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Abr./Jun. 2003
Formação & Contributos
FORMAÇÃO E CONTRIBUTOS
transmitido ao aluno porque se partia do pressuposto de que este era uma caixa
vazia à espera de ser “atafulhada” de conteúdos. A escola inclusiva considera os
diferentes saberes de cada um e parte do pressuposto de que a criança é, já,
detentora de conhecimentos. Qual é, então, o papel do professor/educador? Será o
de impulsionador de aprendizagens activas, o facilitador que abre o caminho para o
conhecimento, mas cabe à própria criança descobrir, construir em si e transformar
aquilo que aprende num verdadeiro acto criativo. Cabe-nos novamente uma
reflexão: sou um professor transmissor ou construtor de conhecimentos? Valorizo os
conhecimentos das crianças? Aproveito-os para dinamizar as actividades?
Outro valor subjacente à escola inclusiva e intimamente ligado ao anterior é o da
APRENDIZAGEM. A aprendizagem é unimodal ou multimodal? Passiva ou activa? A
aprendizagem é o acto mais importante dos animais superiores, constitui uma
mudança de comportamentos resultantes da experiência – escolhe várias hipóteses
possíveis, elabora planos, compara-os, executa-os e avalia os resultados obtidos,
isto sempre numa vertente activa “do gesto à palavra, do acto ao pensamento”.
Surge-nos novamente a reflexão: Os métodos que utilizo na minha prática diária são
activos ou passivos? Tenho a preocupação de diversificar os métodos? Tenho em
consideração os processos de aprendizagem da criança?
O quarto e último valor da escola inclusiva é o da COMUNIDADE – A comunidade
pode ser aproveitada para a escola? E em que medida a escola contribui para a
construção da comunidade? O conflito instalou-se, a escola não corresponde às
exigências da comunidade. Tem novos valores, mas insiste em reger-se por valores
da escola tradicional, tem novas práticas, mas continua resistente à sua
implantação.
O esforço pró-mudança tem sido árduo; no entanto, temos consciência de que muito
há a fazer e que está nas nossas mãos, educadores, este longo caminho que não se
apresenta livre de obstáculos.
Tendo em conta o que foi escrito, cabe-nos, a nós, o papel de abandonarmos
práticas e valores tradicionais - transmissão de conhecimentos de forma passiva e
repetitiva, dirigirmo-nos a um aluno médio e dar-mos lugar à inovação e à prática
reflexiva. Estes foram, precisamente, os principais objectivos desta acção cuja
metodologia se baseou no questionamento e na reflexão da escola actual e de como
adaptamos as nossas práticas a uma realidade exigente e diversa em termos de
saberes, culturas, raças... Outra das preocupações foi, aliar a vertente teórica
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“Era uma vez uma acção de formação, andou, andou até que veio parar até
Ourém... Era uma vez uma educadora com vontade de se mexer, mas
cansada, cansada, cansada... até que resolveu apostar e a ir frequentá-la.
Chegou ao fim com imensa pena de não ter podido aproveitar tudo e decidiu
recomeçar tudo de novo caso venha a ter oportunidade, sentiu que precisava
de aprender tudo de novo e de voltar à escola... Era uma vez uma formadora
novinha, novinha, novinha que trouxe entusiasmo, sabedoria, descontracção e
conhecimento... Era uma vez uma educadora e voltou a descobrir que ser
educadora ainda é o que era e que ser educadora ainda vale a pena. Era uma
vez... brincar ainda é bom e precisa-se!”
Maria José Fernandes
“A acção foi muito interessante, tirei muitas dicas para o meu trabalho
principalmente a sequência, pedagogicamente correcta, das aprendizagens da
crianças; tenho pena de acção não ser mais intensiva e chegar a várias
colegas; cheguei à conclusão de que exijo das crianças a realização de
trabalhos sem ter pensado nas bases da motricidade; a formadora pôs-me à
vontade; a acção foi divertida, descontraída, interessante e fez-me analisar
muitas actividades que faço intuitivamente.”
Anabela Amaro Lopes Alho
Deixo apenas estes testemunhos para dar uma visão da análise e da avaliação que
as formandas fizeram da acção, deixando, desde já, o meu agradecimento pelas
palavras de apreço que me foram dirigidas e pela força que todas me dispensaram
tendo em conta que, em termos de formação, sou, de facto, “novinha, novinha,
novinha...”. À APEI deixo também uma palavra de reconhecimento pelo trabalho
desenvolvido e um grande Bem-haja pela oportunidade que me foi concedida.
Com todos os leitores partilho um dos exercícios que foi executado no âmbito da
acção:
A O D A O I A K L Ç F A G F D G H J U Y T R E D D F G H A L Z
X N C B N M Z D I V E R S I D A D E G H J Y U T R I F D E C N M
N H T R E S D F U Y T Q A S O U O U T B C T R I L A R E U T H
D I F E R E N Ç A E C O M I D E R O I N O U M A N O M A R T V
D L I F I C O B R U N S A K O A R I S F E R I D W Q Z V M I O T
R T O T O R T O L S P N J I A R L C O O P E I D M V L E X I S U
C E S S O P E I T F O I S D F I R E N Ç S U E E A Z C D E R Q X
B O R Ç E N E M E G A Z I D N E R P A F E D B N E Ç A C R A C
E A D M E U N I BC N SA A S A S P E A I S N E Ç N Ç A R E S T
A U R B C D A P O I O A E S C O L A P A S A G U R T T E S O U
R F I C A R E S F G H I G I E N O N O N E C E S S I D A D E S E
D U C A T I V A S E S P E C I A I S B A S D O I D E C D F U G B
R A R A T A E R E O I S D F L E X J L B G T F R U F R I O D E S
O D F C U R A D E E D A D I L I B I X E L F A S C A L A B R A T
V F G O Q W S X C Z D S E K L O I M H N G I F S A A N R F I
Nesta sopa de letras descubra as seguintes palavras:
diversidade
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