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Várias das ex-repúblicas soviéticas têm mantido laços estreitos com a Federação Russa,
o Estado sucessor da URSS, e formaram organizações multilaterais, como a
Comunidade Econômica Eurasiática, a União da Rússia e Bielorrússia, a União
Aduaneira da Eurásia e a União Econômica Eurasiática para reforçar a cooperação
econômica e militar. Algumas, no entanto, se distanciaram e se juntaram à Organização
do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e à União Europeia.
Índice
1 Histórico
o 1.1 Antecedentes
o 1.2 Colapso
2 Legado
o 2.1 Nostalgia
o 2.2 Ex-repúblicas soviéticas
3 Ver também
4 Referências
5 Bibliografia
6 Ligações externas
Histórico
Liderança[Expandir]
Partido Comunista[Expandir]
Congresso
Comitê Central
História
Secretário-Geral
Politburo
Secretariado
Orgburo
Legislatura[Expandir]
Soviete Supremo
Soviete da União
Soviete de Nacionalidades
Presidium
Premier
Primeiro Vice-Premier
Vice-Premier
Administrador de Assuntos
Judiciário[Expandir]
Ideologia[Expandir]
Democracia Soviética
Marxismo-Leninismo
o Leninismo
o Stalinismo
o Krushchevismo
Desestalinização
Sociedade[Expandir]
Economia
Agricultura
Bens de consumo
Plano Quinquenal
Reforma Kosygin
Nova Política Econômica
Ciência e tecnologia
Era da Estagnação
Planejamento de balanço de materiais
Transporte
Comunismo de guerra
Cultura
Demografia
Educação
Família
Terminologia
Religião
Repressão
Censura
Falsificações de fotografias
Grande Expurgo
Sistema Gulag
Coletivização
Direitos humanos
Repressão ideológica
Perestroika
o Glasnost
Abuso político da psiquiatria
Repressão política
Transferências populacionais
Propaganda
Repressão da pesquisa científica
Terror Vermelho
v
d
e
Antecedentes
Civis armados durante a Revolução Romena. A revolução foi a única derrubada violenta
de um Estado comunista no Pacto de Varsóvia.
Além de tudo o que precede,o Bloco do Leste foi muito aquém do mundo ocidental
capitalista em relação à implementação de inovações de alta tecnologia na produção não
militar.Particularmente as telecomunicações e processadores de informação
(computadores). Em 1990, ainda mais de 100 000 localidades na URSS não tinham
linha telefônica.[15] A economia civil sofreu de falta não apenas de computadores, mas
também de robôs industriais, máquinas eletrônicas copiadoras, scanners ópticos e
muitos outros instrumentos de processamento de informação que tinham sido impostos
à indústria japonesa e à ocidental 15 anos antes. Isto, naturalmente, afetou seriamente a
logística.
Todos esses fatores ajudaram a moldar uma economia única, que tem se caracterizou
pela escassez, longas filas, o acúmulo de trabalhos desnecessários, o personalismo, a
corrupção persistente, que chegou a "o empregado que escondeu algo sob o balcão para
guardar para seus amigos ou parentes, ou até mesmo para receber suborno".[19] E, como
mencionado, a estrutura de poder foi um obstáculo à inovação tecnológica, ou a favor da
concorrência. Havia poucas recompensas para diretores de empresas que aplicassem
processos de produção novos ou mais eficazes.[20][21]
Colapso
Legado
Nostalgia
Na Armênia, 12% dos entrevistados disseram que o colapso da URSS fez bem,
enquanto 66% disseram que fez mal. No Quirguistão, 16% dos entrevistados disseram
que o colapso da URSS fez bem, enquanto 61% disseram que fez mal.[26] Desde o
colapso da URSS, a pesquisa anual do Levada Center mostrou que mais de 50% da
população da Rússia lamentou seu colapso, com a única exceção sendo em 2012. Uma
pesquisa do Levada Center de 2018 mostrou que 66% dos russos lamentaram a queda da
União Soviética.[27] De acordo com uma pesquisa de 2014, 57% dos cidadãos da Rússia
lamentaram o colapso da União Soviética, enquanto 30% disseram que não
lamentavam. Os idosos tendem a ser mais nostálgicos do que os jovens russos. Cerca de
50% dos entrevistados na Ucrânia em uma pesquisa semelhante realizada em fevereiro
de 2005 afirmaram lamentar a desintegração soviética.[28] No entanto, uma pesquisa
semelhante realizada em 2016 mostrou apenas 35% dos ucranianos lamentando o
colapso da União Soviética e 50% não lamentando isso.[29]
O rompimento dos laços econômicos que se seguiu ao colapso da União Soviética levou
a uma grave crise econômica e à queda catastrófica dos padrões de vida nos Estados
pós-soviéticos e no antigo Bloco do Leste,[30] que foi ainda pior do que a Grande
Depressão.[31][32] A pobreza e a desigualdade econômica aumentaram entre 1988-1989 e
1993-1995, com o índice de Gini aumentando em uma média de 9 pontos para todos nos
antigos países socialistas europeus.[33] Mesmo antes da crise financeira na Rússia em
1998, o PIB russo era metade do que tinha sido no início dos anos 1990.[32]
Nas décadas que se seguiram ao fim da Guerra Fria, apenas cinco ou seis dos Estados
pós-comunistas estão no caminho de se juntar ao rico Ocidente capitalista, enquanto a
maioria está ficando para trás, alguns a tal ponto que levará mais de 50 anos para
alcançar onde estavam antes do fim do comunismo.[34][35] Em um estudo de 2001, o
economista Steven Rosefielde calculou que houve 3,4 milhões de mortes prematuras na
Rússia de 1990 a 1998, que ele atribui em parte à "terapia de choque" que veio com o
Consenso de Washington.[36]
No Debate da Cozinha de 1959, Nikita Khrushchev afirmou que os netos do então vice-
presidente estadunidense Richard Nixon viveriam sob o comunismo e Nixon afirmou
que os netos de Khrushchev viveriam em liberdade. Em uma entrevista de 1992, Nixon
comentou que na época do debate, ele tinha certeza de que a afirmação de Khrushchev
estava errada, mas Nixon não tinha certeza de que sua própria afirmação estava correta.
Nixon disse que os eventos provaram que ele estava realmente certo porque os netos de
Khrushchev agora viviam em liberdade, referindo-se ao então recente colapso da União
Soviética.[37] O filho de Khrushchev, Sergei Khrushchev, era um cidadão estadunidense
naturalizado.
Várias das ex-repúblicas soviéticas têm mantido laços estreitos com a Federação Russa,
o Estado sucessor da URSS, e formaram organizações multilaterais, como a
Comunidade Econômica Eurasiática, a União da Rússia e Bielorrússia, a União
Aduaneira da Eurásia e a União Econômica Eurasiática para reforçar a cooperação
econômica e militar. Algumas, no entanto, se distanciaram e se juntaram à Organização
do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e à União Europeia.
Índice
1 Histórico
o 1.1 Antecedentes
o 1.2 Colapso
2 Legado
o 2.1 Nostalgia
o 2.2 Ex-repúblicas soviéticas
3 Ver também
4 Referências
5 Bibliografia
6 Ligações externas
Histórico
Liderança[Expandir]
Partido Comunista[Expandir]
Congresso
Comitê Central
História
Secretário-Geral
Politburo
Secretariado
Orgburo
Legislatura[Expandir]
Soviete Supremo
Soviete da União
Soviete de Nacionalidades
Presidium
Governança[Expandir]
Constituição
Nomes oficiais
1924
1936
1977
Governo
Ministérios
Comitês Estaduais
Gabinetes
Premier
Primeiro Vice-Premier
Vice-Premier
Administrador de Assuntos
Judiciário[Expandir]
Ideologia[Expandir]
Democracia Soviética
Marxismo-Leninismo
o Leninismo
o Stalinismo
o Krushchevismo
Desestalinização
Sociedade[Expandir]
Economia
Agricultura
Bens de consumo
Plano Quinquenal
Reforma Kosygin
Nova Política Econômica
Ciência e tecnologia
Era da Estagnação
Planejamento de balanço de materiais
Transporte
Comunismo de guerra
Cultura
Demografia
Educação
Família
Terminologia
Religião
Repressão
Censura
Falsificações de fotografias
Grande Expurgo
Sistema Gulag
Coletivização
Direitos humanos
Repressão ideológica
Perestroika
o Glasnost
Abuso político da psiquiatria
Repressão política
Transferências populacionais
Propaganda
Repressão da pesquisa científica
Terror Vermelho
v
d
e
Antecedentes
Civis armados durante a Revolução Romena. A revolução foi a única derrubada violenta
de um Estado comunista no Pacto de Varsóvia.
Em agosto de 1991, um golpe de estado depôs Gorbachev por três dias; a linha-dura do
Partido Comunista tentou reassumir o controle da URSS e impedir o prosseguimento
das reformas. Liderada por Boris Ieltsin, a população revoltosa forçou a volta de
Gorbachev ao governo. Em resposta ao golpe, o Partido Comunista soviético foi banido
da Rússia pelo então presidente Ieltsin. Após sua restituição, Gorbachev não possuía
mais que um poder esvaziado, e o controle da União fora enfraquecido. Em 25 de
dezembro de 1991 Gorbachev renunciou à presidência da URSS e em 31 de dezembro
todas as funções administrativas do país cessaram de existir.
Na véspera da perestroika, no início de 1980, havia fortes indícios de que alguns
aspectos da economia não funcionavam bem:
Além de tudo o que precede,o Bloco do Leste foi muito aquém do mundo ocidental
capitalista em relação à implementação de inovações de alta tecnologia na produção não
militar.Particularmente as telecomunicações e processadores de informação
(computadores). Em 1990, ainda mais de 100 000 localidades na URSS não tinham
linha telefônica.[15] A economia civil sofreu de falta não apenas de computadores, mas
também de robôs industriais, máquinas eletrônicas copiadoras, scanners ópticos e
muitos outros instrumentos de processamento de informação que tinham sido impostos
à indústria japonesa e à ocidental 15 anos antes. Isto, naturalmente, afetou seriamente a
logística.
Todos esses fatores ajudaram a moldar uma economia única, que tem se caracterizou
pela escassez, longas filas, o acúmulo de trabalhos desnecessários, o personalismo, a
corrupção persistente, que chegou a "o empregado que escondeu algo sob o balcão para
guardar para seus amigos ou parentes, ou até mesmo para receber suborno".[19] E, como
mencionado, a estrutura de poder foi um obstáculo à inovação tecnológica, ou a favor da
concorrência. Havia poucas recompensas para diretores de empresas que aplicassem
processos de produção novos ou mais eficazes.[20][21]
Colapso
Ver artigos principais: Previsões do colapso da URSS, Ex-repúblicas soviéticas e
Comunidade de Estados Independentes
Gorbatchev admitiu a implosão da União Soviética, mas ainda tentou manter o vínculo
entre as repúblicas, propondo a assinatura do chamado Tratado da União. Mas suas
palavras não tiveram eco, e o processo de separação se tornou irreversível. Em 4 de
setembro de 1991, Gorbatchev, como presidente da União Soviética, Boris Iéltsin, na
qualidade de presidente da Rússia, e mais os líderes de outras nove repúblicas, em
sessão extraordinária do Congresso dos Deputados do Povo, apresentaram um plano de
transição para criar um novo Parlamento, um Conselho de Estado e uma Comissão
Econômica Inter-Republicana. Embora tentasse estabelecer os parâmetros para uma
nova união entre as diversas repúblicas, esse plano, na verdade, significava o
desmantelamento formal da estrutura tradicional do poder soviético. De qualquer forma,
a proposta acabou sendo aprovada.
Percebendo a importância de Gorbatchev para a estabilidade da nação, naquele
momento, Ieltsin prometeu o apoio da República russa ao novo plano. Enquanto isso, os
líderes ocidentais também davam sinais de uma clara preferência pela permanência de
Gorbatchev no poder, embora demorassem a assumir o compromisso de uma ajuda
econômica mais efetiva à União Soviética. O agravamento da situação econômica era
justamente o que tornava mais delicada a posição de Gorbatchev. Decididamente, o
povo soviético tinha perdido a paciência com os problemas econômicos, que se
manifestavam na vida diária de cada cidadão. A desorganização da economia era visível
nas prateleiras vazias dos supermercados e nas filas intermináveis para comprar os
produtos mais corriqueiros, como sabonete ou farinha de trigo.
Legado
Nostalgia
Na Armênia, 12% dos entrevistados disseram que o colapso da URSS fez bem,
enquanto 66% disseram que fez mal. No Quirguistão, 16% dos entrevistados disseram
que o colapso da URSS fez bem, enquanto 61% disseram que fez mal.[26] Desde o
colapso da URSS, a pesquisa anual do Levada Center mostrou que mais de 50% da
população da Rússia lamentou seu colapso, com a única exceção sendo em 2012. Uma
pesquisa do Levada Center de 2018 mostrou que 66% dos russos lamentaram a queda da
União Soviética.[27] De acordo com uma pesquisa de 2014, 57% dos cidadãos da Rússia
lamentaram o colapso da União Soviética, enquanto 30% disseram que não
lamentavam. Os idosos tendem a ser mais nostálgicos do que os jovens russos. Cerca de
50% dos entrevistados na Ucrânia em uma pesquisa semelhante realizada em fevereiro
de 2005 afirmaram lamentar a desintegração soviética.[28] No entanto, uma pesquisa
semelhante realizada em 2016 mostrou apenas 35% dos ucranianos lamentando o
colapso da União Soviética e 50% não lamentando isso.[29]
O rompimento dos laços econômicos que se seguiu ao colapso da União Soviética levou
a uma grave crise econômica e à queda catastrófica dos padrões de vida nos Estados
pós-soviéticos e no antigo Bloco do Leste,[30] que foi ainda pior do que a Grande
Depressão.[31][32] A pobreza e a desigualdade econômica aumentaram entre 1988-1989 e
1993-1995, com o índice de Gini aumentando em uma média de 9 pontos para todos nos
antigos países socialistas europeus.[33] Mesmo antes da crise financeira na Rússia em
1998, o PIB russo era metade do que tinha sido no início dos anos 1990.[32]
Várias das ex-repúblicas soviéticas têm mantido laços estreitos com a Federação Russa,
o Estado sucessor da URSS, e formaram organizações multilaterais, como a
Comunidade Econômica Eurasiática, a União da Rússia e Bielorrússia, a União
Aduaneira da Eurásia e a União Econômica Eurasiática para reforçar a cooperação
econômica e militar. Algumas, no entanto, se distanciaram e se juntaram à Organização
do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e à União Europeia.
Índice
1 Histórico
o 1.1 Antecedentes
o 1.2 Colapso
2 Legado
o 2.1 Nostalgia
o 2.2 Ex-repúblicas soviéticas
3 Ver também
4 Referências
5 Bibliografia
6 Ligações externas
Histórico
Liderança[Expandir]
Partido Comunista[Expandir]
Congresso
Comitê Central
História
Secretário-Geral
Politburo
Secretariado
Orgburo
Legislatura[Expandir]
Soviete Supremo
Soviete da União
Soviete de Nacionalidades
Presidium
Governança[Expandir]
Constituição
Nomes oficiais
1924
1936
1977
Governo
Ministérios
Comitês Estaduais
Gabinetes
Premier
Primeiro Vice-Premier
Vice-Premier
Administrador de Assuntos
Judiciário[Expandir]
Ideologia[Expandir]
Democracia Soviética
Marxismo-Leninismo
o Leninismo
o Stalinismo
o Krushchevismo
Desestalinização
Sociedade[Expandir]
Economia
Agricultura
Bens de consumo
Plano Quinquenal
Reforma Kosygin
Nova Política Econômica
Ciência e tecnologia
Era da Estagnação
Planejamento de balanço de materiais
Transporte
Comunismo de guerra
Cultura
Demografia
Educação
Família
Terminologia
Religião
Repressão
Censura
Falsificações de fotografias
Grande Expurgo
Sistema Gulag
Coletivização
Direitos humanos
Repressão ideológica
Perestroika
o Glasnost
Abuso político da psiquiatria
Repressão política
Transferências populacionais
Propaganda
Repressão da pesquisa científica
Terror Vermelho
v
d
e
Antecedentes
Civis armados durante a Revolução Romena. A revolução foi a única derrubada violenta
de um Estado comunista no Pacto de Varsóvia.
Em agosto de 1991, um golpe de estado depôs Gorbachev por três dias; a linha-dura do
Partido Comunista tentou reassumir o controle da URSS e impedir o prosseguimento
das reformas. Liderada por Boris Ieltsin, a população revoltosa forçou a volta de
Gorbachev ao governo. Em resposta ao golpe, o Partido Comunista soviético foi banido
da Rússia pelo então presidente Ieltsin. Após sua restituição, Gorbachev não possuía
mais que um poder esvaziado, e o controle da União fora enfraquecido. Em 25 de
dezembro de 1991 Gorbachev renunciou à presidência da URSS e em 31 de dezembro
todas as funções administrativas do país cessaram de existir.
Na véspera da perestroika, no início de 1980, havia fortes indícios de que alguns
aspectos da economia não funcionavam bem:
Além de tudo o que precede,o Bloco do Leste foi muito aquém do mundo ocidental
capitalista em relação à implementação de inovações de alta tecnologia na produção não
militar.Particularmente as telecomunicações e processadores de informação
(computadores). Em 1990, ainda mais de 100 000 localidades na URSS não tinham
linha telefônica.[15] A economia civil sofreu de falta não apenas de computadores, mas
também de robôs industriais, máquinas eletrônicas copiadoras, scanners ópticos e
muitos outros instrumentos de processamento de informação que tinham sido impostos
à indústria japonesa e à ocidental 15 anos antes. Isto, naturalmente, afetou seriamente a
logística.
Todos esses fatores ajudaram a moldar uma economia única, que tem se caracterizou
pela escassez, longas filas, o acúmulo de trabalhos desnecessários, o personalismo, a
corrupção persistente, que chegou a "o empregado que escondeu algo sob o balcão para
guardar para seus amigos ou parentes, ou até mesmo para receber suborno".[19] E, como
mencionado, a estrutura de poder foi um obstáculo à inovação tecnológica, ou a favor da
concorrência. Havia poucas recompensas para diretores de empresas que aplicassem
processos de produção novos ou mais eficazes.[20][21]
Colapso
Ver artigos principais: Previsões do colapso da URSS, Ex-repúblicas soviéticas e
Comunidade de Estados Independentes
Gorbatchev admitiu a implosão da União Soviética, mas ainda tentou manter o vínculo
entre as repúblicas, propondo a assinatura do chamado Tratado da União. Mas suas
palavras não tiveram eco, e o processo de separação se tornou irreversível. Em 4 de
setembro de 1991, Gorbatchev, como presidente da União Soviética, Boris Iéltsin, na
qualidade de presidente da Rússia, e mais os líderes de outras nove repúblicas, em
sessão extraordinária do Congresso dos Deputados do Povo, apresentaram um plano de
transição para criar um novo Parlamento, um Conselho de Estado e uma Comissão
Econômica Inter-Republicana. Embora tentasse estabelecer os parâmetros para uma
nova união entre as diversas repúblicas, esse plano, na verdade, significava o
desmantelamento formal da estrutura tradicional do poder soviético. De qualquer forma,
a proposta acabou sendo aprovada.
Percebendo a importância de Gorbatchev para a estabilidade da nação, naquele
momento, Ieltsin prometeu o apoio da República russa ao novo plano. Enquanto isso, os
líderes ocidentais também davam sinais de uma clara preferência pela permanência de
Gorbatchev no poder, embora demorassem a assumir o compromisso de uma ajuda
econômica mais efetiva à União Soviética. O agravamento da situação econômica era
justamente o que tornava mais delicada a posição de Gorbatchev. Decididamente, o
povo soviético tinha perdido a paciência com os problemas econômicos, que se
manifestavam na vida diária de cada cidadão. A desorganização da economia era visível
nas prateleiras vazias dos supermercados e nas filas intermináveis para comprar os
produtos mais corriqueiros, como sabonete ou farinha de trigo.
Legado
Nostalgia
Na Armênia, 12% dos entrevistados disseram que o colapso da URSS fez bem,
enquanto 66% disseram que fez mal. No Quirguistão, 16% dos entrevistados disseram
que o colapso da URSS fez bem, enquanto 61% disseram que fez mal.[26] Desde o
colapso da URSS, a pesquisa anual do Levada Center mostrou que mais de 50% da
população da Rússia lamentou seu colapso, com a única exceção sendo em 2012. Uma
pesquisa do Levada Center de 2018 mostrou que 66% dos russos lamentaram a queda da
União Soviética.[27] De acordo com uma pesquisa de 2014, 57% dos cidadãos da Rússia
lamentaram o colapso da União Soviética, enquanto 30% disseram que não
lamentavam. Os idosos tendem a ser mais nostálgicos do que os jovens russos. Cerca de
50% dos entrevistados na Ucrânia em uma pesquisa semelhante realizada em fevereiro
de 2005 afirmaram lamentar a desintegração soviética.[28] No entanto, uma pesquisa
semelhante realizada em 2016 mostrou apenas 35% dos ucranianos lamentando o
colapso da União Soviética e 50% não lamentando isso.[29]
O rompimento dos laços econômicos que se seguiu ao colapso da União Soviética levou
a uma grave crise econômica e à queda catastrófica dos padrões de vida nos Estados
pós-soviéticos e no antigo Bloco do Leste,[30] que foi ainda pior do que a Grande
Depressão.[31][32] A pobreza e a desigualdade econômica aumentaram entre 1988-1989 e
1993-1995, com o índice de Gini aumentando em uma média de 9 pontos para todos nos
antigos países socialistas europeus.[33] Mesmo antes da crise financeira na Rússia em
1998, o PIB russo era metade do que tinha sido no início dos anos 1990.[32]
Nas décadas que se seguiram ao fim da Guerra Fria, apenas cinco ou seis dos Estados
pós-comunistas estão no caminho de se juntar ao rico Ocidente capitalista, enquanto a
maioria está ficando para trás, alguns a tal ponto que levará mais de 50 anos para
alcançar onde estavam antes do fim do comunismo.[34][35] Em um estudo de 2001, o
economista Steven Rosefielde calculou que houve 3,4 milhões de mortes prematuras na
Rússia de 1990 a 1998, que ele atribui em parte à "terapia de choque" que veio com o
Consenso de Washington.[36]
No Debate da Cozinha de 1959, Nikita Khrushchev afirmou que os netos do então vice-
presidente estadunidense Richard Nixon viveriam sob o comunismo e Nixon afirmou
que os netos de Khrushchev viveriam em liberdade. Em uma entrevista de 1992, Nixon
comentou que na época do debate, ele tinha certeza de que a afirmação de Khrushchev
estava errada, mas Nixon não tinha certeza de que sua própria afirmação estava correta.
Nixon disse que os eventos provaram que ele estava realmente certo porque os netos de
Khrushchev agora viviam em liberdade, referindo-se ao então recente colapso da União
Soviética.[37] O filho de Khrushchev, Sergei Khrushchev, era um cidadão estadunidense
naturalizado.
erra Fria, apenas cinco ou seis dos Estados pós-comunistas estão no caminho de se
juntar ao rico Ocidente capitalista, enquanto a maioria está ficando para trás, alguns a tal
ponto que levará mais de 50 anos para alcançar onde estavam antes do fim do
comunismo.[34][35] Em um estudo de 2001, o economista Steven Rosefielde calculou que
houve 3,4 milhões de mortes prematuras na Rússia de 1990 a 1998, que ele atribui em
parte à "terapia de choque" que veio com o Consenso de Washington.[36]
No Debate da Cozinha de 1959, Nikita Khrushchev afirmou que os netos do então vice-
presidente estadunidense Richard Nixon viveriam sob o comunismo e Nixon afirmou
que os netos de Khrushchev viveriam em liberdade. Em uma entrevista de 1992, Nixon
comentou que na época do debate, ele tinha certeza de que a afirmação de Khrushchev
estava errada, mas Nixon não tinha certeza de que sua própria afirmação estava correta.
Nixon disse que os eventos provaram que ele estava realmente certo porque os netos de
Khrushchev agora viviam em liberdade, referindo-se ao então recente colapso da União
Soviética.[37] O filho de Khrushchev, Sergei Khrushchev, era um cidadão estadunidense
naturalizado.