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Histórico

Em 1961 dois pesquisadores, Robert Biard e Gary Pittman, descobriram que certo composto era
capaz de emitir radiação infravermelha quando percorrido por uma corrente elétrica. Este
composto é o GAAS (Arsenieto de gálio), este composto é usado na fabricação de díodos
retificadores e outros. Porém a radiação infravioleta não pode ser vista a olho nu, logo mais em
1962 Nick Holonyak consegui obter através de um LED iluminação visível, na cor vermelha.
Robert e Gary patentearam a ideia, mas Nick Holonyak é considerado o inventor do LED (Light
Emitting Diode).

Definição de LED

Um LED (Light-Emitting Diode / Diodo Emissor de Luz) é um dispositivo semicondutor que


emite luz em resposta à passagem de corrente elétrica. Trata-se de um componente eletrônico
muito popular, amplamente empregado para sinalização em circuitos eletrônicos, por exemplo,
para indicar se há energia aplicada a um equipamento ou se ele está ligado / desligado.

A palavra LED vem do inglês Light Emitting Diode, que significa Diodo Emissor de Luz. O
LED é um componente eletrônico semicondutor, composto de cristal semicondutor de silício ou
germânio. O LED possui a mesma tecnologia usada em chips de computadores, que possuem a
capacidade de transformar energia em luz. 

Existem LEDs de diversas cores, tais como azul, vermelho, verde, laranja, violeta, verde, âmbar,
amarelo e outras. A cor da luz emitida é determinada, em princípio, pelos componentes químicos
usados internamente e pelos seus dopantes. Também existem LEDs que emitem luz não-visível,
nos espectros infravermelho e ultravioleta.
Aparência e Polaridade de LEDs

Figura 1: Aparência e Polaridade de LEDs


Fonte: Bosontreinamentos, 2019.

O terminal maior indica o terminal positivo do componente, que também possui um chanfro co
corpo do componente.

O ângulo de visão de um LED padrão é de cerca de 60º, porém alguns LEDs possuem ângulo de
visão mais estreito, podendo chegar a apenas 30º.

Aplicações de LEDs

Os LEDs possuem inúmeras aplicações, sendo algumas das mais comuns listadas a seguir:
Mostrar o status de um dispositivo, em painéis de controle industriais, sistemas de áudio,
carregadores de baterias, computadores, aparelhos de TV e outros eletrônicos de consumo
Luzes automotivas, sinalização, placares, jogos; Iluminação decorativa (fitas de LED, etc);
Aparelhos de controle remoto (LED infravermelho).

Vantagens do emprego de LEDs

Em relação a outros tipos de indicadores luminosos, como lâmpadas incandescentes, os LEDs


possuem inúmeras vantagens, tais como:

 Consomem menos energia;

 Possuem menor tamanho;


 Tem maior tempo de vida (de 35000 a 50000 h/uso);

 Comutam mais rápido;

 Estão disponíveis em diversas cores, sem a necessidade de filtros;

 Operam com tensões menores;

 Não se aquecem;

 São mais robustos (invólucro de epoxy)

Funcionamento de um LED
O princípio de funcionamento do LED consiste da transformação da energia elétrica em
radiação, que pode pertencer ao espectro visível ou infravermelho da luz.
Um LED é um tipo especial de diodo, contendo uma junção PN semicondutora, a qual conduz
corrente apenas em uma direção.
O diodo se torna condutivo acima de uma tensão limite (threshold voltage) suficiente para forçar
os elétrons na região tipo N a se combinarem com as lacunas da região tipo P. Sempre que isso
ocorre, energia é liberada, criando um fóton, ou quantum de luz.
A quantidade de energia liberada depende da banda proibida (band gap), uma propriedade do
material semicondutor empregado.Essa energia determina o comprimento de onda e, assim, a cor
da luz emitida. O band gap também determina a tensão limite do LED. Por isso, LEDs de cores
diferentes possuem tensões de limite bem diferentes entre si.
Figura 2: O princípio de funcionamento do LED

Fonte: Bosontreinamentos, 2019.

Tamanhos e Formatos

Os LEDs são fabricados em diversos tamanhos e formatos, sendo os mais comuns os tamanhos
circulares T-1 (3mm de diâmetro) e o T1 ¾ (5mm de diâmetro). Também existem LEDs de
formato retangular, por exemplo, de 1mm x 5mm.

Figura 3: Tamanhos e Formatos


Fonte: Bosontreinamentos, 2019.

Intensidade Luminosa de um LED


Geralmente a intensidade de luz de um LED é expressa em milicandelas (mcd). Uma candela
equivale a 1000 mcd. A candela mede o fluxo luminoso, ou potência radiante visível, contida em
um ângulo de visualização, o qual é tipicamente de 60º (mas pode variar). Um LED vermelho
tipicamente emite 200 mcd de brilho.

Comprimento de Onda da Luz emitida – Cores

O comprimento de onda da luz é medido em nanômetros (nm), onde 1 nm equivale a


1/1000000000 m (um bilionésimo de metro), e está relacionado à cor de luz emitida pelo LED. A
cor da luz vai depender do tipo de material químico utilizado em sua fabricação – não é a cor do
invólucro plástico do componente que a determina. O espectro da luz visível se estende de
aproximadamente 380 nm a até 740 nm. Comprimentos de onda mais curtos estão além da
extremidade azul do espectro, e os mais longos, aquém da extremidade vermelha. Assim, quanto
menor o comprimento de onda, maior a frequência (são inversamente proporcionais) Um LED
típico emite uma faixa bem estreita de comprimentos de onda, para cada cor.

Comprimentos de Onda Típicos em LEDs

A tabela a seguir mostra as faixas de valores de saída de pico, em nm (nanômetros), para os


LEDs indicadores básicos comumente disponíveis:

Tabela 1: Faixas de valores de saída de pico

No Cor Comprimento de Onda Material Típico


1 Infravermelho 850 a 950 nm GaAs / AlGaAs
2 Vermelho 621 a 700 nm GaAsP
3 Laranja 605 a 620 nm AlGalnP
4 Amarelo 585 a 590 nm GaAsP
5 Verde 527 a 570 nm lnGaN
6 Azul 470 a 475 nm ZnSe
7 Ultravioleta 385 a 405 nm BN / Diamente / AlGaN

Os materiais de fabricação mostrados na tabela são:

 GaAS – Arsenieto de Gálio;

 GaAsP – Fosfoarsenieto de Gálio;


 AlGaInP – Fosfeto de Índio, Gálio e Alumínio;

 InGaN – Nitreto de Gálio e Índio;

 ZnSe – Seleneto de Zinco;

 BN – Nitreto de Boro;

 AlGaN – Nitreto de Gálio e Alumínio

LEDs de cor Branca possuem tipicamente queda de tensão em cerca de 3,5 V, sendo
fabricados com uma combinação de ZnSe + Fósforo.

Tipos de LEDs

Existem variações de modelos de LEDs, alguns deles são:

 LEDs difusos comuns: a luz destes LEDs é espalhada por sua cápsula de plástico. O
objetivo seria que a luz fosse uniforme no decorrer da superfície do LED, mas ainda
assim existem pontos com maior luminosidade e menor luminosidade;
 LEDs de alto brilho: a potência luminosa destes LEDs é bem maior do que a dos LEDs
difusos, por exemplo. A cápsula de plástico é transparente, o que aumenta a luminosidade
do LED, sua luz é concentrada;
 Fitas de LED: como o nome sugere, é uma fita que possui, em sua extensão, vários
LEDs minúsculos, brilhando em conjunto ou alternados, dependendo do modelo da fita;
 LEDs bicolores:  podem ser difusos ou transparentes, possuem duas cores, ou a
combinação de duas cores para formar uma terceira cor. Ele pode apesentar dois ou três
terminais;
 LEDs RGB ou tricolores: possuem três cores, vermelho (Red), verde (Green) e azul
(Blue). Podem ser difusos ou transparentes. O uso das cores pode ser em conjunto ou
individuais;
 LEDs SMD: são os LEDs usados nas fitas de LEDs, podem ser difusos, transparentes ou
tricolores;
 Matriz de LEDs: são conjuntos de LEDs usados em linhas ou colunas, para apresentar
leras e até gráficos de baia resolução. Podem ser difusos, tricolores ou transparentes,
podem funcionar em conjunto ou individualmente dependendo do modelo;

O tamanho dos LEDs geralmente pode variar de 3 a 10 milímetros, outros tamanhos,


menores ou maiores, geralmente são para casos específicos. A quantidade de iluminação do
LED sempre é medida em lúmens, e seu tempo de vida útil é dependente do local e maneira
de utilização, mas varia de 25 mil a 100 mil horas.

Utilização do LED (Díodo Emissor de Luz)

O LED geralmente é utilizado em eletroeletrônicos, onde é vantajosa sua aplicação para


sinalização (ligado ou desligado), por exemplo. É muito fácil encontrar LEDs em vários
aparelhos domésticos, como as TVs de LED, também em rádios, computadores, em alguns tipos
de semáforos e etc. Porém, a partir de crises energéticas e a preocupação no uso adequado da
energia elétrica e na economia da mesma, o LED vem tomando também espaço na iluminação de
residências, com as lâmpadas LED.

As Lâmpadas LED apresentam varias características promissoras e inovadoras no que se diz


respeito à iluminação residencial, além de serem menos agressivas ao meio ambiente, como as
demais lâmpadas. Como dito anteriormente, as lâmpadas usam um filamento metálico na
transformação de energia elétrica em luz, isso ocasiona em aquecimento e pouca durabilidade da
lâmpada, em comparação com LED. As lâmpadas LED são o futuro da iluminação residencial
por serem econômicas e possuírem grande vida útil.
Conclusão
Os primeiros LEDs eram frequentemente usados como lâmpadas indicadoras, substituindo
pequenas lâmpadas incandescentes e em monitores de sete segmentos. Então com os estudos
recentes indicaram que desenvolvimentos recentes produziram LEDs de luz branca de alta
potência, adequados para iluminação de ambientes e áreas externas. Os LEDs deram origem a
novos tipos de visores e sensores, enquanto suas altas taxas de comutação são úteis em
tecnologia de comunicação avançada. Os LEDs não suportam tensão reversa (Vr) de valor
significativo, podendo-se danificá-los com apenas 5 V de tensão nesse sentido. Por isso, quando
alimentado por tensão C.A., o LED costuma ser acompanhado de um díodo retificador em
antiparalelo (polaridade invertida em relação ao LED), com a finalidade de conduzir os semi-
ciclos nos quais ele - o LED - fica no corte, limitando essa tensão reversa em torno de 0,7V
(tensão direta máxima do diodo), um valor suficientemente baixo para que sua junção não se
danifique. Pode-se adotar também uma ligação em série entre o diodo de proteção e o LED.
Referências Bibliográficas

[1]. <https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-e-um-led/> Acesso em: 05 de Agosto de 2021.

[2]. Bosontreinamentos. Como Funciona um Led (Diodo Emissor De Luz). 2019. Disponível em:
<http://www.bosontreinamentos.com.br/eletronica/curso-de-eletronica/como-funciona-um-led-
diodo-emissor-de-luz/> Acesso em: 05 de Agosto de 2021.

[3]. Maruska, H. (2005). "Uma breve história dos diodos emissores de luz azul
GaN”. LIGHTimes Online - Notícias da Indústria de LED. Arquivado em 11 de junho de 2012,
na Wayback Machine

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