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2344 I SÉRIE — NO 81 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 31 DE DEZEMBRO DE 2014

ASSEMBLEIA NACIONAL 2. O disposto no número anterior não obsta que a le-


gislação respeitante ao IUR seja aplicada a rendimentos
–––––– obtidos antes da entrada em vigor do Código do IRPS.
Lei nº 78/VIII/2014 Artigo 6º
de 31 de Dezembro Remissão

Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, Todas as remissões feitas ao Regulamento do Imposto
nos termos da alínea b) do artigo 175º da Constituição, Único sobre o Rendimento que tenham correspondência
o seguinte: no presente código consideram-se efectuadas para as
Artigo 1º suas disposições, salvo quando do contexto resulte in-
Aprovação
terpretação diferente.
Artigo 7º
É aprovado o Código do Imposto sobre o Rendimento
das Pessoas Singulares (IRPS), anexo ao presente diploma Alterações ao Código
e que dele faz parte integrante.
1. Todas as alterações permanentes ao regime do
Artigo 2º Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Regime transitório serão feitas por aditamento, alteração ou supressão no
respectivo Código.
1. O IUR relativo ao ano de 2014 e aos anos anteriores
devido por sujeitos passivos abrangidos pelo método de- 2. As alterações ao Código do Imposto sobre o Rendi-
clarativo é pago nos termos gerais do Regulamento do IUR mento das Pessoas Singulares feitas em leis de aprovação
e legislação complementar. do Orçamento de Estado vigoram apenas no período
económico a que respeitam.
2. O IUR relativo ao ano de 2014 devido por sujeitos
passivos abrangidos pelo método da estimativa é pago Artigo 8º
em doze prestações mensais consecutivas no ano de 2015. Entrada em vigor
3. À liquidação e pagamento do IUR relativo ao ano
O Código do IRPS entra em vigor no dia 1 de Janeiro
de 2014 devido por sujeitos passivos abrangidos pelo
de 2015.
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método da veri�cação são aplicáveis as regras previstas


nos artigos 5º a 11º da Lei que aprova o Código do IRPC. Aprovada em 26 de Novembro de 2014.
Artigo 3º O Presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso
Regime de transparência �scal Ramos.
Não obstante o regime de transparência �scal esta- Promulgada em 29 de Dezembro de 2014.
belecido no artigo 9º do Código do IRPC, os lucros das
sociedades aí referidas, e nas condições aí mencionadas, Publique-se.
obtidos anteriormente à entrada em vigor do mesmo O Presidente da República, JORGE CARLOS DE
Código, que venham a ser colocados à disposição dos ALMEIDA FONSECA.
respectivos sócios posteriormente a esta, são tributados,
para efeitos do Código do IRPS, como rendimentos da Assinada em 30 de Dezembro de 2014.
Categoria D.
O Presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso
Artigo 4º Ramos
Declaração de inscrição no registo
CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
Os sujeitos passivos de IRPS que à data da entrada DAS PESSOAS SINGULARES
em vigor do respectivo Código já constem dos registos
da DNRE �cam dispensados da entrega de declaração CAPÍTULO I
de início de actividade. Incidência
Artigo 5º Secção I
Revogação
Incidência real
1. A partir da entrada em vigor do Código do IRPS, Artigo 1º
consideram-se revogados:
Âmbito e categorias
a) A Lei n.º 127/IV/95, de 26 de Junho, que cria o
Imposto Único sobre o Rendimento – IUR; 1. O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singu-
lares (IRPS) incide sobre o valor dos rendimentos das
b) O Decreto-Lei n.º 1/96, de 15 de Janeiro, que pessoas singulares determinado nos termos deste código.
aprova o Regulamento do Imposto Único
sobre o Rendimento; 2. Os rendimentos a que se refere o número anterior
provêm das categorias seguintes:
c) Todas as alterações introduzidas à Lei nº 127/IV/95,
de 26 de Junho e ao Decreto- Lei nº 1/96, de Categoria A: rendimentos do trabalho dependente
15 de Janeiro. e pensões;

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Categoria B: rendimentos empresariais e pro�s- h) Importâncias decorrentes da remição ou qual-


sionais; quer outra forma de antecipação de disponi-
bilidade dos rendimentos previstos na alínea
Categoria C: rendimentos prediais; b) do artigo 4.º;
Categoria D: rendimentos de capitais; i) Quaisquer outras remunerações acessórias em
Categoria E: ganhos patrimoniais. dinheiro, �xas ou variáveis, com ou sem natu-
reza contratual, auferidas em função da pres-
3. Os rendimentos, em dinheiro ou em espécie, pro- tação de trabalho dependente ou em conexão
venientes de actos lícitos ou ilícitos, �cam sujeitos a com este.
tributação, seja qual for o local onde se obtenham, ou a
2. As remunerações acessórias em espécie são tributa-
moeda e a forma pelas quais sejam auferidos.
das na esfera da entidade patronal, através da aplicação
Subsecção I de taxa de tributação autónoma, em conformidade com
o Código do IRPC.
Categoria A
3. Consideram-se remunerações assessórias todos os
Artigo 2º
direitos, benefícios ou regalias não incluídos na remune-
Rendimentos do trabalho dependente ração principal que sejam auferidas devido a prestação
de trabalhos ou em conexão com esta e constituam para
1. Consideram-se rendimentos do trabalho dependente,
o respectivo bene�ciário uma vantagem económica.
compreendidos na categoria A deste imposto, todas as
contraprestações ou utilidades, pagas ou postas à dispo- Artigo 3º
sição do seu titular, qualquer que seja a sua denominação Conceito de trabalho dependente e de entidade patronal
ou natureza, que derivem directa ou indirectamente
1. Para efeitos deste imposto, considera-se trabalho
de trabalho dependente, tal como de�nido no artigo 3º,
dependente:
nomeadamente:
a) Trabalho por conta de outrem prestado ao abrigo de
a) Ordenados, salários, vencimentos, indemniza- contrato individual de trabalho, ou outro a ele
ções por despedimento, horas extraordiná- legalmente equiparado, incluindo o trabalho
rias, comissões ou bónus, grati�cações, per-
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prestado pelos membros dos órgãos estatutá-


centagens, prémios de produtividade, partici- rios das pessoas colectivas e entidades equipa-
pações ou prémios, senhas de presença, emo- radas, com excepção dos que neles participem
lumentos e participações em coimas, subsí- como contabilistas ou auditores certi�cados;
dios de férias e de Natal, ou outros subsídios;
b) Trabalho prestado ao abrigo de contrato de aqui-
b) Honorários dos membros dos órgãos estatutá- sição de serviços ou outro de idêntica natureza,
rios das pessoas colectivas e entidades equi- desde que seja prestado sob a autoridade e a
paradas e outras remunerações em virtude do direcção da pessoa do adquirente dos serviços
exercício dessas funções; ou em nome e por conta desta;
c) Pagamentos atribuídos pelo empregador devido c) Exercício de função, serviço ou cargo públicos;
à perda do contrato de trabalho, quaisquer al-
d) Quaisquer outras situações que sejam consequência
terações a esse contrato ou ao termo do mesmo;
da relação laboral, tais como situações de pré-
d) Pagamentos efectuados no termo do contrato de reforma, pré-aposentação ou reserva, e outras
trabalho, relativos a montantes a que o traba- idênticas, com ou sem prestação de trabalho
lhador tenha direito e ainda não pagos, inde- mesmo que devidas por fundos de pensões ou
pendentemente da sua designação; outras entidades, que se substituam à entidade
originariamente devedora.
e) Reembolso ou quitação pelo empregador de qual-
quer despesa do trabalhador, incluindo des- 2. Considera-se entidade patronal toda aquela que pa-
pesas domésticas ou despesas de saúde; gue ou coloque à disposição remunerações que constituam
rendimentos do trabalho dependente nos termos deste
f) Importâncias despendidas pela entidade patronal código, sendo a ela equiparada qualquer outra entidade
com seguros de doença não obrigatórios e aci- que com ela esteja em relação de domínio ou de grupo,
dentes pessoais não laborais, seguros e opera- independentemente da respectiva localização geográ�ca.
ções do ramo «Vida», contribuições para fun- Artigo 4º
dos de pensões e regimes complementares de
Pensões
segurança social;
Consideram-se rendimentos de pensões, compreendi-
g) Ajudas de custo, despesas de representação,
dos na Categoria A deste imposto:
subsídios de refeição, importâncias auferidas
pela utilização de automóvel próprio ao serviço a) As prestações devidas a título de pensões de apo-
da entidade patronal, abonos para falhas e sentação ou de reforma, velhice, invalidez ou
abonos de família, na parte em que excedam sobrevivência, e outras de idêntica natureza,
os limites �xados para a função pública; tais como as rendas temporárias ou vitalícias;

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b) As prestações a cargo de companhias de seguros, relações comerciais ou de prestações de serviços por


fundos de pensões, ou quaisquer outras en- sociedade ou outra entidade em que pelo menos 50% (cin-
tidades, devidas no âmbito de regimes com- quenta porcento) do seu capital seja detido, isoladamente
plementares de segurança social na parte ou em conjunto com algum dos elementos do respectivo
correspondente às contribuições da entidade agregado familiar, pelo bene�ciário ou por pluralidade de
patronal; bene�ciários das importâncias recebidas, excepto se as
referidas relações comerciais ou de prestação de serviços
c) As pensões e subvenções não compreendidas nas representarem menos de 50% (cinquenta porcento) das
alíneas anteriores, independentemente da vendas ou prestações de serviços efectuadas no exercício.
pessoa que tenha originado o direito à sua
percepção. 6. O cálculo da importância isenta a que se refere o nú-
mero 4, determina-se de acordo com a seguinte fórmula:
Artigo 5º
L=1,5 x n x Rm
Facto gerador
Sendo:
Os rendimentos da categoria A �cam sujeitos a tri-
butação quando pagos ou colocados à disposição dos L = Limite estabelecido
respectivos titulares. N = Número de anos de trabalho ou fracção ao ser-
Artigo 6º viço da entidade
Rendimentos isentos Rm = Remunerações médias mensais incluindo as
diuturnidades
1. Estão isentos os seguintes rendimentos:
Subsecção II
a) As prestações efectuadas pelas entidades patro- Categoria B
nais para regimes obrigatórios de segurança
Artigo 7º
social, que visem assegurar exclusivamente
benefícios em caso de reforma, invalidez ou Rendimentos empresariais e pro�ssionais
sobrevivência; 1. Consideram-se rendimentos empresariais e pro�s-
sionais, compreendidos na Categoria B deste imposto,
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b) Os benefícios imputáveis à utilização e fruição


de realizações de utilidade social e de lazer todas as contraprestações ou utilidades, pagas ou postas
mantidas pela entidade patronal; à disposição do seu titular, qualquer que seja a sua de-
nominação ou natureza, que procedam directa ou indi-
c) Os rendimentos auferidos pelo pessoal das mis- rectamente de actividades empresariais ou pro�ssionais,
sões diplomáticas e consulares bem como o nomeadamente de:
pessoal das organizações internacionais, e
outras entidades equiparadas a diplomatas, a) Actividades comerciais ou industriais, incluindo
quanto às remunerações auferidas nessa qua- a prestação de serviços;
lidade e segundo os demais termos previstos b) Actividades agrícolas, piscatórias, silvícolas ou
nos tratados internacionais que vinculam o pecuárias;
Estado cabo-verdiano;
c) Exploração da propriedade intelectual ou indus-
d) As pensões de alimentos. trial, incluindo direitos de autor e direitos
conexos, ou da prestação de informações res-
2. Estão isentas as pensões referidas na alínea a) do nú- peitantes a experiência adquirida no sector
mero 1 do artigo 4.º até ao montante anual de 960.000$00 industrial, comercial ou cientí�co, auferidos
(novecentos e noventa mil escudos), operando a isenção pelo seu titular originário.
através da dispensa de retenção na fonte.
2. Consideram-se ainda rendimentos desta categoria:
3. Estão isentos os subsídios de renda de casa e de exclu-
sividade atribuídos aos nos termos de lei parlamentar, ope- a) Os rendimentos prediais imputáveis a activida-
rando a isenção através da dispensa de retenção na fonte. des empresariais e pro�ssionais;
b) Os rendimentos de capitais imputáveis a activi-
4. Estão ainda isentas as indeminizações a qualquer
dades empresariais e pro�ssionais;
título percepcionadas em decorrência de cessação con-
vencional ou judicial de contrato subjacente às situações c) As mais-valias apuradas no âmbito das activi-
previstas nas alíneas a), b) e c) do número 1 do artigo dades empresariais e pro�ssionais, de�nidas
3º, que dêem a origem a rendimentos de trabalho depen- nos termos do artigo 54º do Código do IRPC,
dente, na porção que seja igual ao valor da remuneração incluindo as resultantes da transferência
calculado nos termos do número 6 correspondente a um para o património particular dos empresários
mês e meio multiplicado pelo número de anos ou fracção de quaisquer bens afectos ao activo da empresa;
de antiguidade ou de exercício de funções na entidade
devedora de rendimentos. d) As importâncias conexas com a actividade aufe-
ridas a título de indemnização, incluindo as
5. A isenção prevista no número anterior não se aplica atribuídas pela redução, suspensão, cessação
quando sejam estabelecidas com a entidade patronal ou mudança do local da actividade;

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I SÉRIE — NO 81 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 31 DE DEZEMBRO DE 2014 2347

e) As importâncias relativas à cessão temporária b) A exploração de pastos naturais, água e outros


de exploração de estabelecimento; produtos espontâneos, explorados directa-
mente ou por terceiros;
f) Os subsídios ou subvenções no âmbito do exercício
de actividades abrangidas no número 1; c) Explorações de marinhas de sal, algas e outras;
g) Os provenientes da prática de actos isolados re- d) As actividades comerciais ou industriais mera-
ferentes a actividades abrangidas no número 1. mente acessórias daquelas, considerando-se
3. Para efeitos do disposto na alínea a) do número 2, como tal as que não preencham os requisitos
entende-se que os rendimentos prediais são imputáveis do número 3 do artigo anterior.
a actividades empresariais e pro�ssionais quando con- 2. Ficam isentos de imposto em 50% (cinquenta porcento)
corram as seguintes circunstâncias: os rendimentos das actividades agrícolas, piscatórias,
a) Que no desenvolvimento destas actividades se silvícolas ou pecuárias auferidos por sujeitos passivos
conte, ao menos, com um local exclusivamente que as exerçam de forma exclusiva e que se encontrem
destinado a levar a cabo a gestão da mesma; e enquadrados no regime de contabilidade organizada.

b) Que para o desenvolvimento das mesmas se tenha, Artigo 10º


ao menos, uma pessoa empregada com contrato Facto gerador
individual de trabalho ou equivalente.
Os rendimentos da categoria B �cam sujeitos a tribu-
4. Para efeitos do disposto na alínea g) do número 2, tação quando pagos ou colocados à disposição dos res-
consideram-se actos isolados aqueles que não sejam pectivos titulares, sem prejuízo da aplicação do disposto
praticados mais do que duas vezes ao longo do mesmo no artigo 22º do Código do IRPC aos sujeitos passivos
período de tributação. enquadrados no regime de contabilidade organizada.
Artigo 8º
Subsecção III
Actividades comerciais e industriais
Categoria C
1. Consideram-se actividades comerciais e industriais
Artigo 11º
todas as actividades económicas relativas à produção,
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exploração ou transacção de bens, designadamente as Rendimentos prediais


seguintes:
1. Consideram-se rendimentos prediais, compreendidos
a) Fabrico de bens e indústrias extractivas; na Categoria C deste imposto, os provenientes da cedência
b) Compra e venda de mercadorias; do uso de bens imóveis rústicos, urbanos ou mistos ou de
direitos reais que recaiam sobre os mesmos, tais como
c) Actividades agrícolas, piscatórias, silvícolas e as rendas dos prédios rústicos, urbanos ou mistos pagas
pecuárias integradas noutras de natureza co- ou colocadas à disposição dos respectivos titulares, bem
mercial ou industrial. como os provenientes da cessão de exploração de esta-
2. Consideram-se ainda actividades comerciais e in- belecimentos comerciais ou industriais, incluindo a dos
dustriais todas as actividades de prestação de serviços, bens móveis naqueles existentes.
designadamente as seguintes: 2. São havidas como rendas, independentemente do
a) Transportes; momento e do modo de pagamento:

b) Construção civil e actividades urbanísticas; a) As importâncias relativas à cedência do uso do


prédio ou de parte dele e aos serviços relacio-
c) Actividades hoteleiras, turísticas, de restauração nados com aquela cedência;
e similares;
b) As importâncias relativas ao aluguer de máquinas
d) Actividades de carácter técnico, cientí�co, artís-
e mobiliário instalado no imóvel locado;
tico, desportivo ou cultural.
3. Para efeitos do disposto na alínea c) g) do número 1, c) A diferença, auferida pelo sublocador, entre a
consideram-se integradas em actividades de natureza renda recebida do subarrendatário e a paga
comercial ou industrial, as actividades agrícolas, pisca- ao senhorio;
tórias, silvícolas ou pecuárias cuja produção se destine a d) As importâncias relativas à cedência do uso, to-
ser transformada ou utilizada em processo industrial em tal ou parcial, de bens imóveis, para publici-
mais de 50% (cinquenta porcento) do seu valor. dade ou outros �ns especiais;
Artigo 9º
e) As importâncias relativas à cedência do uso de
Actividades agrícolas, piscatórias, silvícolas ou pecuárias
partes comuns de prédios em regime de pro-
1. Consideram-se actividades agrícolas, piscatórias, priedade horizontal;
silvícolas ou pecuárias, designadamente, as seguintes:
f) As importâncias relativas à constituição, a título
a) A exploração da terra e das �orestas, a pesca e a oneroso, de direitos reais de gozo temporá-
criação de gado; rios, ainda que vitalícios, sobre prédios.

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3. Para efeitos do presente Código, considera-se prédio c) Os juros e outras formas de remuneração de su-
rústico uma parte delimitada do solo e as construções primentos, abonos ou adiantamentos de capi-
nele existentes que não tenham autonomia económica, tal feitos pelos sócios à sociedade;
prédio urbano qualquer edifício incorporado no solo e os
terrenos que lhe sirvam de logradouro e prédio misto o d) Os juros e outras formas de remuneração devi-
que comporte parte rústica e parte urbana. dos pelo facto de os sócios não levantarem os
lucros ou remunerações colocados à sua dis-
4. Para efeitos do número anterior, considera-se cons- posição;
trução todo o bem móvel assente no mesmo local por
período superior a doze meses. e) Os juros ou quaisquer acréscimos de crédito pe-
cuniário resultantes da dilação do respectivo
Artigo 12º
vencimento ou de mora no seu pagamento, se-
Facto gerador jam legais, sejam contratuais, com excepção
dos juros devidos ao Estado ou a outros entes
Os rendimentos da categoria C �cam sujeitos a tri- públicos por atraso na liquidação ou mora no
butação quando pagos ou colocados à disposição dos pagamento de quaisquer contribuições, im-
respectivos titulares. postos ou taxas;
Artigo 13º
f) Os juros, os prémios de amortização ou de reem-
Isenção bolso e as outras formas de remuneração de
títulos da dívida pública, obrigações, títulos
Ficam isentos os rendimentos prediais que cumulati- de participação, certi�cados de consignação,
vamente: obrigações de caixa ou outros títulos análo-
gos, emitidos por entidades públicas ou pri-
a) Se re�ram a imóveis que integrem estabeleci- vadas, e demais instrumentos de aplicação �-
mentos hoteleiros classi�cados para o funcio- nanceira, designadamente letras, livranças e
namento turístico; outros títulos de crédito negociáveis, enquanto
b) Sejam provenientes da exploração turística efec- forem utilizados nessas condições;
tuada pelo estabelecimento hoteleiro classi-
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g) O saldo dos juros apurado em contrato de conta


�cado para o funcionamento turístico onde o
corrente;
imóvel se situa;

c) Sejam suportados por contrato escrito de explo- h) O valor atribuído aos associados em resultado da
ração turística assinado entre o proprietário partilha que, nos termos do Código do IRPC,
do imóvel e o operador do estabelecimento seja considerado rendimento de aplicação de
hoteleiro. capitais, bem como o valor atribuído aos asso-
ciados na amortização de partes sociais sem
Subsecção IV redução de capital;
Categoria D
i) Os rendimentos das unidades de participação em
Artigo 14º fundos de investimento;

Rendimentos de capitais j) Os rendimentos obtidos pela participação em


fundos próprios de qualquer tipo de entidades,
1. Consideram-se rendimentos de capital, compreendi- tais como os dividendos e quaisquer partici-
dos na Categoria D deste imposto, os frutos e demais van- pações nos lucros das sociedades, incluindo os
tagens económicas, qualquer que seja a sua natureza ou adiantamentos por conta de lucros e os apu-
denominação, seja pecuniária ou em espécie, procedentes, rados na liquidação, ou qualquer outra utili-
directa ou indirectamente, de elementos patrimoniais, dade recebida em virtude da sua condição de
bens, direitos ou situações jurídicas, de natureza mobiliá- sócio, accionista ou associado;
ria, bem como da respectiva modi�cação, transmissão ou
cessação, com excepção dos ganhos patrimoniais e outros k) Os rendimentos provenientes de contratos que
rendimentos tributados noutras categorias. tenham por objecto a cessão ou utilização
temporária de direitos de propriedade intelec-
2. Os frutos e vantagens económicas a que se refere o
tual ou industrial ou prestação de informações
número anterior compreendem, designadamente:
respeitantes a uma experiência adquirida no
a) Os juros e outras formas de remuneração decor- sector industrial, comercial, informático ou
rentes de contratos de mútuo, abertura de cientí�co, quando não auferidos pelo seu au-
crédito, e outros que proporcionem, a título tor ou titular originário;
oneroso, a disponibilidade temporária de di-
nheiro ou outras coisas fungíveis; l) A diferença positiva entre os prémios pagos ou
importâncias investidas e os montantes pagos a
b) Os juros e outras formas de remuneração de de- título de resgate, adiantamento ou vencimento
pósitos em instituições �nanceiras; de seguros e operações do ramo ‘Vida’;

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m) A diferença positiva entre as contribuições pagas Subsecção V


e os montantes pagos a título de resgate, remi- Categoria E
ção ou outra forma de antecipação de disponi-
Artigo 17º
bilidade por fundos de pensões ou no âmbito
de outros regimes complementares de segu- Ganhos patrimoniais
rança social;
1. São ganhos patrimoniais, compreendidos na Catego-
n) Qualquer outro rendimento derivado da simples ria E deste imposto, as seguintes variações positivas no
aplicação de capitais. património do sujeito passivo, que não integrem outras
categorias:
3. Para efeitos da alínea f) do número 2, compreendem-se
nos rendimentos de capitais o quantitativo dos juros a) Ganhos resultantes da alienação onerosa de di-
contáveis desde a data do último vencimento ou emissão, reitos reais sobre bens imóveis ou afectação
primeira colocação ou endosso, se ainda não tiver ocorrido de quaisquer bens do património particular a
qualquer vencimento, até à data de transmissão, bem actividade empresarial e pro�ssional exercida
como a diferença entre o valor de reembolso, amortização em nome individual pelo seu proprietário;
ou vencimento e o preço de emissão, no caso de títulos
cuja remuneração seja constituída, total ou parcialmente, b) Ganhos resultantes da cessão onerosa de posi-
por essa diferença. ções contratuais ou outros direitos inerentes
a contratos relativos a bens imóveis;
Artigo 15º
Facto gerador c) Ganhos resultantes da alienação onerosa de par-
tes sociais, incluindo a sua remição e amor-
1. Os rendimentos de capitais �cam sujeitos a tributação tização com redução de capital, ou de outros
desde o momento em que se vencem, que se presume o valores mobiliários;
vencimento, que são colocados à disposição do seu titular,
que são liquidados, ou desde a data do apuramento do d) Ganhos resultantes da alienação onerosa da pro-
respectivo quantitativo, conforme os casos, ou, se pude- priedade intelectual ou industrial ou de expe-
rem ocorrer em vários momentos, o facto gerador é o que riência adquirida no sector comercial, indus-
ocorrer em primeiro lugar. trial ou cientí�co, quando o transmitente não
seja o seu titular originário;
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2. Tratando-se de mútuos, de depósitos e de aberturas


de crédito, considera-se que os juros, incluindo os par- e) Acréscimos patrimoniais não justi�cados.
cialmente presumidos, se vencem na data estipulada, ou,
2. Consideram-se ainda ganhos patrimoniais, a obtenção
na sua ausência, na data do reembolso do capital, salvo
de ganhos de jogo, lotaria, apostas mútuas, prémios
quanto aos juros totalmente presumidos, cujo vencimento
atribuídos em sorteios ou concursos.
se considera ter lugar em 31 de Dezembro de cada ano
ou na data do reembolso, se anterior. Artigo 18º

Artigo 16º Facto gerador

Presunções relativas a rendimentos da categoria D Os ganhos patrimoniais consideram-se obtidos no


1. Presume-se que as letras e livranças resultam de momento da prática dos actos que lhes dão origem nos
contratos de mútuo quando não provenham de transacções termos do artigo 17º, sem prejuízo do disposto nas alíneas
comerciais, entendendo-se que assim sucede quando o seguintes:
credor originário não for comerciante. a) Nos casos de promessa de compra e venda ou de
2. Presume-se que os mútuos e as aberturas de crédito troca, presume-se que o ganho é obtido logo
referidos na alínea a) do número 2 do artigo 14º são re- que veri�cada a transmissão ou posse dos
munerados, entendendo-se que o juro começa a vencer-se bens ou direitos objecto do contrato;
nos mútuos a partir da data do contrato e nas aberturas b) Nos casos de afectação de qualquer bem do patri-
de crédito desde a data da sua utilização. mónio, particular a actividade empresarial e
3. Presumem-se mutuados os capitais entregues em pro�ssional exercida pelo seu proprietário, o
depósito não incluídos na alínea b) do número 2 do artigo eventual incremento patrimonial só se consi-
14º e cuja restituição seja garantida por qualquer forma. dera obtido no momento da ulterior alienação
onerosa dos bens em causa ou da ocorrência
4. Os lançamentos em quaisquer contas correntes dos
de outro facto que determine o apuramento
sócios, inscritos na contabilidade das sociedades comer-
de resultados em condições análogas.
ciais ou civis sob forma comercial, quando não resultem
de mútuos, da prestação de trabalho ou do exercício de Secção II
cargos sociais, presumem-se feitos a título de lucros ou Incidência pessoal
adiantamento dos lucros.
Artigo 19º
5. As presunções estabelecidas no presente artigo
Sujeito passivo
podem ser elididas com base em decisão judicial, acto
administrativo, declaração do Banco de Cabo Verde ou 1. Ficam sujeitas a IRPS as pessoas singulares que re-
reconhecimento pela Direcção Nacional das Receitas do sidam em território nacional e as que, nele não residindo,
Estado. aqui obtenham rendimentos.

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2350 I SÉRIE — NO 81 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 31 DE DEZEMBRO DE 2014

2. O imposto incide: b) Aí disponham em 31 de Dezembro desse ano de


habitação que seja a sua residência habitual;
a) Sobre o rendimento de cada sujeito passivo in-
dividualmente considerado, sempre que opere c) Desempenhem no estrangeiro funções ou co-
por retenção na fonte com carácter liberatório; missões de carácter público, ao serviço da
b) Sobre o rendimento do agregado familiar, sempre República de Cabo Verde;
que opere por englobamento, considerando-se
d) Em 31 de Dezembro, sejam tripulantes de navios
sujeitos passivos aqueles a quem incumba a
ou aeronaves, desde que estejam ao serviço
direcção do agregado.
de entidades com residência, sede ou direcção
3. O agregado familiar é constituído pelos sujeitos efectiva no território nacional e tenham sido re-
passivos e seus dependentes, considerando-se como sidentes neste território nos últimos cinco anos.
dependentes:
Artigo 22º
a) Os �lhos, adoptados, enteados, menores não eman-
cipados, bem como os menores sob tutela; Rendimentos obtidos em território nacional

b) Os �lhos, adoptados e enteados, maiores, bem 1. Consideram-se obtidos em território nacional os ren-
como aqueles que até à maioridade estiverem dimentos que sejam assim considerados para efeitos do
sujeitos a tutela de qualquer dos sujeitos a Código do IRPC, e bem assim os que, não se encontrando
quem incube a direcção do agregado familiar, que nessas condições, a seguir se indicam:
não tendo mais de 24 anos nem auferindo ren-
dimento mensal superior à retribuição mínima a) Os rendimentos do trabalho dependente de-
mensal garantida tenham frequentado no ano correntes de actividades nele exercidas, ou
a que o imposto respeita o 11º ou 12º anos, no quando tais rendimentos sejam devidos por
estabelecimento de ensino médio ou superior; entidades que nele tenham residência, sede,
direcção efectiva ou estabelecimento estável
c) Os �lhos, adoptados, enteados e os sujeitos a tu-
a que deva imputar-se o pagamento;
tela, maiores, inaptos para o trabalho e para
angariar meios de subsistência. b) As remunerações dos membros dos órgãos es-
tatutários das pessoas colectivas e outras
1 952000 001245

4. As pessoas referidas nos números anteriores não


podem, simultaneamente, fazer parte de mais do que entidades, devidas por entidades que nele
um agregado familiar, nem, integrando um agregado tenham residência, sede, direcção efectiva ou
familiar, ser consideradas sujeitos passivos autónomos, estabelecimento estável a que deva imputar-se
devendo identi�car-se os dependentes por meio de nú- o pagamento;
mero �scal próprio.
c) As pensões devidas por entidade que nele tenha
5. A situação pessoal e familiar dos sujeitos passivos sede, residência, direcção efectiva ou estabe-
relevante para efeitos de tributação é aquela que se lecimento estável a que deva imputar-se;
veri�que no último dia do ano a que o imposto respeite.
d) Os rendimentos do trabalho prestado a bordo de na-
6. As pessoas que vivam em união de facto e preencham vios e aeronaves, desde que os seus bene�ciários
os pressupostos constantes da lei respectiva, podem optar estejam ao serviço de entidade com residência,
pelo regime de tributação dos sujeitos passivos casados sede ou direcção efectiva nesse território.
e não separados judicialmente de pessoas e bens, desde
que façam prova do reconhecimento da sua condição pelas 2. É aplicável ao IRPS o disposto no artigo 8.º do Código
entidades competentes. do IRPC, com as devidas adaptações.
Artigo 20º
Artigo 23º
Extensão da obrigação do imposto
Contitularidade de rendimentos
1. Os sujeitos passivos residentes em território nacional
�cam sujeitos a IRPS relativamente à totalidade dos seus Os rendimentos que pertençam em comum a várias pes-
rendimentos, incluindo os obtidos fora desse território. soas são imputados a estas na proporção das respectivas
2. Os sujeitos passivos não residentes em território quotas, que se presumem iguais quando indeterminadas.
nacional, �cam sujeitos a IRPS apenas relativamente Artigo 24º
aos rendimentos obtidos neste território.
Imputação especial
Artigo 21º
Residência 1. Constitui rendimento dos sócios ou membros das
São residentes em território nacional os sujeitos pas- entidades referidas no artigo 9º do Código do IRPC, que
sivos em relação aos quais, no ano a que respeitem os sejam pessoas singulares, o resultante da imputação
rendimentos, ocorra alguma das seguintes situações: efectuada nos termos e condições dele constantes.

a) Hajam nele permanecido mais de cento e oitenta 2. Para efeitos do disposto no número anterior, as res-
e três dias, seguidos ou interpolados em qual- pectivas importâncias integrar-se-ão como rendimento
quer período de doze meses; líquido na categoria B.

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I SÉRIE — NO 81 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 31 DE DEZEMBRO DE 2014 2351

CAPÍTULO II Secção III

Rendimentos empresariais e pro�ssionais


Apuramento do rendimento colectável
Subsecção I
Secção I
Regras gerais
Regras gerais
Artigo 28º
Artigo 25º
Regras de determinação dos rendimentos empresariais
Valores �xados em moeda diversa do escudo e pro�ssionais

1. A equivalência em escudos de rendimentos ou en- 1. O rendimento da categoria B é tributado de acordo


cargos expressos em moeda sem curso legal em Cabo com um dos seguintes regimes:
Verde é determinada pela respectiva cotação o�cial,
aplicando-se o câmbio de compra à data em que sejam a) Regime simpli�cado para micro e pequenas em-
pagos ou colocados à disposição ou, na impossibilidade presas;
de o comprovar, o câmbio de compra a 31 de Dezembro
b) Regime de contabilidade organizada.
do ano a que respeitem.
2. O rendimento resultante de actos isolados da cate-
2. Quando a determinação do rendimento colectável
goria B, tal como de�nido no artigo 7º, é tributado pelo
se faça com base na contabilidade, seguem-se as regras
seu valor bruto, sem qualquer dedução.
legais a esta aplicáveis.
Subsecção II
Artigo 26º
Regime simpli�cado para micro e pequenas empresas
Rendimentos em espécie
Artigo 29º
A equivalência em escudos dos rendimentos em espécie
Âmbito de aplicação
faz-se de acordo com as seguintes regras, de aplicação
sucessiva: 1. O regime simpli�cado para micro e pequenas em-
presas é de�nido pela lei que aprova o regime jurídico
a) Pelo preço �xado administrativamente;
especial das micro e pequenas empresas e aplica-se aos
1 952000 001245

b) Pela cotação o�cial de compra; sujeitos passivos que nele se enquadrem e que por ele
optem nos termos dessa lei.
c) Pelo valor de mercado, em condições de concorrência.
2. A transição entre o regime simpli�cado para micro
Secção II
e pequenas empresas e o regime de contabilidade orga-
Regras de determinação dos rendimentos do trabalho depen- nizada faz-se nos termos e condições previstos no Código
dente e pensões do IRPC.
Artigo 27º 3. Ficam excluídos do regime simpli�cado para micro e
Regras de determinação pequenas empresas os sócios ou membros das entidades
abrangidas pelo disposto no artigo 9º do Código do IRPC
1. O rendimento da categoria A é tributado mediante e os que desenvolvam as suas actividades em território
aplicação das taxas liberatórias previstas no artigo 46º, nacional através de estabelecimento estável.
estando sujeito a englobamento meramente facultativo.
Artigo 30º
2. Em caso de englobamento, o rendimento bruto da Modo de aplicação
categoria A �ca sujeito às seguintes deduções especí�cas,
por cada titular que o tenha auferido, até à respectiva 1. Os sujeitos passivos abrangidos pelo regime simpli-
concorrência: �cado para micro e pequenas empresas são tributados
através da realização dos pagamentos previstos no artigo
a) Quotizações obrigatórias pagas pelo trabalhador 73º, cuja soma perfaz a colecta do Tributo Especial Uni-
dependente às Instituições de Previdência �cado previsto na legislação especial.
Social;
2. Os rendimentos abrangidos pelo regime simpli�cado
b) Quotizações sindicais pagas por trabalhadores estão excluídos de englobamento.
dependentes;
Subsecção III
c) Indemnizações pagas pelo trabalhador depen- Regime de contabilidade organizada
dente à sua entidade patronal por rescisão
unilateral do contrato individual de trabalho Artigo 31º
sem aviso prévio, em resultado de sentença Âmbito de aplicação
judicial ou de acordo judicialmente homologado,
ou, nos restantes casos, a indemnização de 1. O regime de contabilidade organizada aplica-se aos
valor não superior à remuneração de base sujeitos passivos que não preencham os pressupostos do
correspondente ao montante aplicável no mo- regime simpli�cado para micro e pequenas empresas ou
mento do aviso prévio. que por ele não optem nos termos da legislação especial.

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2352 I SÉRIE — NO 81 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 31 DE DEZEMBRO DE 2014

2. A determinação do rendimento colectável da categoria B transmissão da totalidade do património afecto ao exer-


dos sujeitos passivos não abrangidos pelo regime sim- cício de uma actividade empresarial e pro�ssional por
pli�cado é feita com base na respectiva contabilidade e pessoa singular, desde que, cumulativamente, sejam
segue o regime estabelecido no Código do IRPC, com as observadas as seguintes condições:
adaptações resultantes deste Código.
a) A entidade para a qual é transmitido o património
3. Os rendimentos abrangidos pelo regime de contabili- seja uma sociedade e tenha a sua sede e direcção
dade organizada estão sujeitos a englobamento obrigatório, efectiva em território nacional;
havendo lugar a declaração anual nos termos gerais.
b) A pessoa singular transmitente �que a deter
Artigo 32º pelo menos 50% do capital da sociedade e a
actividade exercida por esta seja substancial-
Delimitação do património empresarial
mente idêntica à que era exercida a título in-
Na determinação do rendimento apenas são considera- dividual;
dos rendimentos e gastos os relativos a bens e direitos que c) Os elementos activos e passivos objecto da trans-
façam parte do activo da empresa individual do sujeito missão sejam tidos em conta para efeitos des-
passivo ou que estejam afectos às actividades empresa- ta com os valores por que estavam registados
riais e pro�ssionais por ele desenvolvidas. na contabilidade ou nos livros de escrita da
Artigo 33º pessoa singular.

Encargos não dedutíveis 2. As partes de capital recebidas em contrapartida


da transmissão devem ser valorizadas, para efeito de
1. Para além das limitações previstas no Código do tributação dos ganhos ou perdas relativos à sua ulterior
IRPC, não são dedutíveis para efeitos de determinação transmissão, pelo valor líquido correspondente aos ele-
do rendimento da Categoria B, mesmo quando contabi- mentos do activo e do passivo transferidos, valorizados
lizados como gastos ou perdas do exercício as despesas nos termos do código do IRPC.
de deslocações, viagens e estadas do sujeito passivo ou
membro do seu agregado familiar, que com ele trabalham, 3. Os ganhos resultantes da transmissão onerosa,
na parte que exceder, no seu conjunto, 10% do total dos qualquer que seja o seu título, e das partes de capital
recebidas em contrapartida da transmissão referida no
1 952000 001245

proveitos contabilizados, respeitantes à categoria B,


sujeitos e não isentos deste imposto. número 1 são considerados, antes de decorridos 5 anos
a contar da data desta, como rendimentos empresariais
2. Quando o sujeito passivo afecte à sua actividade em- e pro�ssionais.
presarial e pro�ssional parte do imóvel destinado à sua Secção IV
habitação, os encargos com ele conexos, designadamente
Rendimentos prediais
amortizações, juros, rendas, energia, água ou teleco-
municações, são dedutíveis apenas em 50% (cinquenta Artigo 36º
porcento) do respectivo valor. Regras de determinação dos rendimentos prediais

3. Quando o sujeito passivo exerça a sua actividade em 1. O rendimento da categoria C é tributado através
conjunto com outros pro�ssionais, os encargos dedutíveis de englobamento obrigatório, �cando sujeito à dedução,
são rateados em função da respectiva utilização dos até 30% (trinta porcento) do valor do rendimento, das
serviços ou meios de trabalho ou, na falta de elementos despesas de manutenção e conservação suportadas pelo
que o permitam, na proporção dos rendimentos brutos. sujeito passivo e documentalmente comprovadas.
4. Não são dedutíveis as remunerações dos titulares 2. Na sublocação, a diferença entre a renda recebida
de rendimentos desta categoria, assim como outras pres- pelo sublocador e a renda paga por este não bene�cia de
tações a título de ajudas de custo, utilização de viatura qualquer dedução.
própria ao serviço da actividade, subsídios de refeição e
Secção V
outras de natureza acessória.
Rendimentos de capitais
Artigo 34º
Artigo 37º
Dedução de prejuízos �scais em caso de sucessão
Regras de determinação dos rendimentos de capitais
Nos casos de sucessão por morte, a dedução de pre- O rendimento da categoria D é tributado pelo seu valor
juízos �scais prevista no artigo 59º do Código do IRPC bruto, sem qualquer dedução, mediante taxa liberatória
só aproveita ao sujeito passivo que suceder àquele que e sem opção de englobamento.
suportou o prejuízo.
Artigo 38º
Artigo 35º
Presunções relativas à Categoria D
Realização do capital social com entrada do património
empresarial 1. Presume-se que os mútuos e aberturas de crédito
referidos no número 2 do artigo 16º são remunerados à
1. Não há lugar ao apuramento de resultado tributável taxa de juro legal, se outra mais elevada não constar do
em virtude da realização de capital social através da título constitutivo ou não houver sido declarada.

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I SÉRIE — NO 81 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 31 DE DEZEMBRO DE 2014 2353

2. À presunção estabelecida no número anterior é Artigo 42.º


aplicável o disposto no número 5 do artigo 16º. Manifestações de fortuna
3. Tratando-se das situações tributáveis nos termos do
1. Em conformidade com as alíneas a) e b) do artigo 95º
número 3 do artigo 14º, o rendimento sujeito a imposto é
do Código Geral Tributário, e para efeitos do artigo 17º, nº 1,
o quantitativo que corresponder, em função da respectiva
alínea e), do presente Código, considera-se rendimento
remuneração, ao período decorrido desde a data do último
tributável em sede da categoria E, o rendimento padrão
vencimento ou da emissão, primeira colocação ou endosso,
apurado nos termos da tabela seguinte:
se ainda não tiver ocorrido qualquer vencimento, até à
data da transmissão dos correspondentes títulos.
Manifestação de fortuna Rendimento padrão
Artigo 39º
Imóveis com valor de aquisição igual 25% do valor de aquisição no
Eliminação da dupla tributação económica ou superior a 15.000.000$00 ano de registo

Estão isentos em 50% do seu valor os rendimentos ob- Automóveis ligeiros de passageiros 50% do valor de aquisição no
com valor de aquisição igual ou su- ano de matrícula
tidos pela participação em capitais próprios de qualquer perior a 5.000.000$00
tipo de entidades, tais como os dividendos e quaisquer
participações nos lucros das sociedades, incluindo os Suprimentos e empréstimos feitos 30% do valor anual
no ano de valor igual ou superior a
adiantamentos por conta de lucros e os apurados na 2500.000$00
liquidação, bem como qualquer outra utilidade recebida
por um sujeito em virtude da sua condição de sócio, ac- 2. Na aplicação da tabela prevista no número anterior
cionista ou associado. tomam-se em consideração:
Secção VI
a) Os bens adquiridos no ano em causa ou nos três
Ganhos patrimoniais anos anteriores pelo sujeito passivo ou qual-
quer elemento do respectivo agregado familiar;
Artigo 40º

Regras de determinação dos ganhos patrimoniais b) Os bens de que frua no ano em causa o sujeito
passivo ou qualquer elemento do respectivo
O rendimento da categoria E é tributado pelo seu valor agregado familiar, adquiridos, nesse ano ou
1 952000 001245

bruto, sem qualquer dedução, mediante taxa liberatória e nos três anos anteriores, por sociedade na
sem opção de englobamento, salvo o disposto no artigo 42º. qual detenham, directa ou indirectamente,
Artigo 41º participação maioritária, ou por entidade re-
sidente ou não residente sujeita a regime �s-
Valor de alienação dos elementos patrimoniais
cal privilegiado ou cujo regime não permita
1. Os ganhos patrimoniais previstos nas alíneas a) a d) identi�car o titular respectivo;
do nº 1 do artigo 17º, são tributáveis em função do valor
c) Os suprimentos e empréstimos efetuados pelo
de alienação dos bens ou direitos em causa, considerando-
sócio à sociedade, no ano em causa ou por
se como tal:
qualquer elemento do seu agregado familiar.
a) No caso de troca, o valor atribuído no contrato
aos bens ou direitos recebidos, ou o valor de 3. Veri�cadas as situações previstas no número 1 deste
mercado, quando aquele não exista ou este artigo, cabe ao sujeito passivo a comprovação de que
for superior, acrescidos ou diminuídos, um ou correspondem à realidade os rendimentos declarados
outro, da importância em dinheiro a receber e de que é outra a fonte das manifestações de fortuna.
ou a pagar;
4. O rendimento determinado nos termos do presente
b) No caso de expropriação, o valor da indemnização; artigo está sujeito à taxa de imposto, prevista no artigo 45º.

c) No caso de afectação de quaisquer bens do patri- CAPÍTULO III


mónio particular do titular de rendimentos da
categoria B à actividade empresarial e pro�s- Englobamento e cálculo do imposto
sional, o valor de mercado à data da afectação; Artigo 43º
d) Nos demais casos, o valor da respectiva contra- Englobamento
prestação.
1. Estão sujeitos a englobamento meramente faculta-
2. Tratando-se de direitos reais sobre bens imóveis, tivo os rendimentos da categoria A.
devem prevalecer, quando superiores, os valores por que
os bens houverem sido considerados para efeitos de liqui- 2. Estão sujeitos a englobamento obrigatório:
dação de IUP ou, não havendo lugar a esta liquidação,
os que devessem ser, caso fosse devida. a) Os rendimentos da categoria B auferidos por
sujeitos passivos enquadrados no regime de
3. No caso de troca por bens futuros, os valores refe- contabilidade organizada;
ridos na alínea a) do número 1 reportam-se à data da
celebração do contrato. b) Os rendimentos da categoria C.

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2354 I SÉRIE — NO 81 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 31 DE DEZEMBRO DE 2014

3. Estão excluídos de englobamento: Artigo 46º

a) Os rendimentos da categoria B auferidos por Taxas de retenção da categoria A


sujeitos passivos enquadrados no regime sim- 1. Os rendimentos da categoria A estão sujeitos a taxas
pli�cado para micro e pequenas empresas; de retenção na fonte, com carácter progressivo e libera-
b) Os rendimentos da categoria D; tório, nos termos do artigo 70º, sem prejuízo da opção de
englobamento.
c) Os rendimentos da categoria E.
2. Exercida a opção de englobamento pelo sujeito
4. Estão ainda sujeitos a englobamento obrigatório: passivo, as retenções a que se refere o número anterior
a) Os rendimentos auferidos por sujeitos passivos transformam-se em retenções por conta do imposto de-
residentes que tenham origem fora do território vido a �nal.
nacional; Artigo 47º

b) Os rendimentos auferidos por sujeitos passivos Taxa de retenção da categoria B


não residentes com origem em território na- 1. Os rendimentos da categoria B estão sujeitos a taxa
cional aos quais não possam aplicar-se taxas de retenção na fonte de 20%, feita por conta imposto de-
de retenção na fonte. vido a �nal, nos termos e condições do artigo 71º.
5. Sempre que haja lugar a englobamento facultativo de
2. As regras de retenção na fonte para os sujeitos pas-
rendimentos da categoria A, o englobamento estende-se
sivos enquadrados no regime simpli�cado para micro e
a todos os rendimentos desta categoria.
pequenas empresas constam do diploma próprio.
Artigo 44º
Artigo 48º
Cálculo do imposto
Taxa de retenção da categoria C
Em caso de englobamento, o imposto é calculado nos
Os rendimentos da categoria C estão sujeitos a taxa de
seguintes termos:
retenção na fonte de 20%, feita por conta imposto devido
a) Ao rendimento bruto de cada categoria são feitas a �nal, nos termos e condições do artigo 71º.
as deduções especí�cas previstas no Capítulo Artigo 49º
1 952000 001245

II, apurando-se assim o rendimento colectável;


Taxa de retenção da categoria D
b) Ao rendimento colectável é aplicada a taxa de
imposto correspondente prevista no artigo Os rendimentos da categoria D estão sujeitos a taxa
45º, apurando-se assim a colecta; de retenção na fonte de 20%, excepto os das alíneas f),
e j) do artigo 14º cuja taxa é de 10%, todos com carácter
c) À colecta são feitas as deduções previstas no ar- liberatório, sem opção de englobamento, nos termos e
tigo 52º, apurando-se assim o imposto devido. condições do artigo 72º.
CAPÍTULO IV Artigo 50º

Taxas Taxa de retenção da categoria E

Artigo 45º Os rendimentos da categoria E estão sujeitos às seguintes


Taxa de imposto e mínimo de existência taxas de retenção na fonte, com carácter liberatório,
sem opção de englobamento, nos termos e condições do
1. A taxa de imposto aplicável aos rendimentos objecto artigo 72º:
de englobamento e de tributação das manifestações de
fortuna previstas no artigo 42º é de: a) 1% no caso dos rendimentos a que se referem as
alíneas a) a d) do nº 1, do artigo 17º;
a) 16,5% para rendimentos até 960.000$00 (nove-
centos e sessenta mil escudos) anuais; b) 20% no caso dos rendimentos a que se refere o nº 2
do artigo 17º.
b) 23,1% para rendimentos superiores a 960.000$00
Artigo 51º
(novecentos e sessenta mil escudos) e até
1.800.000$00 (um milhão e oitocentos mil es- Taxas de retenção sobre rendimentos de não residentes
cudos) anuais;
Os rendimentos obtidos em território nacional por não
c) 27,5% para rendimentos superiores a 1.800.000$00 residentes, que não sejam imputáveis a estabelecimento
(um milhão e oitocentos mil escudos) anuais. estável nele situado, são tributados nos seguintes termos:
2. Está isento de tributação o rendimento colectável até a) Através da aplicação das taxas de retenção na
ao montante de 220.000$00 (duzentos e vinte mil escudos). fonte referidas nos artigos anteriores, que
revestirão sempre carácter liberatório, e sem
3. A aplicação da taxa prevista no número 1 não preju-
opção de englobamento;
dica a adequação do imposto à condição pessoal e familiar
dos sujeitos passivos, através das deduções previstas no b) Através de declaração e englobamento obrigató-
artigo 52º, bem como da aplicação de taxas progressivas rios, sempre que não possam aplicar-se as ta-
de retenção na fonte, de acordo com o princípio da capa- xas de retenção na fonte referidas nos artigos
cidade contributiva. anteriores.

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I SÉRIE — NO 81 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 31 DE DEZEMBRO DE 2014 2355

CAPÍTULO V 3. À colecta do imposto são ainda dedutíveis 10% das


seguintes despesas, documentalmente comprovadas, com
Deduções à colecta o limite máximo de 12.500$00: (doze mil e quinhentos
Artigo 52º escudos):

Deduções à colecta a) Rendas de habitação ocupada pelo sujeito passivo;


1. As deduções constantes dos artigos 53º a 56º são b) Juros, encargos de dívidas contraídas para me-
dedutíveis à colecta do próprio ano, e até à respectiva lhoramentos, construção ou aquisição de imó-
concorrência, não conferindo direito a reembolso quando veis para habitação própria e permanente do
de valor superior. sujeito passivo;
2. As retenções na fonte feitas por conta do imposto c) Despesas de educação dos sujeitos passivos ou
devido a �nal são dedutíveis à colecta do próprio ano, dos dependentes referidos na alínea b) do n.º 3
conferindo direito a reembolso quando de valor superior. do artigo 19.º, que tenham tido aproveitamento
escolar.
3. Os pagamentos fraccionados previstos no artigo 73º
são dedutíveis à colecta do próprio ano ou dos quatro anos 4. As despesas previstas na alínea a) do número ante-
seguintes, conferindo o direito a crédito �scal quando de rior são comprovadas por recibos de renda e pelo contrato
valor superior. de arrendamento ou por termo declarativo da repartição
de �nanças em que se identi�que o prédio arrendado, o
4. Sem prejuízo do disposto no número anterior, o
nome do senhorio e o valor anual da renda.
crédito �scal pode ser utilizado nos pagamentos frac-
cionados nos períodos seguintes da tributação até a sua Artigo 55º
concorrência, assegurando sempre o pagamento mínimo
Benefícios �scais
do imposto nos termos do Código IRPC.

5. As deduções à colecta efectuam-se pela ordem dos À colecta do imposto são dedutíveis os benefícios �scais
números anteriores. previstos no Código dos Benefícios Fiscais, com o limite
máximo de 20.000$00 (vinte mil escudos).
Artigo 53º
1 952000 001245

Artigo 56º
Deduções familiares
Dupla tributação internacional
À colecta do imposto é deduzido o valor de 5.000$00
(cinco mil escudos) por cada uma das seguintes pessoas, Os titulares de rendimentos obtidos no estrangeiro
com o máximo de 25.000$00 (vinte e cinco mil escudos): têm direito a um crédito de imposto por dupla tributação
internacional, que corresponde à menor das seguintes
a) Dependentes que não sejam sujeitos passivos importâncias:
deste imposto;
a) Imposto sobre o rendimento pago no estrangeiro;
b) Pessoas declaradas em estado de invalidez per-
manente que vivam em situação de depen- b) Fracção da colecta de IRPS calculada antes da
dência económica do sujeito passivo; dedução, correspondente aos rendimentos
que no país em causa possam ser tributados,
c) Ascendentes que vivam efectivamente em comu- líquidos das deduções previstas neste Código.
nhão de habitação com o sujeito passivo e não
au�ram rendimento superior à pensão social. CAPÍTULO VI
Artigo 54º Declaração anual de rendimentos
Deduções pessoais Artigo 57º

1. À colecta do imposto são dedutíveis 10% das seguintes Obrigação e dispensa de apresentação de declaração
importâncias, documentalmente comprovadas e não
reembolsadas, com o limite máximo de 25.000$00 (vinte 1. Estão obrigados a apresentar declaração anual de
e cinco mil escudos): rendimentos os sujeitos passivos titulares de rendimentos
objecto de englobamento obrigatório ou que os englobem
a) Despesas de saúde do sujeito passivo e do seu por opção própria.
agregado familiar, tituladas por receita médica;
2. A declaração anual de rendimentos é apresentada
b) Pensões de alimentos a que o sujeito passivo es- no ano seguinte àquele a que os rendimentos respeitam,
teja obrigado por decisão judicial ou por acordo nos seguintes prazos:
homologado nos termos da lei civil.
a) Até ao �nal do mês de Março, quando os sujeitos
2. Apenas são consideradas dedutíveis as despesas de passivos apenas au�ram rendimentos da ca-
saúde realizadas no estrangeiro que respeitem a despesas tegoria A;
médicas propriamente ditas, do sujeito passivo ou do
seu agregado. b) Até ao �nal do mês de Maio, nos restantes casos.

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3. A declaração anual de rendimentos é ainda apre- 2. A liquidação, ainda que adicional, só pode efectuar-se
sentada nos trinta dias subsequentes à ocorrência de dentro do prazo de caducidade previsto no Código Geral
qualquer facto que determine alteração de rendimentos Tributário, sendo que em caso de reporte de resultado
já declarados ou que implique, relativamente a anos líquido negativo o prazo de caducidade corresponde ao
anteriores, a obrigação de os declarar. prazo de exercício desse direito.
4. Os sujeitos passivos que apenas procedam ao englo- Artigo 62º
bamento de rendimentos da categoria B, enquadrados no
Autoliquidação
regime de contabilidade organizada, entregam a sua de-
claração anual de rendimentos por via electrónica acom- 1. Os sujeitos passivos que nos termos do número 4
panhada dos documentos referidos no Código do IRPC. do artigo 57.º estejam obrigados à entrega da declaração
Artigo 58º anual de rendimentos por via electrónica procedem à
Contitularidade, rendimentos litigiosos e falecimento do titular liquidação do imposto na própria declaração.

1. Em caso de contitularidade de rendimentos da 2. O imposto apurado por retenção na fonte, bem como
categoria B, incumbe ao co-titular a quem pertença a os pagamentos fraccionados, são objecto de autoliquidação
respectiva administração apresentar na sua declaração pelos sujeitos passivos ou pelos respectivos substitutos
de rendimentos a totalidade dos elementos contabilísticos tributários, a realizar nos prazos estabelecidos nos ar-
exigidos para o apuramento do rendimento colectável, tigos 69º a 73º.
nela identi�cando os restantes co-titulares e a parte que
Artigo 63º
lhes couber.
Liquidação o�ciosa e liquidação adicional
2. Sempre que a determinação do titular ou do valor
dos rendimentos dependa de decisão judicial, o engloba- A liquidação o�ciosa e a liquidação adicional concreti-
mento só se faz depois de transitada em julgado aquela zam-se nos termos do Código Geral Tributário.
decisão, e efectua-se na declaração de rendimentos do
ano em que transite. Artigo 64º

3. Quando ocorra o falecimento de qualquer pes- Juros


soa, os rendimentos relativos aos bens transmitidos e
1 952000 001245

correspondentes ao período posterior à data do óbito O cômputo de juros compensatórios, indemnizatórios


serão considerados, a partir de então, nas declarações a ou de mora é feito nos termos do Código Geral Tributário.
efectuar em nome das pessoas que os passem a auferir, Artigo 65º
procedendo-se, na falta de partilha até ao �m do ano
a que os rendimentos respeitam, à sua imputação aos Limite mínimo para cobrança ou reembolso
sucessores e ao cônjuge sobrevivo, segundo a sua quota Não há lugar a cobrança ou reembolso quando a im-
ideal nos bens. portância a cobrar ou restituir seja inferior a 1.000$00
Artigo 59º (mil escudos).
Métodos de determinação do rendimento colectável
Artigo 66º
1. O rendimento colectável determina-se directamente
Restituição o�ciosa do imposto
com base na declaração anual de rendimentos, sempre
que a esta haja lugar nos termos do presente Código. 1. A diferença entre o imposto devido a �nal e o que
2. O rendimento colectável determina-se indirectamente tiver sido entregue nos cofres do Estado em resultado de
com base em todos os elementos de que a Administração retenção na fonte, favorável ao sujeito passivo, deve ser
Fiscal disponha, quando não seja apresentada a decla- restituída até ao �m do terceiro mês seguinte ao termo
ração anual de rendimentos ou quando se veri�quem os do prazo previsto no número 1 do artigo seguinte.
pressupostos para a �xação da matéria colectável por
2. Quando, por motivos imputáveis aos serviços, não
métodos indirectos previstos no Código Geral Tributário.
seja cumprido o prazo previsto no número anterior, são
Artigo 60º devidos juros indemnizatórios nos termos do Código
Competência Geral Tributário.
A competência para a prática dos actos previstos nos CAPÍTULO VIII
artigos 61º e 63º cabe à repartição de �nanças competente.
Pagamento
CAPÍTULO VII
Secção I
Liquidação
Artigo 61º Regras gerais

Regra geral Artigo 67º

1. A liquidação do imposto apurado com base em de- Pagamento do imposto


claração compete à Administração Fiscal, sendo feita
até 31 de Agosto do ano seguinte àquele a que respeite 1. Sempre que os serviços procedam à liquidação do
o rendimento. imposto nos termos do artigo 61º, o sujeito passivo é

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noti�cado para pagar o imposto no prazo de trinta dias 3. As retenções na fonte sobre os rendimentos da
a contar da data da noti�cação, acrescido dos juros com- categoria A têm carácter liberatório e progressivo,
pensatórios a que haja lugar. transformando-se em retenções por conta do imposto
devido a �nal, sempre que o sujeito passivo opte pelo en-
2. A falta de pagamento atempado determina a liqui- globamento, e são objecto de regulamentação especí�ca.
dação de juros de mora e a cobrança coerciva, nos termos
do Código Geral Tributário e do Código das Execuções 4. A fórmula de retenção na fonte para trabalhador
Tributárias. dependente é:
Artigo 68º
�0,15R m � 5.500 para R m � 80.000 ECV
Entrega de retenções na fonte e de pagamentos fraccionados �
I R � �0,21R m � 10.300 para 80.000 � R m � 150.000 ECV
Nos casos de retenção na fonte e de pagamentos frac- �0,25R � 16.300 para R � 150.000 ECV
cionados em falta, a Administração Fiscal procede à � m m

liquidação o�ciosa ou adicional, nos termos do Código Geral


IR o
Tributário, sem prejuízo do procedimento de contra- Sendo o valor da Retenção na Fonte
ordenação ou criminal a que haja lugar.
R m o rendimento bruto mensal
Secção II
Retenções na fonte e pagamentos fraccionados 5. A fórmula de retenção na fonte para os pensionistas
Artigo 69º é a mesma fórmula de�nida no número 4 traduzida em:
Regras gerais de retenção na fonte
960.000
R m � R PENSIONISTA �
1. As entidades devedoras dos rendimentos, ou aquelas 12
que intervenham nas operações que a estes dão origem, Sendo que R PENSIONISTA é o rendimento bruto mensal do pensionista.
conforme o caso, estão obrigadas, no acto do pagamento,
vencimento, colocação à disposição, liquidação ou apura- 6. Para os casados, calcula-se cada imposto de forma
mento, a deduzir-lhes as importâncias correspondentes individual, por aplicação da respectiva formula ou pela
às taxas de retenção na fonte aplicáveis e a entregar o tabela de retenção, e a retenção �nal corresponde à
imposto retido até ao 15º dia do mês seguinte nos termos soma das retenções individuais feitas anteriormente,
1 952000 001245

do presente Código e de legislação especí�ca. nos termos da alínea g) do nº 1 do artigo 5º do Código


Geral Tributário.
2. Sempre que se veri�quem incorrecções nos mon-
tantes retidos devidas a erros imputáveis à entidade 7. A retenção na fonte ocorre a partir de rendimentos
devedora dos rendimentos, e caso estes tenham carácter anuais de 420.000$00 (quatrocentos e vinte escudos).
continuado, deve a sua recti�cação ser feita na primeira
retenção após a detecção do erro, sem porém, ultrapassar 8. Se da aplicação da fórmula de retenção, resultar va-
o último período de retenção anual, e sem prejuízo dos lor inferior a 100.000$00 (cem mil escudos), considera-se
juros compensatórios devidos. devido este montante.
3. As entidades devedoras de rendimentos a não
9. Os subsídios de férias, de Natal e os prémios de pro-
residentes sujeitos a retenção na fonte, ou quaisquer
dutividade são objecto de retenção autónoma, não sendo
outras entidades, não podem realizar nem autorizar a
adicionados ao rendimento dos meses em que são pagos
sua transferência para o estrangeiro, sem que se mostre
ou colocados à disposição.
pago ou assegurado o imposto que for devido, sob pena
de sanção penal. 10. Quando os rendimentos mencionados no número
Artigo 70º anterior forem pagos fraccionadamente, reter-se-á, em
Retenção sobre rendimentos da categoria A cada pagamento, a parte proporcional do imposto calcu-
lado nos termos do número anterior para o total daqueles
1. Os rendimentos da categoria A obtidos em território subsídios.
nacional estão sujeitos a retenção na fonte por parte das
entidades que os paguem ou coloquem à disposição dos Artigo 71º
seus titulares.
Retenção sobre rendimentos das categorias B e C
2. As entidades devedoras e os titulares de rendimentos
da categoria A residentes em território nacional, são 1. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, estão
obrigados, respectivamente: sujeitos a retenção na fonte os rendimentos da categoria B
relativos à prestação de serviços e os rendimentos da
a) A solicitar ao sujeito passivo os dados pessoais
categoria C, obtidos em território nacional, quando pagos
necessários à retenção na fonte, no início do
ou colocados à disposição por entidades que disponham
exercício de funções ou antes de ser efectuado
ou devam dispor de contabilidade organizada.
o primeiro pagamento ou colocação à disposição
dos rendimentos; 2. As retenções na fonte sobre os rendimentos da cate-
b) A prestar a informação a que se refere a alínea goria B aplicam-se aos sujeitos passivos abrangidos pelo
anterior, em declaração destinada à entidade regime de contabilidade organizada, revestindo a natu-
patronal e à Administração Fiscal. reza de pagamento por conta do imposto devido a �nal.

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Artigo 72º c) A declaração de alteração, no prazo de 15 (quinze)
dias a contar da data da alteração ocorrida;
Retenções sobre rendimentos das categorias D e E
d) A declaração de cessação de actividade, nos 30
Os rendimentos das categorias D e E obtidos em ter-
(trinta) dias a seguir ao facto que determina a
ritório nacional estão sujeitos a retenção na fonte, com
cessação, aplicando-se para o efeito o conceito de
carácter liberatório, pelas entidades que os paguem ou
cessão de actividade previsto no Código do IRPC.
coloquem à disposição, ou pelas entidades que interve-
nham nas operações que aos mesmos dêem origem. Artigo 75º

Artigo 73º Forma de apresentação das declarações

Pagamentos fraccionados A apresentação das declarações previstas neste Código


é efectuada através dos meios disponibilizados no sistema
Os sujeitos passivos residentes ou não residentes de transmissão electrónica de dados, em termos a regu-
com estabelecimento estável titulares de rendimentos lamentar, ou, na sua falta junto de qualquer repartição
da categoria B estão obrigados a efectuar pagamentos de �nanças.
fraccionados, nos termos do Código do IRPC.
Artigo 76º
CAPÍTULO IX
Emissão de recibos e facturas
Obrigações acessórias
1. Os titulares dos rendimentos da categoria B en-
Artigo 74º quadrados no regime de contabilidade organizada são
obrigados:
Obrigações declarativas dos sujeitos passivos
a) A passar recibo, em impresso aprovado o�cialmente,
1. Os sujeitos passivos, residentes ou não residentes de todas as importâncias recebidas dos seus
com estabelecimento estável em território nacional, clientes, ainda que a título de provisão, adian-
estão obrigados à apresentação de declaração anual de tamento ou reembolso de despesas, em virtude
rendimentos, nos termos, prazo e condições estabelecidos
1 952000 001245

das operações referidas no artigo 7º.


no artigo 57º.
b) A emitir factura ou documento equivalente em
2. Os sujeitos passivos, residentes ou não residentes virtude das operações referidas no artigo 7º,
com estabelecimento estável em território nacional, ti- nos termos estabelecidos pelo Regulamento
tulares de rendimentos da categoria B estão obrigados da Factura.
ainda à apresentação das seguintes declarações:
2. As pessoas que paguem os rendimentos previstos
a) Declaração de início de actividade susceptível de no artigo 7º, são obrigadas a exigir os respectivos recibos
produzir rendimentos da categoria B; e facturas e a conservá-los durante os cinco anos civis
subsequentes.
b) Declaração de informação contabilística e �scal
relativa ao ano anterior, no caso de sujeitos Artigo 77º
passivos com rendimentos da categoria B com
contabilidade organizada; Obrigações contabilísticas, de escrituração e arquivo

c) Declaração de alteração sempre que se veri�que 1. Os sujeitos passivos com rendimentos da categoria B
alteração de qualquer dos elementos constantes enquadrados no regime de contabilidade organizada
da declaração de início de actividade; estão obrigados a organizá-la nos termos gerais da lei e
de acordo com o Código do IRPC, de modo a permitir o
d) Declaração de cessação de actividade, sempre controlo do lucro tributável.
que esta termine.
2. Os sujeitos passivos enquadrados no regime de
3. As declarações a que se refere o número anterior são contabilidade organizada são obrigados a centralizar a
apresentadas nos seguintes prazos: contabilidade, escrituração dos seus livros e documentação
com ela relacionada no seu domicílio �scal, incluindo o
a) A declaração de início de actividade, antes do de estabelecimento estável ou instalação situados em
inicio de qualquer actividade susceptível de território nacional, devendo neste último caso indicar,
produzir rendimentos da categoria B, não se na declaração de registo ou na declaração anual de ren-
considerando veri�cado esse início com a prá- dimentos, a sua localização, devendo conservá-los em boa
tica de actos preparatórios impostos por lei ou ordem, durante os cinco anos civis subsequentes.
de uso corrente;
3. Os sujeitos passivos enquadrados no regime simpli-
b) A declaração de informação contabilística e �scal, �cado estão obrigados a terem os documentos de registos
até ao �nal do mês de Setembro do ano seguinte previstos no diploma próprio, devendo conservá-los em boa
àquele a que os rendimentos respeitam; ordem, durante o período previsto no número anterior.

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Artigo 78º Artigo 82º

Comunicação de rendimentos e retenções Obrigação de comprovar os elementos das declarações

As entidades obrigadas a efectuar retenção na fonte


estão obrigadas a: 1. Os sujeitos passivos devem apresentar os docu-
mentos comprovativos dos rendimentos auferidos, das
a) Possuir registo actualizado das pessoas credoras despesas dedutíveis e de outros factos mencionados na
desses rendimentos, ainda que não tenha havido declaração anual de rendimentos ou sempre que a Ad-
lugar a retenção do imposto, do qual constem ministração Fiscal o solicite.
o nome, número �scal e respectivo código, bem
como a data e valor de cada pagamento; 2. A falta de entrega dos documentos comprovativos
de despesas e encargos dedutíveis no prazo �xado pela
b) Entregar aos sujeitos passivos residentes, até
Administração Fiscal determina a sua não consideração.
�nal de Janeiro, documento comprovativo
das importâncias devidas no ano anterior do Artigo 83º
imposto retido na fonte e das deduções a que
eventualmente haja lugar; Representantes

c) Entregar à Administração Fiscal declaração re-


Os sujeitos passivos não residentes que obtenham
lativa àqueles rendimentos, que fará parte
rendimentos sujeitos a englobamento, bem como os que,
integrante da declaração a que se refere alí-
embora residentes em território nacional, se ausentem
nea anterior.
deste por um período superior a seis meses devem,
d) Entregar à Administração Fiscal cópia da de- para efeitos tributários, designar uma pessoa singular
cisão judicial ou acordo entre as partes, ho- ou colectiva com residência em Cabo Verde para os
mologado pela entidade competente que fun- representar perante a Administração Fiscal e garantir
damente a isenção de indemnização paga ao o cumprimento dos seus deveres �scais, nos termos do
trabalhador. Código Geral Tributário.
Artigo 79º
CAPÍTULO X
Notários, conservadores e o�ciais de justiça
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Os notários, conservadores e o�ciais de justiça estão Disposições �nais


obrigados a enviar à Administração Fiscal, até �nal do Artigo 84º
mês de Fevereiro, relação dos actos praticados nos seus
cartórios e conservatórias e das decisões transitadas em Ano �scal
julgado no ano civil anterior dos processos a seu cargo,
que sejam susceptíveis de produzir rendimentos sujeitos Para efeitos do IRPS, o ano �scal coincide com o ano
a IRPS, mediante suporte informático. civil.
Artigo 80º
Artigo 85º
Instituições de crédito
Registo dos sujeitos passivos
As instituições de crédito deverão entregar aos sujeitos
passivos, até �nal do mês de Janeiro, documento com-
1. Com base nas declarações anuais de rendimentos,
provativo de juros e outros encargos, pagos por aqueles
de início de actividade ou de outros elementos de que
no ano anterior e que possam ser deduzidos à colecta do
disponha, a Administração Fiscal deve organizar e man-
IRPS, nos casos previstos neste Código.
terá actualizado um registo de sujeitos passivos de IRPS.
Artigo 81º

Sociedades corretoras e sociedades �nanceiras de corretagem 2. Sempre que ocorra qualquer alteração relativa à
situação pessoal ou familiar do sujeito passivo de IRPS,
Sem prejuízo do disposto em legislação especí�ca, deve esta ser comunicada:
as sociedades corretoras, as sociedades �nanceiras de
corretagem e outras instituições �nanceiras comunicam a) Na declaração de rendimentos respeitante ao
por via electrónica à Administração Fiscal, até �nal de ano da veri�cação dos factos;
Fevereiro, relativamente a cada sujeito passivo:
b) Em declaração de modelo o�cial a apresentar
a) O número total de acções e outros valores mobi-
durante o mês de Janeiro do ano seguinte
liários alienados com a sua intervenção, bem
àquela veri�cação, caso o sujeito passivo não
como o respectivo valor;
esteja obrigado à apresentação da declaração
b) O número de contratos de instrumentos �nan- anual de rendimentos.
ceiros derivados, bem como o respectivo valor,
adquiridos ou vendidos com a sua intervenção Aprovado em 26 de Novembro de 2014
e, bem assim, aqueles em que se veri�quem
situações de vencimento, exercício ou outras O Presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso
formas de extinção do contrato. Ramos

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