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Quem 

Somos Nós?
 
A Escola Saberes das Estrelas nasceu nesse plano em 2016 trazendo muita luz e expansão de cons-
ciência para mais uma onda de despertar na nossa amada Gaia. Nossa missão é que cada ser que precise
passar pela nossa vida seja tocado pela luz divina que te guia. Queremos te lembrar que você veio aqui viver
sua melhor versão, você veio ser feliz e nós estamos aqui pra te ajudar como encontrar algumas respostas
e harmonizar o seu ser a nível físico, emocional, energético e espiritual com terapias, ativações e vivências
para a sua reconexão.
 Iniciamos nosso movimento como Ser de Luz Terapias, pois nesse momento estávamos entendendo
a dicotomia, a dualidade que a existência na Terra nos traz. O movimento que nasceu para compreender
os 7 chakras, entender e acolher a sombra e luz, resgatamos aqui o poder das plantas, a conexão com a
natureza, o maternal, o entendimento das bases, vimos os seres que nos acompanham a todo instante,
nesse momento acendemos a luz do farol para ver e mostrar que a vida é cheia de cores e felicidade, apesar
da montanha-russa, que nada mais é do que uma grande experiência para você colocar a sua melhor parte
no comando.
 Continuamos a emergir nesse mundo tão fantástico do autoconhecimento e adentramos no universo
profundo para saber quem somos, o que viemos fazer aqui, de onde vemos? E a partir desse momento nosso
trabalho expandiu para o conhecimento dos 49 chakras, para nossa origem estelar, para limparmos nossas
memórias e acessarmos nosso poder Co- Criador. Aumentamos nossa egrégora, aumentamos o trabalho,
nos dispomos a colocar toda nossa potência pra fora em todos os níveis da nossa existência: físico, mental,
energético, emocional e espiritual. E assim nossa amada Escola se tornou referência nos estudos profundos
da energia humana, levando com  muita amorosidade, leveza, sabedoria as curas energéticas para aqueles
que estão prontos para participar desse processo.
Todo esse movimento só foi possível graças ao apoio do seu companheiro Francisco Alves, que não
aparece muito, mas  exerce um papel fundamental para que tudo isso se manifeste.
 Integramos diversos conhecimentos para reconectar chakras cardíacos rumo a ascensão da nossa
amada Gaia e de cada Ser aqui vivente.
 A Escola Saberes das Estrelas oferece diversas atividade, na sua sede oferece encontros gratuitos
grupo de estudos herméticos, reiki, musicoterapia, benzimento e roda de sagrado feminino. E resgata sa-
beres através dos cursos Leitura de Chakras – presencial e on line, Jornada da Alma, Magia das Plantas
– presencial e on line e as Iniciações de Sirius – ativações multidimensionais – presencial e on line.
 Conheça mais sobre esse movimento que veio reconectar chakras cardíacos. 
Eu, você, nós: Somos a Tribo do Arco-íris e estamos despertando as nossas melhores versões. 
 

2 GINECOLOGIA NATURAL
Co-criadora Vijaya Dèvi
 Glória Nayara Silva do Nascimento nasceu no Ceará, terra do sol,
o astro rei que guia e conecta todas as ações de seus trabalhos. Filha de
Francisco e Maria, desde pequena escuta histórias que gostava mesmo
era de olhar pra lua, se fantasiar de cigana e acender incensos pela casa.
Levou uma vida (mais ou menos) conforme o esperado. Estudou, Trabalhou,
Casou. Nesse meio tempo um grande chamado vinha a tona em sua mente,
até que aos 19 anos decidiu se aprofundar naquilo que tanto a chamava. Voltou a
ler os livros e histórias que tanto a encantavam na infância, mas agora com um olhar
refinado de quem está buscando se conectar com a essência primordial.
Sua busca era de encontrar uma razão para essa existência, a vida não podia ser tão resumida. Nessa
jornada mergulhou em diversas religiões, encontros místicos, cursos esotéricos. Encontrou muita gente
incrível pela caminhada. Estudou, encontrou, se perdeu, sentiu. Até que em 2016 teve sua maior  experiência
espiritual até aquele momento. Em um momento de sincera gratidão encontrou com seus mentores espi-
rituais e recebeu sua missão de vida. Em 2017 teve sua uma experiência de quase morte, onde mais uma
vez recebeu instruções sobre o seu papel, sobre a vida e sobre essa experiência incrível que é a existência
humana. Hoje dedica sua vida aos resgates dos saberes ancestrais, unindo a experiência da fisicalidade a
espiritualidade, pois tudo isso é uma experiência só.  Atualmente partilha suas experiências com aqueles
que ressoam com essa energia.
 Canalizou a técnica de Leitura de Chakras e as Ativações Sirianas e já formou centenas de alunos
nesses saberes milenares. Suas iniciações são renovadas anualmente e todos os dias há uma conexão
espiritual as 18:18 e 22:22 horas. Dentro das suas ativações estão:
• ativação do corpo de luz
• conexão do coração multicor de amor
• expansão da intuição
• encontros energéticos com mentores
• limpeza profunda das bases humanas
• ativação do DNA Cósmico
• ativação do propósito de vida
• despertar da kundalini
• reconexão com seres elementais
• encontro com os anjos
• liberação de vidas paralelas, passadas e futuras
• reconexão com o reino vegetal
 Hoje está como Vijaya Dévi, seu nome espiritual, recebido por Mãe Meera é Mãe de 3 filhos físicos,
um diamante, um arco-iris e um esmeralda. Estudou comunicação, filosofia e terapias integrativas. Fez
diversos cursos e seminários nesse plano. (Re)Fez diversas ativações nas antigas escolas de mistérios.
Recordou de uma parte sua. É ativadora energética, escritora, terapeuta e professora de saberes ancestrais.
Conheça mais sobre nosso movimento através dos contatos  abaixo:
Site: www.saberesdasestrelas.com.br
Instagram: @saberesdasestrelas / Facebook: Escola Saberes das Estrelas
Receba canalizações sirianas através do canal do Youtube: Escola Saberes das Estrelas

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As práticas de cura através do reino vegetal e cuidados naturais nos permite desenvolver nosso
pleno potencial de sermos nós mesmas. Esses saberes pulsam dentro de nós, conectando nosso segundo
coração, que é nosso útero sagrado, a energia da criação. A Ginecologia Natural é uma redescoberta do
seu feminino, um resgate aos saberes ancestrais e a sua essência. É curar com as plantas, é conhecer sua
vagina, é se ver de forma integral e saber como funciona cada parte de si, desde o físico, passando pelo
emocional, energético e chegando até o espiritual. Se amar, se cuidar, se conhecer, liberar dores, ter prazer
é divino.
Nesse mergulho eu te convido a pegar um espelhinho e olhar a sua vagina, suas formas, curvas, seus
pêlos. Te convido a tocar no seu corpo e perceber cada sensação em cada parte tocada. Te convido ainda a
perceber seu ciclo menstrual (que aqui chamaremos de lua interna), olhar como você fica em cada fase da
lua do céu, te convido a se observar.
A melhor definição de Ginecologia Natural que eu já vi: Ginecologia Natural é se conhecer, se cuidar,
se respeitar, se tratar e se curar.
Então, vamos juntas nesse mergulho!?!

Como eu cheguei na Ginecologia Natural?



Assim como muitas de vocês que estão lendo esse material eu passei um bom tempo lutando contra
a minha beleza. Isso mesmo! Todas aquelas horas no salão, ajeita cabelo, faz as unhas, pinta a sobrance-
lhas, vai pra academia, passa hidratantes, faz tratamento pra celulite, espinhas, manchas….Ajusta isso, muda
aquilo. O que não é tudo isso, se não uma NÃO ACEITAÇÃO DE SI MESMA. Na verdade não importava o que
eu fazia, sempre tava faltando algo. Hoje eu sei o que é, faltava o meu amor próprio.
Isso começou láaaaaaa traz, ainda na infância que eu era a criança gordinha, pretinha, do cabelo
cacheado e nenhuma heroína me representava. Essa vontade de esconder o corpo, de ajustar alguma coisa
no rosto foi pra adolescência e até o início da vida adulta, quando entrei em um caso de profunda depressão.
Nesse período me perguntei quem era aquela pessoa que eu via no espelho? Quem eu era embaixo daquela
maquiagem, sapatos desconfortáveis, cintas apertadas, cabelos escovados?
Eu era alguém que eu não conhecia. Eu não conhecia a minha beleza. Eu não conhecia o meu corpo.
A verdade é que eu não me encaixava em lugar nenhuma, por que eu não havia me encaixado em
mim mesma. Todo aquele vazio que de vez em quando aparecia era pra me lembrar que havia algo que não
encaixava na minha alma. Era a minha alma me alertando que pra eu preencher essas lacunas, eu só precisa
me despir das máscaras. Muitas vezes a vida não fazia sentido, quantas vezes eu me peguei chorando por
estar perdida, por não gostar do meu corpo, por eu me sentir subestimada nas relações. Eu sofria de cólicas
terríveis, menstruações hiper dolorosas e por isso tomava anti concepcional há anos. E mesmo assim era
horrível. Mas naquela época a única salvação pra cólica eram os remédios.
Até que eu decidi que precisava sair dessa depressão, eu precisava me encontrar e principalmente eu
precisava de ser vítima de mim mesma. Foi aí qe mergulhei dentro dos assuntos que minha alma amava e
eu conheci o sagrado feminino. Tive o privilégio de conhecer um grupo incrível e lindo, e alguns anos depois
tive um acesso que todas as mulheres daquele círculo já haviam se encontrado antes...como bruxas! Eram
bruxas de vários clãs que vieram aprender a viver suas bruxarias em paz umas com as outras. Nossa, como
fez sentido! Como encontrar esse grupo mudou minha vida. Ali eu encontrei uma parte minha que estava
perdida. Apesar de muitas coisas serem absurdamente diferente do que eu vivia, era tudo tão...familiar. Ali
foi um dos pontos chaves da minha reconexão com a mãe Terra.
Primeiro eu aceitei meu papel naquele grupo, depois eu aceitei todas aquelas mulheres na minha
vida e depois eu me aceitei. Eu me amei. Eu me amei de verdade. Eu me aceitei completamente.

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Eu vivenciei o ciclo vida-morte-vida inúmeras ve-
zes até que eu uivei pra lua, dancei com as minhas
ancestrais e achei a minha beleza. A minha bele-
za única e singular.
Eu me conectei com meu útero, eu
curei meu parto cesário, eu ressignifi-
quei minha relação com as mulheres,
eu plantei minha lua, eu dancei pelada
com outras mulheres, eu ofereci meu
sangue pra Terra, eu tirei oráculos,
eu cuidei de mim, eu cuidei de ou-
tras mulheres. Eu conheci as faces
da Deusa.
E hoje eu tenho o privilégio de
dividir com vocês o pouquinho que eu
aprendi até aqui. Baseado nas minhas
experiências, nos cursos que eu fiz,
nas mulheres medicinas que eu conheci.
Gratidão pela companhia e pelo despertar
coletivo que estamos vivenciado. Auuuuu

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Endorfinai-vos e Ocitocinai-vos
Antigamente lavávamos nossas roupas nos rios conversando com outras mulheres. Quando entra-
vamos na lua, entravamos todas juntas e sentávamos na terra, doando nosso sangue sagrado e tecendo
sonhos com outras mulheres. Quando tínhamos um filho no útero, ganhávamos a companhia constante de
outras mulheres, compartilhando toda a arte de gerar e de dar à luz. Tecíamos, bordávamos, plantávamos,
cantávamos, sempre juntas. Criávamos nossos filhos juntas. Entendíamos de ervas e compartilhávamos
os segredos das medicinas da terra. Quando perdemos esses hábitos nos isolamos e perdemos essa dose
maravilhosa de ocitocina (hormônio do amor, fabricado também durante o parto) que fabricamos quando
estamos entre mulheres. Começamos a achar normal toda essa individualidade. Começaram a nos rotu-
lar de fúteis, que gostamos de comprar, de cuidar da aparência, que falamos demais, que só falamos de
homens. Esquecemos a arte de parir. Começamos a achar normal cortarem nossos úteros para dar à luz.
Achamos normal também não devolver nosso sangue lunar para terra a cada 28 dias, e usar absorventes
descartáveis para poluir nossa Mãe Terra. E como nos desconectamos da lua e da terra, e do nosso ciclo
lunar começamos a achar normal tomar pílulas bombas de hormônio, porque não conhecíamos mais nosso
corpo para saber quando estávamos férteis. E então trocamos as sagradas medicinas da Mãe Terra, por
medicinas controladoras do nosso corpo.
Mas algo estava gritando dentro de todas nós. Algo estava faltando. E por isso no mundo todas
essas sementinhas adormecidas voltaram a brotar. Mulheres e mais mulheres voltaram a olhar para o céu,
pôr a mão na terra, sentir e honrar seu sangue, querer parir em paz. Mulheres voltaram a querer estar com
mulheres. Em volta do fogo. E em volta de seus próprios corações. E círculos de mulheres voltaram a acon-
tecer no mundo todo. Bemvindas, hermanas amadas, ao renascer do feminino!
Endorfinai-vos e Ocitocinai-vos.

Anna Sazanoff

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É através do nosso útero que vem a nossa conexão com a Grande Mãe. É a morada da alma feminina,
dos conhecimentos de nossas ancestrais, de curas milenares e do nosso poder de criação. Sem essa co-
nexão, ficamos doentes. Bloqueamos a energia do nosso útero, de várias formas, com crenças limitadoras
que nos são passadas desde criança como verdades absolutas. Através da nossa linhagem feminina ances-
tral, trazemos algumas feridas. As informações contidas no útero das mães, como, por exemplo, sonhos,
emoções, desejos, desilusões, frustrações, mágoas, entre outros sentimentos negativos ou positivos, são
passadas para o útero da filha. As relações sexuais deixam memórias no nosso ventre sagrado. Tudo isso
cria um armazenamento de memórias no nosso útero. Tudo está lá. O positivo e o negativo. Agora te pergun-
ta, você sabe quais são as memórias que seu útero carrega?
Nesse exato momento te convido a mergulhar comigo nas afirmações abaixo pra irmos trabalhando
algumas crenças que são muio comuns em nossa sociedade e interferem diretamente no nosso comporta-
mento e limitações. Então, respira fundo e repete comigo três vez os downloads abaixo:
“Eu sei qual a sensação de Ser mulher sensual e sexual. Ser sensual e sexual é permitido, é leve, é
natural. Eu cancelo toda sensação de vergonha em ser sensual e sexual. Eu sou livre, eu sei receber e dar
prazer; Eu sei qual a sensação de usufruir da minha menstruação, de sentir esse poder sagrado que escorre
pelas minhas pernas. O sangue menstrual é limpo, é poder. Eu sei a sensação de estar em paz com a minha
menstruação. Eu sei como vivenciar meu dias de lua. É possível ser feliz durante a menstruação. Eu sou uma
mulher realizada em plena durante o meu período menstrual. Eu sei acolher minhas sombras e minhas dores
com amorosidade durante a minha menstruação e assim eu acolho também todas as minhas ancestrais e
todas as mulheres. Eu sei qual a sensação de vivenciar a minha verdade, de saber meus limites e o limite do
outro. Eu sei que sou livre pra escolher uma vida com ou sem maternidade e mesmo assim eu serei completa
e feliz com ou sem filhos. Eu sei qual a sensação de me sentir bonita e satisfeita com meu corpo. Meu corpo
é lindo, perfeito, cada parte e eu vejo essa beleza nesse exato momento. Cada parte do meu corpo conta
uma história e eu sei qual a sensação de honrar cada história, cada parte do meu corpo. Eu sei qual a sensa-
ção de viver cada etapa da vida de forma plena, desde a menarca até a menopausa e eu sei que cada fase
tem a sua beleza. E a fase mais bela é a que estou vivenciando no momento. E assim é. E assim é. E assim é.”
No processo de auto conhecimento é fundamental equilibrarmos nossas polariades, e enquanto mu-
lheres voltemos a nos conectar com o nosso verdadeiro poder, com nossas capacidades intuitivas, criativas
e espirituais. Curar o nosso ventre é ligá-lo de novo à Mãe Terra e ao coração. Nos libertar da culpa, do
peso do passado, da vergonha e florescer, gerar livremente e com amor. Quando curamos a nós mesmas,
curamos também 7 gerações pra trás e deixamos o campo limpo pra 7 gerações pra frente.
O útero é muito mais que um órgão sexual feminino. Ele é nosso vaso sagrado, a morada da alma
feminina e um dos três principais centros energéticos da mulher. É nele que se encontra todo nosso poten-
cial sexual criativo, nosso poder de criar uma vida nova, novos projetos, novos relacionamentos e uma nova
maneira de nos relacionarmos. É o nosso segundo coração, nele que ficam as nossas memórias ancestrais,
a sabedoria das mulheres de nossa linhagem. É a nossa conexão com a Mãe Terra. Ele habita dentro do
chakra sexual que é a morada da energia vital. Conhecer e observar o próprio corpo é muito importante. O
nosso corpo se comunica conosco o tempo todo, basta silenciarmos um pouco para ouvi-lo. Se mantivermos
um contato mais profundo com nós mesmas, observando nosso corpo, nossa vagina, nosso colo do útero,
quando algo estiver fora do costume, ou houver qualquer outra diferença, nós perceberemos com facilidade.
Essa conexão é de suma importância para nossa cura e a aceitação do próprio corpo e das partes íntimas
como elas são.
Aqui já mergulhamos em uma parte muito importante do conhecimento de nós mesmas. Nosso
útero libera um muco que nos indica em que fase do nosso ciclo menstrual estamos. É importante conhecer
os fluídos do nosso corpo, assim sabemos quando estamos saudáveis ou não.

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Vale ressaltar que corrimento constante, que pode ter coloração branca, amarela, verde ou castanha
e cheiro forte, cólica e sangramento fora do período menstrual ou ausência de menstruação, dor e sensação
de pressão na barriga, principalmente na região que vai do umbigo à zona pubiana, dor durante o contato
íntimo ou logo após a relação, coceira, vermelhidão e inchaço na vagina, aumento de volume do abdome
e, por vezes, dor nas costas associada, vontade constante de urinar são sinais que precisam ser vistos e
cuidados, pois é corpo falando que algo não está bem. Mas voltando ao muco, precisamos conhecer nosso
estado saudável, observe-se:
• Pós-menstruação: Logo após a menstruação, é natural que a vagina elimine pouca secreção,
quase nenhuma. Durante esse período, a calcinha fica praticamente seca.
• Ovulação: Com o passar dos dias, e a aproximação da data de ovulação, a secreção tende a
aumentar. Nessa fase, você percebe uma secreção semelhante à clara de ovo. É natural que seja
mais úmida e fluida.
• Pós-ovulação: Após o período de ovulação, a secreção continua saindo, mas com outro aspecto.
O muco fica mais pastoso, com alguns gruminhos, mas a quantidade ainda é razoável.
• Menstruação: No fim do ciclo – dias que se aproximam da próxima menstruação - a tendência é
que a secreção volte a ficar mais líquida e fluida.
DICA: observe seu colo do útero! Com um pequeno espelho, uma lanterna, um espéculo e muito
autoamor, conseguimos, nós mesmas, observar nosso colo do útero e nos conhecer mais profundamente.
O ideal é que as primeiras observações sejam feitas semanalmente, para que a mulher tenha uma visão do
seu ciclo completo, podendo observar cada fase. Assim, se ela notar algo diferente no seu colo do útero,
poderá buscar um médico. Seu colo é rosinha e sem intervenções. Se ele apresentar pequenas espinhas,
bolinhas brancas ou uma coloração arroxeada ou muito clara são sinais que precisa buscar o médico.

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CICLO MENSTRUAL

Nosso ciclo dura em média 28 dias, mas isso não é uma regra. Cada mulher tem o seu ciclo individu-
al, que também não é constante a vida toda. Nós somos, assim como a Lua, totalmente cíclicas. É comum
que um mês dure 28 dias, outro mês 29 dias e assim por diante. O ciclo menstrual é nosso guia interno.
Se percebermos atentamente, sentiremos que ele nos revela muita coisa da nossa psique. Nos meses em
que alguma coisa significante acontece, algo nos abala emocionalmente, mudamos nossa alimentação ou
acontece qualquer outra coisa que altere a nossa rotina interna, podemos sentir isso no ritmo do nosso
ciclo. O primeiro passo é se libertar da ideia do ciclo perfeito e do ciclo ideal. O seu ciclo é perfeito e ideal
para você! Você pode menstruar todo mês ou não, o seu ciclo pode durar 28 dias ou não, o tempo que você
fica menstruada pode ser o mesmo todo mês ou não, entre outras coisas. Está tudo certo, está tudo bem.
O importante é você estar em sintonia com seu corpo e sentir de onde vem a matriz que faz com que seu
ciclo seja da forma como é. Pode ser ansiedade, alimentação, algo que aconteceu naquele período, algum
processo de autoconhecimento mais intenso pelo qual você esteja passando. Não importa o quê, o que
importa é você ter consciência do processo pelo qual você e seu corpo estão passando. Depois, seu ciclo
mudará novamente e será algo novo a ser percebido. Lembre-se de que ciclo ideal é o seu!
Desde a puberdade até a menopausa, mudamos profundamente inúmeras vezes. Isso é que torna
o feminino um mistério único e, ao mesmo tempo, vivido por todas as mulheres de forma diferente. Cada
uma vai vivenciar e ter suas experiências de forma única no decorrer dos anos.
Somos influenciadas diretamente pela Lua e sua energia. Ela influencia o planeta, as marés, as
plantações e nossos ciclos. Antigamente, as mulheres contavam os meses da gestação pela lua, o menstru-
ar era “estar na lua”, daí o termo “enluarada”.
Assim como as fases da lua, nosso ciclo pode ser dividido em quatro períodos, e, cada um desses
períodos manifesta sinais físicos e emocionais. Ao longo da vida, oscilamos entre as fases da lua, hora
ovulamos na Lua Cheia e menstruamos na Lua Nova, ora na Crescente e por aí vai. Quando observamos essa
dança, conseguimos entender o nosso padrão individual interno e mapear o nosso ciclo, que se torna então,
uma superferramenta para o autoconhecimento da mulher.
Nós contamos como primeiro dia do ciclo, o primeiro dia da menstruação. O sangramento acontece
devido à não fertilização do óvulo que havia sido liberado pelos ovários para ser fecundado. Assim, ocorre
o desprendimento da camada mais interna do útero, o endométrio, que se formou no ciclo anterior. Bom,
mas e se eu conto como primeiro dia de menstruação quando entra o fluxo intenso ou quando começa a
sair aquela borra amarronzada?! Isso é você que escolhe, mas, uma vez escolhido, esse padrão deverá ser
seguido todo mês. Se você optar por contar como primeiro dia já quando sai a primeira borra, todo mês você
deverá seguir essa lógica, isso é muito importante.
Em geral, o ciclo dura de 3 a 7 dias. A intensidade do sangramento, isto é, a somatória do volume
de sangue de todos os dias da menstruação do ciclo, sofre mudanças do início para o final, podendo variar
entre 5 ml e 80 ml. Para quem usa o coletor menstrual, fica fácil acompanhar essa quantidade. Nessa fase,
o colo do útero encontra-se aberto, para que o sangue possa descer pelo canal vaginal.
Os sinais mais comuns dessa fase são cólicas, baixa energia, espinhas, dores de cabeça, introversão,
aumento do sono, ventre e seios inchados. É um período em que a mulher fica mais sensível, uma parte do
seu corpo está se “desfazendo”. É comum querer mais descanso e silêncio. Permitindo-nos abrir a percep-
ção do nosso corpo e interagir melhor com ele. A capacidade que essa fase nos dá, de perceber padrões em
nosso comportamento e autoconhecimento, faz com que nossas energias criativas fluam de forma mais
consciente e livre É o ponto crucial entre o fim de um ciclo e o início de um novo. As emoções vêm à tona
com mais facilidade, e a extrema sensibilidade empática pode tornar os relacionamentos mais à flor da
pele. Nesse período, a mente, as emoções e os processos mentais mudam. Podemos ficar com o raciocínio

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mais lento e os pensamentos mais desordenados. Muitas vezes, não sentimos vontade de conversar ou ter
contato social algum. A empatia por outras pessoas fica muito mais aguçada e, para algumas mulheres,
chega a ser insuportável. Daí vem o choro ao ver alguma tragédia, seja em livros, filme ou qualquer história
que alguém conte. As lágrimas são o fluir das energias emocionais, que fazem parte da cura durante a
menstruação.
A sensação de luto também pode aparecer durante esse período e está vinculada ao ciclo que mor-
reu. Nosso chakra sexual, onde está situado nosso útero, fica mais aberto durante a menstruação. Assim,
nos conectamos mais facilmente à energia do outro. Por isso, muitas vezes, sentimos as dores do outro,
que, vinculadas à nossa sensação de perda, podem tornar a tristeza algo insuportável durante esse período.
Proteja-se e evite notícias tristes e de desastres.
A vida cotidiana e moderna, na maioria das vezes, não permite que a mulher pare para vivenciar a sua
menstruação e esse momento de silêncio interno. A mulher moderna precisa trabalhar, cuidar da família e
ainda atender as suas necessidades internas. Ao mesmo tempo, a necessidade física da menstruação pede
para diminuirmos nosso ritmo de vida.
Assim, a menstruação acabou se tornando, para muitas, um peso e um desconforto mensais. A
menstruação é uma dádiva linda que possuímos para nos conhecer melhor e nos conectar com a nossa
Deusa interna e com a Grande Mãe. Antigamente, as mulheres da aldeia se recolhiam em tendas vermelhas
e, ali, as mais velhas passavam a sua sabedoria para as mais novas. Era um momento de celebração, alegria
e muita honra.
Quanto mais mulheres abrirem a sua consciência para o entendimento de que o nosso sangue é
sagrado e esse período deve ser respeitado e amado, mais rápido curaremos nossas feridas. Quando uma
se cura, todas se curam! Mesmo que a sua rotina não permita que você se recolha mensalmente durante
a sua lua, permita-se menstruar fisicamente e mentalmente sempre que possível. Tente passar um tempo
longe das demandas do trabalho, família e parceiros e faça somente o que sentir que é necessário. Tente
isso pelo menos por uma hora ou um dia. Permita-se desacelerar, descansar e viver este momento você com
você mesma.
• Algumas dicas preciosas para esse momento:
Beber muita água
Dormir as horas necessárias
Diminuir o consumo de sal e açúcar refinado
Fazer exercícios que te deem prazer (caminhar, passear, yoga etc.)
Comer alimentos ricos em potássio: banana, repolho, pêra, amêndoas, salada das folhas de dente de leão
Comer alimentos ricos em ferro: legumes, cereais integrais, feijões, frutas secas, etc.
Tomar chá de dente de leão para compensar a perda de sangue no período
Comer regularmente vegetais verdes escuro e levedura de cerveja.
Grande quantidade de vitamina A: cenoura, abóbora, cebola, alho, nabo, espinafre, lentilhas, damasco,
limão e azeites vegetais crus.
Para relaxar, tomar 3 xicaras por dia de chá da raiz da valeriana.
Comer ou tomar chá de gengibre para reduzir a tensão e câimbras.
Alimentos diuréticos: abacaxi, melancia e pepino.
Ao terminar o sangramento fazer banho de assento com chás de camomila e calêndula e um caroço
de abacate pré-fervido por 10 minutos (antes de desligar a água e acrescentar as flores). Isso encerrará o
ciclo fazendo uma boa limpeza inclusive anti-inflamatória e antibacteriana.

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JAMAIS utilizar absorventes descartáveis ou tampões. Eles,
além de serem altamente antiecológicos (levam de 100 a 600
anos pra se decompor), possuem em sua composição amianto
(elemento tóxico que nos faz sangrar mais e portanto nos
faz comprar mais absorventes), dioxina (um composto quí-
mico usado para branquear as fibras do absorvente que
é altamente tóxico e cancerígeno, principalmente para o
sistema imunológico e reprodutivo feminino, causando
alterações na mucosa do útero e endometriose), raiom
(elemento muito absorvente que ajudam as fibras do ab-
sorvente que contêm dioxina se fixarem na vagina, o que
pode causar o choque tóxico, uma infecção vaginal que
pode produzir febre, dores musculares, fadiga, visão turva e
em alguns casos a morte).
Opte SEMPRE pelos bioabsorventes (absorvente reutili-
záveis feitos com tecido 100% algodão) ou Coletores Menstruais
(feitos com silicone médico). Essas alternativas possibilitam que você
possa “plantar a sua lua” (devolver seu sangue menstrual para terra), poupe o meio ambiente de toneladas
de lixo (cada mulher usa em média 11 mil absorventes descartáveis durante a vida) e economize muito
dinheiro também (os coletores podem durar até 10 anos, e os bioabsorventes muitos anos também).
Reduza as atividades. Se possível entre em recolhimento e faça atividades que te tragam prazer
(pintura, leitura, plantar, escrever, ouvir música, ver um filme, etc.)
Sempre que possível sente diretamente na terra (ou sente sobre um tecido 100% algodão sobre a
terra). Ou ainda, fique de cócoras doando seu sangue diretamente para terra. Conexão máxima que além de
extremamente forte e bonita, traz benefícios infinitos para seu corpo e para a Mãe Terra.
Por estar mais sensível e aberta, se houver necessidade de estar em ambiente com muitas pessoas,
utilize na calcinha uma folha de sálvia, alecrim, manjericão, arruda, ou outra planta de proteção. Pode tam-
bém utilizar o cinturão lunar.

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COMO CONFECCIONAR UM CINTURÃO LUNAR
O cinturão lunar é um cinto produzido através do feitio de cura para amenizar as dores físicas e liberar
as dores emocionais. Dentro desse processo também protege a mulher de energias nocivas nesse período
de alta conexão espiritual.
Você vai precisar de:
• uma faixa de algodão da largura do seu baixo ventre (você usará como cinto) e de uns 15 centimentros de altura;
• agulha e linha;
• sálvia, folha de amora, flores de gerânio, camomila, manjericão (todas elas ou pelo menos duas
delas)
Faça uma bolsa no centro do seu cinto costurando as laterais, nesse local você colocará as ervas.
Forre com bastante tecido pra você ter a possibilidade de colocar as ervas quentinhas (basta ferver as
ervas em um pouco de água e colocar no bolsão). Com o restante do cinto faça um entrelaçando para você
prender seu cinturão lunar no baixo ventre, deixando o bolsão com as ervas rente ao útero.
Após a menstruação, temos a fase pré-ovulatória, ou fase folicular. Nessa fase, há um aumento dos
hormônios FSH e estrogênio, que promovem o amadurecimento do folículo, de onde nascerá o futuro óvulo.
Enquanto isso, o útero começa a produzir o fluido cervical, ou muco cervical, e a preparar o endométrio
para receber o futuro óvulo. Esse fluido serve para que o espermatozoide tenha um ambiente propício para
sobreviver mais tempo no sistema reprodutor feminino.
Nessa fase, você poderá observar que a energia vital já está mais alta, o humor está melhor e mais
estabilizado, a pele fica mais macia e os seios e a vulva podem inchar levemente. Se você tem um ciclo mais
longo, o seu útero demora um pouco mais para começar a produzir o fluido cervical. Você conseguirá perce-
ber, após a menstruação, que não tem fluido nenhum. No entanto, para quem tem o ciclo mais curto, menos
de 28 dias, imediatamente após a menstruação, o útero já inicia o trabalho de produzir o muco, podendo
quase emendar uma fase na outra.
À medida que essa fase avança, nosso corpo vai se preparando para a ovulação. Um dos folículos
cresce mais que o outro, e o útero trabalha arduamente na produção do muco cervical, já sendo possível
percebê-lo com um aspecto mais esbranquiçado e cremoso. Você pode observar no papel higiênicoquando
vai ao banheiro, visto que o colo do útero ainda se encontra aberto e, assim, o muco desce naturalmente
pelo canal vaginal. O endométrio no útero vai encorpando nessa fase, para receber um possível embrião.
Em casos de relações sexuais desprotegidas nessa fase, o espermatozoide permanecerá vivo, gra-
ças ao muco cervical úmido e na temperatura ideal para que ele se sinta em casa. No seu corpo, você poderá
perceber mudanças como seios e lábios vaginais inchados. O humor fica mais para cima, a energia vital
aumenta cada dia que passa, e a libido normalmente está lá em cima!
Quando o fluido cervical atinge seu ápice de umidade, o útero está fofinho e preparado para receber
o embrião. O hormônio luteinizante (LH) aumenta, e o óvulo é liberado pelo ovário.
Esse é um tempo de renascimento de uma energia. Com o fim da menstruação, o corpo fica mais ágil,
jovem e energizado. Agora estamos mais dinâmicas e focadas em novos objetivos. É um período de muita
inspiração, atividade física e intelectual. Fase de comunicação, sociabilidade, de começar novos projetos
e manter o entusiasmo para que eles se concretizem, apesar dos obstáculos. Sentimos o nosso raciocínio
mais rápido, claro e objetivo, nos sentimos mais independentes, sem a necessidade de tanto apoio e en-
corajamento. A energia criativa está caminhando para o seu auge. É um ótimo momento para tentar novos
experimentos, novas coisas. Não se preocupe se darão certo ou não, é uma ótima oportunidade de descobrir
o que funciona e do que você gosta.

12 GINECOLOGIA NATURAL
Assim como todas as outras fases, essa também requer um equilíbrio. Do contrário, a mulher pode
se tornar ambiciosa demais, focar demais na carreira e na concretização, não honrando os outros aspectos
do feminino. Muitas mulheres estagnaram nesta fase para conseguirem subir nas suas carreiras. Com isso,
se tornaram independentes e autossuficientes, ficando mais difícil se entregarem por completo em uma
relação, desenvolveram o medo da maternidade e, possivelmente, não se sentem capazes de cuidar de
outra pessoa. A mulher pode optar por ter ou não um relacionamento, filhos e uma família, mas essa decisão
deve ser consciente. É uma decisão verdadeira. Se ela estiver em conexão com ela mesma e honrando seus
ciclos internos, ser mãe/esposa ou não será uma opção verdadeira do seu eu interior.
Na próxima fase temos a ovulação, que compreende a liberação do óvulo pelo folículo. Nessa fase,
ocorre o aumento dos hormônios LH e progesterona, que começam a preparar o endométrio para, quem
sabe, receber o embrião.
Após a liberação do óvulo, se tiver espermatozoides no sistema reprodutor feminino, eles podem
terminar se encontrando na tuba uterina. Como sempre tem um mais espermatozoide mais espertinho, a
fecundação pode acontecer. Uma coisa comum durante a ovulação é a ocorrência de um leve sangramento.
Esse sangramento é totalmente diferente da menstruação, uma vez que a menstruação está vinculada com
a ovulação do ciclo anterior. Aqui estamos falando da ovulação que está acontecendo.
O folículo vazio no útero, chamado de corpo lúteo, começa a enviar informações para o corpo. Assim,
o corpo começa a produzir mais progesterona, o que impede o crescimento de mais folículos nos ovários,
evitando uma ovulação extra. A progesterona trabalha o endométrio para que ele se torne rico em vasos
sanguíneos, e se transforme na cama perfeita para o embrião se fixar. O colo do útero se fecha e fica mais firme.
Com o aumento da progesterona, o metabolismo fica mais rápido, elevando a temperatura basal, que
é a temperatura do nosso corpo em estado de repouso, medida com um termômetro específico. O óvulo
sobrevive por volta de 72 horas no corpo da mulher. Caso haja fecundação, o embrião vai da tuba uterina até
o útero, onde se desenvolverá. Sem a fecundação, o óvulo morre e se desintegra.
No caso da fecundação, o corpo lúteo continua fabricando progesterona, e o útero se mantém a
cama perfeita, aguardando a chegada do embrião.
Chegando ao útero, haverá o aumento do hormônio gonadotrofina coriônica (hCG). Os testes de
gravidez mostram o nível desse hormônio no corpo. Se você fizer o teste cedo demais, poderá não ter dado
tempo de o embrião chegar ao útero e, por isso, ele dará um falso negativo.
O curioso dessa fase é que ela não tem data fixa! A ovulação é superflexível, a fase mais flexível do
nosso ciclo. Não dá para calcular a ovulação com datas. Você pode fazer uma estimativa, mas somente com
a observação do próprio corpo, você saberá quando está realmente ovulando. Mesmo que seu ciclo seja
super-regular, a ovulação pode variar. Ela depende da fase anterior e essa não tem data certa para acontecer.
Através da percepção mais aguçada do ciclo e das anotações no Diário Vermelho e na Mandala Lu-
nar, a mulher vai mapeando seu ciclo e, com o tempo, saberá exatamente quando estará ovulando. É comum,
nessa fase, sentir algumas pontadas no ventre, elas significam que o óvulo está sendo liberado pelo ovário
esquerdo ou direito. Nessa fase, a mulher está focada no externo, no outro e não em si mesma. O ímpeto
de ajudar os outros, de se doar, oferecer suas habilidades de aconselhamento e orientação estará mais
aguçado. É o momento de maior interação com o meio externo e com outras pessoas. Através do contato
com os outros, podemos acessar novos insights e novas perspectivas.
Todas nós possuímos o aspecto mãe de amorosidade e entrega, não necessariamente precisamos
gerar uma criança para expressá-lo, pode ser um projeto, um animal de estimação, um amigo, um relaciona-
mento, entre outros. Negar ou reprimir essa energia pode nos privar de experiências profundas que advêm
dos vínculos profundos, gerados através do cuidado e da partilha com outras pessoas.
Como em todas as fases, esta também requer um equilíbrio. Do contrário, a mulher pode se tornar
passiva, sem ambição pela própria vida, sem autoconfiança. Ela pode ser ou se sentir explorada por estar
constantemente se doando sem olhar para as próprias necessidades. É importante sempre lembrarmos que
somos cíclicas, somos mães, donzelas, anciãs e feiticeiras. O movimento circular é continuo.
GINECOLOGIA NATURAL 13
Às vezes, ficamos agarradas na fase donzela, por exemplo, por mais tempo, para aprendermos a
delimitar nosso espaço, aumentar nossa autoconfiança, entre outros aprendizados, mas sempre andemos
uma fase para frente. A auto-observação nos previne de cair no desequilíbrio dessas fases e, principalmente,
de nos acomodarmos em alguma delas.
O período pré-menstrual, ou fase lútea, ocorre após a ovulação. Nessa fase, há o aumento nos níveis
de progesterona, para o útero receber e firmar uma possível gestação. Sinais comuns dessa fase são as
mudanças repentinas de humor, os seios sensíveis, possíveis dores no corpo e muitos conflitos internos.
Para a maioria das mulheres, essa fase é conhecida como a terrível TPM! Momento de acessar
nossas sombras internas. Ficamos mais confusas, mais sensíveis e instáveis e os desconfortos físicos
começam a aparecer. De fato, essa é uma fase mais dolorida para a mulher, principalmente se ela não está
atenta ao ciclo. É um momento de transformação interna e externa, pois é hora de começar a rever aquilo
nos incomoda, o que podemos descartar dentro de nós e fora de nós.
É a fase mais especial para nós mulheres, pois temos o privilégio de encontrar com nós mesmas
e corrigir nossa linha comportamental, nos libertando, assim, de infelicidades e doenças. A tensão existe
quando não estamos vivendo de acordo com nossas vontades e propósitos. Quando tomamos o poder
dessa fase, mudamos o que não tem mais razão para estar em nossas vidas, sentindo um alívio imenso. A
TPM acontece quando não estamos vivendo e nem honrando a vontade do nosso eu interno. Momentos de
frustração, raiva, autoanálise destrutiva, culpa e autorrejeição são muito comuns nessa fase.
Essa fase requer uma auto-observação mais aguçada, pois quando não somos capazes de expressar
essa energia, ela toma forma em nossas vidas de maneira negativa, levando-nos, muitas vezes, a impor ou
infringir danos a nós mesmas. Como toda fase, essa também requer um equilíbrio, pois se deixarmos a Fei-
ticeira dominar nossas vidas, ela pode se tornar agressiva e dominadora ou também extremamente criativa,
mas de forma compulsiva e pouco confiável.

14 GINECOLOGIA NATURAL
A lua e o ciclo feminino
O nosso corpo e a alma feminina está intimamente ligada a natureza, pensando nisso desenvolvi um
estudo sobre as fases da lua, sua influência sobre nós e como a aromaterapia nos ajuda a passar por cada
fase de forma plena. É um resgate a nossa sabedoria ancestral. Mergulha nessa leitura linda e fortalece teu
auto-conhecimento! Cada fase que você vivencia a sua lua interna te traz características que condiz com a
Lua que brilha no céu. Abaixo trago alguns arquétipos ligados as características de menstruar em cada lua
e que planta você pode utilizar.
Cuidando da mulher: Lua Nova
Planta Cipreste: Auxilia quando estamos passando por transições, por mudanças profundas.
Na lua nova estamos voltadas ao recomeço, ao plantar, ao fazer diferente e planejar o que queremos
para essa lunação. O arquétipo que somos nesse período é o da bruxa, onde precisamos nos ouvir, atentar a
nossa intuição e seguir pra onde ela nos manda.
A palavra do ciclo é ESCUTA-TE.
Cuidando da Mulher: Lua Crescente
Planta Gerânio: Trabalha o chakra do coração, ajuda a liberar traumas e abre para os novos acontecimentos.
Na lua crescente estamos voltadas para a execução, neste período tudo é possível e você pode tudo!
Aqui assumimos o arquétipo da donzela com toda sua energia e vitalidade para fazer acontecer.
A palavra do ciclo é FLUIR.
Cuidando da mulher: Lua Cheia
Planta Anis estrelado: amor incondicional, entrega e criatividade define esse momento.
Na lua cheia estamos explodindo de êxtase, entrega e energia criativa. Aqui é o momento de colher
por tudo que você planejou na lua nova e executou milimetricamente enquanto estava donzela. Lua cheia é
verão, faz acontecer, transborda.
O arquétipo que estamos nesse momento é o da Mãe, aquela que tudo faz, tudo pode, tudo realiza.
A palavra do ciclo é REALIZA.
Cuidando da mulher: Lua Minguante
Planta Patchouli: Voltando as raízes, recolhendo, estando em contato com a terra.
Na lua minguante estamos interiorizando, voltando para dentro. Deixando as folhas cairem, para
que no momento certo possa haver renovação. É hora de entrar na caverna e se encontrar com as sombras.
Acolhê-las e fortalecer a sua luz.
O arquétipo que somos aqui é a feiticeira, que observa, que anda na mata, que fareja, que prepara
suas poções e se descobre.
A palavra do ciclo é INTERIORIZA.

GINECOLOGIA NATURAL 15
CUIDANDO DA SAÚDE ÍNTIMA COM O REINO VEGETAL

Com as plantas você pode fazer suas alquimias mágicas e tratar diversas condições da sua vagina.
Através da percepção e auto conhecimento você verá que sua relação com o seu útero será cada vez mais
saudável e natural. As plantas são pura medicina e a ginecologia natural traz esse saber como uma forma
de nos conectarmos a nossa natureza cíclica. Apesar de Ginecologia Natural ser um mundo de percepções,
aqui vamos nos aprofundar principalmente da ligação desse saber a medicina das plantas.
Vale lembrar que o uso das plantas é muito além do chazinho ou da pomada. Ela vem da conexão
com a natureza, do plantar a lua, dos alimentos que você consume, do estilo de vida que você leva. O grande
jogo da vida aqui é voltarmos ao nosso estado natural, organica e progressivamente.
Vamos aos cuidados!

Ausência de menstruação
Principais motivos: alimentação pobre em vitaminas, exercícios em excesso, grandes perdas de peso,
stress, desequilíbrios hormonais, o período após se libertar das pílulas anticonceptivas. Verifique se não há
risco de gravidez.
Como tratar:
Tintura mãe de calêndula – 25 gotas, 3x por dia;
Chá de catinga de mulata ou Sálvia com folha de amora ou Lavanda ou Hibisco com canela ou Uxi
amarelo ou Artemísia – 3x por dia;
Menstruação excessiva
Principais motivos: stress ligado ao trabalho, falta de descanso, alimentação ruim que pode levar a
anemia, útero sujo.
Consumir: Alimentos ricos em vitamina C, semente de gergilim, cascas de uva e cereja, alfafa, couve.
Como tratar:
Chás 3x por dia no período menstrual de Tanchagem, Folha de amora ou Matico.
Dores no período menstrual
Principais motivos: Tristeza, alimentação inadequada, falta de exercício, descontentamento com as
relações, desconexão com o feminino.
Evitar sal, açúcar refinado, farinha e pão branco.
Consumir: alimentos ricos em potássio como banana, melão, laranjas, vegetais verdes, batatas, sala-
da de folha de dente de leão; alimentos ricos em vitamina A como alface, espinafre, cenoura, abóbora, alho,
cebola, pêssegos; alimentos ricos em cálcio como sementes de gergelim, algas, amêndoas, trigo em grãos,
aveia, avelã, dente de leão, etc.
Faça banhos quentes e bolsas de água quente no baixo ventre.
Realize algum exercício físico que te acalme.
Orgasmos te ajudarão a diminuir a dor e reduzir a tensão.
Chás: 3 xícaras por dia de uma das ervas abaixo:
Anis estrelado, alecrim, camomila, mil em rama, gengibre, folha de amora ou orégano.

16 GINECOLOGIA NATURAL
Cistos nos ovários
Principais motivos: Falta de aceitação de si, mágoas da mãe, ansiedade.
Eliminar leite e carne vermelha. Realizar exercícios diários.
Chás 3 vezes por dia por 3 meses (pode variar de ervas e prorrogar por até 9 meses, sempre mudando
a erva a cada 3 meses):
Dente de leão, Uxi amarelo, Unha de gato ou Folha de amora
Tintura de Valeriana: 25 gotas, 3 vezes por dia por 3 meses.
Cataplasma de Manjericão na região abdominal 3x por semana durante 3 meses.
Massagem com óleo de rícino na região abdominal 2x por semana durante 3 meses.
Alquimia para cistos no ovário:
1 xícara de polpa de babosa (Aloe vera) v 1 xícara de mel de abelhas v 1 xícara de tequila v 1 xícara
de suco de limão
Bata todos os ingredientes no liquidificador até que vire um creme. Coloque em um vidro hermeti-
camente fechado e guarde na geladeira. Beber em jejum, em uma xícara pequena de cafezinho, durante um
mês. Repita a cada 3 meses.
Síndrome dos ovários policistos
Principais causas: Ansiedade, stress, pesos familiares, indecisão, dependência, desassociação com
a real fase que está vivendo.
Como tratar
Consumir: Feno grego, linhaça e alcaçuz.
Chás 3 xícaras por dia por 3 meses (pode prorrogar por até 9 meses):
Hortelã verde ou canela.
Miomas no útero
Principais causa: Apego ao passado, guardar memórias, não compartilhar e liberar emoções. Sente
que é um peso na vida das outras pessoas.
Como tratar
Diminua o consumo de gorduras saturadas e aumenta o consumo de fibra, magnésio e vitamina B,
para ajudar a frear o excesso de estrógenos.
Chá 3 vezes por dia durante 3 meses, podendo prorrogar por até 6 meses de uma das ervas abaixo:
Ginkgo Biloba, chá verde, urtiga branca, gengibre, manjerona, uxi amarelo.
Tintura de Vitex Anus Castus: 25 gotas, 3 vezes por dia (durante 6 semanas).
Banho de assento frio somente com água todas as manhãs entre 2 a 5 minutos ou mais se possível.
Aumente o consumo diário de vegetais crus.
Faça vaporizações vaginais com infusão de tanchagem.
Candidíase
Principais ausas: má alimentação, antibióticos, stress, usar calcinha sintética, nervosismo, gestação.
Fazer algo que não gostaria de fazer.
Como tratar
Iogurte natural (Kefir ou tipo Yakult): deve colocar o iogurte na vagina, com a ajuda de uma colher-
zinha, ou seringa (sem agulha) ou ainda embebendo um algodão no iogurte e inserindo na vagina. Coloque
uma toalha ou bioabsorvente para que o iogurte não saia e deite-se por alguns minutos.
GINECOLOGIA NATURAL 17
Óvulos de Calêndula e hamamélis: Misture o óleo medicamentoso da calêndula e hamélis com babo-
sa, coloque em forminhas (pode usar embalagem de remédio vazia, a alquimia ficará como um supositório)
e leve para gelar. Quando tiver durinho, desinforme e coloque na vagina. Também podem ser óvulos de
sálvia, ou pomada de sálvia, colocada na parte externa da vagina (é aconselhável que seu companheiro
também use).
Alho: insira na vagina um dente de alho recém descascado e banhado em óleo de amêndoa puro
para evitar irritações. Coloque envolto em uma gaze. Coloque à noite antes de dormir na vaigna e retire pela
manhã. Amarre um pequeno fio de algodão, assim você fará um “ob” de alho. O fio de algodão facilitará a
remoção.
Banhos de assento de: camomila, calêndula, orégano, malva, dente de leão ou lavanda. Lembre-se:
não coce! Só piorará a situação.
Lave-se diariamente com 1 copo de água fervida com duas colheres de vinagre de maçã (pode ser
também suco de limão).
Faça banho de assento com poejo e algumas gotinhas de óleo essencial de Tea Tree (melaleuca).
Consuma alguns alimentos como o alho e a cebola, que são antifúngicos e antibacterianos naturais,
aloe vera, maçã, chá de dente-de-leão e unha-degato.
Garrafada para limpeza uterina, endometriose ou HPV
• 2 folhas de língua de vaca ;
• 6 folhas de alfavaca;
• 5 folhas de tanchagem ;
• 12 folhas de sálvia;
• 1 litro de vinho tinto suave;
• Ferva por 5 minutos, coe e engarrafe.
• Tome 3 colheres de sopa ao dia.
Garrafada para limpeza uterina e fortalecimento do útero
• Um punhado (de 3 a 5 sementes) de Pixurim
• 2 paus de canela médios
• Um punhadinho de cravo
• Uma colher de sobremesa de noz moscada
• 6 folhas de artemísia
• Um punhado de sálvia
• Ferve tudo em um litro de vinho tinto suave por 5 minutos.
Depois de frio, coe. Tome um cálice pequeno por dia até o fim. Comece a tomar no período menstrual.
Percebe-se a limpeza num corrimento tipo clara de ovo amarelado.
Tratamento para Inflamações Vaginais
Tanchagem: beber 3 vezes ao dia e fazer lavagens vaginais com o chá. A tanchagem deve ser ingeri-
da num período máximo de 15 a 20 dias, após esse período descansar por uma semana e depois continuar.
Pomadas naturais de sálvia esclaréia, gerânio e melaleuca.
Garrafada para desinflamar útero [mesma receita da página anterior]
Recomendações: elimine açúcar branco, farinha branca e sal. Não consuma alimentos que produzam
acidez como frutas e verduras cítricas. Consuma iogurte natural, Kefir e iogurte com lactobacilos vivos, além
de alho cru diariamente durante o tratamento.

18 GINECOLOGIA NATURAL
Tratamento para Cistite
Beba muita água, no mínimo 2 litros por dia.
Evita açúcar branco, café, chá preto,
álcool, condimentos fortes, sal, cigarro, entre
outros. Assim como laticínios, farinhas
brancas e alimentos picantes, que aumen-
tam os sintomas.
Nas relações sexuais evite as
posições que produzam dor pela infla-
mação.
Consuma frutas e verduras
frescas, alternando com sucos de
frutas depurativos (abacaxi, pepinos,
melões e melancias).
Urine logo após ter relações sexu-
ais.
Faça banhos de assento com folhas
e flores de malva , tanchagem, dente de leão e
pata-de-vaca.
Coloque uma bolsa de água quente entre as
pernas e zona pélvica.
Suco de mirtillos ou cramberry: tomar 2 copos por dia.
Suco de aipo com abacaxi: bater os 2 no liquidificador e beber em jejum.
Salsa: tomar o suco em jejum acompanhado de abacaxi; ou chá, duas colheres de salsa para uma
xícara de chá.
Caldo de cebola, alho e tomilho: em um litro de água coloque 2 cebolas cortadas, 5 dentes de alho
macerado, 1 colherada de tomilho, 1 colherada de alecrim. Ferver por 15 minutos, deixar descansar e beber
1 copo, 2 vezes por dia.
Acelga: infusão de 3 folhas em um litro de água. Beber 3 xícaras por dia.
Cabelo de Milho (Zea may): infusão de 4 colheres por um litro de água. Beber 3 xícaras por dia.
Contraindicado para quem tem hipertensão.
Alcachofra (Cynara scolymus): comer a flor cozida e beber a água do cozimento.
Argila marrom: aplicar na zona da bexiga e rins, para desinflamar.
Como cuidar da Menopausa
Leve uma boa vida e seja uma anciã feliz. Quando você se aceita, a idade da abuela é uma fase
mágica! E cheia de sabedoria. Sabe por que as mulheres deixam de menstruar, por que ela não precisa mais
devolver o sangue a Terra. Agora a sua sabedoria basta a Pachamama. Mantenha-se ativa e criativa. Encon-
tre-se com mulheres da mesma idade e que estejam passando pelo mesmo período. Círculos de mulheres
maduras, trarão compartilhamentos preciosos para todas. Pesquise, estude, e não caia nas armadilhas da
medicina ocidental moderna (com tranquilizantes, sedantes, soníferos, calmantes, aspirinas, terapias hor-
monais, lubrificantes sintéticos). Compartilhe com todas. Continuar tendo uma boa relação com o corpo,
valorizando a sexualidade e mantendo a vida sexual ativa é a melhor maneira de manter a região genital
saudável.

GINECOLOGIA NATURAL 19
Tenha uma alimentação mais nutritiva e completa, com proteínas vegetais, minerais e vitaminas.
Uma boa ossificação depende de uma alimentação rica em minerais, vitamina D (que se absorve com a ex-
posição ao sol e com um bom funcionamento renal), de um bom funcionamento dos hormônios que regulam
a ossificação e de uma boa circulação. Para isso ajuda muito os exercícios físicos: mova-se, caminhe no
mínimo uma hora por dia. O exercício diário reduz pela metade o ritmo de perda óssea.
Consumia soja orgânica e seus derivados: de 3 a 4 vezes por semana, pode incluir nas suas saladas.
Ela possui fitoestrógenos, substancia parecida com os estrógenos que desaparecem durante a menopausa.
Consuma Maca Peruana: uma colher de sopa por dia. Consuma banana, damasco, cevada, arroz integral,
centeio, cenoura, repolho, espinafre, grapefruit, alho, cebola, soja, alface, cereja, castanha, figo, avelãs, laranja.
Para aliviar os calorões, consuma ervilhas, semente de girassol e pepino. Salsaparrilha: tomar uma
xícara de chá por dia na hora do almoço, para diminuir os calorões. Salvia: tomar todas as noites uma xícara
de chá, de antes de dormir. Diminui os calorões noturnos e ajuda a ter uma boa noite de sono. Também é
aconselhável tomar uma colherinha de semente de gergelim pela manhã em jejum, que ajudam a suprir as
necessidades diárias de cálcio.
Para a perda de elasticidade da vagina consuma vitamina E, que ajudará a evitar a perda de estróge-
nos. Encontra nas nozes, amêndoas, cereais integrais, gérmen de trigo, etc. Use pomada vegetal de sálvia
ou cipreste, em base de óleo de amêndoas.
Alquimia para os calorões
Tomar 3 copos por dia, por no mínimo 9 dias. Pode ser repetido sempre que necessário:
1. Triturar um aipo e um limão com casca
2. Ferver todos os ingredientes durante 30 minutos
3. Deixe repousar durante 10 minutos
4. Coar o preparado e guardar numa garrafa de vidro
Alquimia para Osteoporose
1. Quebre um ovo e separe a casca
2. Ferva a casaca num recipiente com casca por 4 minutos
3. Tire a casca da água e triture num pilão ou centrifuga.
4. Em um recipiente, misture a casca triturada a o suco de um limão.
5. Deixe repousar por 12 horas (ou mais), para que o limão extraia o cálcio da casca de ovo. Tomar
essa mistura 3 vezes por semana pelo tempo necessário.
Alimentação para evitar osteoporose: consumir alimentos ricos em cálcio e magnésio (sementes de
girassol, gergelim, amêndoas, aveia, cacau puro, etc.). Deve-se evitar o consumo de espinafre, trigo branco
e bebidas gasosas, já que impedem a absorção de cálcio pelo organismo. Existem 4 ladrões de cálcio que
devem ser sempre evitados: café, farinhas refinadas, açúcar refinado e especificamente a coca-cola. O leite,
que tradicionalmente se diz que contém cálcio, não é bem assim, a absorção no organismo humano é ínfima.

20 GINECOLOGIA NATURAL
VAPORIZAÇÃO DO ÚTERO

A vaporização do útero é uma prática feminina ancestral que está voltando com força à vida das
mulheres. A vaporização consiste no tratamento a partir do vapor. Ferve-se uma certa quantidade de água
que caiba numa cumbuca – preferencialmente de barro ou vidro – adiciona-se a(s) erva(s) e a mulher fica
agachada, de cócoras, recebendo esse vapor que ascende na sua vagina até o útero (existem também para
comprar uns banquinhos com um furo no meio onde a mulher pode sentar-se confortavelmente, até porque
ficar de cócoras por muito tempo acaba doendo as pernas, e o ideal é que a VOCÊ fique mais confortável
para poder entrar melhor em conexão com o processo da vaporização em si).
A vaporização pode ser uma auxiliar em vários tratamentos na ginecologia natural, especialmente
aos que dizem respeito ao ciclo menstrual, ajudando a regular o ciclo, ajudando nas cólicas e ajudando
muito também na TPM.
Além disso, a vaporização é muito boa para endometriose, para dificuldades na menstruação e para
quem tem escapes menstruais (quando fica muito tempo com aquele sangue escuro), liberando esse san-
gue velho para limpar bastante o útero e ajudando também a melhorar os coágulos.
A vaporização do útero também é excelente para quando a mulher está precisando de limpezas
energéticas, como por exemplo, o caso de pós aborto. Contudo, ela pode fazer uma vaporização sempre que
sentir que está precisando.
Dependendo da questão que a mulher esteja necessitando resolver, ela pode fazer a vaporização
em períodos específicos, como é o caso de uns dias antes da menstruação vir para tratar tanto da TPM
quanto das possíveis cólicas que virão (muitas mulheres podem chegar a ficar livres das cólicas menstruais
só com esse hábito). Se a mulher tiver um problema mais sério, como uma endometriose, então ela pode
fazer a vaporização com uma frequência um pouco maior. Se deseja fazer diariamente, também pode fazer,
contanto que seja só por um tempo.
A vaporização do útero é muito especial por ela ter uma questão energética profunda e muito in-
tensa. As vaporizações com rosas, por exemplo, são muito boas p/ quando a mulher está passando por
alguma fase difícil, por alguma angústia etc, e está precisando de um carinho emocional (neste caso mais
específico, a vaporização deve ser feita com rosas vermelhas ou cor-de rosa). Já a rosa branca, é muito boa
para quando a pessoa está precisando de perdão – tanto para perdoar alguém quanto para se perdoar.
A vaporização tem muito a ver com a intuição e, aos poucos e com a prática, a mulher vai intuindo
qual ou quais ervas deve usar, dependendo do momento pelo qual ela está passando ou do que ela precisa
tratar.
É importante fazer um pequeno ritual para a vaporização do útero: preparar a infusão com amor, ter
uma intenção clara de equilíbrio e cura, estar em silêncio interior e, de preferência, estar sozinha. Se não
puder estar só, pedir aos que compartilham do mesmo lar para ter esse momento só para si.
A mulher deve retirar a calcinha e colocar uma saia ou vestido longo que vá até aos pés e que tenha
uma certa elasticidade.
Assim, quando a mulher estiver agachada (procurando abrir bem o canal vaginal para subir o vapor),
que essa roupa envolva ao mesmo tempo as pernas e a cumbuca com a erva p/ vaporização, p/ que esse
vapor não escape. Se não dispuser de nada adequado neste sentido, então é só se enrolar num lençol um
pouco mais grosso ou numa manta, p/ que essa sauna interna de fato aconteça.
Se quiser incrementar mais esse momento, a mulher pode ficar à meia-luz, colocar uma música de
fundo suave, acender uma vela e/ou incenso ou fazer o que o coração sentir, como uma oração, uma medi-
tação ou simplesmente nada, só se entregando ao momento e desfrutando dessa medicina maravilhosa e
transformadora.
GINECOLOGIA NATURAL 21
A vaporização pode ser feita com uma erva ou com a combinação de algumas ervas (duas, três
ou quatro, não passando muito disso). Eis então a lista das ervas sugeridas (podendo ser frescas ou se-
cas): Artemísia, Camomila, Alecrim, Folhas de Amora, Calêndula, Tansagem, Arruda e Rosa (de qualquer
cor, dependendo do que esteja querendo trabalhar). Uma sequencia muito boa para se fazer é o ciclo de 7
ervas, onde você usa cada erva nos três primeiros dias de lua nova, ou seja, é um tratamento de 7 meses:
Tansagem, artemísia, arruda (3 folhinhas), alecrim, camomila, malva e orégano (caso esteja se preparando
para ser mãe acrescenta uma oitava erva, a alfazema).
Para preparar a infusão, coloca-se a erva no fundo de um potinho de cerâmica ou vidro, põe-se água
para ferver numa quantidade que encha o recipiente e, quando ferver bem, despeja-se essa água na vasilhi-
nha. Podese, por exemplo, envolver o pote numa pequena toalha, pois isto ajudará a manter mais o calor por
mais tempo. Essa “sauna interna” deve durar até a infusão esfriar um pouco, a ponto da mulher não sentir
mais o vapor. Se não dispuser de muito tempo para a vaporização, que esta seja feita pelo menos por uns 15
minutos. Mas o ideal é que a mulher aproveite ao máximo dos benefícios desse momento.
Se for usar a erva seca, a quantidade deverá ser que caiba na palma da mão (a palma mesmo, sem
contar com a parte dos dedos). Se for usar duas ervas, por exemplo, então é só dividir em duas partes –
metade da palma da mão com uma erva e a outra metade com a outra.
Essa base de quantidade para vaporização é só aproximada, pois não existe uma quantidade precisa
de erva que deva ser usada (diferentemente de um chá quando é usado por via oral, pois este sim deve ter
uma medida mais exata para evitar, dependendo da erva, toxicidade – como é o caso da arruda, por exemplo).
Muito se fala por aí em algumas possíveis contraindicações para fazer a vaporização do útero. Mas
de fato não existe contraindicação p/ mulher fazer essa prática. Com relação ao DIU, por exemplo, ele é uma
coisa difícil de retirar – ele é tirado com uma pinça especial em consultório e tem que dar uma puxada. Às
vezes acontece sim da mulher deslocar ou perder o DIU (e isso é uma coisa rara), mas para evitar qualquer
transtorno em uma prática tão sagrada evitamos fazer vaporização em mulheres com DIU. Da mesma forma
agimos com relação as gestantes, provavelmente não fará mal, mas para evitar qualquer transtorno não
fazemos vaporização em gestantes.
Assim como tudo que estudamos até aqui você percebeu que as ervas são utilizadas para interagir
com o nosso corpo energético e com o nosso corpo físico. A Ginecologia Natural resgata essa sabedoria
ancestral e traz receitas naturais que ajudam a manter o equilíbrio da mulher em vários níveis e incentivar
a reconexão com a Mãe Terra. Podemos utiliza-las das maneiras mais diversificadas como por exemplo na
Fitoalquimia em forma desde chás, cataplasmas, banhos de assento, tinturas, óvulos vaginais, pomadas,
garrafadas até a prática dos banhos, vaporizações, mandalas, benzimentos.
Lidar com esse reino tão sábio requer cuidado e respeito. As ervas possuem sentimentos e captam
estímulos externos. Então quando vamos colher uma planta ou usa´-la em algum processo, pedimos per-
missão para ela, conversamos e explicamos qual finalidade vamos dar à ela. Estar presente e em silêncio
interno faz toda diferença e potencializa a força do ritual, chá, banho ou qualquer outra coisa que você esteja
fazendo.
Por isso entre realmente em conexão com a erva, sinta a energia dela e trabalhe com ela como
aliada. Coloque as suas intenções no preparo, assim a erva irá captar as vibrações energéticas agindo para
fortalecer a cura. Cada erva possui inúmeras propriedades, e ela pode manifestar essas propriedades de
acordo com o que você está precisando. Algumas propriedades irão atuar diretamente no corpo físico e
outras no campo energético. 

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Mandala Lunar

O ciclo da Lua tem aproximadamente 28,5 dias, duração similar ao ciclo menstrual feminino (nossa
“Lua interna”). Apesar de ritmado, o ciclo menstrual pode ter durações diferentes ao longo da vida de uma
mulher, fazendo com que seu período menstrual aconteça em diferentes fases lunares. Para Miranda Gray, a
fase na qual menstruamos traz informações importantes sobre o momento que estamos vivendo em nossas
vidas. Ela fala sobre dois ciclos principais, os em que os ápices de nossa Lua interna coincidem com os da
Lua externa.
Ciclo da Lua Branca:
Quando menstruamos próximo à Lua Nova, estamos vivendo o Ciclo da Lua Branca. Esse é considera-
do por algumas tradições como o ciclo mais natural, por ser alinhado à energia lunar. Quando menstruamos
na Lua Nova, e ovulamos na Lua Cheia, nosso poder fértil e o da Lua Cheia coincidem, assim como nossa in-
teriorização na fase menstrual coincide com a fase lunar em que a seiva das plantas desce até as raízes sob
a terra. Nesse ciclo, manifestamos as mesmas energias das fases lunares dentro de nós, potencializado-as.
O ciclo da Lua Branca traz as características do arquétipo da mãe/cuidadora, onde nossa energia criativa
está direcionada para o exterior, nos tornando mais doadoras, nutridoras e mais férteis, tanto em nossos
úteros como em nossas vidas.
Ciclo da Lua Vermelha:
Quando menstruamos próximo à Lua Cheia, estamos vivendo o Ciclo da Lua Vermelha. Quando a
ovulação ocorre na Lua Nova, a fertilidade vai na direção contrária à expressão das energias de procriação
da Lua Cheia, em direção ao desenvolvimento interior, à expressão da força criativa, ao autoconhecimento.
Nossa criatividade e energia do período menstrual, que em geral é direcionada para o recolhimento interior,
tende a ser direcionada para fora quando menstruamos nesta fase. Esse ciclo traz a energia do arquétipo
da bruxa/feiticeira e é um período em que revelamos nossa força pessoal e que podemos utilizar essa força
para processos de cura e transformação interior.
Ciclos de transição:
Quando menstruamos na Lua Crescente ou na Lua Minguante, estamos vivendo um período de tran-
sição em nossas vidas, assim como a Lua, que transita entre as forças ápices das fases Nova e Cheia.
A Lua Crescente traz consigo o arquétipo feminino da Donzela, e isso pode indicar que um novo ciclo
esteja iniciando na sua vida, ou que você esteja vivendo um momento de conexão com a energia da donzela
ou da adolescente que foi.
A Lua Minguante traz o arquétipo da mulher Feiticeira e quando uma mulher menstrua na Lua min-
guante ela pode estar vivendo um período em que precisa desapegar de antigos padrões, estabelecer limites
em sua vida, ou isso pode indicar o encerramento de um ciclo e uma forte conexão com a intuição.
Todos os ciclos são manifestações da nossa natureza feminina e não há ciclo melhor ou mais corre-
to que outro. Cada vez que o seu ciclo tiver duração diferente do que 28,5 dias, está ocorrendo uma mudança
da sua Lua interna (a menstruação) em relação à Lua externa (a Lua lá no céu), fazendo você transitar entre
as diferentes combinações de ciclos internos/externos. O período menstrual de uma mulher poderá transitar
por diferentes fases lunares ao longo de sua vida de acordo com suas circunstâncias, emoções, objetivos e
ambições.
O verdadeiro conhecimento em relação à estes ciclos deve ser elaborado por você mesma, a partir
da observação de como a Lua influencia seu próprio ciclo menstrual e o que muda quando você menstrua
em diferentes fases lunares.

GINECOLOGIA NATURAL 23
Aqui estão algumas dicas de como preencher a sua mandala lunar:
Primeiro, baixe sua Mandala Lunar e a imprima. Deixe em algum lugar de fácil acesso para você fazer
diariamente suas anotações.
Escreva o corrente mês.
Você vai começar a preenchê-la no seu primeiro dia de ciclo, o primeiro dia da sua menstruação.
Veja qual é a fase da lua e escreva próximo ao centro dia 1.
Crie e utilize uma legenda ao lado da Mandala para identificar como você está naquele dia, falando
sobre seu humor, sexo, pele, beleza, realizações... e eleja uma cor para aquela sensação, uma cor para cada.
Pinte com intensidades diferentes a medida em que sentir aquilo mais forte. Por exemplo, se você
escolher o azul para cólicas, os dias em que elas estiverem fortes você irá colorir forte de azul; os dias em
que estiverem fracas, irá colorir bem de levinho e os dias sem cólicas, sem colorir.
A cada dia é importante também que você faça anotações de como está se sentindo, mais alegre
ou introspectiva, se sentiu mais bem disposta a fazer atividades físicas ou meditação, se sonhou, se quis
cozinhar um prato novo ou de fazer algum trabalho criativo, se teve relações sexuais e tudo mais o que sentir
necessidade.
Para as mulheres na menopausa, a dica é que faça o seu diagrama seguindo as fases da lua. O
primeiro dia deve ser o primeiro dia de lua nova e assim, a cada dia, você vai preenchendo e observando
como se sente.
Comprometa-se a preencher as Mandalas por pelo menos 3 meses e depois as compare.
Analisando elas todas juntas você conseguirá identificar seus padrões e recorrências em cada etapa
do seu ciclo, permitindo que você faça melhores escolhas no seu dia a dia para seu equilíbrio e bem estar.
Por exemplo, quando você identificar que na sua lua interna você está na fase donzela, você deixará esse
período para atividades em que você precisa se comunicar, soltar sua leveza, ideias...aproveitando as carac-
terísticas que esse arquétipo traz.
Já quando na sua lua interna você tiver na sua fase da Anciã, você deixará esse período para ter
conversas que necessite de decisões sábias, pode dar conselhos, se conectar com a família, trazendo todas
as características que esse arquétipo trabalha e assim por diante.

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Plantar a sua Lua
Há muito tempo as mulheres se sen-
tavam ao redor do fogo, quando estavam
na lua (período menstrual), doando seu
sangue para terra e compartilhando sa-
beres e sonhos. Se nutriam de ocitocina
(hormônio do amor fabricado quando
estamos entre mulheres, ou em trabalho
de parto) e nutriam a Mãe Terra com
essa medicina tão sagrada. As tendas
vermelhas, ou teepees da lua, nos per-
mitiam ter acesso a muita sabedoria e in-
tuição, por conta dessa forte conexão que
sabíamos o que aconteceria nos próximos
28 dias (ciclo lunar).
Esses saberes ainda ressoam em nosso
ventre, e basta nos sentarmos em roda, tecendo e
cofiando em confiança essas sabedorias, para que cada
célula do nosso corpo relembre. Para que possamos reencontrar
esse elo perdido do feminino, lembrar a medicina sagrada de ser mulher.
Recordarmos as 4 fases que vivemos a cada mês, recordarmos nossa conexão com a avó lua e com
as medicinas da Mãe Terra que nascem em nossos quintais. Relembrar que nosso útero é o espaço sagrado
onde toda a vida é criada e que quando estamos vivendo em acordo com nosso coração, manifestando
nossa criatividade e nossos sonhos, nosso útero e ovários ficam saudáveis. Relembrando a medicina do
nosso sangue e as receitas naturais para curar todas as desarmonias na saúde feminina!
Falar sobre plantar a lua vem para relembrarmos esses saberes ancestrais e colocarmos em pratica
de forma leve e natural no cotidiano das mulheres contemporâneas. Assim fazendo com que, as mulheres
conheçam seus corpos, seus ciclos, seu sangue e se libertem de química, hormônios, absorventes descar-
táveis e principalmente dos medos que a impedem de ser uma mulher plena.
Como plantar a minha lua
É simples. Mas impossível para quem usa absorvente convencional de plástico – o que significar
jogar, junto, no lixo, nossa energia vital, que é drenada e enfraquecida. Para quem usa o coletor menstrual,
basta diluir o sangue em água em um recipiente de vidro. Aliás, tenha um potinho apenas para esta função.
Aliás, a água também entra aí como um elemento protetor. Se você usa absorvente de pano – meu caso –
basta deixá-lo de molho em água e depois entregar o sangue à terra. Depois disso, sim, você esfrega e lava
o seu absorvente com sabão. Na hora que for colocar seu sangue diluído na Terra, intencione que todos os
seus fluídos estão indo pra luz do Criador e seu sangue está indo pra Deusa, na eterna experiência de dar e
receber, no equilíbrio da dança das polaridades.
IMPORTANTE
E quem não tem útero? Você tem o útero etérico, e podem honrar o ritual com vinho tinto a cada lua
nova, se assim sentirem, é um simbolismo para fazer conexão entre a própria energia com a energia da terra.

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