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1 – ORTOGRAFIA
1. (CESGRANRIO 2019)
Texto II
Serviu suas famosas bebidas para Vinicius, Carybé e Pelé
Os pedaços de coco in natura são colocados no liquidificador e triturados. O líquido resultante é coado
com uma peneira de palha e recolocado no aparelho, onde é batido com açúcar e leite condensado. Ao
fim, adiciona-se aguardente.
A receita de Diolino Gomes Damasceno, ditada à Folha por seu filho Otaviano, parece trivial, mas a
conhecida batida de coco resultante não é. Afinal, não é possível que uma bebida qualquer tenha
encantado um time formado por Jorge Amado (diabético, tomava sem açúcar), Pierre Verger, Carybé,
Mussum, João Ubaldo Ribeiro, Angela Rô Rô, Wando, Vinicius de Moraes e Pelé (tomava dentro do
carro).
Baiano nascido em 1931 na cidade de Ipecaetá, interior do estado, Diolino abriu seu primeiro
estabelecimento em 1968, no bairro do Rio Vermelho, reduto boêmio de Salvador. Localizado em uma
garagem, ganhou o nome de MiniBar.
A batida de limão — feita com cachaça, suco de limão galego, mel de abelha de primeiríssima qualidade
e açúcar refinado, segundo o escritor Ubaldo Marques Porto Filho — chamava a atenção dos homens,
mas Diolino deu por falta das mulheres da época. É que elas não queriam ser vistas bebendo em público,
e então arranjavam alguém para comprar as batidas e bebiam dentro do automóvel.
Diolino bolou então o sistema de atendimento direto aos veículos , em que os garçons iam até os carros
que apenas encostavam e saíam em disparada. A novidade alavancou a fama do bar. No auge, chegou
a produzir 6.000 litros de batida por mês.
A palavra saíam contém hiato acentuado. Deve também ser acentuado o hiato de
a) juizes
b) rainha
c) coroo
d) veem
e) suada
2. (CESGRANRIO 2018)
O lado sombrio da luz
O domínio do fogo, e consequentemente da luminosidade, possibilitou ao ser humano exercer grande
controle sobre o meio em que vivia, proporcionando imensurável vantagem seletiva. A luz também foi
fundamental para incontáveis avanços tecnológicos, que nos proporcionam mais comodidade e
praticidade. Mas, apesar de ser em muitas culturas símbolo do progresso, pureza e beleza, a luz também
tem seu lado sombrio.
A poluição luminosa — toda luz desnecessária ou excessiva produzida artificialmente — é a que mais
cresce no planeta e, infelizmente, os impactos do seu mau uso e os mecanismos com os quais podemos
minimizá-los têm pouquíssimo destaque se comparados aos de outros tipos de poluição.
A revolução industrial alavancou os efeitos da poluição luminosa para níveis altíssimos nos dias de hoje.
É possível ver o intenso brilho noturno dos centros urbanos até em fotos de satélites. Mais de perto, a
poluição luminosa pode ser notada quando se observa uma “aura” de luz no horizonte, olhando na
direção de uma grande cidade. Esse brilho do céu noturno é causado por luzes terrestres direcionadas
ou refletidas para a atmosfera.
A iluminação artificial excessiva, principalmente na área rural, foi associada a uma maior probabilidade
de epidemias por atrair vetores de doenças, como o barbeiro (doença de Chagas), o mosquito-palha
(leishmaniose) e o mosquito-prego (malária).
Acredita-se também que a iluminação noturna em centros urbanos influencie fatores psicossociais,
sendo mencionada como uma das causas que contribuem para o aumento da criminalidade e depressão.
Quebras no relógio biológico humano são relacionadas aos mais diversos problemas de saúde, como
distúrbios cardiovasculares, diabetes e obesidade.
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Língua Portuguesa
Não só seres humanos, mas insetos e aves sofrem consequências da poluição luminosa. Na natureza
intacta, as únicas fontes de luz durante a noite eram as estrelas e a luz refletida pela Lua. Os animais,
incluindo os humanos, e as plantas evoluíram nos regimes de luz natural; portanto, é fácil imaginar que
sofram direta ou indiretamente com as alterações artificiais da luz noturna.
Vaga-lumes e outros insetos são afetados pela iluminação artificial de formas distintas. Alguns insetos
utilizam a posição das estrelas e o sentido da luz para navegação. Mariposas e besouros têm seus ciclos
de vida alterados e são atraídos e desorientados pela luz, tornando-se vítimas fáceis de aves, morcegos
e outros predadores. Esses insetos desempenham diversas funções nos ecossistemas, como polinização,
alimento para outros animais, controle de populações de pragas, decomposição de material orgânico e
até dispersão de sementes. Fica claro, portanto, que estamos longe de compreender a poluição
luminosa, seus efeitos e consequências no meio ambiente.
Como as plantas utilizam a luz solar para realizar fotossíntese e direcionar seu crescimento, mudanças
na duração dos dias causadas por luminárias provocam confusão em relação à estação do ano em que
se encontram, resultando na produção de flores, frutos ou queda de folhas em épocas inesperadas. Tais
alterações podem resultar em graves consequências para outros seres que delas dependam, como
insetos polinizadores. Nos pássaros, a luz vermelha interfere na orientação magnética; e, nas mariposas
e nos besouros, focos de luz atraem as mais diversas espécies, tornando-as mais vulneráveis a
predadores.
Com o desenvolvimento tecnológico das lâmpadas LED (sigla em inglês para diodo emissor de luz), a
iluminação artificial torna-se mais eficiente energeticamente. Mas, em vez de usarmos tal eficiência para
reduzir o consumo de energia, o menor custo energético está sendo utilizado para aumentar o fluxo
luminoso e, consequentemente, a poluição luminosa.
Medidas simples podem reduzir a emissão de luz e sua influência negativa sobre outros seres, inclusive
sobre nós. Isso sem mencionar a conta de energia. Para combater a poluição luminosa, é necessário (i)
repensar o que precisa ser iluminado, usando, por exemplo, holofotes direcionados e que não irradiem
luz para a atmosfera; (ii) reduzir o tempo de iluminação com o uso de temporizadores e sensores de
presença; (iii) avaliar se precisamos de luzes tão fortes e brancas para todas as tarefas; (iv) tentar reduzir
a exposição à luz artificial forte fora dos horários naturais de luz.
Trocar as lâmpadas brancas por luzes mais amareladas nos locais em que elas não são necessárias,
assim como trocar o celular ou o computador por uma boa revista sob luz branda antes de dormir,
podem proporcionar uma noite mais bem dormida.
HAGEN, O.; BARGHINI, A. Revista Ciência Hoje, n. 340. 21 set. 2016. Disponível em:
http://www.cienciahoje.org.br/ revista/materia/id/1094/n/o_lado_sombrio_da_luz. Acesso em: 5 dez.
2017. Adaptado.
A palavra tecnológicos, recebe acento gráfico, de acordo com as regras da norma-padrão da língua
portuguesa. O grupo em que todas as palavras devem ser acentuadas pela mesma regra é
4. (CESGRANRIO 2018) A palavra que precisa ser acentuada graficamente para estar correta quanto
às normas em vigor está destacada na seguinte frase:
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5. (CESGRANRIO 2019)
Texto III
Beira-mar
Quase fim de longa tarde de verão. Beira do mar no Aterro do Flamengo próximo ao Morro da Viúva,
frente para o Pão de Açúcar. Com preguiça, o sol começava a esconder-se atrás dos edifícios. Parecia
resistir ao chamado da noite. Nas pedras do quebra-mar caniços de pesca moviam-se devagar, ao lento
vai e vem do calmo mar de verão. Cercados por quatro ou cinco pescadores de trajes simples ou
ordinários, e toscas sandálias de dedo.
Bermuda bege de fino brim, tênis e camisa polo de marcas célebres, Ricardo deixara o carro em
estacionamento de restaurante nas imediações. Nunca fisgara peixe ali. Olhado com desconfiança.
Intruso. Bolsa a tiracolo, balde e vara de dois metros na mão. A boa técnica ensina que o caniço deve
ter no máximo dois metros e oitenta centímetros para a chamada pesca de molhes, nome sofisticado
para quebra-mar. Ponta de agulha metálica para transmitir à mão do pescador maior sensibilidade à
fisgada do peixe. É preciso conhecimento de juiz para enganar peixes.
A uma dezena de metros, olhos curiosos viam o intruso montar o caniço. Abriu a bolsa de utensílios.
Entre vários rolos de linha, selecionou os de espessura entre quinze e dezoito centésimos de milímetro,
ainda fiel à boa técnica.
— Na nossa profissão vivemos sempre preocupados e tensos: abertura do mercado, sobe e desce das
cotações, situação financeira de cada país mundo afora. Poucas coisas na vida relaxam mais do que
pescaria, cheiro de mar trazido pela brisa, e a paisagem marítima — costuma confessar Ricardo na roda
dos colegas da financeira onde trabalha.
Assim como ocorre com a palavra quebra-mar, emprega-se obrigatoriamente o hífen, de acordo com o
sistema ortográfico vigente, em
a) casa-comercial
b) linha-de-passe
c) peixe-espada
d) pedra-fundamental
e) sala-de-jantar
6. (CESGRANRIO 2018)
Texto II
O Brasil na memória
A viagem tem uma estruturalidade típica. Há a escolha do destino, uma finalidade antevista, uma partida
e um retorno, um trajeto por lugares, um tempo de duração. Há situações iniciais e finais, outras
intermediárias, numa dimensão linear, e há atores, um dos quais o viajante, que serve de fio condutor
entre pessoas, acontecimentos, locais e deslocamentos. Supõe uma subjetividade que se abre ao
desconhecido, a perda de referências familiares, o abandono do mesmo pelo diferente, o encontro com
o outro e o reencontro consigo mesmo. Em contrapartida, a narrativa de viagem depende em primeiro
lugar da memória e de anotações. Seleciona experiências, precisa estabelecer um projeto de narração,
não necessariamente cronológico ou causal, torna-se, mesmo sem intenção, um testemunho. E é
orientada por perspectivas do narrador-viajante, que incluem seu estilo de vida, sua mentalidade, assim
como sua visão de mundo e sua posição de sujeito, ou seja, o local cultural de onde fala.
BORDINI, Maria da Glória. In: Descobrindo o Brasil. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2011, p. 353.
No Texto II, a autora criou a palavra “narrador-viajante” e empregou nela corretamente o hífen. Usando
uma estratégia criativa semelhante, será necessário usar esse sinal gráfico em
a) pseudo-viajante
b) super-viajante
c) ex-viajante
d) anti-viajante
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e) neo-viajante
7. (CESGRANRIO 2018) No trecho “um dos principais desafios da humanidade atualmente é construir
centros urbanos onde haja convivência sem discriminação”, o pronome relativo onde foi utilizado de
acordo com as exigências da norma-padrão da língua portuguesa. Isso ocorre também em:
a) É necessário garantir respeito à diversidade em todos os espaços onde haja necessidade de
convívio social.
b) Todas as questões onde a diversidade de modelos de cidades foi analisada mostraram a
necessidade de atingir a sustentabilidade.
c) O século XXI, de acordo com as propostas da ONU, utilizará modelos inovadores onde o
planejamento dos espaços respeitará a diversidade.
d) Os cientistas debatem ideias onde se evidencia que a cidade do futuro será inadequada à vida
humana.
e) Os países assinaram vários tratados para aprovarem propostas onde estejam detalhadas as
características das cidades do futuro.
8. (CESGRANRIO 2018) A palavra destacada está corretamente empregada de acordo com a norma-
padrão da língua portuguesa em:
9. (CESGRANRIO 2018) Assim como a palavra desfecho se escreve com ch, a seguinte dupla de palavras
se escreve corretamente com esse dígrafo:
a) tó chico ; fi chinha
b) coa char ; a chatar
c) cheirosa ; in chado
d) ma chismo ; chaveco
e) co cheira ; dei char
10. (CESGRANRIO 2018) A seguinte frase está escrita de acordo com as normas da ortografia vigente:
11. (CESGRANRIO 2018) O grupo em que todas as palavras atendem às exigências ortográficas da
norma-padrão da língua portuguesa é:
12. (CESGRANRIO 2018) O grupo em que todas as palavras estão grafadas de acordo com a norma-
padrão da língua portuguesa é:
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Língua Portuguesa
O amor é valente
Mesmo que mil tipos
De ódio o mal invente,
O amor, mesmo sozinho,
Será sempre mais valente.
Valente, forte, profundo
Capaz de mudar o mundo
Acalmar qualquer dor
Vivemos nesse conflito.
Mas confio e acredito
Na valentia do amor.
O par de palavras que está grafado de acordo com a ortografia vigente da língua portuguesa é
a) amisade – traição
b) beleza – declarassão
c) vazio – dedicassão
d) entuziasmo – companhera
e) delicadeza – decisão
Qual é o par de palavras que está grafado de acordo com a ortografia vigente da língua portuguesa?
a) procimidade - distânssia
b) cazamento - compreenção
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Língua Portuguesa
c) carregamento - compaixão
d) criassão - satisfassão
e) florez – comemoração
MORTARA, F. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 4 ago. 2015, Caderno D, p. 10. Adaptado.
a) pixação
b) xicote
c) bruxa
d) deboxe
e) flexa
2 – GABARITO
1 A
2 B
3 B
4 D
5 C
6 C
7 A
8 A
9 C
10 D
11 A
12 A
13 E
14 C
15 C
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