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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA


FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
PROGRAMA MULTIDISCIPLINAR DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM ESTUDOS ÉTNICOS E AFRICANOS
LINHA DE PESQUISA - ESTUDOS ÉTNICOS

O INTELECTUAL NEGRO, O MANIFESTO INSURGENTE


SEUS LUGARES DE MEMÓRIAS

Projeto de pesquisa apresentado como


requisito para seleção de Alunos Regulares
para o Curso de Doutorado do Programa
Multidisciplinar de Pós-graduação em
Estudos Étnicos e Africanos – seleção
2019-2020.

Salvador-BA
2019
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PROBLEMA OU PERGUNTA DA PESQUISA

A problemática que considero extensa e significativa nesta proposta diz da


compreensão das tensões históricas e relações de poder e conhecimento que envolveu a
elaboração e práticas da Pedagogia Interétnica. Para tanto, a tensão regulação/ emancipação
do contexto social possibilitará debater sobre como a memória e tradição conflui para a
compreensão de Alternativas para combater o racismo como um processo emancipatório.
Interessa-nos compreender o objeto de pesquisa como parte dos saberes políticos e
como ação política dentro e fora do Movimento Negro. Portanto, a categoria de análise raça
não estará distanciada da compreensão das desigualdades sociais e das reedições do
capitalismo no campo da produção do intelectual negro.
Assim, embora os saberes produzidos pela comunidade negra e o Movimento Negro
sejam em parte diferentes dos saberes científicos, por serem diferentes não perdem a
legitimidade e não se tratam de ações intuitivas, mas genuinamente de criação, reprodução e
potência.
E como expressão identitária assume características de transgressão e emancipação.
De forma que o combate à invisibilidade da obra e do intelectual negro, em específico, no
espaço escolar, será problematizada através das seguintes questões:
A Pedagogia Interétnica pode ser traduzida como um quadro próprio de memória, um
pensamento negro? Em que medida ela contribuiu e pode vim a contribuir para a afirmação de
uma educação de combate ao racismo e pluralista? Essa produção pode ser referência no
processo educacional de uma reconfiguração da memória?
O que temos a aprender com a proposta de Pedagogia Interétnica? Como o
pensamento crítico educacional pode incorporar os saberes presentes na Pedagogia
Interétnica? Como as escolas poderiam conhecer seus saberes e introduzi-los em seu
currículo?
A pedagogia interétnica exerceu papel fundamental no processo educativo e
politizador da população negra de Salvador? Como as diferentes áreas do saber dialogam na
Pedagogia Interétnica? Que diálogos existem entre a Pedagogia Interétnica e a Lei 10/2003
que podem ser incorporados na prática educacional?
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JUSTIFICATIVA

Tanto para o antropólogo, como para o historiador é árdua a tarefa da construção de


uma descrição que traga em seu cerne de debate os processos ligados às fenomenologias
identitárias. Neste sentido, a presente proposta tem um caráter desafiador e a esperança de
encontrar direcionador nesse transitar entre o mundo da institucionalidade e o mundo das
subjetividades.
A institucionalidade diz das abordagens academicistas que quase sempre colocam em
campos opostos o rigor teórico versus seres humanos de corpo, sentimentos, afetos, beleza,
marcas e histórias. As subjetividades dizem de um ser e suas lutas que neste mesmo desafio,
incansavelmente, esteve a frente das ações, lutas e disputas institucionais com a inteireza de
sua vida de educador.
A centralidade desse estudo está na potência da Pedagogia Interétnica, enquanto
proposta de intervenção científica no combate ao racismo, e nas suas dimensões mais
reveladoras do caráter emancipatório, reivindicativo, afirmativo no campo educacional.
Para tanto, é preciso lançar luz a Manoel de Almeida Cruz autor/produtor de um tipo
específico de conhecimento a que Boaventura de Sousa Santos chama de conhecimento
nascido na luta, e que, portanto, não avança de modo isolado. E como tal cabe-nos falar do
sujeito deste saber que nasceu na luta e ocupou posição significativa ao buscar combater o
racismo através de um conhecimento específico denominado Pedagogia Interétnica.
Neste sentido, Alternativas para combater o racismo (1989) parte do lugar de
pertencimento racial revelador da trajetória e experiências de seu autor que ao optar por uma
definição política e um posicionamento engajado torna seus estudos um compromisso
manifesto às temáticas relativas às populações negras e a luta antirracista.
A noção de trajetória aqui, está relacionada às inúmeras posições ocupadas por “um
mesmo agente num espaço em que ele próprio é um devir, sujeito a incessantes
transformações” (BOURDIEU, 1999). Sobre a emancipação histórica é preciso dizer da
característica própria dos movimentos negros, que na década de 1970 buscou na história, e no
cotidiano vivenciado pela população negra a chave em prol do combate ao racismo. É através
de uma nova interpretação da história posta e oficial de negatividade e negação que se
estabeleceu o confronto com o entendimento do real, do vivenciado, resultando no
conhecimento que nasce na luta.
E assim podemos perceber a Pedagogia Interétnica como expressão do movimento e
da intelectualidade negra na medida em que se apresenta como questionadora da interpretação
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e produção eurocentrada de mundo e do conhecimento científico. Embora os saberes


presentes naquela Pedagogia sejam específicos, não podemos desconsiderar sua importância
para o entendimento de nossa sociedade, vez que são colocados em pauta os saberes
estabelecidos pela vivência da raça numa sociedade racista, racializada e excludente.
A leitura do livro de Manoel de Almeida Cruz, Pedagogia Interétnica, revelou a
escrita do intelectual negro como um lugar específico de produção de memórias e
conhecimento junto às experiências das populações negras. E como naquela proposta
pedagógica podemos identificar tendências para um futuro que se localiza em 2003 com Lei
10.639.
Estaria a escrita da Pedagogia Interétnica diretamente ligada às demandas por
efetivação da Lei 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e
Cultura Africana e Afro-brasileira nos diversos níveis escolares? Respostas, Teremos no
percurso, mas é preciso destacar que se constituiu numa proposta que teve um duplo objetivo
e ainda é parte do contexto educacional presente: conhecer melhor as condições de
possibilidade da esperança; de outro, definir princípios de ação que promovam a realização
dessas condições.
Essas são as considerações iniciais que permeiam a intencionalidade de um estudo e
reflexão mais aprofundada.
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OBJETIVOS

GERAL

 Refletir sobre contribuições da Pedagogia Interétnica na construção de uma educação


antirracista, buscando desvelá-la enquanto produção de um intelectual negro.

ESPECÍFICOS

 Analisar os “saberes emancipatórios” presentes na Pedagogia Interétnica;


 Estudar a produção de Manoel de Almeida Cruz como proposta de saberes
emancipatórios estabelecidos dentro e fora do Movimento Negro;
 Perceber o papel de Manoel de Almeida Cruz como intelectual negro, “produtor de
saberes emancipatórios” no campo educacional;
 Compreender como a Pedagogia Interétnica exerceu papel fundamental no processo
educativo e politizador da população negra de Salvador;
 Identificar os diálogos existentes entre a Pedagogia Interétnica e a Lei 10/2003;
 Debater a inserção da Pedagogia Interétnica como fortalecimento da Lei 10/2003 na
prática educacional.
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA-CONCEITUAL

O eixo orientador deste estudo tem como base a formulação teórica do sociólogo
Boaventura de Sousa sobre a “sociologia das ausências e das emergências” (SANTOS, 2004).
A sociologia das ausências e das emergências abre espaço para reflexões e inquietações no
campo da Educação. É preciso enfatizar, que uma reflexão mais profunda sobre
conhecimento nascido da luta passa pela analise da tensão regulação/emancipação que opera
no campo da teoria e da prática educacional.
Nessa perspectiva o Movimento Negro na Bahia será tomado como produtor e
sistematizador de saberes produzidos por intelectuais negros. Não são poucas as referências
que trazem a tona o papel do Movimento Negro e seu protagonismo na implantação de
políticas afirmativas de inclusão de negros nos mais variados setores do Brasil. Não sem razão
que Nilma Lino Gomes salientou que:

Movimento Negro é um “produtor de saberes emancipatórios e um


sistematizador de conhecimentos sobre a questão racial no Brasil.
Saberes transformados em reivindicações, das quais várias se
tornaram políticas de Estado nas primeiras décadas do século XXI”
(GOMES, 2017, p. 14).

Para Nilma Gomes, os movimentos sociais são “os produtores e articuladores dos
saberes construídos pelos grupos não hegemônicos e contra hegemônicos da nossa sociedade”
(GOMES, 2017,p.16). Dito isto, esta pesquisa pretende valorizar a Pedagogia Interétnica
como um conjunto de saberes que se colocaram como resistência à dominação
epistemológica.
Portanto, a formulação teórica presente em Santos nos permitirá pensar a sociologia
das ausências como ponto de entendimento da Pedagogia Interétnica como transformação das
ausências em presenças. Em consonância, a sociologia das emergências nos possibilitará
investigar as possibilidades concretas desta transformação.
Daí reconhecermos o Movimento Negro como produtor, articulador de um pensamento
que tendeu a subverter e elaborar, estabelecer a pedagogia das ausências e das emergências.
Mas de que saberes estamos falando? De saberes políticos que reeducam identidades e
estabelecem estratégias de ação política a indagação. Nesse contexto, saberes considerados
hegemônicos são questionados e novos saberes são produzidos.
Para pensar e aprofundar as questões aqui apresentadas, faremos um recorte espacial
para atingir a objetividade exigida por este trabalho, situaremos a cidade de Salvador no
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âmbito das questões ligadas à construção da identidade do intelectual insurgente e sua


Pedagogia Interétnica.
Para tanto, levaremos em consideração as colocações de Grosfoguel (2007), da
necessidade de uma interlocução coerente com a problematização desta proposta de pesquisa,
pois ao pontuar a existência de um “racismo epistêmico” sob o monopólio eurocêntrico, faz-
nos vislumbrar a necessidade de um projeto que transcenda e promova o reconhecimento da
diversidade epistêmica como um desafio à modernidade.
Neste sentido que a “insurgência epistêmica”, enquanto experiências renovadoras que
rompe com a dicotomia sujeito/objeto nos permite entender, buscar, refletir sobre espaços,
grupos e pessoas que sendo produtores de proposições teórico/metodológicas, de estratégias
políticas, de transformações e perspectivas trazem à tona a diversidade epistêmica.
Uma fundamentação conceitual que coaduna com o pensamento de Said (2005)
quando observa que embora intelectuais negros às margens do poder não desfrutem de um
reconhecimento, eles se colocam a serviço da produção de um conhecimento insurgente e
questionador.
Desse modo, Manoel de Almeida Cruz é tomado aqui, por definição política, como um
intelectual negro na medida em que com seus posicionamentos engajados toma a Pedagogia
Interétnica um manifesto público, declarado, insurgente. Portanto, nos caberá “rastrear fontes
alternativas, exumar documentos enterrados, reviver histórias esquecidas (ou abandonadas)
como rara oportunidade de fazer emergir o insurgente”. (SAID, 2005, p.17).
A definição de intelectual negro, aqui apresentada, está em acordo com West (1999)
ao propor o insurgente como um modelo que fundamenta a atividade intelectual, e estabelece
multifacetadas relações de poder/conhecimento.
Concordando com esta afirmativa de West, podemos definir Manoel de Almeida Cruz
como um intelectual insurgente, ao buscar romper com a função de um mero repetidor de
sentenças fixas, estabelecendo uma insurgência intelectual em que sua produção/pensamento
engajado, mobilizado na recriação e reinvenção da ocupação do espaço escolar.
Nesta medida, a presente pesquisa ao se debruçar no trabalho intelectual Manoel de
Almeida Cruz, pode ser vista ela própria como uma significativa contribuição a uma luta e
resistência comum. Pois, as alternativas de combate ao racismo dizem de sua realidade e de
como esta o impactava.
E assim enveredando nas tramas da sua vivência e dialogando com fontes que possam
particularizar sua experiência, nos permitirá perceber que a insurgência intelectual parte do
contexto vivenciado por aqueles que a pratica. Cabendo-nos entender Hall (1993) quando
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afirma que a identidade é fruto de um espelhamento não correspondido, ou seja, a diferença é


o que estabelece as ambivalências necessárias à afirmação do self.
Portanto, o entendimento do intelectual negro aqui, transgride fronteiras discursivas
das quais Bel Hooks (1995) faz referência e se tornarão pertinentes para situarmos o
insurgente como aquele que ao negar criticamente sociedade racista, racializada e excludente
promove uma transformação insurgente que leva em conta contextos históricos e sociais que o
formam.
Ao que Said adverte que precisamos está atentos para as conjunturas criadoras de cada
intelectual, suas características pessoais, afetivas, pois só nessas circunstâncias podemos
entender a força vital que o constitui. Portanto, é preciso enveredar no lugar de insurgência do
intelectual.
O lugar de insurgência de Manoel Almeida da Cruz esteve na Educação, ao tornar suas
“práticas pedagógicas mais políticas e suas práticas políticas mais pedagógicas”. (GIROUX,
1997, p. 08). Em que romper com as formas cristalizadas de ver/estar no âmbito educacional
significou “tornar o pedagógico mais político”, daí o lugar de poder assume papel estratégico
para entendermos o lugar e intenção do autor – enquanto intelectual engajado.
Assim, pensar o intelectual insurgente é pensá-lo como construtor e participante dos
combates pelo viés da memória e do protagonismo negro nesta memória. Do que se apreende
que a memória remete-nos a um “conjunto de funções psíquicas, graças às quais o homem
pode atualizar impressões ou informações passadas” (LE GOFF, 1996). Não sem razão
Michael Pollak (1992, p. 204), ressaltou que a memória “é um elemento constituinte do
sentimento de identidade na medida em que é um fator extremamente importante do
sentimento de continuidade e de coerência de uma pessoa ou de um grupo em sua construção
de si”.
O que significa apropriar-se de uma reconfiguração da memória para avivar a fagulha
da esperança ao contexto de perigo que vivemos. Pois cada geração deve fazer novamente a
tentativa de arrancar a tradição do conformismo.
Assim, a proposta é uma demanda histórica que se torna imperativa no contexto atual
da sociedade brasileira, daí a obrigação de empreendermos problematizações e abordagens
que tomem como base questionamento ao racismo e ao colonialismo o que explica a opção
pela linha de pesquisa Estudos Étnicos por ser a que melhor evidencia o estudo das relações
raciais a partir da abordagem comparativa, nos permitindo visualizar o geral e o particular
como integrantes e presentes nas problemáticas etno raciais.
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Ao considerar as categorias inerentes a esse estudo, como trajetória, memória, história


de vida, relacionadas ao objeto em questão, a utilização e cruzamento de fontes orais e
documentais se constituirá como elemento essencial para a construção de um estudo que
relacionará a história e a memória, à tradição e às práticas culturais. Esse tipo de abordagem
se enquadra dentro das possibilidades oferecidas por uma pesquisa desenvolvida num
programa de pós-graduação multidisciplinar, em estudos étnicos e africanos. A proposta
partirá de um enfoque de caráter empírico que privilegie a pesquisa documental.
Para o melhor dimensionamento da nossa personagem principal, considero importante
contextualizar sua dinâmica histórica e social, definindo a rede de relações que foram
estabelecidas através da interação com diversos agentes sociais. Aqui a história oral será
utilizada como recurso metodológico, para a elaboração das narrativas e para a análise de
registros documentais. Assim, tomamos as argumentações de Pierre Bourdieu (2006, p.183)
de que,
“[...] Falar de história de vida é pelo menos pressupor [...] que a vida é
uma história e que, uma vida é inseparavelmente o conjunto de
acontecimentos de uma existência individual concebida como uma
história e o relato dessa história”.

De forma que se trata de um estudo qualitativo, numa perspectiva exploratória e


explicativa. A investigação deverá pautar-se em fontes secundárias: livros; extraídos de teses
universitárias; relatórios técnicos; artigos em revistas científicas; arquivos oficiais; e, em
fontes primárias tais como: arquivos pessoais com ênfase nas fontes de informações ainda não
publicadas como entrevista e fotografias.
Recorreremos assim aos fundamentos teórico e metodológico da chamada história oral
para explorar os significados subjetivos da memória (NORA, 1981), por considerar uma
abordagem do campo histórico que reaviva a voz de quem a viveu, pois o sentido/ significado
é construído por quem relata. Serão entrevistadas pessoas que notadamente acompanharam de
perto os caminhos trilhados pelo Manoel de Almeida Cruz. Os depoimentos, escritos por ele
deixados, dentre outras fontes, possibilitará encontrar alternativas reais de diálogo entre os
pressupostos que demarcam a pesquisa.
Considerações que me fazem entender a hermenêutica diatópica proposta por
Boaventura de Sousa Santos (2006) como um dos caminhos a ser seguido, vez que este estudo
poderá representar um avanço no conhecimento dos saberes construídos fora do eixo do Norte
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e fora do cânone. Para tanto será preciso aprofundar as análises sobre as formas e os processos
das experiências sociais, culturais, educativas, políticas e emancipatórias que permeiam a
Pedagogia Interétnica.
De forma que será preciso não apenas um estudo sistematizado de fontes
bibliográficas, constituída pela obra e artigos de autoria do Manoel de Almeida Cruz como
também textos referentes à biografia deste autor e a Pedagogia Interétnica nas suas mais
diversas linguagens– artigos, ensaios, entrevistas, matérias jornalísticas, fotografias ou outros
– que possibilitem o enriquecimento do entendimento e da reflexão sobre a temática em
recorte.
A utilização da biografia buscará ressaltar a importância histórica, características
pessoais, além da influência que o biografado teria exercido em seu meio social e cultural,
pois como nos lembra Sabina Loriga (2011, p. 17) a biografia, uma das mais antigas formas
de narrativa, vem cada vez aumentando o interesse de estudiosos que buscam reconstruir a
vida de personagens singulares. Designa um gênero que tem como objeto a narrativa da
memória.
No que diz respeito à visibilidade do processo de construção identitária e suas
representações buscaremos salientar como das entranhas da própria exclusão insurge vetores
de transformação que sinalizam os emblemas da escrita e ações que performatizam a
construção de uma identidade afrodescendente a partir de resignificações e representações que
não só fomenta o processo de afirmação identitária, como também, a construção de um ideal
de si, permitindo a constituição dos sentidos da pertença. (Ver BHABHA, 2001).
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CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

2020 2021 2022 2023

ATIVIDADES 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
semestre semestre semestre semestre semestre semestre semestre semestre

Creditação e leitura em
x x x
bibliografia e fontes
Leitura bibliográfica e
x x x x x
fontes
Creditação, coleta de dados e
pesquisa nas fontes x x x x x

Seminário de tese
x x x x
Elaboração de capítulos 1 e 2
da tese x x x

Elaboração de capítulos 3 e 4
da tese x x x

Plano de tese
x x
Exame de Qualificação
x x
Estágio docente
x x x
Elaboração e conclusão de
tese x x x x

Defesa da tese x
x x

REFERÊNCIAS

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Lima Reis e Gláucia Renate Gonçalves. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.

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