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FAD – FACULDADE DE DIADEMA

Prática da Educação de Jovens e Adultos

Nomes:

Alice de Araújo Rodrigues Ferreira


Érica Nascimento Coelho Vieira
Ester de Oliveira da Silva
Luana dos Santos Duarte

Professora: Gilda Sabas


Curso: 5º Semestre de Pedagogia -Noturno

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O EDUCANDO NA EJA: SUA REALIDADE E NECESSIDADE

AUTORES: Alice de Araújo Rodrigues Ferreira


Érica Nascimento Coelho Vieira
Ester de Oliveira da Silva
Luana dos Santos Duarte
ORIENTADORA: Gilda Sabas

RESUMO:

Este trabalho tem como objetivo discutir sobre a realidade e


necessidade dos educando na EJA, através de pesquisas bibliográficas
analisamos os perfis dos Educandos, onde a maioria são trabalhadores e
desempregados, pais, mães e filhos que enfrenta um dia de trabalho, e depois
enfrentam uma sala de aula tudo para conquistar uma vida digna e melhor.
Analisando o cotidiano desses educando percebemos que muitos
acabam os estudos por terem muita força de vontade e a cumplicidade do
educador junto ao educando.
Podemos ver as mudanças ocorridas na educação de adultos ao
longo da história, e também relatar as medidas tomadas pelos governos para
acabar com as evasões escolares e a taxa de Analfabetização.
PALAVRA CHAVE: Eja,Educação de Adultos, Evasões Escolares, Realidade e
Necessidade.

ABSTRACT:

This work aims to discuss the reality and needs of students in EJA,
through bibliographic research we analyze the profiles of students, where the
majority are workers and unemployed, parents, mothers and children who face
a day of work, and then face a classroom everything to achieve a dignified and
better life.
Analyzing the daily lives of these students, we realize that many finish
their studies because they have a lot of willpower and the complicity of the
educator with the student.

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We can see the changes that have occurred in adult education
throughout history, and also report on the measures taken by governments to
end school dropouts and the illiteracy rate.

KEYWORD: Eja, Adult Education, School Dropouts, Reality and Need.

INTRODUÇÃO:

Ao contrário do que muitos acreditam o educando na modalidade de


ensino EJA, é dotado de conhecimento, experiência e realidade de vida. Esse
educando, por vários motivos descritos neste estudo, é um ser que apresenta
necessidades claras e objetivas, alcançar conhecimento, melhoria de vida,
promoção no trabalho são alguns exemplos dos seus desejos.
Relatamos aqui, o perfil desses educando, quem ele é, qual sua faixa
etária, se trabalha se está em condição de vulnerabilidade; como é o seu
cotidiano, o que ele enfrenta até chegar à escola, e claro, motivos pelos quais
acontecem as desistências, e qual a maior causa da mesma.
Observamos que, a falta do olhar preciso para esse educando torna
ainda mais difícil à permanência dele na escola, mas quais ações seriam
necessárias para a perseverança dele? Apresentamos aqui, medidas que
podem contribuir para a diminuição da evasão na modalidade de ensino EJA,
sempre com foco no educando, objeto principal deste estudo.
Acreditamos que a busca do educando por melhoria de vida e da
qualidade da mesma é o principal motivo da sua volta à escolarização. A causa
mais relevante da desistência é o analfabetismo que, conforme expomos neste
estudo, têm milhões de brasileiros ainda analfabetos tornando assim a
alfabetização um desafio.
Por fim, queremos contribuir com este estudo para a observação e
análise da realidade e necessidade do educando que, sem o qual é impossível
existir escola, seja em qualquer modalidade de ensino.

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O PERFIL DO EDUCANDO DA EJA

Quem são os alunos da EJA?O próprio nome já diz “Jovens e Adultos”,


São homens e mulheres, trabalhadores, empregados e desempregados ou em
busca do primeiro emprego; filhos, pais e mães; moradores urbanos de
periferias e moradores rurais, ou seja, isto significa aos olhos de quem vê, na
aprendizagem que não são pessoas vazias, são pessoas que tem trajetórias de
vida, com grande conhecimentos adquiridos ao longo de sua existência, onde
cada aluno é um baú cheio de historias e pensamentos que se entrelaçam no
complexo mundo da sala de aula. Em muitos casos, eles estudaram quando
crianças por alguns meses ou até alguns anos, durante sua infância, mas
tiveram que abandonar a escola por diferentes motivos: por conta do trabalho
ou ate mesmo por morarem longe da escola e de não terem condições para
chegar ate a escola.

Ao perceber o ontem, o hoje e o amanhã, o ser humano


percebe a consequência da sua ação sobre o mundo, nas
diferentes épocas históricas, se torna o sujeito da sua história e
por isso responsável por ela. Faz hoje o que se tornou possível
pelo ontem. Fará amanhã o que está semeando hoje (FREIRE,
2000, p. 67).

Hoje em dia, há grande procura são os adultos no ensino médio. Sendo


que a maioria da procura dos alunos da EJA são os trabalhadores. Estes
mesmo que frequentam as aulas noturnas se sacrificando acumulando
responsabilidades, deixando de lado o pouco tempo de laser, na expectativa de
melhorar suas condições de vida. Muito desses alunos nutre a esperança de
continuar seus estudos, e por consequência ter acesso a outros níveis de
ensino e uma boa carreira profissional, além de conseguir um emprego melhor.
Porém há muitos pais e mães que voltam a estudar só para ajudar a dar mais
esperança aos seus filhos na escola. Em uma sala de aula com cerca de 20 a
30 alunos é possível encontrar alunos que não sabem ler nem escrever, é claro
tem alguns que já sabem alguma coisa, pois só não dominam a ortografia. Do
ponto de vista da faixa etária, vemos que os alunos são adultos que depois de
muitos anos voltaram a estudar, mas também jovens de 15 a 18 anos que por

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algum motivo interromperam os estudos, e retornam para o ensino noturno da
EJA.

Há muita complexidade na Educação de Jovens e Adultos, devida à


diferença de idade na mesma turma. A primeira é tentar gerenciar as
diferenças culturais e históricas, a segunda é em relação aos alunos da EJA
que a maioria é analfabetos e pobres.

Os alunos da EJA eles só permanecem em sala de aula quando os


mesmos percebem que há a cumplicidade entre eles o educando e o educador,
só assim vão sentindo que podem continuar na escola e se sentir-se bem com
eles mesmo, ao contrario das crianças dos quais os pais as fazem ir para
escola, os adultos não possuem um responsável que o obriguem a ir para a
escola.

Para compreender o perfil do aluno da Educação de Jovens e Adultos


(EJA), é necessário conhecer sua história, sua cultura, seus costumes e
também é preciso entender que o mesmo passou por diferentes experiências
de vida e que em algum momento precisou se afastar da escola por motivos
sociais, econômicos, políticos e/ou sociais (SECRETARIA DE ESTADO DA
EDUCAÇÃO, 2006).

se a educação não pode tudo, alguma coisa fundamental a


educação pode. Se a educação não é a chave das
transformações sociais, não é também simplesmente
reprodutora da ideologia dominante (FREIRE, 2007, p. 112).

Segundo o Pedagogo  Paulo Freire a “Educação não transforma o


mundo. Educação muda às pessoas. A pessoas transformam o mundo”. Em
um modo,do qual é possível refletir, que sem educação as pessoas não
transforma o mundo, sendo assim é essencial que haja educação, a educação
ela é a chave para abrir as portas e é o professor quem irá nos transmitir o seu
conhecimento. Porém fica difícil nos dias atuais a valorização e o respeito
mutuo que as pessoas deveriam ter pelo o professor. Penso, logo reflito a
passagem do Pedagogo Paulo Freire em uma ideia central de suas descrições:
onde a educação ocupa um importantíssimo lugar na construção de um belo
caminho que tenha como horizonte de uma sociedade, diferente.

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep) aponta queda de 7,7% no número de alunos na educação de
jovens e adultos (EJA). A redução de matrículas ocorre de forma similar no
nível fundamental (8,1%) e no ensino médio (7,1%). A tendência foi registrada
pelo Censo Escolar da Educação Básica 2019, publicado em 31 de janeiro. A
EJA tem 3.273.668 estudantes matriculados.

GRÁFICO 01.NÚMERO DE MATRICÚLA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E


ADULTOS-BRASIL 2015 A 2019

3.492,689 3.482,124 3.508,356 3.545,988 3.273,668

4.000.000

2.182.615 2.205.535 2.177,904 2.106,155 1.937,583


3.000.000

2.000.000

1.309,258 1.326,609 1.425,852 1.432,833 1.336,085

2015 2016 2017 2018 2019

TOTAL EJA FUNDAMENTAL EJA MÉDIO

Fonte: Elaborado por DEED/Inep com base no Censo de Educação básica

PERFIL DOS EDUCANDOS

Os alunos com menos de 30 anos representam 62,2% das matrículas


da educação de jovens e adultos. Nesta faixa etária, 57,1% dos estudantes é
do sexo masculino. Quando se observa os estudantes com mais de 30 anos,
as mulheres correspondem a 58,6% das matrícula.

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GRÁFICO 02. NÚMERO DE MATRICÚLA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS-BRASIL SEGUNDO FAIXA ETÁRIA E SEXO 2015 A 2019.

689.939

512.055

467.545

405.026 294.047

218.570 221.939

158.516
132.858
83.578
78.047
52.533

<20 ANOS 20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS 40 A 49 ANOS 50 A 59 ANOS 60 ANOS OU MAIS

MASCULINO FEMININO

Fonte: Elaborado por DEED/Inep com base no Censo de Educação básica

Esses são os resultados analisados pelo Censo de Educação Básica


do ano de 2019, onde mostra uma estatística com o objetivo de oferecer um
amplo diagnostico sobre a educação básica brasileira. O Censo escolar tem
uma colaboração entre a União, os estados, Distrito Federal e municípios, é
uma pesquisa de abrangência nacional que envolve gestores, profissionais
escolares alunos de todas as etapas e modalidades de ensino: ensino
fundamental, ensino médio, educação de jovens e adultos e profissionalizantes.

É para se refletir: Se é da escola que partimos, não poderíamos deixar


de pensar sobre o impacto dessa instituição na vida desses Educandos. O
impacto e, principalmente, as possibilidades de construção de novos projetos
especialmente pensada para a EJA. Acreditamos que recuperar as funções da
escola na vida dos educandos seja um passo necessário para a construção de
novos e belos projetos.

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COTIDIANO DO EDUCANDO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS A ADULTOS

A realidade do educando na modalidade de ensino EJA, tem consigo


contexto social, que varia do senso comum à sua própria experiência. Esse
educando é trabalhador, pai ou mãe de família, filho ou filha, que buscam
autonomia de vida. Segundo Gadotti (2008, p. 31).

Os jovens e adultos trabalhadores lutam para superar suas


condições precárias de vida (moradia, saúde, alimentação,
transporte, emprego, etc.) que estão na raiz do problema do
analfabetismo. Para definir a especificidade de EJA, a escola
não pode esquecer que o jovem e adulto analfabeto é
fundamentalmente um trabalhador – às vezes em condição de
subemprego ou mesmo desemprego [...] Gadotti (2008, p. 31).

São muitas as peculiaridades de cada educando, porém a maior delas


envolve emprego e desemprego. Esse educando, saí cedo de casa, enfrenta
transporte público, atua como vendedor, feirante, pedreiro, auxiliar de limpeza
entre outras funções manuais, percorrendo para alcançar diversos objetivos, ler
e escrever, promoção no emprego, ou seja, mudança de vida.

Quando não possui emprego, exerce funções de subemprego, onde


não há nenhum tipo de registro ou contrato, apenas a palavra de um
contratador. Ainda há aqueles que não possuem emprego nem subemprego,
mas mesmo assim buscam na EJA o conhecimento para assim ir em busca de
melhoria de vida.

Acreditamos que seu dia cotidiano de trabalho, está ligado ainda a um


período considerável dentro de um transporte público, precário e de percurso
demorado. A motivação desse educando de continuar nesse cotidiano é
exatamente o medo do desemprego, da necessidade de alimentação e
moradia.

Dentro dessas especificidades, encontrar na EJA o aprendizado para


conquistar a leitura e escrita, torna esse educando um polivalente, que se
adapta a múltiplas tarefas, ele é trabalhador durante o seu dia, mas também é

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aluno que após o trabalho se apropria de coragem e retorna à escola, para
percorrer um caminho, para ele árduo até o conhecimento.

Tornando-se gente, o indivíduo qualifica-se como ser social,


pronto a contribuir para o seu país, para a sociedade: um ser
livre e criativo que busca, critica, renova, entende, pensa e
possui as estruturas necessárias para que possa integrar se à
sua família, ao seu Estado. Enfim, ele é um ser que se
relaciona em uma trama de desafios, cooperações e,
principalmente, competições. (SALTINI, 2008, p. 126).

Este educando segundo Saltini (2008, p.126), é um ser livre e criativo


completamente dotado de estruturas necessárias para integração à família e
Estado. Integração que o insere ao meio social como cidadão crítico, capaz de
relacionar ao seu cotidiano desafios e habilidades de se renovar, por meio de
sua experiência de vida.

Mas, como ser pensante sempre busca o entendimento de que pode ir


além. De certa forma, compreende que sua vida escolar é limitada. Quando
passa por dificuldades financeiras sempre se remete a escolarização, porque
lhe falta “concluir” seus estudos. O fato é que, esse educando necessita
aprender novos conceitos, novas habilidades. Então, vê na modalidade de
ensino para jovens e adultos a oportunidade de alcançar um novo caminho,
que o levará a um leque de opções de futuro.

Mas, que futuro é esse?

Para o educando, um futuro ainda distante, pois ele sabe que além do
ensino regular, ainda existem os cursos técnicos e as faculdades. Será que
esse educando nunca se imaginou numa faculdade? Ou ainda com uma
profissão que requer especialidade? O educando desta modalidade de ensino
EJA, se sente desmotivado, desencorajado. Entretanto ainda busca na EJA
essa motivação, o engajamento para um bom emprego, moradia, saúde, enfim
qualidade de vida.

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A EVASÃO ESCOLAR NA EJA

A evasão escolar na EJA é um problema social relativo à educação,


composto por contextos históricos, marcado por ordens políticas, seguida por
intervenções governamentais que modificam o sistema escolar, sem
necessariamente resultar na qualidade de ensino. O alto índice de evasão vem
sendo debatido por profissionais responsáveis pela educação, pois a
quantidade de alunos evadidos chega a ultrapassar o número de aprovados
por semestre, causando o fechamento de salas.

As instituições escolares encontram certa dificuldade em atender as


necessidades dos estudantes, em relação ao planejamento das práticas
educativas, nesse processo de construção do ensino – aprendizagem, por ser
algo tão distante do seu cotidiano e de seus conhecimentos escolares, mas são
fundamentais na construção na sua formação cultural e democrática.

Um fator importante é a formação dos professores, que atualmente


ainda encontramos muitos profissionais despreparados e desqualificados,
políticas devem ser pensadas e planejadas, voltadas para a qualificação e
formação desses profissionais é fundamental que os educadores vivenciem as
práticas que deveriam adotar para contribuir para com a redução de evasão de
jovens e adultos.

Na maioria das vezes o motivo do abandono pelos estudantes na EJA


está ligado a questões financeiras, dificuldade em conciliar o estudo com o
trabalho, desânimo ou encontram dificuldades em acompanhar os estudos.

Há diversas variáveis interferindo no processo de evasão


escolar. Muitas vezes, o estudante não deixa voluntariamente a
escola. Faz isso por causa da família ou do trabalho. Também
existe a questão da qualidade do curso oferecido. Falta pensar
a EJA nas demandas de aprendizagem dessa clientela
específica. É importante conhecer que a maioria dos
estudantes que procuram concluir a educação formal, também
carece de qualificação profissional, e por isso, deve-se articular
a formação deles com a educação continuada (Ireland,
Timothy. Revista Nova Escola, Ed. 223, junho/2009).

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Segundo o doutor em Educação Timothy Ireland, o processo de evasão
escolar e causado por vários motivos que acabam contribuindo com o
abandono escolar, os coordenadores e professores da EJA tem que pensar em
propostas pedagógicas baseadas nas demandas de aprendizagem de acordo
com a necessidade e cotidiano dos alunos.

GRÁFICO 01 – BASEADO POR SÉRIE PLANILHA DIAGNÓSTICO FINAL


DO CENCAC 2016

1º Série 2º Série 3º Série 4º Série

 Matriculados  Progressão
 Aprovados  Reprovados
 Transferidos  Evadidos e Desistentes

Linear (Evadidos e Desistentes)

Observa-se que através do gráfico 01 a linha onde representa a evasão


e desistência vai diminuindo ao longo das séries da EJA, na 3° fase no
CENCAC.

Nota-se que no decorrer dos períodos letivos houve redução no


número de matrículas, consequentemente, os alunos que chegam a concluir
essa etapa são aqueles com mais facilidade ou encontram apoio durante sua
jornada escolar.

A partir das informações do gráfico 02 é possível notar que durante a


primeira série, o número de alunos matriculados que evadiram ou desistiram
chegou aos 35%, enquanto 10% de alunos matriculados foram reprovados e
17% ficaram em progressão educacional ou parcial. Conseguinte, 38% apenas

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são referentes ao índice de aprovação, sendo que índice de alunos sem
aproveitamento foi de 62%, superior à aprovação.

GRÁFICO 02-COMPILADO DOS DADOS DA 1º SÉRIE BASEADO NA


PLANILHA DIAGNOSTICA FINAL DO CENCAC 2016.
Reprovação
10%

Aprovação 38%

Progressão 17%

Evasão e Desistentes 35%

Aprovacão Evasão e Desistentes


Progressão Reprovação
Transferidos 0%

GRÁFICO 03 – COMPILADO DOS DADOS DA 2° SÉRIE, BASEADO NA


PLANILHA DIAGNÓSTICA FINAL DO CENCAC, 2016.

 Aprovação 64%
 Progressão 14%
 Reprovação 11%
 Evasão e Desistentes 7%
Observando e analisando os dados do gráfico 03 da segunda
 Transferidos 4% série,
nota-se uma queda considerável no índice de evasão e desistência, chegando
a 7% dos alunos se enquadrou nessa categoria. Os outros 14% dos alunos
ficaram de progressão, 11% foram reprovados e 4% transferidos. O índice de
aprovação foi de 62% superando o 36% dos alunos que não obterão
aproveitamento completo.

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GRÁFICO 04 – COMPILADO DOS DADOS DA 3° SÉRIE, BASEADO NA
PLANILHA DIAGNÓSTICA FINAL DO CENCAC, 2016.

Reprovação 3%

Progressão 10%

Evasão e Desistentes 27%

Aprovação 60%

Transferidos 0%

Aprovação Evasão e Desistentes Progressão Reprovação

É apresentado um crescimento no índice de evasão e desistência que


atinge 27%. Enquanto o índice de alunos em regressão 10%, o índice de
reprovados é equivalente a 3% e 60% aprovados. Não fica nítido do porque
houve uma maior evasão, pois se refere ao início do último ano de estudos
para os alunos que ainda querem concluir o Ensaio Médio na modalidade EJA.

Para alcançar dados precisos sobre os reais motivos que levaram à


evasão e à desistência dos alunos, será necessária uma pesquisa in loco, com
a finalidade de construir considerações, que explicasse o alto índice de evasão
e desistência na turma referente, pois o estudo apenas analisa os dados
referentes ao ano letivo de 2016.

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GRÁFICO 05 – COMPILADO DOS DADOS DA 4° SÉRIE, BASEADO NA
PLANILHA DIAGNÓSTICA FINAL DO CENCAC, 2016.

Progressão 0%

Evasão e Desistentes 7%

Aprovação 93%
Reprovação 0%

Transferidos 0%

Aprovação Reprovação Evasão e Desistentes Progresão

A 4º série possui certa peculiaridade, pois se trata do momento final da


pesquisa, não houve nenhuma transferência e reprovação. Porém a evasão e
desistência continuaram atingindo a 7% do total de matriculados, são
significativos os dados de aprovação, pois nas séries anteriores, no nenhuma
atingiu a média igual ou superior a 93% do número de alunos matriculados.

GRÁFICO 06 – COMPILADO DOS DADOS TOTAIS, BASEADO NA


PLANILHA DIAGNÓSTICA FINAL DO CENCAC, 2016.

Reprovação 8%
Transferidos 1%

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Evasão e Desistentes
27%

Aprovação 49%

Progressão 15%

Aprovação Progressão Evasão e Desistentes


Transferidos Reprovação

É possível observar no gráfico 06, que a partir dos dados


apresentados, a evasão escolar é uma realidade que possui diversos fatores
que podem ser a causa do abandono escolar. São adotados como motivação
instância política-social, motivacionais e técnico administrativo/pedagógico
como fatores escolares, também fatores de ordem social, família e trabalho
como marcadores para o fato da evasão escolar.

Com a falta de políticas públicas que tem prioridade a qualidade do


ensino na modalidade EJA é um dos impasses que consolidam essa etapa da
educação.

Ações e medidas que podem ajudar a diminuir e combater à evasão na


EJA.

● Uso de variadas linguagens

Apresentar e acrescentar atividades relacionadas à arte e à cultura.

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O uso de linguagens alternativas, como a música, contribui para
facilitar o aprendizado, especialmente para os estudantes mais velhos, por se
tratar de uma cultura popular.

● Reorganização do tempo

Pensar na elaboração de um cronograma de aulas coerente com a


disponibilidade dos alunos. Planejar e organizar os dias e horários das
disciplinas, de acordo com as necessidades da turma, pensando em garantir
um bom atendimento contínuo e a reposição de aulas.

● Currículo contextualizado

Elaborar a construção de um currículo que enfatize o significado da


aprendizagem.

Relacionar temas que fazem parte do cotidiano às disciplinas contribui


para o melhor entendimento dos alunos em relação a determinados assunto
com certa facilidade.

● Articulação com empresas

Estabelecer contato com empresários que fazem parte do setor público


e privado para estabelecer parcerias com o intuito de facilitar o acesso dos
alunos à escola e evitar atrasos.

Contribuir para a melhoria do transporte público nos bairros escolares


ou estimular os funcionários a estudar, ser flexível em relação aos horários de
trabalho, são alguns exemplos de parcerias que podem ser sugeridas aos
empresários.

● Atendimento aos filhos

Criar uma infraestrutura voltada para receber e atender os filhos dos


alunos. Essencial para aqueles alunos que não têm como deixar os filhos,
levá-los à escola enquanto estudam pode ser fundamental para que não faltem
às aulas.

● Atendimento individual

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Oferecer plano de estudos personalizado de acordo com as
possibilidades de cada aluno.

Planejar e elaborar aulas de forma individualizada faz com que cada


adulto estude de acordo com seu ritmo e com o tempo disponível.

● Acolhimento e merenda

Oferecer refeição aos alunos pode contribuir para incentivar os alunos


a estudar.

A maioria dos estudantes vai diretamente do trabalho para a escola,


assim eles não ficam com fome e podem se concentrar mais nas aulas.

O ANALFABETISMO: UM DESAFIO PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E


ADULTOS

Diante do grande número de analfabetos em nosso país, pode


certificar- se que os jovens e o adulto encontram desafios no processo de
alfabetização.

Na história do Brasil podemos perceber as dificuldades encontradas na


educação dos jovens e Adultos.

Essa modalidade de ensino tem olhar voltado para classe social mais
baixa, são pessoas que não tiveram oportunidades quando criança ou porque
foram obrigado á abandonar a escola para poder trabalhar. Pessoas que
trabalham apenas para sobreviver e muito deles são trabalhadores rurais que
na maioria das vezes deixa seu lugar de origem para tentar sobreviver na
cidade, fora que muitos ainda são alvos de preconceitos por pessoas que
acham que aprender tem um tempo e validade, como que as pessoas de mais
idade não pudessem enfim ser alfabetizados.

Na educação de jovens e Adultos existem situações em que o


educador precisa aprender como lhe dar, pós a convivência entre eles em sala
de aula em alguns momentos e um grande desafio não só para o aluno, mais

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também para o professor. O educador precisa tomar cuidado até mesmo na
hora de fazer uma correção para que essa correção se transforme em uma
situação de aprendizagem e não de censura.

De acordo com Xavier, Ribeiro e Noronha (1994):

No que se refere ao analfabetismo, por exemplo, o problema se


agravou por dois motivos básicos: primeiro, porque o número
de pessoas analfabetas (em números absolutos) aumentou e,
segundo, porque não foram tomadas medidas efetivas em nível
governamental para a superação desse problema. As medidas
tomadas foram reduzidas a campanhas fragmentárias e sem
continuidade (XAVIER; RIBEIRO; NORONHA, 1994, p. 227).

É importante lembrar que a qualidade de educação de jovens e Adultos


não depende de instituições solidárias ou da boa vontade de voluntários dentro
da unidade escola.

É essencial a organização de políticos que deem prioridade a


qualidade da educação de jovens e Adultos, contratando profissionais
qualificados formados para essa modalidade de ensino.

O desafio é sem dúvidas vencer o analfabetismo e a evasão escolar


que gera um grande número de adulto com desigualdade e dificuldades de
colocação no mercado de trabalho, que todos tenham a mesma oportunidade e
condições de fazer parte de uma educação que inclua também, pessoas de
diferentes religiões, cultura e política. Que todos possam dividir uma visão de
mundo melhor, contribuindo para manter ou modificar as suas próprias
concepções, transformando-se e modificado para uma sociedade mais
democrática.

Figura 01 – Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais


(2019)

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No Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (PNAD Contínua) 2019, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15
anos ou mais de idade foi estimada em 6,6% (11 milhões de analfabetos).

A Região Nordeste apresentou a maior taxa de analfabetismo (13,9%).


Isto representa uma taxa aproximadamente, quatro vezes maior do que as
taxas estimadas para as Regiões Sudeste e Sul (ambas com 3,3%). Na Região
Norte essa taxa foi 7,6 % e no Centro-Oeste, 4,9%.

Segundo os dados da tabela acima, as regiões Norte e Nordeste


sofrem mais com o número de analfabetos, exatamente pelo fato de serem
muitas vezes agricultores, que trabalham com serviços manuais, dificultando
assim a permanência dos estudos até os anos finais.

Notamos também, com o decorrer dos anos, a diminuição de


analfabetos em todas as regiões, mas ainda são milhões de brasileiros que não
conseguem finalizar seus estudos, para assim adquirir conhecimentos para
melhoria de vida.

O desafio é sem dúvidas vencer o analfabetismo e a evasão escolar


que gera um grande número de adultos com desigualdade e dificuldades de
colocação no mercado de trabalho, que todos tenham a mesma oportunidade e

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condições de fazer parte de uma educação que inclua também, pessoas de
diferentes religiões, cultura e política. Que todos possam dividir uma visão de
mundo melhor, contribuindo para manter ou modificar as suas próprias
concepções, transformando- se e modificado para uma sociedade mais
democrática.

Na EJA as diferenças do ensino regular são muitas, sejam pela idade,


experiências vividas, culturas e crenças, que levam a necessidade de ser
tratado também o método de ensino com diferença.

A educação carece de atitudes inovadoras que busquem


compreender os alunos e as suas dificuldades, atentando para suas histórias,
as que trazem para a sala e as que levam dela.

Ter expectativas, objetivos concretos, sonhar com o sucesso, com o


melhor, com o novo, e ajudar os alunos a descobrir a solidariedade, o carinho,
a esperança, de maneira que o aprendizado das letras e números seja
prazerosa, fácil e útil, buscar diminuir e se possível erradicar a evasão escolar,
porque cada aluno a menos na escola é uma cabeça pensante que deixa de
pensar da forma sistemática e correta. Vai deixar de criticar, de refletir, de
contribuir para sua comunidade.

Com o cansaço do trabalho, as dores lombares, a fraca visão e


audição, o filho para se preocupar e o jantar para fazer não seja empecilhos
para desistência de aprender. Mas que seja incentivo para mudar, buscar o
conhecimento formal e informal e com a ajuda da administração pedagógica, o
trabalho com o lado emocional, profissional e a valoração do aluno como ser
pensante e ser humano digno capaz e sujeito de direito de uma educação de
qualidade, não importando as dificuldades, mas sabedor que uma vez
adquirido o bem do saber ninguém poderá jamais tirá-lo de si.

Mas como combater o analfabetismo?

De acordo com Mello (1991: pg12): a educação passa definitivamente


a ocupar, juntamente com a política de ciência e tecnologia, lugar central e
articulado na pauta das macropolíticas do Estado, como fator importante para a
qualificação dos recursos humanos requeridos pelo novo padrão de

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desenvolvimento, no qual a produtividade e a qualidade dos bens e produtos
são decisivos para a competitividade internacional.

Acreditamos que as Políticas Públicas são essenciais para combater o


analfabetismo, por terem lugar central e ser fator importante para a qualificação
da educação. É primordial que essas políticas englobem a necessidade dos
educandos, não simplesmente para a competitividade, mas para a
alfabetização obter êxito em tornar analfabetos em cidadãos críticos.

Também é importante salientar que, a capacitação continuada dos


educadores fortalece ainda mais a qualidade da educação, sendo relevante
para o corpo docente o domínio dos conteúdos propostos pedagogicamente,
apresentando propostas de desenvolvimento, e não estagnação da
alfabetização.

Por fim, políticas públicas e a capacitação dos educadores é a forma


mais simples para o combate do analfabetismo. Acreditamos ainda, ser de
extrema importância à escola como base para que isso aconteça. Ofertar
políticas públicas que busca a inclusão de todos os brasileiros terem acesso à
alfabetização é papel do Estado, conforme descrito na LEI Nº 9.394 de 20 de
dezembro de 1996.

CONCLUSÃO

Conforme o objetivo proposto ao final deste estudo,foi possível analisar


e observar alguns principais fatores, o perfil do educando na EJA se refere a
jovens e adultos trabalhadores em busca de uma carreira profissional e
também uma maneira de se sentirem parte da sociedade, onde seu cotidiano

21
varia de acordo com sua realidade. Fazendo referência ao contexto social,
muitos veem na modalidade da EJA a oportunidade de um novo caminho,
essencial e fundamental que faz parte da educação de jovens e adultos. Esta
pesquisa apresenta alguns aspectos relativos e características em forma de
gráficos que foram essenciais para representar quais fatores e motivos levaram
os alunos a se evadirem da escola e o porquê do alto índice e como a gestão
escolar consegue evitar e contribuir para diminuir a evasão escolar e o desafio
diante do grande número de analfabetos e a dificuldades encontradas.

A gestão escolar e as instituições encontram dificuldades referente ao


planejamento das práticas pedagógicas que muitas vezes são conteúdos um
pouco distante da sua realidade, mas são fundamentais nessa construção
cultural e democrática do indivíduo. A formação do professor também é
primordial, pois ainda encontramos professores despreparados e
desqualificados, a gestão escolar tem que pensar e planejar políticas,
pensadas na qualificação e formação desses profissionais.

O analfabetismo é um grande desafio nesse processo de alfabetização


na modalidade de ensino de jovens e adultos, as organizações políticas tem
um papel essencial em priorizar a qualidade do ensino e na contratação de
profissionais formados e qualificados.

Assim, conclui-se que o foco na formação de alfabetizadores da Eja vai


ao encontro de uma necessidade atual, no qual nos possibilita repensar nas
praticas pedagógica que dialogam com a realidade e vivencia nas escolas e
nas salas de aula, assim sendo conduzido por um olhar critico e criativo sobre
os educandos e o processo de ensino e de aprendizagem. Mesmo que ainda
seja inúmeros os desafios que são impostos pelo nossa realidade, eles
necessita se discutidos e problematizados pelos educadores envolvidos na
modalidade.

REFERÊNCIAS

BASTIANI, Décia Maria, Perfil e desafios dos alunos da educação de jovens e


adultos no município de Santa Helena –PR. In: Monografia apresentada ao

22
curso de Especialização em Educação Básica na Modalidade Educação de
Jovens e Adultos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2011.

BATALHA,Rafaela Vieira , Silva, Cleber Cezar,Evasão Escolar na Educação


de Jovens e Adultos.In Artigo apresentado ao Programa de Pós-Graduação em
Ensino de Humanidades, IF Goiano – Câmpus Urutaí, como requisito parcial
para a obtenção do título de Especialista.Volume, 14, número 1, ano, 2018.

CARVALHO, Débora Bogioni Pira -A “EVASÃO” DE JOVENS E ADULTOS NA


EJA NO MUNICIPIO DE OURO PRETO. In, Dissertação de mestrado
apresentada ao Programa de Pós Graduação em Educação – Mestrado da
Universidade Federal de Ouro Preto com requisito parcial à obtenção do título
de Mestre em Educação.2015

FUNDAÇÂO, Banco do Brasil, Curso de formação de alfabetizadores, educar,


textos, complementares 1ª edição, pg. 26-57, 2005.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a pratica


educativa. 35. Edição. São Paulo: Paz e Terra, 2007. 146p

GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José E. (orgs.). Educação de Jovens e Adultos:


Teoria, Prática e Proposta. Edição 10. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire,
2008.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Educação Educa Jovens,


Taxa de Analfabetismo no Brasil.2019.

INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira,


Censo Escolar de 10 de fevereiro de 2020, Matriculas na Educação de Jovens
e Adultos caem; 3,3 milhões de estudantes da EJA em 2019.

IRELAND, Timothy. Professor da Universidade da Paraíba em entrevista a


Revista Nova Escola, Ed. 223, junho/2009

LAIBIDA,Vera Lúcia Bortoletto , PRYJMA,Marielda Ferreira -EVASÃO


ESCOLAR NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA): professores

23
voltados na permanência do aluno na escola. In, Artigo para conclusão do
curso com requisito parcial para obter o titulo de Doutor.2013.

MELO,Irani Aparecida Evangelista, Rodrigues, Erinaldo Reinaldo- Os desafios


que os jovens e adultos encontram no processo de alfabetização.In Artigo
apresentado como término de conclusão do curso de Licenciatura em
Pedagogia.2011.

MELLO, Guiomar N. de. Políticas públicas de educação. São Paulo: USP,


Instituto de Estudos Avançados, 1991. (Série Educação para a cidadania, 1).

MOÇO, Anderson, ANDRADE Marcelo, SANTOMAURO Beatriz, GENTILE


Paola, GESTÃO ESCOLAR- Revista Nova Escola- EJA; Evasão escolar,
Edição12, 01 de Março de 2011.

PETRÓ, Vanessa - Educação de Jovens e Adultos como que se constitui a


influencia das redes sociais no acesso e / ou permanência dos jovens na
escola. In, Tese de Pós Graduação em Sociologia na Universidade do Rio
Grande do Sul, como requisito parcial para obter o titulo de Doutor.2015.

SALTINI, Cláudio J. P. Afetividade e Inteligência. Edição 5ª. - Rio de Janeiro:


Editora Wak, 2008.

XAVIER, Maria Elizabete , RIBEIRO,Maria Luisa ,NORONHA,Olinda Maria -


História da educação: a escola no Brasil, Editora FTD, Edição 02, 1994, pag
227).

Nome completo do professor: Elisa da Silva Oliveira

Ano que lecionou: Trabalhei em 1980 Pré-mobral fiquei alguns meses.

Professora do Município de Diadema, aposentada, porém ainda na ativa.

24
1-Como deve ser o olhar do educador da EJA?

R: Compreender o aluno, e sua vida diária com muito diálogo, atenção sempre
incentiva ló a progredir, considerando as vivências e experiências de seus
alunos, tendo um papel fundamental para evitar novas situações de fracasso
escolar.

2-Qual deve ser a atitude do professor diante do aluno da EJA?

R: O professor deve está sempre atento às necessidades do aluno, olhar para


esse aluno, procurando entendê-lo, ouvi-lo, sempre discutir com os alunos e
outros profissionais da área o melhor caminho a ser tomado, assumindo com
profissional libertador, respeitando-o, valorizando-o, sempre com intenção de
trazer melhorias para a sua vida.

3-Qual a importância do professor da EJA no incentivo para permanência


do aluno na escola?

R: E bom que Professor e aluno tenham um vínculo de amizade e respeito. E a


confiança necessário pra que o crescimento de interesse do aluno fique
grandioso ou seja que há a cumplicidade entre professor e aluno, entendimento
de ambas as parte. (confiança)

4-O que a EJA pode possibilitar ao educando?

R: A EJA e uma nova chance para o aluno aprimorar seus conhecimentos, e


elevar a sua autoestima, conseguir se aprimorar para futuramente crescer
profissionalmente.

5-Qual a realidade e as necessidades do educando na EJA.

R: A realidade e que chegam já cansados depois de um dia de trabalho.

25
Necessidade de maior atenção, paciência, dedicação da parte de nós
educadores.

Nome completo do professor: Stephani Silva Luz Lino

Ano que lecionou: 2018 na EMEI Hercília no Eldorado

1-Como deve ser o olhar do educador da EJA?


R:O professor da EJA precisa conhecer o aluno, e conhece-lo como indivíduo
no contexto social, com seus problemas, seus medos, suas necessidades,
valorizando seu saber, sua cultura, sua oralidade, seus desejos, seus sonhos.

2-Qual deve ser a atitude do professor diante do aluno da EJA?


R:O professor deve compreender e respeitar a pluralidade cultural, as
identidades, as questões que envolvem classe, raça, saber e linguagem dos
alunos, valorizando a sua bagagem histórica, incentivando seus alunos na
busca constante de conhecimento e que este não fique apenas na teoria, mas
tenha relação em suas práticas diárias. Possibilitar uma aprendizagem
integradora, abrangente, não compartimentalizada, não fragmentada.

3-Qual a importância do professor da EJA no incentivo para permanência


do aluno na escola?
R:O professor é o mediador e incentivador de cada aluno, e o bom
relacionamento, preocupação e carinho com os alunos ajudam no seu
desenvolvimento intelectual, incentivando-os a continuar frequentando as
aulas. Criatividade, solidariedade e confiança são essenciais na relação entre o
professor e o aluno da EJA. A autoestima elevada influencia na capacidade de
todos de aprender e ensinar.

4-O que a EJA pode possibilitar ao educando?


R:A possibilidade de modificar ou conduzir indivíduos à mudança de vida em
sua totalidade, pois, enfim, conhecimento é transformação.

26
5-Qual a realidade e as necessidades do educando na EJA?
R:São sujeitos sociais e culturalmente marginalizados nas esferas
socioeconômicas e educacionais, privados do acesso à cultura letrada e aos
bens culturais e sociais, comprometendo uma participação mais ativa no
mundo do trabalho, da política e da cultura. Atualmente a EJA tem objetivos
maiores além da alfabetização por parte dos alunos, da necessidade de estar
capacitado para o mercado de trabalho, ser atuante na sociedade e também o
interesse político de reduzir ao máximo a estatística de analfabetismo no país,
este fator favorecerá com a pretensão de um dia o Brasil se tornar uma grande
potência mundial.

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FACULDADE DIADEMA – UNIESP

PLANO DE AULA / EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Docente: Érica Nascimento Coelho Vieira

Tema da aula: Poema Oração do Milho- Português

Cronograma: 2 aulas série: EJA – 1° e 2°-Alfa

Objetivo específico:

 Identificar letras, sílabas, palavras e frases distinguindo-as;


 Explorar o conhecimento de mundo deles;
 Estimular a oralidade, a criatividade e a reflexão a respeito de fatos da
vida de cada aluno. Logo, em uma só aula o estudante vai ter estimulado
diversos pontos de aprendizagem: leitura, interpretação, criação, reflexão.
 Conhecer e identificar verso e estrofe do poema;

Conteúdos:
 Poesia
 Leitura de texto poético

Habilidades:

Ser capaz de ler e distinguir as palavras e frases.

Materiais Necessários:

 Lápis/borracha
 Caderno
 Poema impresso “Oração do Milho”
 Jogo de letras

Metodologia: Em uma roda de conversa, ler o poema sobre “Oração do Milho”


de Cora Coralina e explorar juntamente com os alunos sobre o poema lido,
fazer com os alunos o jogo de letras onde cada um irá formar uma palavra do
qual escutou no poema.

Avaliação: A avaliação acontecerá mediante a observação da participação e


envolvimentos dos alunos na realização das atividades, o professor também
deverá ficar atento às dificuldades dos alunos diante da leitura.

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Referência: CORALINA, Cora, Poema Oração do Milho do livro “A Beleza dos
versos de Cora Coralina” 4ª edição, Editora Global.

Oração do Milho

Sou a planta humilde dos quintais pequenos e das lavouras pobres.


Meu grão, perdido por acaso, nasce e cresce na terra descuidada. Ponho
folhas e haste e se me ajudares Senhor, mesmo planta de acaso, solitária, dou
espigas e devolvo em muitos grãos o grão perdido inicial, salvo por milagre,
que a terra fecundou.
Sou a planta primária da lavoura.
Não me pertence à hierarquia tradicional do trigo. E, de mim, não se faz o pão
alvo, universal.
O Justo não me consagrou Pão da Vida, nem lugar me foi dado
nos altares.
Sou apenas o alimento forte e substancial dos que trabalham a terra, onde não
vinga o trigo nobre.
Sou de origem obscura e de ascendência pobre. Alimento de rústicos e animais
do jugo.
Fui o angu pesado e constante do escravo na exaustão do eito.
Sou a broa grosseira e modesta do pequeno sitiante. Sou a farinha econômica
do proletário.
Sou a polenta do imigrante e a miga dos que começam a vida em terra
estranha.
Sou apenas a fartura generosa e despreocupada dos paióis.
Sou o cocho abastecido donde rumina o gado
Sou o canto festivo dos galos na glória do dia que amanhece.
Sou o cacarejo alegre das poedeiras à volta dos seus ninhos.
Sou a pobreza vegetal, agradecida a Vós, Senhor, que me fizeste necessária e
humilde
SOU O MILHO.

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FACULDADE DIADEMA – UNIESP

PLANO DE AULA / EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Docente: Érica Nascimento Coelho Vieira

Tema da aula: Poema Das Pedras - Português

Cronograma: 10 aulas série: EJA -1° e 2°-Alfa

Objetivo específico:

 Ampliar o repertório literário.


  Trocar opiniões sobre a leitura. 
 Acionar estratégias que permitam descobrir o que está escrito e onde
  Desenvolver inúmeras atividades relacionadas ao universo poético

Conteúdos: 

 Leitura de texto poético


 Sistema de escrita.

Habilidades: Desenvolver o hábito da leitura, ser capaz de distinguir as


palavras e frases, trabalha em equipe.

Materiais Necessários:

 Quadro
 Caneta
 Poema impresso (Das Pedras)
 Cartolina
 Lápis de cor
 Canetinhas.

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Metodologia:

1ª etapa Apresente a autora Cora Coralina aos alunos. Conte a eles que ela
teve uma vida marcada por dificuldades comuns a muitas mulheres: viveu
presa aos afazeres domésticos e com pouco dinheiro. Casou-se com alguém
que não gostava que ela se ocupasse com atividades que lhe dessem
evidência. Relate que Cora sempre gostou de escrever, mas só muito tarde foi
estimulada a publicar suas produções.
2ª etapa Transcreva o poema Das Pedras no quadro e leia em voz alta para
turma, apontando cada palavra e verso:
Das Pedras: Ajuntei todas as pedras que vieram sobre mim. Levantei uma
escada muito alta e no alto subi. Teci um tapete floreado e no sonho me perdi.
Uma estrada, um leito, uma casa, um companheiro. Tudo de pedra. Entre
pedras cresceu a minha poesia. Minha vida... Quebrando pedras e plantando
flores. Entre pedras que me esmagavam Levantei a pedra rude dos meus
versos.                                          “Cora Coralina”

Repita a leitura mais de uma vez, usando a mesma estratégia para que todos
possam entrar em contato com o texto. No fim, pergunte o que mais chamou
atenção e que ideias estão presentes no material. Faça uma lista com as
palavras relacionadas ao que for dito pelos estudantes e convide-os a escrever
nos cartões a palavra que resume a principal ideia ou sentimento do texto.
Exponha-as no mural da sala.

3ª etapa Repita a leitura e convide o grupo a pensar se o que foi colocado na


lista é pertinente ou não e se é necessário acrescentar outras palavras.

4ª etapa Divida os alunos em duplas e distribua uma cópia do texto para cada


uma delas. A tarefa é encontrar e grifar as palavras que já se sabe ler, inclusive
o termo pedra, que aparece muitas vezes. Peça que eles expliquem como
fizeram para encontrá-lo.

5ª etapa Leia este verso em voz alta: "Ajuntei todas as pedras que vieram
sobre mim" e pergunte à turma a que pedras Cora Coralina pode estar se

33
referindo. Anote as respostas em uma lista e amplie a discussão para formar
outra, com respostas a questões como: quais as pedras que costumam cair
sobre os velhos? E sobre os brasileiros?

6ª etapa Sugira que os alunos escrevam a palavra pedra e a associem à sua


experiência de vida. No caso de alunos que ainda não escrevem, aja como um
escriba. Lembre-os de que associar uma palavra a seus significados é uma
descoberta importante para quem está aprendendo a língua escrita.

Avaliação: Releia o poema e pergunte ao grupo o que mudou na compreensão


do texto depois das atividades. Analise a coerência entre as respostas e as
perguntas que foram feitas durante todo o trabalho e as mudanças efetivas
entre a leitura inicial e a final

Referência: CORALINA Cora, Poema das Pedras “Poemas dos becos de


Goiás e estórias mais” editora José Olympio,1965.

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FACULDADE DIADEMA – UNIESP

PLANO DE AULA / EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Docente: Érica Nascimento Coelho Vieira

Tema da aula: Números e operações- Matemática

Cronograma: 1 aula série: EJA – 1° e 2°-Alfa

Objetivo específico:  
 Analisar, interpretar, formular e resolver situações-problema
compreendendo diferentes significados da adição e da subtração.
 Reconhecer que diferentes situações-problema podem ser resolvidas
por uma única operação e que diferentes operações podem resolver uma
mesma situação-problema.
 Estabelecer relações entre a adição e a subtração.
 Construir, organizar e representar os fatos fundamentais da adição e da
subtração, ampliando o repertório básico para o desenvolvimento do cálculo
mental.
 Analisar e comparar diferentes estratégias de cálculo.
 Utilizar o cálculo mental exato ou aproximado como previsão e avaliação
da adequação dos resultados.

Conteúdos:

 Situações - problemas

Habilidades:

 Os alunos, para a resolução das atividades desta aula, precisam


reconhecer números no contexto diário, além de saber utilizar estratégias para
quantificar: contagem, estimativa, emparelhamento, comparação entre
agrupamentos etc.

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Materiais Necessários:

 Cartela de bingo
 Dinheiro de brinquedo
 Textos com problemas matemáticos

Metodologia:

1º passo:

Inicialmente o professor explicará que nesta aula serão trabalhados os fatos


fundamentais da matemática de uma forma diferente: a partir de textos. Desta
forma, ele deverá entregar para cada aluno a cópia do texto abaixo, solicitando
a sua leitura.

Como se fosse dinheiro.

O texto falara do seu Lucas dono de um armazém, onde do qual ele nunca
tinha troco para devolver aos seus clientes.

2°passo:

O professor poderá discutir com a turma a respeito da atitude de Seu Lucas,


debatendo se balas e dinheiro é de fato a mesma coisa.

A partir disto o professor poderá propor simulações de compra e venda com


troco. Sugerimos que o professor leve para sala de aula alguns produtos
encontrados no supermercado, além de dinheiro de “brinquedo” de nosso
sistema monetário.

O professor realizará com os alunos uma situação de compra e venda e os


alunos deverão, a partir de cálculos mentais descobri o troco que deverá ser
dado.

3°passo:

 Feito isso, é hora de “brincar” de bingo, mas de um bingo bem diferente e


desafiador. O professor sorteará do saco as situações-problema abaixo:

BINGO:

1 – Fui ao supermercado e comprei 10 balas com R$ 0,50; voltei e comprei


mais R$ 2,00. Quantas balas eu comprei?

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2 - Estava andando na rua e resolvi comprar um pacote de bala com 250
unidades, vieram 50 crianças e me pediram as balas. Quantas balas dei para
cada criança?

3 – Maria tem R$ 10,00. Resolveu comprar R$ 5,50 de balas a R$ 0,05.


Quantas balas comprou?

4 – Uma galinha custa R$ 22,00. Quantas galinhas podemos comprar com R$


154,00?

5 – Um bode tem 4 patas. No sítio do meu pai tem 12 cabeças de bode. Qual o
total de patas?

6 – Catapimba comprou 10 balas e recebeu mais 20 de seu Lucas. Em seguida


dividiu para 15 colegas. Quantas balas deu para cada um?

7 – Sabendo que uma galinha custa R$ 7,00 e uma balinha custa R$ 0,07,
quantas balinhas comprarei com o valor da galinha?

8 -  Um bode custa R$ 50,00. Na fazenda do seu Lucas há 5 bodes à venda.


Sabendo que uma galinha custa R$ 10,00, quantas galinhas comprarei com a
venda dos bodes?

9. Catapimba comprou 12 lanches durante a semana e dividiu a metade entre


três amigos da escola. Quantos lanches recebeu cada um?

10 – A Diretora Dona Júlia comprou no bar de seu Lucas 3 pacotes contendo


em cada um 100 pirulitos para dividir entre os alunos da escola. Cada pirulito
custa R$ 0,05. Quanto Dona Júlia pagou pelos pacotes de pirulitos

Cada aluno receberá cartelas com números que poderão ser ou não resultados
das situações-problemas descritas anteriormente.

Sugerimos que as situações-problema sejam ditadas e após isso seja oferecido


um tempo para que os alunos calculem mentalmente e possa encontrar ou não
o resultado em sua cartela.

O aluno deverá estar bem atento a resolução dos problemas, tendo a


oportunidade de fazer cálculos mentais ou registros.

Será o vencedor, o aluno que conseguir finalizar a cartela.  O professor deverá


verificar a cartela atentamente, pois o aluno pode ter cometido erro no cálculo e
marcado o número errado na cartela.

Avaliação:

A avaliação é processual e contínua, devendo ser realizada  oral e


coletivamente,  enfocando a dinâmica do grupo, identificando avanços e
dificuldades.

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O desempenho dos alunos durante a aula, a realização das tarefas propostas,
as observações e intervenções do professor, a auto - avaliação do professor e
do aluno serão elementos essenciais para verificar se as competências
previstas para a aula foram ou não desenvolvidas pelos alunos.

O letramento matemático vem sido constantemente abordado nos cursos de


formação de professores, como sendo uma condição importantíssima para o
uso social da matemática no cotidiano. Com a proposta da aula, o professor
deverá avaliar o uso pelos alunos de nosso sistema monetário, além da
agilidade em realizar cálculos mentais envolvendo as operações.

Referências: GRANDO, Regina Célia. O jogo e a matemática no contexto da


sala de aula. São Paulo: Paulus, 2004. (Coleção Pedagogia e Educação)

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FACULDADE DIADEMA – UNIESP

PLANO DE AULA / EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Docente: Érica Nascimento Coelho Vieira

Tema da aula: Preservação do Meio Ambiente-Português

Cronograma: 1 aula série: EJA – 3° e 4°-Pós

Objetivo específico:  

 Mostrar que a reciclagem traz inúmeros benefícios para a sociedade,


reduzindo o volume de lixo enviado aos aterros sanitários e ajudando a manter
a cidade limpa, além de promover economia de matéria-prima.
 Perceber a importância do homem na transformação do meio ambiente
em que vivemos;
 Conservar e cuidar do meio Ambiente;
 Conscientizar para o não desmatamento e poluição;
 Perceber a ligação do homem com a natureza.

 Conteúdos:

 Reciclagem e seus benefícios.

Habilidades:

 Despertar a conscientização a respeito do Meio Ambiente e da


importância da sua preservação, assim como da necessidade do
reaproveitamento do lixo por meio da reciclagem.

Materiais Necessários:

 Revistas
 Cola
 Tesoura
 Cartolinas
 Lápis
 Vídeos

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Metodologia:

Todas as turmas irão assistir aos vídeos , onde verão várias dicas de
preservação do meio ambiente.

Depois irão fazer várias atividades no microcomputador, entre esses joguinhos


que despertam a curiosidade para preservação do meio ambiente e observar
que muitos dos lixos podem reaproveitar através da reciclagem.

Ao voltarem para sua sala de aula, irão ilustrar escrever frases ou até mesmo
produzir textos referentes ao tema, confeccionar cartazes.

Avaliação: Através de ilustração, frases, produção de textos e participação nas


atividades propostas.

Referência: Eco Urbis de 2018, Plano de Metas da Prefeitura de São Paulo


para 2020.

https://www.reciclasampa.com.br/artigo/reciclagem:-o-guia-absolutamente-
completo

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FACULDADE DIADEMA – UNIESP

PLANO DE AULA / EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Docente: Érica Nascimento Coelho Vieira

Tema da aula: Fotossíntese e preservação das árvores-Ciências

Cronograma: 1 aula série: EJA – 3° e 4°- Pós

Objetivo específico:  

 Compreender a importância da preservação da natureza para produção


de oxigênio.
 Reconhecer a importância das árvores na fotossíntese.

 Conteúdos:

 A importância das árvores.

Habilidades:

 Identificar relações alimentares entre seres vivos e representa-las em


esquemas (cadeias e teias alimentares); reconhecer o processo
de fotossíntese em vários contextos; reconhecer o processo de decomposição
e sua importância para o ambiente.

Materiais Necessários:

 Vídeo sobre fotossíntese


 Data show
 Revistas
 Cartolina
 Caderno
 Lápis
 Borracha
 Tesoura

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Metodologia:

Explicação da fotossíntese a partir de um curto vídeo e discussão do tema


ressaltando a importância das árvores na produção do ar puro e o
desmatamento com suas consequências desastrosas. Mostrar pelo Data show
como a fotossíntese é um processo realizado pelos vegetais, que necessitam
de gás carbônico, água e energia solar, produzindo glicose (alimento para o
vegetal) e oxigênio (que é liberado para a atmosfera), depois de toda essa
explicação, faremos grupos onde cada qual fará um cartaz sobre o tema que
acabou de ser discutido.

Avaliação:

Observar durante a discussão sobre a fotossíntese a participação e interação


dos alunos um com os outros.

Referências: SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "O que é fotossíntese?"; Brasil


Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-
fotossintese.htm. Acesso em 14 de outubro de 2020.

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FACULDADE DIADEMA – UNIESP

PLANO DE AULA / EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Docente: Érica Nascimento Coelho Vieira

Tema da aula: Conhecendo diferentes paisagens - Geografia

Cronograma: 1 aula série: EJA – 3° e 4°-Pós

Objetivo específico:

 Identificar características da paisagem urbana e da paisagem rural


 Identificar as características das paisagens naturais e modificadas,
percebendo a ação do homem para com o meio ambiente / conscientização.
Trabalhar a noção temporal antes e depois.

Conteúdo: 

 Paisagem rural e paisagem urbana

Habilidades:

 Diferenciar as paisagens urbanas das rurais

Materiais Necessários:

 Folha sulfite
 Lápis
 Borracha

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 Papel cartaz
 Tesoura
 Giz de cera

Metodologia:

Tempestade de ideais: Perguntar aos alunos quais são as características das


paisagens urbanas e das paisagens rurais. Registrar no quadro todas as ideias.

 Relatar aos alunos que as paisagens urbanas e rurais fazem parte do nosso
cotidiano, pois numa mesma cidade há espaços urbanos e rurais.

Represente por meio de desenho as duas paisagens e relate qual é visível no


seu cotidiano.

Distribua revistas e jornais para que os alunos encontrem essas paisagens e


montem um painel. As paisagens podem ser usadas para fazer um “jogo da
memória”.
Os alunos podem escrever uma lista de trabalhos possíveis no meio rural e no
meio urbano.

Atividade motivacional: 

Avenida Paulista, 1920, inicio de construção grande parte de sua área é


uma extensão rural porém...

44
...com o passar dos anos, as áreas rurais vão diminuindo ou até mesmo
desaparecendo, como no caso da Avenida Paulista. 2020

Avaliação:
Criar um jogo da memória. Cada aluno deverá desenhar em 4 cartões (2 pares

de paisagens – 1 rural e 1 urbana). Depois, juntar todos os cartões e jogar com


a sala toda. Analisar uma paisagem danificada pela ação do homem e propor
possíveis soluções para o benefício de todos.

Referência: SANTOS ,Adele Guimarães Urbana, Professora do Ensino


Fundamental do Rio Grande do Norte, de 01/10/2010.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/

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FACULDADE DIADEMA – UNIESP

PLANO DE AULA / EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Docente: Érica Nascimento Coelho Vieira

Tema da aula: Contos de fada. -Português

Cronograma: 2 aula série: EJA – 3° e 4°-Pós

Objetivo específico:

 Reconhecer o conto como um gênero textual


 Analisar a sua forma e estrutura
 Reconhecer possíveis erros e readequação do texto.

Conteúdo: 

 Gênero textual.

Habilidades:

 Através desta aula, pretendemos que os alunos aprendam o aprimorem


sua escrita através do registro de um conto de fadas. Além disso, buscamos
que formulem estratégias para reconhecer possíveis erros e readequar o texto
de acordo com o esperado para o gênero textual em questão.

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Materiais Necessários:

 Livros paradidáticos de contos de fadas;


 Giz,
 Lousa e apagador;
 Televisor e DVD player;
 Computador, Internet e projetor.

Metodologia:

Parte I : A atividade começará com a leitura de diferentes contos de fadas


pelo professor, como por exemplo, Chapeuzinho Vermelho, Cinderela e
Branca de Neve. Para identificação do conto de fadas como um subgênero
de contos, o (a) professor conduzirá uma conversa a fim de destacar
características desse texto (príncipes, princesas, marcação temporal “Era
uma vez…”, etc.). Fará isso perguntando aos alunos de forma a contrastar
com outros tipos de contos que eles já conhecem: “conhecem contos de
assombração? De arrepio?” De acordo com as respostas dos alunos, o (a)
professor pede que alguém relate um conto que conhece.

Em seguida, depois de escolher um dos contos de fadas (escolhido pelos


alunos da classe), os (as) professores proporão aos alunos a reescrita do
conto para colocar em prática aquilo que foi aprendido sobre a estrutura dos
contos de fada. Criando novas histórias, mas com características universais
e comuns aos Contos de Fadas. O (a) professor vai explicar que a reescrita
poderá ser uma paródia. Para ilustrar, será exibido um filme (desenho
animado) que parodie o gênero, como por exemplo, o filme “Deu a Louca na
Cinderela”.

Depois do filme, começará o processo de reescrita. O (a) professor


distribuirá folhas pautadas para que os alunos possam, individualmente,
escolher um conto de fadas conhecido para reescrever. O (a) professor
orientará aos alunos que modifiquem aquela história de acordo com a

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criatividade de cada ou dificuldade de entendimento em alguma passagem
da história. Eles podem dizer assim: “Essa história ficaria melhor assim…”.
O aluno autor deverá ir alterando seu texto (podendo pedir auxílio aos
colegas, professor). Ao final da escrita, o (a) professor vai escolher uma das
produções para correção coletiva. Para evitar maiores constrangimentos
(visto que o autor da produção logo reconhecerá sua criação), podem ser
selecionados trechos de várias produções ou pequenas frases com erros
ortográficos – ainda sob o tema Contos de Fadas – criados pelos próprios
professores-estagiários.

Parte II: O (a) professor digitalizará várias frases sem autor, mas dentro do
contexto dos contos - o texto dos alunos em Word. O texto será digitado
exatamente do jeito que o aluno escreveu, com todos os “erros” e marcas
de sua autoria. O computador, então, marcará as incorreções de acordo
com as normas da língua culta. Esse texto será exibido por meio de data
show e uso de computador. O (a) professor vai dizer que existe uma língua
padrão e que o computador segue essa orientação. Agora todos deverão
procurar os “problemas” daquele texto, dando sugestões para adequá-lo à
norma culta e às características do gênero textual Contos de Fadas.

Avaliação:

Será contínua durante toda a aula. Serão avaliados: a participação, a


produção individual e coletiva, o conhecimento da língua e gêneros textuais.
Além disso, os educadores estarão atentos à capacidade de memória e
concentração dos alunos para o exercício de leitura e reescrita do conto.

Referência: DEU a louca na Cinderela. Direção: Paul Bolger, Yvette


Kaplan. Intérpretes: Andy Dick, Sarah Michelle Gellar, Freddie Prinze
Jr., Lisa Kaplan. EUA, Alemanha: 2007. DVD (87 min).
GRIMM, J; GRIMM, W. Contos de Grimm. Trad. Tatiana Belinky. São
Paulo: Paulus, 1989.

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FACULDADE DIADEMA – UNIESP

PLANO DE AULA / EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Docente: Érica Nascimento Coelho Vieira

Tema da aula: Parlenda- Português

Cronograma: 2 aula série: EJA – 1° e 2°- Alfa

Objetivo específico:

 Identificar vários tipos de Parlendas


 Utilizar rimas para construção de Parlendas

Conteúdo: 

 Fonética: rima e produção textual

Habilidades:

 Que os alunos aprendam a utilizar rimas para a construção de


parlendas em pequenos grupos e que possam aprender vários tipos de
parlendas e suas contextualizações.

Materiais Necessários:

 Parlendas escritas em cartolina ou projetadas em


transparência.

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 Folha de papel para os desenhos.
 Computador para digitar o texto coletivo.
 Dicionário Aurélio.

Metodologia:

Primeira aula:
 A professora pergunta se alguém conhece uma parlenda, se já
ouviu falar de alguma.
 Se sim, pede para que alguém compartilhe com os amigos.
 A professora então apresenta a parlenda escrita em uma
cartolina:

Hoje é domingo

Pede cachimbo

O cachimbo é de ouro

Bate no touro

O touro é valente

Bate na gente

A gente é fraco

Cai no buraco

O buraco é fundo

Acabou-se o mundo.

 Depois ela explorará as características textuais, sempre antes


extraindo dos alunos a reflexão sobre as características. Exemplo:
Esse texto é curto ou comprido? Parece com que texto que vocês já
conhecem? Carta, música, contos de fadas? Onde você encontraria
um texto semelhante? Livro, revista, na TV? O que acontece com o

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som das palavras no fim de cada frase? Vocês gostaram desse
texto?
 A professora apresenta mais duas parlendas:

Uni, duni, tê

Salamê, míngüê

Um sorvete colorê

O escolhido foi você.

Tem peixe na pia fria,

Pula gato, gato mia.

Lá vem a tia Maria

E não vem de mão vazia.

Pula gato, gato mia,

Caiu o chinelo que ela trazia.

 Questionamentos são feitos: Esses textos se parecem com o


primeiro? Que temas são tratados? De qual deles vocês mais
gostaram? Por quê?
 Explica a parlenda enquanto gênero textual e explica a definição e
de que formas as parlendas são utilizadas. (São rimas infantis, em
versos de cinco ou seis sílabas, para divertir, ajudar a memorizar, ou
escolher quem fará tal ou qual brinquedo. Dicionário Aurélio) 

Segunda aula:

 A professora propõe para a turma a construção de uma parlenda


em grupos de seis integrantes cada.
 Explica que cada aluno deve criar frases que tenham terminações
parecidas para desta forma criar estrofes que rimem.

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 A professora chamará cada grupo para que os alunos digitem o
texto criado no computador, criando, assim, suas parlendas.
 Ela orientará os alunos dos grupos que terminarem a ilustrarem a
parlenda criada numa folha de papel.
 Quando todos os textos estiverem pronto cada grupo lerá sua
parlenda para a turma.
 A professora fará uma reflexão final com os alunos: Essas
parlendas ficaram parecidas com as outras que foram lidas? Vocês
gostaram dos textos criados? Vocês gostaram de fazê-lo?
 Por fim, pedirá que cada aluno mostre, na frente da sala, com seu
grupo de trabalho, o desenho que fez.

Avaliação: Diagnóstica: exploração do conhecimento prévio dos


alunos sobre o gênero textual.
Formativa: observação do processo de criação e concretização da
proposta.

Referência: IBAÑEZ, Célia Ruiz, Org. Folclore brasileiro infantil. São


Paulo: Girassol, 2004.
Exemplos de Parlendas. Disponível em:
<www.brinquedoteca.org.br/si/site/000503> Acesso em 14/10/2020.

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FACULDADE DIADEMA – UNIESP

PLANO DE AULA / EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Docente: Érica Nascimento Coelho Vieira

Tema da aula: Vamos multiplicar – Matemática

Cronograma: 1 aula série: EJA – 3° e 4°-Pós

Objetivo específico:

 Desenvolver o sentido da multiplicação simples

 Identificar em uma multiplicação os fatores e o produto. 

 Aplicar e resolver as propriedades da multiplicação

Conteúdo: 

 Multiplicação

Habilidades:

 A multiplicação é um recurso, bastante importante do qual temos que


dominarmos bem esta área para que consigamos desempenhar bem os

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cálculos do nosso dia a dia e proporcionar e despertar ao aluno a capacidade
de resolver as propriedades de multiplicação em situações concretas.

Materiais Necessários:

 Quadro,
 Giz,
 Carderno,
 Lápis,
 Borracha,
 Jogo dominó,
 Tabuada.

Metodologia:

A aula se iniciará com a introdução do tema “multiplicação”, o que é, quais as


formas de multiplicar e o que são fatores e produtos, dando alguns exemplos
utilizando o quadro com os seguintes problemas:

2 vezes 4 triângulos, são  triângulos  


2 x 4 = ?

2 vezes 4 bolas são  bolas  


2 x 4 =  ?

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Mostre como fazer usando objetos ou figuras para que fixe melhor como se
funciona a multiplicação.Logo em seguida passe essa atividade no quadro
explique como fazer e deixe que façam sozinhos

Que algarismo devemos colocar no lugar da  para que a conta fique correta?  

Siga o modelo:

2 + 2+ 2 →  2x 3 = 6

a) 5 + 5  → 5 x  =  

b) 2 + 2 + 2 +2 +2 + 2 + 2  → 2 x  =

c) 3 + 3 + 3 → 3 x  =

d) 4+ 4+ 4 +4 → 4 x  =

d) 5+5+5+5→ 5 x  =
Para finalizar, entregar a eles uma folha com um dominó-tabuada para eles
jogarem.

Avaliação:

A avaliação será por meio de resolução de exercícios em sala de aula, bem

como através de sua participação durante a aula.

Referência: MEDEIROS, Celme Farias. Nova aquarela do saber: livro


integrado. 4° ano. Editora Brasil.
SHEIDMANDEL, Alberto Nilo. Matemática. 3ª série.

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FACULDADE DIADEMA – UNIESP

PLANO DE AULA / EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Docente: Érica Nascimento Coelho Vieira

Tema da aula: Brasil Colonial - História

Cronograma: 2 aula série: EJA – 3° e 4°-Pós

Objetivo específico:

 Desenvolver o conhecimento histórico;


 Conhecer a história do descobrimento do Brasil;
 Trabalhar diferentes povos;
 Conhecer os diferentes meios de transportes e comunicação;

Conteúdo: 

 Descobrimento do Brasil e os índios

Habilidades:

Fazer com que os alunos compreendam a importância das nossas raízes,


respeitar as diferenças, valorizando o índio que habitava o Brasil antes da
chegada dos portugueses.

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Materiais Necessários:

 Cartolina,
 Lápis de cor,
 Cola
 Tesoura,
 Guache
 Pinceis
 Televisão/aparelho de DVD

Metodologia:

Apresentar para os alunos um filme sobre o Descobrimento do Brasil música


referente á chegada dos portugueses no Brasil e o que isso acarretou para as
populações indígenas das novas terras além da aplicação de um texto
introdutório que caracteriza aspectos da chegada às novas terras, após
refletirmos juntos sobre o impacto da chegada dos portugueses, os alunos
produzirão um cartaz com um texto curto sobre o que aprenderam sobre o
conteúdo da aula, sobre as músicas e o filme.

Avaliação:

Compreende e analisar o filme assistido, reproduzindo um pequeno texto.


Elabora perguntas e respostas de acordo com os diversos contextos do que
participa;
Produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, de
textos, demonstrando gosto, cuidado e respeito pelo processo de produção e
criação.

Referência: BORIS Fausto, História do Brasil, A época colonial: Do


descobrimento á expansão territorial. Vol. 01.
MAURO Humberto Filme O Descobrimento do Brasil, Produção: Instituto
Brasileiro de Cacau - Ignácio Tosta Filho, Edição: Alberto Botelho, Gênero:
Documentária Aventura, 1937 (83min).

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