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Síndrome de Asperger: relato de um caso

Letícia Viana Pereira


Cláudia Gonçalves de Carvalho Barros

Resumo
Objetivo: O presente estudo tem como real objetivo o relato de um caso de Síndrome
de Asperger comprado às características descritas na literatura. Metodologia: A partir
de um relato de um caso atendido na Clínica Escola de Fonoaudiologia do Centro
Universitário Metodista Izabela Hendrix, determinadas características foram comparadas
com o descrito na literatura pertinente. Os trabalhos foram lidos, fichados e
agrupados, segundos algumas características de abordagem, para posterior análise e
comparação com o caso clínico relatado. Discussão e resultados: As crianças com
Síndrome de Asperger são, em geral, diferentes entre si. Freqüentemente
procedimentos realizados que podem ser indicados para uma criança seriam
inadequados para outra. Assim, sugestões apresentadas pela literatura devem ser
consideradas para melhorar a assistência à criança, como a compreensão mais
abrangente e a reflexão aprofundada em relação a cada caso em específico.
Conclusão: O acompanhamento e tratamento fonoaudiológico nesses casos, é de
suma importância para o desenvolvimento o mais próximo possível do considerado
formal na linguagem e na comunicação destes indivíduos. Vivências clínicas mostram
as estratégias que podem ser sugeridas para estas crianças, lembrando que casa
criança possui suas particularidades, que devem sempre ser levadas em consideração.

Palavras-chave: Síndrome de Asperger; relato de caso; procedimentos terapêuticos.

Introdução
Um respaldo Teórico
Para Lopes (2000), a Fonoaudiologia é a ciência que se dedica à pesquisa,
diagnóstico, habilitação e reabilitação das alterações da linguagem e da comunicação,
portanto muito tem em comum com outras áreas de conhecimento.
Segundo pesquisadores como Limongi (2003) e Zorzi (2002), a aquisição da linguagem
e os processos de desenvolvimento da comunicação não se dão isoladamente no


Relato de caso realizado no Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix em 2007

Bacharel em Fonoaudiologia pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. E-mail:
leka_viana@yahoo.com.br

Docente do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix e da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais, Mestre pela Universidade Federal de Santa Catarina.

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desenvolvimento infantil, eles fazem parte de uma série de transformações no
comportamento da criança pequena, marcadas pelo aparecimento de condutas
simbólicas e da compreensão e maneira de interagir com o mundo. A análise do
chamado desenvolvimento normal se faz necessária, pois ela poderá fornecer
elementos para uma melhor compreensão e detecção dos distúrbios da linguagem e
comunicação e, consequentemente, possibilitar a elaboração de uma conduta familiar
e terapêutica mais eficaz e adequada. As alterações de linguagem e da comunicação
são elemento central nos quadros clínicos, quando associados a desordens no
desenvolvimento.
Dentre as desordens do desenvolvimento a Síndrome de Asperger é uma condição
relativamente nova. É definida como uma desordem neurológica que geralmente tem
início antes dos 36 meses de idade. Apresenta desvios e anormalidades nas áreas de
relacionamento social, uso da linguagem para a comunicação e certas características
de comportamento e estilo, envolvendo repetições ou perseverações sobre um número
limitado, porém intenso, de interesses, e estereotipias. Fatores estes semelhantes ao
que acontece no transtorno autista, mas sem déficits cognitivos próprios deste, nem
atrasos no desenvolvimento da linguagem, embora esta possua características
peculiares, com alteração verbal e não verbal. (BATISTA 2002, FERNANDES 2000).
Batista (2002) e Lopes (2000), apontam os distúrbios da comunicação verbal - e não
verbal como características da Síndrome de Asperger, uma vez que estes indivíduos
parecem não utilizar a linguagem dentro do processo comunicativo sócio interacional,
mas como objeto, com um fim em si mesmo. Apresentam um campo limitado e
peculiar de interesses, dedicando-se assuntos não usais ao seu grupo etário,
utilizando a excelente capacidade de memória que possuem, além de apresentarem
uma fala pedante, desde o inicio de suas manifestações verbais, com o uso de
palavras difíceis, tom falso e pouco espontâneo. Tais características são demonstradas
pelas dificuldades em criar um discurso coeso e contextualizado, em iniciar e manter
turnos e tópicos na conversação.
Segundo os estudos de Fernandes (2000) e Lopes (2000), a compreensão desses
indivíduos como um todo pode estar comprometida, já que a tendência é
compreenderem o que lhes é dito da maneira literal, não conseguem abstrair o
conteúdo metafórico ou duplo sentido das expressões. Existe, portanto uma
disparidade entre o uso que estes indivíduos fazem de vocabulários pouco usais a
idade cronológica, com a dificuldade de entendimento de palavras e expressões de
uso incomum.
Uma criança com Síndrome de Asperger quando avaliada em seu aspecto pragmático
consegue estabelecer um compromisso conversacional por tempo limitado, se
distraindo e modificando constantemente o foco da conversação para temas
divergentes, na maioria das vezes de interesse pessoal, e também por tempo restrito,
isto segundo pesquisas de Batista (2002) e Limongi (2003). É observada também a
grande necessidade da criança em estabelecer alguma atividade lingüística quando o
silêncio se torna presente, porém o faz com conteúdos de baixa coesão.
Quanto às habilidades conversacionais, é importante ressaltar a presença de
características peculiares na voz, como entonação exacerbada, velocidade de fala
aumentada, altura muitas vezes exagerada e sensação de voz robotizada. (Batista
2002) Além de apresentarem em seus discursos uma fala pedante com uso de
palavras e expressões descontextualizadas, chegando à estereotipia e ao jargão.

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Segundo Batista (2002), é possível observar o uso assistemático de pronomes
pessoais, possessivos, interrogativos, demonstrativos e indefinidos. O que torna a fala
mais cansativa, e estereotipada.
Em relação às habilidades não verbais, os gestos simbólicos são poucos utilizados por
estas crianças, apresentam pouca mímica facial, muitas vezes não realizando
expressões faciais marcantes em momentos distintos, e parecem não entender mímicas
e expressões faciais de outras pessoas. Fernandes (2000), Seus gestos são na maioria
amplos. Possuem grande dificuldade em comunicar-se com o olhar, mantendo pouco
ou quase nenhum contato visual com o interlocutor. Características estas que
dificultam ainda mais o estabelecimento de uma comunicação positiva e interativa.
(Batista 2002)
Estes aspectos afetam a comunicação da criança, torna-se difícil manter uma
conversação, ou seja, se fazer entender e ser entendido. A dificuldade em manter um
discurso coerente com uma criança com Síndrome de Asperger é preocupante, pois,
nem todas as famílias são orientadas adequadamente para lidarem com suas crianças
e suas características. As informações disponíveis talvez, não sejam claras suficientes,
para que as pessoas entendam estas crianças e saibam lidar com elas. Isso pode se
tornar um fator de risco em relação ao desenvolvimento desta criança.
Na opinião de Limongi (2003), o acompanhamento e tratamento fonoaudiológico
nesses casos, é de suma importância para o desenvolvimento o mais próximo do
considerado normal da linguagem e da comunicação destes indivíduos. A obtenção de
dados objetivos com a família permite ao profissional o fornecimento de dados
concretos a respeito da comunicação e interação da criança, a identificação de
progressos em curto prazo ou, a busca de procedimentos alternativos. A partir desses
dados e da própria avaliação do profissional, julgando os meios necessários para
isso, pode ser construído o perfil comunicativo da criança, o que facilita todo
processo terapêutico, sem deixar de dar atenção aos aspectos subjetivos também
envolvidos neste processo.
O elemento fundamental para o estabelecimento de um conjunto de procedimentos
terapêuticos é a compreensão de cada caso clínico. Essa compreensão deve ser tão
abragente coletando todos os dados disponíveis, para a adequação de toda etapa
terapêutica.

Objetivo
O presente estudo tem como objetivo o relato de um caso de Síndrome de Asperger
atendido na Clínica Escola de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela
Hendrix, comparado às características da Síndrome descritas na literatura. Espera-se
que este estudo possa, através de suas descrições, auxiliar profissionais e familiares
no convívio diário com estas crianças com Síndrome de Asperger.

Metodologia
A partir do relato de um caso de Síndrome de Asperger atendido na Clínica Escola de
Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, comparou-se com a
literatura pertinente ao tema as seguintes características: relação com a família,
habilidades comunicativas, entendimento com a linguagem metafórica e atuação
multidisciplinar. Os artigos científicos foram lidos e fichados para posterior análise e

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comparação com o caso clínico relatado. A literatura consultada foi agrupada de
acordo com as seguintes características de abordagem: conhecimento da dinâmica
familiar, treino das habilidades sociais, treino e familiarização com a linguagem
metafórica, estimulação das capacidades destas crianças, treino da comunicação
verbal e tratamento com outros profissionais.

Discussão e resultados
História de vida:
Paciente do sexo masculino, L.F.D., 10 anos de idade, iniciou tratamento na Clínica
Escola De Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, no ano de
2000, com 3 anos de idade, por atraso no desenvolvimento da linguagem. Segundo
familiares, a criança não falava nada. SIC. Apresenta diagnóstico de Síndrome de
Asperger, CID 10 F.10.84, sendo encaminhado para o atendimento fonoaudiológico pelo
médico neurologista.
Aspectos observados durante a terapia com o paciente:
- não fixava o olhar para as outras pessoas enquanto realizava algum tipo de
atividade lingüística;
- sua fala era pedante, fazendo o uso de palavras impróprias para sua idade
cronológica;
- sua voz era em um tom exacerbado, com sensação de voz robotizada, o que
tornava mais cansativa sua fala;
- possuía boa memória para nomes de ruas, bairros e números de ônibus da cidade
onde mora;
- não possuía muitos amigos na escola, segundo relatos da família e da própria
criança;
- adora desenhar e escrever histórias em quadrinhos;
- não tem muita paciência para esperar;
- seus gestos eram amplos, não conseguia ficar quieto, fazendo movimentos para
frente e para trás com o seu corpo;

Procedimentos terapêuticos usuais:


Segundo características apontadas por Limongi (2003), as crianças com Síndrome de
Asperger são, em geral, diferentes entre si, mesmo a que a síndrome carregue suas
características particulares, cada criança acaba por apresentar suas características
próprias, que podem ser resultado de uma série de fatores, começando pelo meio o
qual esta criança vive. Diante disso, o terapeuta deve prestar muita atenção para que
seu trabalho seja bem feito e possa trazer realmente benefícios à criança.
Muito freqüentemente procedimentos que podem ser indicados para uma criança
seriam inadequados com outra.
Conhecendo a família: O fator principal e inicial em uma terapia é conhecer o caso
clínico, ou seja, conhecer a criança e sua família, com todas suas dúvidas, desejos,
angústias, anseios e dificuldades. Um tratamento que inclua o conhecimento da

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dinâmica familiar em seu processo será mais efetivo e adequado, segundo pesquisas
dos autores Limongi (2003) Fernandes (2000) Pereira et al (2007).
Treino das habilidades sociais: Na descrição de Junior (2001), a terapia baseada na
promoção de limites comportamentais e no trabalho dos conceitos das regras sociais
é sempre eficaz no diz respeito ao desenvolvimento das habilidades sociais,
autocontrole, evitando e diminuindo a frustração e comportamentos indesejados. É
importante que a pessoa afetada aprenda a melhorar sua comunicação social.
Treino e familiarização com a linguagem metafórica: A dificuldade que apresenta uma
criança com Síndrome de Asperger em lidar com expressões idiomáticas, metáforas,
gírias, é relevante no processo de adequação de sua comunicação, pois isso atrapalha
a mesma, além de suas outras dificuldades, em manter um diálogo ou uma
conversação.
Estimulação das suas capacidades: Para Cicerone (2006), estimular as capacidades
intelectuais pode ajudar as crianças com Síndrome de Asperger a conviver em
sociedade, pois se sabe que as dificuldades encontradas nos relacionamentos com
estes indivíduos estão também na relação que a sociedade tem com eles.
Treino da comunicação verbal: Baseando-se no trabalho de Fernandes (2000), o treino
da comunicação verbal permite que a criança se expresse cada vez mais
adequadamente, conseguindo manter um diálogo e um discurso coerente, melhorando
aos poucos sua socialização.
Tratamento com outros profissionais: Fernandes (2000), considera que o tratamento
desta síndrome requeira uma intervenção em vários níveis: a família precisa de uma
orientação cuidadosa sobre as dificuldades de seu filho, e como agir para assim
poder ajudar, as habilidades lingüísticas devem ser trabalhadas, a psicoterapia é
extremamente importante, principalmente para a socialização e comunicação da
criança.
É importante salientar que as sugestões apresentadas para melhor atender estas
crianças devem ser consideradas como uma compreensão abrangente e a uma
reflexão aprofundada em relação a cada caso em especifico. (LIMONGI 2003).

Resultados na terapia:
A terapia utilizada no presente caso coincide com as sugestões citadas na literatura
analisada para o presente trabalho. Em relação a incluir a família no processo
terapêutico, foi de extrema importância para conhecer melhor a dinâmica familiar, o
que permitiu orientações mais efetivas, e um maior conhecimento para o
acompanhamento e compreensão do desenvolvimento da criança.
O treino das habilidades sociais foi relativamente importante, principalmente ao se
trabalhar atividades em lugares públicos propondo a criança situações problema,
promovendo a identificação de situações novas assim como ajudando a desenvolver
estratégias para soluções de problemas cotidianos, desenvolvendo cada vez mais suas
habilidades comunicativas e sociais. Foi ensinada a criança como abordar socialmente
pessoas, que devem dar ao outro a vez na conversa, que devem olhar para as
pessoas quando conversam com elas, que devem despedir-se, que o outro tem
intenções que são diferentes das suas e que devem ser respeitadas, etc. Essa
estratégia teve resultados extremamente positivos, no que diz respeito a melhora na
socialização da criança.

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A familiarização com as metáforas e expressões idiomáticas foi trabalhada, fazendo-se
o uso das mesmas em terapia e esclarecendo para criança sempre seu real
significado. Figuras com expressões faciais foram levadas para que a criança as
associasse com expressões e metáforas que lhe eram mostradas. Sugerir também que
a criança reproduzisse determinadas expressões em seu discurso e realizasse
expressões faciais relacionadas à idéia principal era feito no intuito de fixar a
proposta inicial, que era de familiarizar a criança com o uso da linguagem metafórica.
Com o passar do tempo, foi observado que a criança não só já entendia o significado
de algumas expressões como já fazia o uso de algumas delas em seu discurso
cotidiano, e mudava algumas expressões faciais em situações distintas.
Buscar na criança o desenvolver de suas próprias capacidades unindo com o treino
da comunicação verbal se tornou um procedimento extremamente importante na
terapia. Descobrir as dificuldades na escola, no mundo social, e na comunicação,
assim como as dificuldades familiares foi um grande começo e o ponto inicial. Buscar
na criança pistas que a própria criança dê para começar a trabalhar é importante.
Estas são crianças que sempre procuram algum tipo de atividade lingüística; nestes
casos, elaboramos algo que aproveitou esta disposição já presente. Ao chegar à
terapia fazer perguntas como: como foi o fim de semana? O que você já fez hoje?
Que dia é hoje? São relatos simples de situações vivenciadas que podem ajudaram a
criança a organizar seu pensamento para responder a pergunta, e a fez pensar
também que toda vez antes de chegar à terapia teria que responder perguntas e por
isso já elaborava suas respostas antecipadamente. Preparar a criança para o que vai
acontecer na terapia é uma maneira de ajudá-la a se organizar, organizando seu
pensamento estaremos estimulando a criança a se comunicar de uma maneira mais
apropriada e efetiva. Ao sentir que está sendo compreendida a auto-estima da criança
aumenta trazendo junto mais vontade em freqüentar a terapia, além de aumentar sua
confiabilidade em sua terapeuta.
Histórias foram montadas junto com a criança, propondo que ela organizasse a ordem
dos acontecimentos no intuito de existir início, meio e fim. Foi sugerido o uso no
texto das expressões que já foram trabalhas em terapia, se tornando uma maneira de
familiarizar a criança cada vez mais com uso destas expressões e promover a
seqüenciação de idéias e organização de pensamento.
A troca de informações com outros profissionais melhorou cada vez mais o
rendimento da terapia e conseqüentemente a qualidade de vida do paciente em
questão desenvolvendo cada vez mais o seu potencial.

Conclusão
É fato que estas crianças são únicas e fascinantes. O trabalho com elas deve visar o
treino das competências sociais, pois assim serão ajudadas na aprendizagem social,
com ajuda sempre de profissionais capacitados.
Um diagnóstico precoce gera uma perspectiva para um futuro melhor em relação às
dificuldades que a Síndrome apresenta, principalmente em relação às habilidades
comunicativas.

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É de suma importância esclarecer melhor a sociedade sobre o conceito e
características da Síndrome de Asperger, para assim diminuirmos o receio dos
familiares pelo estigma social, o que pode dificulta ainda mais o processo terapêutico.
No tratamento da Síndrome de Asperger, a partir do diagnóstico, deve-se buscar
otimizar suas capacidades, ao invés da cura dos comprometimentos que são natos.
Para isso a atuação de uma equipe multidisciplinar é importante para se construir
uma estratégia ideal para cada situação.

Abstract
Objective: This study aimed at the report of a case of Asperger syndrome compared
to the characteristics described in the literature. Methodology: From a report of a case
attended the School of Speech Therapy Clinic of the University Center Methodist
Izabela Hendrix, certain characteristics were compared with that described in the
relevant literature. The work has been read, grouped, some characteristics of second
approach, for later analysis and comparison to the case reported. Results and
Discussion: Children with Asperger's syndrome are, in general, different. Often
procedures performed that can be given for a child would be inappropriate to another.
Thus, suggestions made by literature should be considered to improve the care of that
child, as a more comprehensive understanding and depth for each case in particular.
Conclusion: The monitoring and treatment Phonoaudiology such cases, it is critical to
the development as close to the considered in the formal language and the
communication of these individuals. Experiences clinics show the strategies that can be
suggested for these children, recalling that home child has its characteristics, which
must always be taken into consideration.

Keywords: Asperger Syndrome; a case report; therapeutic procedures.

Resumen
Objetivo: El objetivo de este estudio es la presentación de informes de un caso de
síndrome de Asperger en comparación con las características descritas en la literatura.
Metodología: De un informe de un caso ocurrido en la Clínica Escuela de Logopedia
de la Universidad Metodista Izabela Hendrix, ciertas características se compararon con
el que se describe en la literatura. El trabajo ha sido leído, para posterior análisis y
comparación con el caso denunciado. Discusión y resultados: Los niños con síndrome
de Asperger son generalmente diferentes. A menudo procedimientos que pueden ser
indicados para un niño sería inapropiado a otro. Por lo tanto, la literatura sugere que
se debe mejorar la atención para el niño, tales como la comprensión más amplia y la
reflexión sobre cada caso en particular. Conclusión: El seguimiento y la intervención de
tratamiento en estos casos, es fundamental para el desarrollo lo más cerca posible de
considerarse formalmente en el lenguaje y la comunicación de estas personas. La
experiencia clínica muestra que las estrategias pueden ser sugeridas para estos niños,
señalando que el hogar infantil tiene sus méritos, que siempre debe tenerse en cuenta.

Palabras clave: Síndrome de Asperger; un caso clínico; procedimientos terapêuticos.

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Referências
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LIMONGI, S. C. O. Fonoaudiologia informação para formação: procedimentos
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(Trabalho de Conclusão de Curso) Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, Belo
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ZORZI, J. L. A intervenção Fonoaudiológica nas alterações de linguagem infantil. Rio de
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