Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Disse o velho índio à tribo, mantendo no olhar o brilho: “O que acontecer à terra,
É a sentença dada pela própria natureza, que mostra aos homens tão “fortes” a
sua grande fraqueza; por não saber conviver, destroem só para fazer, da morte surgir
riqueza.
locais.
filhos que nela vivem misturando a dor e o tédio, procuram sem resultado, o ar puro,
que vinha de trás da encosta. Hoje a chuva cai e lava deixando os ossos à mostra.
bate em sua crosta dura, onde as unhas dos arados passam, mas já não arranham.
Folhas secas já não caem. A terra morre de fome. E se ela nada produz, nada os
seus filhos comem. Sem água a terra endurece. O peixe some, e então no homem, a
fome cresce.
Quando a lua surge no alto, já não tem o que fazer. Olha acanhada e não vê
As fases da lua não vogam, crescente, cheia ou minguante, isso ficou tão
distante, esquecido na memória, porque hoje a grande glória, das modernas invenções é
cuidar das plantações com água que queima o abrigo, como se milhões de insetos
gente que arma redes. Já não se espalham sementes, nem há vizinhos e visitas, falta
troncos que arrastados vão embora. Igual à população que um dia deixou o sertão; sem
enxadas. Em cada cabo havia gente, com os pés espalhando o mato e que produziam
O silêncio das enxadas calou o braço sofrido que ficou sem serventia, como o
dia de chuva forte. A terra perdeu aos poucos milhões de seus habitantes, as empresas
Não se sabe o que se planta, o que se colhe e o que se come. Hoje nos
laboratórios sementes mudam de nome, que depois vão lá pra terra como se fosse uma
A terra boa, mas queimada, perde sua vitalidade, enquanto os braços balançam
na total ociosidade. Sempre é tempo de alertar, com a sã filosofia; que um povo não será
livre e nem terá alegria, enquanto seu alimento e todas as sementeiras, forem,