Você está na página 1de 7

Introdução

Ocorreu após as grandes transformações iniciadas no séc. XVII com o declínio


do conhecimento religioso e a constituição de uma nova forma de conhecimento – o
conhecimento científico.

No séc. XVIII duas grandes revoluções (a Revolução Francesa e a Revolução


Industrial) consolidam estas mudanças (que caracterizam a passagem da sociedade
feudal para a sociedade capitalista) iniciando um novo período marcado pelo
cientificismo e pela racionalidade. No séc. XIX com a eclosão de graves problemas
sociais e uma maior visibilidade das desigualdades sociais surge o “social” enquanto um
problema a ser investigado e analisado, buscando a reorganização da vida social.
AUGUSTE COMTE

Para Comte a sociedade européia estaria passando por uma crise moral,
resultante do confronto entre a antiga ordem feudal e a nova ordem capitalista. Para ele,
o consenso social, que configurado através dos modos de pensar, das representações de
mundo e das crenças estava sendo desagregado. Sendo necessária a criação de uma nova
ciência “positiva” (a Física Social) que deveria estudar e compreender as relações
sociais para intervir diretamente na ordem social, no sentido de acelerar e otimizar o seu
desenvolvimento (progresso).

A sociologia deveria inspirar-se nos paradigmas das ciências naturais para


explicar a sociedade. Suas principais influências foram Herbert Spencer (1820-1903),
Saint Simon (1760-1825) - do qual foi discípulo - e a teoria da evolução das espécies e
da seleção natural de Charles Darwin.

METODOLOGIA UTILIZADA E A FUNÇÃO DO CIENTISTA SOCIAL


A sociologia deveria adotar os paradigmas do método positivo das ciências
naturais: observação dos fenômenos, descrição das regularidades e estabelecimento de
leis gerais, desenvolvendo leis úteis para o desenvolvimento social.

A função dos cientistas sociais seria a de estabelecer uma nova moral para
substituir a antiga moral religiosa. A moral científica seria a responsável pela garantia
da ordem social que levaria ao progresso da sociedade (estado positivo)

PRINCIPAIS CONCEITOS E CONTRIBUIÇÕES

Lei dos três estados: teológico, metafísico e positivo.

Sociologia Estática e Sociologia Dinâmica

Elaboração dos principais conceitos do positivismo: evolucionismo,


organicismo e darwinismo social.

Religião positivista

Contribuiu na constituição de uma ciência voltada para o social enquanto


problema, embora não tenha desenvolvido pesquisas empíricas e tenha se concentrado
numa reflexão filosófica sobre a questão.
ÉMILE DURKHEIM

Ainda nos moldes do positivismo, influenciado pelas teorias de Herbert


Spencer (1820-1903) e Alfred Espinas (1844-1922), Durkheim acreditava que a função
da sociologia seria garantir a ordem social, através do estabelecimento de uma nova
moral (a moral científica).

A sociedade seria constituída pela consciência coletiva que seria coercitiva,


exterior e estaria acima das consciências individuais. Portanto, o indivíduo social seria
produto da sociedade. Ela é descrita, assim como em Comte, como um organismo em
adaptação, seguindo estágios diferenciados em busca da evolução. Possuindo
fenômenos normais e patológicos. Nota-se ainda uma forte influência das ciências
naturais, em especial a Biologia, na explicação dos fatos sociais.

A sociologia deveria explicar os códigos de funcionamento da sociedade,


intervindo em seu funcionamento aplicando “antídotos” que diminuíssem os males da
vida social (medicina social).

METODOLOGIA UTILIZADA E A FUNÇÃO DO CIENTISTA SOCIAL


A Sociologia deveria ter princípios claros e precisos para constituir-se
enquanto ciência. Para isso, em seu livro As Regras do Método Sociológico (1897) ele
estabelece o objeto de estuda da sociologia (o fato social), suas características e as
regras para que fossem analisados.

O interesse era a compreensão do funcionamento das formas padronizadas de


conduta (consciência coletiva) por esta razão a teoria durkheimiana também pode ser
chamada de funcionalista

O comportamento do cientista social deveria ser de distanciamento e sua


posição, de neutralidade em frente aos fatos sociais. Esta atitude garantiria a
objetividade da sua análise. Cabe ao cientista social a observação, medição e a
comparação dos fenômenos sociais.

PRINCIPAIS CONCEITOS E CONTRIBUIÇÕES


Definição de fato social (objeto da sociologia) e suas características: coerção
social, exterioridade e generalidade.
A divisão dos fatos sociais em normais e patológicos, buscando o ordenamento
social, a coesão social (visão organicista da sociedade).

Conceito de consciência coletiva e consciência individual.

Morfologia social: solidariedade mecânica e solidariedade orgânica.

A sociedade moderna como resultado de sociedades mais simples, sem divisão


do trabalho sócias, como a horda (evolucionismo)

Definição dos limites e das diferenças entre a particularidade a natureza dos


acontecimentos filosóficos, históricos, psicológicos e sociológicos.

Criação da sociologia enquanto ciência com procedimentos metodológicos


claros e inovadores

Uso da matemática estatística e da integração entre as análises qualitativa e


quantitativa

MAX WEBER

Max Weber, através de sua metodologia inovadora, diferencia-se bastante dos


positivistas - cuja inspiração foi buscar em Wilhelm Dilthey (1833-1911). Para ele, a
Sociologia não deveria explicar os fenômenos e sim compreendê-los, visto que a
sociedade não estaria submetida a leis imutáveis mas seria constituída pela contínua
ação social dos indivíduos.

A sociedade seria então um “eterno fluir”, um eterno movimento propiciado


pela ação social dos indivíduos. A sociedade não paira sobre os indivíduos e nem lhes é
superior. As regras e normas são resultados de um complexo de ações individuais, nas
quais os indivíduos escolheriam diferentes formas de conduta.

As grandes idéias coletivas que norteiam a sociedade, como o Estado, o


mercado e as religiões, só existiriam porque muitos indivíduos orientariam
reciprocamente suas ações em determinado sentido comum.

A teoria weberiana privilegia a ação social do indivíduo dotada de sentido e a


toma como base para a compreensão da vida social.
METODOLOGIA UTILIZADA E A FUNÇÃO DO CIENTISTA SOCIAL

A Sociologia deveria buscar a compreensão do sentido dada pelos indivíduos


às ações sociais, por esta razão a sociologia weberiana ficou conhecida como Sociologia
Compreensiva ou Sociologia da Ação Social.

Seu método baseava-se na pesquisa histórica (do ponto de vista comparativo) e


na construção de tipos ideais.

Os tipos ideais seriam construções teóricas (não existindo em forma pura na


sociedade) que auxiliariam o cientista social no processo de compreensão dos sentidos
da ação social.

Para Weber não é possível uma total neutralidade do cientista social, pois todo
cientista age guiado por seus motivos, sua cultura e sua tradição. Os fatos sociais, por
sua vez, não podem ser encarados como coisas e sim como acontecimentos que o
cientista percebe e tenta desvendar. Entretanto, ele também considera necessária uma
postura que distancie o pesquisador do seu objeto de estudo, o que é alcançado através
da escolha de um quadro teórico (metodológico) que ditará as regras que o cientista
deve seguir garantindo a objetividade do conhecimento científico.

PRINCIPAIS CONCEITOS E CONTRIBUIÇÕES


Definição da ação social (objeto da sociologia)

Tipos de ação social: ação racional com relação a objetivo, ação racional com
relação a valor, ação afetiva e ação tradicional.

Definição de poder e classificação dos tipos de dominação legítimas:


dominação tradicional, dominação carismática e dominação racional.

A constatação da crescente racionalização da sociedade moderna leva-o a


desenvolver a relação entre a ética protestante e o espírito do capitalismo (título de uma
de suas obras) e a definição da dominação burocrática e da burocracia.

Busca da análise histórica e da compreensão qualitativa para a compreensão


dos processos históricos e sociais.

Descoberta da subjetividade na ação e na pesquisa social


Desenvolveu uma forma de análise específica para as ciências sociais,
difereciando-a das formas utilizadas nas ciências exatas e da natureza.

Desenvolveu trabalhos na área de história econômica, buscando as leis de


desenvolvimento das sociedades.

KARL MAX

Karl Heinrich Marx, mais conhecido como Karl Marx, nasceu dia cinco de
maio de 1818, em Tréveris, e morreu em Londres, dia 14 de março de 1883. Ele foi um
dos intelectuais e revolucionário alemão que fundou a doutrina, chamada de comunista
moderna, atuando sempre na economia, na filosofia, e ainda mais sendo historiados e
teórico político jornalista.

 Os pensamentos que vinham de Marx sempre influenciaram em alguma coisa


na sociedade, tais como as áreas filosóficas, históricas, sociólogas, ciências políticas,
antropólogas, psicológicas, econômicas, arquitetônica e geográfica, além de muitas
mais. Em 2005, na radio BBC, de Londres, ele ganhou o premio por ser eleito o melhor
dos filósofos de todos os tempos. Se você gosta de filosofia ou historia e precisa saber
deste cara incrível cheio de idéias, você pode muito bem procurar em sites educativos
ou sites que proporcionam a você a informação certa de sua vida e de seus pensamentos.
Isso é muito importante para a filosofia do mundo e com certeza você terá que saber.

Se você quiser, existem também livros auto biográficos que podem te ajudar, a
saber, mais sobre Karl Marx, sobre sua família, sua vida, sua morte, seus pensamentos,
filosofias e muito mais.

criou blocos hegemônicos. Muitas de suas previsões ruíram com o tempo, mas
o pensamento de Marx exerceu enorme influência sobre a história.

CONTRIBUIÇÃO

Como cientista social, a maior contribuição de Karl Marx foi seu estudo sobre
o funcionamento da sociedade capitalista, cujo primeiro volume, intitulado O capital,
surgiu em 1867, o único publicado em vida. Iniciando pela análise da produção das
mercadorias, Marx realiza uma impressionante descrição do sistema capitalista, sua
evolução e suas transformações. Segundo ele, o capitalismo era um sistema
historicamente datado e, portanto, sujeito a desaparecer no tempo. Sua existência, tal
como sucedera com o escravismo e o feudalismo, chegaria ao fim com uma grande
crise, uma espécie de catástrofe geral da economia e das instituições. A previsão de
Marx era a de que a falência do capitalismo ocorreria nos países mais industrializados
da Europa. Paradoxalmente, a concepção marxista veio a triunfar na Rússia e na China,
países rurais e atrasados. 

Você também pode gostar