Ateção Barão da cidade flutuante da Fenix azul essa carta é um acumulo de informações das mudanças
do nosso mundo, ao contrário dos boatos que os cultos apocalípticos estãão espalhando abaixo das
tempestades Antonie-Laurent de Lavoisier estava certo o tempo todo.
Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma
O Brasil, após os eventos da Ruptura, se tornou um
dos lugares mais hostis e inóspitos de se viver no
mundo. Sua vegetação, antes já muito ampla e diversa,
agora se tornou ainda mais, com o acréscimo de uma
vida selvagem ainda mais hostil e imprevisível, além
dos horrores advindos da outra dimensão. Grande
parte dos humanos e anões morreu no processo de
Ruptura. Duas novas raças adentraram no mundo: os
esqueletos, ou andróides, e os colonos. Os primeiros,
seres robóticos dotados de grande inteligência e a
capacidade única de usar magia, são máquinas com
aspectos semelhantes aos humanos, porém com esquele× Documento enviado
tos de metal e aspectos robóticos, sempre deixando pela fortaleza
algum traço de sua carne metálica como lembrete de do sol nascente
sua origem. Já os segundos são criaturas com formas
insetóides, capazes de consumir as criaturas e
materiais no ambiente ao seu redor, gerando evolu×
ções forçadas em seus corpos, além de serem capazes
de sobreviver à tempestade.
Sendo um país com tamanha extensão, o Brasil é um
país com inúmeras diferenças regionais, ainda mais
nítidas com o grande êxodo populacional que foi
para lá após o início da Ruptura. Grandes desertos,
florestas densas, pântanos, rios ferozes, animais
diversos… quase tudo é possível encontrar nessas
terras. Cada expedição deve ser preparada cuidado×
samente, pois para cada aventura é necessário um
equipamento, uma equipe e um veículo diferente, caso
contrário as chances de fracasso serão altas.
A Nova Amazônia: Um Paraís o Renascido
Antes da Ruptura, a Amazônia, considerada o pulmão
do mundo, havia sido devastada violentamente, quase
chegando ao seu fim pela expansão humana e enânica.
Após esses eventos, um Tirano, ao se deparar com um
paraíso tão próximo de seu fim, se recusou a permitir
tal evento, trazendo de volta à vida esse lugar,
mantendo quase totalmente sua formação original.
Considerada um dos únicos lugares com alterações
mínimas em sua fauna e flora, nem mesmo as tempesta×
des sendo capazes de danificar sua originalidade.
Extremamente abundante em recursos, é um local de
grande apreço por viajantes que por ali passam, pois
sempre podem provar de seus recursos naturais e
sentir um sopro do antigo mundo.
Entretanto, esse paraíso tem um preço.
Segundo lendas locais, todos aqueles que por lá passam
precisam fazer uma oferenda, baseada no quê e na
quantidade daquilo que retiraram da magnífica
floresta. Tal tributo deve ser pago na próxima vez em
que retornarem para a região, ou entregue aos chama×
dos Vigias: seres que utilizam capuzes feitos de folhas
cobrindo seus corpos, em geral armados com lanças e/ou
arcos. Não se sabe muito sobre sua origem, nem se
pertencem a alguma das quatro raças presentes no
mundo. Tudo que se sabe é que, se o tributo não for
pago, eles irão atrás da pessoa, não importa onde ela
esteja. E uma morte causada por um Vigia costuma
servir de alerta para todos que ousarem desrespeitar
novamente a grande floresta, como os antigos humanos
e anões tanto fizeram por anos.
Documento protegido
pela
Trindade dos cavaleiros de paus
Capitão do terceiro grupo expedicionariro dos Reparadores Rodrigos Andrade
O Deserto Sangrento: lar dos Salteadores do Sal
Na parte nordeste do Brasil, diferente da exorbitância
da Nova Amazônia, os recursos são extremamente limita×
dos. Antes uma região com grandes cidades turísticas
costeiras, agora um grande deserto de areias vermelhas,
conhecido como O Deserto Sangrento, engoliu quase tudo.
Sem muitas regiões para se proteger, o local é predomi×
nantemente habitado pelos colonos e evitado pelas
outras raças.
Devido ao seu solo arenoso, a agricultura não é uma
opção nessa região. Remanescente da ocupação humano-e×
nânica na região, existem algumas ETAS: Estações de
Tratamento de Água Salgada, presentes na região costei×
ra. Tais locais costumam ser regiões de conflito entre
facções, que buscam assertar seu domínio em uma eterna
batalha por recursos.
Alvo frequente de tempestades, o Deserto Sangrento
também sofreu muitas mutações em sua formação origi×
nal. Sua extensão é repleta de cactos-armadilheiros,
uma planta capaz de criar raízes que vagam pelo subso×
lo, prontas para emergir e prender uma vítima despreve×
nida em busca de alimento, disparando centenas de
espinhos na velocidade de uma bala em sua direção.
Colonos nativos dessa região costumam ter um tato
aguçado, capazes de sentir até onde essas raízes conse×
guem ir e evitando suas emboscadas, caçando tais plan×
tas com arpões e arrancando-as da terra na força bruta,
o que costuma ser um verdadeiro cabo-de-guerra. A
recompensa costuma ser uma ótima refeição de uma pasta
nutritiva presente dentro de seus corpos.
Além de cactos, outra criatura presente na região são
os tubarões-da-tempestade. Como o próprio nome diz, eles
viajam junto das tempestades, arremessando-se contra
veículos ou viajantes despreparados. Seus dentes são
capazes de mastigar muitas ligas metálicas, fazendo
deles uma verdadeira matéria-prima para a confecção
de armas como arpões, setas de besta ou flechas, além de
armadilhas mortais. Quando se lançam nas areias, eles
também conseguem “nadar” sob elas, emergindo para
abocanhar uma presa ou para retornar à tempestade.
Possuem uma coloração mais escura, em tons de azul-pe×
tróleo e uma barriga branca. Possui pequenas escamas
alongadas e afiadas, lhe permitindo uma melhor aerodi×
nâmica e capacidade de perfuração em superfícies, além
de um nariz com ponta triangular metálica, muito
cobiçada para fazer arpéus.
Nessa região, além dos perigos naturais, há também uma
constante guerra entre facções, sempre em busca dos
recursos alheios. Alguns grupos surgem e logo são extin×
tos, outros conseguem durar mais. Todos esses grupos
levam a mesma alcunha: Salteadores do Sal. Sejam eles
caçadores de riquezas, poder ou apenas sobreviventes,
seus meios sempre são os mesmos: saquear seus inimigos,
dominar territórios e determinar novos territórios de
caça. É impossível alguém viver no Deserto Sangrento
apenas caçando animais ou plantas. Um combate entre
raças é inevitável, fazendo com que seja a região com o
maior número de mortes diárias.
Para tais guerras, os veículos são imprescindíveis.
Quanto maior sua frota de carros, cruza-tempestades ou
motos, maior será seu território de caça, e maior a
chance de um grupo de Saqueadores fazer uma aliança
com outro para derrubar esse maior.