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Álcoois
Éteres
Universidade Rovuma
Nampula
2020
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Herculano Silvestre José
Álcoois
Éteres
Docente:
Universidade Rovuma
Nampula
2020
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Introdução
O álcool teve sua origem na pré - história durante o período neolítico quando houve a
aparição da agricultura e a invenção da cerâmica. A partir de um processo de
fermentação natural ocorrido há aproximadamente 10.000 anos, o ser humano passou a
consumir e a atribuir diferentes significados ao uso do álcool.
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Conceito
A palavra álcool deriva do arábico al-kuhul, que se refere a um fino pó de antimónio, e
usado como maquiagem para os olhos. Os alquimistas medievais ampliaram o uso do
termo para referir-se a todos os produtos da destilação e isso levou ao actual significado
da palavra.
Propanol – 1
b) Diálcool: álcool que possui duas hidroxilas ligadas à cadeia carbônica.
Exemplo:
Propanodiol – 1,2
c) Triálcool: este álcool conta com três hidroxilas em sua cadeia.
Exemplo:
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Propanotriol
b) Álcoois secundários
c) Alcoóis terciários
a) Álcool de cadeia aberta: a cadeia que forma este álcool é linear, ou seja, não
forma ângulos.
Exemplo:
Propanol-2
b) Álcool de cadeia cíclica: a presença de uma figura geométrica caracteriza
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este tipo de álcool.
Exemplo:
Ciclopentanol
Neste caso, a figura pentágono forma a estrutura carbônica.
c) Álcool de cadeia aromática: O álcool aromático possui um anel benzeno em
sua estrutura.
Exemplo:
Fenol
1. Nomenclatura IUPAC
Os álcoois não podem apresentar mais de uma hidroxila ligada a um mesmo átomo de
carbono. A nomenclatura dos álcoois, segundo a IUPAC, é feita basicamente seguindo a
regra abaixo:
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A cadeia principal é sempre a que possui a hidroxila. Se houver insaturação (ligações
duplas ou triplas entre carbonos), ramificações ou mais de uma possibilidade para a
localização da hidroxila, é necessário colocar o número do carbono onde estão
localizadas.
Exemplos:
2. Nomenclatura usual
Para realizar a nomenclatura usual para álcoois, é necessário reconhecer os radicais orgânicos a
partir do grupo OH presente na cadeia.
A regra de nomenclatura usual para os álcooisé uma forma diferente de nomear esses
compostos orgânicos, levando em consideração a nomenclatura oficial estabelecida pela
União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC). Normalmente o nome
do álcool segue os padrões estabelecidos pela IUPAC:
Prefixo + infixo + ol
A regra oficial de nomenclatura dos álcoois prioriza a quantidade de carbono, o tipo de
ligações existentes entre os carbonos e a posição ocupada pelo grupo hidroxila. Veja um
exemplo:
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A cadeia desse álcool apresenta três carbonos (prefixo prop), apenas ligações simples
(infixo an) e o grupo hidroxila está localizado no segundo carbono da cadeia (2-ol).
Dessa forma, o nome do composto é propan-2-ol.
Todavia, um álcool também pode apresentar um nome usual, que é aceito e reconhecido
pela própria IUPAC. Neste texto vamos dar ênfase na regra de nomenclatura usual
para os álcoois, a saber:
Álcool + nome do radical + ico
A regra de nomenclatura usual que é aceita para os álcoois tem como princípio básico
a utilização dos nomes dos radicais orgânicos. Uma dica que facilita a utilização dessa
regra é demarcar o grupo hidroxila presente na cadeia do álcool:
Exemplos:
Etanol
Os álcoois mais simples são muito usados, dentre outras coisas, como:
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Matéria-prima de inúmeras reacções para obtenção de outros compostos
orgânicos
Combustível
Componente de bebidas (etanol)
Umectante
“Anti-freeze” – para baixar o ponto de congelamento da água de radiadores em
países frios
Fluido em breques hidráulicos
Matéria-prima de plásticos e fibras (poliésteres)
Solventes
Tintas
Plastificantes
Lubrificantes
Agente adoçante
Componente de cosméticos
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Éteres
Éter é todo composto orgânico onde a cadeia carbônica apresenta – O – entre dois
carbonos. O oxigênio deve estar ligado directamente a dois radicais orgânicos (alquila
ou arila).
O nome oficial dos éteres, ou nomenclatura IUPAC, contém a palavra ÓXI entre o
nome dos dois grupos. O primeiro nome deve ficar com o prefixo do menor número de
carbonos. E o último nome com o nome do hidrocarboneto que contém o maior número
de carbonos.
Exemplos:
Os éteres podem ser cíclicos, ou seja, com a cadeia fechada. Neste caso, o oxigênio é o
heteroátomo.
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Poliéteres
Poliéteres são compostos com mais de um grupo éter. O termo geralmente refere-se
a polímeros como o polietilenoglicol e polipropilenoglicol. Os compostos chamados
de éteres coroa são exemplos de poliéteres de baixo peso molecular.
Éteres-coroa
Os éteres-coroa são poliéteres cíclicos, que interagem com metais alcalinos e cátions
amônio. Charles Pedersen recebeu o Prêmio Nobel de 1987, juntamente
com Cram e Lehn pela descoberta de moléculas que atuam como complexantes de íons
e outras moléculas.
O éter mais conhecido é o éter comum, ou etóxietano ou ainda éter dietílico. Ele é
encontrado em farmácia e hospitais. É um líquido muito volátil, com ponto de ebulição
em torno de 35°C, muito inflamável, incolor e com odor característico. Pode ser
utilizado como solvente de graxas, óleos, resinas e tintas.
Passou a ser usado como anestésico por inalação em 1842. Provocava grande mal estar
nos pacientes após a anestesia e foi então substituído por outros anestésicos.
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Outro éter muito utilizado é o metóxi-terciobutano, que funciona como antidetonante na
gasolina.
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Conclusão
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Bibliografia
Atkins, P.W., Jones, L., Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio
ambiente 5ª ed., Porto Alegre: Ed. Bookman, 2012.
Usberco J., Salvador E., Química Geral, 12ª.ed., São Paulo: Saraiva, 2006.
Scheidt, Letícia; Fries, Gabriel Rodrigo; Stertz, Laura; Cabral, João Carlos Centurion;
Kapczinski, Flávio; Almeida, Rosa Maria Martins de; Scheidt, Letícia; Fries, Gabriel
Rodrigo; Stertz, Laura (1 de setembro de 2015).
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