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Revisão da Vida Toda: Tese

Favorável no STJ
Já treinamos mais de 18 mil
advogados e já nos relacionamos com
mais de 120 mil advogados

Já atuamos de forma direta e indireta em


mais de 8 mil aposentadorias

Atuei como professor em cursos de


graduação, pós graduação e EAD em
Quem é Elias Evangelista?Pai da Laís, várias Estados do Brasil
Advogado previdenciário há mais de 14 anos,
contabilista, mestre em direito processual civil e
empresário. Nos últimos 5 anos vem ajudando Sou Fundado do IAPAJus – Instituto de
advogados a desenvolver a advocacia Aperfeiçoamento em Práticas da
previdenciária em seus escritórios. Nesta jornada, Advocacia
transformamos a vida de centenas de alunos.
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Iapajus
1. Revisão da Vida Toda: conceito

-→ É uma espécie de revisão de benefício previdenciário que tem como


fundamento afastar a regra de transição do art. 3ºda Lei 9876/99. Dessa
forma, seriam aproveitadas todas as contribuições previdenciárias do
segurado, não somente as realizadas a partir de julho de 1994, e também
afastado o “divisor mínimo”.
Até 28/11/1999: Média dos últimos 36 meses, apurado entre as últimas 48 contribuições.
Antes e Após: 29/11/1999 (Para quem já era contribuinte): Média aritmética de 80% dos maiores salários- de-contribuição de todo período
contributivo, a partir de julho de 1994.
1º contribuição Após 29/11/1999: Média aritmética de 80% dos maiores salários-de-contribuição do PBC.
2. Revisão da Vida Toda: Fundamentos

1) Constituição Federal
Esse fundamento afirma que a forma de cálculo da regra de transição é
contrária à Constituição Federal e à própria Lei 8.213/91, pois elas são claras
em prever o cálculo com toda a vida contributiva do segurado.
→ inconstitucionalidade do artigo 3º da Lei 9.876/99 (regra de transição).

Princípio da Isonomia/Igualdade (art. 5ª, caput), Princípio da Legalidade


(art. 37, caput), Princípio do Direito Adquirido (art. 5º, XXXVI), Princípio da
Razoabilidade e Proporcionalidade, e ainda ao disposto no art. 201,
§1º, todos da Constituição Federal de 1988.
1.1 Regra de Transição Prejudicial

Até 28/11/1999: Média dos últimos 36 meses, apurado entre as últimas 48


contribuições.
Antes e Após: 29/11/1999 (Para quem já era contribuinte): Média aritmética de
80% dos maiores salários- de-contribuição de todo período contributivo, a partir
de julho de 1994.
1º contribuição Após 29/11/1999: Média aritmética de 80% dos maiores
salários-de-contribuição do PBC.
2) O INSS é obrigado a conceder o melhor benefício
Por força da IN 77 (artigos 687 e 688) e do enunciado nº 5 do CRPS, o
INSS deve conceder o melhor benefício, apresentando ao segurado os
cálculos de todas as regras vigentes para que ele possa escolher.
"Quando o STF reconheceu o direito ao melhor benefício,
orientou que deve ser observado "o quadro mais favorável ao
beneficiário, pouco importando o decesso remuneratório
ocorrido em data posterior ao implemento das condições
legais", buscando apoio franco, ostensivo e manifesto no
instituto do direito adquirido (RE 630501, Rel. Min. Ellen Gracie,
Rel. p/ Acórdão Min. Marco Aurélio, Plenário, j. 21/02/2013, DJe
26-08-2013).
3. Resp: 1.596.203 - PR

A Lei 9.876, de 26 de novembro de 1999, alterou a forma de cálculo dos


benefícios previdenciários.

Antes, de acordo com a redação original da Lei 8.213/91, o cálculo


do salário-de-benefício (SB) consistia na média aritmética simples dos
últimos salários-de-contribuição dos últimos 36 meses (após aplicação de
correção monetária), apurados em período não superior a 48 meses
(redação original do art. 29 da Lei 8.213/91).
➢O Segurado defendeu o reconhecimento do direito ao
recálculo do salário de benefício e da renda mensal inicial, a
partir de todo o histórico contributivo, como estabelece a
regra definitiva do art. 29, I da Lei 8.213/1991, em
detrimento da regra provisória contida no art. 3o. da Lei
9.876/1999.

➢Retratou que a regra de transição é menos favorável ao


Segurado, o que contraria seu direito à concessão do melhor
benefício.
➢Regra definitiva, aplicável aos Segurados que se
filiaram ao RGPS após a vigência da Lei 9.876/1999, o salário de benefício é
calculado a partir da média aritmética simples dos maiores salários de
contribuição, correspondentes a 80% de todo o período contributivo (art. 29, I e II
da Lei 8.213/1991).

➢Ocorre que para os Segurados que já eram filiados ao


RGPS em tempo anterior à nova lei, estabeleceu-se uma regra de transição,
que dispõe que, para o cálculo da média aritmética dos salários de contribuição,
com o marco inicial do PBC fixado em julho de 1994, desconsiderando-se os
salários de contribuição anteriores.
→ possibilidade de aplicação da regra definitiva
prevista no art. 29, I e II da Lei 8.213/1991, na
apuração do salário de benefício, quando mais
favorável do que a regra de transição contida no art.
3o. da Lei9.876/1999, aos Segurados que ingressaram
no sistema antes de 26.11.1999 (data de edição da Lei
9.876/1999)
4. Questões Práticas:

Como entrar com a Revisão da Vida Toda?

Você deverá analisar 02 possibilidades:

1ª Quem ganhava bem antes de 07/1994 começou a ganhar menos


depois de 1994.
2ª Quem possui poucas contribuições depois de 07/1994,
SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO

Até 28/11/1999: Média dos últimos 36 meses, apurado entre as últimas 48


contribuições.
Antes e Após: 29/11/1999 (Para quem já era contribuinte): Média aritmética de
80% dos maiores salários- de-contribuição de todo período contributivo, a partir
de julho de 1994.
1º contribuição Após 29/11/1999: Média aritmética de 80% dos maiores
salários-de-contribuição do PBC.

Exceção1: Benefícios por incapacidade e pensão por morte com menos de 60% contribuições
(será executada a média entre as existentes).
Exceção2: Outros benefícios com menos de 60% contribuições (será executada a média
entre as existentes pelo divisor mínimo de 60% do PBC).
4.1 Documentos para entrar com a ação

a) Procuração judicial / Identidade e CPF


b) Comprovante de residência
c) Declaração de hipossuficiência (caso tenha direito à justiça gratuita)
d) Carta de concessão da aposentadoria, ou processo administrativo da
concessão
e) Cálculo do tempo de contribuição
f) Cálculo da RMI incluindo os salários de contribuição anteriores a julho/1994
g) Cálculo do valor da causa
5. Questões Práticas: DECADÊNCIA

RE 626.489: "o direito fundamental ao benefício previdenciário pode ser


exercido a qualquer tempo, sem que se atribua qualquer consequência negativa
à inércia do beneficiário", encontrando-se, como se percebe, na mesma linha da
decisão relativa ao reconhecimento do direito ao melhor benefício

→ STF "O direito à previdência social constitui direito fundamental e, uma vez
implementados os pressupostos de sua aquisição, não deve ser afetado pelo
decurso do tempo. Como consequência, inexiste prazo decadencial para a
concessão inicial do benefício previdenciário".

→ ponto fundamental: a busca pelo melhor benefício não constitui uma ação
revisional propriamente dita, mas uma ação de concessão de benefício.
5.1 Questões Práticas: DECADÊNCIA

Tema 975 o STJ - STJ teria atribuído ao segurado o ônus de demonstrar provas
de que não poderia mover a revisão.

Ex. Reclamação Trabalhista em Curso; Fato Superveniente!


→ Esfera civil a regra geral é que se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo,
modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em
consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a decisão (art. 493
CPC).
→ O parágrafo único do mesmo dispositivo pontua que se o magistrado constatar de ofício o fato
novo, deverá ouvir as partes sobre o fato novo, antes de decidir. Isso significa que a decisão
não deve refletir necessariamente o estado de fato e de direito existente no momento da
propositura da demanda, mas àquele existente no momento do seu julgamento
5.1 Como Prospectar este tipo de Revisão?
Observações Finais

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