Ficha de Orientação

Pedagógica

Autora: Silmara Rascalha Casadei
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Caro Professor,
A Cortez Editora, em seu
compromisso com a Educação,
preocupa-se em trazer qualidade em
cada uma de suas publicações,
gerando reflexão, auxiliando na
formação dos alunos e
complementando o trabalho docente.
Temas delicados como bullying, que envolvem direta ou
indiretamente as relações entre os alunos, e destes com toda a
comunidade escolar como pais e professores, podem ser
acolhidos pela literatura com os recursos da imaginação e,
desta maneira, alcançar resultados de grande transformação. É
por este caminho que segue a bela história de Silmara Rascalha
Casadei, que dá continuidade às aventuras e descobertas da
Menina e Seus Pontinhos, agora retratando-a no ambiente
escolar para enfrentar vários desafios.
A seguir, você terá a oportunidade de conhecer algumas
possibilidades de trabalho com o livro, mas, para
complementar as informações aqui expostas, não se esqueça
de buscar a área do professor no site da Cortez Editora, e
consultar ou solicitar novas dicas e orientações.
Conhecendo a obra e suas aplicações...
Partindo de uma situação cotidiana da escola, em que um
aluno recebe um rótulo, um apelido, e então a protagonista
passa a vivenciar seus sentimentos de forma a tornar-se cada
vez mais tímida, insegura e reservada. Aos poucos, a situação
transforma-se em desmotivação, e ganha gravidade porque a
menina guarda para si tudo aquilo que os outros julgam, e não
consegue mais perceber-se como alguém de valor. Seguindo
sua sensibilidade a professora busca o diálogo com a aluna e
dimensiona o que está acontecendo, e então se seguem várias
medidas de orientação de toda a classe, envolvendo seus pais e
as atividades das aulas.
Evidenciando a importância de cada um na proteção,
acolhimento e valorização do aluno, a narrativa observa o
quanto um ambiente amoroso é fundamental para que o
desenvolvimento da criança transcorra de forma integral,
abrangendo não apenas o sentido cognitivo da aprendizagem,
Lançamento
Livro: Bullying não é amor!
Ilustrações: Lisie De Lucca
ISBN: 978-85-289-1830-8; N° páginas: 40.
mas também a esfera afetiva e física. Inovadora por dialogar
com os leitores iniciantes, respeitando as características dessa
fase da infância, Bullying não é amor pode auxiliar em muito a
construção da cultura da cooperação desde os primeiros anos,
propagando valores como o respeito ao próximo, a
comunicação não violenta e a valorização da individualidade e
da diferença.
Para o professor...
Como um desdobramento dos debates em torno do tema da
Ética, compreendemos o bullying como um conteúdo
naturalmente transversal, que ultrapassa as fronteiras de um
único conhecimento disciplinar para conjugar esforços de
várias áreas especializadas. Ainda assim, é possível
desenvolver propostas com maior ênfase na interface com
Língua Portuguesa, Literatura ou História e Sociedade,
tomando exemplos de fatos relevantes ou comportamentos
observados em diferentes períodos da humanidade. Além
disso, inspirado na leitura, o professor poderá realizar
atividades especiais, que trabalhem a sensibilização
comportamental e a mudança de atitude no dia a dia da
convivência em sociedade, especialmente ao dar destaque às
consequências das escolhas que fazemos a todo momento em
que encontramos com nossos colegas.
Veja as indicações básicas:
Interdisciplinaridade / Áreas envolvidas: Língua Portuguesa e
Literatura / Geografia / História e Sociedade / Artes.
Temas Transversais: Ética / Pluralidade Cultural.
Calendário Pedagógico: Todo o ano.
Séries prioritariamente indicadas: 1º a 4º anos do
Fundamental.
A seguir, apontamos algumas possibilidades de trabalho
pedagógico com a obra: um projeto interdisciplinar de três
etapas e atividades disciplinares diversas. Esperamos que este
livro contribua para a aprendizagem significativa de seus
alunos e para que se atinja os objetivos de ensino.
1) Projeto Interdisciplinar: De que é feito nosso coração?
Objetivo: partindo da vivência do livro, criar situações
experienciais de aprendizagem, tornando significativos e
prazerosos conteúdos de análise, reflexão e criação em
múltiplas áreas disciplinares e em temas transversais.
Resultados específicos: criação da Oficina de Sentidos e
Sentimentos, Carta do Amigo e do Jogo de Espelhos.
Avaliação: continuada, envolvendo critérios de participação,
aquisição e aplicação dos conteúdos nas propostas das
diferentes disciplinas.
Duração indicada: 3 a 6 meses.
Processo de trabalho: em três etapas coordenadas, envolvendo
o trabalho dos docentes das áreas integradas:
a) Leitura interativa do livro;
b) O que sentimos? – Vivência da Oficina de Sentidos e
Sentimentos;
c) Desenvolvimento da Carta do Amigo.
Primeira Etapa: Leitura interativa do livro
Proponha sempre as atividades de leitura envolvendo a
ludicidade e reforçando, por meio de intervenções no ambiente
escolar, o tema a ser vivenciado e trabalhado com a classe. Um
caminho interessante é utilizar uma música instrumental
baixinho, como um estímulo a mais para sensibilizar o grupo.
Tecidos também podem ser muito interessantes nesses
momentos: selecione diferentes padrões, que remetam aos
sentimentos da protagonista, e estimule os alunos e leitores a
identificar suas próprias emoções, associando-as às texturas.
Durante a leitura, intervenha com perguntas que gerem
proximidade entre as crianças e a protagonista, como por
exemplo: O que você faria nessa situação? Será que poderia ser
diferente conosco? O que mais poderia estar escrito nas
plaquinhas? Caso os alunos levem o livro para casa, estimule-
os a envolver os pais e amigos, reproduzindo perguntas e
partilhando as respostas no retorno à classe.
Segunda Etapa: O que sentimos? – Vivência da Oficina de
Sentidos e Sentimentos
Após a exploração da leitura interativa do livro, que tal propor
diversas reflexões à turma? Aproveite os retalhos utilizados
anteriormente e classifique-os
conforme o seu sentido: áspero para
tristeza ou raiva, brilhante para
alegria, macio para feliz, e assim por
diante, sempre em conjunto com os
alunos. Em seguida, em roda, peça
que cada um dê seu depoimento
sobre situações que os deixam de
uma ou outra maneira: o aluno vai até
uma caixa com os retalhos, pega um
pedacinho e relata o sentimento e a
experiência. Ao longo da vivência,
procure intervir transformando os
sentimentos, valorizando aqueles que
demonstram acolhimento e
cooperação entre os integrantes da
turma. Se achar interessante,
registre-os em um painel com as
questões mais relevantes, especialmente quando os
sentimentos precisarem ser transformados.
Terceira Etapa: Desenvolvimento da Carta do Amigo
Na última etapa do projeto o desafio será criar uma receita
especial, em formato de carta para todos os amigos/colegas da
escola. Vamos colar os retalhos em uma grande cartolina,
identificando o que devemos fazer como pessoas que se cuidam
e se ajudam uns aos outros. A carta-receita poderia ser: Para
sermos todos felizes vivendo juntos, devemos usar: 1 colher de
alegria; 2 pitadas de atenção e carinho; e assim por diante.
Uma boa proposta é reproduzir esta receita e presentear todas
as classes com o cartaz.
É possível ainda pedir que cada um faça um pequeno cartão
inspirado na receita, enviando-o por correio para um amigo
(caso trate-se de corresponder-se com colegas da própria
escola), pode-se desenvolver um selo com desenhos dos
próprios alunos, criando ainda um endereço fictício para cada
sala da escola. É uma excelente experiência de troca e interação
voltada ao acolhimento.
2) Sugestões de Atividades a partir da obra
Além de possibilitar um projeto de trabalho interdisciplinar, o
livro pode também ser complementado com atividades de
sensibilização e motivação para uma atitude transformadora,
como as que descrevemos a seguir:
- Jogo dos Espelhos: Uma forma interessante de perceber as
diferenças é criando um jogo de espelhos! Faça com papel
cartão, coberto de papel laminado, pequenos espelhos em
diferentes formatos (circular, quadrado, losango, entre outros).
Em roda, distribua um espelho para cada aluno e peça que
descrevam aquilo que veem dentro da sala: certamente cada
um enxergará de uma maneira diferente os mesmos pontos! Em
seguida, faça uma relação com a forma como nos vemos uns
aos outros: somos os mesmos, mas cada um nos vê de formas
diferentes. O fundamental é sempre olhar aquilo que é especial
e valorizar o jeito de todos.
- Árvore da Cooperação: Após a leitura de Bullying não é
amor!, peça que cada um escreva em plaquinhas os
sentimentos negativos e apelidos que receberam e não
gostaram. Então cave um buraco na terra (ou faça um vaso
grande) e plante, junto com as crianças, uma árvore que
simbolize a transformação dos sentimentos. Daqui para frente,
elas poderão enxergar que os sentimentos negativos não são
férteis, mas que, ao transformá-los, eles irão frutificar boas
amizades e muitas alegrias.
Um ótimo trabalho para você!
A literatura de qualidade pode ser uma grande aliada do processo de
ensino e de aprendizagem, por isso a Cortez Editora lança
sistematicamente novos títulos que sejam parceiros para educação de
nossas crianças! Conheça nosso catálogo e as várias sugestões de
trabalho disponíveis em www.cortezeditora.com.br.

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