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O viscerocrânio “corresponde à face e nele estão situados os órgãos dos sentidos e o início dos
sistemas digestório e respiratório”. É formado por 14 ossos irregulares - dois zigomáticos, duas
maxilas, dois nasais, dois lacrimais, uma mandíbula, dois palatinos, um vômer e duas conchas
nasais inferiores - unidos entre si por articulações fibrosas, exceto a mandíbula que é móvel e se
liga ao crânio por uma articulação sinovial (de amplos movimentos) (RIZZOLO; MADEIRA,
2016). As demais estruturas da face, além dos ossos que compõem o neurocrânio e o
viscerocrânio, podem ser observadas na Figura 2.
Nessa estrutura, é possível identificar os forames intraorbital, forame zigomaticofacial e forame
mentoniano, essenciais no estudo da anatomia da cabeça e pescoço. Veja, na Figura 3, a vista
lateral do crânio
Observe, nas figuras apresentadas, que no crânio estão os órgãos da sensibilidade específica,
como a visão, a audição, o equilíbrio, o olfato e a gustação. O crânio possui aberturas que são
necessárias para a passagem do ar e do alimento, também possui os ossos e articulações
necessárias para a mastigação, como os ossos maxilares e a mandíbula, além dos próprios
dentes
Dentição humana
Os dentes constituem, aproximadamente, 20% da área da superfície bucal, sendo os superiores
os que ocupam uma área significativamente maior, quando em comparação aos dentes
inferiores. A mastigação é a função mais comumente associada à dentição humana, porém os
dentes também são essenciais para a dicção. Para exercer suas funções, os dentes devem ser
duros e firmemente inseridos nos ossos maxilares (BEAINI; DIAS; MELANI, 2016).
Desde o início da prática odontológica, muitos sistemas de notação dental foram criados com
objetivo de diminuir a descrição escrita ou oral de determinado dente. Para padronizar
internacionalmente a identificação dos dentes, a Federação Dentária Internacional (FDI), criou
nos anos 70, um sistema de dois dígitos para deduzir as limitações (principalmente devido à
informática) de outros sistemas anteriormente criados (BEAINI; DIAS; MELANI, 2016).
Após a criação da notação numérica, proposta pela Federação Dentária Internacional (FDI), essa
notação foi adotada pela International Standards Organization, conhecida como ISO-3950, e
pela American Dental Association (ADA), nos anos 90. Em toda a América Latina, é comum o
uso do sistema da FDI, com representações numéricas para cada dente do paciente.
Nessa notação, as arcadas dentais podem ser divididas entre superior e inferior. A arcada
superior está ligada ao osso maxilar e a inferior à mandíbula. Cada arcada pode ser dividida em
hemiarcos, ou, ainda, em quadrantes direito e esquerdo. A identificação dessas arcadas é feita,
didaticamente, por meio de números 1, 2, 3 e 4 (BEAINI; DIAS; MELANI, 2016). Veja a
Figura 1.
Figura 1 - Numeração das hemiarcadas
vale ressaltar que a dentição permanente é composta por oito incisivos, quatro caninos, oito pré-
molares e doze molares, totalizando 32 dentes.
Finalizando
O crânio constitui o esqueleto da cabeça e pode ser dividido em viscerocrânio e neurocrânio.
Tem como função a proteção do encéfalo, dos órgãos especiais dos sentidos e as partes cefálicas
dos aparelhos respiratório e digestório. É constituído por 22 ossos e estão divididos em:
neurocrânio, com 8 ossos irregulares, rigidamente unidos entre si, por meio de suturas; e, o
viscerocrânio, ou conjunto de ossos que formam o esqueleto da face, constituído por 14 ossos
fixos, exceto a mandíbula que é móvel.
A mobilidade da mandíbula é essencial para a mastigação dos alimentos, realizada pelos dentes.
Os dentes representam 20% da área da superfície bucal, sendo 32 dentes permanentes que
podem ser denominados por meio da notação de dois dígitos, proposta pela Federação Dentária
Internacional (FDI). As arcadas dentais podem ser divididas entre superior e inferior e cada
arcada pode ser dividida em hemiarcos, por isso o primeiro dígito é relacionado aos quadrantes
e o segundo dígito corresponde ao dente.