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Instituto Superior e Politécnico de Gaza

Divisão da Economia e Gestão

Gestão de Recursos Humanos

Direito Fiscal

Tema: Elementos da relação jurídica fiscal

Discentes Códigos

Azinat Manafi Abdul Remane 20171031

Inácio Gildo Chaúque 20171026

Ira da Rafa Nelson Tivane 20171013

Paula da Chelse Boavida Albino Naico 20171028

Regina Afonso Ubisse 20171032

Docente:

Castro João Forquias

Lionde aos 30/03/18


Elementos da relação jurídica fiscal

1. Introdução

O presente trabalho versa sobre elementos da relação jurídica fiscal. Relação jurídica fiscal é uma
relação obrigacional, embora de direito público. A relação jurídica ainda é tida com vínculo entre
duas pessoas tendo por objecto o interesse. Por tanta a relação jurídica tributária é constituído por
quatro elementos que são: sujeito, objecto, facto jurídico e garantia, estes assumindo claramente
particularidade em virtude de estar em presença de uma relação jurídica de natureza fiscal.

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1.1.Metodologia

1.2.Objectivos
1.1.1. Gerais
 Conhecer os elementos da relação jurídica tributaria fiscal.
1.1.2. Especificas
 Descrever os elementos da relação jurídica fiscal;
 Identificar as figuras de cada elemento da relação jurídica fiscal;
 Mencionar as características dos elementos da relação jurídica fiscal.

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Elementos da relação jurídica fiscal

2. ELEMENTOS DA RELAÇÃO JURÍDICA FISCAL

Relação jurídica fiscal e uma relação obrigacional, embora do direito publico. Ou seja a relação
jurídica e aquela através da qual juridicamente se vinculam duas pessoas tendo por objecto um
interesse.

2.1. São elementos da relação jurídica fiscal os seguintes:


 Sujeito;
 Objecto;
 Facto jurídico e
 Garantia.
2.1.1. Sujeitos

Os sujeitos encontram subdivididos em activos e passivos.

2.1.1.1.Sujeito activo

É a entidade de direito público, titular de direito de exigir o cumprimento das obrigações


tributárias, quer directamente quer através de representante. Conforme previsto no artigo 8 da lei
15-2002 conjugado com artigo 13 da lei 2-2006.

A titularidade activa da relação jurídica fiscal em sentido amplo comporta diversas


situações a saber:

 O poder tributário;
 A competência tributária;
 A capacidade tributária activa e
 A titularidade da receita fiscal.

O poder tributário
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É o poder conferido ao legislador para a criação dos impostos, ou seja, estamos na presença da
fase da incidência.

A competência tributária

Estamos perante a administração ou gestão dos impostos, ou seja, nas fases de lançamento,
liquidação e cobrança. Esta competência ate pouco tempo, era exclusiva da Administração
Tributária. Hoje, é dividida entre a AT e os particulares (contribuintes e terceiros).

Personalidade tributária

Diz respeito a titularidade de crédito de imposto e de mais direitos tributários. Conforme previsto
no artigo 15 da lei 2-2006.

Titularidade da receita

Quem recebe efectivamente o imposto, que até pode ser uma entidade privada desde que forneça
um serviço público.

2.1.1.2.Sujeito Passivo

E quem nos termos da legislação tributaria esta obrigado ao cumprimento de uma prestação
tributaria, de natureza material ou formal, seja uma pessoa singular ou colectiva, uma entidade
constituída observando ou não os requisitos legais, um património, uma organização de facto ou
de direito ou qualquer outro agrupamento de pessoas.

No sujeito passivo estão patentes várias figuras:

 Contribuinte;
 Devedor do imposto;
 Sujeito passivo da relação jurídica fiscal.

Contribuinte

É a pessoa (singular ou colectiva) relativamente à qual se verifica o facto tributário, o pressuposto


de facto ou o facto gerador do imposto, isto é o titular das manifestações da capacidade

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contributiva que a lei tem em vista atingir e que por conseguinte deve suportar o avalio ou
desfalque patrimonial que os impostos acarretam.

O Contribuinte pode ser de 2 tipos:

Contribuinte de direito é o contribuinte em relação ao qual se verifica o pressuposto de facto do


imposto.

Contribuinte de facto (Paga mas o imposto não é dele) os contribuintes que em virtude da
repercussão do imposto suportam economicamente o imposto. A repercussão é a regra dos
impostos sobre o consumo.

Devedor de imposto – (Aquele que paga) é o sujeito passivo em sentido restrito que deve
satisfazer perante o credor fiscal a obrigação principal do imposto, isto é, cumprir a prestação ou
prestações em que o imposto se concretize. (Relação Jurídica em sentido amplo)

Em sentido restrito limitar-se-ia ao devedor principal ou originário aquele em relação ao qual o


fisco exige em princípio, em primeira linha, a satisfação do crédito do imposto. (Relação Jurídica
em sentido restrito)

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2.2. Objecto da Relação Jurídica Fiscal

Objecto

Objecto da relação jurídica tributaria são todos os direitos e deveres do sujeito activo e do sujeito
passivo, previstos na legislação tributaria, que tem como finalidade ultima o pagamento da divida
tributaria, e inclui reembolsos e juros. De forme vem previsto no artigo 39 da lei 2/2006.

2.2.1. O objecto pode ser:

Imediato ou mediato

2.2.1.1.Objecto imediato

É constituído pelo conjunto de direitos e deveres dos sujeitos da relação jurídica fiscal. No que
respeita ao sujeito activo, tem como principal direito o de exigir o pagamento do imposto, e como
deveres está obrigado a prestar informações ao contribuinte, bem como, pagar juros
indemnizatórios quando a eles haja lugar, etc. Relativamente ao sujeito passivo, o principal dever
é o pagamento dos impostos, como direitos pode pedir informações sobre a sua situação fiscal,
impugnar, reclamar e também exigir juros indemnizatórios quando a eles têm direito.

2.2.1.2.Objecto mediato

É a prestação do próprio imposto, a obrigação de imposto é a obrigação principal da relação


jurídica fiscal.

2.2.2. Características de objecto

É uma obrigação legal, pública, semi-executória, indisponível e irrenunciável, auto-titulada e


especialmente garantida.

Legal: Porque resulta da lei

Pública: Porque é regida por normas do direito público

Semi-executória: porque a execução da obrigação fiscal corre em parte no seio da APF e outra
parte nos tribunais fiscais

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Indisponível e irrenunciável: é indisponível porque fora dos casos previstos na lei, a APF não
pode conceder moratórias nem permitir o pagamento em prestações. Irrenunciável porque fora
dos casos previstos na lei, não pode perdoar a dívida fiscal

Auto-titulada: Porque a APF parente um incumprimento fiscal, não tem que intentar uma acção
judicial para obtenção do título executivo para poder pedir a execução da dívida fiscal, porque ela
própria poderá emitir o seu próprio título executivo a partir das certidões de dívida extraídas
pelos serviços fiscais competentes

Especialmente garantida: Porque possui garantias específicas distintas daquelas que existem
para a obrigação civil, para obrigar o sujeito passivo a cumprir.

Obrigações acessórias são aquelas que consistem em deveres complementares necessários para
que a obrigação principal seja correctamente cumprida. Exemplos: no caso do IRPS, a
apresentação da declaração de rendimentos, e no que respeita à categoria B (do IRPS) ainda é
preciso a declaração de início e cessação de actividade e ainda a obrigação de prestação periódica
de informações contabilísticas.

2.3. Facto jurídico (facto tributário)

Facto tributário é o acontecimento que dá origem à relação jurídica fiscal

2.4. Garantia

São os meios que o legislador coloca à disposição da autoridade fiscal, para que a obrigação
fiscal seja cumprida.

2.4.1. As garantias podem ser:

Gerais e especiais.

2.4.1.1.Garantias gerais

Consiste no património do próprio contribuinte

2.4.1.2.Garantias especiais

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Podem ser reais ou pessoais. Pessoais, quando uma outra pessoa também está vinculada ao
cumprimento da obrigação fiscal de terceiro, como garantia pessoal têm a fiança. Esta por sua
vez, poderá ser legal ou forçada no caso da responsabilidade fiscal dos membros dos órgãos de
gestão e de fiscalização das pessoas colectivas.

3. Conclusão

Após o trabalho feito concluímos que a relação jurídica fiscal é o acordo entre duas pessoas ou
entidades.

Para estarmos diante de uma relação jurídica é importante falar dos quatro elementos, que são: o
sujeito, objecto, facto jurídico e garantia.

Sujeito pode ser activo e passivo. Sujeito activo é o poder tributário e sujeito passivo é aquele que
esta adstrito ao cumprimento da obrigação fiscal que pode ser contribuinte directo.

Objecto pode ser imediato e mediato. Objecto imediato é constituído pelo conjunto de direitos e
deveres dos sujeito da relação jurídica fiscal e objecto mediato é a prestação do próprio imposto,
a obrigação de imposto é a obrigação principal da relação jurídica fiscal.

Facto tributaria/jurídica é o acontecimento que da origem a relação jurídica fiscal.

Garantia: as garantias podem ser reais e especiais que garantem meios legais que o legislador
coloca à disposição para que a obrigação fiscal seja cumprida.

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4. Referências bibliográficas

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