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Publicado em 18.10.

2019
30.06.2021

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Destacamos abaixo a tabela atualizada com as emissões correntes. Em
tempo, ponderamos que, em função do momento atual da nossa indústria –
diante dos riscos iminentes da tributação –, é possível que haja alguns FIIs
sendo negociados abaixo do preço de emissão. Assim, continuaremos a fazer
publicações nos Radares e Relatórios, embora esteja evidenciado que a
janela de captação deverá ficar mais estreita pelos próximos meses.

Fundo Tipo Preço Proporção Data-base Preferência Sobras Reserva Pública

ALZR11 476 R$ 117,19 44,65% 08.06.21 10.06 até 22.06.21 25.06 até 30.06.21 Não há

GCRI11 476 R$ 100,27 100,00% 08.07.21 16.07 até 28.07.21 04.08 até 09.08.21 Não há

HAAA11 476 R$ 96,82 36,90% 22.06.21 24.06 até 06.07.21 Não há Não há

HGCR11 400 R$ 107,70 29,16% 18.06.21 25.06 até 07.07.21 Não há 13.07 até 20.07.21

HOSI11 476 R$ 93,50 506,40% 30.06.21 05.07 até 16.07.21 21.07 até 26.07.21 Não há

KNIP11 400 R$ 104,42 Não há Não há Não há Não há 18.06 até 16.12.21

MCCI11 400 R$ 103,58 39,21% 12.07.21 14.07 até 26.07.21 Não há 14.07 até 29.07.21

MINT11 476 R$ 110,00 349,65% 18.06.21 22.06 até 02.07.21 Não há Não há

OURE11 400 R$ 88,31 108,92% 07.07.21 16.07 até 28.07.21 04.08 até 09.08.21 20.08 até 24.08.21

RBHY11 400 R$ 101,87 163,61% 08.06.21 15.06 até 25.06.21 Não há 15.06 até 05.07.21

RBRS11 476 R$ 73,91 33,01% 23.06.21 28.06 até 12.07.21 19.07 até 26.07.21 Não há

RZAK11 400 R$ 100,85 119,82% 06.07.21 12.07 até 22.07.21 Não há 17.07 até 26.07.21

SDIL11 400 R$ 100,87 48,36% 08.07.21 16.07 até 28.07.21 02.08 até 05.08.21 13.08 até 20.08.21

SHDP11B 476 R$ 1.507,15 0,70% 09.06.21 14.06 até 25.06.21 Não há Não há

VGIP11 476 R$ 98,96 48,60% 10.06.21 14.06 até 24.06.21 29.06 até 02.07.21 Não há

Fonte: Suno Research (atualizado em 29/06/2021).

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De forma extraordinária e em função da quantidade de dúvidas que temos
recebido dos assinantes, optamos por interromper a revisão semestral da
Carteira Recomendada para apresentar um relatório especial sobre a
possibilidade de tributação em fundos imobiliários.

Na próxima semana (07/07/2021), retomaremos a revisão dos ativos da


carteira que ainda restam ser analisados, bem como eventuais movimentos.
Lembrando que o monitoramento do mercado em geral seguirá ocorrendo
normalmente no Radar de FIIs, sempre às segundas-feiras pela manhã.

Hoje, faremos um relatório de leitura leve, com uma linguagem simples e


sem tecnicidades. O principal objetivo aqui é nos comunicarmos bem com
a base de assinantes neste momento tão delicado. Vamos lá.

No início da revisão semestral, em 02/06/2021, comentamos sobre o risco


da tributação (fim da isenção) que nos persegue há anos. Na última sexta-
feira (25/06/2021), esse “fantasma” ganhou forma com a publicação do
Projeto de Lei 2337/2021.

O primeiro ponto de extrema relevância a ser destacado é que, por ora,


temos apenas um Projeto de Lei – que ainda será tramitado, debatido e,
possivelmente, ajustado pelo Congresso Nacional. Ou seja, não há qualquer
certeza de que o fim da isenção nos FIIs será aprovado e de que, a partir
de 2022, 15% da renda mensal será retida – que fique claro.

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Isto posto, a orientação inicial é: “fiquem calmos”. Sim, sabemos que é difícil
controlar as emoções e que, nessas horas, os nervos ficam à flor da pele.
Afinal, somos seres humanos e as nossas economias estão aplicadas em FIIs.

É fundamental que os assinantes se mantenham firmes à estratégia. Afinal,


agora conhecemos o pior cenário, isto é, a tributação com uma alíquota de
15% na renda e no ganho de capital – o qual, inclusive, passaria a ter um
ajuste trimestral, e não mais mensal.

Haverá muita discussão sobre o tema em todas as esferas legislativas com


o Executivo. O debate político será intenso e caloroso, sobretudo pelo fato
de que a revogação do artigo que protege os FIIs impactará em cheio o
Fiagro, que acabou de ser promulgado por ampla maioria no Congresso.

A “bancada do agro” é forte, e os FIIs estão no mesmo barco. Durante a


entrevista da equipe econômica, um ponto a que nos atentamos foi a
pergunta sobre a manutenção da isenção em CRI, LCI, CRA e LCA. A resposta
indicou a vontade de preservar os setores imobiliário e do agronegócio.

Ora, mas os FIIs são o quê? Possivelmente, o prefixo “Fundos” fez com que
se colocasse tudo no mesmo grupo ao se pleitear por mais isonomia e
harmonização diante dos Fundos de Investimento em geral.

Importante – fica cada vez mais evidente que os FIIs têm sido uma fonte de financiamento
(funding) para os diversos setores por meio do mercado, reduzindo a intermediação bancária. Indo
além, veja que os FIIs são duplamente eficientes, pois usam os ativos imobiliários para fomentar a
economia, destravando recursos privados para que as empresas de logística, varejo, saúde,
educacional, construção civil, entre outras, ganhem fôlego e melhorem seus balanços.

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Outro ponto que gerou muita confusão entre os investidores foi o fato de
que os dividendos pagos pelas empresas poderão ficar isentos em até R$ 20
mil por mês, ou seja, até R$ 240 mil anuais. Esse ponto não tem
absolutamente nada a ver com uma eventual tributação dos FIIs – são leis
diferentes. Logo, caso realmente sejamos tributados, haverá uma retenção
de 15% na fonte, independentemente do volume a ser distribuído.

Outro ponto curioso, que merece consideração adicional no Projeto de Lei,


é o fato de que, em caso de aprovação, os FIIs passarão a ser obrigados a
distribuir 95% do resultado líquido anual, e não mais semestral. Isso fará
com que os gestores possam se ajustar melhor aos desafios de curto prazo.

Voltando um pouco no tempo: quando fomos impactados na pandemia,


repetimos diversas vezes a frase “um dia de cada vez” em nossas lives com
os gestores e nos relatórios. Aos poucos, o mercado se ajustou, não é
mesmo? Agora, não será diferente. Vamos um dia por vez.

Uma pergunta recorrente que recebemos foi: “A indústria de FIIs vai


acabar se houver mesmo a tributação?”. A resposta é “não”.

Porém, se aprovada, espera-se que passaremos por uma readequação,


obviamente. É inegável que teremos um retardo no crescimento dos fundos
e da base de cotistas – e, nesse cenário, os Gestores teriam de ser ainda mais
cobrados por sua eficiência quanto à gestão ativa do portfólio, em especial
pelo fato de que a “chuva de emissões” diminuiria drasticamente.

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Explicando melhor: se tributados, os FIIs poderão ser negociados abaixo do
Valor Patrimonial (VP) por um longo período, e as emissões perderão
bastante tração. Com isso, os Gestores terão de intensificar a prática da
gestão ativa, reciclando o portfólio de imóveis e CRIs em busca de cap rates
mais atrativos, além de melhorar a relação entre receitas e despesas.

Em resumo, o rendimento por cota teria de crescer organicamente em


virtude da eficácia do Gestor e do portfólio. Com o passar do tempo,
saberíamos diferenciar com ainda mais objetividade quem, de fato, são
os melhores times de gestão.

Após um período de redesenho estrutural dos FIIs, os efeitos da tributação


seriam superados, e a janela de captação seria novamente aberta. Quanto
tempo isso poderia demorar? Não há como sermos assertivos, mas algo
entre um e dois anos nos parece adequado em qualquer cenário.

Comentário adicional – trabalhamos com a possibilidade de alguns FIIs monoativos ou de pequeno


porte saírem do mercado de forma definitiva. Na prática, os Gestores seriam cobrados por vender
o imóvel o mais próximo possível do VP e amortizar os recursos aos cotistas. De toda forma, há um
risco adicional aí, uma vez que o Projeto de Lei afirma que as amortizações também serão
tributadas em 15%. Enfim, tributar amortização além do ganho de capital, em nossa análise, não faz
muito sentido. Vejamos como isso será debatido internamente pelos parlamentares.

Voltando às emissões: o risco iminente da tributação fará com que algumas


ofertas sejam adiadas. Inclusive, já vimos a suspensão em XPIN11. Agora,
com os preços abaixo VP, os Gestores terão de estar muito seguros de que,
para captar novamente, os (novos) cap rates serão suficientemente maiores
a fim de justificar um rendimento por cota melhor.

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Aqueles investidores mais críticos quanto ao sequenciamento de novas
emissões poderão calibrar melhor seus portfólios diante das expectativas
futuras. Crescer o Fundo organicamente e de forma sustentável será o
“nome do jogo” pelos próximos meses. Curiosamente, a natureza está
fazendo o seu trabalho.

Diante isso, deixamos aqui duas reflexões aos assinantes:

▪ Se NÃO tributar, teremos cerca de seis meses de janela de compras no mercado


secundário a preços bem convidativos, considerando um DY praticamente já ajustado
para uma eventual tributação de 15%.

▪ Se tributar, devemos ter entre um e dois anos de boas oportunidades. Chegou a hora de
usarmos mais o home broker e deixarmos de lado as plataformas de novas emissões, até
porque a janela para captações ficará fechada por um bom tempo, salvo raras exceções.
Vale lembrar que será muito importante monitorarmos os FIIs que tiverem alavancagem
(passivos), ou seja, obrigações a pagar entre 12 e 24 meses – é possível que, nesses casos,
as emissões abaixo do VP sejam mandatárias ou o Gestor será levado a diminuir a renda
de forma mais impactante. A monitorar.

O fato é que o pior cenário já está na mesa, pois, agora, sabemos como é o
“jeitão do fantasma”. Até pouco tempo, o botão “comprar” do home broker
precificava o risco da tributação – isso mudou. Agora, ao comprar a cota de
qualquer FII, o investidor tem uma matriz de riscos mais calibrada.

Observe que, nas últimas semanas, o IFIX vinha com quedas recorrentes e,
com as correções nos últimos dias, já temos diversos FIIs de Tijolos com boa
qualidade oferecendo retornos acima de 6% ao ano, já considerando uma
possível tributação de 15%.

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Abaixo, destaque para os FIIs de Tijolos da nossa Carteira Recomendada,
assumindo a tributação de 15% diante das projeções. Os preços estão com
base no fechamento do mercado em 29/06/2021. Lembrando que, nesse
momento, não temos a intenção de alterar os preços-teto sem termos mais
elementos quanto à evolução do PL 2337/21.

Preço R$/ano DY R$/ano DY “Novo”


FII
(29/06/2021) (Projetado) (Projetado) (Tributado) (Tributado) Preço-Teto

ALZR11 118,02 8,64 7,32% 7,34 6,22% 122,40

BTLG11 105,20 8,40 7,98% 7,14 6,79% 119,00

HGLG11 170,00 10,20 6,00% 8,67 5,10% 144,50

HGRU11 115,01 8,40 7,30% 7,14 6,21% 119,00


(*) HSML11 88,26 5,40 6,12% 4,59 5,20% 76,50
(*) MALL11 95,20 6,60 6,93% 5,61 5,89% 93,50

PVBI11 93,34 6,72 7,20% 5,71 6,12% 95,20

RBRP11 82,82 6,00 7,24% 5,10 6,16% 85,00

VILG11 110,40 7,32 6,63% 6,22 5,64% 103,70


(*) VISC11 106,70 6,00 5,62% 5,10 4,78% 85,00

XPLG11 105,48 7,80 7,39% 6,63 6,29% 110,50


(*) XPML11 101,91 4,80 4,71% 4,08 4,00% 68,00

(*) Assim como ocorreu na pandemia, os FIIs de shoppings centers perdem a referência de precificação, uma vez
que ainda há muita distorção quanto aos rendimentos projetados para os próximos 12 meses. Portanto, não é uma
diretriz adequada dentro desta mecânica de cálculo para uma tomada de decisão. Temos de nos ancorar mais em
relação ao P/VP e à expectativa de aumento de renda em um cenário de vacinação mais avançada.

Consideramos uma média do cupom na NTN-B em 4%, além de um spread


de 2%, entendendo que os FIIs da carteira têm um viés conservador. A
princípio, estamos confortáveis com a margem atual após as recentes
quedas, uma vez que o mercado vem corrigindo rapidamente a (possível)
tributação. Note que, excluindo os shoppings, todos os FIIs recomendados
estão sendo negociados abaixo do suposto “novo preço-teto”.

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No caso dos FIIs de shoppings centers, entendemos que, ao longo do 2S21,
devemos ter um patamar superior das distribuições mensais. Lembrando que
falaremos disso na próxima semana, na sequência da revisão da carteira.

Comentário adicional – o único FII recomendado que, de fato, pode estar sobre precificado diante
de um eventual cenário de tributação é o HGLG11. Mesmo assim, não entendemos que seja motivo
para recomendação de venda, sobretudo pelo fato de que há lucros extraordinários importantes a
serem distribuídos até 2022, os quais são capazes de compensar o prêmio atual.

Mas os fundos imobiliários podem cair ainda mais?

Claro que podem. Afinal, cerca de 90% do mercado é formado por cotistas
que investem há três anos e, muitas vezes, as decisões de curto prazo são
tomadas com um cunho emocional. Em nossa análise com um viés mais
racional, entendemos que o patamar de preços no secundário sugere que o
mercado já tenha precificado uma boa parte do risco tributário.

Mesmo assim, não descartamos novas correções de preços, uma vez que a
alta volatilidade – a qual deverá persistir até o fim do ano, ou até quando o
Projeto de Lei avançar no Congresso – poderá “espantar” os investidores que
aportaram nos FIIs com premissas frágeis.

Para quem tem um perfil ancorado no longo prazo, siga investindo com a
devida margem de segurança. Obviamente, busque dividir seu fluxo de
aportes, equilibrando com a “Reserva de Oportunidades”. Na prática,
aplique com mais parcimônia e “engorde” as suas reservas, pois ainda
devemos ter bons pontos de entrada até o fim do ano.

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Importante – em qual proporção devo direcionar meu fluxo? Não há uma reposta precisa, mas
algo na faixa de 50% para cada uma das classes pode fazer sentido. Por exemplo: se você deseja
investir R$ 1.000,00 em FIIs, aplique R$ 500,00 e “engorde” as suas reservas de oportunidade com
os outros R$ 500,00. Porém, de novo, isso é algo pessoal e, nessas horas, o “teste do travesseiro” é
um ótimo conselheiro.

Agora vamos falar um pouco sobre as outras classes de ativos:

No caso dos FIIs de Papéis, é importante destacar que alguns investidores


estavam preocupados com a possibilidade de bitributação. Entendemos
que, nesse Projeto de Lei, não há esse risco evidenciado, tanto para os FIIs
de CRIs como para os Fundos de Fundos (FOFs).

Com relação aos FIIs de CRIs, entendemos que os nossos FIIs recomendados
dispõem de um cupom médio líquido entre inflação + 6% e 6,5% ao ano.
Assim, mesmo com tributação, ainda haverá um prêmio acima de uma NTN-
B com remuneração bruta de IPCA + 4%. Aqui, vale observar que devemos
considerar o cupom líquido da NTN-B, ou seja, 3,4% ao ano.

Importante – nos FIIs de Tijolos, é de bom tom manter o “cupom cheio” da NTN-B, uma vez que a
cota patrimonial tende valorizar no tempo. Ou seja, em algum momento futuro, o investidor poderá
se desfazer da sua posição e pagar ganho de capital. Assim, comparar com o cupom bruto é mais
adequado. Já no caso dos FIIs de Papéis, se tributados, é adequado retirar o IR de 15% do cupom
da NTN-B para que eles fiquem, de fato, equivalentes na precificação.

Dessa forma, não vamos recalcular os preços-teto dos FIIs de CRIs da nossa
Carteira, entendendo que o mais adequado – em um momento de maior
estresse, como agora – é que os investidores fiquem mais ancorados no
VP/cota e que procurem evitar compras com ágio muito acima de 5%.

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Com base nisto, IRDM11 é o que poderia estar mais descolado. Todavia, não
temos a intenção de recomendar a venda da posição, conforme explicado
no relatório da semana passada, por ser um FII com maior versatilidade para
gerar resultados extras (alfa). Vale, inclusive, ponderar que há um pleito em
andamento para aprovar uma nova emissão no Fundo. Caso aprovada,
traremos mais informações oportunamente.

Não temos FOFs na carteira, mas temos recebido diversas perguntas. Em


uma análise preliminar, avaliamos que os FOFs constatarão uma remarcação
negativa no VP nos próximos meses e, além disso, uma maior dificuldade
em conseguir girar o portfólio. Assim, entendemos que, no atual cenário, o
desafio dos Gestores será maior, uma vez que cerca de 30% a 40% das
receitas são geradas via ganho de capital.

Mais uma vez, vale lembrar que não há riscos de bitributação em FOFs. O
Fundo deverá permanecer isento e somente a renda distribuída ao cotista.
Lembrando que, para todas as classes, o imposto de 15% será retido na fonte
(caso aprovado, obviamente).

No caso dos FIIs de Desenvolvimento Imobiliário, entendemos que os


Gestores poderão conseguir se readequar mais rapidamente, visto que esse
é um segmento onde há maiores margens, em virtude de suas taxas internas
de retorno mais robustas. O risco mais evidente, em nossa visão, ocorrerá
quando forem necessárias novas emissões a fim de aportar nos projetos em
fase inicial (landbank). Se a cotação estiver muito abaixo do VP, o impacto
no patrimônio poderá ser contundente e taxativo.

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Mas a grande pergunta é: “O que devo fazer neste momento?”.

A nossa orientação é seguir com compras graduais na sua carteira de FIIs e,


ao mesmo tempo, direcionar uma outra parte dos recursos a serem
aportados para fortalecer a sua Reserva de Oportunidades.

Considerando os preços atuais no mercado secundário, é possível verificar


que, em média, boa parte dos FIIs de Tijolos da Carteira Recomendada está
com DY (“tributado”) em 6% ao ano; e os FIIs de Papéis, com 9% ao ano.

Muito cuidado para não achar que os fundos imobiliários agora viraram uma
“terra arrasada”. Lembrando que já temos descontos importantes em
relação aos valores patrimoniais em todas as classes e setores.

Reforçamos novamente que, por ora, não temos a intenção de mudar os


preços-teto até que tenhamos novos elementos para análise. Não queremos
nos precipitar e levar nossos assinantes à perda de boas oportunidades de
compra por entendermos que há uma boa margem de segurança. Observe
que a tabela publicada neste relatório já mostra que teríamos preços-teto
acima dos preços atualmente negociados no mercado secundário.

Mas, de novo, não sabemos até onde irão a volatilidade e o emocional dos
investidores. Ou seja, é possível que ainda tenhamos novos movimentos de
venda (sell-off) até o desdobramento final do Projeto de Lei. Via de regra,
em momentos de maior estresse, os investidores ficam mais sensíveis às
notícias diárias e vão perdendo a paciência e o foco no longo prazo.

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Seguimos confiantes de que não há sentido nessa proposta, que visa a
manter alguns ativos financeiros isentos e a tributar os fundos imobiliários.
Estes têm como alvo principal financiar operações, irrigando a economia
com recursos privados do pequeno investidor.

Essa proposta vai na contramão do desenvolvimento do mercado, se for


aprovada sem ajustes que mantenham a segurança jurídica – ou que
possam, ao menos, preservar o atual estoque de alguma forma.

Vale reforçar que os empresários serão prejudicados como efeito colateral,


uma vez que a liquidez para os imóveis de alto padrão será prejudicada. Os
FIIs são os principais compradores de imóveis e, neste atual cenário, as
empresas perderão espaço. Em resumo: tributar vai contra uma visão
liberal de usar capital privado para desenvolver a economia.

Por fim, voltaremos com a revisão semestral na próxima semana, mas


traremos novidades sobre a tributação sempre que necessário. Em tempo,
sugerimos que todos sigam acompanhando as lives no Canal Prof. Baroni.
Temos procurado trazer vários ângulos da proposta, bem como seus
possíveis impactos.

Plantão de Dúvidas
Envie suas dúvidas referentes a este relatório. Elas serão respondidas em uma Live especial!
Acesse: https://sunoresearch.typeform.com/to/wrfxrW

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CARTEIRA SUNO FIIS UNIFICADA

Ranking DY Preço de entrada


Ticker Setor / Tipo Início Alocação Preço atual Preço-teto Recomendação Variação
Suno esperado ajustado*

Logístico
1 BTLG11 16/12/2020 5,88% R$ 105,20 8,3% R$ 125,00 R$ 102,97 Compra 2,17%
(Tijolo)

2 RECR11 CRI (Papel) 09/06/2021 5,88% R$ 102,52 11,6% R$ 105,00 R$ 103,69 Compra - 1,13%

3 MCCI11 CRI (Papel) 15/07/2020 5,88% R$ 100,80 11,2% R$ 112,00 R$ 92,45 Compra 9,03%

Corp.e Log.
4 RBRP11 11/03/2020 5,88% R$ 82,82 7,5% R$ 97,00 R$ 79,44 Compra 4,25%
(Tijolo)

Corporativo
5 PVBI11 23/06/2021 5,88% R$ 93,34 7,5% R$ 100,00 R$ 94,50 Compra - 1,23%
(Tijolo)

Educ.e Var.
6 HGRU11 30/10/2019 5,88% R$ 115,01 7,6% R$ 132,00 R$ 100,32 Compra 14,64%
(Tijolo)

Logístico
7 XPLG11 11/09/2019 5,88% R$ 105,48 7,7% R$ 123,00 R$ 89,83 Compra 17,42%
(Tijolo)

Corp. e Log.
8 ALZR11 05/06/2019 5,88% R$ 118,02 7,6% R$ 135,00 R$ 93,02 Compra 26,88%
(Tijolo)

9 VGIP11 CRI (Papel) 02/12/2020 5,88% R$ 99,65 11,3% R$ 115,00 R$ 90,24 Compra 10,43%

10 VRTA11 CRI (Papel) 22/11/2017 5,88% R$ 109,59 10,3% R$ 115,00 R$ 65,56 Compra 67,16%

Logístico
11 VILG11 19/02/2020 5,88% R$ 110,40 6,9% R$ 123,00 R$ 110,24 Compra 0,15%
(Tijolo)

Shopping
12 MALL11 28/02/2018 5,88% R$ 95,20 7,2% R$ 107,00 R$ 82,70 Compra 15,11%
(Tijolo)

Shopping
13 HSML11 21/11/2019 5,88% R$ 88,26 6,4% R$ 104,00 R$ 97,99 Compra -9,93%
(Tijolo)

Logístico
14 HGLG11 08/08/2017 5,88% R$ 170,00 6,3% R$ 170,00 R$ 85,61 Compra 98,57%
(Tijolo)

Shopping
15 XPML11 28/11/2018 5,88% R$ 101,91 4,9% R$ 105,00 R$ 86,07 Compra 18,40%
(Tijolo)

Shopping
16 VISC11 02/05/2018 5,88% R$ 106,70 5,9% R$ 108,00 R$ 88,24 Compra 20,92%
(Tijolo)

17 IRDM11 CRI (Papel) 13/11/2019 5,88% R$ 124,90 10,0% R$ 120,00 R$ 75,83 Aguardar 64,71%

* Informações atualizadas no dia 29.06.2021, após o fechamento do mercado.


Para ver a carteira completa e atualizada, acesse: https://membros.sunoresearch.com.br/carteira-recomendada-fundos-imobiliarios/

Rentabilidade acumulada da carteira (vermelho) até maio de 2021 em comparação com o IFIX (azul) e com o CDI (cinza).
(Fonte: Economatica / Suno Research)

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As informações constantes deste material podem auxiliar o
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Além disso, não garantimos a exatidão das informações aqui


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sua carteira estão sujeitos a diversos riscos inerentes aos
mercados e aos ativos integrantes da carteira, incluindo, sem
limitação, risco de mercado, risco de crédito, risco de liquidez,
risco cambial, risco de concentração, risco de perda do capital
investido e de disponibilização de recursos adicionais, entre
outros.

Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório


declaram, nos termos da Instrução CVM nº 598/18, que as
recomendações do relatório de análise refletem única e
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