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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA(UEPB)

PRO-REITORA DE EXTENSÃO

PRO-ENEM 2020

PROFESSOR: ISAÍAS F. DE LIMA

ÁREA TEMÁTICA: CIÊNCIAS HUMANAS

DISCIPLINA: GEOGRAFIA

ALUNO(A): TURMAS: 3 (TARDE) / 12 (NOITE)

ASSUNTO 4 : POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA): DESAFIOS


PARA UM POPULAÇÃO CADA VEZ MAIS ENVELHECIDA.

Conceituando:

A População Economicamente Ativa (PEA) é a parcela da população que


pode trabalhar nos setores produtivos com sua força de trabalho. No Brasil,
esta população está entre a faixa etária de 14 á 65 anos, pois a atividade entre
14 e 18 anos é apenas permitida em caráter de aprendiz. Os 65 anos é a idade
máxima para a aposentadoria.

A População Economicamente Ativa (PEA) pode ser ocupada ou


desocupada. Indivíduos em férias, por exemplo, fazem parte da População
Economicamente Ativa (PEA). O mesmo acontece com funcionários em licença
médica ou mesmo os desempregados.

No Brasil, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),


a PEA brasileira compreende 63,05% da população, apesar de esse número
não considerar aqueles que não trabalham com contrato formal ou carteira
assinada. Ainda segundo o IBGE, do total da população ativa no Brasil, pouco
mais de 20% encontram-se no setor primário, 21%, no setor secundário; e
59%, no setor terciário.

Divisão da População Economicamente Ativa (PEA)


Como foi visto anteriormente, o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística classifica de duas formas a População Economicamente Ativa
(PEA): população ocupada e população desocupada. A população ocupada
diz respeito aos que trabalham, divididos em:

Empregados

São indivíduos que prestam serviços a alguém, com jornada de trabalho em


troca de algum tipo de remuneração. Essa remuneração pode ser em dinheiro,
moradia, alimentação, etc. Estão inclusos nessa categoria os militares e cargos
relacionados à igreja;

Empregadores

Pessoas que contratam os empregados. Essa categoria explora a atividade


econômica ou exercem algum ofício que precisa de reforço de um empregado;

Trabalhadores Autônomos

Essas pessoas desenvolvem atividades sem ajuda dos empregadores;

Estagiários e Empregado Aprendiz

São indivíduos que trabalham menos de 15h por semana e não recebem
salário de fato pela atividade.

Desempregados

Integra o grupo de pessoas desocupadas os que estão buscando uma


colocação no mercado de trabalho.

Setores do PEA

Gráfico 1

A População Economicamente Ativa (PEA) está dividida em três setores da


economia:
Setor primário

Nesse setor são desenvolvidas as atividades com ligação direta à matéria-


prima, como agricultura, pecuária e extração mineral e vegetal. Este setor
concentra 20.9% da PEA.

Setor secundário

Nesse setor é feita a modificação da matéria-prima, como as indústrias e a


construção civil. Este setor concentra 20% da PEA.

Setor terciário

Nesse setor existe relação entre pessoas, como a prestações de serviço de


médicos, advogados, professores, etc. O comércio também integra o setor
terciário. Este setor concentra 59% da PEA.

Qual a influência direta dos Setores na PEA?


O número de pessoas economicamente ativa em cada setor influência bastante
na economia de uma nação, isto é, se grande parte da população estiver
desenvolvendo atividades relacionadas ao setor primário, àquela nação é
considerada rural.

A distribuição da População Economicamente Ativa (PEA) nos setores da


economia é determinante para saber se o país é desenvolvido ou não. Em
nações com economia mais avançada existe uma concentração da População
Economicamente Ativa (PEA) no terceiro setor, por causa da alta mecanização
dos campos e da indústria. Logo:

a) se grande parte da população estiver desenvolvendo atividades


relacionadas ao setor primário, àquela nação é considerada rural
(Países Subdesenvolvidos).

b) Em nações com economia mais avançada existe uma concentração da


População no terceiro setor, por causa da alta mecanização dos campos
e da indústria (Países Desenvolvidos).

O caso do Brasil

Existem estudos que dizem que “Países com baixo desenvolvimento


econômico têm a maior parte da População Economicamente Ativa (PEA)
concentrada no primeiro e no segundo setor”, isso realmente procede?

Temos algo a se pensar. Se o Brasil tem 59% da PEA, no Terceiro Setor da


Economia, sendo este um parâmetro de “desenvolvimento” de um país, porque
ele é considerado um País Subdesenvolvido, de carácter rural?

A resposta parece simples porém, no entanto para responder isso, temos que
levar em consideração alguns fatores:

a) Economia brasileira agroexportadora forte


b) Alta mecanização do campo e o êxodo rural
c) Inversão populacional e crescimento da cidades (1970-1980)

Economia agroexportadora:

O Brasil é um grande exportador de comodites primárias (soja, milho, café,


etc), fazendo com que haja uma grande dependência de outras economias
industriais, o que mostra o quão frágil somos a crises como a de 2009. Observe
os seguintes gráficos:

Gráfico 2 Gráfico 3
Apesar da agropecuária ter representado apenas 5.5% do PIB(Produto
Interno Bruto) como mostra o gráfico 2 em 2011, o agronegócio que é a
soma da agropecuária mais a agroindústria que representou em 2014, 21.3%
do PIB somando uma margem de 1.178 Trilhões de reais como mostra o
gráfico 3.

Gráfico 4

Em 2018, fazendo uma retrospectiva do PIB, se comprovou que o agronegócio


foi a salvação, para manter aquecida a economia durante a crise que vem se
arrastando nessa última década, como mostra o gráfico 4. Para a especialista
do IBGE, a economista Rebeca, o grande impulsionador do PIB de 2017 foi o
agronegócio, que avançou 13% em 2017, puxado pela safra recorde. “Em tese, o
crescimento seria de 0,3% (sem o agronegócio). Mas temos que lembrar que a
agropecuária tem influência em todos os outros setores.” Observe as notícias:
Mecanização e Êxodo Rural

O processo de mecanização do campo consiste na substituição da mão de


obra humana por máquinas, com o intuito de aumentar a produtividade,
permanecendo apenas no campo mão de obra qualificada que saibam
manusear os maquinários. Como boa parte da população do campo tem uma
taxa de escolaridade muito baixa, essas pessoas perdem com muita facilidade
os postos de trabalhos, tendo como opção de saída ir para os centros urbanos,
a procura de melhores condições de vida, trabalho e moradia.

Inversão Populacional das Cidades (1970-1980)

Gráfico 5

Com o crescimento e o avanço da industrialização do país, seguido da


mecanização do campo, a população teve que se adaptar a novas formas
produtivas. A criação de uma indústria de base no período do Estado Novo ou
Era Vargas, fez com que as cidades se tornassem mais atrativas,
principalmente no eixo econômico do país, Rio de Janeiro-São Paulo, o que
criou fluxos migratórios para lá, ao qual as pessoas buscavam melhores
condições de vida.

A partir dos anos 1940, se percebeu o crescimento da população urbana em


relação a população rural, nos anos 1960, a população nos dois meios já se
equiparavam, chegando em 1970 na inversão da população, ao qual a
população urbana ultrapassou a população rural. Chegando agora, no último
censo de 2010, á 84% a população urbana e 16% a rural, como mostra o
gráfico 5.

O que se observa neste período de 1960-1980, é o período do golpe militar,


que com um grande investimento de capital internacional gerou um grande
desenvolvimento urbano, gerando muitos empregos na construção civil, o que
foi um grande atrativo para migrações para os grandes centros, principalmente
no eixo Rio-São Paulo.

No que implica isso na PEA?

Gráfico 6

Como é representado no gráfico 6, se colocamos em comparação com o


gráfico 5 do tópico anterior, e pegamos o período amostral de 1940 a 2010,
iremos perceber que que a medida que as relações produtivas mudam com as
políticas econômicas do governo á época, se observa como no gráfico acima
que com o passar dos anos, o setor primário vai diminuindo a participação da
PEA, ou seja vai diminuindo a quantidades de pessoas com idade produtiva,
trabalhando neste setor.

Em contrapartida os Setores Secundários e terciário vai crescendo, uma vez


que com o aumento da população urbana ao passar das décadas, a população
da PEA, antes concentrada no primeiro setor, passar a se qualificar e trabalhar
na indústria e principalmente nas atividades do comércio e serviços. O gráfico
deixa mais uma vez claro que não foi apenas uma inversão populacional entre
as décadas de 1970-1980, mas também uma inversão da PEA.

Nos anos de 1940 mais de 64% da PEA estava no setor primário, menos de
10% no setor secundário e mais de 25% no setor terciário. Com a ação dos
fatores, já mencionados anteriormente, esta realidade mudou, nos anos 2000,
quase 60% da PEA estava concentrada no terceiro setor, 25% no setor
primário e 20% no setor secundário. Hoje como vimos no gráfico 1, cerca de
59,9% da PEA se concentra no setor terciário, 20.9% no setor primário e 20%
no setor secundário.

No entanto a ideia de que o Setor Terciário maior que demais setores não
significa necessariamente desenvolvimento, principalmente para países
subdesenvolvidos, pois os fatores sociais são preponderantes. No caso do
Brasil, o terceiro setor cresceu expressivamente, com a inversão populacional e
produtiva, gerando um terceiro setor muito volumoso porém frágil, porém
conserva alto grau de dependência do Setor Primário e Secundário.

No caso do setor terciário, existe um grande número de trabalhadores


no mercado informal, representando os chamados subempregos, como
camelôs, ambulantes, etc. Os países com concentração no terceiro setor são

de baixa industrialização. No Brasil, 59% da PEA no Setor Terciário significou,


grande fragilidade numa crise:

a) desencadeando uma margem de desemprego de 13 milhões de


desempregados

b) Aumento da informalidade

c) Processo de Uberização e precarização do trabalho

Os desenvolvidos e os subdesenvolvidos enfrentam problemas com o


desemprego. Isso ocorre devido à automação em massa dos setores da
economia, estimulando novas formas de trabalho na tentativa de preencher o
mercado e a colocação da PEA.

População Economicamente Inativa:

O PEI é o grupo da População Economicamente Inativa. Eles não possuem


idade oficial para trabalhar e, por esse motivo, não podem exercer atividade
remunerada. Fazem parte desse grupo os estudantes, pré-aposentados,
aposentados e aqueles com alguma deficiência permanente.
Sua Importância:

Analisar os números da população economicamente inativa é de extrema


importância. Se uma nação X tivesse uma População Economicamente Ativa
(PEA) de 20 milhões de habitantes e uma população inativa de 30 milhões
haveria um grave problema social. Isso ocorreria porque dos 50 milhões que
formam a população, apenas 20 milhões trabalham ou podem trabalhar.

Exemplo:

Estudo de caso do País X. Relação em milhões entre a População


Ativa(PEA) X a População inativa(PEI) no ano 2019

População Ativa(PEA) 20.000.000

População Inativa(PEI) 30.000.000

População total 50.000.000

Valor de contribuição 100 reais


por cidadão(R$/Ano)

Expectativa de 5.000.000.000 bilhões


contribuição geral

Contribuição da PEA 3.000.000.000 bilhões

Contribuição da PEI 0 reais

Saldo contributivo - 2.000.000.000 bilhões

FONTE: LIMA, Isaias Ferreira. Instituto Fantasia de Economia. 2020.


Os membros do PEI não trabalham devido a idade e, por esse motivo, não
fazem parte do setor produtivo. A População Economicamente Ativa (PEA)
fica encarregada de pagar os impostos para que o governo possa
custear pensões e aposentadorias da população inativa.

É muito importante que um país tenha em equilíbrio a população ativa e a


população inativa. A População Economicamente Inativa (PEI) é o conceito
utilizado para classificar o grupo social de pessoas que não integram o
mercado de trabalho.

Teorias Populacionais:

Teoria Malthusiana(1776-1834)
Surge na Grã-Bretanha, no início da Revolução Industrial. Da preocupação
com os problemas sociais (desemprego, fome, êxodo rural, rápido aumento
da população, etc.). Para Malthus a população tinha potencial de crescimento
ilimitado, e a natureza, inversamente, de recursos limitados para alimentá-la
Sem guerras, epidemias e desastres naturais, a população duplicaria em 25
anos, sendo o crescimento da população mais acelerado em escala
geométrica(2,4,8,16,32...) mais que e a produção de alimentos em escala
aritmética(2,4,6,8,10...).
Para o autor, com o tempo todas as áreas cultiváveis estariam esgotadas pois
os continentes estariam plenamente ocupados pela agropecuária, enquanto a
população mundial continuaria crescendo. Para Malthus, a população mais
carente (subdesenvolvidos) eram responsáveis pela miséria e a fome pela seus
casamentos precoces e reprodução ininterrupta.
Solução:
Os defensores da tese eram contra os meios anticonceptivos para o controle
populacional, mas a favores do controle da natalidade pela sujeição moral do
homem. Como afirmam Lucci e outros autores(2005, p.316):
Para evitar essa tragédia por ele prevista, Malthus defendia o que ele chamou
de “controle moral”.

a) Abstinência sexual

b) Adiamento dos casamentos. Só permitido caso fosse comprovado a


capacidade de sustentar a prole

Críticas:
• A população não duplicou a cada 25 anos
• A produção de alimentos tem crescido com a inovação tecnológica
• Mesmo em uma área limitada de espaço, com insumos( agrotóxicos,
fertilizantes, biotecnologia), mecanização da agricultura há maior
produção
• Não previsão do processo de urbanização, industrialização e inovação
tecnológica no campo
• Principalmente a grande concentração de alimentos nos países ricos e
má distribuição nos países pobres
Teoria Marxista(1818-1883):
São contrários a ideia malthusiana e neomalthusiana de que o grande
crescimento populacional dos países subdesenvolvidos é a culpa pelo estado
de pobreza e fome. Os reformistas atribuem aos países ricos ou desenvolvidos
a responsabilidade pela intensa exploração imposta aos países pobres ou
subdesenvolvidos, resultando essa situação.
Solução:
Adoção de profundas reformas sociais e econômicas para superar esses
graves problemas nos países subdesenvolvidos. Uma vez que os países
desenvolvidos, cuja redução do crescimento só foi possível por meios de
reformas socioeconômicas que gerou melhoria do padrão de vida de suas
populações.

A tendência de controle espontâneo da natalidade é facilmente observada


comparando a taxa de natalidade entre famílias de classe baixa e de classe
média. Quanto mais dignas as condições de vida, maior a tendência de
diminuir o número de filhos para não comprometer o acesso de seus
dependentes aos sistemas de educação e saúde.

Reformistas e o Desemprego:
Na teoria Reformista, o sistema capitalista tem a vontade de que haja um
aumento do número de trabalhadores, formando um excendente que não será
absorvido pelo mercado de trabalho, formando um exercito de reserva, que
contribui para a acumulação do capital.,
Para Damiani(1993, pg18) de duas maneiras:

a) Regular os salários

b) Material humano disponível a ser aproveitado sem preocupações


Como é possível observar nas charges, o grande contingente populacional de
desempregados nos grandes e médios centros são fundamentais para a
chantagem, como a do tipo “ah, não quer trabalhar?! Você quer emprego ou
direitos? Se não quiser, lembre-se que tem 100 lá fora querendo seu lugar.” e
especulação de empregos.
Na charge 1, vemos muitos trabalhadores lutando por empregos, enquanto os
empregadores liberam as vagas aos poucos para manter o controle sobre a
massa. Na charge 2, vemos uma condição típica, ao qual o trabalhador não
sabe se amanhã estará empregado, uma vez que ele tem consciência que, tem
centenas de pessoas atrás de ocupar o seu lugar.
Para Ruas(1993, pg156) O crescimento do exército de reserva depende da
atuação de fatores econômicos, como a ocorrências de crises e da
mordenização da agricultura. Para o sistema capitalista o importante é o lucro e
não o bem-estar de toda a população. Para Marx é a economia que tem que se
adaptar as necessidades da população e não o contrário.
Teoria Neomalthusiana (1945- até os dias de Hoje):
Surge no final da 2º Guerra Mundial, numa conferência pela paz em 1945, em
São Francisco, conferência essa que criou a Organização das Nações Unidas.
Surge a partir daí o questionamento “Como explicar, e a partir daí, como
enfrentar os problemas da fome e miséria nos países subdesenvolvidos?”

A explosão demográfica do século XX, em 1950, marcou uma altíssima taxa de


natalidade nos países subdesenvolvidos, chegando muitos desses países a
dobrar em 30 anos, correspondendo a 80% da população mundial(Lucci et.al.
2005, p.320)
Retomada ao Malthusianismo:
Os neomalthusianos temerosos, com o terceiro mundo, passam a
responsabilizar aos países subdesenvolvidos, pela fome e miséria e seus
elevados crescimentos demográfico. As altas taxas de natalidades significam
prejuízos por obrigar altos investimentos na saúde e educação, no lugar de
investir nos setores produtivos, como a agricultura, indústria, transportes etc.

Como a charge exemplifica, este período é marcado pela retomada a teoria de


Malthus, a charge fala da ideia do controle natural da população, pelas guerras,
epidemias e a fome. Os personagens ficam em dúvida se questionando como
foi que a população continuou crescendo apesar do seu trabalho, já mostrando
ai a ineficácia da teoria tanto malthusiana quanto neomalthusina.
Solução:
Os Neomalthusianos propõe a realização de programas de controle de
natalidade nos países subdesenvolvidos e disseminação da utilização de
métodos anticonceptivos.
Críticas:
Esquecem eles de fatos como baixos salários, das péssimas condições de vida
e que as maiores reduções de natalidade acontecem em países onde
houveram mais conquistas econômicas e sociais. Somente uma distribuição de
renda mais justa e maior acesso á cultura e educação podem modificar os
padrões de crescimento, melhorando a qualidade de vida das pessoas(LUCCI
et.al. 2005, p.320).
Para continuarmos a refletir: Se a população economicamente Inativa(PEI) se
tornar maior que a população economicamente ativa(PEA) no que isso
implicará?. Para responder esta pergunta, antes é necessário, conhecer as
pirâmides etárias.

Pirâmide Etária

As pirâmides etárias, demográficas ou populacionais são números


representados por meio de gráficos ilustrativos que revelam as tendências no
crescimento populacional durante um determinado período.

Esses gráficos são de extrema importância para a análise sobre qualidade


vida. Ele tem relação direta com os números do Produto Interno Bruto (PIB) e
o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

A pirâmide etária, por exemplo, permite delimitar as estratégias do poder


publico a médio e longo prazo para gestão de recursos. Caso uma população
apresente um crescimento de idosos, serão necessárias ações que ofereçam
suporte a essa demanda.
Contrates entre os países :

Países subdesenvolvidos Países desenvolvidos

Elevada taxa de natalidade Baixa taxa de natalidade

Elevada taxa de mortalidade Baixa taxa de mortalidade

Crescimento vegetativo mediano Crescimento vegetativo baixo

Países rurais Países urbanos

Estas condições levam aos países subdesenvolvidos a Altos investimentos em


educação: escolas primárias e creches, á Alto investimento em saúde:
saneamento básico e foco na pediatria.

Já os países desenvolvidos, não precisam investir tanto pois lá é difundido o


Planejamento familiar e amplas medidas anticonceptivas, para o controle
populacional o que leva a um número menor de filhos, sobrando esforços para
a qualificação da classe adulta. Outro fato é a entrada da mulher no mercado
de trabalho, o que faz com que colabore pela baixa natalidade, nesses países a
saúde é voltada mais a geriatria.

Pirâmide Brasileira:
A pirâmide Brasileira tem se alterado ao longo do tempo, com o passar das
décadas a nossa pirâmide etária tem estreitado com o tempo sua base,
composta por crianças e jovens( 1 a 19 anos), e alargado seu centro,
indivíduos adultos no auge produtivo( 20 a 59 anos), e o topo compostos por
idosos( +65 anos).

Após o período de bônus demográfico, a taxa de natalidade começa a


decrescer no Brasil a partir dos anos 1980, e em contrapartida, com o avanço
das tecnologias, neste período, a taxa de mortalidade no país também tem seu
crescimento, aumentando assim a expectativa de vida.

O aumento da expectativa de vida, decorrente dos avanços ao combate de


doenças e novos tratamentos, somados a vida corrida das cidades, como as
condições de emprego, custo de vida, a conquista de mercado pelas mulheres
cada vez mais instruídas, a facilidade de métodos anticonceptivos, tem feito a
população a reduzir a quantidade de filhos, para que tenham uma maior
estabilidade de vida nos centros urbanos, e assim colaborado para a redução
da taxa de natalidade.

Em contrapartida o número de idosos tem aumentado consideravelmente na


população brasileira, a pirâmide tem se modelado a uma estrutura parecida a
um botijão de gás, do centro para o topo cada vez mais largo. Isso pode
representar um problema com o passar do tempo, pois se a natalidade diminui
progressivamente chegará o tempo que não teremos jovens suficientes para
substituir a população adulta que espera para se aposentar.

Essa tendência pode ser perigosa, pois uma pirâmide envelhecida pode
gerar problemas previdenciários. Como foi visto, é a População
Economicamente Ativa (PEA) que paga as aposentadorias, uma pirâmide
envelhecida com topo cada vez mais largo significa um População
economicamente Inativa cada vez maior, para ser sustentada, ultrapassando a
população ativa.

A esse fenômeno de movimentação das pirâmides etárias, chamamos de


transição demográfica, como veremos a seguir:

Transição Demográfica:
A imagem acima exemplifica os três grandes períodos da transição
demográfica. Antes de falarmos destes períodos, vamos identificar, o que é
conhecido com crescimento vegetativo.

O crescimento vegetativo é a diferença entre a taxa bruta de natalidade e a


taxa bruta de mortalidade. Caso a taxa de natalidade for maior que a de
mortalidade, teremos um crescimento vegetativo positivo, caso ocorra o
contrário, teremos um crescimento vegetativo negativo. Para que haja o início
ou o fim de um período de transição demográfica é preciso uma queda
acentuada, que chamamos de Ônus demográfico, ou que aconteça um
aumento significativo, que chamamos de Bônus demográfico.

Fases de Transição Demográfica:

1ª Fase(1920)

• Altas taxas de natalidade

• Altas taxas de mortalidade

• Sociedade rural

• Baixo crescimento vegetativo

2ª Fase(1920-1960)
• Período de alta industrialização

• Êxodo rural intenso

• Transição urbano-rural

• Declínio da natalidade e mortalidade

• Alto crescimento populacional

• Reformas Sanitarista(1960)

O período entre 1970 a 2010 é conhecido como o período do bônus


demográfico, mas o período de maior crescimento se deu entre as décadas de
70 á 90, onde se viu um crescimento quase constante.

3ª Fase (1960- Hoje)

• Sociedade urbana

• Redução da mortalidade e natalidade

• Fim do crescimento vegetativo

1. Ato custo de vida

2. Difusão dos anticonceptivos

3. Planejamento familiar

4. Entrada da mulher no mercado de trabalho

O Envelhecimento Populacional e a Previdência social


Na última edição da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, publicada em
2016, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) avalia que o
histórico da composição da população brasileira aponta para um aumento
expressivo da parcela de idosos na população.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) apontam que,


em dez anos, a parcela de brasileiros com 60 anos ou mais cresceu de 9,8%
para 14,3% da população, considerando o período de 2005 a 2015.

Segundo a pesquisa do IBGE, se for mantida a taxa atual, nas próximas


décadas o envelhecimento populacional no país será mais de duas vezes
mais rápido que a média mundial.

A afirmação baseia-se em projeções da Organização das Nações Unidas


(ONU), que preveem um prazo de 55,8 anos para que a parcela de idosos na
população mundial dobre de tamanho, enquanto no Brasil esse prazo será de
apenas 24,3 anos.

De acordo com a ONU, em 2015 o mundo tinha 12,3% de idosos. No mesmo


ano, a porcentagem de brasileiros na terceira idade era de 11,7% – número um
pouco inferior ao estimado pelo IBGE.

Segundo os pesquisadores brasileiros, o país deve chegar a 2040 com


um índice de envelhecimento populacional de 15.3%.

Na última edição da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, publicada em


2016, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) avalia que o
histórico da composição da população brasileira aponta para um aumento
expressivo da parcela de idosos na população.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) apontam que,


em dez anos, a parcela de brasileiros com 60 anos ou mais cresceu de 9,8%
para 14,3% da população, considerando o período de 2005 a 2015.

Ou seja:
Para cada grupo de 100 jovens com menos de 15 anos teremos 153 pessoas
com 60 anos ou mais.

A relação entre envelhecimento populacional e previdência, bem como as


consequências para as despesas dos Estados, tem sido tema de discussão na
atualidade.

A relação entre o envelhecimento populacional e a previdência é tema de


discussão e análise desde a década de 1990 no Brasil e em vários países. É
fato que o envelhecimento populacional é uma tendência em diversas nações,
e as consequências podem refletir-se nas despesas dos Governos, como a
previdência social e a saúde.

O que é a Previdência Social?

Previdência Social é um seguro público que tem como atribuição garantir que
as fontes de renda do contribuinte sejam mantidas quando sua capacidade
laboral estiver comprometida temporária ou permanentemente. As
contribuições feitas ao sistema previdenciário visam a custear a substituição da
renda do trabalhador quando ele não puder exercer mais sua atividade
profissional, como em casos de doença, invalidez, idade avançada
(aposentadoria), desemprego involuntário ou mesmo a maternidade e a
reclusão.

No Brasil, a aposentadoria pública é custeada principalmente pela cobrança de


um tributo diretamente no salário do trabalhador e esse direito está previsto na
Constituição Federal. Além da contribuição para o sistema público de
previdência, há as opções de aposentadoria privadas, oferecidas por
seguradoras e instituições financeiras.

Um sistema em desequilíbrio?

Para que as contas da previdência estejam em equilíbrio, é necessário que


haja um número maior de trabalhadores em atividades remuneradas em
relação ao número de beneficiários na previdência. Quando a população segue
uma tendência de envelhecimento, como é o caso do Brasil e de outras nações
do mundo – como vários países da Europa –, nasce a preocupação de que
as despesas superem as receitas.
Os gastos do Governo com a aposentadoria dos trabalhadores é diretamente
proporcional ao aumento da expectativa de vida da população. A esperança de
vida ao nascer no Brasil tem crescido bastante nos últimos anos e supera os 73
anos (em 2016), o que tem ampliado ainda mais o número de idosos e, por
consequência, o número de pessoas recebendo valores da previdência social
relativos à aposentadoria.

Além da expectativa de vida, outro fator demográfico importante para a análise


futura dos gastos com previdência é a taxa de fecundidade. No Brasil, por
exemplo, houve uma expressiva queda da fecundidade nas últimas décadas.
A taxa de fecundidade brasileira em 1950 era de mais de 6 filhos por mulher.
Na atualidade, esse número caiu para 1,74 filhos por mulher (2015). Esse
panorama tem relação direta com a diminuição da população jovem, que
trabalha e mantém o sistema de previdência social.

Com o aumento gradativo da população idosa e a redução progressiva da


população jovem, equilibrar as contas da previdência social e ao mesmo tempo
garantir o bem-estar da população idosa pode tornar-se um problema para a
estabilidade do sistema previdenciário público

Com o aumento gradativo da população idosa e a redução progressiva da


população jovem, equilibrar as contas da previdência social e ao mesmo tempo
garantir o bem-estar da população idosa pode tornar-se um problema para a
estabilidade do sistema previdenciário público.

Os gastos do Governo com a aposentadoria dos trabalhadores é diretamente


proporcional ao aumento da expectativa de vida da população. A esperança
de vida ao nascer no Brasil tem crescido bastante nos últimos anos e supera os
73 anos (em 2016), o que tem ampliado ainda mais o número de idosos e, por
consequência, o número de pessoas recebendo valores da previdência social
relativos à aposentadoria

A título de comparação, em 2010 esse índice era de 39,3. Considerando a


rápida evolução no número de idosos, torna-se cada vez mais urgente a
adoção de medidas capazes de garantir saúde e qualidade de vida para essa
parcela cada vez mais significativa da população.
Os dados relatados são preocupantes uma vez que é natural o envelhecimento
da população, o aumento da expectativa de vida, só não é normal que com o
passar dos anos a PEA seja inferior a PEI, ocorrendo isso fica inviável para o
sistema previdenciário. Quando observamos o gráfico acima, é nítido que até
2030, teremos uma inversão da base (0-14 anos) e do topo (+60 anos) de
nossa pirâmide etária. Ocorrendo tal fato, nossa pirâmide estará envelhecida
demais para sustentar nossos aposentados e crianças, e não teremos tantos
jovens para renovar a força produtiva, causando uma crise previdenciária.

O Envelhecimento da PEA e o Sistema Único de saúde(SUS)

O aumento no número de idosos traz consigo problemas de saúde que


desafiam tanto o sistema público quanto a saúde suplementar, principalmente
devido à associação entre o envelhecimento populacional e o aumento da
demanda por uma assistência especializada e de alto custo.

Isso se deve em grande parte ao aumento, com o passar dos anos, no risco de
desenvolver doenças crônicas ou deficiências decorrentes da idade avançada.

No artigo O envelhecimento populacional brasileiro: desafios e consequências


sociais atuais e futuras, publicado em 2016 na Revista Brasileira de Geriatria e
Gerontologia, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz avaliam que a
questão requer dos sistemas de saúde uma organização assistencial contínua
e multidisciplinar, com ênfase em ações de prevenção ao longo de toda a vida.

“A população idosa precisa de cuidados específicos, muitos deles


especializados e direcionados às peculiaridades advindas com o processo do
envelhecimento, sem segregá-los da sociedade”, defendem os autores do
artigo.

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a


participação dos idosos entre os beneficiários de operadoras de saúde é
bastante expressiva. Dos cerca de 50 milhões de vínculos de beneficiários a
planos privados de assistência médica no Brasil, 12,5% referem-se a pessoas
com 60 anos ou mais de idade.

A tendência de aumento desse percentual implica em um crescimento nos


gastos do sistema em função das especificidades do próprio processo de
envelhecimento, que apresenta características de morbimortalidade distintas
dos demais grupos etários.

Fonte:

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/geografia/populacao-
economicamente-ativa-pea

https://www.google.com/amp/s/m.brasilescola.uol.com.br/amp/geografia/popula
cao-economicamente-ativa-pea.htm

http://previva.com.br/envelhecimento-populacional-gestores-saude/

https://www.lg.com.br/blog/envelhecimento-da-populacao-economicamente-
ativa-impoe-desafios-ao-mercado/

https://www.google.com/amp/s/m.mundoeducacao.bol.uol.com.br/amp/geografi
a/envelhecimento-populacional-previdencia.htm

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