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(ESCIDE)
(ESCIDE)
Autora:
Supervisor:
Eu, Elisa Luís Artur declaro por minha honra que esta monografia nunca foi
apresentada, parcial ou integralmente, em nenhuma instituição para obtenção de
qualquer grau académico e que constitui o resultado da minha investigação pessoal,
estando indicadas no texto e nas referências bibliográficas as fontes utilizadas
A Candidata
_________________________________
i
DEDICATÓRIA
Dedico em primeiro lugar aos meus pais por sempre terem batalhado para que eu
progredisse, independentemente dos obstáculos.
Ao meu parceiro pelo apoio incondicional e suporte sempre que precisei, a sua
existência torna a minha vida mais real, a razão mais forte da vida.
ii
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, pois sem ele nada disso teria sentido ou valor. Que me fortaleceu
em todos os momentos, desde o início desta caminhada me dando sabedoria, para que
hoje nesse grande dia, eu pudesse ter a oportunidade de mostrar tudo o que sei. Aos
meus pais Luís Artur e Jacinta António pelo amor, incentivo, apoio, educação e valores
que me passaram e que levarei por toda a minha vida. Amo muito vocês!
Agradeço ao meu orientador Prof. Doutor Jorge Michel Ruiz Cañizares a confiança que
depositou nas minhas dúvidas, inseguranças e reflexão crítica. Agradeço a magnitude
da sua presença nos momentos mais difíceis vividos no processo deste trabalho.
Agradeço o olhar lúcido, rigoroso, exigente e de questionamento atento com que me
indicou novos caminhos de explicabilidade que me fizeram aceder à construção de
uma progressiva compreensão inteligível.
Por fim, agradeço a todos os que ao longo do tempo tive a oportunidade de conhecer e
me relacionar. Destaco e relembro com alegria, aqueles com quem construí uma sólida
amizade.
iii
RESUMO
iv
ABSTRACT
The present work is developed around the Process of Management and Maintenance of
Sports Facilities in Public High Schools. In order to research this topic, we have had a
previous bibliographic study of the national and international scope on the subject. The
objectives were: general: Analyze the Management of Maintenance of Sports Facilities
in Public High Schools in the Municipality of Matola and the specifics Analyze the
Performance of the Sports Sector in the Process of Management of Maintenance of
Sports Facilities in Schools and Evaluate the Management of Sports Facilities in
Schools In the Municipality of Matola. The research was qualitative, and data analysis
was with the use of SPSS and Excel computer programs. This research had as target
group those responsible for the management of sports facilities in schools, in this case
physical education teachers and students. We find that all sporting facilities analyzed
are classified as Basic Formative sports facilities, in which the type of roof is discovered,
that is, they have minimal or large deficiencies, which is aggravated by the lack of
preventive maintenance. There is greater availability of infrastructures for soccer and
basketball than for other modalities and there is almost no infrastructure for athletics
although it is one of the priority modalities of the country. Since sport is a social practice
that is becoming more widespread in the world, becoming one of the most important
social phenomena today and is directly inserted in the life of the citizen, where its
benefits in terms of improving the quality of life and well- being of the population are
increasingly recognized. In this perspective, we also note that the constructions of the
school facilities / equipment in the last decades have not yet been resolved in a
significant way in the different schools, where the schools do not have specific facilities
for various types of physical and sports activities are very old presenting a high state of
degradation.
Índice
v
DECLARAÇÃO DE HONRA...............................................................................................i
DEDICATÓRIA...................................................................................................................ii
AGRADECIMENTOS........................................................................................................iii
RESUMO...........................................................................................................................iv
ABSTRACT........................................................................................................................v
LISTA DE ABREVIATURAS............................................................................................vii
ÍNDICE DE GRÁFICOS...................................................................................................viii
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................................1
1.1. PROBLEMATIZAÇÃO................................................................................................3
1.2. OBJECTIVOS:............................................................................................................3
1.2.1. Objectivo geral.........................................................................................................3
1.2.2. Objectivos específicos.............................................................................................3
1.3. Perguntas de pesquisa...............................................................................................4
1.4. ÁREA DE ESTUDO....................................................................................................4
1.5. JUSTIFICATIVA..........................................................................................................5
1.6. ESTRUTURA DO TRABALHO...................................................................................6
2. GESTÃO DESPORTIVA NO PROCESSO DE MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES
DESPORTIVAS NAS ESCOLAS.......................................................................................8
2.1. GESTÃO DESPORTIVA............................................................................................8
2.2. INSTALAÇÃO DESPORTIVA...................................................................................11
3. GESTÃO E MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS..........................18
3.1. GESTÃO E MANUTENÇÃO.....................................................................................18
3.1.1 Tipologia de Gestão de Manutenção das Instalações Desportivas.......................20
3. 2 GESTÃO DE INSTALAÇÃO DESPORTIVA............................................................22
3.3.1. Tipologia de Gestão de Instalação Desportiva.....................................................24
3.4. GESTÃO DE INSTALAÇÃO DESPORTIVA EM MOÇAMBIQUE............................29
3.5. GESTÃO DE INSTALAÇÕES DESPORTIVAS NAS ESCOLAS.............................30
3.6. IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DESPORTIVA NAS ESCOLAS...............................32
4. METODOLOGIA..........................................................................................................33
4.1. ABORDAGEM DE ESTUDO....................................................................................33
vi
4.2. POPULAÇÃO ALVO E AMOSTRAGEM..................................................................33
4.3. TÉCNICAS DA PESQUISA......................................................................................35
4.4. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DO ESTUDO........................................................36
4.5. PROCESSAMENTO DOS DADOS..........................................................................37
4.6. LIMITAÇÕES DO ESTUDO.....................................................................................38
4.7. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DA MATOLA................................................38
4.7.1. Localização e principais características................................................................38
4.7.2. Aspectos sociais de desenvolvimento do Município da Matola............................39
4.8. RESULTADOS DE PESQUISA................................................................................41
4.8.1 Classificação das Instalações Desportivas existentes nas Escolas......................41
4.8.2. Quanto ao Tipo......................................................................................................41
4.8.3. Quanto ao Sector...................................................................................................43
4.8.4. Quanto a Cobertura...............................................................................................44
4.8.5. Quanto a Modalidade............................................................................................45
4.8.6 Qualidade e uso das Instalações Desportivas.......................................................47
4.8.7 A Conservação das Instalações Desportivas.........................................................54
4.8.8. Gestão das Instalações Desportivas nas Escolas Públicas.................................61
5. CONCLUSÕES............................................................................................................66
5.1. RECOMENDAÇÕES................................................................................................67
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.................................................................................68
Apêndices........................................................................................................................73
vii
LISTA DE ABREVIATURAS
MM Município da Matola
ÍNDICE DE GRÁFICOS
viii
No de Descrição Página
Item
GRÁFICOS
Gráfico 1 Resultado do inquérito sobre tipo das instalações existentes 41
nas escolas
Gráfico 2 Resultado do inquérito sobre as Actividades desportivas 45
praticadas nas escolas
Gráfico 3 Resultado do inquérito sobre as condições para a prática das 47
actividades desportivas nas escolas
Gráfico 4 Resultado do inquérito sobre avaliação da qualidade das 50
instalações desportivas nas escolas
Gráfico 5 Resultado do inquérito sobre avaliação do uso das instalações 52
desportivas
Gráfico 6 Resultado do inquérito sobre avaliação da conservação das 54
instalações desportivas nas escolas
Gráfico 7 Resultado do inquérito sobre existência de programa para 57
conservação das instalações desportivas nas escolas
Gráfico 8 Resultados do inquérito sobre o nível de conservação das 59
instalações desportivas
Gráfico 9 Resultados do inquérito sobre a gestão e manutenção das 62
instalações desportivas
Gráfico10 Resultados do inquérito sobre a responsabilidade pela 64
manutenção das instalações desportivas
ix
1. INTRODUÇÃO
É na mesma senda, que autores como Da Costa (2005) afirmam que a prática
desportiva necessita de lugares apropriados criados de acordo com os princípios,
regras e aspirações desportivas e designou a esses lugares de Instalações
desportivas. Assim, Cunha (2007) concebe as instalações desportivas como sendo
locais específicos para a prática de exercícios físicos, que assume um lugar na
sociedade ao proporcionar uma utilidade a população de um determinado local, bem
como a implementação da sua estrutura física num determinado território. Associando-
se as ideias de Constantino (1999) as instalações desportivas são indispensáveis para
o desenvolvimento desportivo e devem atender as necessidades da comunidade, isto
é, instalações são uma questão nuclear na intervenção dos materiais de
desenvolvimento desportivo local.
1
Assembleia da República de Moçambique. (2004). Constituição da República de Moçambique de 22 de
Dezembro de 2004. Publicada no Boletim da República, 1.ª Série, n.º 51, 1 – 97.
desportivas aos professores de educação física afectados nas escolas secundárias no
Município da Matola.
2
1.1. PROBLEMATIZAÇÃO
Neste estudo, não recusamos a constatação de Pina (1997), citado por Baptista (2001)
ao afirmar que, apesar das construções realizadas nestas últimas décadas, a
problemática das instalações/equipamentos das escolas ainda não se resolveu d forma
significativa pois, para além de serem inúmeras as escolas sem quaisquer instalações,
em muitas situações, as que existem apresentam graus de degradação.
1.2. OBJECTIVOS:
2. Que avaliação se faz sobre a gestão das instalações desportivas das escolas
públicas no Município da Matola?
1.5. JUSTIFICATIVA
Em terceiro lugar, o interesse em estudar este tema surgiu de uma inquietação que
encontramos nas consultas das obras, onde verificamos que há escassez de estudos
no âmbito da gestão desportiva das instalações nas Escolas Secundárias Públicas
Municipais, contudo, pretendemos dar um contributo nesta temática. Já que a
manutenção e conservação da instalação, se toma importante não só a sua edificação,
5
mas sobretudo a sua manutenção diária através de pequenos arranjos, limpeza,
higiene e capacidade funcional do material e equipamento. A diversidade cultural,
integrando outras instalações para actividades culturais e de lazer.
No que concerne à estrutura da presente pesquisa, é composta por quatro (4) capítulos
onde:
6
No terceiro capítulo apresenta-se o conceito e descrição da Gestão e Manutenção das
Instalações Desportivas.
7
2. GESTÃO DESPORTIVA NO PROCESSO DE MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES
DESPORTIVAS NAS ESCOLAS.
Assim, o conceito de gestão é central neste trabalho, pelo que é relevante ser
abordado. De um modo geral e superficial, é possível constatar que as definições
apresentadas sobre gestão se distanciam uma da outra, no entanto uma análise mais
perspicaz permite encontrar algumas diferenças. Por mais subtis que sejam, essas
diferenças são relevantes, na medida em que constituem a base para a exclusão e
inclusão de determinados aspectos da realidade onde ocorre o processo de gestão.
De acordo com Faria (1985), a gestão pode ser entendida como a capacidade de se
atender os objectivos determinados, ou o grau em que um sistema realiza aquilo que
dele se espera, ou ainda, de atender os objectivos determinados, ou o grau em que um
sistema realiza aquilo que dele se espera. Trata-se aqui da compreensão da
organização enquanto uma entidade sistémica.
Já Houaiss citado por Schutz (2016) define gestão enquanto o conjunto de normas e
funções cujo objectivo é disciplinar os elementos de produção e submeter a
8
produtividade a um controle de qualidade, para a obtenção de um resultado eficaz, bem
como uma satisfação financeira. Esta definição coloca a enfâse na capacidade
racionalização dos meios para a realização de fiz, o que pode ser entendido com base
no conceito de eficácia patente nessa definição.
Este último autor define esses quatro processos que integram a gestão da seguinte
maneira: a planificação é processo de determinar antecipadamente o que deve ser feito
e como deve ser feito; organizar e estabelecer relações formais entre as pessoas e e
os recursos, para atingir objectivos do plano, definir que deve fazer o quê e quando
deve fazer, afectar os recursos e meios as pessoas e aos grupos; direccionar é o
processo de determinar, influenciar, afectar, o comportamento dos outros por meios da
motivação, liderança, comunicação; controlo, é a concatenação dos blocos anteriores
para que melhor sejam realizadas as etapas de planeamento, organização e direcção,
de modo que tudo saia como previsto. Drucker (1981)
Para Maximiano (2000) gestão é então o processo que visa atingir as metas e os
objectivos da organização, de forma eficaz (atingir o objectivo externo à organização) e
eficiente (já atingido com os menores custos e utilizando os menores recursos internos
possíveis), através de: i) planeamento; ii) organização; iii) liderança e iv) controlo dos
recursos disponíveis. Na mesma reflexão encontramos Finger (1997) gestão é um
processo de organização de recursos visando a obtenção de uma finalidade com
eficácia (doing the right things) e eficiência (doing this right), ou seja, é o processo de
tomar e colocar em prática decisões sobre objectivos e utilização de recursos.
9
Giles e Stansfield (1980), gestão é uma actividade complexa, envolvendo a
combinação e a coordenação de recursos humanos, físicos e financeiros, para que se
produzam bens ou serviços que sejam simultaneamente procurados e que possam ser
oferecidos a um preço que possa ser pago, tornando ao mesmo tempo agradável e
aceitável o ambiente de trabalho de todos os envolvidos.
Vários elementos podem ser destacados nesta última definição cuja extensão tem a
função de mostrar a complexidade do conceito e da realidade a qual se refere. Giles e
Stansfield (1980) afirmam que a sua definição mostra que gestão é um conceito sem
limites rígidos, podendo depender da organização, bem como da delegação. Neste
sentido, ao contrário do que defende Drucker (1981), a gestão não pode somente ser
exercida sobre responsabilidade de um gestor. A sua complexidade sugere a
possibilidade de participação de outros actores na posição de delegados, assim como
não.
Diante das definições acima expostas, fica evidente que a gestão é então o processo
que visa atingir as metas e os objectivos da organização, de forma eficaz (atingir o
objectivo externo à organização) e eficiente (objectivo interno à organização que
pretende que o objectivo externo – eficácia - seja atingido com os menores custos e
utilizando os menores recursos internos possíveis), através de: i) planeamento; ii)
organização; iii) liderança e iv) controlo dos recursos disponíveis.
No que concerne a Gestão desportiva pode ser entendida como a aplicação dos
princípios de gestão a organizações desportivas. Usando a definição de Bateman e
Snell (1996), gestão desportiva é o processo de trabalhar com pessoas e recursos
materiais para realizar objectivos de organizações desportivas, de maneira eficaz.
10
A gestão desportiva pode ser definida como a soma de operações técnicas, comerciais
e de marketing que se desenvolvem para conseguir um grau máximo de funcionamento
e uma maior optimização na entidade desportiva, Cansino (1991).
Já para Cunha (2007) concebe as instalações desportivas como locais específicas para
a prática de exercício físico, assumem um lugar próprio na sua sociedade, quer na
utilidade que proporcionam a população de um determinado local, quer da
implementação da sua estrutura física num território. Na mesma linha do pensamento
do autor, as instalações desportivas são responsáveis por identificar dentro do espaço
11
urbano, os locais destinados a prática desportiva e as actividades desportivas que se
desenvolvem naquele território, a função dessas instalações é oferecer de forma
continuada a possibilidade de uma prática desportiva. (Ibidem:28).
12
florestas, a utilização de um rio ou lagoa para actividades de remo ou vela, a utilização
de uma montanha pelos alpinistas ou o uso de um terreno acidentado para Motocross.
Deste modo, de acordo com os autores citados, estes tipos de espaços, encontram-se
tipologicamente divididos em: i) instalações de Base, que podem ser recreativos ou
formativos e; ii) instalações Especiais, que por sua vez podem ser especializadas ou de
espectáculo. Contudo, face a estas tipologias considera-se que as instalações
desportivas requerem um gestor que entenda e actue em diversas áreas da instalação,
este estudo se faz propício para compreender se esta diversidade é encontrada na
actuação deste profissional, se o mesmo mostrar ter uma formação adequada para o
exercício da função, abordando as diferentes frentes de actuação que um gestor de
instalações desportivas pode exercer sua função.
13
a) Instalações Desportivas de Base Recreativa
• Salas e recintos cobertos, com área de prática de dimensões livres, para actividades
de manutenção, lazer, jogos recreativos, jogos de mesa e jogos desportivos não
codificados;
Olhando para a definição trazido por Sarmento (2009) nos conduzem a uma
compreensão unívoca do termo, isto é, entendemos que as instalações de base
recreativa são as que se destinam a actividades desportivas com carácter informal. E
este conceito ajuda-nos a perceber o foco da realização do nosso estudo, visto que, na
base do estudo exploratório realizado percebemos que num universo significativo das
escolas visitadas apresentam essas características. Adoptamos esta tipologia como o
foco do nosso estudo.
15
De acordo com a perspectiva de Sarmento (2005) são instalações desportivas aquelas
concebidas e organizadas para a prática de actividades desportivas monodisciplinares,
em resultado da sua específica adaptação para a correspondente modalidade ou pela
existência de condições naturais do local, e vocacionadas para a formação e o treino
da respectiva disciplina. Na mesma linha do pensamento, o autor afirma que essas
instalações estão destinadas a uma prática desportiva e recreativa de modalidades
particulares, exigindo espaços especiais, como é o caso dos campos de golfe, os
campos de tiro ou de instalações para desportos náuticos. Pode-se evidenciar os tipos
de instalações especializadas da seguinte maneira:
• Campos de golfe.
16
Para Sarmento (2005) são instalações desportivas especiais para o espectáculo
desportivo as instalações permanentes, concebidas e vocacionadas para acolher a
realização de competições desportivas. Porém, estas instalações têm como função a
realização de competições de alto nível nacional e internacional, com capacidade para
receber público e comunicação social.
• Estádios;
• Hipódromos;
• Velódromos;
• Estádios náuticos.
17
instalações desportivas são espaços qualificados que oferecem condições materiais e
efectivas para que o Desporto aconteça.
Não fugindo da definição proposta por Nepomuceno (1999) encontramos Cunha (2007)
que concebe a gestão de manutenção como sendo um conjunto de procedimentos e
intervenções realizados frequentemente nas instalações e seus apetrechos, visando
18
sempre garantir e manter o conforto, funcionalidade, higiene e segurança dos usuários,
para além de prolongar a vida útil da instituição. E essas ideias são corroboradas por
Françolin (2011) ao defender que a gestão de manutenção é a garantia da
funcionalidade dos equipamentos e instalações, atendendo assim a um processo de
serviço com qualidade, segurança, e preservação do meio ambiente e ao respectivo
custo associado.
Portanto, de acordo com Xenos (2004:9) gestão da manutenção tem como principal
finalidade, chegar ao método que melhor se adeque ao tipo de maquinaria presente no
processo da empresa ou instituição. Contudo, para se alcançar esse método ideal, é
necessário a colecta de dados referentes ao monitoramento dos equipamentos, como
por exemplo: a frequência de quebra, os tipos mais comuns de falhas e os custos
gerados com a manutenção. Esse plano necessita estar sempre em melhoria contínua,
alcançando assim, algumas vantagens.
19
De forma geral, a gestão de manutenção deve ser vista como sendo um meio pelo qual
deve assegurar que sejam cumpridos todos objectivos de manutenção em causa
garantindo que todos os procedimentos propostos são cumpridos. No entanto, os
objectivos de uma manutenção podem ser distintos, quer se trate de uma manutenção
industrial ou de uma manutenção de infra-estruturas, isto é, de um lado, uma requer a
garantia de funcionamento contínuo de todos os equipamentos, maximizando o seu
rendimento e reduzindo os seus custos, de outro lado, foca-se na organização da
manutenção, baseada nas exigências legais e ambientais que minimizem o consumo
energético, o impacto ambiental e assegurem todas as condições de usabilidade e
higiene da infra-estrutura ou instalações desportivas.
20
Assim, para Lins (2009) este tipo de manutenção pode ser visto como menos prática,
do ponto de vista financeiro, mas deve ter-se em conta que o custo de parar o
equipamento ou sistema em condições programadas pode ser bem mais vantajoso do
que uma grande paragem por falha ou erros na manutenção de instalações
desportivas. Diante disso, a manutenção preventiva pode ser dividida em:
Para Piedade (2012) este tipo de manutenção corresponde à mais antiga de todas as
manutenções, assim como à mais utilizada em equipamentos e sistemas. Assim, é
conhecida por acções reactivas ou não planeadas necessárias para o restabelecimento
21
do funcionamento do equipamento em questão. A manutenção não planeada ou
correctiva pode ainda ser dividida em:
22
Diante desse pressuposto, segundo Constantino (1999) a gestão de instalações
desportivas é entendida como sendo um conjunto que possuem como objectivo a
optimização social, desportiva ou económica das instalações desportivas, levando-se
em consideração aos objectivos diferentes para cada tipo de modelo de gestão nos
sectores publico e privado.
Torna-se evidente que a gestão de instalações, por si só, deve ser determinada ao
mesmo tempo que a escolha do próprio equipamento, e do seu modelo de
funcionamento, isto é, a combinação das diferentes variáveis de análise, permitirá a
opção pelo modelo de gestão como defende Lair (2000). Também as instalações
devem ser construídas próximos das escolas ou outros serviços essenciais, pois só
desse modo satisfazem plenamente as necessidades dos cidadãos que não podem
investir em clubes privados, para a realização das suas actividades desportivas.
Os autores acima citados são da opinião de que, a gestão das instalações desportivas
deve ser um objectivo fundamental para os gestores desportivos, na medida em que
eles precisam de trabalhar afincadamente com todos os recursos humanos e materiais
para atingir os objectivos das organizações desportivas, de maneira eficaz e manter
23
todas as instalações desportivas em bom estado e criar condições para a construção
de outros recintos desportivos com vista a massificar a prática do desporto.
Neste sentido, deve-se fazer menção as ideias defendidas por Gallardo e Jiménez
(2004) ao afirmarem que existem grandes diferenças entre os grandes municípios e os
pequenos municípios, logo muitas vezes é difícil optar por um tipo de gestão ou outro,
não existe um modelo ideal para garantir a eficácia na gestão das instalações
desportivas.
1) Gestão Orçamental
Neste tipo de gestão, entende-se que uma gestão de instalação desportiva deve
possuir um plano orçamental que deverá ser elaborado com base numa previsão das
receitas e despesas como defende Silva (2007). Assim, essa previsão de receitas
resulta do diagnóstico dos custos de manutenção e conservação da instalação
englobando os custos do pessoal trabalhador e as verbas utilizadas na promoção da
instalação e das actividades oferecidas (publicidade).
Partilhando da mesma opinião, Lopes (2012) defende que deve ser feita uma previsão
dos consumos, uma previsão das receitas e uma previsão das despesas. Na medida
em que, é necessário elaborar, analisar um orçamento que vise a aquisição de material
24
necessário para as actividades e manutenção das instalações, equipamento de apoio à
gestão administrativa, material e produtos de limpeza, entre as necessidades.
Fica evidente que, é importante existir uma previsão dos consumos, das receitas e das
despesas. Só assim é possível analisar a situação financeira real e permite elaborar um
orçamento para a aquisição de material necessário para as actividades, manutenção e
conservação das instalações.
Para este tipo de gestão, é efectuado pela previsão das receitas feita com base nas
ofertas dos serviços e actividades da instituição e a previsão das despesas é feita com
base nos custos de conservação/ manutenção, afetação de pessoal e marketing.
2) Gestão Financeira
Na perspectiva de Constantino (1992) a gestão financeira deve ser realizada com dois
objectivos essenciais: planificar as actividades de forma a garantir fundos disponíveis
para a sua manutenção e fazer controlo da aplicação dos fundos disponíveis. Contudo,
para garantir uma gestão financeira eficaz é necessário ter como objectivo principal a
rentabilidade da instalação e não se esquecendo de direccionar as actividades para as
necessidades da população, visando o desporto para todos.
Ao analisar as ideias dos autores acima citados, pode-se concluir que a existência de
estabilidade financeira tem que se assumir como um vector principal no cumprimento
da missão de uma organização desportiva sem fins lucrativos e que a gestão financeira
tem que ter como objectivos a planificação e actividades e serviços desportivos de
forma a garantir os fundos disponíveis para a manutenção da instalação e controlo
desses fundos.
25
Para efectuar uma gestão financeira, deve existir uma previsão dos consumos, das
receitas e das despesas. Só assim é possível analisar a situação financeira real e
permite elaborar um orçamento para a aquisição de material necessário para as
actividades, manutenção e conservação das instalações.
3) Gestão de Material
Para Sarmento (1999) a gestão de material é obrigatório por uma lei, onde sustenta
que cada instalação desportiva possua um livro de manutenção em que conste uma
listagem completa e detalhada dos equipamentos desportivos e seus fornecedores,
registos das reparações e das principais acções, de manutenção efetuadas, registo de
reclamações e acidentes. Caso as instalações desportivas de uso público possuam
balizas de futebol, de andebol e equipamentos do basquetebol, esta área da gestão
deve garantir que estes cumpram as regras de segurança.
26
encontro da procura desportiva da população, estarem adaptados à realidade
económica e social da sociedade tendo como objectivo a rentabilidade social e
desportiva da instalação.
Sustentada pela revisão de literatura podemos dizer que as instalações para a prática
desportiva devem visar uma gestão de qualidade e excelência nos serviços prestados.
Segundo Gallardo e Jiménez (2004) consideram que também deve ser implementado
um sistema de gestão de qualidade dos serviços desportivos. Este sistema contribui
principalmente para a melhoria do serviço, para a melhoria da gestão, para a melhoria
da imagem e principalmente para a melhoria dos resultados obtidos em função dos
objectivos definidos.
Assim, este tipo de gestão, não deve ser dirigido maioritariamente para a construção de
instalações desportivas, mas sim na realização de uma intervenção consciencializada
na gestão eficaz e rentabilização dos equipamentos adequados à realidade existente,
de acordo com as necessidades e satisfação da população. Existe uma rentabilização
das instalações desportivas com a prática desportiva, porém a sua maioria não é
realizada de forma organizada.
27
6) Gestão Directa
Este modelo foi o primeiro a ser utilizado onde a gestão Directa a gestão de
equipamentos é garantida exclusivamente pelo pessoal da Administração Local. A
prestação de serviços pelo seu próprio pessoal permite à administração local um maior
controlo do orçamento, avaliando com maior facilidade a rentabilidade financeira, a
eficácia e qualidade do serviço prestado.
Este tipo de gestão pode ser realizado por duas formas distintas: ou integrada nos
serviços desportivos do próprio município - sendo a própria entidade local a integrar o
serviço de gestão de equipamentos desportivos municipais na sua estrutura orgânica, a
prestar o serviço a assumir e controlar toda a gestão, determinando o pessoal
necessário para uma eficaz prestação do serviço e a financiá-lo com base no
orçamento municipal; ou com órgão especial de administração – criando um organismo
destinado exclusivamente a esta função, por exemplo, uma empresa municipal
Constantino (1999).
7) Gestão Mista
Neste modelo de gestão a entidade proprietária divide com outra entidade a gestão do
equipamento. Mesmo existindo em uma das partes uma gestão directa é também
necessário a realização de um protocolo entre as duas entidades, cumprindo o regime
jurídico.
28
atingir o equilíbrio por parte das duas entidades, nos domínios do suporte de custos de
manutenção Constantino (1999).
Diante das exposições feitas sobre a gestão das instalações desportivas, fica evidente
que a gestão das Instalações desportivas é uma tarefa complexa para os gestores,
uma vez que eles terão uma série de funções a desenvolver que vão desde assegurar
recursos necessários para a concepção e funcionamento da instalação até a
coordenação de pessoas. Por isso, a gestão das instalações desportivas é um assunto
de vital importância, pois com a popularização da prática desportiva tornou-se
necessário encontrar alternativas para disponibilizar um melhor serviço desportivo a
sociedade, adoptando tipologia de gestão que atenda a as necessidades população
Deste modo, as tipologias de gestão cumprem seu papel de indicar caminhos a serem
seguidos, a aplicação de uma modelo ou outro só alcançara êxito se for realizado um
estudo prévio da realidade social e política que melhor se enquadre. O que importa de
fato é que a instalação e sua gestão cumpra o papel de atender de maneira agradável
as necessidades da comunidade onde ela esta inserida.
Temos algumas análises sobre a gestão das instalações desportivas nalgumas partes
de Moçambique. Paipe (2013) descreve um cenário do município da Beira em que as
associações desportivas não possuem instalações próprias para a realidade das suas
actividades, o que condiciona para que tenham de recorrer a cedência de terceiros,
como é o caso da Universidade Pedagógica, só para citar um exemplo.
Ainda assim, Paipe (2013) entende que o facto de procurar-se usar maioritariamente os
pavilhões polivalentes faz com que haja uma concorrência entre as várias associações
desportivas, tais como de basquetebol e voleibol. Este cenário revela uma escassez de
instalações desportivas com capacidade de atender as reiais necessidades do país,
considerando os desafios que são impostos na contemporaneidade.
Mirione (2013) afirma que em termos gerais da gestão das instalações desportivas em
Moçambique, observa-se uma distribuição desigual entre as províncias. Por exemplo,
29
enquanto até 2013 a Cidade de Nampula contava com 50 instalações esportivas, a
Cidade de Maputo já contava com 129 instalações até 1980. Dentre o número de
instalações na primeira cidade, 46% eram destinadas à prática do futebol, enquanto em
Maputo, até 1980, a maior parte eram campos polivalentes.
A escola é concebida como um espaço que embora tenha limites físicos concretos que
o delimitam, do ponto de vista relacional, está em contacto com o meio exterior, o que
torna relevante que a gestão das instalações desportivas escolares tome em
consideração, não somente a demanda interna, mas também a demanda exterior.
É neste sentido que Branco (1994) citado por Gomes (2005) afirma que na relação
entre a autarquia dentro da qual se encontra deve ser vista como sendo de
compromisso, pelo que, a gestão das instalações desportivas escolares deve ser feita
30
no sentido de mostrar capacidade de renovação, vontade e competência para integrar
a actividade física e desportiva no seu projecto educativo, pelo que, as suas
instalações devem ser polivalentes, não se limitando na única ou poucas actividades
desportivas.
De acordo com Teixeira (2000), deve ser papel da autarquia apoiar a gestão do
desporto escolar na criação de recursos que possibilitem a criação de espaços lúcidos
e áreas de jogo, melhoramento das instalações desportivas escolares e na oferta de
material técnico didáctico desportivo, virado para a orientação da realização das
práticas desportivas, do uso e da conservação das instalações desportivas.
De acordo com Cunha (2007) citado por Azevedo (2009), no que diz respeito à
cobertura das instalações desportivas escolares, importante é garantir que permita o
aumento dessa constância de forma a ultrapassar os eventuais condicionalismos que
31
possam vir a ser impostos pelos rigores do clima. A identificação e o registo das
instalações desportivas contribuem para o reconhecimento do nível de equipamento
urbano das populações de um determinado território e da respectiva qualidade de vida
em matéria de Desporto.
Entretanto, Gomes (2005), afirma que a actividade motora livre, de carácter lúdico, por
si só, não é suficiente para desenvolver aptidões físicas - motoras. Assim, é necessário
que a acção a realizar a este nível seja exercida por educadores pois só estes têm
competência para o fazer.
Por sua vez, Lopes e Fernando (2013), o desporto tem a sua relevância no
desenvolvimento dos alunos, pelo que cabe à gestão escolar encontrar melhores
soluções para valorizar a prática das actividades desportivas, quer ao nível interno,
quer a nível externo. Esta é uma exigência que deve ser cumprida, visto que, o
desporto contribui para a adaptação no meio escolar, desenvolvimento de relações
solidárias com o meio exterior.
32
4. METODOLOGIA
Desta forma, a abordagem qualitativa foi utlizada para retratar o processo de gestão
das instalações desportivas do ponto de vista dos responsáveis das escolas
secundárias a seleccionar, incidindo sobre as suas políticas, seus procedimentos,
objectivos e resultados alcançados. O fundamental aqui é aprofundar a informação
disponível, considerando sempre que os dados ganham significado dentro do contexto
escolar.
33
segundo ciclo. A amostra foi feita as 3 escolas secundárias que são: Escola Secundária
da Matola, Escola Secundária de Nkobe e Escola Secundária de Liberdade que
constituem o foco do nosso trabalho. Assim, para a selecção das mesmas adoptou-se
uma amostragem aleatória simples, considerando que todas as escolas têm as
mesmas possibilidades de serem escolhidas, basta que apresentem propriedade da
população de estudo. Seleccionamos 40 alunos (masculinos e femininos) e 3
responsáveis pela gestão das instalações desportivas das escolas, onde foram
inquiridos. Tanto para os responsáveis bem como os alunos, recorreu-se a uma
amostra por acessibilidade, o que permitiu trabalhar com aqueles informantes aos
quais for possível ter acesso no momento da realização do trabalho de campo.
Desta maneira, ao recorremos a uma amostra por acessibilidade, é pelo facto de que
todos os alunos das escolas seleccionadas podem ser inquiridos independentemente
das suas características particulares, como turno, nível de escolaridade, usuários ou
não das instalações desportivas. Neste sentido, no momento do trabalho de campo,
dirigimo-nos a escolas e interpelar os alunos que estejam trajados de uniforme escolar,
solicitando para que respondam ao questionário.
34
A maioria dos nossos entrevistados frequenta a escola secundária de Nkobe, na qual é
representada por 14 (35%) dos inquiridos. Enquanto a escola secundária da liberdade
aparece de seguida com 13 (32,5%) dos entrevistados e os restantes 13 (32,5%) dos
inquiridos são da escola secundária da Matola.
Verificamos também que o nosso grupo alvo é constituído por alunos do II° ciclo,
juntando as duas classes corresponde a 21. Conforme o gráfico, identificamos que 10
estão a frequentar a 11 a classe e os restantes 11 dos entrevistados frequentam a 12 a
classe. Desta forma, o maior número de alunos foi composto por alunos da 9 a classe,
que corresponde aos 11 e os alunos da 12 a classe da nossa amostra.
35
relevante sobre essas questões. Usamos também a observação directa que permitiu-
nos acompanhar “in loco” a prática das actividades desportivas e verificar o estado das
instalações desportivas nas escolas em estudo.
Para a recolha dos dados, utilizou-se a observação directa que consistiu em ver,
perceber e interpretar de forma clara o comportamento e estado das instalações
desportivas nas escolas em estudo e foi possível com a permissão dos responsáveis
das mesmas, que foi complementada com uma entrevista, onde elaborou-se uma ficha
de observação e um roteiro baseado nas instituições desportivas e das infra-estruturas.
A ficha de observação foi complementada com uma guia de entrevista submetida aos
responsáveis das instalações desportivas para apurar dados adicionais como o nome
da infra-estrutura, o proprietário e os usuários.
36
principalmente as que tenham retratado a questão do processo de gestão no geral e
gestão de manutenção das instalações desportivas no particular. Mesmo porque a
elaboração do questionário e do protocolo de entrevista tem como base os modelos de
gestão retratada na revisão da literatura.
2
O SPSS (Statistical Package for Social Sciences ou traduzido em português como Pacote Estatístico para Ciências
Sociais) é uma aplicação de tratamento estatístico, de dados, capaz de tornar a análise estatística de dados.
37
Para análise dos dados recolhidos com base nas entrevistas recorremos a análise do
conteúdo, tendo como base as categorias construídas a partir dos dados quantificados,
assim as respostas foram interpretadas tomando como base homogeneizadora e de
relevância as categorias construídas com os dados dos questionários mais
aprofundadas com base nos dados das entrevistas.
Fica evidente que, foi feito a análise de dados recolhidos mediante o questionário, que
permite a construção de categorias. Depois foi realizada a interpretação, combinando
os dados já escritos aos dados recolhidos, tomando em consideração as entrevistas
como forma de estabelecer uma apresentação lógica dos resultados, ou seja,
possibilitar a confrontação de diversas ideias discutidas pelos outros autores sobre a
temática.
38
Longitude – 25º40’ N e 25º45’ S; e, Latitude – 32º34’ W e 32º46’ E. A cidade da Matola
têm o estatuto administrativo de Distrito e subdivide-se em três unidades
administrativas autárquicas – os Distritos Urbanos (ou Postos Administrativos) – que
albergam, no seu conjunto, 41 bairros/povoações.
No que diz respeita à Educação, este sector é um dos mais sensíveis no município,
dado que a maior parte da população é jovem e encontra-se em idade escolar. A rede
escolar (oficial) no Município da Matola é constituída por:
39
Ensino Particular, há cerca de 3698 alunos (15 escolas) no EP1 e 780 alunos (6
escolas) no EP2.
Quanto à Saúde, a Matola conta com: 8 Centros de Saúde, entre os quais 4 com
maternidades; 5 Postos de Saúde; 1 Hospital Geral na Machava, especializado no
tratamento da tuberculose. Para cada Centro de Saúde há, em média, 53.083
habitantes; e, por cada Posto de Saúde, 84.932. Estão ao serviço da saúde 156
funcionários.
Para facilitar na interpretação dos dados são apresentadas seguidamente algumas das
características dos inquiridos envolvidos nesta pesquisa, indicadas pela percentagem.
40
Segundo Sampieri, Collado e Lúcio (2006) análise depende de alguns factores, tais
como o nível de medição das variáveis e o interesse do pesquisador. Para analisarmos
os dados recolhidos usamos alguns subtópicos, facilitando assim na sua interpretação,
apresentamos estes subtópicos em quatro secções: classificação das instalações
desportivas nas escolas, qualidade e uso das instalações desportivas, a conservação
das instalações desportivas e a gestão das instalações desportivas das escolas.
41
Recinto Mini-campos Pavilhões
4
6
8
7 4
3
1
Esc o l a S ec u n d ár i a d e N k o b e Esc o l a Sec u n d ár i a d a Mat o l a Esc o l a S ec u n d ár i a d a L i b er d ad e
Gráfico 1: Resultado do inquérito sobre tipo das instalações existentes nas escolas.
Fonte: Adaptação própria
42
de certas modalidades desportivas, e os restantes 11 alunos responderam que as
instalações existentes são os pavilhões.
Diante dos dados oferecidos pelo gráfico, encontramos também os depoimentos dos
responsáveis das instalações que comungam da mesma ideia que as instalações
existentes nas escolas são mini-campos. Assim, podemos observar no seguinte
depoimento:
Diante dos dados acima apresentados, podemos nos associar a ideia de Almeida
(2012) defende que as instalações desportivas continuem o suporte para a procura e
satisfação da oferta da prática desportiva no cumprimento das atribuições e
competências às autarquias locais nestes domínios. O questionário aplicado no
levantamento directo nas instalações permitiu o levantamento das informações mais
pertinentes.
a) Sector Federado - pertence a este sector todos os recintos desportivos que por
possuírem dimensões estandardizadas ou aproximadas, permitem realizar
competições de carácter oficial.
b) Sector de Formação ou Recreação - pertencem a este sector todas as
instalações desportivas onde não se podem realizar provas oficiais, mas que
permitem a prática de actividades relacionadas com a área da formação ou
ensino bem como com o lazer e o recreio.
43
o caso de pequenos campos ou mini-campos, recintos e pavilhões. E não registámos
instalações do sector federado, a saber Grandes Campos, Sala de Desporto e Piscina.
Diante desta tipologia, no que se refere as escolas em estudo existem os dois tipos de
instalações, como podemos observar nos trechos abaixo como defendem os
responsáveis das mesmas:
“Aqui as instalações são descobertas, são 3 instalações desportivas na escola, onde encontramos
campo de futebol, 2 campos de basquetebol.” (entrevista 2, responsável das instalações da escola
secundaria da Liberdade).
44
apresentam boas condições para a prática desportiva em relação ao piso e à restante
infra-estruturas.
Em relação à tipologia das instalações tal como no nosso estudo, Paipe, (2013) e
Costa (2010) constataram que a maioria das instalações desportivas é classificada
como Instalações Desportivas de Base, com maior incidência nas Instalações
Desportivas de Base-Formativa. No gráfico que se segue, apresentamos os dados
sobre a prática das actividades desportivas nas escolas em estudo.
4
3
7
1 3
4 4
3
2
1
F u t eb o l B asq u et eb o l An d eb o l Vo l ei b o l A t l e ti s m o C am i n h ad a
45
De acordo com o gráfico acima apresentado, questionamos sobre as modalidades
praticadas a nível das escolas e podemos remeter esta problemática para o conjunto
de modalidades que são preferencialmente praticadas no município da Matola. Desta
maneira, apresentamos os dados de acordo com as escolas em estudo.
Diante dos dados, assumindo que a prática desportiva escolar tende a fomentar a
prática em outros níveis mais avançados dos quadros competitivos (por exemplo ao
nível federado), verificamos que as modalidades desportivas mais praticadas nas
escolas são o Futebol, o Basquetebol e voleibol. Mesmo as modalidades “alternativas”
encontradas no âmbito do Desporto Escolar, é praticada a caminhada como sendo os
casos da Ginástica Desportiva.
“O que tem se verificado nas nossas escolas, nas aulas de educação física tem
praticado o futebol e basquetebol porque existe campos para se praticar esse tipo de
desporto.” (Entrevista 3, do responsável das instalações da escola Nkobe)
“Os campos de futebol são o que temos demais, assim pratica-se o futebol e por vezes
usamos a mesma instalação para o atletismo. São várias modalidades que praticamos
aqui na nossa escola.” (Entrevista 3, do responsável das instalações da escola de
Liberdade).
Nesta secção apresentamos dados sobre o uso das instalações desportivas nas
escolas públicas no município da Matola. Partimos do pressuposto de que, em
Moçambique a utilização dessas instalações era fortemente marcada pela segregação
racial e socioeconómica como defende Mendes (1995).
47
De acordo com os dados de campo, percebemos que existe vários condicionamentos,
de ordem económica, cultural e social que impeçam ou limitem o uso das instalações
desportivas, tais como a falta de hábitos desportivos, a condição sócio-económica, o
problema de transporte e outros.
4 2
5
6
8 5
5
2 3
Esc o l a Sec u n d ár i a d e Nk o b e Esc o l a Sec u n d ár i a d a Mat o l a Esc o l a S ec u n d ár i a d a L i b er d ad e
Gráfico 3: Resultado do inquérito sobre as condições da prática das actividades desportivas nas escolas
Fonte: Adaptação própria
Com base nesse gráfico, os alunos foram questionados sobre as condições para
prática das actividades desportivas nas escolas. Num total de 40 inquiridos, onde estão
divididos em escolas da seguinte maneira: Escola secundária de Nkobe com 14 alunos,
escola secundária da Matola com 13 alunos e a escola de Liberdade com 13 alunos.
Começamos com a escola secundária de Nkobe, dos 14 alunos inquiridos, 8 dos quais
responderam que as condições para prática de actividades desportivas são boas, 4
afirmaram que há más condições para prática de actividades e os 2 responderam que
há excelentes condições para a prática de actividades desportivas.
48
Por último temos a escola secundária de Liberdade, com 13 alunos inquiridos, onde 5
responderam que as condições para prática de actividades são boas, 5 responderam
que as condições são más, e os restantes 3 responderam que as condições para
prática das actividades são excelentes.
“Como pode observar as nossas instalações estão em óptimas condições para praticar
as actividades desportivas. Os campos apresentam boas condições para praticarmos o
basquetebol, voleibol e futebol, não há motivos de queixa.” (Entrevista 4, do responsável
das instalações da escola secundaria de Nkobe).
“Olha, não posso dizer que esta tudo bem. O pavilhão precisa de ser reabilitado porque
o chão já não está em óptimas condições, no campo de futebol já não tem balizas e
esperamos que os serviços distritais disponibilizem algum material ou orçamento para a
reabilitação.” (Entrevista 4, do responsável das instalações da escola secundaria da
Matola).
De acordo com os depoimentos acima transcritos, apresentam dois pontos
fundamentais. De um lado, os responsáveis afirmaram que as instalações apresentam
boas condições para prática de actividades desportivas e por outro lado, as instalações
não apresentam as condições básicas para a continuidade da prática das actividades
físicas.
49
As reflexões de Da Costa (2005) afirmam que a prática desportiva necessita de lugares
apropriados, criados de acordo com os princípios, regras e aspirações desportivas que
se pode designar por instalação desportiva. Desta forma, associamos nas ideias do
mesmo autor ao afirmar que as instalações desportivas devem ser vistas como sendo
locais específicas para a prática de exercício físico, assumindo um lugar próprio na sua
sociedade, quer na utilidade que proporcionam à população de um determinado local,
quer da implementação da sua estrutura física num território.
Excelente Boa Má
2
3
3
7
9 10
4
2
Esc o l a Sec u n d ár i a d e N ko b e Esc o l a S ec u n d ár i a d a Mat o l a Esc o l a S ec u n d ár i a d a L i b er d ad e
Gráfico 4: Resultado do inquérito sobre avaliação da qualidade das instalações desportivas nas escolas
Fonte: Adaptação própria
50
Para os inquiridos da escola secundária da Matola, com 13 alunos, 7 responderam que
há má qualidade de instalações, 4 afirmaram que a qualidade das instalações para
prática de actividades é boa, e os outros 2 responderam que existe uma excelente
qualidade de instalações desportivas.
De acordo com os dados obtidos, a maior parte dos inquiridos avaliam como sendo
excelente a qualidade das instalações nas escolas, representando 21 num total de 40
alunos dos quais trabalhamos; os 10 dos alunos avaliam a qualidade de instalações
como sendo boa, e os restantes 9 afirmaram que a qualidade das instalações é má ou
muito ruim. De acordo com o gráfico percebe-se que, mais que metade dos
pesquisados avaliam a qualidade das instalações desportivas como excelente
demostrando que as instalações desportivas ainda podem melhorar bastante. Supõe-
se que as instituições em questão precisam apenas incentivar seus os alunos e a
sociedade sobre a importância da conservação das instalações desportivas.
De acordo com os dados de campo, tanto a informação obtida nos alunos bem como
nos responsáveis das instalações comunga a mesma ideia do qual as instalações
desportivas têm uma excelente qualidade de modo a ser praticada algumas
modalidades desportivas ou físicas. Como podemos observar no seguinte depoimento:
“Para mim, as instalações desportivas apresentam qualidade para ser praticada
alguma actividade desportiva. Mas o que se tem notado os alunos e a comunidade em
geral não fazem o uso devido das instalações desportivas existentes.” (Entrevista 5,
responsável das instalações desportivas da escola secundaria de Liberdade).
51
iniciar esse processo de gestão. Já de seguida apresentamos os dados sobre
avaliação do uso das instalações desportivas das escolas em estudo, como podemos
ver:
5 5
10
8 8
1
2
Esc o l a S ec u n d ár i a d e N k o b e Esc o l a S ec u n d ár i a d a Mat o l a Esc o l a S ec u n d ár i a d a L i b er d ad e
52
alunos responderam que o uso das instalações desportivas tende a manter-se e os
restantes 10 alunos inquiridos afirmaram que o uso de instalações desportivas tende a
melhor. Neste trecho, procederemos à avaliação qualitativa das instalações desportivas
das escolas públicas, na qual os indicadores que julgamos relacionados à prática
segura de actividades desportivas é interferente no uso das instalações. Os indicadores
propostos foram: a existência ou ausência de iluminação, a existência ou ausência de
vestiários, e o estado do piso. Foi incluída, nesta análise, a avaliação dos períodos de
uso e a percentagem de utilização pelos principais usuários.
53
iluminadas e pelo mau estado do piso) comprometem a exploração plena da
capacidade horária destas instalações (verificou-se que a comunidade possuía um
tempo de utilização maior nas instalações iluminadas e nas instalações com melhor
piso).
2
7 6
2
2 2
6
4 3 2
1
Ex c el en t e Boa Má P essi m a
Gráfico 6: Resultado do inquérito sobre avaliação da conservação das instalações desportivas nas
escolas.
Fonte: Adaptação própria
54
é boa, 4 afirmam que a conservação das instalações é excelente, outros 3
responderam que a conservação das instalações é tida como má, e o restante 1
respondeu que a conservação das instalações é péssima.
Olhando para o gráfico, observa-se que a escola secundária da Matola, com 13 alunos
inquiridos, 7 dos quais responderam que a conservação das instalações é excelente,
os restantes 6 alunos divididos em 2, responderam que as instalações desportivas são
(2) boas, (2) más e (2) péssimas.
De acordo com os dados obtidos, a maior parte dos inquiridos avaliam como sendo
excelente a conservação das instalações desportivas nas escolas em estudo,
representando 14 num total de 40 alunos dos quais trabalhamos. Outros a11 avaliaram
como sendo má, 10 dos inquiridos avaliam como sendo boa a conservação das
instalações desportivas nas escolas, e os restantes 5 avaliam a conservação das
instalações desportivas como péssimas. De acordo com o gráfico percebe-se que, a
maioria dos pesquisados avaliam as instalações desportivas nas escolas como
excelentes, demostrando que as instalações ainda podem melhorar bastante.
De acordo com os dados do campo, a maioria dos alunos afirmaram que existe uma
excelente conservação de instalações. Assim, as ideias supracitadas não comungam
com as dos responsáveis desportivos, na qual as responsáveis instalações desportivas
afirmaram que as mesmas se encontram em mau estado de conservação, não
possibilitando o desenvolvimento integral da prática das actividades físicas e
desportivas de acordo com as metas estabelecidas. Nesta senda, podemos verificar
essa posição dos responsáveis das instalações desportivas nos seguintes
depoimentos:
55
“As instalações desportivas não apresentam uma qualidade desejada, perigando a
segurança dos alunos e não há conforto para a prática de modalidades desportivas.”
(Entrevista 6, responsável das instalações desportivas da escola secundaria da Matola).
“Quase todas instalações desportivas nas escolas apresentam um mau estado, não
somos nós só, o que tenho verificado é que as mesmas apresentam algum defeito. Já
observei algumas escolas a nível do município, verifiquei que as instalações estão
degradadas.” (Entrevista 6, Responsável das instalações desportivas da escola
secundaria da Liberdade).
Na perspectiva de Calão (2003) afirma que, consciente que existem várias infra-
estruturas em péssimo estado de conservação, algumas inactivas e outras
abandonadas, o estudo considerou importante registar todos os recintos, pela sua
efectiva existência e atendendo a que os próprios resultados obtidos poderão apontar
para a necessidade de uma intervenção específica nalguma tipologia de recintos, por
exemplo de requalificação ou mesmo extinção. Desta forma, no gráfico a seguir
trouxemos os dados sobre a existência de um plano/programa de
conservação/melhoria das instalações desportivas na escola em estudo como podemos
observar.
56
Escola Secundária de Nkobe Escola Secundária da Matola Escola Secundária da Liberdade
11
1 5
6 1
5 1
2 1
1
Si m Não Não ex i st e Não sab e
Gráfico 7: Resultado do inquérito sobre existência de programa para conservação das instalações
desportivas nas escolas.
Fonte: Adaptação própria
Com base nos dados oferecidos pelo gráfico 7, foram questionados os alunos das três
escolas sobre um programa de conservação das instalações desportivas. Todavia, na
escola secundária da Matola no universo de 13 alunos, dos quais 11 responderam que
não existe programa para conservação/ melhoria das instalações desportivas, os
restantes 2 responderam que não existe (1) e não sabem (1) da existência de um
programa de conservação das instalações.
57
Neste gráfico procuramos questionar aos alunos, sobre a existência de um programa
de conservação ou melhoria das instalações desportivas nas escolas. Todavia, a
maioria dos alunos das escolas em estudo representados por uma amostra de 23
entrevistados afirmaram que não há existência de um plano/programa de
conservação/melhoria das instalações desportivas, 6 afirmam que há existência de
programa de conservação/melhoria de instalações desportivas, restantes 7 dos
inquiridos responderam que não sabem da existência de programa de conservação de
instalações desportivas e os restantes 4 alunos responderam que não existe programa
de conservação das instalações desportivas escolares.
De acordo com os dados, pode-se concluir que a comunicação interna, no que toca ao
uso das instalações desportivas possibilita a melhoria das infra-estruturas das escolas
de modo a se praticar as actividades desportivas, pois através do feedback das
58
informações, é promovido o debate entre os alunos e os responsáveis das instalações
que contribui para o bom uso das instalações nas escolas em análise.
Olhando para os dados do gráfico, trouxemos uma abordagem que sustenta a ideia
segundo a qual a comunicação interna é importante, mas que possa trazer certas
vantagens. Segundo Brum (2003) existem dois caminhos para o sucesso da
comunicação interna: a informação, o qual a autora considera mais importante, e o
segundo caminho é a integração, partindo da premissa que ninguém é feliz num
ambiente que não se sente a vontade. Por isso, para que a comunicação interna ocorra
com sucesso, é preciso que os elementos que a compõe sejam percebidos de forma
positiva pelos seus integrantes. No gráfico que se segue apresentamos o nível da
conservação das instalações desportivas das escolas em análise como podemos
observar:
2 3
8
3
9
4 7
2 2
Esc o l a Sec u n d ár i a d e N ko b e Esc o l a Sec u n d ár i a d a Mat o l a Esc o l a S ec u n d ár i a d a
L i b er d ad e
59
Enquanto na escola secundária de Nkobe, com 13 alunos inquiridos, 8 responderam
que o nível de conservação de instalações tende a se degradar, 4 dos alunos
responderam que as instalações tendem a manter-se na mesma e os restantes 2
alunos afirmaram que as instalações desportivas na escola tendem a melhorar.
Neste gráfico procuramos trazer a opinião de cada um dos alunos acerca do nível de
conservação das instalações desportivas, de modo a tornar o ambiente desportivo
agradável nas escolas em análise. Todavia, a maioria dos alunos representados por 16
afirmaram que o nível de conservação das instalações desportivas tende-se a se
manter nas mesmas situações desde a sua construção, 13 afirmam que as instalações
desportivas tendem a degradar-se, os restantes 11 responderam que as instalações
desportivas tende a melhorar e torna a prática desportiva num ambiente agradável.
Olhando para os dados acima tanto dos alunos bem como dos responsáveis das
instalações, associamo-nos nas ideias de Cunha (2007) o processo de manutenção
das instalações é concebido em dois campos fundamentais de desempenho, onde a
primeira é a “Manutenção Contínua” que caracteriza-se pelas pequenas intervenções
que acontecem antes e depois de cada actividade, assim, mantendo a instalação
sempre em estado de prontidão e ajuste para a próxima utilização. Já a “Manutenção
Periódica”, ocorre as reposições e substituições necessárias, além de acções de
60
carácter mais correctivo de reparos e remodelações do ambiente as actividades
desenrolam.
A gestão tem passado por grandes transformações, deixando de ser realizada de forma
empírica e ganhando a cada dia a necessidade de agregar competências. Na vertente
de Sarmento (2007) a gestão deve ser entendida como um estudo profundo e
sistemático da realidade sempre em busca de soluções e estratégias que visem
antecipar problemas e criar novas oportunidades.
Portanto, para garantir uma gestão eficaz é necessário ter como objectivo principal a
rentabilidade da instalação não esquecendo de direccionar as actividades para as
necessidades da população e visando o desporto para todos.
13 1
9
9
2 1 3
1 1
Esp er a se est r ag ar p ar a F az assi st ên c i a p ar a D ei x a ap en as q u e se Não sab e
ar r an j ar n ão se est r agar est r ag u e
61
Nesse gráfico questionamento sobre a gestão e manutenção das instalações
desportivas. Assim, tivemos o seguinte resultados: a escola secundaria de Liberdade,
com uma amostra de 13 alunos inquiridos, dos quais responderam que espera-se que
as instalações se estraguem para arranjar.
Para a escola secundária de Nkobe, dos 14 inquiridos, 9 dos quais responderam que
deixa-se apenas que se estrague para gerir e manter as instalações desportivas, 3
responderam que não sabem se existe uma gestão e manutenção das instalações e os
restantes 2 alunos responderam que para a gestão e manutenção procura-se fazer
assistência para não se estragar e esperam para que se estrague para arranjar.
Com base nos dados oferecidos pelo gráfico 8, foram questionados os alunos sobre a
gestão e manutenção das instalações das escolas em estudo. Num universo de 16 dos
inquiridos responderam que os responsáveis das instalações esperam com que as
mesmas se estraguem, 12 dos inquiridos responderam que não sabem da existência
de uma gestão e manutenção das instalações desportivas, outros 10 responderam que
deixam apenas se estragarem para se fazer uma manutenção das mesmas, os
restantes 2 responderam que fazem assistência para não se estragarem as instalações
62
desportivas. De seguida apresentaremos os depoimentos dos responsáveis das
instalações desportivas sobre a gestão e manutenção das mesmas:
“A gestão das instalações desportivas é feita por professores de Educação Física das
próprias escolas que, através de um sistema de rotatividade, vão assegurando o
funcionamento das respectivas estruturas. Em outras escolas quem usa a instalação, é
responsável pela mesma durante esse mesmo período de utilização.” (Entrevista 8, do
responsável das instalações desportivas da escola secundária de Nkobe).
Por isso, a gestão das instalações desportivas é um assunto de vital importância, pois
com a popularização da prática desportiva tornou-se necessário encontrar alternativas
para disponibilizar um melhor serviço desportivo a sociedade, adoptando modelos de
gestão que atenda as necessidades da população como defende Pedroso (2010). Para
obter uma gestão eficiente da instalação desportiva é importante desenvolver acções
de apoio aos intervenientes directos (jogadores, utilizadores, técnicos) e indirectos
(público em geral e comunicação social) usufruindo de meios disponíveis para o
atendimento geral e específico dos diferentes grupos. Promover a segurança e acesso
directo aos primeiros socorros, controlar a qualidade na limpeza e contratar recursos
humanos com formação adequada. Como estratégia de manutenção de suas
instalações desportivas, algumas escolas estabeleceram convénios com clubes
desportivos que as utilizam, em troca da reabilitação das mesmas. Segundo opinião do
responsável pela Educação na cidade de Matola, as escolas públicas, além de
problemas ocasionados pela difícil situação financeira, debatem-se com questões de
segurança em suas instalações. Na opinião do dirigente, esses dois factores
63
contribuem para que alguns directores escolares fechem suas instalações escolares à
comunidade.
2
4 3
11
9 10
1
Esc o l a Sec u n d ár i a d e Nk o b e Esc o l a Sec u n d ár i a d a Mat o l a Esc o l a S ec u n d ár i a d a L i b er d ad e
Gráfico 10: Dados sobre a responsabilidade pela manutenção das instalações desportivas.
Fonte: Adaptação própria
No gráfico acima referenciado percebe-se que num total de 40 inquiridos, na escola
secundária de Nkobe, 11 dos quais afirmam que não se sentem responsáveis pela
manutenção das instalações desportivas, 2 responderam que sentem um pouco
responsáveis pala manutenção das instalações desportivas e o ultimo afirmou que se
sente responsável pela manutenção das instalações desportivas.
64
No gráfico acima referenciado percebe-se que num total de 40 inquiridos, foram
questionados sobre se sentiam responsáveis pela manutenção das instalações
desportivas, a maioria dos alunos que corresponde a 30 inquiridos afirmaram que não
se sentem responsáveis pela manutenção das instalações desportivas nas escolas, os
outros 9 responderam que se sentem um pouco responsáveis na manutenção de
instalações desportivas nas escolas em estudo e ultimo aluno respondeu que sente
responsável na manutenção das instalações na escola.
Esses dados reforçam ainda a nossa ideia de que precisa-se fazer muito mais para
resolver os problemas detectados ligados a gestão e manutenção das instalações
desportivas, e que é preciso tirar pleno proveito dos contributos essenciais que uma
boa comunicação interna proporciona tanto na vida dessa instituição como no
desempenho dos responsáveis das instalações desportivas.
65
5. CONCLUSÕES
66
5.1. RECOMENDAÇÕES
Após a realização do nosso estudo, julgamos ter condições para sugerir algumas
recomendações que consideramos poderem ser implementadas, ou que deverão
mesmo ter efeito, num futuro próximo, para dar seguimento a um processo de
requalificação, qualitativo e quantitativo da prática desportiva.
67
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
68
DA COSTA, C. (2005). Analise das Instalações Desportivas Cobertas, Autarquias do
Município de Braga. Porto: Dissertação de Mestrado apresentada a Faculdade de
Desporto da Universidade do Porto.
69
MAXIMIANO, António C. A. (2000). Teoria geral da administração: da escola científica
à competitividade na economia globalizada. São Paulo: Atlas.
70
SARMENTO, J. P. (2006). As Instalações Desportivas em Portugal - Noção da
rentabilidade: financeira, social, política e alto rendimento. In Congresso do Desporto
12 de Dezembro de 2005 a 19 de Fevereiro de 2006. – Tema: Um compromisso
nacional. Consult. 25 de Junho de 2018, disponivel em:
http://www.congressododesporto.gov.pt/ficheiros/Porto10Dez_PedroSarmento.pdf
71
Documentos e Legislação Consultada
72
Apêndices
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GUIÃO DE ENTREVISTA
1. Quanto ao tipo
R:____________________________________________________________________
2. Quanto ao sector
R:____________________________________________________________________
3. Quanto a cobertura
R:____________________________________________________________________
74
4. Quanto a modalidade
R:___________________________________________________________________
5. Quanto a conservação
R:__________________________________________________________________
R:___________________________________________________________________
R:___________________________________________________________________
R:____________________________________________________________________
R:____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
75
2. Quando realizar a manutenção das instalações desportivas na escola, qual são
os objectivos que pretendem alcançar?
R:____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
R:____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
R:____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
R:____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
R:____________________________________________________________________
R:____________________________________________________________________
76
8. Que dificuldades encontram na conservação e melhoramento das instalações
desportivos da escola?
R:_________________________________________________________________
___
77
INQUÉRITO
Ler com atenção as questões para ter a certeza que compreendeu a questão
colocada.
Prestar atenção a informação em frente a cada pergunta para saber se pode ou não
escolher mais que uma alternativa.
Assinalar com “x” no número referente a alternativa de resposta seleccionada.
Assinalar com “x” visível para facilitar a visibilidade da alternativa escolhida.
Coloca um círculo no “x” da resposta que queira rejeitar depois de ter seleccionado.
Especificar as respostas nas questões em que se abre espaço para outras respostas
para além das alternativas apresentadas.
Consultar ao investigador qualquer esclarecimento necessários quanto às
78
modalidades preenchimento do questionário.
A- DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS
A.3. Qual a escola em que está a estudar? (Entrevistador: por favor preencha sem perguntar)
A.4. Que classe está a frequentar actualmente? (Entrevistador: por favor, assinale apenas
uma opção)
8ª classe
9ª classe
10ª classe
11ª classe
79
12ª classe
Não respondeu
B.1. Pratica alguma actividade desportiva na escola? (Entrevistador: assinale apenas uma
opção)
Sim
Não -
Não respondeu
B.2. Que actividades desportivas pratica na escola? (Entrevistador: por favor, pode assinalar
mais de uma opção)
Basquetebol
Futebol
Andebol
Voleibol
Atletismo
Natação
Ginástica
Caminhada
Outras (Especifique):
B.3. Com que frequência pratica actividades desportiva na escola? (Entrevistador: por favor,
assinale apenas uma opção)
Todos os dias
Aos finais de semana
Semanalmente
Mensalmente
Anualmente
B.4. Com que interesse pratica actividades desportivas na escola? (Entrevistador: por favor,
pode assinalar mais de uma opção)
Lazer
Manter o corpo físico
Desenvolver habilidades desportivas
Brincadeira/divertimento
Outros (Especifique):
B.5. Encontra condições necessárias para a prática da actividade desportiva que deseja
80
na escola? (Entrevistador: por favor, assinale apenas uma opção)
Sim
Poucas
Não
Não respondeu
B.6. Porquê não prática actividades desportivas na escola? (Entrevistador: por favor, pode
assinalar mais de uma opção)
Não gosta
Não tem interesse pelo desporto
Não tem tempo
Não encontra instalações desportivas para a actividade que gostaria de praticar
As instalações desportivas não estão em condições
Outras (Especifique):
Não respondeu
C.1. Quais são as instalações existentes na escola que conhece? (Entrevistador: por favor,
pode assinalar mais de uma opção)
Recintos
Pátios
Mini-campos
Pista de corrida
Pavilhões
Área para jogos tradicionais
Outras (Especifique):
C.3. Como é que avalia a qualidade das instalações desportivas da escola? (Entrevistador:
por favor, pode assinalar mais de uma opção)
Excelente
Boa
81
Má
Péssima
C.4. Como é que avalia o estado de conservação das instalações desportivas da escola?
(Entrevistador: por favor, pode assinalar mais de uma opção)
Excelente
Boa
Má
Péssima
D.2. Existem na escola campanhas que visam ensinar aos estudantes que praticam
desporto de forma como usar e conservar as instalações desportivas? (Entrevistador: por
favor, assinale apenas uma opção)
Sim
Não
Não sabe
D.3. Desde que entrou para escola, viu alguma mudança feita nas instalações desportivas
na escola? (Entrevistador: por favor, assinale apenas uma opção)
Sim
Não
Poucas
Não sabe
82
Renovação dos equipamentos existentes
Melhoria na segurança dos desportistas
Melhoria na higiene
Melhoria do conforto dos equipamentos
D.5. Desde a sua entrada para escola, qual é a tendência do nível de conservação das
instalações desportivas da escola? (Entrevistador: por favor, pode assinalar mais de uma
opção)
Tendem a melhorar
Mentem-se as mesmas
Tendem à degradação
Não sabe
D.6. Porquê é que acha que as instalações na escola assumem esse sentido?
(Entrevistador: por favor, assinale apenas uma opção)
A escola investe em novos equipamentos
A escola procura conservar o equipamento existe
A escola não faz nenhuma manutenção
D.7. Não sua opinião, como é que a escola lida com a gestão e manutenção das
instalações desportivas existentes? (Entrevistador: por favor, assinale apenas uma opção)
Espera se estragar para arranjar
Faz assistência para não se estragar
Deixa apenas que se estrague
Não sabe
D.9. Qual é a sua opinião em relação a forma como a escola lida com a manutenção das
instalações desportistas existentes? (Entrevistador: por favor, assinale apenas uma opção)
Excelente
Bom
Mau
Péssimo
83
D.11. Porquê tem esse sentimento em relação à manutenção das instalações desportivas
da escola? (Entrevistador: por favor, assinale apenas uma opção)
Não se identifica com elas
São da responsabilidade apenas da escola
Não é incluso no processo de manutenção
Não apresenta condições que vale a pena conservar
Outro (Especifique):
D.12. Qual é a avaliação que faz da sua prestação desportiva deste que começou a fazer
uso das instalações desportivas da escola? (Entrevistador: por favor, assinale apenas uma
opção)
Tende a melhor
Tende a manter-se
Tende a diminuir
Não sabe
PROTOCOLO DE OBSERVAÇÃO
1. Identificação Geral
2. Tipo de Instalação
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1.Grandes campos [ ] 2. Pequenos Campos [ ] 3. Pistas de atletismo [ ]
1. Quanto a cobertura
1 Cobertas [ ] 2. Descobertas [ ]
2. Quanto ao sector
5. Tipo de Piso
_________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
85
86