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Fim da URSS

26/12/1991
Década de 70/80 – crise – Era da estagnação
Líder: Leonid Brezhnev suprimiu reformas de Nikita Krushev
Historiador Robert Service: menor mobilidade social e queda de produtividade e na economia
Foco de Brezhnev era na indústria pesada de guerras e armamentos, principalmente após a
Primavera de Praga, 1968, quando a Checoslováquia aprova uma série de reformas que desagradam a
Rússia, tais como o fim da censura, direito de assembleia, multipartidarismo, autonomia dos sindicatos,
direito de greve, etc.
O governo soviético via nos acontecimentos de Praga um perigoso precedente que poderia
enfraquecer o seu poder sobre o bloco comunista e logo passou a negociar com o governo checoslovaco
para que o que acontecia na Checoslováquia fosse devidamente controlado.
Doutrina Breznhev: a união entre os países e partidos socialistas, com alinhamento a Moscou,
com licença para intervir política e militarmente em qualquer país que ameaçasse a paz mundial ou as
vitórias do ideal comunista. Na prática, isso representou o domínio da URSS sobre seus aliados
(“Doutrina Truman” comunista).
Interveio no Afeganistão (EUA treinam Osama Bin Laden para minar a influência) em 1970.
Boicote às Olimpíadas em 1980 (EUA e mais de 60 países)
1980 Breznhev tem problemas de saúde e é afastado de fato da liderança do governo, assumindo
a velha guarda do PC. Falece em 1982.
1980-85: problemático na URSS, pelas ideias antiquadas da velha guarda do PC, o agravamento
da Guerra do Afeganistão e falta de estabilidade na liderança.
Em 03/1985, assume como líder da URSS Mikhail Gorbachev, jovem, reformista e com apoio do
PC e dos militares, convencidos da necessidade de reforma.
Política exterior: inicia a retirada das tropas do Afeganistão, reaproxima da Europa e acaba com
a doutrina Breznhev. Inicia negociações com os EUA pelo desarmamento nuclear.
Política interna: perestroika (1986): “reestruturação”, multipartidarismo e empreendedorismo;
“glasnost” (1988): “abertura”, liberdade de expressão e imprensa e de prisioneiros políticas (Primavera de
Praga).
Bem recebidas pelo resto do mundo, mas desagradou a todos na URSS. A ala liberal, comandada
por Boris Yeltsin, disse que elas eram tímidas e com pouco efeito; a linha dura a critica por serem liberais
demais.
A partir de 1988, protestos explodem pela URSS: Países bálticos, o Cáucaso e a Ucrânia
(segunda maior república soviética) pedem independência.
Últimos 18 meses, Gorbachev perde o domínio da URSS, sendo desafiado publicamente por
Yeltsin (foto dele apontando o dedo no rosto), que é eleito Presidente da República da Rússia nas
primeiras eleições multipartidárias (1990).
PC perde 6 eleições, iniciando processo de autonomia e independência por diversas RS.
Alegando caos interno e incapacidade de Gorbachev de governar, a linha dura do PC dá um golpe de
Estado em 19/08/1991, se rendendo 3 dias depois, após os militares leais a Yeltsin pressionarem.
Ucrânia declara sua independência em 24/08/1991. Historiador ucraniano Serhi Plokhy, evento
central da dissolução da URSS, pois a Rússia não teria interesse de lidar com a crise sem a Ucrânia e esta
não aceitava abrir mão de sua autonomia. A URSS perde seus dois pilares principais em 4 meses outras 9
independências são declaradas.
Plokhy, professor de Harvard, critica a visão dos EUA de que eles venceram a Guerra Fria,
sendo essa narrativa construída como estratégia de campanha eleitoral para reeleição de Bush “pai”,
mostrando documentos tantos de Reagan como de Bush que atestam que os EUA não queriam o fim da
URSS, pois ela funcionava como elemento unificador da nação (inimigo comum), justificavam maior
concentração de poder nas mãos do Estado e temiam que, com sua dissolução, militares corruptos
vendessem armamentos para traficantes de armas (O Senhor das Armas, Nicolas Cage), que fomentariam
diversos outros conflitos. Além disso, 4 RS possuíam arsenais nucleares, com temor de caíssem em
“mãos erradas”.
Em 25/12/1991, Gorbachev renuncia como líder Soviético em favor de Yeltsin. Entre 12/1991 e
03/1992, diversos tratados são assinados mantendo elos entre as antigas RS, tais como a Comunidade dos
Estados Independentes (e mais tarde a União Econômica da Eurásia), e a Rússia é declarada sucessora da
URSS (inclusive com a cadeira no CS da ONU). A sua rápida dissolução também gerou diversos
problemas, como a crise da Crimeia (reconhecida em 1991 como parte da Ucrânia).

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