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ÚLTIMA AULA........

1. preenchimento das sementes ou deposição das reservas


inicia na embriogênese

2. segue na fase de expansão  embrião (cotilédones) e


endosperma, perisperma

3. termina na fase de dessecamento da semente (peso


máximo)

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MATURAÇÃO DAS SEMENTES

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MATURIDADE FISIOLÓGICA DAS SEMENTES

considera o período em que NÃO mais ocorre alterações significativas da massa


de matéria seca da semente
varia em função da cultivar, condições ambientais (climáticas, nutricionais,
hídricas, edáficas, etc) e das condições bioquímicas das sementes
corresponde a máxima qualidade fisiológica  alta % de germinação e vigor

espécies de crescimento indeterminado, ex. algodão, gramíneas e hortícolas  a


determinação da maturidade fisiológica é problemática, pois o florescimento e a
maturação das sementes ocorrem sucessivamente no tempo (maturação
desuniforme)
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OBJETIVOS DE CONHECER OS PARÂMETROS
TECNOLÓGICOS QUE CARACTERIZAM A MATURAÇÃO
DAS SEMENTES

 Identificar as alterações e a maturidade das sementes


 Determinar o ponto ideal de colheita
 reflexos diretos na produção e qualidade das sementes

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CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E FISIOLÓGICAS DA
MATURAÇÃO DE SEMENTES

 TAMANHO
 TEOR DE ÁGUA
 CONTEÚDO DE MATÉRIA SECA
 GERMINAÇÃO
 VIGOR

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TAMANHO DA SEMENTE

 CRESCIMENTO INICIAL RÁPIDO  DIVISÃO E ALONGAMENTO


CELULAR DO EIXO EMBRIONÁRIO E TECIDOS DE RESERVA

 ATINGE O TAMANHO MÁXIMO EM PERÍODO CURTO DE TEMPO

 TEM LEVE REDUÇÃO NO FINAL DA MATURAÇÃO

 A REDUÇÃO É ATRIBUÍDA AO PROCESSO DE DESSECAÇÃO

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Modificações do tamanho durante o desenvolvimento de sementes

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TEMPO, APÓS O INÍCIO DO FLORESCIMENTO, PARA SEMENTES DE
ALGUMAS ESPÉCIES ATINGIREM O TAMANHO MÁXIMO
ESPÉCIE TEMPO (DIAS) PARA O TAMANHO TEMPO (DIAS) PARA A
MÁXIMO MATURIDADE
ALGODÃO 1 21-18 63-70
ALGODÃO 2 22 50-60
SORGO 15-20 40-45
SOJA 64 80
TRIGO 40
CENOURA (cv. 14-21 35
Brasília)*
TAMARINDO** 160-176 270

**DESENVOLVIMENTO DE FRUTOS E SEMENTES DE TAMARINDO, GURJÃO ET AL., Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 28, n. 3, p. 351-
354, Dezembro 2006.
* QUALIDADE FISIOLÓGICA, ANATOMIA E HISTOQUÍMICA DURANTE O DESENVOLVIMENTO DE SEMENTES DE CENOURA (Daucus
carota L.) ., RAFAELA MARQUES DE MIRANDA, VIÇOSA MINAS GERAIS – BRASIL 2015 , DISSERTAÇAO DE MESTRADO.
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TEOR DE ÁGUA DAS SEMENTES

 DURANTE O DESENVOLVIMENTO DAS SEMENTES  70% - 90%

 DIMINUI NA FASE FINAL DE MATURAÇÃO  DESSECAÇÃO

 PROCESSO INFLUENCIADO PELAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS E

CONEXÕES COM A PLANTA-MÃE

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PADRÃO DE DESIDRATAÇÃO DE SEMENTES DE FRUTOS SECOS  FRUTOS CARNOSOS

 mantem teor de água mais elevado durante a maturação


 velocidade do processo de desidratação – mais lento e sem oscilações  ex. tomate, melão
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DESIDRATAÇÃO OU DESSECAÇÃO

 ocorre no final da fase de maturação


 90% da água é removida nas sementes tolerantes a dessecação
(ortodoxas)
 ruptura das conexões tróficas com a planta
 redução do metabolismo / permanecendo no embrião
 semente em estado quiescente
 época para colheita/ beneficiamento/ e dispersão das sementes
 alta capacidade germinativa e viabilidade

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CLASSIFICAÇÃO DAS SEMENTES QUANTO À DESSECAÇÃO

 Sementes ortodoxas  5 a 10% de conteúdo de água (PF)

 Sementes recalcitrantes  conteúdo de água elevado 60 a

70% PF e não tolera  T oC

 Sementes intermediárias  conteúdo de água elevado e tolera

 T oC

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MASSA SECA DAS SEMENTES

Geralmente,
 lento no início do desenvolvimento
 seguido de um rápido e constante acúmulo até atingir o máximo do peso
 pode sofrer algum decréscimo no período final  atividade respiratória

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PESO DA MATÉRIA SECA

 MELHOR ÍNDICE DO PROCESSO DE MATURAÇÃO DE SEMENTES

 REQUER MÉTODOS PRECISOS DE AMOSTRAGEM E USO DE


ESTUFA E BALANÇA – Regra de Análise de Sementes (RAS, 2009)

 MÁXIMO PESO DE MATÉRIA SECA - CORRESPONDE A FASE


SEGUINTE DE DESLIGAMENTO DA SEMENTE COM A PLANTA-MAE

 POR SUA VEZ, NEM SEMPRE COINCIDE COM A CAPACIDADE


MÁXIMA DE GERMINAÇÃO DAS SEMENTES (OBSERVADO ENTRE
AS ESPÉCIES)

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GERMINAÇÃO
 OBSERVADA EM ESTÁDIOS DIFERENTES DO DESENVOLVIMENTO DA SEMENTE
 EMISSÃO DA RADICULA x PLANTULAS NORMAIS

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VIGOR DAS SEMENTES

 PROPRIEDADE QUE DETERMINA O POTENCIAL PARA:

 EMERGÊNCIA RÁPIDA E UNIFORME

 DESENVOLVIMENTO DE PLÂNTULAS NORMAIS SOB UM

LARGO ESPECTRO DE CONDIÇÕES AMBIENTAIS EM NÍVEL DE

CAMPO

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MÁXIMO VIGOR = MÁXIMO PESO DA MATÉRIA SECA
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SEMENTES MAIS VIGOROSAS
germinação precoce, plântulas uniformes (uniformidade,
sincronização), aparecimento das estruturas fundamentais do
desenvolvimento pós-embrionário (radícula, hipocótilo, epicótilo,
cotilédones expandidos, 1º par de folhas verdadeiras)

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 vigor  relacionado com o potencial de desempenho da semente
em campo
 considerado como forma efetiva para diferenciar lotes de
sementes com potencial superior e assim menor risco de comprar
sementes deterioradas
 vigor de sementes e deterioração estão fisiologicamente ligados,
são aspectos recíprocos da qualidade de sementes
 deterioração tem uma conotação negativa
 vigor tem uma conotação positiva
 vigor diminui à medida que a deterioração aumenta

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ANÁLISE CONJUNTA DOS ÍNDICES DE MATURAÇÃO

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MATURIDADE FISIOLÓGICA E COLHEITA

 TRATA-SE DO RECONHECIMENTO PRÁTICO DA COLHEITA EM FUNÇÃO DA MATURIDADE


FISIOLÓGICA DAS SEMENTES
 NEM SEMPRE É FÁCIL E POSSÍVEL
 EXCESSO DE RAMOS E FOLHAS NA PLANTA
 TEOR DE ÁGUA AINDA ELEVADO NAS SEMENTES

 GRAMÍNEAS FORRAGEIRAS  PANÍCULAS EM VÁRIOS ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO,


COMPROMETENDO A QUALIDADE DO LOTE (MADURAS E IMATURAS)
 PLANTAS DE CRESCIMENTO INDETERMINADO  COLHEITA PARCELADA OU NA ÉPOCA DE
MAIOR NUMERO DE SEMENTES SECAS
 ESPÉCIES FLORESTAIS A COLHEITA DEVE SER ACOMPANHADA PELA DEISCÊNCIA DOS
FRUTOS
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 OBETIVANDO QUALIDADE DE SEMENTES, A COLHEITA REQUER VÁRIOS CUIDADOS

 DEVE-SE RESPEITAR O INTERVALO ENTRE MATURIDADE E A COLHEITA  dias a várias


semanas (diminuição do conteúdo de água das sementes ou mudanças morfológicas)

 CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DESFAVORÁVEIS  influenciam diretamente no processo da


colheita e na qualidade

 sementes ficam sujeitas a deterioração e danos (integridade) no campo 


umidade do ar e temperaturas altas

 chuvas intensas na época de colheita causa danos irreversíveis

 CONTROLE DIÁRIO DO TEOR DE ÁGUA NAS SEMENTES  VARIA CONFORME A CULTURA


E REGIÃO DE CULTIVO

 EX. sementes de soja devem ser colhidas 16 a 18% CA; secagem natural

 ex. sementes de milho – colhidas próximo a maturidade fisiológica – 35% de água; milho
a granel colhido com 24%

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MATURAÇÃO DE SEMENTES

 ÍNDICES DE NATUREZA FÍSICA E FISIOLÓGICA  TAMANHO,


TEOR DE ÁGUA, CONTEÚDO DE MATÉRIA SECA , GERMINAÇÃO
E VIGOR

 ÍNDICES BIOQUÍMICOS  TEORES DE AÇÚCARES, LIPÍDEOS,


NITROGÊNIO, TAXA DE RESPIRAÇÃO

 ÍNDICES MORFOLÓGICOS (ASPECTOS EXTERNOS DOS FRUTOS)


 COLORAÇÃO DOS FRUTOS E SEMENTES, ODOR, TAMANHO E
TEXTURA

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Estádios de maturação da soja

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MILHO

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FENOLOGIA DO MILHO
Espigas de milho mostrando os estágios da linha
do leite.
A linha do leite começa na coroa do grão e
avança em direção à ponta do grão.

Estádio 4 > 75% do endosperma está


solidificado e a linha do leite se
aproxima da base da semente

Avanço da formação da
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preta
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CRITÉRIOS PARA A IDENTIFICAÇÃO DO MOMENTO ADEQUADO PARA A COLHEITA
ESPÉCIE MOMENTO DE COLHEITA
Alface Cerca de 50% das sementes maduras
Amendoim Amarelecimento das folhas, manchas escuras na casca, cor do tegumento especifico da
cultivar
Arroz Panículas pendentes, sementes com 20-26% de água, espiguetas com 2/3 superiores da
panícula com cor do cultivar
Capim colonião Queda da maior parte das sementes do terço superior das panículas
Cebola Cerca de 10% das umbelas expostas, colheita das hastes com 60 cm de comprimento
Cenoura Umbelas marrom-claro
Ervilha Sementes com 13-14% de água
Feijão 14-18% de água, amarelecimento e queda foliar, desfolha de 85-90% em cultivares de
crescimento determinado, 70-80% nas de crescimento indeterminado
Girassol Caule e capítulos de coloração castanho escura, teor de água de 30-35%
Pimentão Frutos vermelhos ou amarelos, cor da cultivar
Repolho Síliquas de cor amarelada, não totalmente secas e coloração marrom escura ou preta
Sorgo Sementes com teor de água 16-18%
Tomate Frutos de coloração avermelhada e firme
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Trigo Teor de água 15-17%
PERFIL MORFOFISIOLÓGICO DO DESENVOLVIMENTO E GERMINAÇÃO DE SEMENTES
E CRESCIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE Jatropha curcas L.
Cristiane Dantas de Brito
Tese RGV, Feira de Santana, 2015. 113 f.

Figura 1. Classificação dos frutos de Jatropha curcas L. em diferentes estádios de


maturação baseado na coloração do exocarpo. Barra = 1 cm. Fonte: autor.

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Figura 3. Aspecto visual das sementes de Jatropha curcas L. encontradas nos frutos em
diferentes estádios de maturação. (a) Verde-Amarelo; (b) Amarelo-Marrom; (c) Semente
Seca. Barra = 0,5 cm. Fonte: autor.

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Figura 1 • Coloração de frutos de Moringa oleifera em diferentes estádios de maturação.

MATURIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE Moringa oleifera (LAM).


Márcia Antonia Bartolomeu Agustini, , Letícia Wendt, Cristiane Paulus, Marlene M. Malavasi
Revista Inova Ciência & Tecnologia, Uberaba, p. 11-17, ano 1, n. 1, set./dez., 2015
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O desenvolvimento e a maturação das sementes são aspectos
importantes a serem considerados na tecnologia de produção de
sementes.

O conhecimento de como se processa a maturação das sementes e


dos principais fatores envolvidos é de fundamental importância para
a orientação dos produtores de sementes, auxiliando no controle de
qualidade, principalmente no que se refere ao planejamento e a
definição da época ideal de colheita, visando qualidade e
produtividade.
Maturação de sementes
Profa. Denise C. F. Dias
Universidade Federal de Viçosa / MG
Maturação fisiológica de sementes de sabiá
EU Alves, R Sader, RLA Bruno… - … Brasileira de Sementes, 2005 - SciELO Brasil
Determinação da maturidade fisiológica de sementes de pimenta dedo de moça Capsicum
baccatum var. pendulum
Elaine V Justino et al. Hortic. bras., v. 33, n. 3, BIO
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