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História dos Meios de Comunicação

2020.2
Prof. Pedro Aguiar
aula 6 – A Comunicação na Belle Époque (1870-1918)
História dos Meios de Comunicação . GCO 00243
Idade Contemporânea: Séculos XIX/XX (1870-1918)

• segunda revolução industrial: nova mudança paradigmática da produção,


baseada na força da eletricidade, que é aplicada à maior parte dos
inventos produtivos e de comunicação da virada do século XIX para o XX.

• indústria de patentes: as invenções passam a ter registro oficial e


reconhecimento jurídico com valor comercial; briga de Graham Bell x
Elisha Gray, Tesla x Edison, Tesla x Marconi: inventores-empresários

• educação básica universal: na maior parte dos países – inclusive nos EUA
–, o ensino público passa a ser generalizado e obrigatório para crianças e
adolescentes, com currículo padronizado nacionalmente.

• imperialismo europeu e norte-americano: ocupava África, Ásia e Caribe à


força (militarmente) e enviava mercadorias – inclusive bens culturais. Com
o imperialismo, a mídia dos EUA e Europa alcança o mundo quase todo.

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Segunda revolução industrial (c.1876-1901)

• Profissionalização da ciência e o nascimento das empresas multinacionais


(sediadas na Europa ou nos EUA e atuantes em vários países,
especialmente da América Latina, da Ásia e da África).
• Surgem os departamentos de pesquisa & desenvolvimento (P&D)

• Produtividade da indústria: eficiência como valor quantitativo


• Frederick Taylor e a disciplina da “administração científica”:
• treinamento, controle e participação nos lucros e resultados
• Henry Ford e a linha de montagem para o carro “Ford modelo T”
• “Você pode ter o carro da cor que quiser, desde que seja preto”
• aceleração, padronização e massificação da produção e do consumo
• esses princípios, depois, serão aplicados à cultura e à mídia

• O automóvel e a ideologia do indivíduo: o carro é a epítome do poder de


cada homem de decidir seus caminhos e seu destino (liberalismo na veia).
• Transporte usado para distribuição de mídia e para publicidade
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Idade Contemporânea: Séculos XIX/XX (1870-1918)

• invenção do telefone (1876, EUA): Alexander Graham Bell utiliza impulsos


elétricos conduzidos por fios metálicos para captar e reproduzir sons a
distância em membranas sensíveis, que vibram; acústica + eletricidade

• invenção do fonógrafo (1877, EUA): Thomas Edison (que, antes, já


inventara a lâmpada elétrica incandescente a vácuo em bulbo de vidro)
aplica a técnica de gravação de vibrações sonoras em superfície maleável
a um aparelho que consegue reproduzir o som gravado

• invenção do cinema (1895, França): irmãos Auguste e Louis Lumière


aplicam a luz à fotografia e à rotação para fazer a projeção de sequências
de fotogramas, gerando a ilusão de movimento: o cinematógrafo é o
marco inicial do cinema

• todos esses são inventores que viram empresários

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Graham Bell
(1847-1922)
Escócia/EUA
telefone
detector de metais
hidroavião

fundador da Bell Company e da


AT&T (atual dona da Warner)

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Thomas Edison
(1847-1931)
EUA
lâmpada incandescente
fonógrafo
microfone
mimeógrafo

fundador da
Edison General Electric Company
(lâmpadas GE)
precursora da RCA e da NBC
(The Voice, Will & Grace, This Is Us...)

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Nikola Tesla
(1856-1943)
Sérvia
corrente alternada (AC)
distribuição de eletricidade

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irmãos Lumiére
Auguste (1862-1954)
Louis (1864-1948)
França
cinematógrafo

fundadores da Autochromes Lumière


(hoje Ilford Photo)

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Guglielmo Marconi
(1874-1937)
Itália
telégrafo sem fios ou
radiotelégrafo (rádio)

fundador da Marconi Wireless


(hoje BAE Systems)

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Invenção do rádio (telégrafo sem fios)

• Cada país reivindica seu inventor do rádio (como Santos Dumont x Irmãos
Wright, ou Edison x Tesla). Para os italianos, foi Guglielmo Marconi; para
os alemães, foi Heinrich Hertz; para os russos, foi Alyeksandr Popov; para
os britânicos, foi Oliver Lodge. Para os brasileiros, foi o padre gaúcho
Roberto Landell de Moura.

• 1865: James Maxwell (Reino Unido) - teorizou a existência de ondas eletromagnéticas, cuja
irradiação poderia ser manipulada (produzida, transmitida e detectada/recebida).
• 1888: Heinrich Rudolph Hertz (Alemanha) - descreveu as ondas eletromagnéticas, por isso
batizadas como ondas hertzianas, e concebeu os mecanismos de transmissão e recepção.
• 1899: Édouard Branly (França) - inventou o coesor, aparelho necessário para detectar sinais
emitidos por ondas eletromagnéticas
• 1894: Oliver Lodge (Reino Unido) - demonstrou publicamente a recepção de ondas
eletromagnéticas com um aparelho coesor, mas não som, numa distância de 55 metros.
• 1894-1900: Roberto Landell de Moura (Brasil) - primeira transmissão pública de som por
meio de ondas eletromagnéticas, realizada em São Paulo, num trecho de 8km entre a
Avenida Paulista e o Alto de Santana.
• 1895: Guglielmo Marconi (Itália) - criou um sistema radiotelegráfico de transmissão a longa
distância, com antena monopolar e transmissor aterrado.
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redação de jornal nos EUA
no dia 15/4/1912
(naufrágio do Titanic)
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Telefonia: revolução na comunicação interpessoal

• Em 1876, Alexander Graham Bell patenteou o telefone, disputando


patente com Elisha Gray e venceu – tornando-se seu sócio na Bell/AT&T.

• O telefone reconfigurou e acelerou processos em diferentes áreas:


comércio, consumo de cultura, delegacias de polícia, bancos, imprensa...

• Em 20 anos, expandiu-se pelas elites cosmopolitas, primeiro dentro de


cada país (chegou ao Brasil logo em 1877, com D. Pedro II) e depois
internacionalmente (entre os países).

• Entretenimento x necessidade: em 1880, a revista Scientific American já


sugeria que o telefone reorganizaria a sociedade e pouparia
deslocamentos físicos das pessoas.

• Só nos anos 1950 é que o telefone seria um aparelho doméstico comum


nas residências da classe média. Mas só se massificou no século XXI.
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Registros sonoros e musicais

• É desta época a maior parte dos registros sonoros mais antigos


preservados até hoje (alguns poucos são de antes, meados do século XIX).
• a gravação mais antiga de voz humana é uma de voz feminina
cantando a cantiga francesa “Au Clair de la Lune” (1860), gravada
pelo tipógrafo Édouard-Léon de Martinville (“fonautógrafo”)

• Vários ritmos dessa época foram gravados e, por isso, ficaram famosos e
ainda são conhecidos:
• EUA: ragtime (1895), blues (1912) jazz (1915); danças: foxtrot
(1914), charleston (1923)
• Europa: can-can (França, c.1890), polca (Boêmia, c.1840), fado
(Portugal, c.1840), burlesco (Europa Central, c.1900)
• Mundo hispânico: tango (Argentina, c.1900), milonga (Argentina,
c.1880), zarzuela (Espanha, c.1870), havaneira (Cuba, c.1860)
• Brasil: samba (c.1910), forró (c.1910), maxixe (c.1910)

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Teatro musical

• Diversas manifestações de teatro musical (ou comédia musical, embora


nem todas as peças fossem engraçadas) aparecem e se espalham pela
Belle Époque. Cada contexto nacional tem estilos e nuances diferentes,
mas alguns que podem ser destacados são:
• opereta (Itália, c.1860) – óperas cômicas e mais curtas
• cabaré (França, c.1880) – casas de espetáculos de música, dança e
variedades; mais famosos: Moulin Rouge, Folies Bergère e Bataclan
• vaudeville (França, c.1890) – teatro de variedades e melodrama
• burlesco, show de horrores – teatro Grand Guignol (1897-1962)
• zarzuela (Espanha, c.1870) – fez sucesso na América Latina
• teatro de revista (Brasil, c.1880-1940) – vaudeville brasileiro
• West End (Inglaterra, c.1880) – especialmente peças musicais de
William Gilbert & Arthur Sullivan
• Broadway (EUA, c.1890) – nome de uma avenida em Nova York
onde se instalaram vários dos maiores teatros; passou a ser
metonímia para um estilo próprio de teatro musical jazzístico
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Celebridades: personalidades como produto cultural

• As artes cênicas, no nascimento da mídia, fornecem as primeiras


celebridades (esse termo é recente, do final do séc. XX; antes, eram
chamadas de “olimpianos”, “jet-setters”, “colunáveis”).

• Celebridades são personalidades cujas imagens são vendidas como


produto cultural de massa, seja por terem talentos artísticos, serem ricas
ou ligadas a poderosos ou, mais recentemente, apenas por aparecerem.

• Além de seus próprios domínios de atuação (teatro, música, cinema etc.),


as celebridades são “aproveitadas” e reproduzidas em outros meios de
comunicação e produtos culturais: revistas, jornais, depois rádio, TV...

• Em muitos casos, as celebridades são mulheres, cujos corpo, aparência e


estilo são associados a outras mercadorias e produtos vendidos.
• A atriz de teatro Sarah Bernhardt e a dançarina Isadora Duncan
são dois exemplos de primeiras celebridades da mídia industrial.
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Sarah Bernhardt

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Isadora Duncan
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Cinema: quadros que se mexem (moving pictures)

• Tecnicamente, a cinematografia é a ilusão de óptica que sugere percepção


de movimento por meio da sequência de fotografias estáticas projetadas

• Bem como a fotografia, a imagem no cinema nasce só com informação de


luz, não de cor (escala de cinzas ou “preto e branco”) nem som (“mudo”)
• A sonorização sincrônica com o filme só é viabilizada em 1927
• A colorização é testada a partir de 1902 em vários processos
(aditivo, subtrativo, Kinemacolor e Technicolor, patenteados)
• Só no final dos anos 30 começam a sair longas coloridos: Branca de
Neve (1937), Robin Hood (1938), O Mágico de Oz (1939), ...E o
vento levou (1939)
• Filmes em P&B continuaram comuns até o final dos anos 1960

• No Brasil, primeira filmagem é na entrada da baía de Guanabara (1897),


entre Rio e Niterói, feita pelo bicheiro José Roberto da Cunha Salles

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Cinema: nova interface para narrativas populares

• Os primeiros filmes são “cenas” do cotidiano, sem atuação nem


encenação (em francês, mise-en-scène): situações na rua, em fábricas, em
estações de trem, no campo e etnografias (povos distantes ou isolados)

• Já em 1896, na França, é feito o primeiro filme de ficção, La Fée aux Choux


(“A Fada dos Repolhos”), da diretora-atriz-roteirista Alice Guy-Blaché

• O cinema adapta linguagens de artes cênicas anteriores, como o teatro, a


ópera, o circo e os vários gêneros de teatro musical recém-mencionados.
• A possibilidade de diferentes enquadramentos (“planos”) no
cinema, com imagem aproximada dos atores (“plano fechado”) é
um diferencial para a atuação em cena – e novidade para o público

• Assim como no teatro, há filmes com histórias escritas diretamente para o


cinema (roteiro original) e outros adaptados de histórias conhecidas da
literatura, do teatro, de mitos e do folclore (roteiro adaptado)
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A busca por uma linguagem narrativa audiovisual
• Várias experimentações de linguagem são feitas nas primeiras décadas
até se chegar ao padrão do “cinema narrativo clássico” (ou industrial)

• Na França, Georges Meliès experimenta com efeitos visuais de corte e


cenografia, transições (fade), profundidade de campo e jogos de espelhos

• Na Rússia revolucionária (depois, URSS), Dziga Vertov e Serguei Eisenstein


criam filmes narrativos poéticos (analogia com lírico e épico), com rimas
visuais, metáforas e personagens coletivos

• Nos EUA, D. W. Griffith (famoso pelo racismo e apoio à Ku Klux Klan) cria
vários dos cânones cinematográficos com “O Nascimento de uma Nação”
(Birth of a Nation, 1915)

• No Brasil, Francisco Serrador (SP) encena crimes famosos; Luiz de Barros,


Antônio Campos e Vittorio Capellaro adaptam obras literárias nacionais
como longas: Inocência (1915), O Guarani (1916), Iracema (1918)
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Theda Bara
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Theda Bara

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Alla Nazimova
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Louise Brooks

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Lillian Gish

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Cinejornais: jornalismo por imagens em movimento

• Além dos filmes de ficção e documentários, o cinema também serviu para


o jornalismo: nos anos 1910, foram criados os primeiros cinejornais: eram
filmetes (curtos, de poucos minutos) trazendo imagens de eventos,
acontecimentos e personagens do noticiário recente.
• Obviamente, todo o tempo de filmagem, processamento, cópia e
distribuição das películas dos cinejornais fazia com que as imagens
chegassem ao público várias semanas ou até meses depois dos
momentos registrados. Mesmo assim, eram vistos com curiosidade
e ansiedade pelos espectadores.

• No exterior, os principais foram Pathé (1908-1956), Paramount News (1927-


1957), Fox Movietone (1928-1963), Hearst Metrotone News (1914-1967),
The March of Time (1935-1951) e Universal Newsreel (1929-1967)

• No Brasil, foram Cine Jornal Brasileiro (1938-1979, da AN), Cinédia Jornal


(1934-1944), Atualidades Atlântida (1942-1986) e Canal 100 (1959-1986)
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Literaturas de massa: quadrinhos e romances baratos
• Na Belle Époque, a produção industrial de literatura se acelera. Surgem
romances impressos em papel-jornal e vendidos em bancas e quiosques.
Ambientados em países e continentes ocupados sob o imperialismo, em
cenários que os europeus e norte-americanos consideravam “exóticos”,
ou com temas fantásticos e misteriosos para fisgar atenção do público:
• livros de aventuras de Karl May, H. Rider Haggard (As Minas do Rei Salomão, Reino
Unido, 1885); faroeste, Johnston McCulley (Zorro, 1919)
• surge o gênero “terror”: Drácula (Bram Stoker, Reino Unido, 1897), O Fantasma da
Ópera (Gaston Leroux, França, 1910), revistinhas de contos penny dreadful;
• gênero crime/detetives: Arthur Conan Doyle (Sherlock Holmes)
• gênero ficção científica: Júlio Verne (França), H. G. Wells (R. Unido)

• Aparecem as histórias em quadrinhos (HQ), aproveitando a sofisticação


da produção gráfica (mais fácil reproduzir desenhos a cores do que antes)
• formatos: tirinhas em jornais; revistas em quadrinhos (gibi); e, mais tarde, graphic
novels (biográficas, religiosas, românticas)
• Primeira tirinha em quadrinhos: Yellow Kid (EUA, 1895)
• Os Sobrinhos do Capitão (Katzenjammer Kids) (EUA, 1897): primeiros quadrinhos a
usar balões como recurso gráfico de falas
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Idade Contemporânea: Séculos XIX/XX (1870-1918)

• cultura da comunicação telefônica: a partir das primeiras décadas do


século XX, começa uma mudança cultural, especialmente nas cidades, em
que pessoas passam a se comunicar por meio de ligações telefônicas, sem
necessidade de deslocamento físico para conversar ou mandar recados

• cultura da imagem: somando-se à fotografia, o cinema e o cartazismo


trazem um repertório visual “realista” para as sociedades urbanas
• além de filmes de ficção, as salas de cinema exibem cinejornais e
documentários, mostrando imagens do cotidiano ao grande público
• jornais começam a publicar fotografias (em preto e branco)
• mas já há revistas impressas a cores
• a partir daí, há registros visuais e sonoros da história
• primeiras celebridades produzidas pela mídia

• O esporte ganha espaço nas mídias e, por isto, se profissionaliza. A música


também, como mercadoria. Lazer e comércio se tornam inseparáveis.
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Colunas Morris:

Superfície visível para


publicidade (com cartazes)

Parte do mobiliário urbano

6,25 m de altura

Rotativas (por eletricidade) e


acesas à noite

Típicas da Belle Époque


parisiense, imitada em
outras cidades do mundo

Antecessoras da mídia OOH


(tipo ClearChannel)
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A Eclética:

Primeira agência de publicidade do


Brasil. Fundada em São Paulo por João
Castaldi e Jocelyn Benaton (1914)

Criou campanhas para Ford, Texaco,


Kolinos, Palmolive, Lux (sabonete),
Eucalol, Gillette, aveia Quacker,
biscoitos Aymoré e guaraná Antarctica

Veiculava principalmente em jornais (O


Estado de S.Paulo) e revistas (O Malho,
Fon-Fon, Caretas, A Cigarra)

Inaugurou a cobrança da bonificação


paga pelos veículos

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Imprensa, eletrificada, agora é industrial

• Na imprensa, a queda dos custos de impressão (com as rotativas elétricas)


barateava o preço final do jornal, o que ajudava a ampliar sua penetração
e sua cotidianização. Por outro lado, crescia a exigência de simplificação
da linguagem, visando a um público maior.
• o jornalismo já era sustentado pela publicidade;
• as publicações já mostravam mais foco nos negócios, no comércio
do que no estímulo à politização da opinião pública;
• composição por linotipo (máquina que fundia os tipos na hora)

• Informação e entretenimento se misturam de vez: acidentes, crimes,


escândalos, sexo, epidemias, palavras cruzadas e esportes estimulavam o
interesse do público pelos jornais (vendidos na rua por crianças pobres).
• Nos EUA, o “jornalismo investigativo” expôs corruptos e magnatas

• Imprensa concentrada nas mãos de poucos grupos (oligopólios): lordes


Northcliffe e Beaverbrook (Reino Unido), Pulitzer (EUA), Hearst (EUA)
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Largo do Machado, 1914

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Comissão Rondon:

Série de expedições
militares, pagas pelo
Estado, que instalam
postes e cabos
telegráficos ligando
Goiás e São Paulo à
Amazônia, cruzando
o Mato Grosso até a
atual cidade de
Porto Velho (então
Santo Antônio), na
beira do rio Madeira

(1890-1913)

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Santo Antônio - MT
(atual Porto Velho - RO)

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Para a próxima aula:


• Ouvir áudio de Era dos Extremos (1918-1945)
• Olhar a oitava fileira da Nuvem do Tempo
• Ouvir a playlist da era do rádio (1918-1945)
• Ler PDF com textos correspondentes
• Ver infográficos sobre rádio
• Assistir aos vídeos sugeridos

Até semana que vem!


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