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ESTUDO DA OXIDAÇÃO CÍCLICA EM ALTA TEMPERATURA EM AÇOS


INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICOS

Conference Paper · November 2015

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3 authors, including:

Artur M. S. Malafaia
Federal University of São João del-Rei
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ESTUDO DA OXIDAÇÃO CÍCLICA EM ALTA TEMPERATURA EM AÇOS INOXIDÁVEIS
AUSTENÍTICOS

Luís Fernando Pedrosa Rabelo (1) (luisfernado33@hotmail.com), Artur Mariano de Sousa Malafaia (1)
(arturmalafaia@ufsj.edu.br), Vinícius Fernandes de Souza (1) (souzavinicius1989@gmail.com)

(1)
Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) - Departamento de Engenharia Mecânica- Praça Frei
Orlando, 170, Centro, São João Del Rei, Minas Gerais, CEP: 36307-352.

RESUMO: Todos os metais e ligas estão sujeitos à oxidação, principalmente em ambientes mais oxidantes e
em altas temperaturas. Entretanto, os aços inoxidáveis estão entre as ligas comerciais mais importantes,
devido ao fenômeno de passivação da superfície do material. Esse fenômeno permite a formação de uma
camada de óxido protetora com baixa taxa de crescimento e que funciona como uma barreira contra a
migração iônica, evitando a degradação do material por oxidação. Destacamos os aços inoxidáveis
austeníticos (série 3XX) que são os mais usados em aplicações em elevadas temperaturas. Nestas
aplicações, quando expostos a ciclos, os materiais estão sujeitos à oxidação cíclica. Esse tipo de oxidação
causa grandes problemas nas indústrias, pois os ciclos aumentam a ocorrência de destacamento da camada
de óxido e por consequência, resultam em perda de massa. Esse trabalho teve como objetivo a execução de
ensaios de oxidação cíclica em alta temperatura usando aços inoxidáveis austeníticos e a determinação dos
seus respectivos comportamentos em oxidação cíclica. O estudo foi composto por quatro aços: AISI 303, AISI
304, AISI 310 e AISI 316. Os ensaios de oxidação cíclica com temperaturas em torno de 1000 oC e em ar
atmosférico foram utilizados para comparação das ligas, com ciclos de 1 hora na temperatura de regime e
10 minutos para o resfriamento. As amostras foram retiradas do forno para medição da massa em
intervalos aleatórios, permitindo a geração de curvas de variação de massa pela área superficial (de acordo
com o número de ciclos) e a comparação dos diferentes aços. O AISI 316 foi ensaiado em três temperaturas
diferentes (1040 oC, 950 oC e 850 oC) e os aços AISI 303, AISI 304 e AISI 310 foram ensaiados apenas a 850
o
C. O aço AISI 316 teve uma rápida perda de massa quando ensaiado a 1040 oC e 950 oC, devido à alta
temperatura de ensaio. No ensaio a 850 oC, o aço inoxidável 310 teve o melhor resultado, pois a camada de
óxido teve uma baixa taxa de crescimento e não foi observado destacamento de óxido da sua superfície.

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PALAVRAS-CHAVE: alta temperatura, oxidação cíclica, cinética de oxidação, aço inoxidável austenítico,
ensaio de oxidação.

1. INTRODUÇÃO

Com o desenvolvimento da civilização, a busca por materiais com boas propriedades,


principalmente em aplicações expostas a altas temperaturas, se tornou uma necessidade. Por isso,
houve a criação de ligas, que adicionam elementos específicos para obter as propriedades
desejadas. Surgiram também os revestimentos, uma camada de material que cobre a superfície da
peça e permite que esta tenha ao mesmo tempo, boas propriedades mecânicas e resistência ao
calor (KHANNA, 2002).
Segundo Khanna (2002), quando um material está exposto a uma atmosfera oxidante, ele
sofre uma reação de oxidação. Esta reação consiste na interação entre o metal e o oxigênio, tendo
como resultado a formação de um óxido. Em altas temperaturas, a oxidação é a reação mais
importante e a maioria dos metais e ligas estão sujeitos a esse fenômeno. Quando uma aplicação
requer variações de temperatura, dizemos que o material está sujeito a oxidação cíclica. Esse tipo
de oxidação é um dos maiores problemas da indústria, pois as variações de temperatura
provocam grandes tensões no conjunto metal-óxido, sendo a principal causa do destacamento do
óxido formado (YOUNG, 2008).
Com o intuito de desenvolver um método de proteger o material contra a degradação, ou
apenas prever o processo de oxidação, são realizados ensaios de oxidação. Estes ensaios possuem
o objetivo de simular as condições de aplicação do material, como temperatura e atmosfera, para
conhecer as principais características do óxido formado e, dessa forma, estimar o tempo de vida
do material (CALLISTER, 2011; LIU; CHANG, 1997).
Atualmente, a maioria das aplicações usam ligas para atender as propriedades desejadas.
Os aços inoxidáveis são ligas comerciais que possuem como principal característica a formação de
uma camada de óxido protetora, que é fina, aderente ao metal e tem baixa taxa de crescimento.

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Nessa família de aços, podemos ainda ressaltar os aços inoxidáveis austeníticos, que possuem
elevados índices de cromo e níquel, além de outros elementos que tornam propícia sua aplicação
em ambientes com alta temperatura e sob oxidação cíclica (ASM Handbook, 1990).
O objetivo principal desse estudo consistiu em avaliar a resistência à oxidação de ligas
comerciais projetadas para serviço em alta temperatura. Por isso, foram selecionados alguns tipos
de aços inoxidáveis austeníticos para comparar com os trabalhos já existentes na literatura e servir
como referência para futuros estudos com novas ligas projetadas pelo grupo de pesquisas de
oxidação.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Análise microestrutural

As amostras dos aços inoxidáveis austeníticos 303, 304, 310 e 316 foram cortadas,
embutidas em resina baquelite e lixadas até a lixa de carbeto de silício com granulometria 2000.
Após o lixamento, essas amostras foram polidas, atacadas quimicamente e analisadas em
microscópio óptico para análise microestrutural. O polimento foi feito com solução de alumina 3
µm e o ataque químico foi feito com água régia (15 ml de HCl e 5 ml de HNO3).

2.2 Ensaios de oxidação cíclica

As amostras foram cortadas e depois usinadas para obterem uma forma mais uniforme e
com uma área superficial próxima de 5 cm², contendo um furo para fixação no forno de ensaios,
se baseando nas recomendações publicadas por Nicholls e Bennett (1999) e já utilizada em
trabalho prévio (MALAFAIA, 2013), pois não há normas para os ensaios de oxidação cíclica. Após a
usinagem, as amostras foram lixadas até a lixa de carbeto de silício com granulometria 600 e
limpas por ultrassom, utilizando acetona, durante 2 minutos e secas com ar quente.

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As amostras foram pesadas em uma balança de alta precisão, que continha quatro casas
decimais e depois foram medidas as suas dimensões (comprimento, largura e altura). Após esses
procedimentos, iniciaram-se os ensaios de oxidação cíclica em forno automatizado, com controle
de temperatura e de tempo de forno aberto e fechado. Os ciclos térmicos foram de uma hora com
o forno fechado para aquecimento da amostra e manutenção na temperatura de patamar e dez
minutos de forno aberto para exposição da amostra ao ar e, consequentemente, sofrerem
resfriamento. Em intervalos aleatórios, as amostras foram retiradas do forno para medição da
massa, o que permitiu a geração de curvas da variação de massa pela área superficial de acordo
com o número de ciclos.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 Análise microestrutural

A figura 1 apresenta a análise micrográfica dos aços inoxidáveis austeníticos estudados


com um aumento de 500 vezes. Os aços AISI 303, AISI 304 e AISI 310 não receberam nenhum
tratamento térmico, logo eles apresentam uma microestrutura com grãos austeníticos e
homogêneos. Já o aço AISI 316 veio de outra empresa e não sabemos qual é a sua condição, o que
pode explicar a diferença da sua microestrutura com relação aos outros aços estudados,
apresentando tamanho de grão maior.
Os contornos dos grãos não foram totalmente revelados devido ao ataque químico usado.
A literatura aconselha fazer um ataque eletrolítico com ácido oxálico, porém não tínhamos os
equipamentos necessários para realizar esse ataque. Os riscos presentes são decorrentes de falhas
durante o processo de lixamento e polimento das amostras.

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(a) (b)

(c) (d)
FIGURA 1. Análise micrográfica dos aços inoxidáveis estudados com um aumento de 500 vezes: (a)
AISI 303, (b) AISI 304, (c) AISI 310 e (d) AISI 316.

3.2 Oxidação cíclica

Os aços inoxidáveis AISI 303, AISI 304 e AISI 310 foram ensaiados a 850 oC e o aço AISI 316
foi ensaiado a 1040 oC, 950 oC e 850 oC. As figuras 2 e 3 mostram a variação de massa para todos
esses materiais em cada ensaio realizado.

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A figura 2 mostra os ensaios com aço inoxidável 316 em três diferentes temperaturas.
Analisando o gráfico podemos observar que o AISI 316 não suportou a temperatura de 1040 oC e
apresentou perda de massa logo no segundo ciclo. Ao diminuir a temperatura para 950 oC, esse
aço teve um pequeno ganho de massa no início, mas no quinto ciclo já se observou perda de
massa e continuou assim até o final do ensaio nesta temperatura. Quando ele foi testado a 850 oC
esse aço teve um comportamento melhor, em relação aos outros dois primeiros ensaios. Nessa
temperatura ele começou a perder massa a partir do 16o ciclo e não teve perda de massa por
unidade de área tão acentuada, como ocorrida nos ensaios a 1040 oC e a 950 oC, o que nos
permite concluir que com o aumento da temperatura a reação de oxidação tende a aumentar
também, pois as tensões na camada oxidada aumentam pelo maior gradiente de temperatura.
Esse comportamento é conhecido em aços inoxidáveis austeníticos pela grande diferença entre os
coeficientes de expansão térmica das fases (BALEIX; BERNHART; LOURS, 2002; KHANNA, 2002).

FIGURA 2. Variação de massa versus número de ciclos em ensaio de oxidação cíclica do AISI 316,
em ar atmosférico.

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A figura 3 mostra a curva de variação da massa pela área superficial dos aços AISI 303, AISI
304, AISI 310 e AISI 316 a 850 oC. Neste ensaio apenas o AISI 316 apresentou grande perda de
massa. Os outros três aços seguiram uma tendência semelhante, mas o aço AISI 310 se destacou
por apresentar uma taxa de ganho de massa menor e não apresentou destacamento da camada
de óxido da sua superfície (FIGURA 4). Tal fato foi devido aos maiores níveis de cromo e níquel
presente na composição do AISI 310 ( TABELA 1), o que lhe fornece uma camada de óxido com
caráter protetor e aderente a matriz metálica. Já o aço AISI 316, apesar de na literatura apresentar
resultados de oxidação isotérmica melhores que o aço AISI 304 (BUSCAIL et al., 2008), contém
menos cromo que este. Além disto, outro fator que pode ter levado ao destacamento pode ter
sido o maior tamanho de grão. Liu et al. (2015) estudaram a liga Fe-13Cr-5Ni a 700 oC e concluíram
que menores tamanhos de grãos aceleram a difusão do cromo pelos contornos dos grãos, o que
permitiria a oxidação preferencial do cromo e, por consequência, forma uma camada protetora
mais rapidamente e com uma melhor aderência à matriz metálica.

FIGURA 3. Variação de massa versus número de ciclos dos aços AISI 303, AISI 304, AISI 310 e AISI
316, sob ensaio de oxidação cíclica a 850 oC, em ar atmosférico.

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TABELA 1. Composição química dos aços estudados. Fonte: Adaptado de Villares Metals.

Analisando a superfície dos aços AISI 310 e AISI 316, podemos comprovar visualmente os
resultados obtidos pelas curvas de variação de massa durante os ciclos de oxidação. A superfície
do AISI 316 não estava uniforme, pois havia alguns pontos mais claros que representavam os
locais onde ocorreu o destacamento da camada, enquanto que a superfície do AISI 310 estava
completamente uniforme e sem sinais de destacamento da camada de óxido.

a) b)

FIGURA 4. Superfície das amostras após os ensaios: a) AISI 316 e b) AISI 310.

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4. CONCLUSÕES

Analisando os resultados, observamos que com o aumento da temperatura, os danos


causados pela oxidação cíclica também aumentam. Tal fato é explicado pelo aumento do
gradiente térmico e pela diferença do coeficiente de expansão térmica da matriz austenítica e dos
óxidos, o que acarreta em maiores tensões na camada de óxido e leva ao destacamento da
camada de óxido, comportamento já conhecido para os aços inoxidáveis austeníticos. Entre os
aços ensaiados, o AISI 310 apresentou o melhor resultado a 850 oC devido aos seus maiores teores
de cromo e níquel em sua composição química. O AISI 316 sofreu destacamento em todas as
temperaturas, principalmente por causa da sua microestrutura, já que maiores tamanhos dos
grãos possibilitam menores áreas para a difusão do cromo através dos contornos dos grãos, e
devido ao seu menor teor de cromo na sua composição química.

5. AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu orientador Artur Mariano de Sousa Malafaia por todo o auxílio e
atenção, à UFSJ pela bolsa, à Villares Metals pelos aços inoxidáveis doados e a WT Indústria por
toda a dedicação para deixar o forno nas melhores condições possíveis.

6. REFERÊNCIAS

AMERICAN SOCIETY FOR METALS INTERNATIONAL. (1990). 10.ed. ASM Handbook. Ohio: Metals
Park. v.1.
ATKINSON, A. Transport processes during the growth of oxides films at elevated temperature.
Reviews Modern Physics, v.57, n.2, p.437-470, 1985.
BALEIX, S.; BERNHART, G.; LOURS, P. Oxidation and oxide spallation of heat resistant cast steels
for superplastic forming dies. Materials Science and Engineering A, v.327, p.155–166, 2002.
BAUTISTA, A.; VELASCO, F.; ABENOJAR, J. Oxidation resistance of sintered stainless steels: effect
of yttria additions. Corrosion Science, v. 45, p.1343–1354, 2003.
BUSCAIL, H. et al. Characterization of the oxides formed at 1000 ◦C on the AISI 316L stainless
steel—Role of molybdenum. Materials Chemistry and Physics, v.111, p.491-496, 2008.
CALLISTER JR., W.D. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. LTC, Rio de Janeiro,
2008.

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HSU, H.W.; TSAI, W.T. High temperature corrosion behavior of siliconized 310 stainless steel.
Materials Chemistry and Physics, v.64, p.147–155, 2000.
KHANNA, A.S. Introduction to high temperature oxidation and corrosion. Ohio: ASM
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LIU, J.Y.; CHANG, S.C. The Oxidation and carburization of Fe-Mn-Al alloys in a carbon-containing
atmosphere. Corrosion Science, v.39, n.6, p.1021-1035, 1997.
LIU, L. et al. Effect of grain size on the oxidation of Fe–13Cr–5Ni alloy at 973 K in Ar–21 vol%O2.
Corrosion Science, v. 91, p. 195-202, 2015.
MALAFAIA, A.M.S. Oxidação cíclica em alta temperatura de ligas ferrosas fundidas de baixo
custo. Dissertação de Doutorado em Engenharia Mecânica. Universidade de São Paulo, 146p., São
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NICHOLLS; J.R.; BENNETT, M.J. Cyclic oxidation - guidelines for test standardisation, aimed at
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OSGERBY, S.; PETTERSON, R. Variation in cyclic oxidation testing practice and data: the
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coating on 310 stainless steel. Thin Solid Films, v. 366, p. 164-168, 2000.
YOUNG, D.J. High Temperature Oxidation and Corrosion of Metals. Series Editor: Tim Burstein,
2008.

7. DIREITOS AUTORAIS

Os autores são os únicos responsáveis pelo conteúdo das informações contidas neste artigo.

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STUDY OF CYCLIC OXIDATION ON HIGH TEMPERATURE IN AUSTENITIC STAINLESS
STEEL

Luís Fernando Pedrosa Rabelo (1) (luisfernado33@hotmail.com), Artur Mariano de Sousa Malafaia (1)
(arturmalafaia@ufsj.edu.br), Vinícius Fernandes de Souza (1) (souzavinicius1989@gmail.com)

(1)
Federal University of São João Del Rei (UFSJ) - Department of Mechanical Engineering - Frei Orlando
Square, 170, Center, São João Del Rei, Minas Gerais, ZIP CODE: 36307-352.

ABSTRACT: All metals and alloys are subject to oxidation, especially in more oxidizing environments and
high temperatures. However, stainless steels are among the most important commercial alloys, due to the
phenomenon of passivation material surface. This phenomenon permits the formation of a protective oxide
layer with low growth rate and acts as a barrier to ion migration, preventing oxidation degradation of the
material. We highlight the austenitic stainless steels (series 3xx) that are commonly used in applications
with high temperatures. In these applications and when exposed to cycles, the materials are subject to cyclic
oxidation. Such oxidation causes serious problems in the industry, because the cycles increase the
occurrence of spallation of the oxide layer and, consequently, result in mass loss. This study aimed to
perform cyclic oxidation tests at high temperature using austenitic stainless steels and to determine their
cyclic oxidation behavior. The study consisted of four steels: AISI 303, AISI 304, AISI 310 and AISI 316. The
cyclic oxidation tests at temperatures around 1000 °C and atmospheric air were used for comparisons of
alloys with one hour cycles in temperature regime and 10 minutes for cooling. The samples were removed
from the furnace for weight measurement at arbitrary intervals, allowing the generation of curves mass
variation by surface area (according to the number of cycles) and the comparison of different steels. AISI
316 was tested at three different temperatures (1040 °C, 950 °C and 850 °C) and AISI 303, AISI 304 and AISI
310 were tested only at 850 ° C. The AISI 316 steel had a quick weight loss when tested at 1040 ° C and 950 °
C due to the high temperature test. In the test at 850 ° C, 310 stainless steel had the best results, because
the oxide layer had a low growth rate and was not observed spallation of the oxide layer.

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KEYWORDS: high temperature, cyclic oxidation, kinetic of oxidation, austenitic stainless steel, oxidation
test.

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