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Visão geral dos conteúdos da 10 Classe/ 2021

Unidade 1: Desenho geométrico

Unidade 2: Projecções ortogonais (formas simples e complexas)

Unidade 3: Formas em axonometria

Docente : andrejoaobatista2@gmail.com
Unidade 4: Comunicação visual

Unidade 5: Estudo da forma (transformações)

Unidade 6: Arte

Unidade 7: Forma / função

Unidade 8: Projecções ortogonais

Unidade 9: Cotagem das formas

Unidade 10: Perspectiva visual

Unidade 1: Formas em perspectiva rigorosa

Desenho Geométrico

Desenho geométrico ou técnico é a linguagem gráfica descritiva destinada à transmissão


completa e rigorosa da informação sobre determinado objecto.

Importância do Desenho Geométrico – a importância do desenho geométrico é permitir uma


representação rigorosa, detalhada ou completa de objectos, em função daquilo que se pretende.

Traçados Geométricos –(Espiral de 2, 3 e 4 centros)

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Espiral é uma linha curva, geométrica, ilimitada, descrita por um ponto que dá voltas sucessivas
em torno do outro afastando-se progressivamente.

Traçado de espiral de 2 centros

 Traça-se um eixo horizontal X e sobre ele marcam-se os dois pontos C 1 e C2 próximos um


do outro;
 Com centro em C1, raio C1 C2, traça-se o arco C2 A e de seguida, fazendo centro em C2 e
raio C2 A, traça-se o arco AB;
 Vai-se de novo para o centro C1, raio C1 B, descreve-se o arco BC, e em C2, raio C2 C, traça-
se o arco CD e assim por diante.

Traçado de espiral de 3 centros

 Traça-se um triângulo equilátero C1, C2, C3 e prolongam-se os seus lados;


 Com centro em C1 e raio C1 C3, traça-se o arco C3 A; centro em C2 e raio C2 A, traça-se o
arco AB; centro em C3 e raio C3 B, descreve-se o arco BC;
 Vai-se de novo para C1 e raio C1 C, traça-se o arco até a linha prolongada de C1 e assim
por diante.

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Traçado de espiral de 4 centros

 Traça-se um quadrado de tamanho reduzido C1, C2, C3, C4 e prolongam-se os seus lados;
 Com centro em C1, raio C1 C4, descreve-se o arco C4 A;
 Centro em C2, raio C2 A, traça-se o arco AB;
 Centro em C3, raio C3 B, traça-se o arco BC;
 Centro em C4, raio C4 C, traça-se o arco CD e assim por diante.

Curvas Sinuosas

São as curvas que surgem da ligação


harmoniosa de arcos.

Traçado de uma Ducina

 Traçam-se dois segmentos de recta AB e CD


de tamanhos ou comprimentos diferentes;
 Unem-se os extremos B e D, pontos de
nascença, e divide-se o segmento BD em
quatro partes iguais pelo processo de traçado
da mediatriz, obtendo-se assim os pontos E, F
e G;
 Traçam-se perpendiculares aos segmentos
AB e CD pelo extremo B, que vai intersectar
o segmento que passa pelo ponto G, obtendo-
se o centro O2, e pelo extremo D que vai
intersectar o segmento que passa pelo ponto
E, dando origem ao centro O1.
 Com centro em O1, traça-se o arco DF e
centro em O2traça-se o arco FB, formando
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assim a curva denominada ducina ou cimalha.
Traçado de uma Gola

 Traçam-se dois segmentos de recta AB e CD de


comprimento diferentes eTraçadoda Ogiva Encurtada
unem-se os extremos
dos segmentos B e D, pontos de nascença,
 Dados
definindo assimoo vão AB, divide-se
segmento BD. AB em duas partes iguais pelo traçado de
 mediatriz, e sobre ela marca-se MV (medida da flecha);
Divide-se o segmento BD em duas partes iguais
 Une-se o
obtendo-se o ponto E.ponto V aos pontos A e B, obtendo-se os segmentos VA e
 VB;
Fazendo o centro no extremo B e raio BE,
 Divide-se VA e VB em duas partes iguais e prolonga-se cada
descreve-se o arco de círculo, e com centro em Ee
segmento até intersectar o vão nos pontos C1 e C2;
raio EB traça-se um arco que vai intersectar o
 Com centro em C1, raio C1 A, descreve-se o arco AV;
anterior no ponto O2.
 Com centro em C2, raio C2 B, traça-se o arco que intersecta o interior
 Com centro no extremo D e raio DE, traça-se o
no ponto V (vértice do arco), obtendo-se assim o arco pedido.
arco do círculo, e, com centro em Ee raio ED,
descreve-se o arco que vai intersectar o anterior no
ponto O1.
 Com centro em O1 e raio O1D, traça-se o arco DE,
e centro em O2 raio O2E, traça-se o arco EB,
obtendo-se assim a Gola.

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Traçado do Arco Contracurvado

 Traça-se o vão AB, acha-se a metade de AB e com centro no ponto


médio C1 descreve-se a semicircunferência AB;
 Mantendo o mesmo raio e centro em A e raio C 1, traça-se o arco C 1 E;
centro em B, raio B C1, traça-se o arco C1 F;
 Fazendo centro nos pontos E e F e com o mesmo raio, traçam-se os
arcos que se vão cruzar no ponto V; centro em V e também com o
mesmo raio, descrevem-se os arcos que determinam os pontos C 2 e C3;
 Com centro no ponto C1, raio C1A, traçam-se os arcos AE e BF.
Centro em C2, raio C2E, traça-se o arco EV; e centro em C 3, raio C3 F,
descreve-se o arco FV, obtendo-se assim o arco pedido.

Traçado do Arco Abatido

 Dado o vão AB, traça-se a sua mediatriz onde se marca a flecha MD,
de modo a que M seja o ponto médio de AB e MD seja a sua
perpendicular. Une-se o ponto D aos pontos de nascença A e B do
arco;
 Com centro em M, traça-se uma semicircunferência AB; com centro
em D, raio DE, traça-se uma circunferência que intersecta os
segmentos AD no ponto F e BD no ponto G;
 Divide-se AF e GB em duas partes iguais e prolongam-se as linhas até
se cruzarem no ponto C3. As mesmas determinam, no segmento AB,
os pontos C1 e C2.
 Com centro em C1, raio C1A, traça-se o arco AP1; centro m C2, raio
C2B, traça-se o arco BP2 e com centro em C3, raio C3P1 ou C3P2, traça-
se o arco P1P2 concordante com os anteriores.

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Arcos Arquitectónicos – são os que resultam da concordância de arcos com segmentos de recta,
usados nas construções arquitectónicas.

Arcos Arquitectónicos

Uma das necessidades do ser humano é a de se proteger dos seus inimigos. Esta necessidade
obrigou-o a procurar locais seguros com abrigos. Como as necessidades iam aumentando
com o tempo, o Homem foi obrigado a construir as suas habitações com melhores
condições de estrutura. Dai o uso de técnicas de construção, particularmente o da
arquitectura.

Traçado de um arco romano

 Traça-se uma linha horizontal AB;


 Traça-se a mediatriz que determina o
ponto O (centro do arco);
 Centro no ponto O, traça-se arco a
partir dos extremos A e B. Traçado de um Arco Árabe

 Dado o diâmetro CD, constrói-se uma


circunferência;
 Traça-se a mediatriz do segmento CD,
divide-se o raio em 3 partes iguais
obtendo os pontos 1, 2, e 3;
 Traçam-se paralelas ao segmento CD que
passem pelos pontos 1' e 2'. A intersecção

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da circunferência com a paralela que
passa pelo ponto 2 origina os pontos A e
B, pontos de nascença dos arcos;
 Pelos pontos C e D do diâmetro da
circunferência, traçam-se as hastes com
início na horizontal que contém os pontos
A e B.

Projecções ortogonais (formas simples e complexas)

 Importância das projecções ortogonais


 Conceito

Uma projecção é um processo pelo qual fazem incidir raios projectante sobre uma forma ou
objecto com a intenção de representar a sua vista no plano mas também designa-se projecção
como sendo “ lançar contra’’ ou “incidir sobre’’.

Importância das projecções ortogonais

A finalidade das protecções ortogonais ajuda a perceber a relação existente entre os diversos
sistemas de representação utilizados para representar o espaço tridimensional.

A finalidade da projecção de uma forma ou objecto é representar, graficamente, em duas


dimensões. Ou seja, no plano do desenho, a forma do objecto com três dimensões e representada
com duas dimensões.

Noção de projecção

Para projectar um ponto, faz-se passar uma projectante (linha recta) pelo ponto, ate ao plano de
projecção.

A projecção do ponto é intenção da projectante com o plano de projecção.

Plano de projecção

A Projectante A1

Projecção do plano

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Elementos de uma projecção

 Centro da projecção,
 Objecto projectado
 Projectante
 Plano de projecção

Para visualizar melhor o acto de projectar, o observador deverá estar de frente para o plano e
imaginar linha recta que parte um dos seus olhos em direcção ao ponto e chegar ao plano de
projecção.

Poderá imaginar ainda uma lanterna que emite luz em direcção perpendicular ao plano de
projecção a sombra do ponto no plano é a projecção do ponto.

Para projectar formas complexas, serão necessárias várias projectantes, sempre perpendiculares
ao plano de projecção, passando por todos os pontos da forma em questão.

Sistema de projecção

Existem dois sistemas de projecção bastante conhecidos e utilizados.

 Sistema de projecção central ou cónica


 Sistema de projecção paralela ou cilíndrica

Projecções ortogonais

Conceito.

São representações ou e uma representação do objecto num hiperplano sobre o desenho


recorrendo a recta projectante que passam pelos pontos do objecto e intersectam um plano de
projecção.

Ex:

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Uma projecção é obtida intersectando reptas ou planos, conteúdo cada hiperlano de
representação. Este recta chamadas projectante ou raio visuais, funcionam como raios de sol para
projectar os vértices de objecto sobre os planos de projecção

A projecção também e utilizada na representação das vistas ortogonais de um desenho técnico


mecânico.

A projecção e constituído por centras ou cónica, projecção paralela ou cilíndrica.

Projecção central ou cónica

Na projecção central ou cónica, as rectas projectantes partem do finito, ou seja de um ponto fixo
chamado centro de projecção.

Ex:

Plano de projecção

Observador

Projecção paralela ou cilíndrica

Na projecção paralelas ou cilíndrica, as rectas projectantes partem do infinito ou seja de centro


de projecção afasta-se para infinito fazendo com que os traços sejam paralelos passando pelo
objecto no espaço e projectam nos sobre o plano.

Ex

Plano de projecção

Observador

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Tipos de projecções ortogonais

Para a definição gráfica de um objecto recorre-se projecção bidimensional a projecção


tridimensional e a projecção multidimensional.

Projecção ortogonal bidimensional

Consiste na representação de figuras planas ou sólidas sobre dois planos, sendo um vertical e
outro horizontal; esta representação pode não esclarecer a configuração de um sólido

Projecção ortogonal tridimensional

Consiste na representação de figuras planas ou sólidas sobre três planos, sendo um vertical, um
horizonte e um lateral; esta representação pode não esclarecer a configuração de um sólido
complexo.

Projecção ortogonal multidimensional

Considere-se uma peca com a configuração representada na figura colocada no interior de uma
caixa de forma paralelepipédica, com faces transportes. Projecte-se ortogonalmente a referida
peca sobre as seis faces da caixa para que face que serve de plano de projecção fique para alem
da peca em relação ao observado fig.

Uma vez representada a projecção em todas as faces, abre-se a caixa como se indica na figura
fazendo o rebatimento das faces todas em torno das charneiras que são as arestas das caixas de
modo que todas as faces fiquem contida no mesmo plano.

Ex:

Projecção bidimensional Projecção tridimensional Projecção multidimensional

Retirando as linhas correspondente as arestas da caixa e também as projectantes, assim teremos


os alçados das varias vistas:

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1. Alçado principal
2. Alçado superior ou planta
3. Alçado lateral direito
4. Alçado inferior
5. Alçado lateral esquerdo
6. Alçado posterior
Para esta projecção, pode-se recorrer ao método europeu ou americano, mas para a
nossa classe só usaremos o método europeu.
Execução das projecções ortogonais
1. Escolher a posição ideal para a presentação do objecto.
2. Escolher as que melhor definem o objecto, e elas devem ser a necessárias e
suficientes para representar completamente o objecto.
3. Escolher a escala adequada da representação e o formato de papel a adoptar.
4. Traçar as linhas de eixo de simetria do objecto e os contornos das vistas.
5. Traçar as restantes linhas visíveis, ocultas e de eixos. Estas linhas definem as
configurações de pormenores da peca.
6. Representar completamente todas as configurações do objecto usando todo o tipo
de traços.
7. Escrever as cotas e outras indica coes necessárias para a leitura da peca.

Projecção de qualquer forma plana


Na representação de projecções de formas planas no espaço tridimensional e
bidimensional, aquelas ficam representadas através da projecção dos pontos que a
caracterizam.
Projecção de figuras planas
Triangulo
Um triangulo A, B e C, paralelo ao plano horizontal e perpendicular ao plano
vertical, fig.
Os raios partem do infinito, passam pelos vértices do triângulo e intersectam o PV
determinando os pontos A, B e C no plano vertical que, unidos, representam a
projecção vertical do triângulo. Os raios perpendiculares ao PH determinam a
projecção horizontal definida pelos pontos A, B e C.

Projecção de um cilindro assente no plano vertical ao plano horizontal de


projecção

L T

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Quadrado
Um quadrado A, B, C e D, paralelo ao plano vertical e perpendicular ao plano
horizontal.
Os raios passam pelos vértices do quadrado e projectam para o plano horizontal
acontecendo o mesmo com o plano vertical, para determinar a projecção vertical.
Projecção de um quadrado sobre os planos de projecção

Exercícios de aplicação
1. Represente um quadrado A, B, C e D, paralelo ao plano vertical e perpendicular ao plano
horizontal. PV
A B B
B
D C A A
L T B꞊C
D PH
A꞊D
A꞊ D B꞊C

2. Represente um rectângulo A, B, C e D, paralelo ao plano vertical e perpendicular ao


plano horizontal.

A''=D'' B''=C''

L T

A B

D C

3.a) As peça ao lado está representado na forma axonométrica. Represente-as no plano de


desenho as respectivas três vistas.

VF VL

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VC

Fig1. Peça em axonometria Fig2. Representação da peça da fig1. Pelas suas projecções ortogonais

3.b)

Fig1. Peça em axonometria Fig2. Representação da peca da fig1 pelas suas projecções ortogonais (VF, VL e VC).

Projecções de um sólido

Representação de projecções de sólidos no espaço tridimensional e bidimensional. A


representação dos sólidos é obtida através da projecção dos pontos que constituem as faces do
sólido em causa.

Pirâmide

Projecção de uma pirâmide de base quadrangular assente no plano horizontal de projecção.

PV

V" V"

L A"=D" B"=C" T

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A"=A A D C PH

D C

Exercícios de aplicação

1. Complete as vistas ou projecções em falta: vista frontal, vista lateral esquerda e vista
superior.

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Formas em axonometria

Axonometria - é a representação de um objecto, tal como observado a partir de uma


determinada distancia do objecto e considerando uma determinada localização do observador.
Pode-se considerar como sendo uma deformação perspectiva que varia de acordo com a
localização do observador em relação ao objecto.

A finalidade é auxiliar o observador na compreensão da forma de um objecto, através da sua


representação no espaça bidimensional.

Este tipo de representação, a axonometria, é portanto uma representação em perspectiva.

Tipos de perspectiva axiomática

 Perspectiva isométrica
 Perspectiva dimetrica
 Perspectiva cavaleira

Elementos da perspectiva axonometrica

 Parâmetro, constituído nos três eixos (x: y: z).


 Y- Eixo onde é mercada profundidade.
 Z- Eixo onde é marcada altura.
 X- Eixo onde é marcada a largura.

Característica das perspectivas axonometrica

Normalmente, a representação das perspectivas

C Axnometrica é feita com base nas projecção ortogonais -

A Do objecto a representação.

A- Alçado frontal ou vista de frente

B – Vista de cima ou planta

C – Alçado lateral

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Vamos agora ver como é este objecto no espaço visto e representado em varias perspectivas
axonometricas.

Perspectiva axonometrica isométrica

É a representação em que os eixos x e y fazem com a horizontal ângulos de 30 0. Na representação


isométrica, as arestas do objecto a representar que sejam paralelas aos três eixos não sofrem nenhuma
redução nas suas medidas.

Sistema de eixos de representação em perspectiva isométrica.

A direita, representação do objecto em perspectiva.

Perspectiva axonometrica dimetrica

É a representação que os eixos x e y fazem com a horizontal de 40 0 e 70 , respectivamente.

Nesta perspectiva, as arestas do objecto que sejam paralela ao eixo x têm a profundidade reduzida a
metade.

Sistema de eixos de representação em perspectiva dimetrica.

A direita, representação do objecto em perspectiva.

Perspectiva axonometrica cavaleira

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É a representação que os eixos x e y fazem com a horizontal de 45 0 e 00 , respectivamente.

Tal como na perspectiva, dimetrica as arestas paralelas ao eixo x têm a profundidade reduzida a metade

Sistema de eixos de representação em perspectiva cavaleiro.

A direita mesmo objecto representado em perspectiva cavaleiro.

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