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GRO e Gestão do FAP Por Edivaldo Gregório
Sumário
Apresentação 6
Gerenciamento de Riscos Ocupacionais GRO 7
O que é Gerenciamento de Riscos Ocupacionais? 8
Por que fazer o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais? 9
Contexto Histórico 11
BS 8800 11
OHSAS 18001 12
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT) 13
ISO 45001 14
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GRO e Gestão do FAP Por Edivaldo Gregório
Apresentação
Como o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais impacta o
desempenho de SST de uma empresa?
A área de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) é conhecida pela sua atuação frente
às necessidades de cumprimento de dispositivos legais, principalmente as Normas
Regulamentadoras (NRs).
E isso gera uma percepção de obrigação, no sentido de obrigatoriedade. E por isso é
comum ouvirmos “Por que isso precisa ser feito? Porque é obrigatório, está na NR”.
E, para mim, esse é o principal motivo da área de SST não ser tratada com a devida
importância dentro das empresas. Já que a alta liderança não vê sentido numa
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GRO e Gestão do FAP Por Edivaldo Gregório
Gerenciamento de
Riscos Ocupacionais
GRO
O que você irá ver sobre GRO:
● O que é GRO? (Introdução, Conceituação)
● Por que fazer o GRO? (Justificativa)
● Contexto histórico do GRO? (Referências técnicas)
● Compreendendo o contexto da Nova NR 01 e o GRO
● Ficando por dentro da Nova NR 01 e o GRO
● Estrutura do PGR para o GRO
● Tratamento diferenciado para MEI, ME e EPP
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Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o impacto econômico dos
acidentes de trabalho e doenças relacionados ao trabalho é de aproximadamente
3,94% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial ao ano.
Portanto, levando em consideração que o PIB do Brasil em 2019 foi de 7,3 trilhões de
reais (IBGE, 2020), o custo para o país com a acidentalidade é de aproximadamente
280 bilhões de reais por ano.
E se levarmos em consideração apenas a concessão dos benefícios acidentários
(B91, B92, B93 e B94) pela Previdência Social, concedidos em 2018, a despesa para
o Governo foi de aproximadamente 13,1 bilhões de reais, conforme dados do
Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho.
Mas ainda há outros impactos ao Governo, trabalhadores e empresas, como
destacados abaixo:
Governo Empresas
− Pagamento de benefícios − Aumento da contribuição do Seguro contra Acidentes
assistenciais de Trabalho (FAP)
− Despesas com o SUS − Despesas médicas
− Despesas com o Corpo de − Custos com ações judiciais, indenizações e ações
Bombeiros/SAMU regressivas
− Despesas administrativas e com − Pagamento do salário nos primeiros 15 dias de
profissionais (SIT, Fundacentro, atestado
CEREST) − Custos com contratação e treinamento para
Trabalhadores substituição
− Custos com horas extras
− Redução da remuneração − Comprometimento da qualidade do produto ou da
− Despesas com medicamentos prestação de serviços
− Redução temporária ou permanente − Contribuição do FGTS enquanto o trabalhador estiver
da capacidade biomecânica e/ou afastado
cognitiva − Redução da produção
− Interferência na vida familiar e − Atraso das entregas
convívio social − Paradas de máquinas, equipamentos ou processos
− Imagem reputação da empresa
Portanto, percebe-se a magnitude dos impactos econômicos e sociais dos acidentes
de trabalho e doenças relacionadas ao trabalho à sociedade em geral.
E é por isso que há a necessidade de se fazer o Gerenciamento de Riscos
Ocupacionais: para reduzir a probabilidade da ocorrência de eventos que provocam
danos e perdas. E, desta forma, c ontribuir com as empresas na:
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● Redução de custos
● Maior produtividade
● Conformidade/Compliance
● Reputação/Imagem
Já para os trabalhadores:
● Menos acidentes/doenças/lesões
● Maior bem-estar
● Mais dignidade e qualidade de vida
E para o Governo:
● Menos despesas
● Melhor atendimento/prestação de serviço à sociedade
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Contexto Histórico
Será que as diretrizes e requisitos do GRO, recentemente inseridos na
Nova NR 01, é uma novidade?
No Brasil, não havia nenhuma regulamentação a respeito do Gerenciamento de
Riscos Ocupacionais – ao menos de forma autônoma e tipifica como geral. Isso
porque em alguns segmentos haviam diretrizes e requisitos que muito se aproximam
do exposto na Nova NR 01, embora algumas empresas e profissionais já adotassem
diretrizes e requisitos de algumas referências técnicas a respeito do tema, as quais
destaca-se abaixo:
BS 8800
Quanto a British Standards 8800 é uma Norma de origem inglesa voltada para a
gestão da saúde e segurança ocupacional. Ela foi criada pelo British Standard
Institution (BSI), sendo que foi publicada em 1996.
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Fonte: BS 8800, 1996.
OHSAS 18001
Já a Occupational Health and Safety Assessment Series (OHSAS) 18001 é uma
referência técnica e teve a sua primeira versão publicada em 1999 após estudos de
um grupo de organismos certificadores e de entidades de normalização da Irlanda,
Austrália, África do Sul, Espanha e Malásia. Sendo que foi revisada e atualizada em
2007.
E a premissa dela era auxiliar as empresas a controlar os riscos de acidentes no
local de trabalho. Sendo que por muitos anos foi a principal referência para sistemas
de gestão de SST.
A OHSAS visa a melhoria contínua de seu desempenho em saúde ocupacional e
segurança de seus colaboradores, por meio do ciclo abaixo:
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Fonte: OHSAS 18001, 2007
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Fonte: OIT, 2011.
ISO 45001
E em 2018 tivemos a publicação ISO 45001 – Sistema de Gestão de Saúde e
Segurança Ocupacional, pela International Organization for Standardization.
Atualmente é a principal referência mundial em termos de certificação em melhoria
contínua do desempenho de SST.
E seu principal objetivo é fornecer uma estrutura para que empresas possam
gerenciar os riscos e oportunidades, visando prevenir lesões e problemas de saúde
relacionados ao trabalho, bem como proporcionar locais de trabalho seguros e
saudáveis aos trabalhadores.
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Assim com as demais referências, ela baseia-se nos elementos do PDCA, conforme
imagem abaixo:
Fonte: ISO 45001, 2018.
Desta forma, percebe-se que desde 1996 há referências técnicas à respeito do
Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, que visam a melhoria contínua, do
desempenho de SST de uma empresa, estabelecida pelo ciclo PDCA.
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Compreendendo o contexto
da Nova NR 01 e o GRO
Com a publicação da Nova NR 01 – Disposições Gerais e
Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, temos a primeira Norma
autônoma a respeito do assunto no país, que estabelece as diretrizes e
requisitos para que empresas implementem planos, programas ou
sistemas de gestão com a finalidade da melhoria contínua do
desempenho de SST.
Mas, tecnicamente ela não apresenta nenhuma novidade, como visto anteriormente -
a não ser o seu critério legal no Brasil.
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Porém, são poucas as empresas e profissionais que já adotavam as diretrizes e
requisitos das referências técnicas referente a Gerenciamento de Riscos
Ocupacionais.
Desta forma, espera-se que ela mude o paradigma de SST no Brasil, saindo da rotina
cartorária, como a que temos hoje com algumas documentações. E que traga
práticas relevantes pensando em resultados, ou seja, na melhoria contínua do
desempenho de SST.
Pois o cumprimento de NRs e outros dispositivos legais não pode ser o ponto de
chegada, finalidade do trabalho da área de SST, Mas sim um dos meios para se
alcançar o principal objetivo da área de SST: construção de ambientes de trabalho
mais seguros e saudáveis.
E com a implementação e melhoria contínua de um plano, programa ou sistema de
gestão de SST contribuirá muito com a promoção de ambientes de trabalho mais
seguros e saudáveis.
E um ambiente de trabalho mais seguro e saudável é positivo para todos:
Empresas: tende a estar em conformidade com os dispositivos legais (Compliance)
e consequentemente reduzir seus índices de acidentalidade e adoecimento,
ocasionando também a redução de custos (FAP, absenteísmo, indenizações, ações
judiciais) e aumento de produtividade.
Trabalhadores: melhores condições de trabalho e consequentemente menores
índices de acidentes e afastamentos.
Governo/Sociedade: com menos acidentes e doenças relacionados ao trabalho, terá
menos despesas atreladas (SUS, indenizações, benefícios) e aumento da
produtividade do país.
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● Após implementação das medidas de prevenção, para avaliação de riscos
residuais;
● Após inovações e modificações nas tecnologias, ambientes, processos,
condições, procedimentos e organização do trabalho que impliquem em
novos riscos ou modifiquem os riscos existentes;
● Quando identificadas inadequações, insuficiências ou ineficácias das
medidas de prevenção;
● Na ocorrência de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho;
● Quando houver mudança nos requisitos legais aplicáveis.
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quando este atuar em suas dependências ou local previamente convencionado em
contrato.
E a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho irá disponibilizar ferramentas de
avaliação de riscos, que poderá ser utilizada pelas microempresa (ME) e empresas
de pequeno porte (EPP) para estruturar o PGR, desde que tal ME e EPP não seja
obrigada a constituir SESMT.
E as ME e EPP, graus de risco 1 e 2, que no levantamento preliminar de perigos não
identificarem exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos, em
conformidade com a NR 09, e declararem as informações digitais de SST, ficam
dispensadas da elaboração do PGR.
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Programa de
Gerenciamento
de Riscos - PGR
O que você irá ver sobre PGR:
● O que é PGR? (Introdução, Conceituação)
● Estrutura do PGR
● Inventário de riscos
● Identificação de perigos
● Análise de riscos
● Matriz de riscos
● Classificação de riscos
● Avaliação de riscos
● Medidas de controle
● Plano de ação
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Inventário de riscos
E um inventário de riscos ocupacionais, deve conter, no mínimo:
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E para a elaboração do inventário de riscos, a primeira etapa é fazer um
levantamento preliminar dos perigos existentes no ambiente de trabalho. E para isso,
deve ser feito um trabalho de campo, como uma inspeção e contando com o apoio
de uma lista de verificação, onde serão apontados todos os perigos existentes.
Posterior a este levantamento preliminar, precisa ser identificado se os perigos
levantados poderão ser eliminados. Caso contrário, os mesmos precisam ser
analisados e avaliados, para que se tenha subsídios para implementar ações
preventivas e corretivas.
E neste sentido, entramos na etapa de Identificação de Perigos, na qual este
processo consiste em encontrar (investigar, pesquisar, analisar), reconhecer e
descrever os perigos e riscos presentes no ambiente de trabalho. Sendo que nesta
etapa, há algumas informações essenciais e que devem estar presentes no
inventário de riscos, tais como:
● Descrição dos perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde;
● Identificação das fontes ou circunstâncias;
● Indicação do grupo de trabalhadores sujeitos aos riscos.
E para auxiliar esta etapa, deve ser seguido uma metodologia, bem como deve ser
seguida uma ou mais ferramenta de identificação e avaliação de risco, condizente
com o cenário a ser avaliado.
Uma das mais conhecidas na área de SST e aplicável a quase todos os cenários é a
Análise Preliminar de Riscos (APR), conforme exemplo abaixo:
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Posterior aos perigos e riscos identificados, bem como demais informações
pertinentes, deve ser realizada a análise de riscos. Sendo que para cada risco deve
ser indicado o nível de risco ocupacional, determinado pela combinação da
severidade das possíveis lesões ou agravos à saúde com a probabilidade ou chance
de sua ocorrência.
Análise de Riscos
E para a gradação da severidade deve ser levado em conta a magnitude da
consequência e o número de trabalhadores possivelmente afetados.
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GRO e Gestão do FAP Por Edivaldo Gregório
E para a gradação da probabilidade deve ser levado em conta:
● Os requisitos estabelecidos nas NRs;
● As medidas de prevenção já implementadas;
● As exigências da atividade de trabalho;
● A comparação do perfil de exposição ocupacional com valores de referência
estabelecidos na NR 09.
Recomenda-se usar como suporte uma matriz de riscos, para apoiar na
categorização da probabilidade e da severidade. E que neste mesmo sentido, irá dar
suporte ao estabelecimento do nível do risco e consequentemente a sua
classificação, para subsidiar a definição das medidas de prevenção.
Assim como uma tabela para categorizar as medidas de controle existentes, para
servir como um fator de consideração durante a análise de riscos.
E posterior a identificação de riscos e a sua análise, é possível definir o risco
residual, conforme exemplificação a seguir:
E com o risco residual podemos classificá-lo, usando como parâmetro uma matriz
de riscos, que é estabelecido pela relação da probabilidade com a severidade
(impacto). Sendo que esta pode ser qualitativa, semiquantitativa ou quantitativa.
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Matriz de Riscos
Classificação de Riscos
E posterior a identificação do risco residual, por meio de uma matriz de riscos,
podemos ordená-los, conforme a sua respectiva classificação, baseada no método
que está sendo seguido ou adaptado à realidade da empresa e exemplificado abaixo:
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Avaliação de Riscos
E com o risco residual definido e classificado, parte-se para a etapa de avaliação de
riscos, onde este processo consiste em comparar os resultados da análise de riscos
com os critérios de riscos para determinar se o risco é aceitável ou tolerável,
conforme segue:
E envolve avaliar o nível de risco a fim de determinar a ordem de prioridade e de que
maneira os riscos devem ser tratados, conforme ilustração a seguir:
Medidas de Controle
E com o risco identificado, analisado, avaliado, classificado e priorizado, chegamos a
etapa de definição das medidas de controle, que compreende o planejamento e a
realização de ações para modificar o nível do risco.
Sendo que o tratamento dos riscos envolve a seleção de uma ou mais opções para
reduzir ou até mesmo eliminar os riscos, respeitando a hierarquia estabelecida na
NR 01 e exemplificada pela ordem da ISO 45001, conforme segue:
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Plano de Ação
E com base em todas estas informações, que contemplam o inventário de riscos,
possuímos os subsídios para a tomada de decisão e estruturação de um plano de
ação, como segue:
E é essencial, neste momento, também definir como será acompanhado e
mensurado o resultado da ação realizado, com o intuito de mitigar o risco residual.
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Fator Acidentário
de Prevenção –
FAP
O que você irá ver sobre o FAP:
● Definição do FAP
● Objetivos do FAP
● Metodológica de cálculo do FAP
● Como o FAP impacta economicamente as empresas
● Como o GRO impacta no desempenho das empresas
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Definição do FAP
O FAP é um multiplicador que varia entre 0,5 e 2,0, aplicado sobre a alíquota de 1, 2
ou 3% da contribuição do seguro contra acidentes de trabalho (GIIL-RAT), sobre a
folha salarial das empresas e destinado à Previdência Social, mensalmente,
conforme ilustração a seguir:
Portanto, o FAP é responsável por flexibilizar o GIIL-RAT, permitindo assim, reduzir a
contribuição previdenciária em 50% ou aumentá-la em 100%, conforme o
desempenho da empresa em relação aos acidentes de trabalho e doenças
ocupacionais num determinado período.
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Objetivos do FAP
O FAP tem como finalidade incentivar a melhoria das condições de trabalho e da
saúde dos trabalhadores, estimulando os estabelecimentos a implementarem
políticas mais efetivas de saúde e segurança no trabalho.
E desta forma, conferir um estímulo econômico às empresas, por meio da redução
dos encargos sociais, reputação e responsabilização.
E os estabelecimentos novos e que não tenham o período-base completo até o ano
de processamento do FAP, por definição terão FAP igual a 1,0000.
E para os estabelecimentos sem declaração de vínculos, com GFIP inválida, com
atividade econômica inválida ou não correspondida, início da atividade posterior ao
início do período-base, será atribuído o FAP 1,0000 por definição.
E os estabelecimentos com FAP abaixo de 1,0000, que apresentam taxa média de
rotatividade acima de 75% não poderão receber a bonificação, ficando estabelecido
o FAP 1,0000, por definição.
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O estabelecimento que apresente casos de morte ou invalidez permanente,
decorrentes de acidentes ou doenças do trabalho, o valor FAP não poderá ser inferior
a 1,0000, ficando bloqueada a bonificação a que teria direito.
E para fins de bloqueio da bonificação, somente serão considerados os eventos
morte ou invalidez considerados no primeiro ano do período-base de cálculo do FAP.
Por definição, nestes casos de bloqueio, o FAP será adotado como 1,0000.
Posterior a estas definições, com base nos dados e ocorrências apresentadas pelo
estabelecimento da empresa no período base, é efetuado o cálculo do FAP,
conforme etapas apresentadas a seguir:
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Como o FAP impacta
economicamente as empresas
O recolhimento mensal do Seguro Acidentário Obrigatório,
representado pela alíquota de contribuição previdenciária GIIL-RAT,
apresenta grande repercussão econômica para as empresas.
A flexibilização do GIL-RAT através do FAP, possibilita a redução em até 50% ou o
aumento em até 100% da contribuição mensal paga pelas empresas.
O impacto anual do FAP na folha de pagamento das empresas é significativo, e
muitos empregadores não tem a menor noção dos recursos que estão
desperdiçados pela falta de gestão do FAP.
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Sendo assim, segue abaixo um passo a passo para que você estime o impacto
econômico que uma empresa terá:
1º solicite a folha salarial mensal, sendo esta o valor do mês informado à
Previdência Social, como base salarial do estabelecimento.
2º identifique o percentual do seguro contra acidentes de trabalho, representado
pela alíquota GIIL-RAT, de 1, 2 ou 3%, conforme a atividade preponderante do
estabelecimento.
3º identifique o FAP do estabelecimento da empresa, valor este que pode ser
consultado no FapWEB, conforme CNPJ do estabelecimento e ano de vigência.
4º definia a alíquota GIIL-RAT ajustada, sendo esta a multiplicação entre a alíquota
GIIL-RAT e o FAP do estabelecimento.
5º Calcule o impacto mensal, sendo este a multiplicação entre a GIIL-RAT ajustada e
a folha salarial mensal.
6° Calcule o impacto anual, sendo este a multiplicação entre o impacto mensal e 13
(número de meses + o 13° salário).
7º Realize este procedimento p ara o ano atual e para o próximo ano, usando os
respectivos dados de cada ano.
8º Subtraia o impacto de 2020 com o impacto atual (2019), para identificar se
haverá um aumento ou redução na contribuição e de quanto será este montante,
conforme tabela abaixo:
Evolução de um ano (vigência 2019) para o outro (vigência 2020)
Impacto
Folha GIIL-RAT Impacto
Ano GIIL-RAT FAP Mensal
Salarial (R$) Ajustado Anual (R$)
(R$)
2019 1.000.000,00 3% 1,1730 3,5190% 35.190,00 457.470,00
2020 1.000.000,00 3% 1,5835 4,7505% 47.505,00 617.565,00
Impacto anual a maior de: R$ 160.095,00
9º Repita este processo, porém com o ano (2020) e projete um FAP de 0,5 (menor
valor possível), para que seja possível identificar o potencial de redução, conforme
tabela abaixo:
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Projeção com a redução do FAP para 0,5000 (menor valor possível)
Folha Impacto
GIIL-RAT Impacto
Ano Salarial GIIL-RAT FAP Mensal
Ajustado Anual (R$)
(R$) (R$)
2020 1.000.000,00 3% 1,5835 4,7505% 47.505,00 617.565,00
1.000.000,00 3% 0,5000 1,5000% 15.000,00 195.000,00
Possibilidade de redução anual de: R$ 422.565,00
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GRO e Gestão do FAP Por Edivaldo Gregório
A principal finalidade do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais é
implementar ações preventivas e corretivas nos ambientes de trabalho
para reduzir a probabilidade da ocorrência de eventos que provocam
danos e perdas – acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
E o FAP é influenciado pelos acidentes e doenças relacionados que tenham
benefício acidentário atrelado a ocorrência.
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GRO e Gestão do FAP Por Edivaldo Gregório
Desta forma, com uma melhoria contínua do desempenho de SST, a empresa reduz
a ocorrência destes eventos adversos e assim, reduz a ocorrência dos benefícios
que influenciam no FAP.
Sendo assim, a estrutura do PGR para o GRO tem relação direta com as ações de
gestão do FAP.
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GRO e Gestão do FAP Por Edivaldo Gregório
REFERÊNCIAS
● NR 01 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais
● British Standards (BS) 8800:1996
● Occupational Health and Safety Assessment Series (OHSAS) 18001:2007
● Guidelines on occupational safety and health management systems (ILO-OSH
2001)
● ISO 45001 – Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional
● ABNT NBR ISO 31000:2018
● Resolução nº 1.329, 2017
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GRO e Gestão do FAP Por Edivaldo Gregório
Autor
Graduando em engenharia de produção, é técnico em segurança do trabalho e
atua com a gestão do FAP há vários anos, sendo consultor e palestrante com
diversos cursos já realizados. Também tem atuação sólida em empresas de
grande porte na gestão do FAP e na gestão de riscos, incidentes, acidentes e
afastamentos (Nexo Técnico Previdenciário – NTP).
Saiba mais, se conectando comigo nas minhas redes:
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GRO e Gestão do FAP Por Edivaldo Gregório
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