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URB

000108 – TEORIAS E PRÁTICAS DE PLANEJAMENTO URBANO




I - CARACTERÍSTICAS DA DISCIPLINA

NOME: TEORIAS E PRÁTICAS DE PLANEJAMENTO URBANO
NÚMERO DE CRÉDITOS: 3
CARGA HORÁRIA: 40 horas/aula – 12 aulas
PERÍODO: 1º semestre
HORÁRIO: Quarta-feira, das 14h10 às 17h30, MODO REMOTO
VAGAS OFERECIDAS: 17 para alunos regulares e 3 para alunos especiais
PROFESSORA RESPONSÁVEL: Profa. Dra. Clarice Misoczky de Oliveira

II- SÚMULA

Planejamento, projeto e gestão. Neoliberalismo e crise do planejamento urbano. Grandes Projetos
Urbanos e práticas neoliberais. Direito à cidade e Participação social. Desdobramentos teórico-práticos do
planejamento urbano alternativo: advocatício, tático, comunicativo, colaborativo, subversivo,
popular/comunitário, insurgente, radical, feminista, decolonial.

III – OBJETIVOS

Promover uma reflexão teórica acerca das vertentes de planejamento urbano alternativo. Identificar
experiências locais, nacionais e/ou internacionais. Compreender o contexto em que elas se formam e as
alternativas/possibilidades que se estabelecem.

IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Bloco 1. PLANEJAMENTO URBANO E NEOLIBERALISMO
Planejamento urbano, Grandes Projetos Urbanos, neoliberalismo, empreendedorismo urbano.

Bloco 2. O DIREITO À CIDADE E PARTICIPAÇÃO SOCIAL
O Direito à Cidade, Fórum Nacional da Reforma Urbana, Gestão e Planejamento Participativo.

BLOCO 3. TEORIAS DE PLANEJAMENTO URBANO ALTERNATIVO
Seminários de aporte teórico sobre as diferentes vertentes de planejamento urbano alternativo.

BLOCO 4. SEMINÁRIO FINAL: TEORIAS E PRÁTICAS
Apresentação do trabalho final: Análise de planos, projetos e programas em diálogo com as teorias
apresentadas na disciplina.


V- PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS

A disciplina consiste em seminários que exploram questões teórico-práticas com base nos textos
previamente determinados em conjunto com os exemplos trazidos pelos estudantes. O fichamento de
leitura será aplicado como uma etapa prévia de aprendizado e reflexão sobre os temas tratados. Atividades
de orientação do trabalho final.
Em modo remoto as atividades serão realizadas de maneira síncrona via a plataforma do Mconf e a
disponibilização de texto e entrega de atividades assíncronas via a plataforma Moodle.
As aulas desta disciplina não serão gravadas. Segundo o Manual de Boas práticas para o Ensino Remoto
Emergencial elaborado pelo SEAD UFRGS, o aluno só poderá gravar a atividade com a autorização da
professora, assim como, a professora deve informar se a atividade pode ou não ser gravada pelo aluno
para seu estudo posterior.

VI- AVALIAÇÃO

O conceito final será atribuído pela combinação dos seguintes fatores: (i) PARTICIPAÇÃO (3,0 pontos, sendo
1,5 referente à fichamento dos textos e 1,5 referente à presença e participação nos seminários), (ii)
APRESENTAÇÃO (EM DUPLA OU TRIO) DE EXPERIÊNCIAS NACIONAIS E/OU INTERNACIONAIS NOS
SEMINÁRIOS TEÓRICOS (2,0 pontos) e (iii) APRESENTAÇÃO TRABALHO FINAL NO SEMINÁRIO TEÓRICO
PRÁTICO. (5,0 pontos). O conceito final consiste no somatório dos pontos.
Considerando se tratar de um período de contingenciamento devido à pandemia da COVID 19, o aluno que
não possa participar de alguma sessão deverá consultar a coordenação sobre a possibilidade de
recuperação através de postagem de material alternativo (ex.: arquivo de apresentação, apresentação
narrada ou vídeo de apresentação). A atribuição de conceito final será feita pelo Coordenador do PROPUR
com base nesses critérios.



VII - CRONOGRAMA

AULA DIA CONTEÚDO

INTRODUÇÃO AO TEMA
01 07/07
PLANEJAMENTO URBANO – URBANISMO – DESENHO URBANO – PROJETO URBANO
Bloco 1. PLANEJAMENTO URBANO E NEOLIBERALISMO
NEOLIBERALISMO
02 14/07
EMPREENDEDORISMO URBANO

PLANEJAMENTO NEOLIBERAL
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
03 21/07
GRANDES PROJETOS URBANOS
PRÁTICA: EXPERIÊNCIAS NACIONAIS E/OU INTERNACIONAIS (GRUPO 1)
Bloco 2. O DIREITO À CIDADE E PARTICIPAÇÃO SOCIAL
O DIREITO À CIDADE
04 28/07 A ILUSÃO URBANÍSTICA
PRÁTICA: EXPERIÊNCIAS NACIONAIS E/OU INTERNACIONAIS (GRUPO 2)
GESTÃO E PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO
FÓRUM NACIONAL DA REFORMA URBANA
05 04/08
ESTATUTO DA CIDADE
PRÁTICA: EXPERIÊNCIAS NACIONAIS E/OU INTERNACIONAIS (GRUPO 3)
Bloco 3. TEORIAS DE PLANEJAMENTO URBANO ALTERNATIVO
PLANEJAMENTO ADVOCATÍCIO
06 11/08 PLANEJAMENTO COMUNITÁRIO/POPULAR
PRÁTICA: EXPERIÊNCIAS NACIONAIS E/OU INTERNACIONAIS (GRUPO 4)
PLANEJAMENTO COLABORATIVO
PLANEJAMENTO COMUNICATIVO
07 18/08
PLANEJAMENTO SUBVERSIVO
PRÁTICA: EXPERIÊNCIAS NACIONAIS E/OU INTERNACIONAIS (GRUPO 5)
PLANEJAMENTO RADICAL
08 25/08 PLANEJAMENTO INSURGENTE
PRÁTICA: EXPERIÊNCIAS NACIONAIS E/OU INTERNACIONAIS (GRUPO 6)
URBANISMO DECOLONIAL
09 01/09 URBANISMO FEMINISTA
PRÁTICA: EXPERIÊNCIAS NACIONAIS E/OU INTERNACIONAIS (GRUPO 7)
URBANISMO TÁTICO
PRÁTICA: EXPERIÊNCIAS NACIONAIS E/OU INTERNACIONAIS (GRUPO 8)
10 08/09
Bloco 4. SEMINÁRIO FINAL
APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS (3 TRABALHOS)
11 15/09 APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS (9 TRABALHOS)
APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS (9 TRABALHOS)
12 22/09
ENCERRAMENTO DA DISCIPLINA

VII. INFORMAÇÕES SOBRE DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM


Todos os materiais disponibilizados são exclusivamente para fins didáticos, sendo vedada a sua utilização
para qualquer outra finalidade, sob as penas legais.
Todos os materiais de terceiros que venham a ser utilizados devem ser referenciados, indicando a autoria,
sob pena de plágio.
A liberdade de escolha de exposição da imagem e da voz não isenta o aluno de realizar as atividades
originalmente propostas ou alternativas;
Todas as gravações de atividades síncronas devem ser previamente informadas por parte dos professores.
Somente poderão ser gravadas as atividades síncronas propostas mediante concordância prévia dos
professores e colegas, sob as penas legais.
É proibido disponibilizar, por quaisquer meios digitais ou físicos, os dados, a imagem e a voz de colegas e
do professor, sem autorização específica para a finalidade pretendida.
Os materiais disponibilizados no ambiente virtual possuem licença de uso e distribuição específica, sendo
vedada a distribuição do material cuja licença não permita ou sem a autorização prévia dos professores
para o material de sua autoria.


VII- BIBLIOGRAFIA

ANGOTTI, Thomas. New York for Sale: Community Planning Confronts Global Real Estate. The MIT Press,
2008. Capítulo 3. From dislocations to resistence. pg. 225-246

ANGOTTI, Thomas. New York for Sale: Community Planning Confronts Global Real Estate. The MIT Press,
2008. Capítulo 8. Progressive directions for progressive planners. Ps. 81-109
ARNSTEIN, S. A ladder of citizen participation. In: Journal of the American Institute of Planners, v.35, julho,
1969. pg.216 -224.

BAETEN, G. Neoliberal planning. In: GUNDER, M. MADANIPOUR, A. WATSON, V. (Eds.) The Routledge
Handbook of Planning Theory. New York: Routledge, 2018.pg. 105-117.

BEARD, V. A. Learning Radical Planning: The Power of Collective Action. In: Planning Theory, Vol. 2 (1): 13-
35: SAGE Publications, 2003.

BRENNER, N. Espaços da Urbanização: O urbano a partir da teoria crítica. Rio de Janeiro: Letra Capital:
Observatório das Metrópoles, 2018. Capítulo 9. Seria o “urbanismo tático” uma alternativa contra o
urbanismo neoliberal? p. 203-232.

BRENNER, N. Espaços da Urbanização: O urbano a partir da teoria crítica. Rio de Janeiro: Letra Capital:
Observatório das Metrópoles, 2018. Capítulo 7. Após a Neoliberalização? P. 161-195.

DAVIDOFF, P. Advocacy and Pluralism in Planning. In: FAINSTEIN, S; DEFILIPPIS, J. Readings in planning
theory. Oxford: Wiley Brackwell, 2016, p 427-442.

FEDOZZI, L. Orçamento Participativo e esfera pública: elementos para um debate conceitual. In: Fischer, N.
e Moll J. (orgs.) Por uma nova esfera pública. Petrópolis:Vozes, 2000. p. 39-51.

FRIEDMAN, J. Insurgencies: Essays in planning theory. Capítulo 4 The mediations of radical planning. Pg.
60-86.

GONZÁLES, L. Por um feminismo afro-latino-americano. In: BUARQUE DE HOLLANDA, H. Pensamento


feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. P. 53-83.

HEALEY, P. Collaborative Planning in Perspective. In: Planning Theory, 2(2), 2003. Pgs 101-123

HUERTAS, F. O método PES: entrevista com Matus. São Paulo:FUNDAP, 1996. Confusão sobre o que é
Planejamento pg. 9-26

LEFEBVRE, H. O direito à cidade. São Paulo: Centauro Editora, 2001. Capítulo: O direito à cidade. p. 105 –
118

LEFEBVRE, H. O direito à cidade. São Paulo: Centauro Editora, 2001. Capítulo: Teses sobre a cidade, o
urbano e o urbanismo. p. 137-141.

LEFEBVRE, H. A revolução urbana. Capítulo VIII: A ilusão urbanística. p. 137-148.

LUGONES, M. Colonialidade e gênero. In: BUARQUE DE HOLLANDA, Heloisa. Pensamento feminista hoje:
perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempor, 2020. P. 53-83.

MUXÍ MARTÍNEZ, Z. et al. Qué aporta la perspectiva de género al urbanismo? In: Feminismo/s 17, pp. 105-
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MIRAFTAB, F. Insurgência, planejamento e a perspectiva de um urbanismo humano. In: REV. BR AS. ESTUD.
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PAULANI, L.M. O projeto neoliberal para a sociedade brasileira: sua dinâmica e seus impasses. In: LIMA,
J.C.F., and NEVES, L.M.W.(org). Fundamentos da educação escolar do Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro:
Editora FIOCRUZ, 2006.
HARVEY, D. A Produção Capitalista do Espaço. Capítulo 6 Do administrativisimo ao empreendedorismo
urbano: a trasnformação da governança urbana no capitalism tardio. São Paulo: Ablume, 2006. Pg. 163-
190.

RANDOLPH, R. A utopia do planjamento e o planejamento da utopia: o longo caminho de um contra-


planejamento até o alcance da justiça social. In: Anais do IV Coloquio Internacional de Geocrítica Las utopías
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SAGER, T. Communicative Planning. In: GUNDER, M. MADANIPOUR, A. WATSON, V. (Eds.) The Routledge
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QUEIROZ RIBEIRO, L.C. Questão urbana, desigualdades sociais e políticas públicas : avaliação do Programa
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SANTORO, P. F. Gênero e planejamento territorial: uma aproximação. Anais do XVI Encontro Nacional de
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2020.

SEBALHOS, C. COELHO, D. ROCHA, E. Dos processos de colonização e subalternização do saber à


marginalidade urbana: porquê necessitamos olhar a América Latina como produtora de um novo
urbanismo. Anais do XXIII Gongresso Arquisur. Belo Horizonte, 2019.

SOUZA, M. L. Mudar a Cidade: uma introdução crítica ao planejamento e à gestão urbano. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 2010. Parte I - Capítulo 1: Os conceitos de planejamento e gestão urbana. P. 45-59.

SANDERCOCK, L. Cosmopolis II: Mongrel Cities int the 21st century. Capítulo 2 Rewriting Planning History.
Pg. 37-57

VILLAÇA, F. A crise do Planejamento Urbano. In: São Paulo em Perspectiva, 9(2), 1995. pg. 45-51.


VIV – BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BRENNER, N. THEODORE, N. Neoliberalism and the urban condition. In: City, vol 9, no1, 2005. Ps. 101-107.

BRINDLEY, T; RYDIN, Y; STOKER, G. Remaking planning: the politics of urban change. Nova York: Routledge,
2004. Capítulo 2 The fragmentation of planning. P. 7-27.

FREITAS, C. O. Estudos Feministas sobre a Questão Urbana: Abordagens e Críticas. In: Anais do XVIII
Encontro Nacional da ANPUR. Natal, 2019.

HARVEY, D. Neoliberalismo: história e implicações. São Paulo: Edições Loyola, 2008. Capítulo 3 O Estado
Neoliberal pg. 75-96.

HOLSTON, J. Espaços de Cidadania Insurgente. Revista do Iphan, n. 24, ano 1996.

MIRAFTAB, F. Insurgent Planning: Situating Radical Planing in the Global South. In: FAINSTEIN, S; DEFILIPPIS,
J. Readings in planning theory. Oxford: Wiley Brackwell, 2016.
OLIVEIRA, C. M. Da cidade industrial à cidade neoliberal: Projetos Urbanos na produção de espaços
artificiais. In: Anais do XVII Encontro Nacional da Anpur. Natal, 2019.

RANDOLPH, R. Do planejamento colaborativo ao planejamento “subversivo”: reflexões sobre limitações e


potencialidades de Planos Diretores no Brasil. Scripta Nova. Revista Electrónica de Geografia y Ciencias
Sociales. Barcelona: Universidad de Barcelona, 1 de agosto de 2007, vol. XI, núm. 245. Disponível em:
(https://goo.gl/HNV3oS), acesso em 05 dez 2018.

SONG, L. K. Race, transformative planning, and the just city. Planning Theory. Vol. 14(2) 152–173. 2015.
Disponível em: (https://goo.gl/5czzJ3), acesso em 05 dez 2020.

SANDERCOCK, L. Introduction: Framing Insurgent Historiographies for Planning. In: Making the Invisible
Visible: A Multicultural Planning History. Los Angeles: University of California Press, 1998.

SOUZA, M. L. Mudar a Cidade: uma introdução crítica ao planejamento e à gestão urbano. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 2010. Parte II - Capítulo 11: E fora dos ambientes profissionais?... pg. 190 - 199.

THOMAS, J. The minority-race planner in the quest for a Just City. In: FAINSTEIN, S; DEFILIPPIS, J. Readings
in planning theory. Oxford: Wiley Brackwell, 2016, p. 443-463.

Villaça, F. A crise do Planejamento Urbano. In: São Paulo em Perspectiva, 9(2), 1995. pg. 45-51

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