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Módulo 6 - Unidade 1

2 - Recursos Didáticos

Entende-se por recurso didáctico todo ou equipamento e material que auxilia e


facilita o processo de aprendizagem. Outro termo também corrente na
Formação Profissional é o auxiliar/suporte pedagógico.
Alguns autores utilizam a designação de meios audiovisuais. Contudo, esta
terminologia pode induzir em erro, uma vez que tomada à letra abrange apenas
as formas de comunicação ou transmissão de informação que façam apelo ao
sentido da audição e da visão ou a ambos, excluindo todos em que intervêm
outros sentidos.

Qualquer recurso utilizado na formação deve ter como características, o ser:

 Adequado
 Simples
 Preciso
 Manejável
 Atractivo
 Necessário

Vantagens dos Recursos Didaticos:

o Suscita maior interesse e atenção

o Objetivam o conteúdo das palavras

o Faclitam a compreenção e a troca de ideias / discussão

o Facilitam a retenção na memória

o Ajudam a concretizar e consolidar os conhecimrentos

o Diminuem o tempo de formação

o Superam limitações físicas ou de segurança

Desvantagens dos Recursos Didáticos

o Reduzem o papel do formador

o Podem dificultar o diálogo

o Podem despersonalizar a mensagem

o Não deixam espaço a imaginação


2.1. Preparação dos Recursos Didáticos

Na preparação e desenvolvimento dos recursos/auxiliares deve assegurar-se à


partida que correspondam aos objetivos que foram definidos para a sessão.

Para além disso, que:

- Ajudem os formandos a aprender;


- Ajudem a explicação do formador;
- Sejam adequados e estejam relacionados com a sessão;
- Constituam um complemento e não uma substituição do papel do formador.

2.2. Utilização dos Recursos Didácticos

Na utilização é essencial uma familiarização prévia com o equipamento ou o


material.

É aconselhável uma experimentação dos recursos antes da sua utilização.

Recorrer a diversos recursos (ex: quadro, acetatos, filmes, etc.) pode ser uma
estratégia para manter o interesse dos formandos mas a sua utilização deve ser
num momento oportuno, com moderação e acessível a todos.

A posição do formador deve ser face ao grupo sem se esconder atrás dos
equipamentos.

3. Seleção dos Recursos Didático

Apesar das vantagens reconhecidas dos auxiliares pedagógicos, o seu uso deve
obedecer a uma escolha criteriosa.

Assistiu-se, há alguns anos a esta parte, a uma postura de “moda” de alguns


formadores, que tornaram as suas Sessões de Formação, em autênticas “feiras
de audiovisuais”.

Para cada situação certos meios são mais apropriados que outros, mas é preciso
ter presente que não há «eleitos» e que não existem recursos didáticos
universais.

Por isso na selecção dos recursos devem ser analisados e ponderados


factores como:

 Os objectivos da Formação;
 Os destinatários;
 O conteúdo;
 As condicionantes materiais;
 As condicionantes de espaço;
 O tempo disponível e o horário da sessão;
 A relação custo benefício.

4. Classificação dos Recursos Didáticos

Os recursos didáticos têm a grande virtude de apelarem aos vários sentidos.


Este fato rentabiliza a capacidade dos formandos e facilita a sua aprendizagem.

Como vimos no módulo da aprendizagem, privilegiamos sempre um sentido


relativamente aos restantes.

Estudos realizados para saber a percentagem de informação retida no processo


de aprendizagem sugerem que retemos aproximadamente:

10% do que lemos;


20% do que ouvimos;
30% do que vemos;
50% do que vemos e ouvimos simultaneamente;
80% do que dizemos;
90% do que dizemos enquanto fazemos algo em que refletimos e participamos
pessoalmente.

Verificada a importância dos sentidos no processo de aprendizagem, será esse o


critério seleccionado para classificar os diversos recursos didácticos ao dispor da
formação (fig. 1)
 

- os recursos Gustativos estão relacionados, por ex., com o controlo de


qualidade na indústria alimentar;

- os recursos Táteis têm um bom exemplo na aprendizagem da escrita de


“Braille” e os Olfactivos, na Industria Química e de Perfumes, devido à
impossibilidade de descrever por palavras ou esquemas um odor.

Os recursos visuais, auditivos e audiovisuais devido à sua complexidade serão


tratados com maior desenvolvimento neste módulo.

5.1 - Recursos Visuais - Não Projetaveis

Os recursos visuais dividem-se em não projetáveis (de observação directa, sem


recurso a aparelhos ópticos ou eletrónicos) e projetáveis (projeção da imagem
num ecrã).

a) Recursos Visuais Não Projetáveis

Esta categoria engloba um extenso conjunto de recursos, sendo os mais


importantes:

 Quadros – constituem-se como um dos auxiliares mais usados pelo Formador.

 Documentos gráficos – como organogramas, diagramas, esquemas,


gráficos, fotografias, desenhos, cartazes, livros, manuais, fotocópias, etc.
Completam de forma simples e prática a informação apresentada;
apelam a técnicas variadas como a letragem, a utilização da cor, o
desenho, o recorte, a colagem e a fotografia, têm a vantagem de
implicarem um baixo custo, serem de fácil: adaptação aos conteúdos,
transporte, utilização e preparação.
 Modelos e Maquetas – porque em formação a melhor situação é mostrar
o objecto real, mas sempre que o tamanho é muito grande (ex., avião) ou
muito pequeno (ex., célula), o objetivo é muito complexo (ex., motor de
explosão) ou perigoso (ex., armas), as maquetas e os modelos (com
indicação da escala para não induzir em erro) são o recurso ideal.
 Recursos do meio ambiente – como museus, bibliotecas, empresas,
instalações fabris, feiras, exposições, a própria natureza ou outros
recursos que permitam ligar as aprendizagens às realidades concretas.

Deste vasto conjunto o mais usual em formação são os Quadros.

Existem diferentes tipos de quadros:

  Quadro preto (ardósia);


  Quadro verde (sintético);
  Quadro branco ou cerâmico;
  Quadro de papel, quadro de Conferência ou Flipchart;
  Quadro magnético;
  Quadro de afixação (cortiça);

Os mais presentes são o quadro branco/magnético e o quadro de papel,


também designado por flipchart.

No quadro branco normalmente regista-se a informação geral e no quadro de


papel a informação-síntese.

Apesar da sua extrema simplicidade, existe um conjunto de regras de utilização


do quadro que, a não serem seguidas pelo Formador, podem pôr em risco a
própria eficácia da formação. O objetivo final do Formador, na utilização do
Quadro, deve ser sempre a de fazer uma Apresentação:

LIMPA,
ORGANIZADA
E
AGRADÁVEL

Por isso torna-se necessário, em primeiro lugar, proceder a um planeamento


que deve ser em função do assunto a tratar. Isto é, existem temas que por si só,
podem dispensar a utilização de outros auxiliares pedagógicos e existem outros,
onde se torna necessário a associação a outro meio audiovisual (por exemplo o
Retroprojector).

Aspectos a considerar nesta fase, serão nomeadamente:


Que tipo de mensagem a inscrever: desenhos, gráficos, frases? Durabilidade da
mensagem? Utilizar durante toda a sessão, ou apenas uma parte? Quantidade
de participação dos Formandos (aspectos que condiciona o espaço de
ocupação do quadro e que é difícil de prever).

Ao escrever no quadro o Formador deve ter em atenção que alguns factores


influenciam a atenção e o nível de aprendizagem dos formandos.

São eles:

 O tamanho da letra que deve ser de forma, a que seja legível pelo
participante mais distante e igual em cada linha;
 O estilo de letra que deve ser simples, sem grandes “floreados”;
 O tipo de letra. As frases não devem ser escritas em maiúsculas, porque o
tamanho idêntico de todas as letras prejudica a legibilidade, situação que
não acontece com as minúsculas;
 A espessura deve ser proporcional à altura dos caracteres;
 Dispor a informação em linhas horizontais e regulares;
 O espaçamento de letras e palavras;
 Repetir oralmente o que escreve, de modo a tornar mais fácil a
compreensão e fixação dos conceitos, por parte dos formandos;
 Utilizar diferentes cores, como factor facilitador da atenção e
aprendizagem. A utilização de diferentes cores, permite ao Formador dar
uma maior ênfase a determinados temas, criar relações entre ideias,
enfim tornar mais rica e agradável a sua apresentação;

 Não estar de costas para o grupo, mas ligeiramente de lado, para que o
contacto visual com os formandos se possa manter e para que seja mais
fácil a projecção da sua voz;
 Não “escrevinhar” ao redor do quadro, frases ou palavras que pela sua
importância não devem ficar “escondidas” entre outras mensagens;
 Apagar o quadro, a menos que se necessite voltar a abortar o assunto.
 Como é evidente, esta situação não se aplica ao Quadro de Papel. No
entanto, e com as devidas adaptações, diremos que é aconselhável
mudar de folha, sempre que o tema ou assunto a abordar seja diferente
do anterior.

1. QUADRO BRANCO

No quadro branco deve escrever-se com marcadores não permanentes. Se por


lapso se utilizarem marcadores permanentes (para quadro de papel) deve-se
utilizar um pano branco limpo ou um algodão embebido em álcool e limpar em
movimentos não circulares. Nunca embeber o apagador em álcool pois o efeito
é ainda pior.
Para além da escrita directa o quadro branco tem ainda como funções:

 Servir de quadro magnético; Servir de ecrã de projecção, tendo cuidado


com eixo de projecção (encadeamento);
 Permitir o completamento de grelhas, legendas ou esquemas
projectadas.

Vantagens:

 Baixo custo de aquisição;


 Facilidade de utilização;
 Utilização de cores;
 Elevada durabilidade;
 Polivalência: escrita, ecrã, quadro magnético;
 Versatilidade.

Desvantagens:

 Posição tendencial do utilizador (costas);


 Ligibilidade linitada com traço fino;
 Canetas especificas;
 Informação não reutilizavel (apagando a informação, esta desaparece).
Contudo, através de um processo eletrónico podem reproduzir cópias
em papel da informação escrita no quadro. 

2. O FLIPCHART

Montado num cavalete magnético que pode ser regulado em altura e


inclinação, a parte superior do quadro tem uma barra de suporte e fixação do
conjunto de folhas.

A principal função é o registo da informação síntese, para que a qualquer


momento se possam relembrar as ideias-chave. Pode ter ainda como funções:
Servir de ecrã de projecção; Servir de quadro magnético, recorrendo a fita-cola.

Vantagens:

 Fácil utilização;
 Baixo custo de aquisição;
 Preparação prévia (a informação pode já estar pronta ou com um
rascunho a lápis)
 Conservação e utilização posterior
 Utilização de cores
 Diversos materiais de escita (lápis de cera, lápis de côr, carvão)
 Posição do utilizador

Desvantagens:

 Área de escrita muito restrita


 Carácter permanente da informação, o que implique que qualquer
emenda provoque rasuras)

5.2 - Recursos visuais - Projetaveis

Os recursos visuais dividem-se em não projetáveis (de observação direta, sem


recurso a aparelhos óticos ou eletrónicos) e projetáveis (projeção da imagem
num ecrã).

1. O EPISCÓPIO

O episcópio destina-se à projeção de documentos opacos, tais como:


fotografias, páginas, de livros, revistas ou jornais, desenhos e até pequenos
objectos.
O documento a projetar é colocado no porta-documentos sendo comprimido
contra uma placa de vidro e iluminado por uma lâmpada e projecta para um
ecrã. A imagem é reproduzida nas suas cores originais.
Contudo este tipo de material entrou em desuso há vários anos, seja por razões
que se prendem com a sua dimensão e peso, seja pela fraca qualidade da
imagem projetada, devido à pouca luminosidade.

Vantagens

 Facilidade de utilização;

 Variedade de documentos;

 Os documentos não precisam de preparação prévia ou de ser


transformado (seja em acetato ou em slide);

 Reprodução direta de documentos

 Desvantagens

 Dimensões e peso;

 Dano dos documentos devido a lâmpadas de elevada potência;


 Obscuricimento da sala;

 Inacessibilidade do documento durante a projeção.

2. O PROJETOR DE SLIDES

O Projetor de Slides (ou de Diapositivos) é um equipamento de projeção fixa,


que permite a transmissão de uma imagem (Slide ou Diapositivo) ampliada para
um ecrã, permitindo também a sua focagem.
O Slide ou diapositivo é uma imagem transparente em filme, normalmente
colorida, montada num caixilho de plástico para facilitar a projeção e que está
sujeito a numerosos danos de utilização. Os mais comuns são: as impressões
digitais, os riscos, a degradação progressiva da imagem resultante do calor da
projecção e o efeito das poeiras.
O cuidado na utilização deste recurso prende-se com o correcto
posicionamento dos slides (fig.2):

1º Orientar o slide de forma a o ver/ler corretamente;


2º Rodar o caixilho 180 graus (de “pernas para o ar”);
3º Colocar o slide no carregador, nessa posição.

O incorrecto posicionamento dos slides pode provocar situações embaraçosas


para o formando, o que pode ser evitado se os caixilhos forem marcados
(numerados) com canetas de feltro de tipo permanente.

Seguidamente o Formador deverá estruturar e definir a sequência de slides a


apresentar, assegurando-se da existência de uma linha de raciocínio coerente e
progressiva, relativamente aos conteúdos selecionados.
No início da apresentação não esquecer a explicação dos objectivos aos
formados, bem como a indicação dos principais aspectos a serem abordados.
Durante a exposição há que ter em conta que o ritmo de apresentação deve
atender aos diferentes ritmos de aprendizagem dos formandos. Para estimular a
atenção dos formandos podem colocar-se-lhes questões ou solicitar
comentários relativamente aos vários slides que forem sendo apresentados.

Vantagens

 Qualidade de imagem

 Facilidade de transporte;

 Robustez e fiabilidade;
 Redução do tempo de apresentação, ao tornar mais fácil a aprenção de
conceitos através do encadeamento de imagens e da seleção dos
conteúdos mais importantes;

 Compatibilidade no formato de slides;


 Baixo custo de realização;

 Facilidade de utilização:
- controlo remoto;
- focagem;
- avanço/retrocesso.

Desvantagens

 Elevado custo de aquisição;

 Obscuricimento da sala;

 Impossibilidade de intervenção direta;

 Impossibilidade de animação;

 Dificuldade de utilização combinada com outros meios;

 Preparação prévia;

 Posição do aparelho afastado do formador.

3. O RETROPROJETOR

O retroprojetor é um aparelho que permite a projeção a curta distância, de


documentos transparentes, produzindo uma grande imagem.
O seu uso em acções de Formação tornou-se bastante popular, no entanto hoje
em dia já não é um dos equipamentos base presentes numa sala de formação.
Actualmente podem encontrar-se retroprojectores portáteis, extremamente
leves e compactos que se transportam numa pasta de reduzidas dimensões.

Os procedimentos para garantir um visionamento em boas condições técnico


são os seguintes:

 Ligar a ficha de alimentação eléctrica à tomada;


 Colocar o acetato no porta documentos;
 Accionar o interruptor de funcionamento, o que fará acender a lâmpada.
Caso isso não aconteça é possível que a mesma esteja fundida.

Deve então substitui-la por uma nova sem tocar directamente na mesma


(utilizar um lenço, pano), abrindo o retroprojector.

Tenha cuidado para que o vidro do porta documentos não se descole e parta
por acidente.

Também pode ser o fusível fundido, bastando um pouco de papel de prata


para manter o contato, enquanto utiliza o retroprojetor na sessão, ou ser
uma avaria que só os serviços ténicos podem resolver.

Regular o tamanho e a posição da imagem, aproximando ou afastando o


retroprojetor do ecrã de projeção, elevando ou baixando o espelho orientável.

Focar a imagem rodando o manípulo de focagem (geralmente próximo do


espelho).

Cuidados a ter:

 Não deixar o aparelho ligado em permanência;


 Não ligar com o espelho fechado ou sem documentos no porta
documentos, pois pode danificar a lente;
 Não desligar da corrente antes da ventoinha/turbina de arrefecimento
parar.

Vantagens:

 Baixo custo;

 Utilização de cores;

 Economia de tempo (escrita prévia á sessão)

 Durabilidade do documento;

 Reutilização dos documentos;

 Mobilidade/animação pela utilização do acrilico;

 Posição do utilizador frontal para o grupo;

 Escrita direta;
 Revelação progressiva da informação;

 Utilização combinada com outros meios, como por exemplo o quadro


branco;

 Não precisa de obscuredade da sala;

Desvantagens:

 Ruído durante o funcionamento, devido ao aquecimento;

 Exige preparação prévia.

3.1 O ACETATO

Os suportes de informação destinados à projecção são conhecidos, na


linguagem corrente, como acetatos ou transparências.

A construção de um acetato pode seguir 2 vias:

 PRODUÇÃO DIRETA, isto é, elaborado manualmente pelo Formador, com


canetas apropriadas ou outros materiais.

 PRODUÇÃO INDIRETA, isto é, por obtenção através da Fotocopiadora ou


da Impressora a partir do computador.

 PRODUÇÃO MISTA, (envolvendo ambas as produções anteriores)

Existem acetatos específicos para serem utilizados em fotocopiadoras (lisos) e


em impressoras (rugosos se forem para impressoras a jacto de
tinta ou lisos para impressoras a laser).

A não utilização da Acetatos adequados à produção indireta, põe em risco a


operacionalidade dos equipamentos (o acetato derrete no interior das
fotocopias), ou produz resultados desastrosos (a não aderência da tinta, nas
impressoras).

É fundamental que o Acetato contenha um conjunto de características:

1. LEGIBILIDADE
2. CLAREZA
3. SIMPLICIDADE

Para que isto aconteça, o formador deverá realizar sempre um trabalho de


planeamento, no qual serão ponderados os seguintes aspetos:
1. Que assuntos vou abordar?
2. Que desenhos, que ilustrações ou outros materiais vou utilizar?
3. Que tipos de letras e cores, vou selecionar?
4. Que sequência vou dar aos Acetatos que criei?

Regras de elaboração de um acetato:

 Um Título
 Um assunto por acetato São de eliminar por completo acetatos que
contenham demasiada informação e demasiado texto
 Três ideais chave no máximo
 Se o conteúdo for muito complexo é preferível dividi-lo por vários
acetatos
 Na vertical: 14 linhas por acetato com 7 palavras por linha, no máximo
 Na horizontal: 10 linhas por acetato com 9 palavras por linha, no máximo
 Uso de quatro cores, no máximo
 Letras legíveis
 Palavras sempre completas.

Conforme as cores, assim se terão efeitos de:

SUAVIDADE e HARMONIA, quando se utilizam cores análogas, isto é, as que


têm em comum uma cor base, variando a sua proporção.

Exemplo: - amarelo, laranja, verde.

EFEITOS DE CONTRASTE e de CHAMADA DE ATENÇÃO quando se utilizam


cores complementares – cores opostas.

Exemplo: - laranja, azul.

EFEITOS DE SUAVIDADE e MONOTONIA, quando se utiliza uma variação de


intensidade de uma mesma cor.

Exemplo: - vermelho, vermelho escuro, etc.

Apesar do retroprojetor ser um auxiliar pedagógico simples e de fácil


manuseamento, existem muitos formadores que mantêm um “relacionamento”
difícil com este equipamento.
Vamos aqui falar de alguns princípios que visam facilitar-se “relacionamento” 

1. O formador deve estar sempre numa posição frontal em relação ao


grupo, de modo a não perder o contacto visual com os formandos.
2. O retroprojector deve estar à direita do formador.
3. Embora o formador deva evitar a leitura exaustiva do acetato (deve ter
em memória as diversas mensagens), se tiver mesmo assim que o ler, não
deve fazer nunca no ecrã, mas sim directamente no acetato, por
exemplo, apontando o documento.
4. O formador deve evitar qualquer tipo de movimento na frente ou
atrás da luz de projecção, já que com isso criaria sombras no ecrã.
5. Quando o tema a expor tiver vários pontos-chave, o formador não deve
apresentar o acetato na sua totalidade. Para isso pode utilizar uma
“máscara” , que permite ir projectando, progressivamente, os vários
temas do acetato. À medida que cada tema for sendo apresentado, vão
sendo “descobertos” os temas seguintes.
6. O retroprojector só deve ser ligado após ter sido colocado na superfície
de projecção o acetato a apresentar.
7. Seja imaginativo, sirva-se de desenhos, esquemas, caricaturas, etc.
8. Evite a luz branca, desligue o retroprojector e só depois retire e mude a
transparência
9. Se usar algo para apontar, pouse-o quando já não precisar dele.

Antes do início de cada sessão e de acordo com o Plano de Sessão, o


formador deverá ordenar os acetatos seguindo a sequência prevista para a sua
apresentação.

Os acetatos devem ser utilizados apenas se servirem para apoiar, ilustrar e


sistematizar pedagogicamente os temas expostos.

O uso excessivo de acetatos constitui um erro do ponto de vista pedagógico. O


acetato não se pode substituir ao formador: ele é apenas um auxiliar para a sua
exposição. E é por essa razão que o formador ao apresentar um acetato não se
deve limitar à sua leitura. Deve sim apoiar-se nos tópicos nele emitidos para
apresentar de uma forma mais desenvolvido cada um dos conceitos.

Finalmente, o uso abusivo do retroprojector pode dar a entender que:

 O formador não domina claramente o assunto


 O formador não possui um fio condutor e coerente do raciocínio
 O formador usa o acetato como “muleta” e contribui para que haja uma
desmotivação generalizada do grupo, por saturação de imagens.
 3.2. ECRÃS

Os recursos visuais projectáveis necessitam de ecrãs também chamadas telas


de projecção que podem ser opacos ou translúcidos.

Nos opacos a imagem projectada no aparelho é refletida na sua superfície (ecrãs


mais utilizados na formação).

Nos translúcidos a imagem não é refletida mas transmitida através do próprio


ecrã (chamada retro-projeção – Projeção por trás). 

Relativamente à posição do ecrã na sala de formação devem ter-se presentes as


seguintes regras:

 O ângulo entre o eixo de projeção e o écran deverá ser de


aproximadamente, 90º para evitar distorções geométricas na imagem.
 O eixo de projeção da imagem deve coincidir com o centro do ecrã.
 O retroprojetor e o écran não constituem as “peças” mais importantes da
sala de formação, devendo por isso ocupar um lugar discreto na sala,
de modo a permitir uma fácil movimentação quer do formador quer do
grupo.
 Igualmente, aquando da sua instalação na sala, deverá assegurar-se de
que todos os elementos do grupo ficarão em posição de observar a
imagem no ecrã, sem obstáculos e sem esforços.
 A superfície do ecrã deve estar sempre bem esticada.
 No fim da projeção deve enrolar-se o ecrã a fim de proteger a superfície
de danos e sujidade.

Quanto à distância, o formador deverá ter presente o seguinte princípio:

 quanto maior for a distância entre o aparelho e o ecrã, maior a


imagem projetada;
 adquirir-se assim maior visibilidade embora se possa perder a nitidez da
imagem.

Se for o caso – a perda de nitidez – poder-se-á sempre proceder à focagem das


imagens através do manípulo localizado no braço do retroprojetor.

6. Recursos Audiovisuais

Os recursos auditivos englobam todos os meios que utilizam unicamente o


som como veículo para transmissão da informação.
Há milhares de anos que o homem transmite os seus conhecimentos através de
um meio sonoro – a voz humana. Para além disso, os recursos auditivos
apresentam a vantagem de estar muito vulgarizados, visto uma grande
percentagem da população possuir rádio e sistemas de alta-fidelidade. Em
formação, contudo, com a exceção da voz, estes recursos estão normalmente
associados à imagem, como no diaporama, no filme e no vídeo.
Os documentos auditivos utilizáveis como recursos didáticos vão desde a
música, entrevistas, discursos de figuras públicas, «livros falados», até às
gravações resultantes de situações formação (ex., role-play).
Os vários documentos auditivos podem ser trabalhados pelos seguintes meios:
Rádio; Gira-discos;  Gravador; Leitor de CD.

O gravador pode revelar-se de excelente utilidade em situações de formação na


área do atendimento telefónico ou de aprendizagem de línguas estrangeiras.
Com efeito a gravação das vozes dos formandos e a sua posterior audição,
permite uma análise crítica – individual ou coletiva – a diversos níveis,
nomeadamente, dicção, entoação, correção de palavras.
Também o leitor de CD apresenta grandes vantagens como: a qualidade do
registo sonoro, o acesso instantâneo às faixas, facilidade e comodidade de
operação devido à sua pequena dimensão, durabilidade, possibilidade de fazer
cópias sem perda de qualidade e compatibilidade informática.

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