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05/10/2020
Abaetetuba- PA
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CARVALHO, Márcia Monteiro. Avaliação da compreensão escrita dos
surdos do Ensino Fundamental Maior. Cap. 1
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entendido como uma pessoa doente que precisa de cura, mas como uma
pessoa possuidora de uma língua e cultura própria. A surdez é compreendida
como diferença e os surdos como “diferentes” dos ouvintes, sendo a diferença
caracterizada pela forma como os surdos têm acesso ao mundo, isto é, através
da linguagem visual: a surdez é somente uma diferença linguística.” (p. 11)
“Com os surdos que são filhos de pais ouvintes que não conhecem a
língua de sinais, isso não acontece, na maioria dos casos. As famílias
geralmente levam certo tempo para perceberem a surdez de seus filhos e
quando a descobrem, dificilmente recebem, por parte do governo, informações
adequadas sobre como lidar com esta nova situação. Por conta disso, a
linguagem nessas pessoas ocorre de forma tardia. [...]” (p. 12)
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fato de constituírem-se em comunidade significa que partilham e conhecem os
seus usos, já que interagem cotidianamente em um processo comunicativo
eficiente. [...]” (p. 13)
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“Vale ressaltar que a proposta bilíngue só será para o surdo uma
alternativa válida se no ambiente escolar for respeitada a integridade de cada
língua, onde não haja a interferência e uso de processos de comunicação
como o bimodalismo, português sinalizado, no qual o plano morfológico é o da
língua de sinais e a sintaxe o da língua portuguesa. E para isso é necessário
que os profissionais dominem a língua de sinais e o surdo venha a dominar a
língua portuguesa escrita como segunda língua.” (p. 17)
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alunos surdos sejam motivadas pela surdez ou por questões cognitivas. No
entanto uma análise do processo de ensino da leitura e da escrita de alunos
surdos leva a crer que muitos dos resultados insatisfatórios, com um bom
número de alunos, não resultam de dificuldades em lidar com os símbolos
escritos, mas da falta de uma língua constituída como base na qual possam
construir a escrita. As crianças surdas, quase na totalidade, chegam à escola
sem essa base linguística para dar início ao processo de leitura e escrita; por
isso ficam atrasadas em relação aos alunos ouvintes.” (p. 19)
“Quanto à escola qual seria seu papel? De acordo com Quadros (2006)
deverá disponibilizar para a criança materiais que possam viabilizar a
comunicação com o mundo a sua volta, com profissionais preparados para lidar
com essa situação e com recursos apropriados (brinquedinhos com palavras e
números, calendários, jogos do computador, álbum de fotografias com
legendas em LIBRAS e em língua portuguesa entre inúmeros outros. [...] Outro
ponto relevante é respeitar o ritmo de aprendizagem de cada criança
observando se a criança demora a aprender a ler ou a escrever. Quando isso
ocorre, pode não se tratar de problemas de aprendizagem ou falta de
inteligência, talvez, sua maturidade, ainda não esteja pronta suficiente para
exercer tal atividade.” (p. 21)