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Coexistência pacífica

Foi um termo de política internacional criado pelo líder soviético Nikita Kruschev para se
referir às relações que manteria no futuro a União Soviética e os Estados unidos dentro de
uma chamada Guerra Fria e geralmente aceita como política Soviética no período de 1955 a
1962 a partir do ponto de vista ocidental, e de 1955 a 1984 a partir do ponto de vista Soviético.

Foi adotada por Estados socialistas ou de influência soviética, e afirmava que eles poderiam
coexistir pacificamente com os Estados capitalistas. Esta teoria foi contrária ao princípio que o
comunismo e o capitalismo eram antagónicos e nunca poderiam existir em paz. A união
soviética aplicou-a às relações entre o mundo ocidental e, em particular, com os EUA, os países
da OTAN e as nações do pacto de Varsóvia.

Coma morte de Stalin, em 1953, subiu ao poder Nikita Kruschev o que desencadeou um
processo de abertura, amenizando o rigor de censura, reduzindo o poder da polícia política,
reabilitando presos políticos e fechando diversos campo de trabalhos foçados. Esse processo
foi denominado “degelo” e “desestalinização”. No XX Congresso do Partido Comunista da
União Soviética, em fevereiro de 1956, Kruschev revelou e denunciou os abusos, crimes e o
“culto da personalidade” cometidos durante o governo de Stalin.

Isso repercutiu amplamente nos países socialistas da Europa Oriental (em 1956 ocorreria a
Revolução Húngara que visava por fim ao aparato repressivo do regime stalinista, mas que
logo foi esmagado com a intervenção da URSS), d na China com a ruptura sino-sóvietica nas
décadas de 1950 e 1960. Durante os anos 1960 e inicio dos anos 1970, a República Popular da
China, sob a liderança de seu fundador, Mao Tse-tung, que alegou que a atitude beligerante
deveria ser mantida para os países capitalistas e, por isso, inicialmente rejeitou a coexistência
pacífica considerando-a como revisionismo da teoria marxista. No entanto, em 1972 a sua
decisão para estabelecer uma relação comercial com os EUA, a China também adotaria uma
versão da teoria da coexistência pacífica ao estabelecer relações entre países não-socialistas.

Esta politica também possibilitou uma aproximação entre os lideres da URSS e dos EUA.
Kruschev reuniu-se diversas vezes com os presidentes norte -americanos: Com Dwight D.
Eisenhower, em 1956, no Reino Unido; em 1959 nos EUA; e em 1960 na França; e com John
Kennedy se encontrou uma vez , em 1961, em Viena, Áustria.

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