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Resumo de O Livro dos Espíritos (32ª.

edição da FEB)

Objetivo :
Facilitar ao expositor o acesso à essência das 1018 perguntas (1210) do livro, de modo a favorecer o uso
freqüente da codificação nas palestras e cursos, junto com os autores deste século que vieram ampliar os
conceitos doutrinários.
Este trabalho não substitui o estudo direto das obras de Kardec, que é imprescindível ao espírita iniciante ao
veterano.
O Livro dos Espíritos, ao contrário das outras obras da codificação, foi escrito com respostas nem sempre
direcionadas a todos os espíritos. Às vezes, a resposta refere-se a espíritos inferiores, ou medianos, ou
superiores ou todos, ou ainda uma combinação das 3 grandes classes de espíritos.
Aceitam-se sugestões e alterações nos resumos, na certeza de que tudo pode melhorar e aperfeiçoar.

Critérios :
1. Procurar resumir numa frase ou linha, a essência de cada pergunta e resposta.
2. Eliminar os conceitos repetitivos.

LIVRO 1 - Das Causas Primárias


CAPÍTULO I - DE DEUS

Deus e o Infinito (questões 1 a 3)


1 Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
2 Infinito: o que não tem começo nem fim.
3 Deus é infinito ? Definição incompleta, pobreza da linguagem dos homens.

Provas da existência de Deus (questões 4 a 9)


4 A prova da existência de Deus está num axioma “ Não há efeito sem causa, tudo que
não é obra do homem...
5 Todos os homens trazem em si a idéia da existência de Deus.
6 O selvagem (sem educação) tem o sentimento intuitivo da idéia de Deus.
7 A causa primária da formação das coisas não está nas propriedades íntimas da matéria.
8 O universo não é obra do acaso. Seria absurdo considerar o acaso um ser inteligente.
9 A inteligência suprema e superior se revela no provérbio : “pela obra se conhece o
autor”.

Atributos da divindade
10 O homem não consegue compreender a natureza do Criador, falta-lhe um
sentido.
11 Quando o homem, pela perfeição se aproximar de Deus, ele o verá e
compreenderá.
12 É possível compreender alguns dos atributos do Criador.
13 Alguns de seus atributos, mesmo sabendo que existem outros fora do nosso
entendimento :
- Eterno - se tivesse tido princípio, teria saído do nada ou criado por um ser que seria
Deus.
- Imutável - se estivesse sujeito às mudanças, as leis do Universo não seriam estáveis.
- Imaterial - se fosse material estaria sujeito às transformações matéria.
- Único - se houvessem mais deuses não haveria unidade de vistas nem poder no
Universo.
- Onipotente - se não fosse haveria alguém mais poderoso, aí esse seria o Deus.
- Soberanamente justo e bom - a sabedoria das leis divinas reflete-se nas pequenas e
grandes coisas.

Panteísmo
14 Deus é um ser distinto das criaturas. (Não confundir a obra com o autor!)
15 Não podendo fazer-se Deus, o homem quer ao menos ser uma parte Dele.
16 A inteligência de Deus se revela em suas obras, mas as obras de Deus não são o próprio
Deus.

CAPÍTULO II - DOS ELEMENTOS GERAIS DO UNIVERSO

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Conhecimento do princípio das coisas
17 Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo.
18 O “véu se levanta” à medida em que se depura, mas ainda precisa de faculdades
que não possue.
19 A Ciência foi dada ao homem para seu adiantamento, mas há limites estabelecidos.
20 Quando é conveniente, Deus pode revelar o que à ciência não é dado apreender.

Espírito e matéria
21 Só Deus sabe se a matéria existe de toda a eternidade, mas Ele nunca ficou inativo.
22 A matéria existe em estados que ignoramos. Mesmo sendo etérea e sutil é sempre
matéria.
a A matéria é o laço que prende o Espírito, instrumento de que se serve e sobre o qual
atua.
23 Espírito é o princípio inteligente do Universo.
24 A inteligência é um atributo do espírito e não um sinônimo deste.
25 Espírito e matéria são distintos, mas a união dos dois intelectualiza a matéria.
a Sem a união do espírito com a matéria, não seria possível perceber o Espírito.
26 É possível conceber o espírito sem a matéria e vice-versa, pelo pensamento.
27 Deus, espírito e matéria constituem o princípio do que existe, o fluido universal é o
intermediário entre os dois últimos.
a O fluido elétrico assim com o fluido magnético são modificações do fluido universal.

Propriedades da matéria
29 Ponderabilidade é uma propriedade da matéria, enquanto o fluido universal é
imponderável e princípio da matéria.
30 A matéria é formada de um só elemento primitivo que não é o que conhecemos (ainda
hoje).
31 As diversas propriedades da matéria são modificações das moléculas elementares ao
se unirem.
32 Toda a matéria é modificação de uma única substância primitiva.
33 A mesma matéria elementar se modifica e adquiri propriedades diferentes.
a A matéria teria 3 propriedades: força, movimento e coesão molecular.
34 As moléculas têm forma apropriada.
a O que chamamos molécula está longe de ser elementar.

Espaço universal
35 O espaço universal é infinito e isso ainda não podemos compreender.
36 O que parece vazio está ocupado por matéria que escapa aos nossos sentidos, não
existe vácuo.

CAPÍTULO III - DA CRIAÇÃO

Formação dos mundos


37 O Universo não fez a si próprio, é obra de Deus.
38 Deus criou o Universo por sua vontade.
39 Os mundos se formam pela condensação da matéria espalhada no espaço.
40 Os cometas são mundos em formação, mas não tem a influência vulgar que lhe
atribuem.
41 Mundos formados desaparecem e reaparecem renovados, assim como os seres vivos.
42 Nada puderam dizer sobre duração da formação dos mundos.

Formação dos seres vivos


43 A Terra começou a ser povoada após o caos, quando pouco a pouco cada coisa tomou
seu lugar.
44 A Terra continhas os germens dos seres vivos, surgiram no momento propício.
45 Os elementos orgânicos, antes da formação na Terra, estavam em estado fluido no
espaço.
46 Ainda há seres que nascem espontaneamente, multidões de vermes desabrocham a
todo instante.
47 A espécie humana se encontrava entre os elementos orgânicos por isso se diz que o

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homem se formou do limbo.
48 Os nossos cálculos para conhecer a época do surgimento do homem na Terra, são
quiméricos.
49 O sistema de reprodução substituiu a geração espontânea do início da vida no planeta.

Povoamento da terra. Adão


50 A espécie humana não começou por um único homem.
51 Adão viveu cerca de 4.000 anos A.C. mas é uma alegoria para designar uma raça
tronco.

Diversidade das raças humanas


52 As diferenças físicas e morais das raças humanas provem do clima, da vida e dos
costumes.
53 O homem surgiu em muitos pontos da Terra e em diversas épocas dando causa à
diversidade das raças.
a Estas diferenças não constituem espécies distintas, todos são da mesma família.
54 Mesmo não nascidos de um único tronco, todos os homens são irmãos em Deus.
55 Todos os globos que se movem no espaço são habitados.
56 A constituição física dos diferentes globos de modo algum se assemelham.
57 Como a constituição física é diferente, os seres que os habitam também são.
58 Os mundos mais afastados do Sol não estão privados de luz e calor, existem outras
fontes de energia.

Considerações e concordâncias bíblicas sobre a criação


59 A ciência teve que rever interpretações equivocadas da bíblia: o aparecimento de Adão;
a Terra como o centro do universo; a criação do mundo em seis dias etc. Muitas partes
da bíblia foram escritas de modo figurado. A ciência descobriu ser exata a ordem de
aparecimento dos seres vivos segundo a Gênese Mosaica.

CAPÍTULO III - DO PRINCÍPIO VITAL

Seres orgânicos e inorgânicos


60 A lei atração que une os elementos da matéria orgânica e inorgânica é a mesma para
todos.
61 A diferença entre substância inorgânica e orgânica é que nesta última a matéria está
“animalizada”.
62 A causa da animalização da matéria orgânica é a sua união com o princípio vital.
63 O princípio vital é quem dá a vida a todos os seres que o absorvem e assimilam.
64 O princípio vital é um subproduto do fluido universal.
a A vitalidade tem sua origem numa modificação da matéria (fluido) universal.
65 O princípio vital tem por fonte o fluido universal.
66 O princípio vital, responsável pelo movimento e pela atividade, varia conforme as
espécies.
67 A vitalidade se desenvolve com o corpo, já que a união dos dois é necessária para
produzir a vida.
a Pode-se dizer que a vitalidade está latente enquanto não unida a um corpo.

A vida e a morte
68 A causa da morte dos seres orgânicos é o esgotamento dos orgãos.
a A morte é comparável ao desarranjo de uma máquina.
69 A lesão de peças essenciais dos organismos é que causa a morte.
70 Na morte, a matéria inerte de decompõe e forma novos organismos, o princípio vital
volta ao fluido universal.

Inteligência e instinto
71 A inteligência não é propriedade do princípio vital, mas precisa de orgãos com
vitalidade para se manifestar.
72 A fonte da inteligência é a Inteligência Universal. Esta é uma das coisas que o homem
não pode compreender.
a A inteligência é uma faculdade própria de cada ser e constitui a sua individualidade
moral.

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73 O instinto é uma espécie de inteligência sem raciocínio. Por ele os seres provêm às sua
necessidades.
74 Impossível estabelecer fronteira entre instinto e inteligência, mas possível distinguir os
atos de uma e de outra.
75 O instinto não diminue na razão do crescimento do intelecto e quase sempre nos guia
com mais segurança.
a Se não fosse falseado pela má educação o instinto seria infalível. A razão permite
escolha e dá o livre arbítrio.

LIVRO 2 - Do mundo espírita ou dos espíritos


CAPÍTULO I - DOS ESPÍRITOS

Origem e natureza dos espíritos


76 Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo
material.
77 Os espíritos são seres criados por Deus e não partes Dele.
78 Deus existe de toda a eternidade, os espíritos tiveram um princípio. Mistério : quando e
como é a criação.
79 Os espíritos são a individualização do princípio inteligente, e os corpos do princípio
material.
80 A criação dos espíritos é permanente, e não só na “origem dos tempos”.
81 Os espíritos são criados como todas as outras criaturas pela vontade de Deus. A origem
é um mistério.
82 Os espíritos não imateriais, são incorpóreos ou de matéria quintessenciada.
83 A existência dos espíritos não tem fim.

Mundo normal primitivo


84 Os espíritos constituem um mundo à parte, fora daquele que vemos... o mundo dos
espíritos.
85 O mundo dos espíritos preexiste e sobrevive a tudo.
86 É incessante a correlação entre eles.
87 Os espíritos estão por toda a parte. Povoam o espaço infinito. Nem todos vão a todo
lugar, há limites.

Forma e ubiqüidade dos espíritos


88 O espírito é (para vós) uma chama, um clarão ou uma centelha etérea.
a Essa centelha tem a coloração que vai do escuro e opaco ao brilhante, conforme a
evolução do espírito.
89 Os espíritos gastam “algum” tempo para percorre o espaço mas o fazem com a
velocidade do pensamento.
a Quando o pensamento está em alguma parte, a alma também aí está.
90 Durante o transporte a distância, o espírito pode inteirar-se ou não dos detalhes,
depende da sua vontade.
91 A matéria não opõe nenhum obstáculo ao espírito.
92 O espírito não pode dividir-se mas irradiar-se, parecendo estar em muitos lugares ao
mesmo tempo.
a A força dessa irradiação depende do grau de pureza de cada um.

Perispírito
93 O espírito é envolto por substância vaporosa para os teus olhos mas densa para nós.
94 Este envólucro semi-material ele obtém do fluido universal de cada globo, por isso não
são idênticos.
a Quando espíritos de mundos superiores vêm até nós, revestem-se da nossa matéria.
95 O perispírito tem a forma que o espírito queira.

Diferentes ordens de espíritos


96 Os espíritos são de diferentes ordens, conforme o grau de perfeição alcançado.
97 Graus de perfeição são ilimitados, mas podem ser reduzidos a três. Puros, medianos e
inferiores.
98 Os medianos possuem o desejo do bem, alguns ciência, outros sabedoria e bondade,
mas ainda sofrem provas.
99 Os inferiores não são todos maus, uns não fazem nem mal nem bem, há os levianos, os

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malignos, etc.

Escala espírita
100 Classificação não é absoluta. Existem três grandes divisões: imperfeitos (5), bons (4
grupos) e perfeitos.
101 Imperfeitos - predomínio da matéria, propensão ao mal, ignorância, orgulho, egoísmo e
todas as paixões.
102 10ª. - Impuros : são grosseiros ao falar e agir, têm prazer no mal e não importa a
categoria social que possuem.
103 9ª. - Levianos : ignorantes, maliciosos, irrefletidos e zombeteiros. Gostam de causar
contrariedades, intrigas etc.
104 8ª. - Pseudo-sábios : dispõe de certo conhecimento e são capazes de iludir quanto às
suas capacidades.
105 7ª. - Neutros : nem bastante bons para fazerem o bem, nem maus para fazerem o mal,
apegam-se a bens materiais.
106 6ª. - Batedores e perturbadores : podem estar em todas as classes, manifestam-se por
efeitos sensíveis e físicos.
107 Bons - predomínio do espírito, uns têm ciência, outros sabedoria e bondade. São
imperfeitos e têm provas a passar.
108 5ª. - Benévolos : têm como qualidade dominante a bondade, conhecimentos limitados,
gosta de prestar serviços.
109 4ª. - Sábios : têm muito conhecimento, menos ocupados com questões morais,
encaram a ciência pela sua utilidade.
110 3ª. - de Sabedoria : têm grandes qualidades morais e são dotados de boa capacidade
intelectual.
111 2ª. - Superiores : reunem ciência, sabedoria e bondade, só encarnam para cumprir
missões e servir de exemplo.
112 Puros - nenhuma influência da matéria, superioridade intelectual e moral, passaram
todos os degraus evolutivos.
113 Classe única :, não sofrem provas/expiações nem estão sujeitos à encarnação,
intermediários entre Deus e o homem.

Progressão dos espíritos


114 Os espíritos não são nem bons nem maus, melhoram por si mesmos passando de uma
ordem inferior a outra superior.
115 Todos os espíritos são criados simples e ignorantes com a tarefa de atingir a
perfeição,as provas aceleram o progresso.
116 Nenhum espírito se conservará eternamente inferior, variando apenas o tempo em que
isso ocorre.
117 Os espíritos progridem mais ou menos rápido, dependendo da sua vontade e da
submissão a Deus.
118 Os espíritos podem permanecer estacionários, mas não retrogradam.
119 Não haveria mérito se os espíritos fossem criados perfeitos. A desigualdade é necessária
às suas personalidades.
120 Nem todos os espíritos passam pela fieira do mal, mas pela da ignorância sim.
121 Os espíritos seguem o caminho do mal ou o do bem, por serem livres para escolher
entre um e outro.
122 O livre-arbítrio se desenvolve à medida que o espírito adquire consciência de si mesmo,
nada o dirige senão sua vontade.
a As más influências são promovidas por espíritos imperfeitos, dai o símbolo de Satanás.
b As influências são exercidas ao longo da sua vida de espírito, e são cessam quando ele
adquire domínio de si mesmo.
123 “A sabedoria de Deus está na liberdade de escolher que ele deixa a cada um, cada um
tem o mérito de suas obras.”
124 Há espíritos que seguem o caminho do bem desde o princípio, e vice-versa, mas os
casos intermediários são a maioria.
125 Mesmo espíritos que seguiram o mal chegarão ao grau de superior, mas “as eternidades
lhes serão mais longas”.
126 “Deus olha de igual maneira para os que se transviaram e para os outros e a todos ama
com o mesmo coração”.
127 Os espíritos são criados iguais quanto às faculdades intelectuais, com o livre-arbítrio
progride a inteligência e a moral.

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Anjos e demônios
128 Os anjos, arcanjos e serafins não são uma categoria especial. São espíritos puros no
mais alto grau da escala.
129 Os anjos percorreram todos os graus da escala, uns mais rápidos outros mais
lentamente.
130 As tradições dos povos admitem a existência de seres perfeitos, porque antes da Terra
existir já haviam espíritos assim.
131 Deus não cria seres maléficos. Demônio significava em grego, gênio, inteligência e
refere-se a todos os seres incorpóreos.

CAPÍTULO II - DA ENCARNAÇÃO DOS ESPÍRITOS

Objetivo da encarnação
132 Deus determinou aos espíritos a necessidade de encarnar para alcançar a perfeição e
de colaborarem na criação.
133 Mesmo os espíritos que desde o princípio seguiram o caminho do bem foram criados
simples e ignorantes.
a O mérito em seguir os caminhos do bem desde o início é atingir a perfeição mais
depressa.

A alma
134 A alma é um espírito encarnado.
a Antes de se unir ao corpo a alma era um espírito.
b Alma é o espírito encarnado e espírito é a alma desencarnada.
135 Além da alma e do corpo existe um laço que liga ambos.
a Este laço é semimaterial, de natureza intermediária entre o espírito e o corpo.
136 A alma independe do princípio vital, o corpo não é mais do que envoltório.
a A vida orgânica pode animar um corpo sem alma, mas a alma não pode habitar um
corpo sem vida orgânica.
b Se não tivesse alma o corpo seria uma massa de carne sem inteligência.
137 Um espírito não pode encarnar em dois corpos diferentes, ele é indivisível.
138 Alguns consideram a alma o princípio da vida material. É uma questão de palavras,
pouco importa.
139 Alguns espíritos e alguns filósofos definiram alma como uma centelha anímica emanada
do Todo... questão de palavras.
140 A tese da alma subdividida em tantas partes quantos são os músculos e presidindo
funções do corpo é errônea.
a Alguns espíritos pouco esclarecidos deram essa definição, tomando o efeito pela causa.
141 A alma irradia e se manifesta exteriormente como luz através de um globo de
vidro.Possui 2 envoltórios:perispírito e corpo.
142 A alma não se completa na criança a cada período de vida, ela está toda na criança, os
orgãos sim se desenvolvem.
143 Os espíritos não definem do mesmo modo a alma pois nem todos se acham esclarecidos
sobre este assunto.
144 Entende-se por alma da Terra o conjunto dos espíritos abnegados que nos dirigem para
o bem, quando os escutamos.
145 Filósofos antigos e modernos não chegaram à verdade da doutrina espírita pois
tomaram suas próprias idéias pela luz.
146 A alma não tem uma sede determinada, nos gênios reside na cabeça, nos homens de
sentimento no coração.
a Pode-se dizer que a sede da alma se encontra especialmente nos orgãos das
manifestações intelectuais e morais.

Materialismo
147 Os anatomistas e fisiologistas são materialistas por orgulho, não admitindo coisas acima
do seu entendimento.
148 O materialismo não é uma consequência dos estudos mas da falsa interpretação que
dão aos fatos.

CAPÍTULO III - DA VOLTA DO ESPÍRITO À VIDA ESPIRITUAL


A alma após a morte

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149 No instante da morte a alma volta ao mundo dos espíritos donde se apartara por algum
tempo.
150 A alma, após a morte, jamais perde sua individualidade.
a A alma comprova sua individualidade com um fluido haurido na atmosfera do planeta
que mantem a sua aparência.
b A alma nada leva senão lembranças doces ou amargas e o desejo de ir para um mundo
melhor.
151 A alma após a morte não retorna ao todo universal. Quando estamos numa assembléia
mantemos nossa individualidade
152 A prova da individualidade da alma após a morte está nas comunicações que
recebemos.
153 Vida eterna é a do espírito, a do corpo é transitória.
a A vida dos espíritos puros é antes a felicidade eterna.

Separação da alma e do corpo


154 O corpo quase sempre sofre mais durante a vida do que no momento da morte.
155 A separação da alma e do corpo ocorre quando os laços que a retinham se rompem.
a Esta separação se dá gradualmente. Os laços se desatam pouco a pouco, não se
rompem.
156 A separação definitiva pode ocorre antes da cessação completa da vida orgânica.
157 Muitas vezes a alma sente o desprendimento e se esforça para ajudar e goza por
antecipação do estado de espírito.
158 A lagarta que se arrasta e depois da morte aparente na crisálida renasce, nos dá uma
idéia acanhada do que é a morte.
159 A sensação da alma após a morte varia. Para o justo é boa para que praticou o mal não
é.
160 Muitas vezes, espíritos nossos conhecidos, nos ajudam no desligamento e encontramos
muitos que a tempo não víamos.
161 Geralmente em caso de morte violenta a separação da alma e a cessação da vida
ocorrem simultaneamente.
162 Após decapitação o homem conserva por minutos a consciência de si, mas também tem
casos de perda da consciência.

Perturbação espiritual
163 Após deixar o corpo a alma passa algum tempo em estado de perturbação.
164 A perturbação que se segue é variável, os mais evoluídos se reconhecem quase
imediatamente outros demoram.
165 A prática do bem, a consciência pura e o conhecimento do espiritismo diminuem o
período de perturbação.

CAPÍTULO IV - DA PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS

A reencarnação
166 Não alcançando a perfeição durante a vida corpórea o espírito precisa sofrer a prova de
uma nova existência.
a Essa existência de transformação é necessário que seja na vida corporal.
b A alma passa por muitas existências corporais.
c A alma que deixou um corpo reencarna em outro corpo.
167 O objetivo da reencarnação é o melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto,
onde a justiça ?
168 Quando o espírito estiver depurado não tem mais necessidade das provas da vida
corporal.
169 O número necessário de encarnações varia para cada espírito, todavia são muito
numerosas.
170 Depois da última encarnação o espírito é considerado puro.

Justiça da reencarnação
171 A reencarnação se fundamenta na justiça de Deus. Não seria justo a infelicidade eterna
sem o êrro eterno.

Encarnação nos diferentes mundos


172 A encarnação se dá nos diferentes mundos. Na Terra não foram as primeiras nem as

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últimas.
173 Vive-se bastante num mesmo globo, se não se adiantou suficiente para passar a um
mundo superior.
a Podemos reaparecer muitas vezes na Terra.
b Podemos voltar a viver na Terra, depois de termos vivido em outros mundos.
174 Voltar a viver na Terra não é obrigatório, mas em não havendo progresso podemos ir
para outro mundo igual ou até pior.
175 Não há nenhuma vantagem voltar a viver na Terra, a não que seja em missão.
a Permanecer na condição de espírito (enquanto não se atingir a perfeição) não seria bom
porque isto significaria estacionar.
176 Depois de encarnar noutros mundos, os espíritos podem encarnar na Terra, sem jamais
terem aqui estado.
a Existem muitos seres encarnados pela primeira vez na Terra, e em diversos graus de
adiantamento.
b Não há utilidade em saber quem está encarnado pela primeira vez na Terra.
177 Não é necessário que o espírito para chegar à perfeição tenha que passar por todos os
mundos existentes no Universo.
a A pluralidade das existências num mesmo planeta se deve à necessidades de vivermos
em diversas posições.
178 Os espíritos em missão, podem encarnar em um planeta inferior a outro onde já viveu.
a Em caso de estacionamento do progresso os espíritos recomeçam outra existência no
meio conveniente à sua natureza.
b Os espíritos que faliram em suas missões ou suas provas recomeçam existência
semelhante.
179 Em outros mundos, os seres não estão todos no mesmo nível de perfeição, uns estão
mais adiantados que outros.
180 Passando de um planeta para outro, o espírito conserva a inteligência que já possuía.
181 Os seres que habitam outros mundos têm corpos mais ou menos materiais, compatíveis
com o grau de aperfeiçoamento.
182 Os Espíritos só podem informar o estado físico e moral dos diferentes mundos conforme
o nosso entendimento.
183 Existe a transição da infância nos diferentes mundos, mas nem todas são tão obtusas
quanto Terra.
184 Os espíritos não sempre podem escolher o mundo onde desejam habitar, depende do
mérito de cada um.
a Caso o espírito nada solicite, ele reencarnará em um mundo compatível com o seu grau
de evolução.
185 O estado físico e moral dos seres em cada mundo evolui conforme a lei do progresso.
186 Existem mundos em que a envoltória do espírito é o próprio perispírito.
a Não existe estado demarcatório entre as últimas encarnações e o espírito puro.
187 Ao passar de um mundo para outro, o espírito se reveste da matéria própria desse
outro.
188 Os espíritos puro habitam “determinados” mundos, sem que a eles fiquem ligados
permanentemente.

Transmigrações progressivas
189 Em sua origem, a vida do espírito é apenas intuitiva. Mal tem consciência de si e dos
seus atos.
190 O estado da alma na sua primeira encarnação, é a da infância da vida corporal.
191 A alma dos selvagens são de infância relativa, a inteligência desabrocha e ensaia para a
vida.
a No selvagem as paixões são um sinal de desenvolvimento mas não de perfeição.
192 Mesmo que alguém proceda impecavelmente, não conseguirá ser perfeito, existem
qualidades ainda desconhecidas.
a Mas o homem pode reduzir a extensão e as dificuldades do caminho numa existência
futura.
193 Um homem pode retroceder na escala social, como espírito não.
194 Um homem de bem não pode animar o corpo de um celerado, pois não existe
degeneração.
a Um homem perverso pode tornar-se bom, se se arrependeu.
195 Deixar para se melhorar noutra existência significa retardar o progresso, mais tarde o
espírito verificará o próprio erro.

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196 Os espíritos aperfeiçoam-se pelas tribulações da vida material, uma espécie de
depurador para atingir a perfeição.
a É o espírito que influencia o corpo para que o conjunto melhore.

Sorte das crianças depois da morte


197 O espírito de uma criança pode ser mais adiantado do que o de um adulto.
a Freqüentemente a criança é mais evoluída que o seu pai.
198 Uma criança que morreu cedo, não tendo podido fazer mal nem bem, permanece na
mesma categoria espiritual.
199 A curta duração de uma vida pode representar o complemento de uma outra vida
interrompida antes da hora.
a O espírito de uma criança que morre pequenina, recomeçará outra existência.

Sexo nos espíritos


200 Os espíritos não têm sexo como nos entendemos, há entre eles amor, simpatia e
concordância de sentimentos.
201 O espírito que animou o corpo de um homem pode animar o de uma mulher e vice-
versa.
202 O espírito nasce homem ou mulher em função das provas por que tem de passar.

Parentesco, filiação
203 Os pais transmitem aos filhos somente a vida material, a alma adiciona a vida moral.
204 A sucessão de existências corporais estabelece entre os espíritos ligações que
ultrapassam a parentela comum.
205 A reencarnação não enfraquece os laços de família, amplia-os, muitos estão ligados por
laços de sangue de vida anterior.
a A reencarnação diminui a importância da genealogia, os espíritos transitam entre povos
e raças diversas.
206 Devemos ter afeição pelos antepassados mesmo que os espíritos não procedam uns dos
outros.

Parecenças físicas e morais


207 Os pais transmitem aos filhos a aparência física, a aparência moral fica por conta das
diferença entre os espíritos.
a As semelhanças morais têm causa na atração recíproca entre espíritos simpáticos e pela
analogia de pendores.
208 Os pais exercem grande influência sobre os filhos tendo como tarefa e responsabilidade
desenvolve-os pela educação.
209 Pais virtuosos podem ter filhos perversos a pedidos destes na esperança de serem
melhor encaminhados.
210 As preces do pais não têm a força de atrair um bom espírito para o corpo em formação,
mas ajuda o reencarnante.
211 A semelhança de caráter que muitas vezes existe entre irmãos, está na semelhança de
tendências.
212 Em crianças cujos corpos nascem ligados há dois espíritos cuja semelhança, às vezes,
nos pareçam um só.
213 Não é regra o fato de irmãos gêmeos serem simpáticos entre si, espíritos antagônicos
podem estar juntos na vida.
214 A estória de que crianças “lutam no seio materno”, figuram o sentimento de ódio
recíproco que há entre mãe e filho.
215 O caráter distinto de cada povo, significa uma grande família formada pela reunião de
espíritos simpáticos.
216 Em nova existência o espíritos podem conservar o caráter da anterior, mas pode
melhorar também... e bastante.
217 O espírito se reflete no corpo, imprimindo certo cunho sobretudo ao rosto,daí se diz, que
os olhos são o espelho da alma.

Idéias inatas
218 O espíritos encarnado conserva algum vestígio das existências anteriores através de
vaga lembrança ou “idéias inatas”.
a Os conhecimentos adquiridos por um espírito não se perdem, encarnando esquece-os
em parte, a intuição os conserva.

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b Nem sempre há grande conexão entre duas vidas consecutivas, às vezes há mudanças
em função do progresso auferido.
219 A origem das faculdades extraordinárias de um indivíduo está no progresso anterior da
alma, o corpo muda o espírito não.
220 Um espírito pode “perder” (ficam em estado latente) certas faculdades se as utilizou
mal ou se precisa exercitar outras.
221 A intuição da existência de Deus se deve ao fato do espírito saber antes de encarnar. O
orgulho abafa este sentimento.
a Pela mesma razão, certas crenças da Doutrina Espírita são intuitivas, mas preconceitos
e ignorância atrapalham.

CAPÍTULO V - CONSIDERAÇÕES SOBRE A PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS

222 O dogma da reencarnação não é invenção do Espiritismo, é conhecido desde a mais


remota antigüidade.

CAPÍTULO VI - DA VIDA ESPÍRITA

Espíritos errantes
223 Na Terra, a reencarnação pode ser imediata mas em geral ocorre a intervalos mais ou
menos longos.
224 No intervalo da encarnações a alma é um espírito errante aspirando um novo destino.
a Os intervalos duram desde algumas horas a milhares de séculos, mas não perpétuo, é
preciso continuar o progresso.
b Essa duração depende do espírito, para alguns imposta como expiação.
225 A erraticidade não é um sinal de inferioridade, existem espíritos de todos os graus; a
encarnação é um estado transitório.
226 Errantes são todos os espíritos desencarnados que precisam reencarnar.
227 Os espíritos errantes se instruem observando lugares, conselhos e cursos com espíritos
mais elevados.
228 Na matéria os espíritos inferiores conservam suas más paixões, os mais elevados
conservam as boas paixões.
229 Para os espíritos é difícil deixar as paixões na Terra, sobretudo para os que as tem
bastante acentuadas.
230 Na erraticidade o espírito pode melhorar-se muito, mas é na vida corporal que ele
pratica as idéias que adquiriu.
231 Os espíritos errantes são felizes ou desgraçados conforme seus méritos.
232 Os espíritos errantes não podem ir a todos os mundos, podem entrevê-los, donde nasce
o desejo de melhoria.
233 Os espíritos purificados descem aos mundos inferiores para auxiliar o progresso.

Mundos transitórios
234 Existem mundos conforme a natureza dos espíritos a que eles tem acesso, onde gozam
de maior ou menor bem-estar.
a Os espíritos que se encontram nesses mundos são livres para deixá-los, a fim de irem
para onde devam ir.
235 Os espíritos progridem nos mundos transitórios ao se instruirem com vistas à perfeição.
236 Os mundos transitórios são destinos temporários aos espíritos errantes.
a Esses mundos não são habitados por seres corpóreos, sua superfície é estéril pois os
habitantes de nada necessitam.
b Estes mundos são estéreis temporariamente.
c Mesmo não tendo belezas naturais, reflete as belezas da imensidade.
d A Terra já pertenceu à categoria de mundo transitório.
e Este fato ocorreu durante sua formação.

Percepções, sensações e sofrimentos dos espíritos


237 De volta ao mundo dos espíritos, a alma conserva as percepções que tinha, além de
outras de que não dispunha.
238 Os espíritos mais próximos da perfeição sabem mais, os inferiores são mais ou menos
ignorantes acerca de tudo.
239 Conforme a elevação e a pureza alcançada os espíritos conhecem o princípio das coisas.
240 A noção do tempo varia na compreensão dos espíritos, daí a dificuldade de determinar

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datas ou épocas.
241 Dependendo da elevação os espíritos fazem do presente uma idéia mais precisa do que
nós.
242 Os espíritos lembram o passado com mais facilidade, mas nem tudo sabem, a começar
da própria criação.
243 Quanto ao futuro depende da elevação alcançada. Muitas vezes entrevêem, mas nem
sempre podem revelá-lo.
a Mesmo os espíritos perfeitos não têm completo conhecimento do futuro, por isso só
Deus é soberano.
244 Os espíritos superiores vêem e compreendem a Deus, os inferiores sentem e adivinham.
a Quando um espírito inferior diz que Deus lhe proíbe ou permite uma coisa, ele não vê a
Deus mas sente sua soberania.
b Deus transmite suas ordens por intermédio dos espíritos imediatamente superiores em
perfeição e instrução.
245 A visão dos espíritos superiores não está circunscrita aos olhos como nos seres
corpóreos.
246 Para os espíritos superiores não há necessidade de luz para enxergar, com os inferiores
ocorre o inverso.
247 Os espíritos superiores, pela rapidez do pensamento, conseguem ver em todas as partes
do globo terrestre.
248 Aos espíritos superiores nada obscurece a visão.
249 Os espíritos superiores ouvem os sons mais imperceptíveis.
a Da mesma forma que a visão, os espíritos superiores, têm a percepção dos sons não
localizada.
250 Os espíritos superiores vêem e ouvem apenas o que querem, os inferiores vêem e
ouvem o que lhes possa ser útil.
251 Os espíritos superiores são sensíveis à música celeste que está distante como nossa
música do canto do selvagem.
252 Os espíritos são sensíveis às belezas da natureza conforme sua elevação.
253 Os espíritos superiores conhecem nossos sofrimentos porque o sofreram, mas não os
experimentam mais.
254 Os espíritos superiores não sentem fadiga como nos, repousam diminuindo a atividade
do pensamento.
255 Quando um espírito superior sofre não se refere ao sofrimento físico mas às angústias
morais.
256 Espíritos que sentem frio/calor guardam as sensações na razão direta de suas
imperfeições como um reflexo da matéria.

Ensaio teórico da sensação nos Espíritos


257 O sofrimento dos espíritos guardam relação com o procedimento que tiveram e cujas
conseqüências experimentam.

Escolha das provas


258 Na erraticidade, um espírito (mediano) escolhe o gênero de provas que há de passar e
nisso consiste o livre-arbítrio.
a Dando ao espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa a inteira responsabilidade de
seus atos e conseqüências.
259 O espírito escolhe o gênero de provas e os fatos principais, detalhes e particularidades
obedecem às circunstâncias.
260 Nascer entre gente de má vida é um meio de passar pela prova escolhida.
a Se não houvesse gente de maus costumes na terra, o espírito não encontraria meio
apropriado a certas provas.
261 Os espíritos não precisam passar por todos os tipos de prova para atingir a perfeição.
262 Os espíritos ainda primitivos têm a escolha supervisionada, c/ o seu desenvolvimento
passam eles mesmos a escolher.
a Mesmo c/ o livre-arbítrio, quando o espírito não se mostra apto a escolher o que lhe será
útil, recebe supervisão.
263 A escolha das provas não se dá logo após morte.
264 Escolhe-se as provas de acordo c/ a natureza das faltas, para expiar os erros e progredir
mais depressa.
265 Existem espíritos que procuram o vício, por simpatia ou por gosto, mais tarde
compreenderão o próprio erro.

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266 Escolher provas menos dolorosas não é necessariamente natural, pois o espírito c/
certas conquistas pensa d’outra forma.
267 Existe a possibilidade de escolha das provas mesmo estando encarnado. A escolha
ocorre durante o sono.
a Espíritos escolhem as riquezas para gozá-la outros para conhecer-lhe as vicissitudes.
268 O espírito sempre passa por provas, que não só as tribulações materiais. Em certo grau,
tem deveres nada penosos.
269 O espírito pode escolher uma prova acima de suas forças, como também uma que não
tenha proveito.
270 As vocações, a vontade de seguir uma carreira que não outra, é conseqüência do
progresso efetuado em outra existência.
271 Estudando as condições em que deverá progredir, o espírito escolhe o meio adequado
para nascer.
272 É possível que espíritos de mundos inferiores ou povos atrasados nasçam na Terra, mas
terão problemas de adaptação.
273 É possível que um espírito civilizado nasça entre selvagens, podendo ser inferior ou bom
espírito, dependendo da tarefa.

As relações no além-túmulo
274 Entre as diferentes ordens de espíritos existe uma hierarquia conforme o grau de
superioridade.
a A ascendência dos espíritos superiores sobre os inferiores é irresistível.
275 O poder e a consideração de um homem na Terra na lhe dá supremacia no mundo
espiritual. Exaltados serão rebaixados.
a O “maior” na Terra, pode pertencer à última categoria dos espíritos, enquanto um servo
pode estar na primeira.
276 Aquele que foi “grande” na Terra pode perceber a inferioridade, e se orgulhoso e
invejoso, pode sofrer humilhação.
277 O título que se tenha obtido na Terra, de nada vale na vida espiritual.
278 Os espíritos das diferentes ordens se reunem por afinidade formando grupos ou
famílias.
279 Os bons espíritos vão a toda parte, mas as regiões superiores são interditadas ao
espíritos imperfeitos.
280 A natureza das relações entre bons e maus espíritos é que os primeiros se ocupam em
ajudar os outros a se elevar.
281 Os espíritos inferiores se comprazerem em nos induzir ao mal pelo despeito de não
estarem entre os bons.
282 Os espíritos se comunicam pelo pensamento através do fluido universal que envolve
todos os mundos.
283 Os espíritos inferiores não conseguem dissimular seus pensamentos aos espíritos
superiores.
284 Os espíritos comprovam suas individualidades pelo perispírito, tal como faz o corpo
entre nos.
285 Os espíritos se reconhecem perfeitamente após a morte.
a Os espíritos se reconhecem também, pela lembrança de vidas pretéritas.
286 Os espíritos desencarnados não vêem de imediato parentes e amigos que o
antecederam, é necessário algum tempo.
287 A alma é acolhida como bem-amado irmão se justo, a do mal com um ser desprezível.
288 Espíritos maus ficam satisfeitos quando vêem seres que se lhes assemelham.
289 Parentes e amigos vão ao encontro da alma a quem são afeiçoados e ajudam-na a
desprender-se dos liames corporais.
290 A reunião com parentes e amigos após a morte, depende da elevação deles.

Relações de simpatia e de antipatia entre os Espíritos. Metades eternas


291 Além da simpatia oriunda da semelhança entre os espíritos existem afeições
particulares não expostas às paixões.
292 Os espíritos impuros alimentam o ódio entre si. E são eles que insuflam nos homens as
inimizades e as dissenções.
293 Apenas os espíritos imperfeitos conservam o ressentimento que tiveram entre si na
Terra.
294 A lembrança de atos maus praticados por dois homens é um obstáculo à sua união.
295 Após a morte, aqueles a quem fizemos mal, nos perdoam se forem bons, se maus ficam

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ressentidos e nos perseguem.
296 Os espíritos aperfeiçoados não estão sujeitos a enganar-se nas afeições a que se
dedicam.
297 As afeições da Terra continuam no mundo dos espíritos, sendo mais sólidas do que
eram, por não terem interesses.
298 Não existe a predestinação de duas almas na sua origem, e que fatalmente se unirão.
299 Não é correta a palavra “metade” para designar espíritos simpáticos. Um espírito sendo
metade de outro seria incompleto.
300 Para os espíritos perfeitos a união é com todos. Para os inferiores, quando um se eleva
já não simpatiza com os demais.
301 A simpatia que atrai um espírito para outro resulta da perfeita concordância de seus
pendores e instintos.
302 A identidade necessária à existência da simpatia perfeita é baseada na igualdade dos
graus de elevação.
303 Todos os espíritos que hoje não são simpáticos entre si, no futuro serão.
a Um espírito pode deixar de ser simpática a outro se um deles se aperfeiçoar.

Recordação da existência corpórea


304 Um espírito pode lembrar-se das muitas existências que teve na Terra.
305 A lembrança de existências anteriores não ocorre logo após à morte, vem-lhe pouco a
pouco e à medida que nela se fixa.
306 A lembrança não é pormenorizada mas de conformidade com as conseqüências que
delas resultaram na situação atual.
a Um espírito pode se lembrar dos mais minuciosos pormenores, não o faz porém se não
tiver utilidade.
b Um espírito mediano já vê e compreende melhor do que em vida a necessidade do
progresso espiritual.
307 Um espírito pode rever o passado pelo esforço da imaginação ou através de um quadro
que se lhe apresente à vista.
308 Um espírito pode recordar-se de todas as existências passadas, mas não se recorda de
modo absoluto de tudo.
309 Um espírito mediano vê o seu corpo como uma veste imprestável da qual se
desembaraça, feliz por estar livre dela.
a Um espírito mediano quase sempre se conserva indiferente ao espetáculo do seu corpo
em decomposição.
310 Alguns espíritos reconhecem depois de algum tempo, coisas que lhe tenham pertencido,
dependendo da sua elevação.
311 Um espírito mediano pode ser atraído pelos objetos materiais que deixou, para outros a
atração são as pessoas.
312 Freqüentemente os espíritos se lembram dos sofrimentos por que passaram na última
existência.
313 Os espíritos inferiores deploram os prazeres materiais perdidos na Terra, os elevados
preferem a felicidade eterna
314 Os espíritos que interromperam trabalhos relevantes, costumam influenciar outros
encarnados para ultimá-los.
315 Os espíritos que deixaram trabalhos de arte ou literatura apreciam suas obras, de outro
ponto de vista.
316 Os espíritos se interessam pelos trabalhos executados na Terra apenas no que promova
o progresso dos encarnados.
317 Para espíritos elevados, a pátria é o Universo, na Terra, a pátria é onde está o maior
número das pessoas simpáticas.
318 As idéias dos espíritos sofrem grandes modificações à medida em que eles perdem a
influência da matéria.
319 Mesmo tendo vivido a vida espírita antes da reencarnação, o espírito não se lembra do
fato, a lembrança vem aos poucos.

Comemoração dos mortos. Funerais


320 Os espíritos se sensibilizam com a lembrança dos que lhe foram parentes e amigos,
mesmo os sofredores.
321 Os espíritos podem atender o chamado dos que estão na Terra não só no dia de
comemoração dos mortos como outro qq.
a No dia de finados a lembrança dos mortos é maior, mas eles vão lá pelos amigos e

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parentes e não pela multidão em si.
b Os espíritos normalmente comparecem ao dia de finados, com a forma que tinham
quando encarnados.
322 Quando o espírito não é lembrado por ninguém, pouco se lhes importa estar lá. Só ficam
presos à Terra pelo coração.
323 A visita que se faz ao túmulo não causa maior contentamento ao espírito, do que a
lembrança e a prece feitas de coração.
324 Os espíritos comparecem a solenidades que lhes reverenciem a memória, mas preferem
a simples lembrança deles.
325 O interesse de alguns espíritos por serem enterrados em determinado lugar, vem da
simpatia que tem pelo local.
a A reunião dos despojos mortais dos membros de uma família não é futilidade mas um
testemunho de simpatia.
326 Depende da evolução do espírito a sua comoção ou não com as honras que lhe prestem
aos despojos.
327 O espírito freqüentemente assiste ao seu enterro, mas normalmente perturbado, nem
percebe o que se passa.
a A freqüência de muitas pessoas ao enterro pode lisonjear mais ou menos o espírito,
depende de sua elevação.
328 Quase sempre os espírito assiste a reunião de seus herdeiros pela partilha de seus bens.
329 O instintivo respeito que o homem consagra aos mortos é efeito da intuição que têm da
vida futura.

CAPÍTULO VII - DA VIDA ESPÍRITA

Da volta do espírito à vida corporal


330 Os espíritos pressentem a época da reencarnação como também intuem a aproximação
da morte, sem saber quando será.
a A reencarnação é uma necessidade da vida espírita, como a morte o é da vida corporal.
331 Nem todos os espíritos se preocupam com a sua reencarnação, depende de sua
evolução.
332 O espírito pode apressar ou retardar o momento de sua reencarnação sofrendo as
conseqüências do fato.
333 Os espíritos não podem prolongar indefinidamente o momento de reencarnar. Todos
necessitam progredir.
334 A escolha do corpo a se ligar é feita com alguma antecedência. Quando não, Deus sabe
o que fazer.
335 Dependendo da evolução, o espírito pode escolher não só o gênero de provação como
também o corpo que vai usar.
a O espírito pode se recusar na última hora a tomar o corpo determinado. Sofrendo as
conseqüências decorrentes do fato.
336 Não existe a possibilidade de um espírito não aceitar o corpo de uma criança que está
por nascer. A natureza controla.
337 A união de um espírito a determinado corpo pode ser imposta por Deus, quando este
não está apto a escolher.
338 Não existe possibilidade de muitos espíritos se apresentarem para nascer em
determinado corpo, a designação é anterior.
339 A perturbação que o espírito sofre ao encarnar é muito maior e mais longa do que ao
desencarnar.
340 O espírito reencarnante procede como o viajante que embarca para travessia perigosa
sem saber dos resultados.
341 A incerteza quanto ao triunfo nas provas que estão por vir, causa ao espírito
reencarnante uma grande ansiedade.
342 Dependendo do nível do espirito ele poderá ter amigos que o acompanhem na hora da
reencarnação.
343 Freqüentemente, quando sonhamos com semblantes desconhecidos, são os amigos
espirituais que nos visitam.

União da alma e do corpo


344 A união da alma com o corpo começa na concepção e termina por ocasião do
nascimento.
345 Nenhum outro espírito pode substituir o que está nascendo. Mas a ligação ainda é fraca

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e pode se romper.
346 Caso o corpo escolhido morra antes do nascimento o espírito escolhe outro.
a Na maioria das vezes a casa das mortes prematuras é a imperfeição da matéria.
347 Para o espírito que morre logo após ter nascido a importância da morte é quase nula,
mas é uma prova para os pais.
348 Algumas vezes o espírito sabe que o corpo escolhido não vai sobreviver, o que pode
significar fuga da prova.
349 Quando falha uma reencarnação nem sempre é suprida por outra imediatamente, às
vezes é preciso tempo para escolha.
350 Depois de encarnado os espíritos não lastimam a escolha que fizeram por não ter
consciência, podem reclamar da carga.
351 Entre a concepção e o nascimento a perturbação cresce e o seu estado lembra o do
encarnado durante o sono.
352 Ao nascer o espírito recobra gradualmente, com o desenvolvimento dos orgãos, a
plenitude de suas faculdades.
353 Durante a formação, o feto não tem propriamente uma alma ainda, mas já se acha
ligado ao espírito.
354 A vida intra-uterina é a vida vegetal que se completa com a vida espiritual, após o
nascimento.
355 Quando já não há mais vida no ventre materno, c/ a morte do feto, isso é prova para os
pais e para o espírito.
356 Entre os natimortos há aqueles que não foram destinados à encarnação de espíritos
apenas prova para os pais.
a Algumas vezes chegam a nascer, mas não vivem.
b Toda criança que vinga, tem forçosamente um espírito a ela ligado.
357 Para o espírito, o aborto é uma existência anulada e que terá de ser retomada.
358 Constitui crime a provocação do aborto, qualquer seja o período da gestação.
359 Caso a gestação ponha em risco a vida da mãe, deve-se sacrificar o ser que ainda não
nasceu do aquele que está ativo.
360 Deve-se ter para com o feto o mesmo respeito que se tem com uma criança que viveu
pouco tempo.

Faculdades morais e intelectuais do homem


361 A origem das qualidades boas ou más do homem, são as do espírito nele encarnado.
a Dai que o homem de bem e a encarnação de um bom espírito e o homem vicioso a
encarnação de um espírito imperfeito.
362 Espíritos desatinados e levianos ao encarnarem apresentam caráter de indivíduos
maliciosos e esquisitos.
363 Os espíritos não têm paixões de que não compartilhem a humanidade.
364 O mesmo espírito, dá ao homem as qualidades morais e as da inteligência. O homem
não tem dois espíritos.
365 Homens inteligentes, profundamente viciosos indicam que os espíritos não progrediram
moralmente.
366 A idéia de que diferentes faculdades intelectuais/morais resultam da encarnação de
múltiplos espíritos é absurda.

Influência do organismo
367 A matéria é apenas a envoltória do espírito e este conserva os atributos da natureza
espiritual.
368 Após a união c/ o corpo, o espírito exerce faculdades dependendo dos orgãos que lhe
servem, mas a matéria atrapalha.
a O invólucro material é obstáculo à livre manifestação das faculdades do espírito, como o
vidro opaco o é para a luz.
369 O livre exercício das faculdades da alma está subordinado ao desenvolvimento e ao
grau de perfeição dos orgãos.
370 Não existe relação entre o desenvolvimento do cérebro e o desenvolvimento das
faculdades morais e intelectuais.
a A diversidade das aptidões dos homens deriva do estado evolutivo do espírito e da
influência da matéria.

Idiotismo, loucura
371 Cretinos e idiotas são normalmente mais inteligentes do que supomos, apenas estão

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tolhidos nas suas manifestações.
372 A Providência visa punir e educar os que habitam corpos idiotas.
a Os orgãos têm uma grande influência na manifestação das faculdades, mas não são a
origem destas.
373 A existência temporária em um corpo de idiota é ao mesmo tempo uma expiação e um
estacionamento temporário.
a O corpo de um idiota pode ter um espírito de um gênio, que abusou da inteligência.
374 Freqüentemente o espírito de um idiota pode ter consciência do seu estado mental
quando está fora do corpo.
375 Na loucura, a situação do espírito é a de quem tem a seu serviço orgãos alterados. No
foro íntimo tem consciência do fato.
a Desorganizado é sempre o corpo não o espírito. A loucura por longo tempo exerce
influência sobre o espírito.
376 A loucura leva o homem algumas vezes ao suicídio, como meio de procurar na morte a
sua libertação.
377 Após a morte, o alienado pode se ressentir do desarranjo de suas faculdades, até que se
desligue totalmente da matéria.
378 Quanto mais durar a loucura em vida, mais durará a incerteza e o constrangimento
depois da morte.

A infância
379 O espírito de uma criança pode até ser mais desenvolvido do que um adulto. Os orgãos
infantis não permitem expressão.
380 Mesmo sem o obstáculo do corpo infantil o espírito não consegue pensar como um
adulto face a perturbação do renascer.
381 Com a morte a criança não adquire a lucidez anterior, senão após inexistir qualquer
ligação entre o espírito e a matéria.
382 Durante a infância o espírito encarnado não sofre com a imperfeição dos orgãos, é um
período de repouso p/ o espírito.
383 Importante para o espírito passar pela infância, período no qual é mais acessível à
educação e à renovação do caráter.
384 O choro da primeira manifestação da criança é para estimular o interesse da mãe e
provocar os cuidados necessários.
385 A mudança no adolescente é o sintoma do espírito retomando a natureza do caráter e
das experiências anteriores.

Simpatia e antipatia terrenas


386 Espíritos simpáticos podem encontrar-se noutra existência corporal. Mesmo sem
lembrar são atraídos reciprocamente.
a Recordar das existências passadas tem mais inconvenientes do que se imagina.
387 A simpatia entre dois espíritos não significa necessariamente conhecimento anterior.
388 Encontros que comumente se atribuem ao acaso são o efeito da ligação magnética que
existe entre os seres pensantes.
389 A repulsão instintiva que se experimenta por algumas pessoas origina-se da antipatia
entre os espíritos.
390 Dois espíritos podem não se simpatizar sem necessariamente serem maus. A antipatia
pode vir da diversidade de idéias.
391 A antipatia entre uma pessoa boa e outra má tem diferenças. O primeiro evita o
segundo, e este sente ódio e inveja.

Esquecimento do passado
392 O esquecimento do passado provoca uma transição entre este e o presente evitando
ofuscar quem sai do “escuro”.
393 Se não temos a lembrança exata do que fomos e fizemos,temos nas tendências
instintivas uma reminiscência do passado.
394 Existem mundos em que a lembrança de vidas passadas é bem clara, e recordar o
passado não atrapalha.
395 Nem sempre é possível ter revelações do passado, mas muitos sabem o que foram e o
que faziam.
396 Algumas vezes a imagem fugitiva de um sonho que em vão se tenta reter, pode ser uma
impressão real do passado.
397 À medida que o corpo se torna menos material, o homem se lembra com mais exatidão

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do seu passado.
398 Estudar os instintivos torna possível conhecer faltas cometidas, mas é preciso levar em
conta o progresso na erraticidade.
a Um espírito comete falta que não praticou em existência anterior e isso denota
estacionamento evolutivo e não retrocesso.
399 Freqüentemente a natureza das vicissitudes permite deduzir como foi a existência
anterior. Mas não é um regra absoluta.

CAPÍTULO VIII - DA EMANCIPAÇÃO DA ALMA

O sono e os sonhos
400 O espírito encarnado não permanece de bom grado no corpo. Quanto mais grosseiro o
corpo mais aspira a sua libertação.
401 Durante o sono, o espírito não fica inativo, os laços que o prendem ao corpo afrouxam e
ele se lança ao espaço.
402 Julga-se a liberdade do espírito durante o sono, pelos sonhos. Lembra-se do passado,
prevê o futuro e tem mais lucidez.
403 Não nos lembramos sempre dos sonhos, porque a matéria grosseira do corpo não
conserva as impressões recebidas.
404 Sonhos podem ser imagens reais, imaginação, pressentimentos, visão de outras locais,
encontro c/ outros espíritos, etc.
405 Sonhos c/ pressentimentos que não se confirmam revelam a influência da matéria,
preocupações, imaginação, etc.
406 Sonhos c/ pessoas vivas conhecidas praticando atos de que não se cogita podem ser
reais, e podem ser imaginação.
407 Para a emancipação do espírito, basta alguma prostração das forças vitais. Quanto mais
fraco o corpo, mais fácil é.
408 Quando os sentidos entorpecem podemos ouvir palavras e até frases inteiras, fraco eco
do que um espírito quer dizer.
409 Antes do adormecimento, às vezes, o espírito desprende-se, transporta-se e vê.
410 Idéias que parecem excelentes apagam da memória apesar do esforço de retê-las.
Freqüentemente são conselhos.
411 Durante o sono o espírito pode pressentir ou até ter plena consciência da época da
morte. Na vigília pode ter intuição.
412 As atividades do espírito durante o sono podem fatigar o corpo.

Visitas espíritas entre pessoas vivas


413 A vida corporal e a vida da alma não são duas existências, são fases de uma só.
414 Duas pessoas quaisquer podem visitar-se durante o sono. Muitos de nós fazem estas
visitas todas as noites.
415 Mesmo não lembrando temos muitas idéias que advêm desses encontros, guardadas
pela intuição.
416 Pode-se provocar uma visita espiritual pela vontade, mas querer quando se está
desperto pode não ser o interesse real.
417 Espíritos encarnados podem se reunir em assembléia, pelos laços de afinidade e
amizade.
418 É possível ter-se o pressentimento da vida ou da morte de alguém durante o sono e
conservar a lembrança.

Transmissão oculta do pensamento


419 A possibilidade dos espíritos trocarem informações durante o sono é a causa de
algumas descobertas simultâneas.
420 É mais difícil, mas um encarnado pode se comunicar com outros espíritos mesmo em
estado de vigília.
421 É possível que duas pessoas tenham após o sono, a mesma idéia, pela simpatia e
tendências semelhantes que possuem.

Letargia, catalepsia, mortes aparentes


422 Durante a letargia / catalepsia, o espírito encarnado vê e ouve o que se passa ao redor
mas não consegue se comunicar.
a A razão disto é que o corpo neste estado não permite ação, enquanto o espírito neste
estado está muito ativo.

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423 Na letargia o corpo não está morto, a vitalidade está em estado latente, sendo portanto
possível “voltar à vida”.
424 É possível reatar a tempo, laços do corpo prestes a se desfazerem através do
magnetismo, restituindo vitalidade a este.

Sonambulismo
425 O sonambulismo é um estado de independência do espírito, mais completo do que no
sonho, com maior percepção.
426 O chamado sonambulismo magnético difere do natural por ser provocado.
427 O fluido magnético ou fluido vital, ou eletricidade animalizada são modificações do
fluido universal.
428 A causa da clarividência sonambúlica é a alma que vê.
429 O sonâmbulo vê através dos corpos por que a matéria não oferece obstáculos ao
espírito.
430 Mesmo um sonâmbulo não consegue ver tudo, há coisas que não tem utilidade
sabermos.
431 Os conhecimentos que um sonâmbulo tem, origina-se nas experiências passadas, que
vêem à tona durante o transe.
432 A visão à distância de certos sonâmbulos se deve ao transporte da alma durante o sono.
433 O desenvolvimento maior ou menor da clarividência sonambúlica depende de
disposições físicas e da natureza do espírito.
434 As faculdades de um sonâmbulo são semelhantes às do espírito após a morte,
descontando a influência da matéria.
435 A maioria dos sonâmbulos vê outros espíritos muito bem, dependendo do grau e da
natureza da lucidez de cada um.
436 A visão à distância do sonâmbulo é a visão da alma e não a do corpo.
437 A sensação de frio ou calor, em um lugar distante, que um sonâmbulo experimenta se
deve à ligação do espírito ao corpo.
438 O estado de um sonâmbulo após a morte, é resultante do bom ou mau uso de sua
faculdade.

Êxtase
439 A diferença entre o sonambulismo e o êxtase é que este último é mais apurado. A alma
do extático é mais independente.
440 O extático consegue ver mundos superiores e compreende a felicidade dos que os
habitam, donde o desejo de lá ficar.
441 A facilidade que o extático tem de entrever lugares e situações melhores, muitas vezes
o leva a tentar deixar a Terra.
442 A alma de um extático poderia abandonar o corpo definitivamente, por isso é preciso
chamá-lo.
443 Tudo o que um extático vê é real para ele, mas como está sobre influências da idéias
terrestres pode errar ao informar.
444 O extático está sujeito a enganar-se freqüentemente, sobretudo se pretende desvendar
o que deva permanecer oculto.
445 Os fenômenos de sonambulismo e êxtase permitem ao homem entrever a vida passada
e a vida futura.
446 Os fenômenos de sonambulismo e êxtase não se adequam às idéias materialistas para
quem os estuda sem prevenções.

Dupla vista
447 O fenômeno de dupla vista é o resultado da libertação do espírito, sem que o corpo
esteja adormecido.
448 Na Terra a segunda vista é faculdade permanente, mas o exercício não. Em mundos
adiantados o exercício é permanente.
449 Na maioria das vezes a dupla vista aparece espontaneamente, mas a vontade
desempenha papel importante.
450 A dupla vista é suscetível de se desenvolver pelo exercício.
a A faculdade da dupla vista tem ligação com a disposição maior ou menor do organismo.
451 A dupla vista é transmitida pela hereditariedade.
452 Uma doença, a proximidade de um perigo, uma grande comoção, podem desenvolver a
dupla vista.
453 Nem sempre as pessoas que tem dupla vista se dão conta de possuírem a faculdade.

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454 Sempre que alguém aprecia coisas c/ mais precisão do que outras, é a alma que se
irradia mais livremente pela matéria.
a A dupla vista pode apresentar vários graus de intensidade, inclusive dar a presciência
de fatos que venham a ocorrer.

Resumo teórico do sonambulismo, do êxtase e da dupla vista


455 O sonambulismo natural/artificial, o êxtase e a dupla vista são modalidades de uma
mesma causa inteiramente natural.

CAPÍTULO IX - DA INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO CORPORAL

Faculdade, que têm os espíritos, de penetrar os nossos pensamentos


456 Os espíritos podem ver o que fazemos pois nos rodeiam. Cada um vê aquilo a que
dispensa atenção.
457 Os espíritos podem conhecer, se o quiserem, os nossos pensamentos mais secretos.
a É mais fácil nos esconder de uma pessoa viva do que de uma pessoa morta.
458 O que pensam de nós, os espíritos que nos cercam e observam, depende da sua
elevação. Uns zombam, outros ajudam.

Influência oculta dos espíritos em nossos pensamentos e atos


459 Os espíritos influem em nossos pensamentos e atos, muito mais do que imaginamos,
podem inclusive nos dirigir.
460 Além dos pensamentos que nos são próprios, muitos outros existem que são sugeridos
pelos espíritos.
461 Difícil distinguir entre nossos pensamentos e os sugeridos, importante decidir o que
fazer, assumindo a responsabilidade.
462 Os homens de gênio tiram de si algumas de suas idéias, outras muitas são sugeridas
pelos espíritos.
463 O primeiro impulso pode ser bom ou mau, depende do encarnado. É sempre bom
naquele que atende boas inspirações.
464 Para saber se um pensamento sugerido é bom ou não é necessário discernir. Um bom
espírito só aconselha para o bem.
465 Os espíritos imperfeitos nos induzem ao mal para sofremos o que eles sofrem.
a Isso não diminue os seus sofrimentos, mas fazem-no por inveja e por não suportar que
sejamos felizes.
b Procuram infligir aos outros os sofrimentos dos espíritos que estão em ordens inferiores.
466 Deus permite a má influência para testar a fé, a constância no bem, mas sempre haverá
alguém influenciando para o bem.
467 O homem pode eximir-se das más influências. Elas só ocorrem por serem atraídas pelo
pensamento do próprio homem.
468 Quando os espíritos maus não conseguem influenciar, afastam-se ou espreitam
momento propício para contratacar.
469 Podemos neutralizar más influências, praticando o bem e não atendendo más sugestões
que atingem nosso pensamento.
470 Nenhum espírito tem a missão do mal, se o faz é por vontade própria. Deus não
determina isso, mas permite.
471 Um sensação de angústia, ansiedade ou satisfação sem causa definida, quase sempre é
efeito da influência dos espíritos.
472 Os maus espíritos podem se aproveitar de circunstâncias correntes para nos fazer errar,
como também podem criá-las.

Possessos
473 Não é possível um espírito tomar o corpo de uma pessoa viva, pode influênciá-la, mas a
decisão é sempre do encarnado.
474 Mesmo não podendo ocupar o corpo de um encarnado,um mau espírito pode subjuga-lo
a ponto de dominar-lhe a vontade.
475 Sempre é possível a alguém libertar-se da dominação de um espírito caso sua firme
vontade o queira.
476 Quanto mais digna for uma pessoa, maior o poder em afastar os espíritos imperfeitos.
477 As fórmulas de exorcismo não têm qualquer eficácia sobre os maus espíritos, que quase
sempre se riem do fato.

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478 Para um pessoa boa livrar-se das influências, basta não dar valor às sugestões, cansar-
lhes a paciência.
479 A prece é um poderoso auxílio contra obsessores, mas Deus atende os que trabalham
por eliminar a causa da atração.
480 A “expulsão do demônio” citada no Evangelho, significa o afastamento dos espíritos
inferiores.

Convulsionários
481 Os espíritos desempenham um papel importante sobre os indivíduos chamados
convulsionários.
a Os espíritos que produzem este fenômeno são necessariamente de categoria inferior.
482 O estado anormal dos convulsionários pode ser estendido a outras pessoas através do
magnetismo deste.
483 A insensibilidade física de alguns convulsionários está no magnetismo atuando sobre o
sistema nervoso.

Afeição que os espíritos votam a certas pessoas


484 A afeição que os espíritos têm pelos encarnados tem relação com os sentimentos que
nutrem entre si.
485 A verdadeira afeição que espíritos nutrem por encarnados, nada tem de material, mas
essa ligação nem sempre é afeição.
486 Os bons espíritos fazem-nos o bem que é possível, sentem-se ditosos c/ nossas alegrias
e aflitos com nossos males.
487 Os bons espíritos afligem-se com nosso egoísmo e a dureza de coração e rejubilam-se
com a superação das provas.
488 Parentes e amigos que nos precederam na outra vida sentem mais simpatia por nos do
que espíritos estranhos.
a Os espíritos são muito sensíveis à feição que lhes conservamos.

Anjos de guarda. Espíritos protetores, familiares ou simpáticos


489 Existem espíritos que se ligam particularmente a um indivíduo para proteger o irmão
espiritual, o bom espírito ou gênio.
490 Anjo da guarda ou guardião é o espírito protetor, que pertence a uma ordem mais
elevada.
491 A tarefa do espírito protetor é guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliar,
consolar e animar nas provas da vida.
492 O espírito protetor se dedica do nascimento à morte, e pode acompanhar na vida
espírita e em outras existências.
493 O protetor, aceitando o encargo, tem uma obrigação. Escolhe espíritos simpáticos, p/
uns prazer, p/ outros dever.
a O espírito protetor, dedicado a alguém, pode proteger a outro, sem tanta exclusividade.
494 Os espíritos protetores não ficam necessariamente presos à criatura confiada à sua
guarda, eles podem ser substituídos.
495 Um espírito protetor pode se afastar (sem o abandonar totalmente) do protegido quando
este se mostrar rebelde.
496 Mesmo quando se afastam do protegido, os bons espíritos nunca fazem o mal.
497 Um protetor tudo faz p/ não deixar o seu protegido à mercê dos espíritos inferiores,nem
sempre consegue, depende deste.
498 Quando um protetor deixa o protegido sob ação dos espíritos maléficos, é p/ o protegido
adquirir experiência nas provas.
499 Nem sempre o espírito protetor está c/ o protegido, há circunstâncias em que isso não
acontece.
500 Quando alguém atinge o ponto de poder guiar-se a si mesmo, o espírito protetor deixa
de ser necessário.
501 A ação dos espíritos protetores é oculta e não ostensiva, p/ preservar o nosso livre
arbítrio.
502 O espírito protetor que consegue levar seu protegido pelo bom caminho, sente-se ditoso
e o mérito lhe é creditado.
a O espírito protetor não é responsável pelo fracasso do seu protegido.
503 O espírito protetor sofre c/ os erros do seu protegido, sem a angústia da paternidade
pois que o bem triunfará mais tarde.
504 Os nomes dos nossos espíritos protetores nem sempre sabemos, face a necessidade do

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anonimato nessa tarefa.
a Não saber o nome não implica na dificuldade de se comunicar pelos fios do
pensamento, ele estará atento ao apelo.
505 Como o nome pouco importa, as vezes o nome conhecido que dão é para inspirar nossa
confiança.
506 Na vida espiritual, o homem pode reconhecer o protetor espiritual, quase sempre o
conhecíamos antes de encarnar.
507 O espírito protetor sempre tem um certo grau de elevação a mais que o seu protegido.
508 Os espíritos que desencarnam, podem requerer a proteção dos seres afins que ficaram.
Nem sempre isso é possível fazer.
509 O progresso do espírito protetor guarda relação c/ o do protegido, e todo homem tem
um espírito protetor.
510 Quando o pai que vela pelo filho encarna, fica difícil velar por ele. Aí, ele pode pedir
ajuda de um espírito simpático.
511 Não é obrigatório existir um espírito que atue em contrapartida para o nosso mal, mas
podemos atraí-los pela afinidade.
512 Todo homem conta sempre c/ espíritos que com ele simpatizem, tanto para o bem como
para o mal.
513 Os espíritos a quem somos simpáticos, na maioria das vezes são atraídos pela
identidade com nossos sentimentos.
a Seja qual for o caráter, bom ou mal, o homem sempre encontra espíritos que com ele
simpatizem.
514 Os espíritos familiares, antes de simpáticos ou protetores, são os amigos da casa.
515 Deus permite que algumas pessoas exerçam influência sobre outras, no sentido do mal,
p/ nos experimentar.
516 Às vezes os bons gênios encarnam a fim de nos guiarem na vida, mas podem passar
esta tarefa a outros encarnados.
517 Alguns espíritos protetores, se ligam aos membros de uma mesma família. Mas não p/
proteger o orgulho das raças.
518 Os espíritos preferem estar no meio dos que se lhes assemelham. Quem atraia os
espíritos são as ações do homem.
519 Os indivíduos, como as sociedades, as cidades, as nações têm também os seus espíritos
protetores.
520 O grau de adiantamento dos espíritos protetores é relativo ao adiantamento individual
ou coletivo.
521 Há espíritos protetores que se dedicam ao progresso de determinados ramos do
conhecimento humano.

Pressentimentos
522 O pressentimento pode ser um aviso de um espírito protetor ou a voz do instinto quando
na hora de uma prova.
523 Quando estivermos incertos quanto ao rumo a tomar, rogar ajuda a Deus ou a um bom
espírito, e teremos ajuda.
524 Os avisos dos espíritos protetores objetivam nosso procedimento moral e também
assuntos da vida particular.

Influência dos espíritos nos acontecimentos da vida


525 Os espíritos certamente exercem influência nos acontecimentos da vida, pois nos
aconselham.
a Os espíritos exercem influência não só pelo pensamento, mas agindo sobre as coisas,
sem ferir as leis da Natureza.
526 Um homem tem que morrer caindo da escada, os espíritos não quebram a escada,
fazem-no subir uma escada quebrada.
527 Um homem tem que morrer fulminado por um raio, os espíritos o inspiram a ficar
debaixo de uma árvore durante a chuva.
528 Os espíritos podem sugerir que alguém desvie de uma bala mas uma vez disparada não
podem desviar a trajetória.
529 As balas encantadas de que falam algumas lendas e que fatalmente atingem o alvo são
pura imaginação.
a Os espíritos que dirigem os acontecimentos terrenos podem ter obstada sua ação por
outros espíritos só se Deus quiser.
530 Espíritos brincalhões podem nos criar pequenos embaraços que representam provas à

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paciência.
a Alguns procedem por animosidade pessoal ou qualquer outro motivo.Às vezes são
inimigos de outra vida ou desta mesmo.
531 Muitas vezes os espíritos, após a morte, reconhecem os erros praticados, doutras,
continuam a nos perseguir.
a Pode-se por termo a isso, orando por eles e lhes retribuindo o mal com o bem, algum dia
acabam compreendendo.
532 Nem sempre os espíritos conseguem nos afastar de males e tornar-nos prósperos, há
males que estão decretados.
533 Os espíritos podem fazer que se obtenham riquezas a quem lhes pede, como prova.
Quase sempre se recusam a isso.
a Esse favor pode ser concedido dependendo da intenção, por bons ou maus espíritos,
normalmente por estes últimos.
534 Quando nossos projetos encontram obstáculos, pode ser influência dos espíritos ou erro
pessoal.
535 Quando algo de bom nos sucede, devemos agradecer primeiro a Deus sem o que nada
se faz, depois aos bons espíritos.
a Quando não agradecemos sucede-nos o que sucedem aos ingratos.
b Há pessoas que não pedem nem agradecem e dá tudo certo. Quanto mais se recebe,
tanto maiores as contas a prestar.

Ação dos espíritos nos fenômenos da Natureza


536 Todos os grande fenômenos da Natureza tem uma razão de ser e nada acontece sem a
permissão de Deus.
a Às vezes os fenômenos tem o homem como razão de ser, na maioria das vezes a busca
do equilíbrio das forças naturais.
b Deus não exerce ação direta sobre a matéria, vale-se de agentes dedicados em todos os
graus da escala dos mundos.
537 A crença mitológica que atribuía aos “deuses” ou espíritos ação sobre fenômenos
naturais está muito aquém da verdade.
a Existem espíritos que presidem aos fenômenos geológicos mas que não habitam as
profundezas da Terra.
538 Os espíritos que presidem aos fenômenos da natureza não são seres que formam uma
categoria especial.
a Entre estes espíritos existem superiores e inferiores, os primeiros demandam os outros
executam.
539 A produção de tempestades é obra de muitos espíritos, formando massas inumeráveis.
540 Entre estes espíritos existem os que operam com conhecimento de causa e os que
atuam por instinto ou impulso.

Os espíritos durante os combates


541 Durante as batalhas existem espíritos assistindo os combates e amparando cada um
dos exércitos, encorajando-os.
542 Quando a justiça está de um dos lados da guerra, os espíritos que tomam partido do
outro é porque se comprazem.
543 Alguns espíritos podem influenciar o general na concepção de seus planos de
campanha, bem como noutras concepções.
544 Espíritos maus podem suscitar-lhe planos errôneos, mas ele tem livre arbítrio e critérios
para distinguir uma idéia falsa.
545 Muitas vezes o general recebe inspiração dos espíritos, o que faz que ele aja com uma
espécie de certeza.
546 No tumulto dos combate, entre os que morrem, uns se afastam outros continuam a
interessar-se pela batalha.
547 Após a morte pode acontecer que nos primeiros instantes alguém odeie o inimigo, mas
restabelecida a serenidade muda.
548 Após a morte o espírito continua a ouvir o rumor da batalha.

Pactos
549 O pacto c/ maus espíritos consiste na intenção de praticar uma má ação que é
acompanhada pelos espíritos inferiores.
550 A idéia de que 1 pessoa pode vender sua alma a espíritos inferiores tem sentido quando
esta se tornam dependente deles.

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Poder oculto. Talismãs. Feiticeiros
551 Deus não permite que um homem mau c/ auxílio de um espírito também mau faça mal a
alguém que o não mereça.
552 O poder que certas pessoas tem de fazer o mal c/ forças magnéticas são fatos naturais
desconhecidos atualmente.
553 Não existe palavra, sinal, talismã ou fórmula que garanta o concurso dos espíritos
superiores, só os bons pensamentos.
a Existem espíritos que prescrevem práticas estranhas, mas ou não sabem o que fazem
ou zombam da nossa credulidade.
554 É possível atrair espíritos pelo pensamento usando talismãs para concentração, mas só
agem sobre espíritos inferiores.
555 “Feiticeiros” são pessoas que possuem força magnética e/ou clarividência mas não são
dotados de poderes sobrenaturais.
556 Quando alguém tem pureza de sentimentos e vontade real de fazer o bem, é possível
curar pelo simples contato.

Bênçãos e maldições
557 A benção ou a maldição atraem o bem ou o mal sobre quem são lançadas apenas se for
da vontade de Deus.

CAPÍTULO X - DAS OCUPAÇÕES E MISSÕES DOS ESPÍRITOS

558 Alem de se melhorarem os espíritos concorrem para a harmonia do Universo em


ocupação contínua.
559 Mesmo os espíritos inferiores e imperfeitos desempenham funções úteis no Universo.
560 Todos os espíritos precisam adquirir o conhecimento de todas as coisas em todo o
Universo, mas há tempo para tudo.
561 Todos os espíritos têm que percorrer os diferentes graus da escala evolutiva, sem
privilégios de classes ou funções.
562 Mesmo os espíritos de ordem mais elevada têm ocupações. Não existe ociosidade
eterna, o que seria um suplício.
a Os espíritos superiores recebem diretamente as ordens de Deus e a transmitem e velam
por todo o Universo.
563 As ocupações dos espíritos superiores são incessantes, mas não são materiais. A
atividade lhes traz o prazer de se útil.
a Aos espíritos inferiores competem atribuições compatíveis com a sua natureza.
564 Existem espíritos que se conservam ociosos, no início da escala, mas cedo ou tarde o
desejo de progresso os ativará.
565 Os espíritos superiores se interessam por nossos trabalhos de arte e ajudam a promovê-
los.
566 Os espíritos que cultivaram uma especialidade artística, em geram continuam
interessados pelos trabalhos da área.
a Os espíritos vulgares não costumam ter interesse pela arte.
567 Os espíritos vulgares costumam imiscuir-se freqüentemente em nossos prazeres e
ocupações.
568 Os espíritos que têm missões a cumprir, podem faze-las na erraticidade ou como
encarnados.
569 As missões dos espíritos superiores são as mais variadas e muitas há que não
compreendemos.
570 Existem espíritos que atuam como instrumentos cegos, outros que sabem muito bem
com que fim atuam.
571 A importância das missões corresponde às capacidades e à elevação do espírito.
572 A missão dos espíritos superiores não é imposta, é solicitada por eles.
a É freqüente que diversos espíritos se apresentem para desempenhar uma mesma
missão.
573 Todos os espíritos encarnados desempenham tarefas, desde quem cultiva a terra até
que governa.
574 Muitos espíritos encarnados tornam-se voluntariamente inúteis e sofrerão as
conseqüências da inutilidade.
575 As ocupações comuns são mais tarefas que missões. A missão se reconhece pelo
grande progresso coletivo que opera.

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576 Os homens encarregados de missões normalmente não sabem disso, mas são
encaminhados naturalmente a executá-la.
577 Nem tudo o que o homem faz resulta de missão prevista, muitas vezes é instrumento
para realizar uma coisa julgada útil.
578 Um espírito pode falir numa missão por sua culpa, se não for um espírito superior.
a Como resultado, terá que retomar a tarefa e sofrer as conseqüências do mal que haja
provocado.
579 Deus pode conceder uma missão a um espírito que não conseguirá cumprir, mas
quando é importante isso não acontece.
580 O espírito designado para desempenhar determinada missão, não tem as apreensões de
outro que o faz por provação.
581 Os homens de gênio que estão em missão podem se enganar, as vezes precisam falar
de acordo c/ a época.
582 A paternidade é um dever envolvendo sua responsabilidade quanto ao futuro dos filhos.
583 Os pais não são responsáveis pelos desvios de um filho, se lhe dispensaram os devidos
cuidados.
a Um filho pode se tornar um homem de bem não obstante a negligência dos pais, Deus
sempre é justo.
584 Mesmo um conquistador que espalhe calamidades pode estar nos desígnios de Deus
para fazer um povo progredir.
a Cada um é recompensado de acordo com suas obras, com o bem que tentou fazer e a
retidão de suas intenções.

CAPÍTULO XI - DOS TRÊS REINOS

Os minerais e as plantas
585 Do ponto de vista material existem seres orgânicos e inorgânicos. Do ponto de vista
moral existem 4 graus.
586 As plantas não têm consciência de que existem, não pensam. Só têm vida orgânica.
587 As plantas recebem impressões físicas, mas não têm a sensação da dor.
588 A forças que as atrai umas às outras é mecânica e não depende da vontade delas pois
não pensam.
589 Existem plantas, como a sensitiva e a dionéia, que denotam a transição entre a
natureza vegetal e a natureza animal.
590 As plantas têm o que se pode chamar de “instinto” ou operações químicas que as fazem
procurar o que lhes útil ou não.
591 Nos mundos superiores tudo é mais perfeito, mas as plantas continuam plantas, como
os animais e homens também.

Os animais e o homem
592 Mesmo que alguns homens se comportem pior do que certos animais, ele está acima
destes na escala evolutiva.
593 A maioria dos animais agem por instinto, mas existem espécies em que se pode notar
vontade e uma certa inteligência.
594 Os animais têm uma linguagem restrita às sua necessidades.
a Os animais que carecem de voz, se comunicam por outros meios que lhes permitem
exprimir sensações.
595 O animal não sofre a conseqüência de seus atos, por não ter livre-arbítrio, existe
liberdade restrita ao atos materiais.
596 A aptidão que possuem certos animais para imitar procede da particular formação dos
orgãos e pelo instinto de imitação.
597 Os animais possuem um princípio que sobrevive à morte, pois possuem uma certa
inteligência e uma certa liberdade.
a Esse princípio é semelhante ao do homem, mas é inferior ao deste.
598 Após a morte, os animais conservam a sua individualidade, mas não têm a consciência
de si mesmos.
599 À alma dos animais não é dado escolher a espécie animal para reencarne, falta-lhes o
livre-arbítrio.
600 A alma do animal sobrevive à morte. É classificado pelos espíritos encarregados e
utilizado imediatamente.
601 Animais também estão sujeitos ao progresso, nos mundos superiores os homens os têm
como servidores inteligentes.

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602 Os animais progridem pela força das coisas e não pela vontade, por isso não estão
sujeitos à provação.
603 Nos mundos superiores os animais não conhecem a Deus. O homem é o deus para eles.
604 Deus não criou os animais para permanecer na inferioridade. Na Natureza, tudo se
encadeia.
a A inteligência é um ponto de contato entre os animais e o homem embora a grande
diferença entre eles.
605 O homem não tem duas almas, mas duas naturezas, a animal e a espiritual.
a A alma do animal e a do homem são tão distintas uma da outra, que uma não pode
animar o corpo da outra.
606 O princípio inteligente que anima os animais provem do elemento inteligente universal.
a A inteligência do homem e do animal emanam de um único princípio inteligente. No
homem ela está mais elaborada.
607 O espírito no seu estado de origem, passa por uma série de existências que antecedem
o período de humanidade.
a Nos seres inferiores da natureza, o princípio inteligente se elabora e se individualiza
pouco a pouco.
b O período de humanização começa geralmente em mundos ainda inferiores à Terra.
608 Após a morte, o espírito não tem a consciência de suas existências anteriores ao
período de humanidade.
609 No período de humanidade o espírito guarda vestígios mais ou menos pronunciados do
estado primitivo.
610 Pode-se até dizer que o homem é um ser à parte na criação. Mas há coisas que só a seu
tempo podem ser esclarecidas.

Metempsicose
611
612 O espírito que animou o corpo de um homem não encarna mais em um corpo de animal.
Não há retrocesso na lei.
613 A idéia da metempsicose tem fundamento no sentimento intuitivo de que o homem
possui diversas existências.

LIVRO 3 - Das Leis Morais


CAPÍTULO I - DA LEI DIVINA OU NATURAL

Caracteres da lei natural


614 Lei natural é a lei de Deus. Indica-lhe o que fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz
quando dela se afasta.
615 A lei de Deus é eterna e imutável como o próprio Deus.
616 Impossível que Deus haja prescrito aos homens o que noutra época proibiu, os homens
é que são obrigados a mudar.
617 As leis divinas compreendem as leis da matéria e as do procedimento moral.
a O homem pode aprofundar umas e outras mas uma única existência não basta para
isso.
618 As leis são apropriadas a cada mundo e adequadas ao grau de progresso dos seres que
o habitam.

Conhecimento da lei natural


619 Deus facultou a todos os homens o direito de conhecerem as suas leis, e todos a
compreenderão um dia.
620 Antes de encarnar, a alma pode compreender melhor as leis de Deus e dela guarda a
intuição quando unida ao corpo.
621 A lei de Deus está escrita na consciência de cada um.
a Como os homens costumam esquecer as leis de Deus e Ele as revela quando
necessário.
622 Em todos os tempos, espíritos superiores encarnados, tiveram a missão de revelarem
aos homens, as leis de Deus.
623 Mesmo que entre estes espíritos,alguns errem nas lições, muitas verdades se
encontram nos seus ensinos.
624 O verdadeiro profeta é um homem de bem. Reconhecido pelas suas palavras e por seus
atos.
625 O modelo mais perfeito que Deus ofereceu aos homens para servir de guia, foi Jesus.

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626 As leis de Deus sempre estiveram disponíveis na Natureza, para o bom observador.
627 Jesus foi obrigado a usar de alegorias e parábolas, o ensino do espíritos tem que ser
claro e sem dúvidas.
628 A verdade não foi sempre posta ao alcance de todos porque é como a luz, deve-se
habituar a ela pouco a pouco.

O bem e o mal
629 Moral é a regra de bem proceder ou de distinguir entre o que é bom e o que é mal.
630 O bem é tudo o que é conforme a lei de Deus; o mal , tudo o que lhe é contrário.
631 Deus deu ao homem a inteligência para distinguir por si mesmo o que é bem do que é
mal.
632 Para não haver engano, Jesus disse: “Vede o que queríeis que vos fizessem ou não.”
633 A lei natural traça para o homem o limite das suas necessidades. Quando esse limite é
ultrapassado, vem o sofrimento.
634 Quis Deus que o homem tivesse a escolha entre o bem e o mal. Para adquirir
experiência é necessário conhecer ambos.
635 As diferentes posições sociais foram fruto do progresso individual, não implica que a lei
natural não é a mesma para todos.
636 A lei é a mesma para todos. O mal depende da vontade de quem o pratica e a diferença
está no grau de responsabilidade.
637 Tanto mais culpado é o homem, quanto melhor sabe o que faz.
638 Embora necessário, o mal não deixa de ser mal. Essa necessidade desaparece à medida
que a alma se depura.
639 A conseqüência do mal recai sempre sobre quem lhe foi a causa. Tem menos culpa
quem obedece do que quem manda.
640 Aquele que não pratica o mal, mas se aproveita dele é tão culpado quanto.
641 Quando se resiste ao desejo do mal, há virtude. Quando não se o pratica por falta de
oportunidade, há culpa.
642 Não basta não fazer mal, o homem responderá pelo mal resultante de não haver
praticado o bem.
643 Não há quem não possa fazer o bem. Fazer o bem não significa fazer caridade, mas ser
útil ao semelhante no possível.
644 Às vezes, nascer no meio de crimes e vícios é uma prova que o espírito escolheu para
exposto, ter o mérito da resistência.
645 Mesmo na atmosfera do vício, o mal pode arrastar alguém, mas o apelo não é
irresistível.
646 O mérito de fazer o bem está na dificuldade de praticá-lo. Melhor o pobre que divide o
pedaço, que o rico que dá a sobra.

Divisão da lei natural


647 A lei de Deus, que abrange todas as circunstâncias da vida, está resumida na máxima
de Jesus sobre o amor ao próximo.
648 A divisão da lei de Deus em dez partes (Moisés) pode ser feita, mas esta divisão não é
absoluta.

CAPÍTULO II - DA LEI DE ADORAÇÃO

Objetivo da adoração
649 A adoração e a elevação do pensamento a Deus, aproximando a alma.
650 A adoração, tal como a idéia de Deus são sentimentos inatos.
651 Nunca houve povos destituídos destes sentimentos. Todos compreendem que há um
ente supremo.
652 A adoração está na lei natural, por isso existe entre todos os povos, ainda que de formas
diferentes.

Adoração exterior
653 A verdadeira adoração não vem das manifestações exteriores, mas do coração.
a A adoração exterior pode ser útil se não for simulada. Quando há mau exemplo não se
imagina o mal que causam.
654 Deus prefere os que o adoram com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal do que
os que fazem com cerimônias.
655 Seguir uma religião em que não crê mas se respeita, não é proceder mal. Pior será

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ridicularizá-la ou praticar por ambição.
656 A oração em comum tem a força da comunhão dos pensamentos e sentimentos. Não é
menos valiosa a oração individual.

Vida contemplativa
657 Perante Deus, não há nenhum mérito na vida contemplativa. Se não fazem mal,
também não fazem o bem, são inúteis.

A prece
658 A prece é agradável a Deus, quando ditada pelo coração. Melhor a prece do íntimo do
que a que se lê só com os lábios.
659 Orar é por-se em comunicação com Deus. Podemos pedir, louvar e agradecer.
660 A prece torna o homem melhor por fortalecê-lo contra tentações e por atrair a ajuda dos
bons espíritos.
a Alguns acham erroneamente que há mérito em longas e demoradas orações. O
essencial não é orar muito, mas bem.
661 Quem pede perdão a Deus só o obtém mudando de proceder. As boas ações são a
melhor prece.
662 É possível orar por outrem. Pela prece os bons espíritos se associam ao bem que se
deseje fazer.
663 As súplicas são atendidas mais vezes do que supomos, a ajuda vem por meios naturais
e passam despercebidas.
664 A prece por outrem não pode alterar os desígnios de Deus, mas pode proporcionar
forças, esperança e alívio nas provas.
665 Mesmo não prescrita no evangelho, a prece pelos mortos está contida no ensino de
Jesus: “amai-vos uns aos outros”.
666 Pode-se orar aos bons espíritos, como sendo os mensageiros e executores das vontades
de Deus.

Politeísmo
667 O politeísmo é antigo porque todos os efeitos distintos não compreendidos eram fruto
de forças superiores distintas.
668 Conhecidos desde os primórdio, os fenômenos espíritas muito contribuíram para a
crença na pluralidade dos deuses.

Sacrifícios
669 O homem foi levado ao uso dos sacrifícios humanos, por desconhecer a Deus como
sendo a fonte da bondade.
a Sem dúvida que os sacrifícios de animais antecederam os humanos.
b Os sacrifícios humanos não se originaram da crueldade mas da idéia errônea quanto a
forma de agradar a Deus.
670 Mesmo os sacrifícios humanos feitos com piedosa intenção nunca agradaram a Deus.
671 Mesmo as guerras chamadas “santas” são contrárias à vontade de Deus, que
recomenda nos amemos uns aos outros.
672 As oferendas de frutos da terra não são mais meritórias do que as outras. Deus julga
segundo a intenção e não o fato.
673 O melhor meio de honrar a Deus é minorar os sofrimentos dos necessitados e aflitos.

CAPÍTULO III - DA LEI DO TRABALHO

Necessidade do trabalho
674 O trabalho é uma lei da Natureza, por isso mesmo se constitui numa necessidade.
675 Toda ocupação útil é um trabalho.
676 O trabalho é ao mesmo tempo, uma expiação é um meio de aperfeiçoamento da
inteligência.
677 Tudo na Natureza trabalha. O homem com duplo fim : conservação do corpo e
desenvolvimento da faculdade de pensar.
678 Quanto menos material a necessidade menos material é o trabalho. Em outras esferas e
planetas também se trabalha.
679 Mesmo para o homem que tem bens suficientes para lhe assegurar a existência o
trabalho é uma necessidade.
680 Quando o homem é impossibilidade de qualquer trabalho, é a justiça de Deus ensinando

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a lição da utilidade.
681 A lei da Natureza impõe aos filhos a obrigação de trabalhar para os pais. Por isso o amor
filial é um sentimento natural.

Limite do trabalho. Repouso


682 Assim como o trabalho, o repouso também é necessário para reparação das forças e
liberdade da inteligência.
683 O limite do trabalho é o limite das forças. A esse respeito, Deus deixa inteiramente livre
o homem.
684 Todo aquele que manda, transgride a lei de Deus, impondo a seus inferiores o excesso
de trabalho.
685 O homem tem o direito de repousar na velhice. A nada é obrigado senão de acordo com
suas forças.
a O forte deve trabalhar para o fraco. Não tendo este família a sociedade deve fazer as
vezes desta. É a lei de caridade.

CAPÍTULO IV - DA LEI DE REPRODUÇÃO

População do globo
686 A reprodução dos seres vivos é lei da Natureza. Sem ela o mundo corporal pereceria.
687 O homem não tem com que se preocupar com o aumento da população mundial. A isso
Deus provê e mantém o equilíbrio.

Sucessão e aperfeiçoamento das raças


688 As raças humanas, crescem e decrescem na Terra, em obediência às leis que nos
regem.
689 Os homens atuais são os mesmos espíritos que voltaram para se aperfeiçoar, ainda
distantes da perfeição.
690 Do ponto de vista físico os corpos atuais sofreram o aperfeiçoamento dos corpos
primitivos pela reprodução.
691 O caráter das raças primitivas era a força bruta. Hoje, o homem faz mais pela
inteligência do que pela força corporal.
692 O homem é um dos instrumentos de que Deus se serve para o aperfeiçoamento das
raças animais e vegetais.
a

Obstáculos à reprodução
693 Tudo o que embaraça a Natureza em sua marcha, como obstáculo à reprodução, é
contrário à lei natural.
a Quanto à reprodução de animais e plantas nocivas, o homem pode se lhe opor sem
abusar, como regulador da natureza.
694 As tentativas de obstar a reprodução para satisfazer a sensualidade é a prova da
predominância da matéria no homem.

Casamento e celibato
695 A união permanente de dois seres não é contrária à lei da natureza, mas um progresso
na marcha da Humanidade.
696 A abolição do casamento seria uma regressão da sociedade humana à vida dos animais.
697 A indissolubilidade absoluta do casamento é lei humana contrária à Natureza. O homem
muda as leis, a natureza não.
698 O celibato voluntário não representa um estado de perfeição meritório aos olhos de
Deus.
699 Todo o sacrifício pessoal é meritório, quando feito para o bem. Mais sacrifício .... mais
mérito.

Poligamia
700 A igualdade numérica, existente entre os sexos, é um indício da proporção em que
devam unir-se.
701 A poligamia é uma lei humana, cuja abolição marca um progresso social.

CAPÍTULO V - DA LEI DE CONSERVAÇÃO

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Instinto de conservação
702 Todos os seres vivos possuem o instinto de conservação, qualquer seja o grau de sua
inteligência.
703 Deus outorgou o instinto de conservação a todos os seres com o fim de preservar a vida.

Meios de conservação
704 Tendo determinado ao homem a necessidade de viver, facultou em todos os tempos, os
meios para ele o fazer.
705 Quando a terra não produz o suficiente não é por deficiência da Natureza, mas por
imprevidência do homem.
706 O solo é a fonte primordial de recursos para a vida do homem.
707 A subsistência deve se buscada com ardor e perseverança sem desanimar ante os
obstáculos.
708 Quando faltam meios de subsistência ao homem é por que lhe compete sofrer
resignado e ao qual sabia estaria exposto.
709 Quem sacrifica seus semelhantes para matar a fome comete dupla falta, a de homicídio
e a de lesa-natureza.
710 Nos mundos superiores os seres vivos têm necessidade de alimento, mas compatíveis
com suas necessidades.

Gozo dos bens terrenos


711 O uso dos bens da Terra é um direito de todos os homens.
712 O gozo dos bens materiais é o atrativo que Deus usa para instigar o homem ao
cumprimento da tarefa que lhe cabe.
a O objetivo da tentação é o desenvolvimento da razão, que deve preservá-lo dos
excessos.
713 A Natureza traçou contornos ao uso dos bens materiais indicando o limite do necessário.
714 O homem que procura os excessos de todo gênero é digno de lástima e está bem perto
da morte.
a Morte física e morte moral.

Necessário e supérfluo
715 O limite do necessário, muitos o conhecem por intuição, outros pela experiência e à sua
própria custa.
716 Por meio da organização física a Natureza nos deu limites às necessidades, mas o
homem criou necessidades irreais.
717 Quem açambarca os bens da Terra para obter o supérfluo terá que responder pelas
privações causadas aos outros.

Privações voluntárias. Mortificações


718 A lei de conservação obriga o homem a prover às necessidades do corpo. Sem força e
saúde o trabalho é impossível.
719 A busca pelo bem-estar é natural, Deus só proíbe os abusos e o fato de ser conseguido à
custa de outrem.
720 Existe mais mérito no fazer o bem aos semelhantes do que nas privações voluntárias.
a Existem privações meritórias tais como privar-se de gozos inúteis, resistir à tentação,
doar do que lhe é necessário.
721 Privar-se a si mesmo e trabalhar para os outros é a verdadeira mortificação, conforme a
caridade cristã.
722 Ao homem é permitido alimentar-se de tudo o que lhe não prejudique a saúde.
723 O homem deve se alimentar conforme o reclame a sua organização. Face a constituição
física, a carne alimenta a carne.
724 Será meritório se o homem abster-se da alimentação animal, mas que seja para
benefício dos outros.
725 As mutilações operadas no corpo do homem ou dos animais não têm nenhuma
utilidade.
726 Os sofrimentos naturais elevam os homens enquanto os sofrimentos voluntários de
nada servem se não houver benefício.
727 Não devemos provocar sofrimento desnecessário mas podemos preservar-nos dos
perigos que nos ameacem.

CAPÍTULO VI - DA LEI DE DESTRUIÇÃO

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Destruição necessária e destruição abusiva
728 A lei de conservação obriga o homem a prover às necessidades do corpo. Sem força e
saúde o trabalho é impossível.
a Ao se alimentarem, os seres vivos se destroem reciprocamente com duplo objetivo:
manutenção do equilíbrio e evolução.
729 A busca pelo bem-estar é natural, Deus só proíbe os abusos e o fato de ser conseguido à
custa de outrem.
730 Existe mais mérito no fazer bem aos semelhantes do que nas privações voluntárias.
731 Na natureza, os agentes da destruição estão ao lado dos meios de conservação para
manter o equilíbrio.
732 A lei de destruição guarda proporções com o estado material dos mundos habitados. As
condições são diferentes da Terra.
733 A necessidade da destruição se enfraquece no homem, à medida que o espírito
sobrepuja a matéria e se desenvolve.
734 O direito do homem na destruição dos animais é regulado na necessidade que se tem
de prover o sustento e a segurança.
735 Toda a destruição que excede os limites da necessidade é uma violação da lei de Deus,
o homem terá de prestar contas.
736 Os povos que levam ao excesso o escrúpulo da destruição dos animais têm mais
superstição que verdadeira bondade.

Flagelos destruidores
737 Flagelos destruidores tem o fim de fazer a humanidade progredir mais depressa, realiza
em anos o que levaria séculos.
738 Deus emprega sempre meios, que não os flagelos, para o progresso humano, mas os
homens não tiram proveito disso.
a Os homens bons que sucumbem em flagelos não sofrem maior prejuízo pois a vida é um
relâmpago na eternidade.
b As vítimas de flagelos acharão ampla compensação aos seus sofrimentos, se souberem
suportá-los sem murmurar.
739 Os flagelos, não obstante os males que provocam, são úteis do ponto de vista físico,
mudando as condições de 1 região.
740 Os flagelos sã provas que dão ao homem ocasião de exercitar sua inteligência e
demonstrar paciência e resignação.
741 Muitos flagelos resultam da imprevidência do homem, que com eles adquire experiência
para prevenir ou evitar outros.

Guerras
742 O homem é levado à guerra pela predominância da natureza animal sobre a espiritual,
transbordando paixões.
743 Quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus, a guerra
desaparecerá da Terra.
744 Quando a Providência permite a guerra é objetivando a liberdade e o progresso.
a Mesmo a guerra objetivando liberdade resulte em escravidão, ela é temporária, para
forçar progresso mais rápido.
745 Grande culpado é aquele que suscita a guerra para seu proveito; levará muitas
existências para expiar o que fez.

Assassínio
746 Quem tira a vida de um semelhante corta o fio de uma existência, e isso é grave crime
perante as leis de Deus.
747 O grau de culpa de um assassino é variável. Deus julga mais a intenção do que o fato
em si.
748 Desde que o agredido possa preservar sua vida, não deve atentar contra o seu agressor.
749 O homem não é culpado pelo assassínio que pratica constrangido, durante a guerra,
mas leva-se em conta a intenção.
750 Tanto o parricídio quanto o infanticídio são crimes perante as leis de Deus.
751 Povos desenvolvidos que autorizam na legislação, o infanticídio, mostram apenas o
desenvolvimento intelectual.

Crueldade

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752 O instinto de destruição constitui uma necessidade, mas a crueldade resulta de uma
natureza má.
753 Nos povos primitivos, a matéria predomina sobre o espírito, assim se entregam aos
instintos, o que os torna cruéis.
754 A crueldade deriva da falta de desenvolvimento do senso moral, que existe como
princípio em todos os homens.
755 Seres tão cruéis quanto os selvagens, nascem no seio das mais adiantadas civilizações
com o objetivo de se adiantarem.
756 Com o progresso humano, os homens de bem um dia se verão livres dos seres cruéis,
pelo próprio progresso deles.

Duelo
757 O duelo não é um caso de legítima defesa, é um assassínio e um costume absurdo,
digno dos bárbaros.
758 Considere-se o duelo como um suicídio por parte daquele que conhece a sua fraqueza e
sabe que irá morrer.
a Quando a probabilidade dos contendores em vencer é a mesma, ocorre um assassínio e
um suicídio.
759 Não existe no duelo o que se chama de “ponto de honra”, é puro orgulho e vaidade.
a Quando os homens forem melhores compreenderão que matando ou deixando-se matar
não resolvem problemas.

Pena de morte
760 Um dia a pena de morte desaparecerá da legislação humana. E mais tarde os homens
não serão julgados pelos homens.
761 Existem outras formas de se eliminar da sociedade um membro perigoso. Não temos o
direito de preservar vidas matando.
762 Em época alguma a pena de morte é necessária. O homem a utilizou por não descobrir
coisa melhor.
763 As restrições na aplicação da pena de morte são um indício de progresso da civilização.
764 A pena de talião é uma prerrogativa da justiça de Deus e não dos homens. Mesmo assim
ela é aplicada com misericórdia.
765 A pena de morte é um crime, mesmo quando aplicada em nome de Deus.

CAPÍTULO VII - DA LEI DE SOCIEDADE

Necessidade da vida social


766 A vida social está na natureza do homem. Deus permite ao homem inúmeras conquistas
necessárias à vida de relação.
767 O insulamento absoluto é contrário à lei da Natureza. Os homens buscam a sociedade
por instinto.
768 O insulamento dificulta o progresso pois o homem não dispõe de todas as faculdades. O
contato faz com que progridam.

Vida de insulamento. Voto de silêncio


769 Uma vida que se condena a não ser útil a ninguém, não pode agradar a Deus.
770 Os que vivem em absoluta reclusão são considerados duplamente egoístas.
a Não há mérito algum em ser recluso, há que seguir a lei do amor e a de caridade.
771 Quem foge do mundo para socorrer os necessitados, têm duplo mérito: faz o bem e está
acima dos gozos materiais.
772 O voto de silêncio não é uma virtude. Deus concedeu a palavra ao homem para que ele
a utilize o melhor possível.

Laços de família
773 Os animais deixam de reconhecer os filhos como tal, tão logo eles possam cuidar de si
mesmo.
774 Os laços de família são mais fortes entre os homens pois eles têm necessidade de amar-
se como irmãos.
775 O relaxamento dos laços de família seria uma recrudescência do egoísmo.

CAPÍTULO VIII - DA LEI DO PROGRESSO

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Estado de natureza
776 Estado de natureza é o estado primitivo, enquanto a lei natural contribui para o
progresso da humanidade.
777 No estado de natureza temos menos necessidades, mas não temos o da mais perfeita
felicidade.
778 O homem progride incessantemente e não pode voltar ao estado de infância espiritual.

Marcha do progresso
779 O homem se desenvolve por si mesmo, mas nem todos progridem simultaneamente
nem do mesmo modo.
780 O progresso moral decorre do progresso intelectual, mas nem sempre o segue
imediatamente.
a O desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a
responsabilidade dos atos.
Os povos cultos são muitas vezes os mais pervertidos, mas a moral e a inteligência são
b forças destinadas ao equilíbrio.
781 O homem não pode paralisar a marcha do progresso, mas às vezes pode atrapalhá-la.
a É impossível para o homem, deter o progresso da humanidade.
782 Mesmo os que agem de boa-fé para obstar o progresso, não conseguirão fazê-lo.
783 O progresso se faz regular e lento. Para acelerar, Deus promove de quando em quando,
abalos físicos ou morais.
784 Às vezes é necessário que o mal chegue ao excesso, para se tornar compreensível a
necessidade do bem e das reformas.
785 O maior obstáculo ao progresso moral são o orgulho e o egoísmo. O progresso
intelectual ocorre sempre.

Povos degenerados
786 Povos que recaem na barbaria após atingirem um surto de progresso não involuiram, os
espíritos foram substituídos.
787 Existem raças rebeldes ao progresso, por natureza, mas vão aniquilando-se
corporalmente todos os dias.
a A sorte de todas as raças é a perfeição, passando pela fieira das encarnações
sucessivas.
Os homens mais civilizados podem ter sido selvagens e antropófagos.
b
788 Os povos que vivem unicamente da força, nascem, crescem e morrem. Mas muitos
outros servem de farol aos demais.
789 O progresso não fará com que todos os povos da Terra um dia se tornem uma única
nação mas que vivam em paz.

Civilização
790 A civilização não é a decadência da humanidade, mas um sinal de progresso
incompleto.
a Não se deve condenar a civilização, mas os que dela abusam.
791 As civilizações aperfeiçoar-se-ão a ponto de fazer desaparecer os males que hajam
produzido.
792 As civilizações não produzem todo o bem que poderiam porque os homens não estão
aptos nem dispostos a fazê-lo.
a Também se dá que as faculdades do espírito não progridem simultaneamente. É preciso
tempo para tudo.
793 Uma civilização se completa após banir os vícios e quando viverem como irmãos,
praticando a caridade cristã.

Progresso da legislação humana


794 As sociedades tem exigências mas poderiam reger-se apenas pelas leis naturais se
todos a compreendessem bem.
795 As leis humanas se tornam mais estáveis à medida que são feitas para todos e se
identificam com a lei natural.
796 A severidade das leis humanas desaparecerá, à medida em que a educação reformar os
homens.
797 O homem reformará suas leis pela força das coisas e pela influência das pessoas que o
guiam na senda do progresso.

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Influência do Espiritismo no progresso
798 O Espiritismo se tornará uma crença geral, não sem lutas, e marcará nova era na
história da humanidade.
799 O Espiritismo contribui para o progresso, destruindo o materialismo, abolindo os
preconceitos de seitas e raças.
800 Não é de se temer que o Espiritismo não consiga triunfar, mas a transformação será
lenta e gradual.
801 Os espíritos não nos ensinaram estas coisas antes como não damos ao recém-nascidos
um alimento impróprio.
802 Os espíritos não apressam este progresso, porque não há milagres. O próprio Cristo não
convenceu todos no seu tempo.

CAPÍTULO IX - DA LEI DE IGUALDADE

Igualdade natural
803 Todos somos iguais perante as leis de Deus e todos tendem ao mesmo objetivo.

Desigualdade das aptidões


804 Deus criou todos os Espíritos iguais. A diferença está na diversidade dos graus de
experiência que alcançaram.
805 Mesmo passando de um mundo superior para um inferior um espírito conserva as
faculdades adquiridas.

Desigualdades sociais
806 A desigualdade social não é lei da natureza mas resultado da ação do homem.
a A desigualdade desaparecerá um dia, restando apenas a desigualdade do
merecimento.
807 Os que abusam da posições sociais, renascerão em situação inversa, sofrendo o que
infligirem aos outros.

Desigualdades das riquezas


808 A desigualdade das riquezas se dá não apenas das facilidades de uns em relação a
outros mas do engodo e do roubo.
a Nem mesmo a riqueza herdada está livre das más paixões, ela pode ter se originado da
espoliação e da injustiça.
809 Os que herdam uma riqueza mal adquirida não tem responsabilidade por isso,
sobretudo se o ignoram.
810 Mesmo aquele que dispõe de seus bens eqüitativamente antes de morrer, corre risco de
colher frutos amargos e/ou doces.
811 A igualdade absoluta das riquezas é impossível, face à diversidade das faculdades e dos
caracteres.
a Alguns homens defendem a igualdade das riquezas, mas seria melhor se combatessem
o egoísmo.
812 A igualdade do bem-estar seria possível, se todos se entendessem convenientemente.
a Todos os homens se entenderão quando praticarem a lei de justiça.
813 A sociedade é muitas vezes a principal culpada pela queda dos semelhantes na miséria.

As provas de riquezas e de miséria


814 Deus concedeu a riqueza e o poder a uns e a miséria a outros para testá-los de
maneiras diferentes.
815 A pobreza e a riqueza são provas difíceis, uma provoca queixas contra a Providência, a
outra induz ao excessos.
816 O rico, mesmo sujeito a maiores tentações, tem mais facilidades de fazer o bem, o que
nem sempre acontece.

Igualdade dos direitos do homem e da mulher


817 O homem e a mulher têm os mesmos direitos perante Deus.
818 O predomínio injusto e cruel sobre as mulheres é o resultado das instituições sociais e
do abuso da força.
819 Ao homem cabem os trabalhos rudes, à mulher os trabalhos leves, com a

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responsabilidade de se ajudarem mutuamente.
820 Deus deu força ao homem não para escravizar a mulher mas para a proteger.
821 À mulher está destinada tarefa de maior importância do que ao homem. É ela que dá as
primeiras noções de vida.
822 Sendo iguais perante a lei de Deus, os homens devem ser iguais perante as leis
humanas.
a A legislação deve consagrar a igualdade de direitos, mas não das funções. Cada um
deve-se ocupar conforme a aptidão.

Igualdade perante o túmulo


823 O desejo que o homem sente de perpetuar sua memória por meio de monumentos
fúnebres é o último ato de orgulho.
a Se a suntuosidade dos monumentos é devida aos parentes, o orgulho e a ostentação é
deles.
824 Não há reprovação absoluta na pompa dos funerais, honrar a memória dos homens de
bem é justo e de bom exemplo.

CAPÍTULO X - DA LEI DE LIBERDADE

Liberdade natural
825 Em qualquer posição no mundo, não existe liberdade absoluta. Todos precisam uns dos
outros.
826 Desde que dois homens estejam juntos não mais existe liberdade total, há entre eles
direitos recíprocos a respeitar.
827 A obrigação de respeitar os direitos alheios não tira ao homem o direito de pertencer-se
a si mesmo.
828 Certos homens de opiniões liberais costumam ser despóticos no lar, têm a compreensão
da lei mas orgulho e egoísmo.
a Quanto mais inteligência tem o homem para compreender um princípio, menos culpável
é de o não aplicar a si mesmo .

Escravidão
829 Toda sujeição absoluta de um homem a outro homem é contrária à lei de Deus. A
escravidão é um abuso da força.
830 Quem tira proveito da escravidão é culpado perante as leis de Deus. Mas como em tudo
a culpa é relativa.
831 A desigualdade natural das aptidões coloca certas raças sob dependência de outras,
mas para que estas as elevem.
832 Homens que tratam c/ respeito os escravos, não são tão culpados mas não deixam de
dispor deles como uma mercadoria.

Liberdade de pensar
833 No homem só há uma coisa pela qual ele goza de absoluta liberdade...a de pensar.
834 O homem é responsável pelo seu pensamento. Somente Deus pode condená-lo ou
absolvê-lo segundo sua justiça.

Liberdade de consciência
835 A consciência é um pensamento íntimo que pertence ao homem, como todos os outros
pensamentos.
836 O homem não tem o direito de se opor à liberdade de consciência assim como à
liberdade de pensar.
837 O resultado da oposição à liberdade de consciência, faz os homens hipócritas.
838 Toda a crença é respeitável, quando sincera e conduz à prática do bem. São
condenáveis às que conduzam ao mal.
839 Escandalizar com a crença de outrem é falta de caridade e um atentado contra a
liberdade de consciência.
840 Podemos reprimir os atos das crenças capazes de causar perturbação, mas a crença
íntima é inacessível.
841 Podemos tentar, respeitando a liberdade, evitar que doutrinas perniciosas se
propaguem, mas a convicção não se impõe.
842 A doutrina que mais se aproxima da verdade é a que mais homens de bem e menos
hipócritas fizer.

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Livre-arbítrio
843 O homem tem a liberdade de agir e de pensar. Sem o livre-arbítrio, o homem seria uma
máquina.
844 O livre-arbítrio é quase nulo nas primeiras fases da vida, cresce e muda de objeto c/ o
desenvolvimento das faculdades.
845 As predisposições instintivas do espírito não provocam um arrastamento irresistível ao
erro, sempre se pode resistir.
846 A matéria exerce influência sobre o espírito, mas o instinto assassino que o homem tem
não é o corpo que lhe dá.
847 Quando por alguma razão o espírito nasce num corpo de um idiota ele perde o livre-
arbítrio.
848 Não existe desculpa aos atos reprováveis devido à embriaguez. O ébrio se privou da
razão voluntariamente.
849 No homem selvagem a faculdade predominante é o instinto, o que não o impede de agir
com liberdade.
850 A posição social às vezes é um obstáculo à liberdade, mas Deus é justo e tudo leva em
conta.

Fatalidade
851 A fatalidade existe unicamente pela escolha que o espírito fez, ao encarnar, desta ou
daquela prova para sofrer.
852 Pessoas que parecem perseguidas por uma fatalidade são talvez provas que lhes caiba
ou conseqüências das faltas.
853 Fatal, no sentido verdadeiro da palavra, só a morte. De uma forma ou de outra não
podemos nos furtar dela.
a Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, se a hora da morte ainda não
chegou, não morreremos.
854 Do fato de ser infalível a hora da morte, nada impede que tomemos as precauções para
evitá-la.
855 Quando corremos perigos que não tem conseqüência, constitui um aviso a fim de nos
desviarmos do mal.
856 O espírito sabe que o gênero de vida que escolheu o expõe mais a morrer desta do que
daquela maneira.
857 É comum que homem tenha o pressentimento do seu fim, como pode ter o de que ainda
não morrerá, por intuição.
858 Normalmente quem pressente a morte não a teme, pois o faz com o espírito e a
compreende como sua libertação.
859 Aqueles acidentes que nos sobrevêm, que não a morte, muitas vezes os espíritos
ajudam a evitar ou prevenir.
a Mesmo assim, há fatos que forçosamente devam se dar e que os espíritos não podem
evitar, embora o queiram.
860 O homem, pela sua vontade e por seus atos, podem mudar acontecimentos
programados e também não programados.
861 Ninguém está predestinado ao crime e todo o crime, como qualquer outro ato resulta
sempre da vontade e do livre-arbítrio.
862 Pessoas que se dão mal no que fazem, podem ter escolhido essa prova mas obteriam
êxito se usassem suas tendências.
863 Os costumes sociais obrigam o homem a seguir ocupações que não querem, mas tal
submissão é um ato de liberdade.
864 As pessoas “favorecidas” pela sorte, normalmente sabem se conduzir melhor, mas
também pode ser um gênero de prova.
865 A fortuna favorecida pelo jogo pode ser uma prova c/ escolha prévia, mas normalmente
ganha o homem e perde o espírito.
866 Nós mesmos escolhemos nossas provas. Quanto mais rude ela for e melhor a
suportarmos, tanto mais nos elevaremos.
867 A expressão “nascer sob uma boa estrela” é antiga superstição que conferia às estrelas
os destinos dos homens.

Conhecimento do futuro
868 Em princípio o futuro é oculto ao homem e só em casos raros e excepcionais Deus
permite que seja revelado.

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869 Se o homem conhecesse o futuro, negligenciaria o presente e não trabalharia com a
liberdade com que o faz.
870 O conhecimento prévio do futuro é permitido quando facilite a execução de alguma
coisa de interesse da Providência.
871 A prova não tem por fim dar a Deus esclarecimentos sobre o homem, mas dar ao
homem a responsabilidade da ação.

Resumo teórico do móvel das ações humanas


872 O livre-arbítrio existe na escolha da existência e das provas e na maneira de ceder ou
resistir às provas como encarnado.

CAPÍTULO XI - DA LEI DE JUSTIÇA, DE AMOR E DE CARIDADE

Justiça e direitos naturais


873 O sentimento de justiça está de tal modo na natureza, que nos revoltamos à simples
idéia de uma injustiça.
874 Mesmo sendo natural o sentimento de justiça, os homens o alteraram pelo
desenvolvimento das paixões.
875 A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais.
a Duas coisas determinam esses direitos: a lei natural e a lei humana que se aperfeiçoa
com o progresso.
876 A base da justiça segundo a lei natural é a frase do Cristo: “Queira cada um para os
outros o que quereria para si mesmo”.
877 A vida social outorga direitos e impõe deveres recíprocos. Quem respeita esses direitos
age sempre com justiça.
878 O limite do nosso direito é reconhecer o do semelhante em circunstâncias idênticas e
reciprocas.
a O direitos naturais são os mesmos para todos os homens, desde os mais simples até os
de posição mais elevada.
879 O caráter do homem que pratica a justiça em toda a sua pureza é o do justo, que como
Jesus, amaria também ao próximo.

Direito de propriedade. Roubo


880 O primeiro de todos os diretos naturais do homem é o de viver. Por isso é que ninguém
deve atentar contra a vida.
881 O direito de viver dá ao homem o de acumular honestamente, bens que lhe permitam
não trabalhar mais.
882 O homem tem o direito de defender os bens adquiridos pelo trabalho honesto.
883 O desejo de possuir é natural, mas enquanto deseja só para si e para sua satisfação
pessoal é egoísmo.
a Não se deve acumular bens sem utilidade para ninguém ou apenas saciar as próprias
paixões.
884 A propriedade legítima é a que foi adquirida sem prejuízo de outrem.
885 A legislação humana consagra muitos direitos convencionais que a lei de justiça
reprova.

Caridade e amor ao próximo


886 Caridade é a benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições dos
outros e perdão das ofensas.
887 O “amar os inimigos” ensinado por Jesus é “perdoar os inimigos” e “retribuir o mal com
o bem”.
888 Uma sociedade que se baseie na lei de Deus e na justiça deve prover à vida do fraco,
sem que haja para ele humilhação.
a A esmola não é reprovável, mas a forma como é dada. A caridade real encontra a
dificuldade antes da mão estendida.
889 A melhoria do nosso planeta passa pela educação moral daqueles que mendigam.

Amor materno e filial


890 O amor materno é instinto e sentimento . No animal cessa quando desnecessário, no
homem persiste para sempre.
891 Existem mães que odeiam seus filhos. Isso é uma prova, consequência de outra

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existência.
892 A missão dos pais é se esforçarem por encaminhar os filhos para o bem. Quando não o
fazem, colhem o que semeiam.

CAPÍTULO XII - DA PERFEIÇÃO MORAL

As virtude e os vícios
893 A mais meritória virtude é a do sacrifício do interesse pessoal pelo bem do próximo sem
interesses ocultos.
894 As pessoas que fazem o bem espontaneamente têm mérito porque já lutaram outrora e
triunfaram sobre hábitos inferiores.
895 O sinal mais característico da imperfeição é o interesse pessoal. O verdadeiro
desinteresse é coisa muito rara na Terra.
896 A riqueza não é dada para guardar em cofres nem dispersada ao vento, representa
depósito de que todos prestam contas.
897 Fazer o bem pelo prazer de ser agradável a Deus e ao próximo, sem interesse, é melhor
do que fazer... calculando.
a Pensar que praticando o bem, podemos esperar benefícios como espíritos, não faz mal
mas é melhor fazer o bem
b Vencer as paixões, corrigir o caracter, com o propósito de aproximarmo-nos dos bons
espíritos não é egoísmo.
898 Adquirir conhecimentos científicos ajuda ao progresso do espírito, que tem de
desenvolver habilidades nos dois sentidos.
899 O rico que nasceu na pobreza e não faz nada ao semelhante é mais culpado do o que
nasceu na opulência.
900 Acumular bens c/ o único objetivo de legar maior soma aos herdeiros está em desacordo
com as leis divinas.
901 Entre o avarento que não faz e o que utiliza somente para si a riqueza, o último estará
em piores condições no além.
902 Cobiçar a riqueza a pretexto de fazer o bem é louvável, mas será que não haverá
nenhum interesse oculto ?
903 Criticar os defeitos alheios é falta de caridade, mas estudá-los para tirar proveito deles,
sem divulgá-los, não.
904 Sondar as chagas da sociedade e as expor em público, pode não ser uma falta,
dependendo do sentimento que o move.
a Um escritor escreve boas coisas e aproveitamos, senão, é uma questão de consciência
pessoal à qual terá que responder.
905 Escrever obras de grande moral, que ajudam a humanidade, e não tirar proveito para si
é falta grave.
906 Não há mal em sentir-se satisfeito por triunfar dos maus pendores, mas envaidecer-se
sim.

Paixões
907 O princípio das paixões foi “colocado” no homem para o bem e levá-lo a realizar
grandes coisas, o abuso é o mal.
908 A paixão se torna perigosa quando deixamos de governá-la resultando prejuízos
próprios ou a outrem.
909 O homem sempre pode vencer suas más inclinações, e freqüentemente, fazendo
esforços muito insignificantes.
910 O homem pode pedir a Deus e ao seu protetor a ajuda necessária para vencer as más
paixões.
911 Não existem paixões irresistíveis que a vontade não possa dominar, normalmente falta
vontade.
912 A forma mais eficiente de se combater o predomínio da natureza corpórea é praticar a
abnegação.

O egoísmo
913 De todos os vícios o mais radical é o egoísmo, ele neutraliza todas as outras qualidades.
914 O homem conseguirá extirpar o egoísmo, reformando instituições que o entretêm e
excitam e isso depende da educação.
915 Ao longo das encarnações sucessivas o homem se despojará do egoísmo como de
outras impurezas.

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916 Os homens extirparão o egoísmo e viverão como irmãos, sem se fazerem mal algum,
auxiliando-se reciprocamente.
917 A dificuldade de eliminar o egoísmo deriva da influência da matéria, ainda muito
próxima de sua origem.

Caracteres do homem de bem


918 O homem de bem é o que pratica a lei de justiça, amor e caridade, na sua maior pureza.

Conhecimento de si mesmo
919 O meio mais prático e eficaz que o homem tem de melhorar nesta vida e resistir à
tentação é: “ Conhece-se a si mesmo”.
a Interrogar a própria consciência, passar em revista o que se fez dia a dia, é uma das
formas de consegui-lo.

LIVRO 4 - Das Esperanças e Consolações


CAPÍTULO I - DAS PENAS E GOZOS TERRESTRES

Felicidade e infelicidade relativas


920 O homem não pode gozar da felicidade completa na Terra, mas pode suavizar seus
males e ser tão feliz quanto possível.
921 O homem será feliz na Terra, quando a humanidade estiver transformada, enquanto
isso pode ter felicidade relativa.
922 A felicidade possível é na vida material, a posse do necessário, e quanto a vida moral, a
consciência tranqüila.
923 O que para uns é supérfluo para outros é o necessário, e assim reciprocamente, de
acordo com as posições respectivas.
924 Há males que não se pode evitar até para os justos, aí é preciso sofrer sem murmurar
caso se queira progredir.
925 Aparentemente Deus favorece com a riqueza certas pessoas que parecem não ter
merecido; é uma prova perigosa.
926 Os males deste mundo estão na razão direta das necessidades fictícias que se cria.
927 O homem só é verdadeiramente infeliz quando sofre a falta do necessário à vida e à
saúde e isto pode ser uma prova.
928 Muitos males se originam da alteração de nossas vocações, além do que os pais, muitas
vezes contribuem para isso.
a Cumpre não cair no absurdo, porque o filho de um homem altamente colocado teria de
fabricar tamancos ?
929 O homem sempre acharia um meio de se alimentar, se o orgulho não se colocasse entre
a necessidade e o trabalho.
930 Numa sociedade organizada segundo a recomendações de Jesus, ninguém deve morrer
de fome.
931 As classes que chamamos sofredoras são mais numerosas, por ser a Terra um lugar de
expiação.
932 A influência dos maus sobrepuja os bons porque são audaciosos, os bons são tímidos.
Quando estes quiserem...
933 Assim como o homem é o causador de seus sofrimentos materiais, também o é dos seus
sofrimentos morais.

Perdas dos entes queridos


934 A perda dos entes queridos atinge ricos e pobres e representa uma prova ou expiação.
935 A comunicação com o além-túmulo não é uma profanação desde que praticada
respeitosa e convenientemente.
936 A dor inconsolável dos que sobrevivem, refletem nos espíritos que partiram.

Decepções. Ingratidão. Afeições destruídas


937 A ingratidão é filha do egoísmo e o egoísta topará mais tarde com corações insensíveis,
como o seu próprio o foi.
938 A decepção, oriunda da ingratidão, será substituída pelo reconhecimento na outra vida.
a Não há que lamentar ter amigos ingratos, eles serão substituídos por aqueles que
saberão compreender.

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Uniões antipáticas
939 Há duas espécies de afeição: a do corpo e a da alma, acontecendo com freqüência
tomar-se uma pela outra.
940 Quando buscamos na união, a satisfação do orgulho e da ambição mais do que afeição,
sofremos as conseqüências.
a À medida que os preconceitos se enfraquecem, as causas dessas desgraças íntimas
também desaparecerão.

Temor da morte
941 O temor da morte, em grande parte, se deve à educação que nos levou a crer em
fantasias e ao materialismo.
942 Existem pessoas que acham banais os conselhos para ser feliz na Terra, querem curar-
se sem tomar o remédio.

Desgosto da vida. Suicídio


943 O desgosto da vida, sem motivos, que se apodera de certas pessoas é efeito da
ociosidade, da falta de fé e da saciedade.
944 O homem não tem o direito de dispor da sua vida. Só a Deus assiste esse direito. O
suicídio é um transgressão dessa lei.
a Nem sempre o suicídio é voluntário, o louco que se mata não sabe o que faz.
945 Não existe desculpa para o suicídio que tem como causa o desgosto da vida.
946 Quem comete suicídio para fugir às misérias e às decepções sofrerá as conseqüências
desse ato.
a Os que levam alguém a cometer suicídio, responderão por assassinato.
947 Alguém em penúria, que se deixa morrer de fome é considerado suicida. Mais culpado é
quem podia ajudar e não o fez.
948 O suicídio não apaga a falta cometida. Ao contrário, em vez de uma, haverá duas.
949 Existem atenuantes para quem se suicida com objetivo de evitar que a vergonha caia
sobre os filhos. Mas a falta ocorreu.
950 Aquele que se mata na esperança de chegar mais depressa a uma vida melhor, comete
uma loucura.
951 Quando alguém morre para salvar outrem, não constitui suicídio, é sacrifício da própria
vida, e portanto sublime.
952 O homem é considerado suicida, e duplamente culpado, quando se entrega às paixões e
vícios, aos quais podia resistir.
a E é mais culpado do que quem tira a vida por desespero. As penas são proporcionais à
consciência da falta cometida.
953 Não se deve abreviar a vida diante de um fim inevitável e horrível, o socorro pode
chegar no último momento.
a Mesmo nos casos em que a morte é inevitável e a vida só é encurtada de alguns
instantes não se deve antecipa-la.
b As conseqüências desse ato é uma expiação proporcional à gravidade da falta e
conforme as circunstâncias.
954 Não há culpabilidade numa imprudência, em não havendo intenção ou consciência
perfeita da prática do mal.
955 Não há culpa onde não há intenção ou consciência perfeita da prática do mal.
956 Nos povos em que as mulheres, queimam o corpo sobre o do marido, obedecem mais
ao preconceito do que à vontade.
957 A sorte dos suicidas não é a mesma para todos, alguns expiam a falta imediatamente
outros em nova existência.

CAPÍTULO II - DAS PENAS E GOZOS FUTUROS

O Nada. Vida futura


958 O homem tem horror ao nada, instintivamente, porque o nada não existe.
959 A intuição da vida futura é obtida com o conhecimento do espírito antes de encarnar,
conservando vaga lembrança.

Intuição das penas e gozos futuros


960 A crença dos povos na existência de penas e recompensas é fruto do pressentimento da
realidade trazido pelos espíritos.
961 No momento da morte dominam: a dúvida nos cépticos, o temor nos culpados e a

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esperança nos homens de bem.
962 Os cépticos são em menor número do que se julga. Muitos se fazem fortes durante a
vida e na morte perdem a postura.

Intervenção de Deus nas penas e recompensas


963 Deus se ocupa com todos os seres que criou, por mais pequeninos que sejam. Nada é
destituído de valor.
964 Deus atua sobre nossos atos através das leis, estabelecendo limites para os excessos, e
não punindo.

Natureza das penas e gozos futuros


965 As penas e os gozos após a morte, são bem mais intensos do que os que se
experimentam na Terra.
966 O homem, faz das penas e gozos da vida futura, uma idéia muito grosseira, incompleta
e absurda.
967 A felicidade dos bons espíritos consiste em não experimentar as necessidades, os
sofrimentos e as angústias da matéria.
968 A satisfação de necessidades materiais representa um gozo para os homens, para os
bons espíritos não.
969 Os espíritos puros estão isentos das tribulações da matéria mas não ficam em estado de
contemplação, todos trabalham.
970 O sofrimento dos espíritos inferiores: inveja, ciúme, raiva, desespero, remorso,
ansiedade, necessidades não atendidas, etc.
971 A influência dos bons espíritos é sempre boa, os espíritos perversos procuram desviar
do bem os que se deixam levar.
a A morte não nos livra das influências, mas a ação dos maus é menor porque lhes falta o
auxílio das paixões materiais.
972 As paixões existem no pensamento do homem, e os maus espíritos as estimulam e
excitam.
a Paixões que não têm um objeto real se tornam um suplício. O avarento não consegue o
ouro, o orgulhoso as honras, etc.
973 O maior sofrimento dos espíritos maus é pensar que estão condenados indefinidamente
e sem remissão.
974 A doutrina do “fogo eterno” é uma imagem, semelhante a tantas outras, tomada como
realidade.
a O temor desse fogo não dá resultado, pois ensinar o que mais tarde a razão venha a
repelir não causa impressão salutar.
975 Espíritos inferiores reconhecem a felicidade do justo; que lhes é um suplício por
saberem ser privados dela por sua culpa.
976 O sofrimento dos espíritos inferiores não é causa de aflição para os bons espíritos, que
sabem que o mal terá fim.
a Os bons espíritos afligem-se com a falta de ânimo que temos para enfrentar os
sofrimentos passageiros.
977 Sem poder ocultar seus pensamentos e sendo conhecidos todos os atos, o espírito
culpado está sempre ligado à vítima.
a É um castigo para o culpado a divulgação de todos os seus atos reprováveis e a
presença constante das vítimas.
978 A lembrança das faltas, de um espírito já aperfeiçoado, não lhe turba a felicidade pelo
fato de as haver resgatado.
979 Para quem já se elevou o suficiente, nada tem de penoso para o espírito pensar nas
provas que ainda tem de passar.
980 Os laços de simpatia que unem os espíritos da mesma ordem, constitui para eles uma
fonte de felicidade.
981 Existe grande diferença na situação de um espírito que teme a morte e outro que a
encara com indiferença ou alegria.
982 Nossa sorte no futuro é assegurada pelo bem que fazemos e não pela religião que
adotamos.

Penas temporais
983 Todas as penas e tribulações da vida são expiações de faltas de outras existências
quando não conseqüências da atual.
984 As vicissitudes da vida nem sempre são conseqüências das faltas atuais, e sim das

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faltas praticadas no passado.
985 À medida que os espíritos vão se depurando, passam a encarnar em mundos cada vez
mais aperfeiçoados.
986 Mesmo que um espírito tenha progredido na Terra, ele pode reencarnar aqui
novamente, sem estar sujeito à expiação.
987 O homem que não faz mal, mas também nada por melhorar, tem de recomeçar nova
existência de natureza idêntica.
988 Cada um terá que dar contas da inutilidade voluntária da sua existência, o que é fatal
para a felicidade futura.
989 Pessoas que não são ruins, mas tornam infelizes todos os que as cercam, passarão por
circunstâncias semelhantes.

Expiação e arrependimento
990 O arrependimento pode se dar na vida corporal ou na espiritual, e ocorre quando
percebemos a diferença entre bem e mal.
991 A conseqüência do arrependimento na vida espiritual, é o de desejar uma nova
encarnação para corrigir suas faltas.
992 O arrependimento na vida atual, faz com o que o espírito progrida desde que ainda
tenha tempo de reparar suas faltas.
993 Mesmo espíritos com instinto do mal se arrependem. As encarnações sucessivas
provocam as mudanças devidas.
994 Mesmo o homem perverso, cedo ou tarde, reconhecerá o caminho errado que seguiu e o
arrependimento virá.
995 Os espíritos que não são propriamente maus, mas indiferentes, serão levados ao
progresso... pela dor.
a Muitos espíritos desejam abreviar seus sofrimentos, mas falta-lhes energia bastante
para quererem o que os pode aliviar.
996 Muitos espíritos podem se arrepender e em seguida serem arrastados de novo p/ o mal
por espíritos ainda mais atrasados.
997 A prece nada pode com alguns espíritos revoltados contra Deus. Resta aguardar um dia
o clarão do arrependimento.
998 A expiação ocorre na existência corporal mediante as provas, e na vida espiritual
perante os sofrimentos morais.
999 Não basta o arrependimento para apagar as faltas cometidas, o espírito tem que expiar
o seu passado.
a Um criminoso que não se arrepende, torna mais longa e mais penosa a sua expiação.
1000 Desde esta vida é possível reparar nossas faltas, mas não há valor no arrependimento
estéril.
1001 Dar fim útil aos bens após a morte é melhor que nada. Preferível privar-se em vida de
alguma coisa para o semelhante.
1002 Para quem já não tem tempo de reparar faltas, o arrependimento apressa a reabilitação,
mas não o absolve.

Duração das penas futuras


1003 A duração dos sofrimentos dos espíritos culpados é regido por leis sábias e
misericordiosas.
1004 A duração do sofrimento de um espírito culpado é o tempo necessário para que ele se
melhore.
1005 Para espíritos sofredores o tempo é mais longo. Para os espíritos de certo grau é que o
tempo se apaga diante do infinito.
1006 A lei que rege a duração das penas está subordinada aos esforços de melhoria do
espírito.
1007 Existem espíritos que se arrependem muito tarde, mas todos estão inapelavelmente
sujeitos à lei do progresso.
1008 Algumas penas podem ser impostas ao espírito por tempo determinado. Mas Deus
sempre acolhe o arrependimento real.
1009 As penas impostas jamais o são por toda a eternidade, assim o confirmam o bom-senso
e a razão.

Ressurreição da carne
1010 O dogma da ressurreição da carne esconde o ensino da reencarnação dado pelos
espíritos.

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a A ressurreição da carne era a linguagem figurada a que os espíritos sancionaram sem
alegorias, dando um sentido claro.

Paraíso, inferno e purgatório


1011 Penas e gozos são inerentes ao grau de perfeição dos espíritos. Cada um tira de si
mesmo a felicidade ou sua desgraça.
a Céu e inferno são simples alegorias, mas os espíritos de uma mesma ordem se reunem
por simpatia.
1012 Purgatório é um tempo de expiação com dores físicas e morais, quase sempre passado
na Terra.
1013 Quando espíritos superiores falam sobre inferno e purgatório conforme idéias correntes,
é para serem compreendidos.
a Quando alguns espíritos dizem ter sofrido torturas no inferno ou purgatório o fazem em
sentido figurado.
1014 Alma a penar significa errante e sofredora, incerta de seu futuro e que precisa de alívio.
1015 Céu é o espaço Universal onde espíritos gozam plenamente de suas faculdades sem as
tribulações da vida material.
1016 Quando espíritos dizem habitar o 4o. e 5o. céus, querem exprimir diferentes graus de
purificação.
1017 Quando Jesus fala que “...seu reino não é deste mundo”, é porque seu reinado se exerce
sobre os corações puros.
1018 O bem reinará na Terra quando os bons predominarem. Essa transformação se dará
pela encarnação de 1 nova geração.

Responsável : Américo Luís Sucena de Almeida

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