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pgr
E M AT R I Z D E R I S C O S
sistema
gro:guia para o pgr e matriz de riscos
O objetivo deste material é abordar o PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos, que está incluso
no Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) da NR-1.
Aqui falaremos sobre alguns pontos cruciais nessa transição entre PPRA e PGR, abordando as
matrizes de riscos e metodologias.
Boa leitura!
NR-1: Gerenciamento de Riscos Ocupacionais - GRO
Recordando, a NR-1 trata das Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO):
O GRO é abordado no item 1.5 da NR-1 e, dentro dele, está inserido o PGR – Programa de
Gerenciamento de Riscos – no subitem 1.5.7. Todos os subitens referem-se a uma parte específica
do GRO. Vejamos a seguir, na íntegra, todos eles.
Nota: 1-O objetivo deste material é dar ênfase ao PGR. Abaixo estão todos os subitens do GRO, onde o PGR está incluso
(subitem 1.5.7). Caso queira pular diretamente para a parte que fala sobre o PGR, clique no subitem. Isso serve também
para os demais. 2-Todas as informações em aspas são citações diretas do site oficial do governo (www.in.gov.br)
gro
nr01 PGR
1.5
gro: guia para o pgr e matriz de riscos
nr01
1.5: Gerenciamento de Riscos Ocupacionais - GRO
‘‘ 1.5.1 O disposto neste item deve ser utilizado para fins de prevenção e
gerenciamento dos riscos ocupacionais.
1.5.3 Responsabilidades
1.5.3.1.2 O PGR pode ser atendido por sistemas de gestão, desde que
estes cumpram as exigências previstas nesta NR e em dispositivos legais
de segurança e saúde no trabalho.
1.5.4.4.2 Para cada risco deve ser indicado o nível de risco ocupacional,
determinado pela combinação da severidade das possíveis lesões ou
agravos à saúde com a probabilidade ou chance de sua ocorrência.
‘‘ 1.5.7 Documentação
‘‘ ◦
◦
1.5.8 Disposições gerais do gerenciamento de riscos ocupacionais
gro
Este então é o GRO, com todos os seus 8 subitens. Vale ressaltar que a sigla “GRO” não é
oficial. É uma abreviação que a própria comunidade de SST adotou de maneira natural e
unânime. Portanto não se vê a sigla GRO nos documentos oficiais.
pgr
PROGRAMA DE
GERENCIAMENTO
DE RISCOS
Até então era utilizado o PPRA como programa de prevenção, porém agora com a vinda do PGR, o PPRA
deixará de existir já que o PGR substitui e engloba uma gama maior de aspectos da saúde e segurança do
trabalho. Os profissionais de SST devem se habituar com a nova documentação para que, a partir da
vigência, estejam aptos para desenvolver um PGR adequado.
O PGR possui dois documentos exigidos: inventário de riscos e plano de ação. Veremos melhor
sobre eles ao decorrer.
1. O PPRA tinha um documento base, exigido pela NR-9. O PGR não tem a obrigatoriedade de
um documento base. O profissional pode ter o seu documento base, mas não é obrigatório
como era com o PPRA.
A impressão que se tem ao ver a diferença na estrutura mínima, é que o PGR seja mais simples que
o PPRA. Porém, não se engane. O inventário de riscos é bastante detalhado, e a complexidade dele
determinará o plano de ação.
3. No PPRA havia a Análise Global, que era feita uma vez ao ano pelo menos. No PGR o inventário
de riscos deve estar sempre atualizado. Havia o hábito de, geralmente após 12 meses, verificar
o PPRA e analisar o que não foi feito, reprogramando as ações para o próximo ano. No PGR não é
assim, pois deve ser constantemente revisado e alterado. Ou seja, o inventário de riscos é
dinâmico.
4. Agentes de riscos: No PPRA era avaliado apenas os agentes de riscos físicos, químicos e
biológicos. No PGR é avaliado todos os cinco agentes de riscos, incluindo os riscos mecânicos e
ergonômicos. O resultado da AET – Análise Ergonômica do Trabalho - da NR-17 deve ser inserida
no PGR. A inclusão de riscos mecânicos deve-se a citação da NR-1 onde diz que deve constar a
descrição de perigos e de possíveis lesões (o que implica em riscos mecânicos/ de acidentes).
5. Antes, o documento base do PPRA tinha que ser apresentado e discutido com a CIPA. Agora com
o PGR é preciso apenas comunicar aos colaboradores os riscos identificados e as medidas de
controle, tornando opcional o envolvimento da CIPA.
A NR-9 tem o objetivo agora de dar suporte ao PGR. Porém, ao fazer essa
transição de PPRA para PGR, pode-se aproveitar alguns itens já
existentes, para facilitar a adaptação a nova NR-1.
Descrições de funções e atividades: A descrição de cargos e funções é padrão, então pode ser
aproveitada da maneira que já existe para o PGR.
Descrição e nomenclatura dos setores: A não que tenha um setor novo, pode-se manter a mesma
nomenclatura dos que já existem.
Agentes de riscos já identificados: Os riscos físicos, químicos e biológicos que já foram identificados
para o PPRA, podem ser aproveitados para o PGR, adicionando os novos: mecânicos e ergonômicos.
Metodologia de inspeção das áreas e atividades: a forma de verificação dos resultados pode ser
aproveitada, seja ela por inspeção, auditoria, blitz de segurança ou o que já se faz. Essa metodologia vai
para o plano de ação do PGR.
Planejamento anual: este é o Plano de ação, onde consta o estabelecimento de metas, prioridades e
cronograma de ação. Este planejamento pode ser aproveitado do PPRA, porém deve ser incrementado de
acordo com o plano de ação do PGR.
Informações de outras ferramentas: APR por exemplo tem descrição das atividades, as tarefas,
perigos de cada etapa e riscos. Esse tipo de informação pode ser aproveitado para o PGR.
Portanto, não precisa necessariamente fazer tudo do zero, ao fazer a transição para o PGR.
1. Identificar os perigos;
4. Apontar os resultados;
2 W. Why (por que será feito?): 2 H. How much (quanto vai custar?):
- Motivos que justificam as ações. - Custos financeiros da ação.
1. Riscos Físicos
2. Riscos Químicos
3. Riscos Biológicos
5. Riscos Ergonômicos
Todos os perigos estão associados aos riscos ocupacionais. Os riscos são determinados pela
combinação entre probabilidade e severidade à exposição a um agente nocivo, agravo a saúde ou
lesão. A ergonomia também entra nos riscos avaliados no PGR, através da avaliação das
condições de trabalho.
Para avaliar e identificar os riscos, é necessário traçar um eixo entre probabilidade e severidade.
Para isso, é utilizado uma Matriz de Risco. Veremos sobre ela ao decorrer.
matriz
riscos
de
METODOLOGIAS
E QUAL UTILIZAR
Confira a seguir.
Recordando:
1. Risco é basicamente a exposição ao perigo;
Existem diferentes tipos de matriz de risco, como o modelo AIHA, BS 8800 e até mesmo modelos
únicos desenvolvidos pelo próprio profissional capacitado, de maneira que cubra suas necessidades de
controle.
Em todo o caso, é necessário ter dois itens cruciais: severidade e probabilidade. Ambos os fatores
possuem gradações, que variam de acordo com o modelo da matriz. Em severidade por exemplo, a
gradação 1 seria negligenciável e a 5 seria crítica (exemplo). O nível de exposição também é essencial na
hora de avaliar o risco, pois ele trará as medidas quantitativas para a análise.
Para avaliar o risco cruza-se severidade com probabilidade, formando uma tabela 5x5 ou 3x3 por
exemplo. O resultado deste cruzamento resulta no risco ocupacional daquela determinada
situação.
Situação hipotética 01
Situação hipotética 02
Matriz Qualitativa
Matriz Quantitativa
Matriz Semi-Qualitativa
Nesta matriz além de valores categóricos, existem também valores numéricos para
representarem as intensidades. Então quando há por exemplo o valor (qualitativo)
“baixo”, este também têm um valor quantitativo, “0,01” (exemplo). Essa análise de riscos
é geralmente usada em conjunto com outras análises, para que se evite inconsistências,
já que ela tem um levantamento mais detalhado e flexível.
Agora que já vimos como calcular o nível de risco, vamos ver como utilizar a matriz.
Acima consta um modelo baseado na metodologia AIHA - American Industrial Hygiene Association,
em esquema 5x5. Isso significa 5 níveis de probabilidade e 5 níveis de severidade. Neste exemplo,
a probabilidade é de nível 2 (B) e a severidade também de nível 2 (menor), correspondendo a risco
tolerável ‘‘B2’’.
Este mesmo exemplo de matriz, caso tivesse categorias numéricas em probabilidade e severidade,
seria uma matriz quantitativa. No caso, os níveis estão descritos como “leve, menor, etc”, empregando
níveis qualitativos, portanto isso justifica o exemplo como uma matriz qualitativa.
Em termos qualitativos, para saber se a categoria corresponde à exposição, é preciso entender sobre a
gradação da severidade e probabilidade. Vejamos a seguir.
Sabemos então que o risco é definido pela probabilidade e severidade, em seu ponto de cruzamento na
matriz. Mas como definir atividades de maior e menor severidade/probabilidade?
Cada profissional tem suas maneiras, dado às suas experiências, porém a AIHA e AS/NZS 4360 trazem
gradações estimativas qualitativas. Vejamos abaixo:
severidade
Em 5 níveis é possível traçar se a probabilidade é baixa ou alta, tendo como referência (dado pela tabela)
o LEO – Limite de Exposição Ocupacional, sem considerar o EPI.
Um operário que trabalha em uma fábrica onde os limites auditivos ultrapassam 3 vezes o LEO,
encontra-se em uma exposição excessiva ao dano, por exemplo.
probabilidade
pgr
Uma dúvida muito frequente em relação ao PGR é qual matriz de risco utilizar ao fazer o gerenciamento
de riscos. Não há mistérios quanto a isso: matrizes de risco que tenham cruzamento entre probabilidade
e severidade, podem ser utilizadas para o PGR, da maneira adequada. A própria matriz mostrada
anteriormente, baseada na metodologia AIHA, pode ser utilizada, assim como a matriz BS 8800. A
diferença é que a matriz AIHA apresenta 5 níveis de probabilidade e 5 níveis de severidade (5x5), e a
matriz da BS 8800 resume as severidades em 3 níveis (3x5).
A matriz de risco pode inclusive ser desenvolvida pelo próprio profissional, desde que tenha como base
os mesmos conceitos. A maioria acaba optando por modelos baseados na AIHA ou BS 8800. Ambas
costumam ser qualitativas ou semi-qualitativas. Os modelos quantitativos geralmente são em 9x9,
elaborados de acordo com a necessidade do profissional.
Existem outras matrizes que podem ser utilizadas para o PGR. De qualquer maneira, o profissional de
SST acaba customizando as suas próprias, a partir de outras já existentes, e isso funciona bem.
Contudo, é necessário atentar-se a qual matriz não utilizar para o PGR. Confira na sequência.
A NR 3 estabelece diretrizes que caracterizam riscos graves e iminentes, como descrito no item 3.11.
Porém, ao invés de ter a finalidade de prevenção, como tem a NR 1, a NR 3 tem a finalidade de embargo e
interdição, como diz nome da Norma. Isso significa que a NR 3 está mais associada à “punição” do que à
prevenção direta, como a NR 1. Sendo assim, o uso das tabelas 3.3 e 3.4, que são chamadas de “tabelas de
excesso de risco”, não podem ser usadas como metodologia para gerenciamento de riscos. Estas tabelas
de excesso de risco (3.3 e 3.4) têm o objetivo de servir como caracterização de riscos graves e iminentes,
para fins de embargos e interdições (multas, punições) em situações de fiscalização, por exemplo.
Esta matriz da NR 3 pode ser usada como base para que se monte uma outra matriz, a qual então estando
de acordo com os preceitos comuns, poderá ser utilizada pelo profissional SST. Ou seja, esta tabela pode
ser usada caso seja devidamente customizada, mas não da maneira pura como está na NR 3.
sst
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