandes guerras algumas pessoas se deslocaram das áreas rurais para as urbanas a
procura de segurança. Além deste factor, para Community Development Human Settlements
and Development – CDHSD (2011, p. 5), as causas da migração campo-cidade são diversas
(económicas, sociais, de segurança), mas estão geralmente ligadas a percepção da cidade
como lugar onde há oportunidades de emprego, educação, serviços, etc. Para além de
migração campo-cidade também observa-se em Moçambique migração cidade-cidade e
migração internacional.

Um aspecto importante realçado por Araújo (2003) sobre as migrações é o fato dessas serem,
por um princípio, um factor importante de transformação dos meios natural, social, cultural e
económico e que não se deve esquecer que em geral as cidades são um produto da imigração.
Os migrantes não podem ser vistos como simples predadores, isto porque, apesar das
migrações provocarem desequilíbrios porque modificam os lugares de partida e de chegada,
esses desequilíbrios que desencadeiam levam à procura de novas relações e novos equilíbrios
que dimensionados de forma adequada dão origem a um maior desenvolvimento
socioeconómico (ARAÚJO, 2003, p. 171).

4. Cidades Sufocadas

A crescente urbanização exige consigo, que haja um significativo desenvolvimento de


infraestruturas com vista a atender as necessidades que advêm da complexidade da vida nas
cidades. Devido à vários fatores como a busca de novas oportunidades de emprego, melhores
condições de saúde, educação, entre outros, os centros urbanos recebem consideravelmente
pessoas vindas do meio rural.

É certo que o fenómeno da urbanização contribui significativamente para o crescimento


económico, a diminuição dos índices de fertilidade, o aumento da população urbana (devido
ao êxodo rural), uma maior expectativa de vida, a maior longevidade da população e da
dinâmica da mobilidade geoespacial. Contudo, de certa forma, todos estes indicadores têm
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provocado um senário exponencial de crescimento e desigualdade, causando fortes


“limitações de infraestrutura, saneamento, distribuição de água e o acesso de serviços básicos
de saúde e para a manutenção da vida” (UN, 2014a, 2014b).

Para além destes problemas, verifica-se nos centros urbanos, as intensas atividades
industriais, comerciais, o aumento de veículos, que também tornam o trânsito muito intenso.
Entretanto, todos os factores já referenciados, têm causado senários que fazem com que a
vida nas cidades seja levada com um certo grau de desconforto. OO ambiente provocado
nestes moldes, faz emergir o fenómeno designado por “cidades sufocadas”.

Deste modo, a urbanização condiciona o estilo de vida da população das cidades. Porque a
preção exercida aos serviços de fornecimento de água, energia, o estacionamento de veículos
em locais impróprios (passeios), afectam a qualidade de vida devido a sobrecarga
insustentável (Casti, 2011). Portanto, a sobrecarga pode culminar com que se chama
geralmente, por “inventos extremos”, ou nas palavras de Casti, “inventos X”. Que são
inventos caracterizados pelo colapso dos sistemas complexos (tecnologia, saneamento,
distribuição de água e energia), que tornam a vida possível nas cidades.

2. Conclusão
Os países da Europa e dos Estados Unidos intensificaram o processo de urbanização por meio
da revolução industrial diferentemente dos países actualmente subdesenvolvidos. Em muitos
países da África, Ásia, América do Sul, o processo de urbanização está em curso e,
frequentemente sem obedecer padrões de urbanização, como, o plano de ordenamento
(planificação), implantação de infra-estruturas urbanas. Como consequência, em muitas
cidades desses países, as construções surgem de forma espontânea (favelas, bairros de lata,
bairros de caniço, etc.) habitados por população de baixa renda. Actualmente, o continente
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africano continua sendo o que apresenta menores taxas de urbanização e com maior parte da
população vivendo em meio rural.

O crescimento desenfreado dos centros urbanos provoca consequências, como o trabalho


informal e o desemprego decorrente de sucessivas crises económicas. Outro problema muito
grave provocado pela urbanização sem planeamento é a marginalização dos excluídos que
habitam áreas sem infra-estrutura (saneamento, água tratada, pavimentação, iluminação,
policiamento, escolas e etc.) e junto a isso a criminalidade (tráfico de drogas, prostituição,
sequestros etc.).

Outra poluição presente nas cidades é a atmosférica, proveniente da emissão de gases de


automóveis e indústrias, esses gases provocam problemas de saúde, principalmente
respiratórios e, por fim, a poluição das águas, pois os dejectos das residências e indústrias são
lançados sem tratamento nos córregos e rios, no período chuvoso ocorrem as cheias que
dispersam a poluição por toda a área.

Em suma, percebe-se que a maioria dos problemas urbanos é primeiramente de


responsabilidade do poder público que muitas vezes são omissos em relação a essas questões,
em outros momentos podemos apontar a própria população como geradora de problemas,
como o lixo que é lançado em áreas impróprias. Na verdade, a tarefa de fazer com que a
cidade seja um lugar bom pra se viver é de todos os que nela habitam.
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3. Referencias Bibliográficas
ARAÚJO, Manuel M. G. de. Os Espaços Urbanos em Moçambique. GEOUSP, Espaço e
Tempo, São Paulo N º 14, pp. 165- 182, 2003.

CASTI, John L.. O colapso de tudo, Rio de Janeiro: Intrínseca, 2011.

GIL, A.C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6º ed. São Paulo: Atlas, 2008.

MAGAGNIN RC, Silva ANR, Costa MS., Planeamento participativo e internet: um breve
histórico, tendências e perspectivas no Brasil e Portugal. In: Workshop sobre Planeamento
Integrado, Braga, Universidade do Minho, 2004.

MENDES JFG., Avaliação da qualidade de vida em cidades: fundamentos e aplicações. In:


Workshop sobre Planeamento Integrado, Braga, Universidade do Minho, 2004. Em busca do
desenvolvimento sustentável para cidades de pequena e média dimensão. Braga:
Universidade do Minho; 2004.

MUTUNGA, Clive; ZULU, Eliya; SOUZA, Roger-Mark de. Population Dynamics, Climate
Change and Sustainable Development in Africa. Afri3, can Institute for Development Policy,
2012

PENA, Rodolfo F. Alves. "Poluição nos centros urbanos"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/poluicao-nos-centros-urbanos.htm. 

S. GALEO, N. Freudenberg, D. Vlahov. Cities and population. Soc Sci Med, 60 (2005), pp.
1017-1033.

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Recuperado em 20 de Abril de 2015, de
https://esa.un.org/unpd/wup/publications/files/wup2014-highlights.pdf

United Nations- UN. Department of Economic and Social Affairs Population Division.
(2014b). World Urbanization Prospects: the 2014 revision (pp.517). New York: United
Nations. Recuperado em 20 de Abril de 2015, de
https://esa.un.org/unpd/wup/publications/files/wup2014-highlights.pdf

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