Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Apostila Aromaticas e Condimentares
Apostila Aromaticas e Condimentares
Fotos: Pixabay
Módulos:
Identificação
das Espécies
Apresentação
Preparo do
O curso sobre Plantas Aromáticas solo e vaso
e Condimentares tem como
objetivo trazer informações
botânicas, de cultivo, colheita e
processamento de algumas
espécies em linguagem
simplificada, de fácil acesso a
todos.
Propagação
e cultivo
Esta apostilha é um compilado de
todo material disponibilizado no
Ambiente Virtual de Aprendizagem
e tem o objetivo de auxiliá-lo na
retenção do conhecimento e servir
de material de consulta, mesmo
após a finalização do curso.
Cuidados e
Sugerimos que você faça o colheita
download e o salve em uma pasta
específica sobre o curso para que
esteja sempre a mão quando
precisar consultá-lo.
Bons estudos!
Processamento
Fotos: Pixabay
Introdução
As hortaliças fazem parte de um grupo bastante diversificado, com plantas que se
caracterizam em sua grande maioria por não serem lenhosas, apresentarem folhas
tenras, ciclo de produção curto sendo geralmente cultivadas em pequenas áreas
(Filgueira, 2007). A principal contribuição das hortaliças na dieta das pessoas é como
fonte de vitaminas, sais minerais e fibras. São alimentos coloridos e saborosos, e que
podem ser consumidos crus, na forma de saladas e sucos, cozidos ou acompanhando
carnes. Fazendo parte desse grupo, estão as plantas aromáticas e condimentares
que diferem das hortaliças convencionais por apresentarem aroma e/ou perfume,
capazes de sensibilizar nosso olfato, sendo que algumas ainda são consideradas
medicinais.
O que confere a esse grupo de plantas essa característica são os óleos essenciais,
um grupo de substâncias produzidas pelo metabolismo secundário, que podem estar
alocados e distribuídos por toda a planta, ou apenas em algum de seus órgãos, sejam
as folhas, flores, casca ou raiz. Para exemplificar a presença de óleos essenciais na
raiz temos o vetiver; no caule, a canela; nas folhas, a hortelã, o manjericão, o boldo;
na flor, a camomila; nas sementes, o cominho e a erva-doce; nos tubérculos o
gengibre. Além do aroma, os óleos essenciais possuem princípios ativos que lhes
conferem diferentes atividades biológicas e por isso, permitem seu uso em diversos
setores industriais.
Por apresentarem algum tipo de atividade biológica, podem ser utilizadas também
como medicinais, em diferentes formas de uso perpetuadas pela humanidade, para o
restabelecimento do equilíbrio corporal, sendo hoje base de muitos medicamentos
fitoterápicos desenvolvidos pela indústria farmacêutica.
Na natureza, essas plantas têm a capacidade de atrair polinizadores bem como repelir
pragas e proteger contra doenças e por isso, podem ser utilizadas em cultivos
consorciados com outras espécies hortícolas. Observando essas capacidades, muitas
espécies têm sido estudadas pela indústria bioquímica para o desenvolvimento de
produtos naturais com atividade inseticida, bactericida, fungicida, dentre outras, para
uso na agricultura, um exemplo disso é o óleo de neen.
Diante da amplitude de usos e dos benefícios que estas plantas trazem, este curso
tem como objetivo trazer informações botânicas, de cultivo e de processamento de
algumas espécies aromáticas e condimentares em linguagem simplificada, de fácil
acesso a todos.
Fotos: Pixabay
Além dessas semelhanças, outro fator que pode aumentar a confusão é que
muitas delas são conhecidas pelos mesmos nomes populares, que sofrem
grande influência regional. Por isso, é muito importante sabermos, além do
nome científico, algumas características da planta que será cultivada para uma
identificação correta da espécie. Agora, vou tentar ajudar você a identificar e
diferenciar algumas dessas plantas. E lembre-se, a correta identificação das
plantas permitirá o plantio das espécies de interesse e evitará a mistura das
folhas, seja para consumo próprio ou para comercialização das folhas frescas
ou secas, o que agregará valor ao produto.
Hortelã e menta são nomes populares usados para chamar espécies de um
mesmo gênero, o Mentha. No Brasil existem mais de 25 espécies naturais deste
gênero, mas as mais comuns são a Mentha piperita L., a Mentha spicata L., a Mentha
arvensis L. e Mentha x villosa, que podem ser facilmente confundidas, pois possuem
folhas e flores muito semelhantes. Dessas quatro espécies, as que podem ser mais
facilmente confundidas são Mentha piperita conhecida por a hortelã ou hortelã-
pimenta e a Mentha spicata, conhecida popularmente por menta ou menta de jardim,
pois suas folhas são muito parecidas, no entanto, as folhas da hortelã são mais
arredondadas e levemente ásperas enquanto que as da menta são mais alongadas e
mais lisas.
Capim-limão
Citronela
Erva-cidreira
Boldo-baiano
Orégano, Manjerona e Poejo
Orégano Manjerona
Poejo
Essas foram algumas dicas de como identificar algumas plantas aromáticas que
podem ser facilmente confundidas. Nos próximos capítulos traremos mais
informações sobre as características dessas e de outras plantas aromáticas e
condimentares.
Foto: Pixabay
O solo pode ser preparado por meio da mistura homogênea de terra vegetal (que
pode ser comprada em hipermercados ou estabelecimentos agropecuários) ou de
barranco (retirada diretamente de terrenos) com algum tipo de adubo orgânico. Esse
adubo pode ser o esterco de gado, de galinha, composto orgânico, húmus de minhoca
e bokashi. Sugerimos a proporção de 2 medidas de terra para uma do esterco de
gado ou ½ medida do esterco de galinha, de composto orgânico, húmus de minhoca
ou bokashi. A terra a ser utilizada deve estar limpa de impurezas, como pedras,
pedaços de galhos, plásticos e qualquer outro material que prejudique o
desenvolvimento das plantas.
No caso de hortas comunitárias (Figura 2), onde o cultivo pode ser feito diretamente
no chão, em canteiros ou covas, sugere-se a aplicação de 1,5 a 3,0 kg/m2 de esterco
de aves, tortas vegetais ou húmus de minhoca e de 3,0 a 5,0 kg/m2 para esterco de
bovinos, equinos ou composto orgânico para a adubação dos canteiros e em
cobertura. Já para o uso em covas, sugere-se a aplicação de 2 kg por cova de esterco
de bovinos ou composto orgânico, em covas de 40 x 40 x 40 cm de largura,
comprimento e profundidade, e de 0,5 a 1 kg por cova para covas de 20 x 20 x 20 cm.
No caso de se usar esterco de aves, tortas vegetais ou húmus de minhoca (Figura 3),
a quantidade deve ser reduzida pela metade.
Figura 2. Horta Comunitária Santa Rita IV implantada sob uma linha de transmissão de
energia da Eletrosul, no bairro Tatuquara, na região Sul de Curitiba. Foto: Jéssica Maes
- Gazeta do Povo.
Vale salientar que os adubos orgânicos constituem uma excelente fonte para o aporte
de microelementos, via de regra, não contemplados nas formulações químicas
convencionais que se limitam aos macroelementos.
Adubação alternativa
(https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/100051/adubacao-
alternativa);
A propagação vegetativa, que utiliza partes da planta para o plantio direto ou para o
preparo de mudas, pode ser feita por estaquia, divisão de touceiras, estolões, rizomas
ou bulbos. Nos próximos cards e vídeos especificaremos cada tipo, relacionando-os à
algumas plantas aromáticas.
Estaquia
No momento do plantio, dois terços da estaca deve ser enterrado e para evitar que
elas sejam plantadas de “ponta a cabeça”, sugere-se cortar o “pé da estaca” na forma
de bisel para evitar confusões na hora do plantio (Figura 1) e sempre observar o
sentido de crescimento das folhas. Depois de plantadas, deve-se apertar bem o solo
em torno da estaca para evitar a formação de bolsões de ar. O pegamento da estaca
ocorre geralmente quando se observa a formação de ramificações secundárias nos
brotinhos que ficaram acima do solo.
Dicas
- Utilize uma tesoura de poda ou mesmo uma comum para cortar as
estacas, mas caso não as tenha, utilize uma lamina afiada.
Divisão de Touceira
Rizomas
A irrigação
Mesmo assim, devemos observar e levar em consideração alguns fatores para não
exagerarmos na irrigação. O tempo e a quantidade de água dependem principalmente
das condições climáticas, tipo de solo, espécie e fase do ciclo da planta e do
recipiente em que elas foram plantadas.
Recomenda-se irrigações diárias para as plantas que estão nas fases iniciais de
desenvolvimento e para as folhosas, que é o caso da maioria das plantas aromáticas
e condimentares; para as aromáticas e condimentares e outras hortaliças de frutos e
de raízes, as irrigações podem ser a cada 2 a 3 dias. No entanto, algumas delas
como o alho, requerem um regime de irrigação que varia com o ciclo da cultura e,
para saber mais acesse: https://www.embrapa.br/hortalicas/alho/irrigacao.
Dica
Para saber o volume de água que deve ser colocado nas plantas,
despois de encher o vaso com o solo, basta adicionar, aos poucos, um
volume conhecido de água e, quando a água começar a pingar é o
ponto que chamamos de capacidade de campo do solo, quando ele
está completamente cheio de água e nos diz o volume de água que
cabe no vaso. Deste modo, após a primeira irrigação, podemos colocar
diariamente, metade ou até mesmo 1/4 desse volume, dependendo
das condições climáticas e do tipo de solo. Por exemplo, se 200 ml são
suficientes para encharcar todo o solo, podemos usar diariamente 100
ml ou 50 ml de água, volume que será suficiente para o
desenvolvimento das plantas sem que o solo fique encharcado.
Outro fator importante é a qualidade da água, que é de fundamental importância para
a boa saudabilidade dos produtos. Por isso, a sua natureza física, química e biológica
deve ser observada. No caso de sistemas de irrigação, a presença de partículas
sólidas pode provocar entupimentos nos filtros, gotejadores, microaspersores. Águas
contaminadas por efluentes não tratados (esgotos domésticos e industriais) e até
mesmo por animais mortos em caixas d’água podem transmitir doenças para as
plantas e também para o homem, principalmente as causadas por protozoários,
helmintos, bactérias, fungos e vírus. Desta forma, os mananciais de água devem estar
sempre protegidos, preferencialmente pela vegetação nativa e, no caso de nossas
casas, as caixas d’água devem estar sempre bem fechadas.
A água é o principal constituinte das células vegetais e por isso é essencial em todas
as etapas do desenvolvimento das plantas. Sua falta reduz o crescimento, retarda o
desenvolvimento e diminui a produtividade, enquanto que o excesso juntamente com
o calor favorece a maior incidência de doenças, como as causadas por fungos e
bactérias, que provocam manchas, amarelecimento e causam podridão nas folhas e
no sistema radicular, deprecia a qualidade dos produtos e aumenta os custos de
produção.
Pragas e doenças
Figura 1. A: Aspecto de
uma planta de hortelã
atacada por oídio; B:
Detalhe da incidência do
fungo nas folhas; C:
Capim-limão com
incidência de ferrugem.
Fotos: Lenita L. Haber
C
Os sintomas do oídio e o míldio são semelhantes, caracterizando pelo surgimento de
um bolor pulverulento, de coloração branca a acinzentada, no entanto, o oídio
aparece na superfície superior das folhas enquanto que o míldio aparece na inferior.
Já a ferrugem causa manchas amareladas que evoluem para uma coloração mais
alaranjada, com aspecto ferruginoso e as manchas-foliares podem variar em
coloração, forma e tamanho, dependendo do agente causador e da espécie. No
entanto, iniciam com uma coloração branca ou amarelada, podendo evoluir para
marrom, preto e arroxeada (no caso da alternaria no alho) seguido do secamento da
mancha e da folha. Se acontecer alguns desses sintomas, arranque as partes
afetadas e elimine da área para que não contaminem outras partes das plantas.
As doenças de plantas causadas por vírus são caracterizadas por cloroses
(amarelecimento) e mosaicos nas folhas e partes novas das plantas. Estas partes
ficam enrugadas e com diversas tonalidades que variam de amarelo a verde escuro.
Geralmente são doenças que após serem detectadas não existe controle e, portanto,
como prevenção é realizado o controle de vetores, em geral insetos como pulgões,
mosca-branca e tripes.
Em relação às pragas, a ocorrência de lagartas (Figura 2), pulgões e ácaros,
vaquinhas e outros insetos é frequente.
Como estas plantas começam a fazer parte do nosso dia a dia, sendo cultivadas em
nossas casas, em áreas comunitárias de prédios, e ainda em sistemas agroecológicos
em uma escala maior de produção, não se pode fazer uso de defensivos agrícolas
convencionais, devendo o controle e a prevenção ser realizados com métodos
alternativos e práticas integrativas. Abaixo sugerimos algumas práticas alternativas:
C
✓ Catação manual: retirada os insetos e seus ovos ou lagartas das folhas atacadas.
As folhas com sintomas de doenças também podem ser retiradas manualmente e
eliminadas da área de plantio;
Aplique uma vez por semana até ver que houve melhora.
C
As receitas dos inseticidas alternativos estão descritas na publicação “Circular
Técnica 80 - Recomendações para o controle de pragas em hortas urbanas”, que está
disponível na página da Embrapa:
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/783033
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/957550
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/957546?mode=full
Outra dica é cobrir o solo com palha ou aparas de grama ou folhas secas. Até as
plantas espontâneas que cresceram em volta das suas plantas aromáticas podem ser
usadas para cobrir o solo, se não estiverem com sintomas de doenças. Arranque-as e
deite-as para se decomporem ali mesmo, formando essa palhada. Cobrir o solo ajuda
a proteger as plantas de gotas de chuva que disseminam as estruturas reprodutivas
de fungos e bactérias. Cobrir o solo ainda proporciona melhor conforto térmico para
as plantas, reduz a necessidade de irrigação e aumenta a vida do solo.
C
Podas e colheita
As podas são tratos culturais necessários principalmente quando cultivamos plantas
consorciadas, a fim de não causarem sombreamento de uma planta sobre outra. São
necessárias ainda para eliminação de folhas ou ramos mais velhos, que geralmente
se caracterizam por folhas amareladas e estão dispostas na parte mais baixa das
plantas ou nas folhas mais externas, como no caso as sálvia, da salsinha e do
coentro, favorecendo o desenvolvimento da planta e prevenindo focos de doenças.
As podas podem ainda coincidir com a época da colheita, que deve ser realizada no
momento de maior produção de biomassa, seja de flores, frutos, rizomas e
substâncias bioativas, dependendo da finalidade de uso. No nosso dia a dia, podemos
ir colhendo à medida da necessidade de consumo.
Início da
Nome da Parte da
colheita
planta planta Observações
(meses)*
A colheita deve ser realizada no período seco
Açafrão Rizomas 7a8 quando as folhas das plantas começam a
murchar.
A colheita deve ser realizada em dias
Ramos, e ensolarados e quentes para obtenção de maior
Alecrim 6a8
folhas teor de óleo essencial, e de preferência no
período da manhã.
Ramos e A colheita deve ser realizada em dias
Alfavaca 3a4
folhas ensolarados.
A colheita deve ser realizada em dias
Ramos e ensolarados e quentes, preferencialmente, por
Alfavacão 4a5
folhas volta do meio dia para obtenção de maior teor de
óleo essencial.
Ramos e Os ramos devem ser colhidos a 15 cm do solo,
Arruda 4a5
folhas em dias quentes e ensolarados.
A colheita deve ser realizada antes do estádio de
Boldo Folhas 6a8 florescimento. CPode-se coletar até 50% das
folhas da planta a cada vez.
Continuação tabela 1
Início da
Nome da Parte da
colheita
planta planta Observações
(meses)*
Colher antes do florescimento. Eliminar as
Boldo de
Folhas 6a8 inflorescências para obtenção de maior produção
jardim
de folhas.
Iniciar a colheita em plena floração colhendo
Camomila Flores 4a5
apenas os capítulos florais.
A colheita deve ser feita em dias ensolarados no
Capim-limão Folhas 6a8
período de 9:00 as 11:00 horas a 15 cm do solo.
A colheita deve ser feita em dias ensolarados no
Citronela Folhas 4a5 período de 9:00 as 11:00 horas a uma altura de
15 - 20 cm do solo.
Iniciar a colheita quando os frutos atingirem uma
Cominho Frutos 3a4
coloração verde-acinzentada.
A colheita deve ser feita em dias ensolarados no
Ramos e
Erva-cidreira 3a4 período de 9:00 as 11:00 horas a uma altura de
folhas
15 -20 cm do solo.
Ramos e A colheita deve ser feita em dias ensolarados no
Aloísia 3a4
folhas período de 10:00 as 12:00 horas.
Iniciar a colheita quando os frutos atingirem uma
Erva-doce Frutos 3a4
coloração verde-acinzentada.
Iniciar a colheita quando os frutos atingirem uma
Funcho Frutos 5a6
coloração verde-acinzentada.
Iniciar a colheita na época seca após a parte
Gengibre Rizomas 7 a 10
aérea da planta começar a secar.
Cortas as plantas a uma altura de 20 cm do solo
Gerânio Folhas 6a8
e destacar as folhas.
A colheita deve ser feita em dias ensolarados no
Ramos e
Hortelã/Menta 3a4 período de 9:00 as 11:00 horas a 10 cm do solo,
folhas
evitando-se dias nublados ou chuvosos.
Colher quando metade das flores estiverem
Lavanda Flores 3a4 abertas na maior parte das inflorescências da
planta.
A colheita deve ser feita antes do florescimento
Ramos e
Losna 6a8 em dias ensolarados no período de 9:00 as 11:00
folhas
horas.
Ramos e Os cortes devem ser efetuados no verão ou início
Louro 18 a 24
folhas do outono.
A colheita deve ser iniciada logo após a abertura
Macela Flores 5a6
das flores entre 9:00- 10:00 horas.
C
Continuação tabela 1
Início da
Nome da Parte da
colheita
planta planta Observações
(meses)*
Folha, Colher a planta toda no estádio de florescimento
Malva flores e 5a6 e separar folhas, flores e raízes.
raízes
A colheita deve ser realizada no início do estádio
Ramos e
Manjericão 3a4 de florescimento a 20 cm do solo, no período da
folhas
manhã após a secagem do orvalho.
Ramos e Colher os ramos a 10 - 15 cm do solo no início da
Manjerona 4a5
folhas floração.
Ramos e A colheita deve ser feita em dias ensolarados a
Melissa 5a6
folhas partir das 10:00 horas a 10 cm do solo.
Ramos e Cortes acima do segundo conjunto de folhas.
Orégano 4a5
folhas
Ramos e Colher a 5 cm do solo, preferencialmente, no
Poejo 3a4
folhas período da manhã.
Ramos e Colher os ramos a 15 cm do solo e separar as
Sálvia 5a6
folhas folhas.
Ramos e Colher os ramos a 10 cm do solo.
Tomilho 5a6
folhas
Colher as raízes a uma profundidade de 30 a 35
cm, retirar o excesso de terra. As raízes devem
Vetiver Raízes 15 a 18
ser armazenadas por 3 a 6 meses antes da
extração do óleo.
De maneira geral, a colheita dessas plantas deve ser feita em dias ensolarados e
secos, no período da manhã, após a evaporação do orvalho. Não é recomendável
realizar a colheita durante períodos prolongados de chuvas. Isto dificulta e atrasa o
processo de secagem, além de propiciar condições favoráveis para a deterioração e
perda do produto. As irrigações devem ser interrompidas às vésperas das colheitas, o
que aumenta concentração de substâncias aromáticas.
Outro fator que pode influenciar a qualidade das plantas é a temperatura durante o
armazenamento. Em geral, quanto mais elevada a temperatura, menor deve ser o
tempo de armazenamento, pois a maioria dos fatores que levam a perdas
quantitativas e qualitativas são acelerados com o aumento da temperatura, que está
diretamente relacionada à respiração das plantas.
C
Fotos: Pixabay
Módulo 5 – Processamento
Por definição conceitual, a partir do momento em que se colhe e corta a planta para
consumo ocorre o processamento. Porém, a complexidade desse processamento irá
depender de uma série de fatores que envolvem desde as características naturais
(partes a serem consumidas) até o objetivo de seu consumo.
Dando sequência às etapas, vamos abordar o preparo dos maços, que são muito
importantes para separação das quantidades, principalmente com foco no comércio in
natura. Esse processo é empírico, não havendo determinações de tamanho, peso ou
volume, sendo variável em função da disponibilidade e da demanda do produto e
região. Na Figura 2 observamos os maços de cebolinha, salsinha, arruda e
manjericão.
C
A B
Quando se trabalha com mais de uma espécie aromática, atenção redobrada deve ser
dada para o acondicionamento das plantas antes e principalmente após a secagem,
pois depois de secas elas ficam com coloração e aparência bastante parecidas, o que
pode favorecer misturas indesejáveis (Figura 5). C
Figura 5. Aspecto de algumas plantas aromáticas e condimentares depois de submetidas
ao processo de secagem. Foto: Paula Rodrigues.
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/183393/1/DOC-130-construcao-
secador.pdf C
Independente de qual opção for utilizada, abaixo estão descritas algumas condições
estabelecidas para um adequado processo de secagem de plantas aromáticas e
condimentares:
- o secador deve ser mantido com seu interior sempre limpo, arejado, sem muita
entrada de luz solar;
Folhas 20 – 75
Flores 40 – 65
Cascas 25 – 80
Raízes 15 – 80
Açafrão Raiz
Alecrim Folhas
Alfavaca Folhas
Alfavacão Folhas
Arruda Folhas e ramos
Camomila Flores
Capim limão Folhas
Cidró Folhas e ramos
Citronela Folhas
Cominho Frutos
Erva-cidreira Folhas e ramos
Erva-doce, anis Frutos
Funcho Frutos
Gengibre Raiz
Gerânio Folhas
Hortelã Folhas
Menta Folhas
Hortelã-japonesa Folhas
Hortelã-rasteira Folhas
Lavanda Flores
Losna Folhas e ramos
Louro Folhas
Macela Flores
Manjericão Folhas
Manjerona Folhas
Malva Folhas e frutos
Melissa Folhas e ramos
Orégeno Folhas
Poejo Folhas
Sálvia Folhas
Tomilho Folhas e ramos
Vertiver C Raiz
C
Figura 8. Equipamentos de extração de óleos essenciais: A. destilação por arraste a vapor
d’água; B. destilação com água-vapor; C. hidrodestilação. Fotos: Nelson Marques e Lenita
Haber.
C
Equipe
Carla Alessandra Timm – Suporte Técnico
Débora de Farias Albernaz Vieira - Conteudista
Fernanda Oliveira do Nascimento - Gestora
Flávia Maria Vieira Teixeira - Conteudista
Henrique Martins Gianvecchio Carvalho - Gestor
Lenita Lima Haber - Conteudista
Nara Lúcia Souza Ribeiro Trindade - Conteudista
Contato
hortalicas.eventos@embrapa.br
Referência Bibliográfica