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CURSO TÉCNICO EM

SEGURANÇA DO TRABALHO
DISCIPLINA: ERGONOMIA

TEMPERATURA

ENG. RODRIGO OLIVEIRA


INTRODUÇÃO
 Nesta aula continuaremos analisando os aspectos
ergonômicos físico- ambientais.
 Enfatizando agora, a temperatura.
Temperatura
 Uma das condições ambientais relevantes é a
temperatura. Existem cargos cujo posto de trabalho se
caracteriza por temperaturas elevadas, como na
siderurgia, carvoaria, cerâmica, nos quais o ocupante
precisa vestir roupas adequadas para proteger-se da
intensidade do calor. Por outro lado, ocorre o contrário.
Há alguns postos de trabalho que impõe temperaturas
baixíssimas, como em frigoríficos, e exige da mesma
forma, a adequação das roupas para a proteção térmica.
Em ambos os casos, a insalubridade constitui a
característica principal destes ambientes de trabalho, ou
seja, condições prejudiciais à saúde.
 O efeito da temperatura sobre o organismo humano é
muito importante.
 Cabe à ergonomia estabelecer critérios para melhoria das
condições climáticas internas, de modo que as pessoas
sintam conforto térmico em seu ambiente de trabalho
 O corpo humano tem seus próprios mecanismos de
produção de calor. A temperatura do organismo, em seu
nível normal, é de aproximadamente, 37 graus Celsius
(37ºC), significa que é necessário eliminar o excesso de
calor caso ele ocorra.
 As condições ambientais que afetam o conforto térmico
são a temperatura do ar (temperatura de bulbo seco),
temperatura dos elementos que nos cercam
(temperatura radiante), velocidade do ar e a umidade,
sendo que estes fatores devem ser considerados
simultaneamente. (IIDA, 2005).
 Estes quatro fatores são fundamentais para a sensação de
uma temperatura confortável, que depende também, do
tipo de trabalho a ser executado e da vestimenta
utilizada.
 O tempo de exposição ao frio ou ao calor deve ser
limitado. Estas condições extremas são desconfortáveis e
prejudiciais. Para minimizar os riscos, a temperatura de
metais tem que ser de 5º C (Celsius), no mínimo. Valores
menores podem ser tolerados se o objeto é em plástico
ou madeira seca.(Guimarães et al., 2000).
 Para Guimarães et al. (2000), a umidade do ar é
consequência do alto grau de teor higrométrico do ar.
Existem condições ambientais de elevada umidade no
local de trabalho, como é o caso da maioria das
tecelagens que exigem alta graduação higrométrica para
tratamento dos fios. Porém, existem condições ambientais
de pouca ou nenhuma presença de umidade, como é o
caso das indústrias de cerâmica, onde o ar é chamado de
“seco”. Em ambos os casos, a insalubridade também se
constitui como característica principal.
 Em um clima temperado, em ambientes interiores, sob
condições de ar moderadamente quente (em torno de
18º C) e calmo (velocidade do ar não superior a 25m/s) e
com umidade do ar moderada (compreendida entre 40%
a 60%), uma pessoa que esteja executando uma atividade
sedentária dissipará o excesso de calor, sem maiores
dificuldades.
 A sensação térmica varia consideravelmente em relação à
pessoa e as suas roupas. A preferência térmica depende
da aclimatação da pessoa ao ambiente, por sequência da
idade, sexo, alimentação, metabolismo, conformação física,
roupas e da própria atividade, que também pode
influenciar as preferências térmicas. Uma situação de
conforto é alcançada quando 95% dos ocupantes de um
ambiente se manifestam satisfeitos.
 O tipo de vestimenta importa nos parâmetros de
conforto, pois as roupas são uma forma de ajuste pessoal
para o isolamento térmico. Quanto maior a quantidade
de roupas, maior o isolamento em torno do corpo e
menores as perdas de calor.
Sendo a temperatura uma questão muito pessoal, é
importante estabelecer o conforto térmico do indivíduo a
partir das seguintes medidas:
 • Deixar que as próprias pessoas controlem a ambiência
térmica.
 • Ajustar a temperatura do ar de acordo com o esforço
físico.
 • Evitar umidades do ar extremas.
 • Evitar superfícies radiantes muito frias ou muito
quentes.

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