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passageira, que não durou muito tempo até que ele notasse que estava sozinho e que

tudo que ele criou não passava apenas de uma ilusão no vazio.
O Senciente, após ter a solidão como principal sentimento dentro de si, ao navegar pelo
universo infinito que criou com o seu despertar, se deparou com um pedaço de rocha
onde pela primeira vez conseguiu ver o seu próprio reflexo. O universo que ele criou
não só estava se expandindo pelo infinito, mas também se mutando criando coisas
novas, elementos alimentados pela energia infinita que o despertar do ser primordial
criou, a chamada ‘energia mágica’. Ela seguiu a vontade do criador, de se expandir e
gerar um lindo universo, e dentre as muitas coisas que surgiam por mutação natural, o
primordial conseguiu ver seu reflexo e pensou que nunca mais se sentiria sozinho se
houvesse outro como ele, assim ele começou a criação de ‘Aincrad’.
A ideia do senciente era gerar uma existência como a dele, naquele momento ele não
sabia o que era o significado de vida e viver, apenas de existir. Assim, juntando diversas
rochas que encontrou no espaço ele criou os diversos planetas ao redor da sua estrela
favorita, uma que brilhava em amarelo e era quente, e que foi a sua ‘amiga
companheira’ e favorita dentre todas as outras infinitas criadas. O ser juntou as rochas
mais belas que encontrou no universo, as fundindo em uma só esférica de diversas
cores, prevalecendo a azul, com toques de verde, ali ele criou Aincrad o local que seria
o berço da criação do seu novo eu. Ele não queria que quando o seu novo eu acordasse,
também tivesse a mesma sensação que ele teve, de olhar um completo vazio. Criar um
belo mundo foi a solução que ele achou, para que a primeira sensação fosse a de
felicidade como ele ficou ao despertar e criar o universo onde vivia.
Assim dentro da esfera de rochas, ele criou o céu de sua cor favorita a azul, deixando
também grandes oceanos com a cor azul, massas de terra enormes e o ciclo do dia e da
noite, pois, o senciente primordial também queria que seu novo eu conhecesse não só o
céu azul como também as estrelas que brilham na escuridão que o mesmo havia criado.
Depois que tudo estava belo e terminado, ele não percebeu que estava tão empolgado
que não fazia ideia de como criar um novo ele, percebendo então que talvez aquilo
nunca seria possível, o primordial conheceu a tristeza e sem perceber de suas lágrimas
surgiram os primeiros seres vivos de Aincrad, os Rings. Criaturas fofas e divertidas, que
de um choro de tristeza veio a dar alegria ao original.
Em muito tempo os Rings foram os maiores companheiros do primordial, a solidão dele
foi cessada, porém, por pouco tempo assim como quando despertou. Os Rings eram
divertidos e boas companhias, mas, eles não eram o outro ‘ele’ que o senciente original
tanto buscava. Sabendo depois que foi de suas lágrimas que surgiram os Rings, o
original notou que a existência sempre deriva da existência, e então que deveria
sacrificar partes de si mesmo para criar novas existências. Assim, aos poucos retirando
partes do seu corpo ele começou a criar o que hoje são chamadas de raças, sendo elas
derivadas de uma parte especifica do corpo do original. Não se sabe exatamente qual
parte do corpo represente cada raça existente, somente a dos elfos, que surgiram de suas
orelhas.
O senciente original, criava cada vez mais raças e raças habitantes de Aincrad, porém,
nenhuma satisfazia o seu desejo de ser um semelhante a ele. Diversos sentimentos
surgiram nele com a criação dos novos seres, um deles foi a inveja, pois toda raça que
ele criava se multiplicava e nunca estava sozinha, sempre havia o seu par, algo que ele
nunca

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