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Segurança e Higiene do Trabalho

Intro~}ção

É sabido que o brasileiro, tradicionalmente, não se apega à


Prevenção, seja ela de acidentes do trabalho ou não.
A nossa formação escolar não nos enseja qualquer contato
com técnicas de Prevenção de Acidentes, nem ao menos com
a sua necessidade. Assim, até o nosso ingresso no mercado de
trabalho e, assim mesmo, dependendo do setor de atividade e,
pior ainda, da empresa em que trabalharemos, é que teremos o
primeiro contato com a Prevenção de Acidentes, isso, já na
idade adulta!
Na verdade, embora de forma precária, a única vez em que
normalmente temos alguma noção de prevenção é no lar,
através da mãe, ao nos puxar a orelha, dar-nos umas
palmadas por alguma travessura, mas, incoerentemente, é,
também, no próprio lar que somos desafiados, pela primeira
vez, a demonstrar coragem, praticando o Ato Inseguro,
juntamente, pelo próprio pai.
Daí, a grande necessidade que a empresa moderna tem de
aplicar recursos, investir em treinamento, em equipamentos e
em métodos de trabalho para incutir em seu pessoal o Espírito
Prevencionista e, através de técnicas e de sensibilização,
combater em seu meio o Acidentes do Trabalho que, conforme
tem sido demonstrado, atinge forte e danosamente a
Qualidade, a Produção e o Custo.

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Acidente do Trabalho

Definição

O Acidente é toda e qualquer ocorrência imprevista e


indesejável, instantânea ou não, que provoca lesão pessoal ou
de que decorre risco próximo ou remoto dessa lesão. Se tal
ocorrência estiver relacionada com o exercício do trabalho,
estará, então, caracterizado o Acidente de Trabalho. Trocando
o conceito em miúdos:
A ocorrência é imprevista por não ter um momento pré-
determinado (dia ou hora) para acontecer. É preciso distinguir
previsto/imprevisto de previsível/imprevisível.
O "previsto" significa programa, enquanto o "previsível" sugere
possibilidade. Assim, pode-se dizer que o acidente é previsível
em função de circunstâncias (uma escada de degraus
defeituosos, um mecânico esmerilhando sem óculos, por
exemplo), isto é, existe a possibilidade, clara, de ocorrer o
acidente. No entanto, a ocorrência não está prevista, por não
estar programada.
O indesejável, é óbvio, é por não se querer o acidente. Daí, se
alguém, intencionalmente, joga, por exemplo, um alicate contra
outro e o atinge, caracteriza-se o acidente, apesar de o
indivíduo ter desejado atingir o outro. Isso se dá porque a
ocorrência é caracterizada em função da vítima (ou vítima
potencial) e é claro que ela não queria ser atacada.
O "instantânea ou não" faz a diferença entre o acidente típico,
como o conhecemos (queda, impacto sofrido, aprisionamento,
etc.) e a doença ocupacional ou do trabalho (asbestose,
saturnismo, silicose, etc.). Esclarecendo: o acidente
propriamente dito é a ocorrência que tem conseqüência (lesão)
imediata em relação ao momento da ocorrência (queda =
fratura, luxação, escoriações). A Doença Ocupacional é
conseqüência mediata em relação à exposição ao risco
(exposição ao vapor de chumbo hoje, saturnismo após algum
tempo).
O acidente, não implica, necessariamente em lesão, podendo
ficar somente no risco de provocá-la (acidente sem vítima).
Assim, a queda de uma marreta, por exemplo, é o acidente que
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pode ser com vítima (provoca lesão) ou sem vítima (não atinge
ninguém).
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), em sua
NB 18 (Norma Brasileira n o 18) focaliza o acidente sob os
seguintes aspectos:
Tipo: Classifica o acidente quanto à sua espécie, como Impacto
de Pessoa Contra (que se aplica aos casos em que a lesão foi
produzida por impacto do acidentado contra um objeto parado,
exceto em casos de queda); Impacto Sofrido (o movimento é de
objeto); Queda com Diferença de Nível (ação da gravidade,
com o objeto de contato estando abaixo da superfície em que
se encontra o acidentado); Queda em Mesmo Nível
(movimentado devido à perda de equilíbrio, com o objeto de
contato estando no mesmo nível ou acima da superfície de
apoio do acidentado); Atrito ou Abrasão; Aprovisionamento, etc.

Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado

Sob todos os ângulos em que possa ser analisado, o acidente


do trabalho apresenta fatores altamente negativos no que se
refere ao aspecto humano, social e econômico, cujas
conseqüências se constituem num forte argumento de apoio a
qualquer ações de controle e prevenção dos infortúnios
ocasionais.

Aspecto Humano
Bastaria a consulta as estatísticas oficiais, que registram os
acidentes que prejudicam a integridade física do empregado,
para conhecimento do grande índice de pessoas incapacitadas
para o trabalho e de tantas vidas truncadas, tendo como
conseqüência a desestruturação do ambiente familiar, onde tais
infortúnios repercutem por tempo indeterminado.

Aspecto Social
Em referência a este aspecto, vamos analisar o acidente do
trabalho e suas conseqüências sociais, visando a estes dois
aspectos:

· o acidente do trabalho como efeito;


· o acidente do trabalho como causa.

Pode-se considerar o acidente do trabalho como efeito quando


ele resulta de uma ação imprudente ou de condições
inadequadas, isto é, quando ele resulta de uma inobservância
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das normas de segurança; pode-se considerá-lo como causa


quando se tem em vista as conseqüências dele advindas.
Como se deduz, são imensuráveis, em termos de extensão e
proporção, as conseqüências dos acidentes do trabalho. Mas, o
importante diante de todos os aspectos que possam ser
apresentados, é que as pessoas se inteiram dessa realidade,
interessando-se pela aplicação correta das medidas de
prevenção do acidente, para não se tornarem vítimas do
mesmo.

Aspecto Econômico
Um dos fatores altamente negativos, resultante dos acidentes
do trabalho, é o prejuízo econômico cujas conseqüências
atingem ao empregado, a empresa, a sociedade e, em uma
concepção mas ampla, a própria nação.
Quanto ao empregado, apesar de toda a assistência e das
indenizações recebidas por ele ou por seus familiares através
da Previdência Social, no caso de acidentar-se, os prejuízos
econômicos fazem-se sentir na medida em que a indenização
não lhe garante necessariamente o mesmo padrão de vida
mantido até então. E, dependendo do tipo de lesão sofrida, tais
benefícios, por melhores que sejam, não repararão uma
invalidez ou a perda de uma vida.
Na empresa, os prejuízos econômicos derivados dos acidentes
variam em função da importância que ela dedica à prevenção
de acidentes. A perda ainda que de alguns minutos de
atividade no trabalho traz prejuízo econômico, o mesmo
acontecendo com a danificação de máquinas, equipamentos,
perda de materiais etc. Outro tipo de prejuízo econômico refere-
se ao acidente que atinge o empregado, variando as
proporções quanto ao tempo de afastamento do mesmo, devido
à gravidade da lesão.
As conseqüências podem ser, dentre outras: a paralisação do
trabalho por tempo indeterminado, devido à impossibilidade de
substituição do acidentado por um elemento treinado para
aquele tipo de trabalho e, ainda, a influência psicológica
negativa que atinge os demais empregados e que interfere no
rítmo normal do trabalho, levando sempre a uma grande queda
da produção.
Em termos gerais, esses são alguns fatores que muito
contribuem para os prejuízos econômicos tanto do empregado
quanto da empresa.

Identificação das Causas do Acidente

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É fundamental que se entenda que a busca da causa de um


acidente não tem, absolutamente, o objetivo de punição, mas,
sim, o de encontrar a partir das causas, as medidas que
possibilitem impedir ocorrências semelhantes.
A causa do acidente pode estar em fatores hereditários
(herança sangüínea) ou de meio-ambiente (cultura). Pode,
também, originar-se de falha pessoal. Clareando: a
Hereditariedade, processo de transmissão de características
físicas e mentais dos ascendentes (pais, avós, etc.) para os
descendentes (filhos, netos, etc.), quando o ambiente é
propício, manifesta-se sob a forma de fobias, principalmente as
claustrofobia ( medo de lugares fechados), acrofobia (medo de
altura), etc., e de outras formas. Tal manifestação interfere na
formação do homem, dando oportunidade ao afloramento das
falhas pessoais (atitudes impróprias, inadequadas, por
exemplo: imprudência, negligência, exibicionismo,
insubordinação, etc.).
A falha pessoal, por sua vez, leva o homem a cometer Atos
Inseguros ou criar/permitir Condições Inseguras.
Resumindo: o acidente tem origem nos antecedentes
hereditários e no meio-ambiente da primeira infância do
homem. As características indesejáveis, herdadas
(hereditariedade) ou adquiridas (meio-ambiente) manifestam-se
através da falha pessoal que, por sua vez, induz o homem a
criar ou permitir a condição insegura e/ou praticar o ato
inseguro, que são as causas aparentes do acidente que pode,
ou não, resultar em lesão pessoal.
Para esclarecer, imaginemos uma situação: a companhia
admite um novo empregado que terá a ocupação de
escarfador. O candidato selecionado é jovem e a CST é sua
primeira empresa. Até então, trabalhará no quiosque do pai, na
praia de Camburi, o dia todo, à vontade, de sunga, vez por
outra tomando uma aguinha de coco, enquanto inspecionava
biquínis e similares. Pois bem, esse rapaz começa a trabalhar
na CST e, após treinamento, se vê todo equipado para o
trabalho; possivelmente, não se adaptará, sentir-se-á agoniado,
preso: A SITUAÇÃO É MUITO DIFERENTE E A TENDÊNCIA É
CHEGAR AO ACIDENTE.

Ato Inseguro
O Ato Inseguro é a desobediência a um procedimento seguro,
comumente aceito. Não é necessariamente a desobediência a
norma ou procedimento escrito, mas também àquelas normas
de conduta ditadas pelo bom senso, tacitamente aceitas. Na
caracterização do Ato Inseguro cabe a seguinte questão: nas
mesmas circunstâncias uma pessoa prudente agiria da mesma
maneira?

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Um exemplo: não se conhece nenhuma norma escrita que


oriente para não se segurar, na palma da mão, um ferro elétrico
aquecido, porém, se alguém o fizer, estará cometendo um Ato
Inseguro.
O Ato Inseguro ocorre em três modalidades:
Omissão: A pessoa Não Faz o que deveria fazer.
Exemplo:1 Deixar de impedir equipamento.

Comissão: A pessoa faz o que Não Deveria Fazer


Exemplo:2 Operar equipamento sem estar capacitado e/ou
autorizado.

Variação: A pessoa faz algo De Modo Diferente do que deveria


fazer.
Exemplo:3 Para "encurtar caminho", salta da plataforma em
lugar de descer pela escada.

É claro que a "Omissão" implica em existência/conhecimento de


norma/procedimento específico. Quanto às "Comissão" e
"Variação", a desobediência pode ocorrer ao próprio bom
senso, não, necessariamente a
normas/procedimentos/instruções.

Condição Insegura
A Condição Insegura são as condições de ambiente, cuja
correção não são da alçada do acidentado. A Condição
Insegura compreende máquinas, equipamentos, materiais,
métodos de trabalho e deficiência administrativa.
Para efeito de maior clareza, podemos classificar a condição
insegura em quatro classes:
Mecânica: máquina/ferramenta/equipamento defeituoso, sem
proteção, inadequado, etc.

Física: "Lay-out" (arrumação, passagens, espaço, acesso,


etc.).

Ambiental: Ventilação, iluminação, poluição, ruído, etc.

Método: Procedimento de Trabalho inadequado, padrão


inexistente, processo perigoso, método arriscado, supervisão
deficiente, etc.

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A Condição Insegura ocorre, também, em três modalidades,


todas elas, derivadas das posições de comando:
Negligência: (corresponde à omissão do Ato Inseguro): deixar
de fazer o que deve ser feito.
Exemplo:4 Deixar de reparar escada defeituosa. Permitir
práticas inseguras.
Imperícia: derivada da falta de conhecimento/experiência
específica. Mandar Fazer sem Estabelecer Procedimento
Exemplo:5 Não fixar padrão/procedimento de trabalho.

Imprudência: Mandar fazer de forma diferente do estabelecido.


Exemplo:6 Mandar improvisar ferramenta.

É importante frisar que a Condição Insegura e Ato Inseguro são


a causa final de um acidente, ou seja, a ação que deflagrou a
ocorrência, a "gota d'água" que fez transbordar o conteúdo do
copo, mas outros fatores concorreram para a ocorrência e
esses fatores, "as causas de causa" precisam ser identificadas
para a prevenção. Daí, a importância de estudar as
"Hereditariedade e Meio-Ambiente" (muito difícil para a indústria
comum) e as "Falhas Pessoais", estas mais visíveis, a partir das
convivência e observação. Aliás, as convivência e observação
precisam ser valorizadas. A observação é tão importante que a
sua negligência tem o poder de alterar o Ato Inseguro para a
Condição Insegura. É verdade, a norma diz que se um ato
inseguro vem sendo cometido repetidas vezes, por tempo
suficiente para ter sido "observado" e "corrigido" e não é, deixa
de ser Ato para ser Condição Insegura, enquadrando-se como
"Negligência" da supervisão.

Classificação do Acidente

O acidente pessoal, em termos de gravidade da lesão que


provoca, é classificado de duas maneiras:
1º Se o acidente provoca lesão tal que impeça o acidentado de
retornar ao trabalho, em suas funções, no dia imediato ao
da ocorrência, ele é dito Com Lesão, Com Afastamento,
o conhecido CPT (Com Perda de Tempo). Mesmo que o
acidentado possa trabalhar, em suas funções, no dia
seguinte ao da ocorrência, a lesão pode ser classificada
de "Com Afastamento" (CPT), desde que dela resulte
uma incapacidade permanente, por exemplo, a perda de
uma falange (nó) de um dedo.

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2º Se a lesão decorrente do acidente não impede o acidentado


de trabalhar no dia seguinte ao da ocorrência, temos o
conhecido SPT (Sem Perda de Tempo), oficialmente
classificado de Lesão Sem Afastamento.

É importante frisar que tal classificação se refere unicamente à


gravidade da lesão e do acidente. Podemos ter acidentes até
mesmo impessoais de alta gravidade.
Padrão Operacional

É o estabelecimento do método correto e, consequentemente,


seguro de execução do trabalho. Fundamentado no
conhecimento do trabalho, exige constante aperfeiçoamento,
adequando-se quanto ao como, onde, quando e com o que
fazer. O Padrão Operacional somente pode ser considerado
se estiver registrado (escrito), ser conhecido e estar ao
alcance de todos os envolvidos no trabalho. Seu ponto chave é
o Detalhe, o detalhe que não pode ser negligenciado ou
esquecido, já que, de imediato, a curto, médio ou longo prazos
pode representar o fracasso do trabalho, do seu trabalho.
Ninguém está mais capacitado que você para saber qual a
melhor maneira de executar o seu trabalho. Organizando a
tarefa, discutindo-a com seus colegas, aperfeiçoando-a sempre
e mantendo o seu registro, você chegará naturalmente ao
Padrão ideal quer requer constantes avaliações e adequações,
obtidas através de Análise de Riscos que é, em resumo, a
ferramenta de atualização do Padrão.
Lembre-se, o Padrão Operacional precisa ser registrado,
escrito e receber constantes adequações. O bom Padrão
Operacional não sobrevive sem retoques. Busque o Padrão
junto ao seu Gerente Supervisor, é ele o centralizador, o
catalisador do Padrão, você é o usuário, o gerador de
aperfeiçoamento do mesmo. Zele por ele que é seu melhor
companheiro.

A IMPORTÂNCIA DO DETALHE:
"Pela falta de um cravo, a ferradura foi perdida;
Pela falta da ferradura, o cavalo foi perdido;
pela perda do cavalo, o cavaleiro se perdeu;
pela perda do cavaleiro, a batalha foi perdida,
pela perda da batalha, o reino foi perdido,
e tudo porque um cravo de ferradura foi perdido!"
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Benjamim Frankilin

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Equipamentos de Proteção

Introdução

A CST, conforme Portaria 3.214 do MTb, NR4, é uma empresa


enquadrada no Grau de Risco 4 (risco elevado de acidentes) e
portanto, podem existir nos locais de trabalho, condições que
poderão acasionar danos à saúde ou à integridade física do
empregado. Estes riscos devem ser neutralizados ou
eliminados por meio da utilização dos equipamentos de
proteção, que oferecem:

Proteção Coletiva: beneficiam a todos os empregados


indistintamente.

Proteção Individual: protegem apenas a pessoa que utiliza o


equipamento.

Nota:1A empresa é obrigada fornecer aos empregados,


gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito
estado de conservação e funcionamento, nas
seguintes circunstâncias:
a) Sempre que as medidas de proteção coletiva forem
tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho
e/ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem
sendo implantadas;
c) Para atender situação de emergência.

Equipamento de Proteção Coletiva - EPC

São os que, quando adotados, neutralizam o risco na própria


fonte.
As proteções em furadeiras, serras, prensas; os sistemas de
isolamento de operações ruidosas; os exaustores de gases e
vapores; as barreiras de proteção; aterramentos elétricos; os

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dispositivos de proteção em escadas, corredores, guindastes e


esteiras transportadoras são exemplos de proteção coletivas.
Equipamento de Proteção Individual - EPI

Definição
O equipamento de proteção individual (EPI) é todo dispositivo
de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira,
destinado a proteger a saúde e a integridade física do
trabalhador.

Seleção do EPI
A seleção deve ser feita por pessoal competente, conhecedor
não só dos equipamentos como, também, das condições em
que o trabalho é executado.
É preciso conhecer as características, qualidade técnicas e,
principalmente, o grau de proteção que o equipamento deverá
proporcionar.

Características e Classificação dos EPI


Pode-se classificar os EPI, agrupando-os segundo a parte do
corpo que devem proteger:

Proteção da Cabeça
Capacete: Protege de impacto de objeto que cai ou é projetado
e de impacto contra objeto imóvel e somente estará completo e
em condições adequadas de uso se composto de:
1 *Casco: é o capacete propriamente dito;
2 *Carneira: armação plástica, semi-elástica, que
separa o casco do couro cabeludo e tem
a finalidade de absorver a energia do
impacto;
3 *Jugular: presta-se à fixação do capacete à cabeça.

O capacete de celeron se presta, também, à proteção contra


radiação térmica.

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Proteção dos Olhos


Óculos de segurança: Protegem os olhos de impacto de
materiais projetados e de impacto contra objetos imóveis. Os
óculos de segurança utilizados na CST são, comprovadamente,
muito eficazes quanto à proteção contra impactos.
Para a proteção contra aerodispersóides (poeira), a CST
fornece os óculos ampla visão, que envolvem totalmente a
região ocular.
Onde se somam os riscos de impacto e intensa presença de
aerodispersóides (poeira), a afetiva proteção dos olhos se
obtém com o uso dos dois EPI - óculos de segurança (óculos
basculavel) óculos ampla visão, ao mesmo tempo.

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Proteção Facial
Protetor facial: Protege todo o rosto de impacto de materiais
projetados e de calor radiante, podendo ser acoplado ao
capacete. É articulado e tem perfil côncavo e tamanho e altura
que permitem cobrir todo o rosto, sem tocá-lo, sendo construído
em acrílico, alumínio ou tela de aço inox.

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Proteção das Laterais e Parte Posterior da Cabeça


Capuz: Protege as laterais e a parte posterior da cabeça (nuca)
de projeção de fagulhas, poeiras e similares. Para uso em
ambientes de alta temperatura, o capuz é equipado com filtros
de luz, permitindo proteção também contra queimaduras.

Proteção Respiratória
Máscaras: Protegem as vias respiratórias contra gases tóxicos,
asfixiantes e contra aerodispersóides (poeira). Elas protegem
não somente de envenenamento e asfixias, mas, também, da
inalação de substâncias que provocam doenças ocupacionais
(silicose, siderose, etc.).
Há vários tipos de máscaras para aplicações específicas, com
ou sem alimentação de ar respirável.

Proteção de Membros Superiores


Protetores de punho, mangas e mangotes: Protegem o
braço, inclusive o punho, contra impactos cortantes e
perfurantes, queimaduras, choque elétrico, abrasão e radiações
ionizantes e não ionizantes.

Luvas: Protegem os dedos e as mãos de ferimentos cortantes


e perfurantes, de calor, choques elétricos, abrasão e radiações
ionizantes.

Proteção Auditiva
Protetor auricular: Diminui a intensidade da pressão sonora
exercida pelo ruído contra o aparelho auditivo. Existem em dois
tipos básicos:
4 *Tipo Plug (de borracha macia, espuma, de
poliuretano ou PVC), que é introduzido
no canal auditivo.
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