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Prólogo

Perdidos pela loucura de uma missão, não


conseguiam saber se tudo não passava apenas de um
sonho. Mas havia a certeza de que um sentimento
estava brotando dentro de seus corações.

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Capítulo 1
Havia partido a
muito tempo, logo
depois perceber que
jamais teria o amor da
pessoa que amou
desde a infância. Fugiu
sem dar satisfações a
ninguém, desde
sempre fez tudo o que
podia para não errar e
sempre estar nos
padrões impostos a ela.

Sua salvação foi uma pequena vila ao norte do


país do fogo, não era longe de Konoha, mas, distante o
suficiente para que não a procurassem ali.

Foram longos dez anos tentando superar os


próprios sentimentos, foi uma jornada dura, mas,
conseguiu finalmente se libertar daquele seu pobre
sofrimento interno. Acolhida pelas pessoas que
habitavam ali enquanto estava perdida no próprio
sofrimento e angústia.

Hinata prendeu os cabelos negros no alto da


cabeça deixando sua farta franja cair sobre sua testa,
havia recebido um pergaminho enquanto estava perdida
em seus afazerem na pequena horta da vila. Nozomu
ficava escondida perto de um riacho, ali construiu uma

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família que finalmente não esperava dela mais que
carinho e companheirismo.

Não diria a eles sobre sua partida, voltaria tão


rápido quanto partiu, a urgência que o pergaminho
enviado pela Hokage lhe dava um certo medo. Arrumou
sua bolsa e a enlaçou no ombro, mesmo morando fora
da vila tinha a plena consciência de que a falta de
Shinobis com jutsus oculares.

A guerra havia levado parte do seu clã, com isso,


Hanabi tomou com a ajuda de seu pai, a frente de seu
clã. Tudo sempre foi friamente calculado por ele, ela
sempre foi a mais forte e menos sentimental, além de
tudo, estava feliz por ela.

Sua vila estava adormecida, saiu devagar com a


promessa de voltar o mais rápido possível, abandonar
sua pequena casa para retornar ao lugar onde seu
coração havia sofrido de diversas formas, lhe dava
medo. Depois de todo esse tempo sem contato nenhum
com os habitantes de Konoha, tinha medo que a
avalanche de sentimentos voltassem com tudo.

Entrou na fria floresta, o céu relampejava e


trovejava constantemente, Hinata tinha superado muita
coisa desde que deixou a antiga vida para trás, se
fortaleceu e aprendeu a amar a si mesma. Trabalhou
em sua constante timidez, conseguia já conversar sem
começar a gaguejar descontroladamente. Mas controlar
o rubor que sempre teimava em tomar conta de seu
rosto era algo que não conseguia pôr um fim.

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Pulou sobre os grossos galhos, sua vila não ficava
distante da estrada terrosa principal, pulou de cima e
segurou o impacto de sua queda. Sorriu para si mesma,
ainda não havia perdido algumas de suas habilidades
como Kunoichi.
Os trovões ecoavam pelo meio das árvores, logo
choveria. Continuou seu caminho desgostoso até
conseguir ver de longe os largos portões de Konoha.

Hinata tentava não se sentir culpado, abandonou


tudo em sua fuga, e com isso, deixou todos os seus
amigos para trás. Não era algo de que se orgulhasse,
mas por ter tanto sentimento guardado dentro de seu
coração, sempre acabava se machucando. Era tão
doloroso ver a vida de todos se ajeitarem, e seguirem
seu curso como deveria ser, enquanto ficava presa a
um sentimento doloroso de que nunca teria ninguém
para que pudesse dividir sua vida.

Os portões ficavam cada vez maiores, e mesmo


dali podia ver a pequena cabine de onde os Shinobis
vigiavam a entrada e saída das pessoas. Parecia que
nada havia mudado, a entrada restrita sempre evitou
maiores ataques e parecia que continuavam com a
precaução.

Trovejou novamente, tão forte que fez seu corpo


estremecer. A entrada não estava longe, e mesmo que
tivesse se imposto finalmente contra seus medos, não
faltavam gritos pelo susto que tomava ao relampear e
trovejar.

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Andou um pouco mais rápido em direção aos
portões, talvez também não tivesse crescido tanto
assim.

Shizune a esperava nos portões, desconfiada,


aumentou o passo enquanto a Kunoichi a encarava com
certo nervosismo. A vila inteira parecia dormir, e a
aflição da mulher era evidente.

— Por favor, Hinata. — A mulher se desencostou


das portas altas de madeira. — Precisamos que nos
ajude.

Hinata acelerou o passo passando finalmente


pelos portões de Konoha depois de tanto tempo.

— O que aconteceu? — Não havia visto aquela


mulher tão nervosa quanto naquele momento.

Ela prendeu os olhos escuros em seu rosto, devia


ser algo tão sério para que precisasse chamar uma
ninja que fugiu de sua própria aldeia.

— O próximo Hokage saiu em missão a um bom


tempo, e não mandou notícias desde então. Precisamos
de sua ajuda.

Hinata engoliu em seco, até onde sabia, quem


estava treinando para ser Hokage era Naruto.
— Naruto, tem mania de se afundar em suas
missões Shizune-Sama.

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A mulher parou em sua frente, travando a
passagem da rua.
— O próximo a ser Hokage é Hatake Kakashi,
Hinata.

Hinata arregalou os olhos em surpresa, não


imaginava que ele desapareceria dessa forma, sempre
foi um Sensei respeitado e tão forte.

— Não entendo como eu poderia ajudar, não uso


meu Byakugan desde que saí da vila.

— Ele sumiu sem deixar qualquer vestígio, —


Continuou seu caminho em direção ao grande prédio
Kage. — Precisamos de seu poder ocular nos ajude a
achá-lo. Tsunade-Sama irá te dar os detalhes assim
que a vir.

Não era a melhor pessoa para essa missão, sabia


disso. Mas, mesmo que já não fizesse parte da vila,
amava as pessoas que um dia fizeram parte de seu
crescimento.

— Certo, Shizune-Sama. Darei meu melhor.

Ela sorriu ainda nervosa, e acenou para que a


seguisse. Tentaria ajudar como pudesse, mesmo não
sendo mais a mesma de antes.

Talvez não voltaria a Nozomu por um longo


tempo, Hinata abraçou o próprio corpo, tentando conter

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a onda de sentimentos que tentava inundar seu
coração. Era tão difícil estar ali e rever todas as ruas e
lugares que já esteve, as noites que andou sozinha
pelas ruas sem o consentimento de seu pai, fugir da vila
não teve apenas a ver com as dores de seu coração
pelo amor, também pelo peso que não conseguia
suportar em relação ao que seu pai exigia. Seu kekkei
genkai era constantemente forçado ao limite por Hiashi,
foram noites seguidas em pleno e constante
treinamento.

Seu peito doía e sabia que isso aconteceria se


retornasse, a rua em direção ao prédio principal parecia
ainda mais longo, seu desejo era de abraçar sua bolsa
e voltar para sua casa. O medo de encontrar ainda mais
pessoas conhecidas aumentava a cada passo incerto
em direção ao local, mas entendia a gravidade da
situação e tentou controlar ao máximo sua terrível
ansiedade.

O prédio parecia cada vez ainda maior, não


haviam luzes acesas, com exceção da sala principal.
Era um erro chamá-la para essa missão, como também
foi um erro escolhê-la, subiu as escadas atrás de
Shizune, andou pelos corredores apertando a alça de
couro de sua bolsa como se sua vida dependesse
daquela intensidade. Talvez até dependesse.

Como imaginava, a sala permanecia a mesma,


cada coisa em seu lugar, como estava desde a última
vez que a viu. A mesa coberta por pilhas e pilhas de

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papéis e uma Godaime um tanto nervosa atrás de sua
mesa.

— Hyuuga. — Não era chamada assim por um


bom tempo, não que esse sobrenome a fizesse mal,
mas, Hiashi devia tê-la deserdado depois de sua fuga.
Uma grande vergonha para os Hyuugas.

— Godaime-Sama. — Talvez uma breve


reverência serviria.

Os olhos amendoados de Tsunade lhe passavam


um misto de sentimentos, culpa, raiva e podia notar um
pouco de preocupação e medo, mas suas feições
permaneciam impassíveis.

— Sei que foi de última hora, ainda mais depois


de todos esses anos. Mas compreenda, estou
desesperada e jamais cheguei a pensar que precisaria
que alguém fosse verificar o que havia acontecido com
ele. — Ela apoiou os cotovelos na mesa e deixou o
queixo repousar em cima dos nós finos de seus dedos.
— Creio que tenha acontecido algo realmente sério,
Kakashi jamais deixou de mandar relatórios sobre a
missão em questão e temo que ele tenha sido
capturado. — A Senju puxou um largo pergaminho, e
com as unhas amendoadas traçou uma rota invisível
seguindo para a fronteira de Vila da Folha e a Vila da
Grama.— A última vez que me mandou um relatório
estava atravessando a Vila Oculta da Grama, depois
disso, o silêncio dele perdurou por dias.

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A Senju levantou os olhos e deixou que os dedos
trabalhassem em suas têmporas, podia ver sua
preocupação e Hinata não sentia em nenhuma parte de
seu ser, a pequena vontade de lhe perguntar o motivo
da missão de Kakashi.

O suspiro foi tão alto que lhe fez sair de seus


longos e perdidos devaneios, ela tinha os olhos fixos
em sua direção e isso era assustador.

—Veja bem, — Ela continuou. —Não a chamaria


se pudesse colocar outro Hyuuga no seu lugar, e não é
nada pessoal, entretanto, a falta de ninjas tem me
mantido desesperada e os poucos Byakugans que
sobraram estão em alguma outra missão. — Hinata
engoliu em seco, estar responsável pela busca do
futuro Hokage e o Shinobi mais respeitado entre as
nações lhe fazia o corpo tremer em pânico. — Preciso
que siga a mesma rota que ele, e tente descobrir o que
ele havia descoberto ou feito para que desaparecesse
assim. Mandarei Yamato com você, sei que precisará
de ajuda. Agora… — A pausa fez seus pelos
arrepiarem com força. — A missão dele era apenas
colher informações de um grupo terrorista, suas
intenções até onde se sabe tem deixado as pessoas
com extremo medo. Um mercado negro atuando dentro
do mundo ninja, e no intuito de aniquilar essa
organização o enviei para que me trouxesse o real
motivo de sua criação.

— Até onde pude descobrir, o tráfico consiste em


produtos que variam entre órgãos e pessoas para o

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mercado escravo. — Shizune lhe entregou um outro
pergaminho. —Não é apenas a falta de Shinobis,
Hinata. Mas a sua ausência na vila, contribui para que
não seja reconhecida e assim possa andar livremente.
Fiz para você alguns pares de lentes, assim terá seu
Kekkei Genkai escondido e com um toque meu, não
interferirá em seu poder.

As informações rondavam a cabeça da morena,


era realmente a pessoa certa para que lhe entregassem
uma missão tão importante? Hinata pegou a pequena
caixa que Shizune oferecia e guardou os pergaminhos
em sua bolsa.

O sol nascia atrás da cadeira larga de Tsunade, a


fez lembrar que não queria ser vista perambulando pela
vila.

— Com sua permissão, Godaime. — Curvou o


corpo levemente em direção a loira permanecia. — Não
queria ser vista na vila, tenho meus demônios ainda
para matar. Gostaria que me liberasse para seguir com
a missão agora mesmo.

Os olhos amendoados suavizaram um pouco e


então, espalmou as mãos em sua mesa.
— Poderá aguardar Yamato fora dos portões, já o
mandei chamar. Traga Rokudaime de volta, confio em
você.

Hinata curvou novamente o corpo e partiu com


pressa, uma vida tão importante em sua

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responsabilidade. Talvez não tenha se escondido direito
dentro de sua vila. Tentaria melhor da próxima.

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Capítulo 2
O sol beirava o
meio do céu, tentando
se esconder de
qualquer um que
pudesse reconhecê-la,
se afundou um pouco
dentro das árvores.
Estava tentando apenas
evitar o máximo de
explicações, não queria ter que responder as perguntas.

Seria inevitável, alguma hora acabaria se


encontrando com um conhecido, mas, tentaria até que
não tivesse mais escolha.

Diferente do que já havia visto, Capitão Yamato


surgiu do meio das árvores, sem sua habitual máscara
que contornava seu rosto, a fez pular assustada com a
sua grande falta de jeito. Quase caiu sobre um monte
de pedras no canto escondido dos portões.

Seu intuito era de não chamar a atenção e não


ser reconhecida, mas pelo que parecia, ao lado dele,
seria uma coisa praticamente impossível. De propósito
ou não, ele costumava assustar qualquer um,
segurando o peito, respirou fundo uma dezena de vezes
antes de se recompor. Seria tão possível voltar a ser
como era antes de partir para Nozomu, sentia que

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aquele lugar a fazia ser tão frágil e fraca como todos
diziam que ela era.

Com um sorriso de quem havia conseguido fazer


o que tinha em mente, Capitão Yamato se pôs do seu
lado, a ajudou a se ajeitar. Hinata puxou a alça de couro
e a apertou com força.

— Seria um tanto prudente não me matar com um


enorme ataque cardiaco, Capitão Yamato!

— Sinto muito, Godaime me informou que não


queria ser vista, pensei em não sair pelos portões
principais. Assim não teria que dar qualquer tipo de
informação sobre essa missão.

Hinata se recompôs como conseguiu, e sorriu


doce, talvez devesse deixar que ele tomasse logo a
frente, estava ali apenas para ser um suporte e
encontrar o fluxo de Chakra de Kakashi.

Antes que pudessem fazer qualquer coisa,


seguiram por entre as árvores. Passar pela estrada
principal era como se implorassem para serem parados
por um dos ninjas que voltavam de missão.

Com milhões de ideias percorrendo sua cabeça


como grandes ondas, Hinata tentava achar um motivo
para o sumiço repentino do futuro Hokage. Tantas
possibilidades e nenhuma delas fazia algum sentido.
Kakashi sempre foi um grande Shinobi e nunca ouviu
dizer que ele não conseguiu voltar de alguma missão,

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ou que não havia se preparado antecipadamente para
tal coisa.

— Não pense tanto, vamos fazer o


reconhecimento do último local onde ele esteve, talvez
achemos alguma pista, que nenhum outro ninja
conseguiu.

— Não sei se eu fui a escolha certa, Capitão. —


Lhe dizer a verdade antes que pedisse para que ela
usasse seu Byakugan, não sabia como ele iria se
comportar. — Não uso meu Byakugan desde que saí de
Konoha, deveriam ter pedido para Hanabi, ou algum
outro Hyuuga.

Ele não respondeu o seu comentário, parou em


cima do tronco onde as árvores subiam mais alto.
Indicou com a cabeça para que subisse até o topo,
Hinata o seguiu, sem questioná-lo, presa por alguns
ramos se apoiou na parte mais grossa.

— Ative seu Byakugan, tente achar o máximo de


seres próximos e se há alguma rede de Chakra de
algum ninja por perto.

Hinata concentrou o Chakra atrás de seus olhos,


respirou fundo e apertou o galho com sua mão
esquerda enquanto levou à direita para a frente de seu
rosto.

— Byakugan!

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O caminho se abriu e por trás de cada canto podia
ver pequenos insetos se moverem lentamente por cada
tronco e debaixo das pequenas pedras. Do lado
esquerdo, onde seus olhos ainda alcançavam, um
pequeno grupo se movia pela estrada principal que
dava acesso a Konoha. O fluxo baixo, mas constante
circulavam por seus corpos com um pouco de
dificuldade. Cada ponto ligado ao outro por um pequeno
fio quase invisível, gerando a força e circulando em
direção ao seu núcleo, logo se dissipando e lançando
de volta para o seu corpo.

— E então?

— Há um grupo de Ninjas estrada principal, mas


ainda não consegui definir quem são.

— Hinata? — Yamato a fez desativar seu Dōjutsu,


apoiado do outro lado da mesma árvore ele olhava
sério. — Estamos a mais de oito quilômetros de
distância da estrada principal. Creio que Tsunade-Sama
a escolheu com sabedoria. Agora vamos, Kakashi-
Senpai deve estar realmente com problemas para que
não mandasse qualquer tipo de relatório.

— Hai.

Saltaram com rapidez e seguiram em direção a


fronteira entre as duas aldeias. Hinata sentiu uma certa
euforia, a tempos que não se sentia tão viva após usar
seu Dōjutso, sentia o fluxo de Chakra correr de forma
forte em seu corpo, depois de tanto tempo adormecido.

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Capitão Yamato havia lhe dado um pouco mais de
coragem, talvez pudesse ser útil nessa missão, seguiu
em direção a fronteira.

Tudo parecia calmo demais, seu corpo arrepiou


com a sensação ruim. Talvez fosse apenas impressão,
mas sentia ser observada. Hinata olhou em direção ao
Capitão que, pelo que parecia, não havia se
incomodado com nada. Espantou o pensamento da
cabeça e aumentou o passo para que seguisse na
mesma velocidade de seu momentâneo, colega de
equipe.

— Iremos para a ponte Tenchi, depois que


atravessarmos. Acampamos e faremos o
reconhecimento do local, Kakashi-Senpai desapareceu
próximo ao castelo Hōzuki. Foi o último lugar onde ele
mandou Pakkun com um relatório.

Hinata o seguiu, a vasta quantidade de árvores


dificultou a visualização a olho nu, seguiram até a parte
do desfiladeiro. A ponte não estava longe, mas o dia
estava claro demais para que passassem
despercebidos. Yamato ativou seu Mokuton, o ninja
montou uma pequena ponte até o outro lado. Com
rapidez, atravessaram e correram para a parte mais
escura de Kusagakure.

A imensa floresta seguia até próximo ao castelo,


não podiam se aproximar sem que os vissem, Hinata se
deixou escorar sobre o caule de um dos grandes

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cogumelos daquela floresta, puxou de dentro de sua
bolsa a pequena caixa que Shizune havia dado. Mesmo
que já não pertencesse a Konoha com seu coração, seu
Kekkei Genkai seria reconhecido com facilidade.

Decidida a fazer dessa missão um sucesso, lavou


as mãos com um pouco da água que levava em sua
bolsa. Abriu a caixa e puxou o estojo que continha um
par de lentes, abriu com cuidado, com uma confiança
desconhecida e sem ajuda de um espelho. Segurou sua
pálpebra aberta e encaixou a lente com rapidez, repetiu
o processo no direito e guardou o estojo.

Deixou sua bolsa de lado e se levantou, seguiu


em direção ao fim da floresta, deixou Capitão Yamato
sozinho enquanto terminava de erguer uma pequena
cabana, puxou seus cabelos e os amarrou ainda mais
forte no topo da cabeça e subiu na parte arredondada
de um dos cogumelos. Precisava de uma ampla visão,
então subiu o mais alto que pôde.

Sobre a parte alta, podia ver o fim da tarde se


esconder atrás do Castelo Hōzuki, a grande estrutura
escura tapava uma imensa área. Não queria usar seu
Chakra sem necessidade, mas por precaução,
precisava ter a certeza de que não haviam ninjas por
perto de seu acampamento.

— Byakugan! — A estrutura abrigava diversos


pontos de Chakras diferentes, desde o topo, até onde
começavam as estruturas menores.

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— Achou algo?

Hinata olhou mais um pouco ao redor e não havia


nada além do desfiladeiro e a ponte que evitaram
passar, os altos muros bloqueavam parte de sua visão.

— Nada além dos prisioneiros dentro do castelo.


— Desativou seu Dōjutsu e abaixou os dedos. — Talvez
eu possa ter uma melhor visão depois que escurecer,
assim posso subir um pouco mais e encontrar um
melhor ponto para observar a área.

— Certo. — Hinata olhou na direção do portador


do Mokuton, ele ergueu as sobrancelhas em um certo
questionamento e suavizou o olhar em seguida. —
Escolha interessante, Shizune devia realmente não
querer que seu Byakugan fosse reconhecido.

Hinata assentiu, pulou para os cogumelos


menores até que chegasse ao acampamento. Yamato a
seguiu em silêncio, ele era uma boa companhia, não
fazia perguntas desnecessárias e não questionou a sua
partida. Puxou os pergaminhos que Godaime havia lhe
entregado enquanto entrava na cabana. No meio do
chão, esticou os pergaminhos e refez a rota com o
mapa. Não estava longe de onde Kakashi havia sumido,
Pakkun provavelmente havia informado a ela sua atual
posição antes de virar aquela pequena nuvem de
fumaça.

O silêncio deixava os barulhos da noite tão altos


quanto a multidão num dia festivo em Konoha, altos e

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um tanto insuportáveis, seguiu a rota com os dedos até
as costas do Castelo Hōzuki, tentaria uma boa posição
em alguma montanha ou um dos cogumelos e árvores
que subiam alto.

— Mandarei um clone meu informando a nossa


posição a Tsunade-Sama. — O silêncio doloroso foi
quebrado, Hinata levantou os olhos e buscou alguma
claridade de fora da janela. — Depois tentarei conseguir
o máximo de informação sobre o paradeiro de Kakashi,
enquanto você tem o que precisa da área. — Yamato
fez seu clone crescer do piso, como galhos
entrelaçando entre si e tomando sua forma original. —
Nós nos encontraremos aqui até antes do anoitecer.

— Hai.

Não tinha o que contestar, Hinata enrolou seu


mapa novamente e o segurou firme enquanto pulava
em direção oposta ao Capitão. Seguiu a linha dos
muros do Castelo e atravessou alguns riachos. Hinata
subiu a alta pilha de pedras mais afastada do castelo.
Ativou seu Dōjutso e varreu a área, sem pressa
aumentou o alcance e deixou que passasse através dos
muros que seguiam mais além dos edifícios.

Não havia nada de anormal, apenas alguns


animais e insetos se movendo pelos cascos das
árvores. Rodeado de desfiladeiros, não tinha muito
acesso para que se escondessem de sua visão, não
havia nada além de rochas, água e madeira até onde
sua visão se estendia.

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Desceu um pouco mais, e vasculhou as entradas
que faziam o desfiladeiro se estender, ao lado do
Castelo, ele seguia até além dos seus grossos muros.
Não havia nada. Apenas lembrança de que seria uma
morte certa sua queda.

Hinata suspirou fundo e deixou seus ombros


caírem, seria mais difícil do que pensava. Seu corpo
arrepiou com o fim do suspiro, a sensação era a
mesma, mesmo que o silêncio fizesse parecer ser uma
grande felicidade, sentia algo errado. Seu Byakugan
não enxergava nada que pudesse lhe mostrar o motivo
dessa sensação, a não ser um cheiro doce e aferroado.
O cheiro que conheceu desde que começou a treinar e
a lutar. Parecia forte e se intensificava a cada momento.

Era sangue, sabia reconhecer. Forte e parecia tão


fresco, alguém havia se machucado perto de onde
estava. Procurando ainda subiu novamente para o alto
da rocha, mas seus olhos não lhe davam nada além do
grande pedregulho. Hinata puxou a Kunai que levava
presa em sua coxa, e pulou para fora do monte
rochoso. Deu a volta pelo começo de sua estrutura e
nada. Não havia absolutamente nada, seu olfato a
estava traindo tanto quanto seus olhos.

— Finalmente um sangue puro. — O sibilar foi tão


alto, que parecia tocar lentamente seus ouvidos, Hinata
se preparou para virar e cortar quem quer que fosse.
Mas foi a única coisa que tentou fazer antes de cair na

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profundidade do próprio desfiladeiro, em um profundo
breu.

Capítulo 3
Se sentia como um
louco, seu corpo ansiava
por algo que não entendia.
Era forte, e o fazia delirar.
Não se lembrava de como
havia sido pego, os
flashes que surgiam em
sua cabeça não batiam.

“Diziam que
estavam se escondendo em Kusagakure e dali
conseguiria encontrar a outra parte da quadrilha.

Ouviu boatos de que a organização havia focado


apenas no tráfico de pessoas, ninjas ou não. Estavam
sendo vendidos pelo mercado negro, Kakashi se
prontificou de imediato quando Godaime lhe indicou a
essa missão. Seria uma despedida, uma última missão
antes de se tornar Hokage. Kusagakure lhe contou
todos os boatos e com seu treinamento Anbu, verificou
cada canto e cada buraco dentro dos desfiladeiros
daquela vila.

Logo depois de conseguir um ponto onde um


grupo se reunia em alguns dias da semana, se forçou a

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acampar próximo do local. Deixou Pakkun encarregado
de mandar o relatório do dia para Konoha e subiu para
o limite do desfiladeiro, dali ele tinha a visão completa
do lugar em questão, e seus inimigos veriam apenas a
copa das árvores.

Descobriu com muito custo o nome daquela


organização, “”, um bando de psicopatas. Mataria todos
aqueles malditos. Viu o grupo chegar, se moveram até
onde disseram ser o ponto de encontro, estavam
certos. Sem poder ouvir, Kakashi se aproximou um
pouco mais, era arriscado, mas não podia deixar de
tentar.

Quando se moveu, o odor enferrujado e doce


atacou suas narinas, o cheiro do sangue era tão forte
que parecia vir de seu próprio corpo. Um sibilo, sangue
puro e então apagou.”

Seu interior rugia, como um animal pronto para


atacar. Desesperado e perdido. Era um anseio tão forte
que consumia seu ser, as correntes pesadas que
repousavam em seu pescoço e pulsos o fazia
permanecer firmemente preso.

O frio ali dentro era forte mas, com a garganta


presa, não conseguia dizer nada a não ser rugir. Além
da grande cela, conseguia ver vultos por entre as
grades passando com pressa. Um ou outro invadia
aquela área e lhe aplicava algo no braço, era doloroso e
subia por suas veias queimando cada canto de seu
corpo.

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E mais uma vez entraram ali, injetaram o líquido
preto e viscoso no mesmo lugar e sem dizer nada
partiu. Kakashi queria gritar, e derrubar cada uma das
paredes daquele inferno, mas, não sabia para onde ir
depois.

Perto o suficiente para que pudesse ver, um dos


vultos passou lentamente pela frente de sua cela, com
algo nos braços, pode ver um largo sorriso no vulto
antes de seus olhos perderem o foco.

— Isso será tão interessante.

Mais um sibilo, Kakashi forçou os olhos


novamente e viu o corpo de uma pequena mulher.
Desacordada, respirava lentamente fazendo seu peito
subir e descer quase minimamente.

Estava consciente, mas não podia manter os


olhos abertos ou sequer ter forças para se mover.
Carregado a força, sentiu braços o mover para algum
outro lugar, o cheiro adocicado que vinha de dentro da
sala era intenso e fazia seu corpo reagir de uma forma
que chegava a ser animalesca.

As algemas e as correntes foram tiradas de seus


braços, sentia que não era a primeira vez a fazer aquilo.
Sentia nojo, mas aquele cheiro parecia um doce
perfume e sentiu extrema vontade de senti-lo ainda
mais de perto.

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A voz grossa do homem ecoou pelo espaço, com
dificuldade, Kakashi conseguiu abrir os olhos
minimamente e ver ele ao lado de uma extensa mesa.
Era impossível ver seu rosto, não sabia se era pela luz
fraca da sala ou da droga que injetaram em suas veias.

— Veremos como reage ao sangue puro dos


Hyuugas, Kakashi. — Não reconhecia a voz e a raiva
por não poder fazer nada além de observar sonolento o
fez tremer. — Já que não reagiu bem a experiência
anterior, vejamos essa.

O corpo feminino foi colocado deitado sobre a


mesa, os cabelos compridos caíram espalhados em
volta de seu corpo e escorreram pela beirada do metal.
Conhecia o rosto dela, suave e jovem. Ele retirou suas
roupas peça por peça, revelando cada centímetro de
sua pele clara e aparentemente tão macia.

Seu interior brigava com seu corpo, lutava


tentando conter a vontade louca de se aproximar
enquanto via o homem passar cordas finas por seus
braços e os prender acima da cabeleireira negra dela.
Dobrou seus joelhos e passou a corda contornando a
coxa e o tornozelo, exposta. Sim, seu animal interior se
debateu para avançar e observar ainda mais de perto
aquela presa tão fácil.

A corrente que mantinha seu corpo longe da mesa


foi solta aos poucos, e como se o chamasse, conseguiu
se mover devagar até aquele corpo esticado sobre a
mesa.

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Kakashi sentiu seu corpo reagir de uma forma
terrível, enquanto seus olhos passeavam lentamente
pelo corpo daquela mulher. Estagnou, conhecia seu
rosto e a suavidade de seus cabelos negros. Hinata,
nua e completamente presa a aquela mesa dura e fria
de metal. Com os lábios entreabertos por uma fina
corda, não podia ser real.

— Vamos, faça.

O homem instigou, não podia tocar nela era tão


errado. Sabia muito bem quem ela era e de onde veio,
mas não entendia o que estava fazendo ali junto dele.
Kakashi se afastou, andando para trás e escorou no
vidro escuro que dava acesso ao corredor de fora.

Devia ser algum teste, sentia o cheiro doce de sua


pele e seu próprio corpo o traía querendo se aproximar,
não tocaria nela, jamais faria algo desse tipo. Ainda
mais com ela, que sempre foi doce e inocente. Não
podia cometer essa atrocidade.

— Não me faça força-lo! — Berrou e logo ouviu a


porta abrir atrás de si. — Se prepare, Riki. Hoje não
está cooperando. — O riso curto soou atrás de seu
corpo.

Sua voz soou firme e a corrente de seu pescoço


foi puxada a força. Kakashi se apoiou firmemente na
beirada da mesa, não podia se aproximar demais.
Puxou novamente seu corpo para trás na tentativa de

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tomar ainda mais espaço, então o homem se aproximou
lentamente.

De onde estava podia ver cada detalhe de seu


corpo, era difícil mantê-los longe. Forçou a si mesmo
dar a ela o mínimo de respeito, forçou sua cabeça a
virar. Mas sentiu raiva ao ver o homem se pôr ao lado
da mesa, ele passou os dedos grossos e encapados
pela luva branca pela extensão de sua barriga plana, e
deixou descer pela linha que dava início a sua
intimidade.

Kakashi avançou, não podia deixar que ninguém a


tocasse, mas sua corrente foi puxada com força. Ele riu
e fez os dedos mergulharem por entre os lábios macios,
ela se moveu e encontrou seus olhos claros.

Confusa, olhou em volta e gemeu baixo quando o


homem tirou os dedos de dentro de seu corpo. Viu o
medo tomar conta de seus olhos, Kakashi forçou a
corrente e fez o homem se afastar.

— Faça, antes que eu mesmo tenha que fazer.


Garanto a você que seria muito pior. — Kakashi
balançou a cabeça em recusa, não conseguia falar, a
coleira de ferro apertava sua garganta. — Riki!

Então suas costas queimou, conseguiu apenas


gemer pela dor. O bastão fino acertou suas costas com
força, e o fez debruçar por parte da mesa. Não sentia
seu Chakra fluir por seu corpo, senão já teria tirado a
vida desses dois malditos.

27
— Não sente o cheiro dela? Não sei como
consegue se controlar, eu que não estou em seu lugar
já teria metido forte dentro do corpo dela. — Ele disse
se aproximando, e passou os dedos que havia deixado
mergulhar dentro dela próximo ao seu nariz.

Era incontrolável, sua boca salivou imaginando o


gosto que poderia ter. Se sentiu um monstro por desejar
tanto afundar o rosto entre suas pernas, e provar cada
canto daquela carne macia.

Hinata o encarava com um misto de medo e


compreensão, os olhos claros dela percorreu seu corpo
devagar e pôde ver seu espanto ao fixar abaixo de sua
cintura.

Kakashi seguiu seu olhar, com toda aquela


maldita tensão, não notou que sem suas roupas,
mostrava sua ereção firme enquanto perdia os olhos
por seu corpo curvilíneo. Era difícil, não queria sentir
essa tensão e o desejo ridiculamente forte por ela.

— AGORA! — O homem avançou para cima do


corpo amarrado de Hinata, não podia deixar.

Apoiou as mãos por cima da mesa e o empurrou


para longe, ele riu com a sua investida e se apoiou na
parede. Hinata mantinha os olhos extremamente
abertos, tão confusos e mostrava o tamanho do medo
que sentia.

28
Kakashi segurou seu rosto com cuidado, lutando
contra a fera que queria se afundar tão forte e
implacável dentro de sua intimidade, que a faria
esquecer qualquer um que já tenha tocado em seu
corpo. Moveu os lábios para que ela entendesse, ”me
perdoe”, como um sussurro rouco.

Ela corou fortemente enquanto se movia para


baixo de seu corpo, sem desviar o olhar do dela, se
ajeitou entre suas pernas. Apoiou a parte interna da
coxa direita dela em seu ombro e segurou firme o
começo de sua nádega esquerda, puxou seu corpo
mais para a ponta daquela mesa fria. Hinata negou com
a cabeça com o rubor carmesim tomando suas
bochechas com força.

Kakashi não podia deixar que outros tocassem


nela, ao menos poderia se punir e ser punido por tal ato
quando estivessem fora dali. Sussurrou outro pedido e
desceu os olhos para as dobras macias que deixavam
apenas parte de seu clítoris à mostra, sua boca salivou
novamente e seu membro implorou para se afundar ali.
Seu controle estava indo pelos ares e não podia sequer
gritar pelo ódio.

Desceu os lábios e atacou com a língua o


pequeno monte de nervos que ela tinha, sua pele macia
o fez aumentar o aperto que fazia em sua nádega
esquerda, incrivelmente doce, rosnou para seu monstro
interior para que se afastasse. Impossível, seu desejo
de se afundar sem razão dentro dela aumentava.

29
Hinata gemeu como pode com a corda em sua
boca, chacoalhou a cabeça com força perdida em seu
rubor já conhecido. Kakashi a observava sem piscar,
enquanto ela lutava contra o próprio prazer. Entendia
seu desespero, não era para estarem ali, não era para
estar fazendo aquele tipo de coisa. Mas o desejo já
havia tomado conta de todas as suas células.

Kakashi a puxou mais contra seu rosto, esfregou


e sugou o seu clítoris com urgência, ela se remexia
desesperada. Jamais viu tal coisa, tão bonita perdida
com seu corpo se aproximando de seu orgasmo, seus
seios foram empurrados ainda mais para cima quando
ela curvou as costas. Seus mamilos enrijeceram e seu
corpo tremeu, ela gritou contida pela corda e Kakashi
sentiu seu clítoris pulsar desenfreado pelo ápice que a
atingiu.

Suas costas receberam outro golpe, Kakashi


rosnou pela dor e se ergueu sobre o corpo nu dela.
Sabia o que eles queriam, sabia o que seu monstro
interior desejava. Hinata o encarava com os olhos
quase fechados, o brilho que vinha de suas orbes claras
tomou conta de seu interior.

Sentia culpa pela terrível sensação que tomava


seu corpo, queria entrar em sua carne macia por puro e
mero desejo. Ela respirou fundo fazendo seus seios
fartos saltarem para mais próximo de seu rosto, não
aguentaria.

30
Deixou seu membro achar a entrada de seu corpo
sozinho, deslizou pela umidade que ela havia
derramado em seu orgasmo. Não entendia o poder que
lutava contra seu eu racional, ele desejava aquele corpo
macio com desespero. E sentir suas paredes internas
abraçarem seu membro foi a gota d’água.

Segurou firme nas costelas onde a curva de seus


seios começavam, deixou seu corpo pairar acima do
dela e se afundou ainda mais. Hinata gemeu arqueando
o corpo fazendo seu pescoço se esticar para trás, era
demais toda aquela sensação. Se movimentou rápido,
estocando firme e forte dentro de seu interior macio e
completamente molhado. O cheiro que ela exalava fazia
seu sangue ferver, doce e puro, afundou o rosto na
curva de seu pescoço.

Ela suspirava e gemia abafado, enquanto o


espremia com delicadeza. Kakashi se apoiou no
cotovelo e subiu a mão direita, segurou seu seio e o
massageou na mesma intensidade de suas investidas.
Hinata ficava cada vez ainda mais molhada, e Kakashi
perdia seu foco, aumentou o ritmo de suas investidas e
ela gritou. Gozou tremendo debaixo de seu corpo, com
o rosto corado ela ofegava em busca de ar.

Não estava longe, seus apertos aumentaram e o


fez rosnar, estocou uma última vez e mordeu a curva de
seu pescoço enquanto gozava fundo em seu corpo.

O gosto doce invadiu sua boca, Kakashi passou a


língua sobre a ferida que havia feito e seu interior gritou,

31
enquanto ela choramingava baixinho. Se ergueu sobre
ela e avançou para o outro lado, queria mais, sua
corrente foi puxada com força e sem cuidado foi retirado
de dentro dela.

Seu monstro gritou, Kakashi se debateu louco


tentando avançar para cima de seu corpo nu. Podia ver
a fina linha de sangue escorrer pela lateral do pescoço
claro dela. Lutou contra os homens que o segurava e
tentava prender seus braços novamente.

Os destruiria, precisava ter mais dela, sentir mais


de seu líquido viscoso e doce. A pancada em sua nuca
o fez amolecer, e assim o acorrentaram novamente e o
arrastou pelo corredor novamente.

— Parece que tivemos sucesso, solte-os. — O


sibilar disse de longe antes de tudo escurecer
novamente.

32
Capítulo 4
— Hinata! — O
susto fez seu corpo
pular, o sol batia entre
as vastas árvores
acima de seu corpo. Os
grandes cogumelos
balançavam lentamente
enquanto as folhas das
copas das árvores se
moviam com força, choveria novamente.

Se sentou e puxou a franja de sua testa, sentia


um cansaço exagerado em seu corpo. Parecia que
todas as suas células haviam usado todo o seu estoque
de Chakra. Yamato olhava confuso, seus cabelos
castanhos balançavam com a força do vento, seus
olhos tinham um misto de preocupação e confusão.
Talvez tivesse feito algo errado.

— Onde você estava? E como conseguiu achar


Kakashi-Senpai?

Hinata arregalou os olhos, não se lembrava de ter


feito nada disso. Tudo o que viu na noite passada foi
apenas o grande desfiladeiro, depois devia ter
tropeçado em alguma das pedras e provavelmente
batido sua cabeça já que a mesma doía com extrema
força.

33
— Do que está falando Capitão Yamato? Eu só
me lembro de ter caído e apagado. — Não era mentira,
sua cabeça girava em busca de algo que pudesse
escorar.

O homem passou as mãos em confusão pelos


cabelos, se levantou de seu joelho e caminhou em
direção ao outro corpo que permanecia deitado ao pé
de uma das árvores. Os cabelos cinzas balançavam
com um misto de confusão, sem bandana, tinha os
olhos tranquilos enquanto se mantinham fechados. Com
sua costumeira máscara gemeu de dor quando Yamato
tocou em seu ombro para tentar acordá-lo.

Hinata puxou as pernas para o peito, não se


lembrava de ter encontrado com ele na noite anterior.
Talvez tivesse travado uma pequena batalha e acabou
batendo sua cabeça com força antes de perder a
memória recente. Kakashi gemeu um pouco mais
enquanto se levantava, ele parecia bem, sem que lhe
faltasse nenhum dos membros. Ele respirou fundo e
passou a mão enluvada sobre a nuca, tentando se
manter o mais forte possível.

Então ela escorou a cabeça nos joelhos, sentindo


um pouco mais de alívio em saber que concluíram a
missão.Levariam o próximo Hokage para casa.

— Kakashi-Senpai, como se sente? — Yamato se


jogou ao seu lado, mantendo ainda o rosto coberto de
preocupação e os olhos levemente arregalados.

34
— Como se tivesse todo o meu Chakra sugado,
mas vou sobreviver. — Ele levantou a cabeça e
respirou fundo. — Como vim parar aqui? A última coisa
que me lembro era de perseguir um pequeno grupo da
Shinkirō.

— Não sabemos, Hinata saiu na noite anterior


para varrer esta área enquanto eu varria o outro lado.
Quando voltei para o acampamento não a encontrei, e
estava procurando por ela até encontrar vocês dois
desmaiados aqui. — Ele respirou fundo enquanto
voltava a passar as mãos pelos cabelos. — Que droga
aconteceu com vocês?

Hinata não sabia responder isso a si mesma,


deixou seus olhos percorrerem a área sem ativar seu
Dōjutsu. Era tudo calmo demais, o exagero de
tranquilidade a fazia estremecer com força. Voltou a
olhar para os homens sentados em sua frente, os olhos
negros de Kakashi encontraram o seu no mesmo
momento. Era como se sua alma fosse sair do corpo,
jamais se sentiu tão envergonhada em toda a sua vida.

Sem entender a própria reação de seu corpo,


baixou o olhar e escondeu o rosto entre as pernas, já
havia superado qualquer tipo de vergonha para olhar
nos olhos das pessoas, mas era incrivelmente difícil
olhar nos dele.

— Não sei o que houve, mas obrigado, Hinata.

35
Forçou a si mesma a olhar na direção dele,
Kakashi mantinha as sobrancelhas claras, unidas. Um
pedido sincero se um homem definitivamente bom,
Hinata acenou, não tinha muito o que fazer já que
também não entendia o que havia acontecido na noite
anterior.

— Vamos, esse lugar me dá arrepios, mesmo


sendo uma aliada de Konoha.

— Me dê mais um minuto, Tenzou. — Kakashi


respirou fundo. — Sinto como se tivesse sido
atropelado por mil gennins.

Yamato riu e se levantou, bateu levemente no


ombro de seu amigo e seguiu para o outro lado,
provavelmente buscaria os pertences que deixaram na
pequena cabana que construiu.

Mesmo depois de todos esses anos, ainda tinha


uma pequena habilidade que havia aprendido com
Sakura. O mínimo para que pudesse sobreviver em um
momento de dor. Ainda tinha uma reserva de Chakra e
poderia ao menos ajudar de uma forma que realmente
lembrasse.

— Kakashi-Sensei? — Kakashi virou o rosto, seu


semblante que se mantinha normalmente entediado
tinha a sobra de sentir dor, não podia deixar que
voltasse para Konoha daquela forma. — Deixe-me
ajudá-lo, tenho ainda uma reserva de Chakra e graças a
Sakura, aprendi alguma habilidade antes de partir.

36
Não daria tempo para que recusasse, tinha sérios
problemas em se sentir horrível com recusas. Se
levantou e ajoelhou ao lado de suas costas.

— Não se preocupe, já estive pior. — Ele


respondeu, mas já havia começado a fazer seu Chakra
fluir para a palma de sua mão e as pontas dos dedos.

— Tarde demais, será rápido, eu prometo. Ao


menos conseguirá voltar a Konoha com as próprias
pernas. — Ele riu e apoiou os braços nas pernas.

— Não se lembra de nada? Queria ao menos


saber onde o grupo se escondeu.

Hinata não sabia como havia parado nessa área


da floresta, tinha plena certeza de estava próxima do
castelo.

— Gostaria de me lembrar, sei que aos poucos


conseguiremos organizar os pensamentos. — Respirou
fundo, estava não confusa com a situação e não tinha
uma explicação para tudo aquilo.

— Tem razão, e Hinata. — Ela virou o rosto


esperando apenas que ele continuasse. — Não precisa
me chamar de Sensei, mesmo porque, já não sou faz
um bom tempo.

37
— Força do hábito, sinto muito. — Disse
descendo com a aplicação do Chakra em suas costas.
— Tentarei não chamá-lo assim.

Hinata voltou ao que fazia, podia sentir em suas


mãos as feridas que ele tinha em suas costas, usaria
um pouco mais de Chakra, mas, ao menos, o curaria
para que voltasse sozinho para a vila.

Subiu as mãos, descarregando seu Chakra e


fechando o máximo de feridas que conseguia. Tocou
levemente em uma que parecia ser um tanto mais
profunda, Kakashi rosnou pela dor. Um som que a fez
soltar um grito por sentir que já conhecia aquele som.

Hinata se afastou devagar, a confusão que sentia


era tão grande que não fazia qualquer sentido. Os olhos
negros do homem grisalho em sua frente tinha o
mesmo olhar de confusão e uma certa quantidade de
culpa. Tinha certeza de que havia algo errado.

Se levantou rápido, tentando segurar o máximo de


sua timidez, desacreditada que depois de todo esse
tempo suas emoções conseguiam transparecer com
facilidade. Treinou por anos e por causa de uma missão
confusa, havia perdido todo o controle de suas novas
habilidades. Hinata bateu em suas próprias pernas,
tentando limpar o máximo de folhas que haviam
grudado em suas meias e shorts.

Depois de todo esse tempo, ainda sentia ser


observada e por mais que não visse ninguém escondido

38
por trás das árvores ou pedras, sentia uma enorme
vontade de sair daquele lugar. Hinata buscou
novamente pela área o motivo de seus sentimentos
estranhos e não encontrou nada além do par negro dos
olhos confusos de Kakashi. Ele uniu as sobrancelhas,
parecia que iria dizer algo.

— Vamos, estou sentindo calafrios. — Yamato


surgiu pelo mesmo caminho que havia partido, fazendo
Hinata ter seu coração acelerado. — Sua bolsa, talvez
queira repor as lentes, iremos pela parte sem trilha, mas
nunca se sabe.

— Obrigada. — Não discutiria, não queria mesmo


ser reconhecida e seu Kekkei Genkai a entregaria
rápido demais.

Abriu a bolsa e encaixou as lentes negras o mais


rápido que conseguiu, queria partir daquele lugar tão
rápido quanto havia chegado. Havia algo que não
encaixava em Kusagakure e não queria continuar ali
para descobrir.

Incomum, confuso e completamente fora dos


eixos. Kakashi não entendia a situação e mesmo que
pudesse, como uma coisa dessas poderia acontecer?

Respirou fundo diversas vezes antes de seguir


Tenzou, jurava para si mesmo que havia apenas

39
tentado se aproximar do grupo, e que não havia
ninguém próximo para que o surpreendesse.
Mergulhado em dúvidas, seguiu eles na corrida de
volta a Konoha. E por mais que Hinata o tivesse
ajudado, seu corpo doía como se tivesse permanecido
preso por um longo tempo.

Nada explicava as dores de suas costas, não


conseguia lembrar de nada. Talvez tudo tenha sido
apenas uma grande loucura, Kakashi puxou as mangas
escuras de seu uniforme ninja e não havia nada ali.
Nenhuma marca ou sequer um arranhão, mas doía
como se tivessem sido esmagados por algemas.

— Tenzou! — Chamou sentindo a rouquidão


tomar conta de sua garganta. — Estou a quanto tempo
fora?

Yamato diminuiu o passo e parou no próximo


tronco alto. Hinata pulou para o seu lado e agachou
ativando seu Byakugan.

— Pouco mais de uma semana, nenhum outro


ninja enviado conseguiu achar qualquer pista sua.
Godaime-Sama precisou chamar Hinata de sua vila
para que nos ajudasse em sua busca. Você realmente
não lembra o que aconteceu em todo esse tempo, que
permaneceu desaparecido?

Kakashi apenas negou com a cabeça, droga, era


um resmungo aceitavel. O que aconteceu nesses
últimos dias de sua vida era uma completa nuvem.

40
Talvez falaria com a Yamanaka para que o ajudasse
com essa questão. Pulou para frente e seguiu o
caminho de volta para a sua vila.

Talvez fosse apenas loucura de sua cabeça pelos


dias que passou fora do ar, mas jamais viu aquele tipo
de rubor que tomou conta do rosto da Hyuuga. Havia
algo acontecendo, e talvez ela soubesse e estava
apenas com vergonha de lhe contar. Também jamais
havia notado o cheiro adocicado que vinha de seu
corpo, Hinata seguia na mesma velocidade e mantinha
os olhos vidrados no caminho à sua frente. Perdida em
seus próprios pensamentos, mas era tão curioso que
não conseguia tirar os olhos de seu rosto.

Ela devolveu o olhar e virou com um rubor forte,


não entendia o que acontecia. Kakashi respirou fundo, e
olhar para ela lhe trazia a lembrança de um gosto doce
em sua boca, e parecia tão real. Chacoalhou a cabeça
espantando os pensamentos, não deixaria que sua
cabeça imaginasse esse tipo de coisas. Mesmo que
fosse adulta e totalmente dona de si, não era esse tipo
de homem e jamais seria.

Adulta e tão bonita, se deixou perguntar


brevemente o motivo de Naruto nunca lhe dar qualquer
tipo de atenção. Talvez fosse realmente um tolo, difícil
tirar os olhos dela, parecia que o chamava, como se
algo o fizesse se perder enquanto a olhava.

41
Talvez fosse apenas um tipo de admiração por ter
salvo sua vida, podia não ser nada demais. Só que
conhecia aquele tipo de gosto doce...

42
Capítulo 5
— Devolva
minha maldita garrafa,
Shizune! — Realmente
não havia nada de
novo, isso lhe trazia
muitas sensações
diferentes e uma delas
era o medo.

Parada na porta
da sala principal, ao lado dos homens que voltaram
daquela missão estranha. Tinha medo de que não
pudesse voltar para casa, e que mesmo depois de
todos esses anos voltasse a ser a mesma garota que
sempre viam como pequena e fraca. Na realidade, não
importava seu status ou o poder que havia guardado.
Sendo ou não quem era, sempre foi tratada como frágil
apenas por ter o coração bom, não queria voltar para
essa vida, trabalhou muito em si mesma para que se
perdesse tão fácil assim.

— SHIZUNE!

— Talvez tenha a possibilidade de termos


chegado em uma hora complicada. — Capitão Yamato
engoliu em seco, — Vamos ser enfiados dentro de uma
garrafa de saquê, vamos voltar outra hora.

43
Hinata levou a mão sobre o rosto e riu, não podia
conter ainda certas emoções. O medo que o homem
tinha de Tsunade-Sama era completamente
compreensível. Sentiu novamente ser observada e mais
atrás os olhos negros do futuro Hokage estavam presos
em sua direção, virou o rosto com mais pressa que
podia, e sem pensar direito abriu a porta da grande
sala. não estava conseguindo sustentar ou suportar o
peso do olhar que estava recebendo dele.

Tsunade estava com os braços cruzados abaixo


dos seios, nervosa, encarava Shizune que ensacava
algumas garrafas. Entre a explosão da mulher loira e
emburrada atrás daquela mesa e a sensação estranha
que estava sentindo depois daquela missão,
definitivamente preferia encarar a Godaime. Seus olhos
castanhos se abriram em surpresa, depois que Yamato
e Kakashi entraram dentro daquela sala.

— Comecem!

— Shinkirō, tem concentração em Kusagakure.


Na parte de minha missão em que passei consciente
busquei por informações e encontrei seu ponto de
encontro, eles se reuniram e assim que comecei a
segui-los apaguei. Não me lembro de nada que tenha
acontecido desde então, tudo é apenas um grande
buraco escuro dentro da minha mente, — Tsunade
soltou o aperto debaixo de seus seios e coçou o queixo
enquanto ouvia. — Não me lembro de ser resgatado ou
de como isso aconteceu, acordei com Tenzou me
chamando no meio da floresta.

44
Hinata respirou fundo, também era um grande
breu sua noite anterior e isso fazia seu coração acelerar
de um jeito estranho. Tsunade respirou fundo e abaixou
os olhos, analisando a situação, seus olhos castanhos
demonstravam tanta preocupação quanto eles mesmos
sentiam.
— Não consegue se lembrar de qualquer tipo de
flashes, alguma memória que jamais teve em sua vida,
ou qualquer coisa que seja sobre? — Kakashi apenas
negou com a cabeça, Hinata acreditava nisso, ela
mesma não se lembrava de qualquer coisa. — Entendo,
deixarei Ino pronta caso se sinta à vontade para que
verifiquemos o que aconteceu. Mandarei uma equipe de
Anbus para verificar o local, preciso que me passe
todas as informações necessárias para que dessa vez
não haja erros. — Ela voltou a cruzar os braços. — Não
o forçaria. Talvez sua falta de memória seria um escape
da mente para que não recorde algo traumático, mas se
estiver a vontade eu gostaria de entender um pouco
mais sobre o assunto.

— Godaime-Sama, Kusagakure não tinha nada


além de muito silêncio, em minha varredura não haviam
pessoas na rua ou o barulho dos homens presos. —
Yamato respirou fundo, — Encontrei Kakashi-Senpai e
Hinata desacordados longe do acampamento que eu
havia montado e do ponto onde ela havia ido fazer a
varredura.

45
Não precisou que Tsunade pedisse para que
contasse sua versão, além de agora ser uma intrusa
que havia resgatado o futuro Hokage sabe-se lá como.

— Godaime-Sama, eu me lembro apenas de fazer


a varredura, então desci para verificar a área na parte
debaixo do penhasco, então apaguei. Acordei também
com os chamados desesperados do Capitão Yamato.
Acho que devo dizer também que tenho sentido ser
observada desde que saí nessa missão. Pode ser
apenas coisa da minha cabeça, mas…

Tsunade assentiu, juntou os papéis que estavam


espalhados na parte livre da mesa e os colocou na pilha
ao lado.

— Quero um relatório detalhado, Kakashi. Com


tudo o que se lembrar dessa missão. O mesmo de você
Yamato. — Os homens assentiram e permaneceram
em silêncio. — Quanto a você, Hinata. — Seus olhos
castanhos passaram preocupação. — Precisarei que
fique na vila por pouco tempo, apenas até que
consigam se lembrar de qualquer coisa que nos ajude a
entender o que foi essa missão. Entendo que não
queira ser vista por aqui neste momento, posso te
mandar para a parte mais afastada da vila. Onde as
pessoas não costumam sair muito. Mas preciso que
fique, a chamarei apenas quando tiver a plena certeza
de que não encontrará com ninguém em seu caminho,
entretanto, não posso obrigá-la a ficar.

46
Entendia a gravidade do problema em que acabou
se metendo, e como jamais negaria ao pedido da
Hokage apenas assentiu para sua oferta sobre o lugar
mais afastado. Tsunade acenou para Shizune que saiu
rapidamente, o silêncio se tornou pesado em sua sala e
não se sentia nem um pouco confortável com aquela
situação.

Sua ajudante voltou com um pequeno molho de


chaves e entregou em sua mão, seria um tempo
complicado e mesmo que se escondesse na parte mais
escura ou no buraco mais fundo daquela vila, seria vista
e pior que seus companheiros descobrirem de seu
retorno, seria seu pai. Um prato cheio para que virasse
o centro de sua raiva, por abandonar a família e seus
preciosos ensinamentos.

— É uma pequena casa que está localizada atrás


do monumento Kage, creio que ninguém além de nós
cinco saberá sua localização. A chamaremos quando
precisarmos e pode se apresentar a noite se acaso
lembrar de algo.

— Estão dispensados.

— Obrigada.

Não era como se quisesse permanecer na vila,


realmente não tinha escolha. Respirou fundo e girou em
seus calcanhares, não estava preparada para essa
estadia em Konoha. Andou o mais rápido que podia,
tentaria ao menos descansar antes de tentar se lembrar

47
de qualquer coisa que fosse. Sentiu os passos rápidos
atrás de seu corpo, não queria conversar com nada
além de um chuveiro bem quente.

Não esperou para saber qual dos dois estavam


atrás, seguiu rápido para a saída, precisava ficar
sozinha e por todo o seu dia no lugar.

Queria falar com ela antes que saísse, queria


perguntar o que sabia e o que conseguia se lembrar,
talvez o motivo de ruborizar quando olha em sua
direção. Tenzou o puxou e negou com a cabeça não
queria pressioná-la, mas estava tão confuso que
precisava de algo que pudesse tapar o buraco que sua
memória tinha.

Esperou que ela saísse e seguiu para seu


apartamento, inconformado com sua incapacidade de
recordar de sua própria vida, entrou em seu
apartamento e se trancou. Talvez um descanso o
fizesse ter o mínimo de consciência sobre, tomou um
banho demorado, seu corpo doía em cada pedaço. Não
havia lutado ou qualquer coisa do tipo.

Se trocou rápido e deixou seu corpo cair na cama


com peso, deixou seu corpo relaxar finalmente. Não
conseguiu fazer isso nem mesmo quando Hinata curou
algumas de suas dores após acordar. Sentia que ela
poderia saber de algo, talvez por seu excesso de

48
timidez tinha vergonha de dizer. Não a julgava, mas
precisava de respostas.

Deixou seus olhos fecharem com o próprio peso


do cansaço, essa missão havia exigido muito mais do
que a própria guerra em si. Soltou os braços e virou o
corpo de bruços, o breu nunca foi tão confortável.

Mas seus olhos claros eram insistentes, o via


entreaberto e seu rosto enrubescido com força. Kakashi
girou na cama, tentando achar uma melhor posição.
Fechou novamente os olhos e a via se curvar debaixo
de seu corpo, com o rosto embebido em prazer. Não,
sua mente podia estar lhe pregando peças demais,
virou novamente o corpo e puxou o travesseiro, apertou
contra sua cabeça na tentativa de espantar sua mente
perversa.

Diminuiria sua leitura consideravelmente.

Finalmente seu corpo relaxou, e a sensação de


estar flutuando o tomou com força. Mas a visão de estar
fazendo com que ela se contorcesse o fez pular da
cama, o rubor que viu tomando seu rosto era de puro
prazer. Kakashi se levantou e correu para o banheiro.
Jogou água fria em seu rosto, não podia pensar
naquele tipo de coisa. Vê-la daquela forma o fazia se
sentir culpado e terrivelmente excitado.

Não conseguia entender o motivo de ver Hinata


daquela forma, os pequenos flashes ou apenas sua

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imaginação desejando algo que não seria capaz de
fazer. Se por nessa situação, por ela nessa situação.

Mas ali, olhando para a água que descia pelo ralo


de sua pia, se perdeu na própria imaginação. Aquela
bela mulher nua e podia sentir o gosto doce novamente,
junto com aquela imagem de estar entre suas pernas
enquanto ela gemia e se contorcia lutando contra o
próprio prazer, a sensação macia de ter ela em sua
boca.

Kakashi olhou para o espelho e puxou os cabelos


para trás, seria uma longa noite.

“Sentia sua língua quente esfregar seu ponto


mais sensível, mesmo que negasse veementemente
com a cabeça ele não podia parar. Era bom, e queria
mais. Seu corpo tremeu com força enquanto sentia ele
se curvar para ter mais de seu corpo, podia jurar que
havia desejo próprio em seus olhos negros.”

Hinata se sentou ofegante, seu corpo suava e sua


franja havia grudado em sua testa. Não estava
acostumada a sonhar com esse tipo de coisa e parecia
tão real, era tão nítido. Puxou seus cabelos num coque
e correu para o banheiro, a luz do sol já tomava parte
do céu. Graças a Kami não precisaria tentar dormir
novamente, a sensação era real demais e seu corpo
voltava a esquentar ao lembrar da sensação.

50
Jogou suas roupas no chão e deixou a água fria
tirar todo aquele calor que sentia, incomum, jamais viu
um Sensei daquela forma. Mas sentia uma enorme
vergonha desde que acordou depois da missão, seus
olhos eram intensos demais.

Vestiu uma das peças que havia trago dentro de


sua bolsa, teria que comprar mais algumas peças antes
que ficasse sem nada para vestir. Com a esperança de
que as lojas continuassem abertas até tarde, sairia para
comprá-las na parte da noite.

A casa não era realmente grande, tinha apenas


um quarto, uma cozinha e o banheiro, tão pequeno que
fazia sua casa parecer uma mansão. Seria tão ruim se
voltasse para sua vila e se tivesse alguma notícia ou
entrasse em contato? Não poder sair e não ter o que
fazer até que Tsunade resolvesse liberar sua volta seria
uma tortura. Se deitou novamente em sua cama, de um
jeito ou de outro teria que sair, morrer de fome não era
uma de suas intenções.

E como esperado, sua prece a Kami não havia


sido atendida, possivelmente Akamaru havia sentido
seu cheiro pela vila e conseguiu rastreá-la. Bateram em
sua porta, sabia que isso aconteceria. Respirou fundo
tentando não parecer chateada por querer permanecer
nas sombras e completamente bem sozinha, abrir a
porta parecia uma missão tão difícil quanto a que
acabou de fazer.

51
Mas não era Kiba, abriu a porta com uma grande
desculpa que havia chegado a poucas horas e que iria
dormir. Kakashi estava plantado na porta sem seu
costumeiro uniforme de Shinobi, com os cabelos caindo
por parte do rosto esperou pacientemente que sua
grande falta de jeito respondesse.

Talvez ser uma estátua estava mais para seu


jeito, Hinata ficou estática enquanto olhava para o
homem que permanecia quieto e com tanto tédio no
olhar que mal parecia ter passado uma semana
desaparecido.

— Hinata, ainda vive nesse planeta?

Sentiu seu rosto esquentar com força, não sabia que


havia perdido a própria educação em apenas uma noite
de esquecimento.
— Sinto muito, ainda estou um pouco perdida com
a situação. Entre, por favor.

Respirou fundo, tentando controlar a própria


imaginação que tentou lhe pregar uma grande peça e a
fazer passar vergonha com a forte cor que viu brotar no
começo de suas bochechas. Não era mais uma criança,
e jurava por Kami que havia aprendido a controlar.

Deu espaço para que ele pudesse entrar, não


havia motivos para se sentir assim, foi apenas um
sonho. Algo que deveria deixar guardado para si
mesma, desejava com todas as suas forças estar em
sua casa.

52
— Sei que não quer ser vista, trouxe algumas
roupas e algo para comer. — Não o conhecia bem
como o time sete, mas seu gesto foi nobre.

— Obrigada, mas não precisava se incomodar. —


Hinata suspirou, ao menos não havia gaguejado.

Ele se virou após entrar, manteve o tédio, mas


sorriu com o olhar depois de colocar as sacolas em
cima da mesa.

— É o mínimo, talvez eu não tivesse voltado se


vocês não tivessem aparecido. Obrigado.

Não podia ver seus lábios dizendo essas coisas,


mas a sensação de conhecê-lo, de já ter visto como era
a fazia respirar fundo. Assentiu tentando segurar o
rubor, era ainda mais difícil depois do sonho tão vívido
que teve.
O viu coçar a nuca, um tanto desconfortável com
a tensão que havia se instalado. Não julgava, se sentia
da mesma forma, ser tão difícil não entender o que
estava acontecendo.

— Certo, vou indo. Creio que ninguém realmente


a achará aqui.

— Espere! — Não costumava ter esse tipo de


reação, mas mesmo ali dentro, a sensação de ter
alguém do lado de fora a fazia tremer. Kakashi parou no
batente da porta, e podia jurar para si mesma que o viu

53
passear os olhos por seu corpo. — Não tem sentido a
sensação de estar sendo vigiado? — Tentou dizer sem
que transparecesse tanto nervosismo. — Sinto
constantemente desde o começo da missão, mesmo
com o Byakugan, não acho ninguém ao redor, mas
sinto que tem algo errado.

Kakashi voltou alguns passos e a analisou


devagar, tão lentamente que sentiu a necessidade de
desviar o olhar.

— Talvez, ainda sinto a confusão de não lembrar


do que aconteceu na semana. — Colocou as mãos nos
bolsos enquanto voltava para a porta. — Ficarei por
perto então, eu virei mais tarde para ver se está tudo
bem.

Hinata assentiu, ao menos teria alguém conhecido


por perto.

[...]
O sol já havia descido a algumas horas, e o
silêncio dentro daquela casa era um tanto assustador,
havia tomado outro banho e vestido uma das peças que
Kakashi havia trazido, além de comer.

Preferia ficar presa dentro daquele lugar, a


sensação era forte demais e pareciam estar tão perto.
Sentia medo de abrir a porta e ser alguém de
Kusagakure.

54
— Hinata, sou eu. — Sua voz parecia um tanto
rouca, abriu a porta sem demora e o deixou entrar. —
Continuou sentindo a mesma coisa?

— Durante todo o tempo. — Ele respirou fundo.

— Senti o mesmo enquanto fazia uma pequena


ronda por aqui.

Hinata respirou fundo e puxou a maçaneta, ao


menos não estava paranoica e podia contar a alguém
sobre aquilo. Mas uma sensação estranha tomou seu
corpo e o cheiro de ferrugem tomou conta do cômodo.
Kakashi levantou rápido o olhar e viu que ele também já
havia sentido o cheiro do sangue. Hinata se
movimentou, mas, apenas para cair no piso frio de
madeira e se encontrar com nada além do grande breu.

55
Capítulo 6
Acordou com seu braço sendo perfurado, a dor do
líquido escuro rasgava suas veias, talvez doesse menos
se o matassem. Preso na parede de madeira, tentava
abrir seus olhos, sua cabeça girava, mas conseguia ver
onde estava.

Na mesma casa em que Hinata estava


acomodada, viu com muita dificuldade seu corpo nu
sobre a cama. Com os braços acima da cabeça
respirava lentamente, podia sentir ainda o mesmo
cheiro que tomou a casa antes de cair. A ferrugem e o
adocicado do sangue ainda pairava no ar, junto com o
cheiro do corpo da mulher adormecida na cama.

A porta se abriu com pressa e sem conseguir ver


o rosto dos dois homens que entraram rosnou em pura
raiva, não sentia a coleira em seu pescoço, mas sua
garganta ardia terrivelmente.

— Teremos que vigiá-los todas as noites?

— Silêncio, Riki. Não faça perguntas enquanto


estamos trabalhando.

O homem ficou em silêncio, mas continuou o


trabalho sem dizer qualquer coisa.

Kakashi respirava fundo e algo dentro de seu ser


se movia, uma vontade louca é um desejo devastador.

56
Podia ainda sentir o gosto do líquido vermelho e viscoso
que saiu do pescoço de Hinata, e o sabor doce que sua
intimidade tinha. A desejava, precisava sentir seu corpo
se contorcer em puro êxtase.

— Já sabe o que precisa fazer, Hatake. — O


homem puxou com força as cordas que prendiam seu
braço no alto do armário. — Não quero precisar forçá-
lo.

Seu corpo tremeu em expectativa, era como uma


deliciosa droga. Queria enlouquecer sentindo o quanto
ela se entregava a cada uma das coisas que poderia
proporcionar a ela. Mas seu interior lutava, os rosnados
e a força que usava para se controlar eram imensas.

Queria subir sobre seu corpo curvilíneo


novamente e estocar forte em seu interior, estava
desesperado, quase não podia suportar a distância que
mantinham entre seu corpo e ela.

Finalmente desceram seus braços e logo


prenderam sua garganta com a maldita coleira, ela
ainda tinha a corda entre os lábios e dessa vez, suas
pernas estavam soltas. O homem se aproximou de seu
corpo, Kakashi não podia falar mais por causa do
aperto da coleira de ferro. Próximo a Hinata o homem
puxou uma pequena maleta que estava no chão, a abriu
na mesa de cabeceira e tirou uma seringa.

57
— Daremos a ela a mesma quantidade dessa vez,
— O ouviu de onde estava. — Precisamos da entrega
dela para que isso dê certo.

Kakashi tentou se aproximar mas foi atingido com


força, sua pele queimou.

— Ele ainda não terminou, fique quieto ou se


arrependerá.

O resmungo de dor o fez mudar o foco, Hinata


choramingou e puxou as pernas nuas para próximo do
corpo. Sabia que ela também havia se lembrado da
noite, seus olhos claros passearam pelo quarto até
focar em sua direção e suavizar.

O homem se afastou e sentiu sua corrente ser


solta o instigando a seguir para a cama, devagar se
forçou a ficar no lugar, não queria tocar nela desse jeito,
era cruel. Um dos homens passou o chicote fino por
onde ainda haviam parte de suas feridas profundas, o
acertou novamente o fazendo urrar contido, não daria o
gosto de sua dor a eles.

— Vá para cima dela, Hatake. Ou abrirei ainda


mais feridas em suas costas. — Ele disse voltando a se
aproximar dela, — Ou fazer pouco de marcas no belo
corpo da Hyuuga.

Kakashi rosnou em resposta, queria poder dizer o


que queria. E arrancar essa maldita coleira que o
deixava impossibilitado de usar seu Chakra. Ele

58
repousou a mão sobre seu seio farto, e deslizou sobre a
pele macia, Hinata se debateu e se afastou o máximo
que conseguia, ele riu.

Sua corrente foi liberada e Kakashi voltou a andar


em sua direção, com rapidez avançou para cima do
corpo dela. Hinata o olhou surpresa, mas foi visível o
quanto seu corpo relaxou enquanto se deixava pairar
sobre ela. A protegendo como podia, afastou o homem
que tentou tocar em seu corpo.

Não queria tocar em seu corpo, seu eu racional


suplicava para que não fizesse isso, não dessa forma.
Por mais que tentasse, era difícil não notar cada uma
de suas curvas. Era realmente uma mulher
extremamente bonita, e mesmo que sua racionalidade
negasse com unhas e dentes, ela mesma desejava
tocar em cada curva de seu corpo.

— Rápido! — O homem berrou e o acertou com o


chicote fino, Kakashi apertou os lençóis e trincou os
dentes olhando para os olhos claros debaixo de seu
corpo, enquanto era atingido diversas vezes.

Hinata se mexeu e tocou com o joelho, ela


também não podia falar, a corda impedia qualquer
palavra inteira. Mas ela puxou a corda que prendia seus
braços acima da cabeça e fez seu corpo erguer, abriu
as pernas e passou em volta dos seus joelhos. Se abriu
para ele, Kakashi respirou fundo e fechou os olhos.

59
O misto de confusão e desejo eram grandes, não
conseguia entender o que acontecia, só o desejo
descomunal de tomar seu corpo com força. Ela gemeu,
fazendo com que prestasse a atenção em seus olhos
claros, Hinata acenou. Ele sentiu seu corpo esquentar.

— Vamos, Hatake!

Kakashi deixou seu desejo tomar conta, debruçou


sobre o corpo dela e atacou a curva de seu pescoço,
Hinata suspirou e foi uma brecha para descer sobre seu
colo. Deixou suas mãos acariciarem a pele sensível dos
seios fartos, abocanhou seu mamilo e sentiu sua pele
arrepiar. O seu monstro interior rosnava, louco para que
a mordesse apenas para sentir o líquido quente e
viscoso que o pescoço dela havia derramado da outra
vez, era um desejo forte.

O homem não dava pausa em seus ataques e


fazia com que suas costas arderem e queimassem
constantemente, a dor lhe fazia apertar ainda mais a
pele macia de Hinata que, choramingava e suspirava
enquanto descia os lábios sobre seu corpo. Não
conseguia pensar, o cheiro doce de sua intimidade o
chamava com força, não havia mundo lá fora, só o
constante desejo e a força que queria entrar dentro de
sua carne macia.

— Não enrole! — O homem o acertou novamente.


Kakashi levantou o rosto com raiva e rosnou para ele.
— Foda ela, Kakashi! Antes que eu mesmo o faça.

60
Faria isso, foderia seu corpo até fazê-la perder o
ar. Já não estava conseguindo conter o desejo de sentir
seu corpo por dentro, era demais, seu corpo curvilíneo
implorava para ser tocado. Mordeu a lateral de sua
barriga, Hinata tremeu e choramingou. Sua pele clara e
macia fazia com que quase perdesse o juízo, não
estava conseguindo segurar a vontade de afundar os
dentes ali, e rasgar a pele fina.

Rosnou para o monstro que queria seu sangue,


fazendo ele se afundar ainda mais em seu interior.
Kakashi desceu de uma vez, lembrava do gosto doce e
suave que vinha de sua intimidade e estava louco para
prová-la novamente. Ergueu suas pernas sem esforço,
e dessa vez, o brilho de sua excitação tomava toda a
fenda entre os lábios macios de sua intimidade.

Negar a si mesmo que a queria era ridículo, ela


deixou que a abrisse fácil e ao olhar para cima, seus
olhos claros mostravam o desejo que sentia. Ela
também queria. Kakashi deixou de pensar, lambeu a
fenda molhada e tomou para si o seu gosto doce. Se
lembrava daquele gosto, e não deixaria com que se
esquecesse mais. Mergulhou o rosto entre suas pernas
sem pudor, não precisava que o obrigasse a se
embriagar com o líquido que saía de dentro de seu
corpo.

Sugou com força seu monte de nervos e ela


tremeu, Kakashi apertou a parte interna de suas coxas
grossas, Hinata gemia baixinho com os olhos

61
apertados. Era difícil negar o prazer e ainda mais difícil
aceitar o desejo que sentiam, não entendia o porque
estava completamente perdido por ela, mas não
conseguia pensar em nada a não ser seu gosto doce
invadindo sua boca.

Kakashi ergueu-se rápido, não aguentava mais,


ela derramava a excitação pela cama precisava sentir
suas paredes macias e quentes novamente. Puxou seu
corpo mais para baixo e apoiou o cotovelo ao lado de
sua cabeça, queria provar seus lábios, mostrar como
seu gosto era deliciosamente doce. Deixou seu membro
encontrar o caminho úmido de sua entrada e devagar,
puxou a corda de sua boca.

— Hatake!

Kakashi rosnou para o homem e entrou fundo e


forte dentro do corpo quente dela. Hinata ofegou e abriu
mais os lábios para tirar a corda, puxou ela e deixou
descansar em seu pescoço. Tocou seus lábios
enquanto deixava seu membro invadir sua entrada sem
piedade, Kakashi bebia seus gemidos e tomava seu ar.
Queria tudo o que ela tinha.

Mordeu seu lábio inferior com força, e ela


choramingou. Não demorou para sentir o gosto do
sangue ali, apertou sua cintura com urgência e
aumentou o ritmo de suas estocadas. Sugou o pequeno
corte e seu monstro gritou.

— Kakashi…

62
Ela tinha as sobrancelhas unidas, mas não
conseguia parar. Apertou seu pescoço por cima da
corda e desceu os lábios para morder seu ombro.
Hinata gritou, seu corpo convulsionou e sentiu os
espasmos o espremerem com força. Sugou o corte de
seu ombro e sentiu o líquido brotar, estava perdendo o
juízo, estava perdendo a batalha contra o monstro que
exigia mais do que ela derramava das pequenas
feridas.

Kakashi rosnou e estocou uma última vez à


preenchendo inteira, mas era pouco. Apertou seu seio e
mordeu a lateral com vontade, sentiu o líquido sair
novamente então puxaram sua coleira.

Foi puxado de cima do corpo dela contra a sua


vontade, queria marcar seu corpo inteiro e beber de
todas as suas marcas.

— Já chega! Apague ele!

Foi a última coisa que ouviu antes da dor forte que


percorreu sua nuca, apagou ainda encarando o corpo
suado e marcado de Hinata.

Pulou da cama como se não pudesse respirar,


seu corpo doía e seus braços latejavam. Não se
lembrava de ter feito algo para que forçasse tanto

63
assim, talvez tenha apenas dormido de mal jeito. Hinata
suspirou, havia provavelmente sonhado alguma coisa
extremamente excitante, seu corpo estava suado e
sentia sua intimidade úmida demais.
Levantou, parecia ter lutado uma batalha inteira e
talvez tenha até sido. Esperou Kakashi bater em sua
porta a noite mas não lembrava de tê-lo visto. Jogou
uma água fria no corpo e se enrolou na toalha, puxou
seus cabelos e o prendeu no alto. Estava terrivelmente
cansada, seu corpo pedia por mais descanso mesmo
tendo dormido a noite inteira.

Se pendurou na pia do banheiro, faria apenas sua


higiene matinal e voltaria para a cama, talvez
conseguisse descansar um pouco mais antes que
Tsunade resolvesse chamá-la. Hinata encheu sua
escova com a pasta, e coberta de sono deixou que sua
mão fizesse o trabalho sozinha. Seus olhos tinham
bolsas escuras na parte inferior e sua pele parecia
ainda mais branca que o normal, salvo por uma
grosseira mordida em seu ombro esquerdo.

Hinata deixou sua escova cair e gritou, apoiou as


mãos na pia novamente e cuspiu a espuma que ainda
havia em sua boca. A lembrança do rosnar vindo da
garganta de Kakashi a fez estremecer, sentiu a dor
novamente de ter seus dentes cravados na pele de seu
ombro. Não é possível, eu me lembraria de algo assim!
Gritou para a memoria de seus olhos negros a
encarando com puro desejo.

64
Jogou água fria no rosto e se vestiu com pressa,
ofegante pelo medo do que podia realmente estar
acontecendo. Hinata não se lembrava de tê-lo visto na
noite passada, talvez ele tivesse tido algum problema e
teve que resolver. Mas não o viu, se lembra de ter
dormido esperando que aparecesse.

Era algo que não podia explicar a si mesma.

A porta teve leves batidas, precisava tentar


entender o que havia acontecido. Mas comentar com
ele esse tipo de coisa, é... seria o cúmulo de sua
vergonha. Hinata abriu a porta e um Kakashi com os
olhos fundos e levemente arroxeados estava com o
braço escorado em sua porta. Parecia tão cansado
quanto ela.

— O vestido ficou bom em você.

Sua máscara cobria apenas parte de seu


cansaço, corou com o elogio, mas seus olhos
arregalaram quando se prendeu em seu ombro. O viu
respirar fundo enquanto observava parte da ferida
exposta por baixo da alça grossa de seu vestido azul.

Hinata engoliu em seco, podia ser apenas uma


reação ruim ao machucado que havia aparecido ali. Ele
respirou fundo e voltou a sustentar seu olhar.

— O… obrigada. — Não havia o que dizer, a


vergonha da lembrança era extrema, além da sensação

65
do prazer que ele lhe proporcionava, enquanto lhe dava
essa mordida. — Tem um ótimo gosto, Kakashi…

Não sabia se ele sentia a mesma tensão no ar,


mas parecia que seu corpo implorava para que ele a
tocasse, como nos pedaços de sonho que tem tido.
Talvez estivesse enlouquecendo, Konoha podia ser o
motivo de suas paranoias.

— Acho que precisamos conversar. — Hinata


engoliu em seco, seria possível uma coisa dessas?

Abriu espaço e o deixou entrar, Kakashi entrou e


foi direto para o quarto. Hinata fechou a porta e o
seguiu, podia ver a preocupação tomar conta de seu
rosto enquanto ele vasculhava o cômodo. Ele então
passou as mãos sobre os cabelos acinzentados e
respirou fundo se sentando na cama.

— Kakashi… — Teria que dizer algo, tudo aquilo


era estranho demais e podia ver que ele não era o
culpado disso.

— Tem tido sonhos vividos também, Hinata?

Ela se encostou na cômoda que ficava ao lado da


cama, abraçou o próprio corpo e respirou fundo. Passou
os dedos levemente pela linha que fazia o círculo da
mordida em seu ombro.

— Tão vividos que parecem reais.

66
O ouviu suspirar, não conseguia olhar em sua
direção, isso significava que ele a tinha visto nua em
seus sonhos se estivesse tendo os mesmos sonhos que
ela. Duvidava que existisse algo no mundo tão
constrangedor quanto aquela situação.

— São comigo, não são? — Sim, existia coisas


mais constrangedoras no mundo.

Hinata sentiu seu rosto queimar de uma forma


avassaladora, seu rosto doía pela tentativa de conter o
rubor. Talvez isso não aconteceria se estivesse segura
em sua casa, Konoha não lhe dava paz, e agora isso.

— Hinata, olhe para mim. — Um pedido simples,


mas uma guerra para que seu cérebro entendesse que
deveria ir contra sua própria vergonha em encarar seus
olhos escuros. — Tenho sonhado com você também, e
parece que não são apenas sonhos.

Prendeu a respiração tão rápido que foi difícil de


se conter, o ar pedia passagem em seus pulmões para
sair, mas ele havia levantado e se aproximou devagar.
Pediu permissão com os olhos e puxou a alça grossa
de seu vestido azul. Traçou a linha da mordida com os
o dedo, seu toque a fazia estremecer, era uma tensão
forte demais e não conseguia controlar as reações que
seu corpo tinha por causa dele.

— O.. — Estava sendo difícil lutar contra a timidez


com seu corpo tão perto assim. — O que está
acontecendo?

67
— Eu não sei. — Ele suspirou. — Mas tenho visto
flashes desde que acordei na floresta junto com você.
— Ele subiu a mão e ergueu seu queixo. — Não sei se
deveria desconfiar de você, não tem morado mais na
vila e tudo começou depois que voltou, mas é difícil
acreditar que faria uma coisa dessas.

— Eu não… — Presa contra a cômoda, lutava


contra sua enorme vontade de correr para longe dali,
lembrar dos flashes em que ele dava prazer a ela a
fazia enrubescer, controlar aquilo era mais difícil do que
imaginava.

— Eu sei, mas é difícil não deixar com que esses


sonhos não me afetem. — Também estava sendo
afetada, seu corpo parecia ansiar que tocasse em cada
pequeno lugar. Hinata fechou os olhos e suspirou, seu
toque fazia cada célula de seu corpo esquentar. Sentia
sua respiração pesada e tão perto que fazia cócegas
em seu rosto.

— Hinata!? Você está aí? Tsunade-Sama pediu


para vê-la! — Bateram com força na porta.

Era um ótimo jeito de serem impedidos de


fazerem algo que se arrependeriam depois. Aproveitou
a deixa e correu para a porta, puxou a alça de seu
vestido e abriu a porta agradecendo mentalmente pela
pessoa ter interrompido aquele momento pesado.

68
— Hinata, Tsunade-Sama gostaria de ver você e
Kakashi-Senpai, mas como não o encontrei decidi que
avisaria ele depois. — Hinata encarou Yamato com uma
certa vergonha e logo ouviu os passos atrás de si. —
Kakashi?

69
Capítulo 7
Estava tudo indo tão bem, que duvidava ter
qualquer falha a longo prazo, o soro que usavam
liberava o lado mais selvagem e cruel das pessoas —
pelo menos era a real intenção. Estava chegando a
próxima fase do experimento, testaria o controle da
besta que havia liberto dentro da mente de Hatake.

Suspeitavam sobre a sua linhagem, já que não


havia dado tão certo quando o colocaram com mulheres
comuns, mesmo que elas também estivessem presas
com o soro, ele não tinha se descontrolado e também
conseguiu resistir com facilidade.

Já com o sangue puro da Hyuuga, foi tudo


conforme o esperado. Perdeu o controle tão fácil, e se
deixou levar pelo soro. Mas aquilo o deixava intrigado,
teria que fazer mais alguns testes antes de levar o
resultado para seu mestre. e se tudo corresse como
imaginava, logo poderiam descobrir ainda mais sobre
essa linhagem tão perdida e poder controlar o restante
da vila, seria uma vingança perfeita para ele.

Não queria ter que sair à luz do dia, mas decidiu ir


mesmo assim — como se tivesse alguma escolha
contra o pedido de Tsunade. Por incrível que pareça,
não encontrou com nenhuma das pessoas que faziam

70
parte de sua vida, foi apenas uma grande sorte, já que
continuava se sentindo vigiada.

Seus olhos castanhos ficaram encarando


enquanto pensava, sabia que tinha algo importante o
suficiente para que a fizesse sair em plena luz. Tsunade
passou os dedos sobre as pálpebras e a massageou,
via o peso que ela carregava em suas costas.

— Preciso que fique mais um tempo, Hinata. —


Direta, Hinata respirou fundo. As coisas estavam
perdendo o controle e ter Kakashi do seu lado ali dentro
a deixava completamente sem jeito. — Precisei mandar
Ino em uma missão de rank S, não poderei deixar com
que vá embora. Tenho recebido pergaminhos de
diversos países com o pedido de busca, as pessoas
estão sumindo, e, me preocupa que você seja levada
por conter informações ocultas e valiosas em sua
mente. Sabe que não pediria se fosse bobagem. — A
loira estalou os dedos e espalhou a pilha de pedidos em
sua mesa. — Não posso deixar de me preocupar com o
mundo ninja em um todo, se você tem informações que
não consegue encontrar por si mesma, teremos que
forçar sua mente a liberá-la. — O medo de que a
Yamanaka visse mais do que estava procurando era tão
palpável que se Tsunade quisesse, podia ler em seus
olhos. — Não esqueci do quanto deseja voltar para
Nozumo, mas precisará colocar a vida de todas essas
pessoas que sumiram acima da sua.

Não tinha como rebater ou contestar, jamais


deixaria de se preocupar com o mundo ninja num todo,

71
entretanto, estar naquele lugar estava fazendo com que
sua cabeça entrasse em plena loucura.

— Godaime-Sama, não irei a lugar algum, mas


devo dizer, tenho me sentido vigiada desde que
comecei a missão de resgate. E tem piorado desde que
acordei no meio da floresta, não vejo ninguém ao redor.
Talvez seja loucura minha, mas sei que algo está
acontecendo.

Tsunade respirou fundo e apoiou o queixo sobre


as mãos, talvez não tivesse nada que ela pudesse fazer
quanto a isso, mas dizer parte das coisas que estavam
acontecendo já tiraria um grande peso de suas costas
— mesmo porque não teria coragem de dizer sobre os
sonhos reais e incrivelmente eróticos com o futuro
Hokage.

— A cabana fica um um local muito aberto, talvez


se pudesse estar em um local mais fechado. — Hinata
encarou o homem, sua voz soava firme e não tinha
medo de dizer qualquer coisa que fosse, invejava essa
coragem. — Se me permite, Godaime. Tenho ainda a
antiga casa, tão afastada quanto a cabana. Ao menos
ali poderia vigiá-la e teria melhor acesso a ela, sem que
precisasse ser vista.

— É uma ótima ideia, mas está em condições de


manter essa vigilância, Kakashi? — Ela o encarou,
mesmo que não demonstrasse tanto podia ver a
preocupação que seus olhos castanhos transmitiam. —
Preciso que estejam cem por cento, não sabemos com

72
quem estamos lidando e até que possamos ter as
informações de vocês dois. Preciso que fiquem
seguros.

— Também posso fazer a ronda e ficar de vigia,


Godaime-Sama. — Yamato ainda mantinha o rosto
confuso e não era novidade que isso a fizesse corar
com a lembrança.

— Muito bem, — Ela concordou. — Não quero


que digam nada sobre isso a ninguém, preciso que
fiquem seguros e salvos até que Ino retorne. Leve-a
para a casa de seu pai então, Kakashi e a mantenha a
salvo. Yamato o ajudará com a ronda. — Tsunade
suspirou. — Antes que os dispense, se fortalecer não
me parece uma má ideia, Hinata, treine como puder,
podemos precisar de uma mão ou de um par de olhos,
se pode me entender.

— Sim, senhora.

— Estão dispensados, com o retorno de Ino,


mandarei que um Anbu os chame. Até lá, essa missão
não existiu.

— Hai. — Soltaram em um grande uníssono.

Definitivamente as coisas estavam tomando um


rumo que não deveria, ficar onde o homem que a
atacava em seus sonhos morou e tem total acesso, era
tudo o que precisava para se perder em pura vergonha.
Martelaria a única coisa que podia fazer com que não

73
se entregasse ao desejo de fuga, era apenas para que
não acontecesse nada com as informações guardadas
em sua mente. Kakashi havia oferecido a casa na frente
de Tsunade, como Hinata poderia negar com a
aprovação da Hokage?

Em silêncio seguiu para a saída, voltaria para a


cabana até segunda ordem. Estava com vergonha
demais para que pudesse perguntar algo a ele.

— Não, irá para a casa com Yamato. Deixe que


eu busque suas coisas. Ele já sabe onde fica e pode te
instalar sem que sejam vistos. — Não havia como
discutir, Kakashi juntou os dedos próximo ao rosto e
sumiu antes que pudesse pensar em responder.

Hinata respirou fundo, havia voltado para a vila e


voltado a ser tratada como uma mulher frágil. Não
queria isso, fugiu para longe exatamente por isso,
abraçou o próprio corpo e seguiu Yamato por entre as
vielas de Konoha.

— Eu não sei o que está acontecendo, Hinata. —


Um jeito simples de chamar a sua atenção. — Mas
Kakashi-Senpai parece estar tão incomodado quanto
você, não se preocupe com as decisões que ele toma,
não tem ninguém melhor para que possa protege-la

Hinata não duvidava disso, mas ao ter que ficar


na casa de alguém que foi importante para ele, achava
íntimo demais — não que, senti-lo entre suas pernas
nos sonhos não fosse. Respirou fundo e se deixou ser

74
guiada, não demorou para que chegassem, muito bem
escondida e longe o suficiente para que não fosse
surpreendida, suspirou aliviada.

Yamato abriu o pequeno portão e a deixou


passar, o mato alto do quintal, mostrava que ele já não
visitava o lugar há um bom tempo. Passou para o lado e
deixou que ele seguisse na frente, uma intrusa na casa
de sua família. A situação não cooperava para que se
mantivesse firme.

A porta rangeu, e a poeira do lugar acusou a falta


de pessoas ali, por muito tempo. Hinata abraçou o
próprio corpo e esperou que ele fechasse a porta.
Puxou o grande tecido branco que mantinha o sofá
coberto e fez o mesmo com o restante dos móveis. Ao
menos teria uma ocupação enquanto tivesse que ficar
confinada ali.

— É, precisa de um pouco de cuidados. — Não


precisava dizer para perceber isso.

— Não tem problema, queria apenas que tudo


acabasse logo. Sinto falta da minha vila.

— Acabará logo. — Talvez houvesse algum


treinamento para que pudesse se preparar para os
sustos. Kakashi saiu do centro da sua nuvem de
fumaça e Hinata tentava não manter o contato visual
por muito tempo. Seus olhares eram intensos demais.
— Trouxe suas coisas e já devolvi a chave para

75
Shizune, trouxe comida. Coma, treinaremos um pouco
para ver o quanto tem de habilidade ainda.

— Finalmente, estava quase ficando azul de


fome.

Hinata se deixou rir um pouco, mas sentiu os


olhos dele em seu rosto. Não era algo comum, parecia
que ele a analisava constantemente. Comeu tão rápido
como de costume, deixou eles na mesa e puxou sua
bolsa na intenção de se trocar, não seria prudente
treinar de vestido e com uma marca de mordida tão
visível em sua pele branca.

Atrás da casa tinha uma pequena clareira, um


campo rodeado por árvores grossas e altas, com o
mato alto, seria um bom local para o treino. Kakashi
puxou sua bandana e a deixou no chão, junto com o
seu colete pesado.

— Vamos começar pelo Taijutsu, tudo bem por


você?

Hinata assentiu, puxou seus cabelos e os prendeu


no alto. Observou Kakashi tomar a dianteira e se
preparar no meio da clareira, Yamato se sentou no
canto da casa apenas observando. Havia muito tempo
que não treinava, sabia que estava completamente
enferrujada. Levaria uma boa surra antes que pegasse
o ritmo novamente.

76
Seguiu para o meio do campo também, respirou
fundo e usou sua perna de apoio. Não teve tempo para
que pudesse revidar, ele avançou e a derrubou com
rapidez, Despreparada, gemeu de dor ao cair com as
costas no chão. Havia divertimento em seus olhos, e
um leve sorriso por debaixo de sua máscara.

— Está enferrujada, Hinata. — Reclamou se


afastando para que pudesse se levantar.

— Dez anos sem lutar. — Concluiu, mas não


justificava sua falta de atenção. — Vamos novamente.

Ele sorriu e avançou novamente, Hinata


conseguiu bloquear a maioria dos golpes, mas ele era
rápido, a acertou algumas vezes seu corpo antes de
levá-la ao chão novamente. Montou em seu corpo e
prendeu seus braços acima da cabeça.

— Estou na dúvida se não quer se defender ou se


você não consegue. — Disse sério e abaixou o rosto. —
Acho que sua memória está afetando suas decisões.

Hinata ofegou, ele usaria dos últimos


acontecimentos para treiná-la, injusto e maldoso. Sentiu
seu rosto corar com força, reuniu a força que ainda
tinha e conseguiu se soltar, acertou seu peito e o fez se
afastar.

Se levantou com rapidez e avançou, Kakashi


desviou de seus golpes e a segurando pelo braço a

77
jogou contra uma das árvores, girou seu corpo e a
prendeu

— Vamos, tem que conseguir se soltar, a menos


que queira sempre continuar amarrada. — Sussurrou
em seu ouvido, não conseguiria lutar, não contra ele.
Estava completamente afetada por causa dos sonhos.
— Pelo que parecia, gostou bastante.

Hinata usou o tronco para tomar impulso com as


pernas e se lançar para longe da árvore, Kakashi caiu
no chão e rolou para longe. Hinata sorriu e avançou
contra seu adversário no chão.

A tempos não sentia tanta adrenalina em seu


corpo, Se lançou rapidamente em uma corrida contra
Kakashi que ainda com as costas no chão gramado,
fechou seu punho e acertou o chão ao seu lado.
Kakashi arregalou os olhos e rolou para conseguir se
levantar.

— Talvez… — Respondeu, não deixaria que


ganhasse tão fácil, ainda mais trapaceando.

Hinata viu seus olhos negros mudarem, um


sorriso maldoso brotar debaixo da máscara, fazendo a
sombra se mover. Ele avançou e fingiu acertá-la,
segurando seu braço, puxou seu corpo para perto e a
derrubou no chão. Hinata ofegou com a aproximação,
seu corpo quente por cima do seu, trazia a mera
lembrança de sentir entrar em seu corpo.

78
— Tenho a leve impressão de que não quer se
soltar, Hinata. — Kakashi disse baixo e rouco, soltou
seu braço e apertou forte sua cintura. — Devo me
preocupar?

Não havia mais espaço para que o rubor tomasse


seu rosto e fugir de seu aperto não era uma alternativa.

— Talvez eu devesse me preocupar, —


Respondeu seu ataque. — Já que não tira os olhos do
meu corpo.

Ele desceu os olhos de seu rosto e deslizou pelo


seu corpo tão devagar como uma carícia. O calor tomou
conta de seu rosto, ele sorriu e subiu a mão por suas
costelas, passou o polegar pela lateral de seu seio e
sorriu.

— Talvez devesse mesmo se preocupar.— Falou


baixo e ergueu os olhos para encará-la. — Tenho
sentido muitas vontades.

— Kakashi…

Mesmo que quisesse e que sua timidez a forçasse


a virar o rosto em busca de controle, era impossível.
Seus olhos a prendiam no lugar, queria que puxasse
sua máscara e a beijasse. Kakashi desceu um pouco
mais o rosto, e colou a testa na dela.

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— Senpai! — Kakashi fechou os olhos e respirou
fundo, e com relutância se levantou soltando seu corpo.
— Virei pela manhã, consegue fazer a vigia de noite?

Kakashi assentiu e entrou para dentro da casa,


Hinata se sentou na grama, cansada e suada, mas
esperaria até que ele saísse de lá para que pudesse
tomar um banho.

Mas estava cansada e suada demais, seguiu para


onde ele havia ido, o vazio da casa a deixou
incomodada, talvez ele tivesse saído para fazer alguma
coisa. Pegou uma muda de roupas e seguiu para o
banheiro, daria um jeito em toda aquela poeira depois.
Tomou um banho rápido e soltou os cabelos, sua
cabeça doía levemente pelo aperto. Saiu do banheiro
enrolada na toalha macia que estava dentro do armário,
seguiu em direção ao quarto, se trocaria e depois faria
algo em relação a aquele lugar.

Jogou as roupas sobre a cama e pegou a sacola


que Kakashi havia dado a ela no outro dia, tentou não
pensar em como ele havia escolhido as peças íntimas,
seria apenas mais uma das coisas que a deixaria
constrangida em sua frente.

— Hinata, trouxe mais algumas roupas…

Não havia se trocado ainda, ele estava parado na


porta do quarto e não havia batido. Hinata engoliu em
seco e apertou o nó que segurava a toalha em seu
corpo. Eram os mesmos olhos negros que a devorava

80
em seus sonhos, o mesmo que tinha quando a mordeu,
quando afundou o rosto entre suas pernas e lhe deu um
prazer que jamais havia sentido.

— A… Achei que não estivesse…

Kakashi não respondeu, entrou no quarto e puxou


a porta fechando atrás de si. Deixou a sacola cair no
chão e seguiu em sua direção devagar, como um
predador. Hinata deu passos largos para trás, tentando
tomar o máximo de distância de seus olhos sedentos.
Mas a parede a barrou rápido, ofegou em busca de
alguma brecha para que pudesse fugir.
Kakashi prendeu seu corpo sem deixar
escapatória, travou as saídas colocando seus braços do
lado de seu corpo. Seu cheiro forte e amadeirado a fez
suspirar, mais do que deveria. Sentiu sua intimidade
implorar por ele.

— Não posso parar… — Disse enquanto puxava


a barra da máscara. — Os sonhos tem me deixado
louco, Hinata. E ver você assim…

Não havia o que dizer, ele puxou todo o tecido e


segurou seu queixo erguendo seu rosto em sua direção.
Era como nos flashes de seus sonhos, ou ainda mais
bonito. Ele avançou e tomou seus lábios, com
necessidade, invadiu sua boca sem pedir passagem.
Explorou os cantos sem pudor e massageou sua língua
devagar, Hinata arfou com o beijo macio e preciso.
Kakashi mordeu seu lábio inferior e quebrou o beijo,

81
Hinata já ofegava e o viu tocar a sua mão que segurava
com força o nó da toalha.

Ele a puxou e puxou o nó, deixou que a toalha


caísse em seus pés fazendo com que Hinata corasse
com força. Ele sorriu e desceu os olhos devagar, Hinata
queria fechar os olhos, mas não conseguia deixar de
acompanhar cada um de seus movimentos.

— É ainda melhor que nos sonhos..

Ele segurou seu corpo e o ergueu, Hinata se


prendeu em seu pescoço enquanto a levava para a
cama, se sentou e Hinata se ajeitou em seu colo, suas
mãos apertaram seu quadril com força, e voltou a tomar
seus lábios. Estava perdida, a textura de seus lábios
era a mesma que tinha sentido em seu sonho. Nua em
seu colo, enquanto ele permanecia vestido, não podia
conter a vergonha, mas deixou que deslizasse as mãos
pelo seu corpo desenfreadamente.

Era bom, afundou as mãos em seus cabelos


claros, Kakashi rosnou e girou deitando seu corpo na
cama. Segurou seus pulsos ao lado de sua cabeça e
atacou a curva de seu pescoço, Hinata gemeu, a
lembrança era a mesma. Kakashi respirou fundo e
desceu o ataque com a boca.

Soltou seus braços apenas para segurar seus


seios com firmeza, sugou um de seus mamilos para
dentro dos lábios e o mordiscou, Hinata não conseguia
pará-lo, queria que continuasse até o fim, sentir o

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quanto podia ser forte, como nos flashes de sua
cabeça.

Ele passou para o outro e fez o mesmo, sugou e


mordiscou com vontade, perderia a linha se ele
continuasse com seus ataques.

— Droga, Hinata. — Disse enquanto escorregava


a mão por sua barriga, deixando que deslizasse por
entre os lábios molhados de sua intimidade. — Não
faça isso comigo, não me deixe tocá-la assim. — Ele
fechou os olhos e fez os dedos afundarem em seu
interior. Hinata gemeu baixinho sem quebrar o contato
visual que ele fazia. — Eu sinto uma vontade imensa de
foder você tão forte como nos flashes dos meus
sonhos.
Hinata gemeu com a movimentação de seus
dedos, ele os retirou e se afastou.

—Droga… — Resmungou enquanto passava as


mãos pelos cabelos. —Não posso fazer isso com você,
deixarei você à vontade. Me perdoe, Hinata.

Hinata o viu sair do quarto e bater a porta, se


vestiu o mais rápido que conseguiu e se deixou cair
naquela cama. Estava confusa, e não sabia o que fazer
em relação a isso. Adormeceu tentando se recompor
dos ataques deliciosos que ele havia feito em seu
corpo.

[...]

83
O barulho dentro de seu quarto a fez pular, estava
escuro demais para que pudesse ver com a visão
normal.

— Está na hora de testar o controle verdadeiro de


Hatake. — A voz daquele homem…

Hinata tentou se levantar, mas mãos fortes a


seguraram e jogaram seu corpo contra a cama.
Furaram seu braço com rapidez e tudo voltou a apagar.

84
Capítulo 8
Queria desesperadamente ter seu corpo curvilíneo e
macio, fodê-la duro e implacável. Era como se o corpo
dela implorasse por ele, mas não podia ser assim,
queria que ao menos ela dissesse que o queria. Coisa
que seria difícil ouvir, já que depois de todos esses
anos Hinata ainda tinha sua forte timidez.

A deixou nua na cama, soltou seu corpo com


muito custo. Suas curvas quase o fez perder o controle,
vê-la somente de toalha foi um enorme gatilho. Era tão
linda como nos flashes que ainda invadiam sua mente,
e o som delicioso de seu gemido quase o fez perder a
razão. Mergulharia em seu corpo e faria questão de não
voltar, uma mulher completamente deliciosa.

Kurenai o mataria, faria picadinho de suas partes


se soubesse como desejava sua ex-aluna. Como queria
se afundar na carne macia e tão molhada de seu
interior.

Kakashi respirou fundo, passou pela porta de seu


apartamento com rapidez. Se não tivesse saído com
pressa da casa de seu pai, teria feito muito mais que
apenas tocar no corpo chamativo de Hinata.

Estava confuso demais para deixar que o tesão


ganhasse, saber que ela tem vivenciado os mesmos
sonhos e tão vívidos quanto os seus, era de certa forma
assustador.

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Jogou sua roupa suada dentro do cesto e entrou
debaixo da água fria, um banho era tudo o que teria
agora, e se não diminuísse a excitação que sentia,
voltaria para onde ela estava. Vestiu sua calça de
moletom e deixou a máscara de lado, daria essa noite a
ela, para que pudesse colocar os pensamentos no
lugar, como ele também faria.

Se jogou no sofá e fechou os olhos, talvez tivesse


algo a mais em toda essa história. Ter o mesmo sonho
que ela e acabar marcando seu corpo com uma das
mordidas que sonhou fazer, não tinha explicação. A
campainha tocou, e insistente, a pessoa impaciente
apertava o maldito botão com desespero.

— Já vai! — Não tinha sossego, e sabia que tudo


isso iria piorar quando se tornasse Hokage.

Abriu a porta com desânimo, estava cansado e a


pessoa que teve a coragem de bater em sua porta
naquele horário iria ter que ouvir seu sermão. Estava
preparado para xingar, mas seria impossível.

— Hinata? — Ela tinha os olhos fixos e os lábios


entreabertos.

Avançou para dentro de seu apartamento sem lhe


dizer qualquer coisa, empurrou a porta sem desviar o
olhar. Com um dos vestidos que havia levado para ela,
fazia uma curva acentuada em seu quadril. Um decote

86
que não era intencional, mas, tiraria o juízo de qualquer
homem.

Qualquer um seria tolo de resistir a tentação de


seu belo corpo, mas ela não estava em si. Seu rosto
tinha apenas um leve rubor enquanto permanecia
parada encostada em sua porta fechada.

— Hinata, o que veio fazer aqui? — Havia deixado


que ela tivesse seu tempo, os dois precisavam disso,
mas ela nada respondia, apenas deixava seus olhos
claros passearem pelo seu peito nu. — É perigoso sair
só, por favor, me diga alguma coisa.

Ela puxou as alças finas de seu vestido e as


deixou escorregarem por seus braços, Kakashi apenas
assistia sem conseguir se mexer. Hinata se desprendeu
do sutiã e liberou seus seios do tecido fino, Kakashi
engoliu em seco se ela estava tentando testar seu
autocontrole, estava conseguindo.

— Por que não me tomou, Kakashi?

Kakashi arregalou os olhos, não esperava que ela


tivesse coragem para dizer qualquer coisa de teor
sexual daquela maneira. Hinata puxou os cabelos para
o um lado de seu ombro e deixou seu colo com livre
acesso.

— Hinata, isso não é prudente, não me tente.

87
Ela não respondeu, deixou o restante de seu
vestido cair nos seus pés. Saiu do meio do tecido e
avançou devagar em sua direção, tentaria resistir a
qualquer custo, não podia ser baixo a esse ponto.
Tomar o corpo dela era o que mais estava desejando
naquele momento, mas ela parecia estar tão longe.

— Kakashi… — Ela tocou seu peito e deixou os


dedos passearem até o cós de sua calça. — Por
favor…

Não podia. Não deveria. Mas seu olhar era um


puro e forte desejo, vestida apenas pelo tecido que
tampava sua intimidade, ela deixou seus mamilos
tocarem em sua pele. Era um idiota e talvez fosse se
arrepender amargamente por isso, mas não era fácil
resistir. Kakashi a queria e ela estava disposta a se
entregar.

Kakashi empurrou seu corpo contra a porta e a


ergueu, Hinata abraçou sua cintura com as pernas e
afundou as mãos em seus cabelos. Mediu seu corpo
uma última vez, passeou os olhos devagar antes de
atacar sua boca macia. Apertou sua cintura e ela
ofegou desprendendo seus lábios, aproveitou a deixa e
desceu pela pele fina de seu pescoço.

Não tinha como explicar como ela conseguia


deixar seu juízo fora do ar, ela suspirava quando
mordiscava e sugava parte daquela pele fina,
intercalando entre os ataques deixando sua pele
deliciosamente marcada. A teria além de seus sonhos,

88
faria com que jamais esquecesse de como era bom
estar debaixo de seu corpo.

Escorregou as mãos por suas nádegas e a


carregou para o quarto, a deitou e subiu por cima de
seu corpo Kakashi tinha pressa e não deixaria que sua
consciência o barrasse dessa vez. Invadiu sua boca
como queria invadir sua intimidade, firme e forte, sem
piedade, fazer ela gemer seu nome em desespero e em
completo prazer. Hinata segurou com firmeza em seus
cabelos e gemeu quando mordeu a parte lateral de seu
seio, não tinha como resistir a ela.

Desceu fazendo uma linha reta com seus lábios,


deixando as marcas de seus dentes fazendo sua pele
tomar uma vermelhidão incrível. Queria descobrir se
seu gosto era tão doce quanto o restante de sua pele,
entrelaçou os dedos nas alças de sua calcinha fina e a
puxou. Hinata ofegou, Kakashi dobrou suas pernas e as
abriu. Talvez os flashes não fossem apenas meras
lembranças de um sonho.

O brilho de sua excitação cobria a fenda entre os


lábios de sua intimidade, deixando apenas parte de seu
clítoris à mostra. Passou todo o tempo que havia
retornado de sua missão imaginando como seria na
realidade. Atacou seu monte de nervos e Hinata gemeu,
esfregou e sugou devagar, deixou sua língua
escorregar para dentro de sua entrada.

Molhada e pronta para recebê-lo, tão doce.


Tomou tudo o que podia para si e voltou a dar atenção

89
para seu clítoris, suplicante, pulsava desesperado por
atenção. Ela choramingava e gemia enquanto
esfregava a língua em seu pequeno ponto de prazer.

Não demorou para que ela tremesse e gritasse


seu nome, entregue às suas carícias ainda tremia
quando subiu por seu corpo e mordeu sem aviso a
ponta de seu mamilo, seu corpo convulsionou e tremeu.
Kakashi sorriu perverso, seu corpo respondia a cada
mínimo toque seu. Liberou seu corpo da calça que
ainda atrapalhava sua vontade e se encaixou entre
suas pernas.

— Tão gostosa quanto no sonho, Hinata.

Ela fechou os olhos e gemeu, deixou seu membro


entrar em sua cavidade molhada, apertada e macia se
afundou firme, enquanto ela o abraçava com as pernas
e se apoiava em sua nuca. Kakashi prendeu seu corpo
como na clareira, e deixou o peso de seu corpo
trabalhar ao seu favor. Deixou seu membro entrar fundo
em seu corpo, Hinata gemia alto, entregue.

Apertou seu pulso e aumentou o ritmo, não


conseguia segurar a vontade louca de não deixar com
que se sentasse na manhã seguinte, queria fode-la com
força, desceu o rosto e deixou que se afundasse em
seu pescoço.

Ela gemia e arranhava suas costas, era deliciosa,


mordeu a base do seu pescoço forte demais. Pode
sentir o gosto doce brotar dali, foi como um estalo. Algo

90
rugiu em seu interior e a fez virar, colocou seu corpo
sobre os joelhos e estocou sem aviso. Hinata tremeu e
deixou seu peito cair sobre a cama.

Kakashi prendeu a mão nos fios de sua nuca e


apertou sua cintura, estocava com força enquanto ela
segurava firme nos lençóis da cama. Se debruçou
contra suas costas e a mordeu novamente, queria
marcá-la, fazê-la sua de uma forma inimaginável.
Rosnou com o pensamento e afundou os dedos na
carne macia de sua cintura.

— Kakashi!

— Não! — Saiu como um rosnado, não tinha mais


controle de suas ações, entrava forte em seu corpo sem
deixar que ela se mexesse. Mordeu o outro lado de seu
ombro e seu interior rugiu.

Sim, era disso o que precisava, Hinata se remexia


e gemia com seus ataques. Queria ver a marca em seu
corpo no dia seguinte, ver como os detalhes a deixavam
ainda mais deliciosamente sexy.

Puxou seus cabelos com força, e colou as as


costas dela em seu peito, segurou em seu seio com
força e estocou forte. Hinata deixou a cabeça pender
para trás e apoiou em seu ombro. Kakashi mordeu seu
pescoço e estocou mais forte.

— Não! — Ela gemeu enquanto tremia.

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— Sim! — Kakashi rosnou, Hinata gritou em
resposta enquanto gozava espremendo seu membro
com força.

Kakashi a seguiu, gozou fundo em seu interior,


sem deixar de se mover, sugou a ferida que tinha feito
em seu pescoço. Queria mais dela, mas não confiava
naquele desejo sujo. Deixou seu corpo cair na cama e
saiu do corpo quente dela.

Sabia que havia algo errado, mas não conseguiu


se conter, perdeu a luta. Deixou que seu tesão falasse
alto demais. Hinata respirava descompassada ao seu
lado, puxou seu corpo para perto, tentaria se conter e
não deixar que a vontade absurda de querer machucar
seu corpo suave ganhasse, não se perdoaria.

Ela adormeceu rápido, sem trocar qualquer


palavra. Talvez tivesse realmente sido melhor assim.
Conversaria com ela pela manhã, e tentaria entender o
motivo de ter se entregado daquela forma, crua e sem
pudor. Kakashi fechou os olhos, ao menos estaria perto
o suficiente para que não ficasse só naquela noite,
adormeceu com ela encaixada em seu peito.

Ela não queria acordar, talvez fosse pelo sonho


intenso que teve. Tudo parecia ter sido completamente
real, ainda podia sentir a força dos apertos e as
mordidas que ganhou. Jamais teria a coragem de seu

92
sonho, teria desmaiado antes que pudesse lhe dizer
qualquer coisa.

Estava acomodada num calor confortável e não


queria sair dali, não imaginava que aquela cama de
uma casa antiga poderia ser tão macia.

O aperto forte puxou seu corpo, Hinata abriu os


olhos em pânico. As janelas claras faziam a luz entrar
com facilidade, e tudo parecia novo demais. Não estava
na casa antiga. Engoliu em seco, os braços fortes a
puxaram ainda para mais perto. Não tinha coragem
para virar o rosto, respirou fundo enquanto tentava fazer
seu coração parar de martelar em seus ouvidos.

A cama se moveu e seus cabelos foram puxados


deixando seu pescoço exposto, a pele estava sensível
demais e a fez estremecer. Sentiu lábios macios
tocarem a pele dolorida e descer com uma trilha até a
ponta de seu ombro.

Não podia ser verdade, sabia muito bem que não


teria coragem de fazer o que imaginou. Respirou fundo
tentando conter o arrepio que aquela carícia fez em seu
corpo, junto com o calor que se instalou entre suas
pernas. Hinata apertou os olhos, talvez fosse apenas
mais um sonho — pensou. Mas ele ergueu a mão e
segurou seu queixo, puxou para o lado e traçou uma
linha com os lábios macios do canto de sua bochecha
quente até o canto de sua boca.

93
Só pode ser um sonho — Desejava que não, mas
não saberia lidar com esse tipo de situação. Ele pediu
passagem traçando a ponta da língua entre seus lábios,
Hinata suspirou e sentiu a boca dele sorrir em
resposta. Talvez eu esteja morta, e com sorte havia
parado no céu. — não era uma ideia ruim.

Era um beijo lento e profundo, não parecia nada


com os que teve na noite anterior. Sua mão deslizou de
seu pescoço e desceu até o vale de seus seios. Ela
suspirou e congelou, os dedos dele traçou pela pele fina
de seu seio arranhando levemente. Hinata ofegou,
sentiu sua pele arrepiar e sua pele nua.

Se levantou com rapidez, não podia ser possível.


Levou com seu corpo o lençol que os cobria, não
deveria ter feito isso, Kakashi estava inclinado de lado,
nu, a olhava com um misto de surpresa e confusão.
Hinata prendeu a respiração e virou de costas, se
enrolou como pode no lençol fino e o apertou forte.

— O que está fazendo, Hinata?

Não podia olhar para ele, não depois de ter fugido


de seu abraço daquela maneira. Respirou fundo
tentando controlar o calor em seu rosto e diminuir a
vermelhidão, não podia ter feito realmente aquilo na
noite anterior, praticamente implorou para que a
tomasse, para que tocasse em cada parte de seu corpo.

— Eu… o que eu estou fazendo aqui?

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Não era capaz de se virar, não tinha coragem
para olhar em seus olhos. Não se lembrava de ter
andado até ali, nem de como decidiu ir atrás dele.
Apenas de insistir que a tocasse.

— Hinata, você não se lembra do que fizemos


ontem?

Claro que se lembrava — resmungou para si


mesma, mas ela não era assim, tentou virar o rosto o
suficiente para que ele não visse a vermelhidão de suas
bochechas.

Não conseguia responder, ouviu a cama ranger e


logo sentiu ele se aproximar. Segurou firme em sua
cintura e virou seu corpo. Ele parecia confuso, seus
olhos esperavam uma resposta que não conseguiria
dar. Seu rosto esquentou novamente, e conseguia ver
o reflexo pelos seus olhos escuros.

— Hinata? — Ele insistiu, mas ela não conseguia.

Desviou o olhar na tentativa de conseguir formular


alguma frase coerente, que não lhe desse chance de
gaguejar. Respirou fundo algumas vezes e apertou o
lençol que cobria seu corpo.

— Não me lembro de como vim parar aqui, só do


que… — Sentiu Kakashi aumentar o aperto em sua
cintura, as palavras travaram e virou o rosto para olhar
em sua direção.

95
— Não a forcei a vir aqui, mas, foi impossível
resistir ao seu pedido. Não quis lhe causar nenhum mal.
— Ele disse segurando na ponta de seu queixo. — Mas,
seria mentira minha negar o quanto eu tenho desejado
isso. Tem certeza de que não se lembra de ter decidido
vir aqui? Parecia tão certa do que queria.

Pensar seria uma opção, tentar se lembrar do


grande branco que havia dado em sua mente.
Conseguia apenas lembrar da coragem que sentiu
sobre os olhos negros dele e como o queria, antes de
chegar ali, era apenas um completo e puro vazio em
sua mente.

— Não… — Mesmo que quisesse não conseguiria


mentir, presa com suas mãos firmes em sua cintura.
Quase não conseguia pensar. — Só me lembro de
quando já estava aqui.

Ele respirou fundo e puxou seu corpo até a ponta


da cama, sentou na beirada e fez se aproximar o
suficiente para que precisasse abaixar um pouco o
rosto para encará-lo.

— Podemos levar isso a Tsunade, creio que não


tem o costume de se comportar assim e desde que
voltamos isso tem mexido com as nossas vidas. —
Hinata balançou a cabeça em negação com rapidez,
conversar sobre isso já fazia com que perdesse as
palavras.

96
Ele sorriu com um certo divertimento, era sempre
assim, sua timidez arrancava sorrisos e era engraçado
demais para todos à sua volta. Hinata suspirou, jamais
conseguiria contar sobre esses sonhos reais e pior,
dizer que havia atacado o futuro Hokage na noite
anterior.

— Sinto muito, Kakashi… — O que diriam dela,


ou de sua atitude? Mesmo que não pertencesse mais a
Konoha, permanecia a mesma mulher recatada.

Ele riu, subiu a mão e segurou os fios negros de


sua nuca.

— Não me arrependo, Hinata. — Falou rouco


enquanto puxava seu rosto mais para perto. — Meu
desejo era fazer isso e muito mais na casa onde a
deixei, mas não queria te assustar.

Medo, desejo e uma vontade louca de correr,


estava perdida no olhar profundo que ele lhe dava,
mesmo que quisesse não conseguia desviar o olhar,
Kakashi puxou seu rosto um pouco mais perto e roçou
os lábios nos dela.

— Diga para mim que não quis o mesmo, e a


soltarei. — Ele respirou fundo e puxou seu lábio inferior
com os dentes.

— Eu… — Não podia negar, ele tinha tomado


cada pensamento e cada noite. O desejo por ele era tão
palpável que não conseguia dizer qualquer coisa .

97
— Me mande parar…

Kakashi ergueu seu corpo e a carregou para cima


de sua cômoda, puxou devagar o lençol que ainda
cobria seu corpo e a beijou com urgência. Sua língua
macia explorava cada canto sem pausa enquanto
deixava suas mãos percorrerem por sua pele exposta,
Hinata gemeu quando se encaixou entre suas pernas e
quebrou o beijo, atacou seu pescoço sem piedade.

Podia sentir seu membro roçar lentamente a


entrada de sua intimidade, sem conseguir conter o
enorme tesão que sentia o puxou ainda mais contra seu
corpo. Kakashi rosnou em seu pescoço e desceu seus
ataques traçando uma linha reta até seu mamilo
esquerdo, apertou sua cintura com força e o mordeu.
Hinata gemeu alto e apoiou as mãos na base de
madeira, arqueou as costas dando todo o acesso que
ele precisava.

Negar o desejo que sentia por ele, seria como


mentir para si mesma. Soltou uma das mãos e segurou
firme seus cabelos cinzas, ele sugou seu mamilo com
força em resposta. Hinata sentia seu corpo queimar,
precisava de mais, o queria ainda mais do que parecia
querer na noite anterior. Kakashi puxou seu corpo para
a beirada da cômoda e apertou com força suas
nádegas, cada toque que dava em seu corpo, fazia
ligação direta com o aperto que sentia no baixo ventre.

98
Não aguentava mais tanta tortura, seus mamilos
estavam doloridos e sua intimidade implorava por sua
investida forte.

— Kakashi…

Ele sorriu e desceu seus beijos sem enrolação,


fez suas pernas abrirem ainda mais para acomodar
seus ombros largos, passou o dedo traçando a fenda
que seguia molhada até sua entrada sem deixar de
olhar em seus olhos. Penetrou dois de seus dedos a
fazendo gemer necessitada, ela queria mais, muito mais
que seus dedos cruéis que a torturavam.

Kakashi puxou os dedos devagar e os levou a


boca, Hinata ofegou com a visão, sabia que havia
ficado vermelha enquanto o via sorrir e fechar os olhos
sugando o líquido que havia tirado de seu interior.
Talvez ele quem fosse o culpado de ter sonhos
maldosos, fazia um gesto parecer tão terrivelmente
erótico. Não houve tempo para pensar, ele tirou os
dedos de dentro da boca e mergulhou o rosto entre
suas pernas.

Hinata gemeu sem conseguir conter, era ainda


melhor do que nos malditos sonhos, sua língua
experiente esfregava e sugava seu clitóris com
maestria. Era demais, seu corpo tremia em resposta e o
incentivava a continuar, era um grande traidor, Kakashi
mordiscou o monte de nervos e seu corpo explodiu, não
suportou e deixou que o aperto em seu ventre a
derrubasse em um intenso prazer.

99
— Kakashi! — Um grito de alivio, seu corpo tremia
sem controle enquanto não parava de tortura-la. —
Céus, por favor…

Ele rosnou em sua intimidade mandando


pequenas vibrações para dentro de seu corpo, não
aguentaria, ele apertou a parte interna de suas coxas e
aumentou a sucção, Hinata tentou fechar as pernas,
mas seus ombros largos e suas mãos fortes a impedia
de conseguir. Deixou seu corpo cair para trás e apoiar
na parede atrás da cômoda. Era um prazer doído, seu
corpo tremia em resposta e não suportava a
intensidade, seu clitóris pulsava dolorido. Kakashi a
mordeu novamente e foi seu fim. Seu corpo
convulsionou e tremeu, gemeu seu nome alto enquanto
ele subia beijando e mordendo a pele sensível até
chegar à base de seu pescoço.

Estava mole, não conseguia pensar em sequer se


arrumar, Kakashi se ajeitou entre suas pernas e deixou
seu membro deslizar por seu interior sensível. Ele
segurou suas costas com firmeza e a ergueu, passou o
outro braço por baixo de sua coxa direita e a segurou,
exposta, sensível e completamente entregue. Ele colou
a testa na sua e estocou forte, Hinata gritou jogando a
cabeça para trás, Seu corpo não aguentava tantos
estímulos, ele desceu o rosto e sugou o canto próximo
a sua orelha, sabia que ficaria marcado já que puxava
forte a pele sensível.

100
— Sua timidez me faz perder a sanidade, Hinata.
— Ele disse rouco. — Goza para mim. — Disse e
mordeu o lóbulo de sua orelha.

Seu corpo arrepiou e apertou seu membro, ele


estocava forte, pensar era algo que desconhecia.
Kakashi gemeu rouco com o aperto e entrou com força
em sua intimidade. Hinata não suportou, seu corpo
tremeu novamente e o espremeu, gozou chamando seu
nome. Kakashi rosnou e cravou os dentes em seu
ombro, estocou ainda mais forte e a seguiu inundando
seu interior com força.

Era real, Kakashi a olhava cansado e com o rosto


suado, ele sorriu sacana e foi o fim, seu rosto
esquentou e ele ergueu seu corpo novamente. A deitou
e se jogou do seu lado, queria desesperadamente se
cobrir, passou os braços por cima dos seios e juntou as
pernas enquanto procurava o lençol que tinha em seu
corpo antes de ser tomada por ele.

— Nem pense nisso. — Kakashi falou alto e a


puxou para perto. — Se tentar se esconder de mim
novamente, farei questão de foder você ainda mais forte
que da última vez.

Hinata arregalou os olhos e escondeu o rosto em


seu peito, ele puxou sua perna e a fez se encaixar em
seu corpo. Era confortável e mesmo que não
conseguisse erguer o rosto, não queria estar em outro
lugar.

101
— Estamos ferrados. — Ele disse baixo, sabia
que falava da situação.

Ela respirou fundo e deitou novamente em seu


peito.

— Parece que sim.

102
Capítulo 9
Conseguiu que tudo saísse como planejado, o
soro foi testado com sucesso. Observou enquanto via a
princesa do Byakugan perder a consciência, seu
sangue puro reagia perfeitamente a nova leva de teste.
Seu corpo feminino já estava ligado ao de Hatake e isso
o deixava curioso, essa ligação deveria acontecer
apenas entre linhagem pura e quase direta com os
antepassados.

Ele suspirou, os boatos corriam rápido e se tudo


continuasse como o planejado, teria o controle da vila e
enfim conseguiria o que seu mestre mais desejava. Mas
para Hatake não foi o suficiente, teria que voltar ao
laboratório e aumentar a dose. Achou que finalmente o
monstro criado em sua mente sairia e a atacaria sem
piedade.

A sede de sangue iria fazer com que destruísse a


vila, sem esforço e sem sujar as mãos. Mas já tinha
boas notícias para entregar para seu mestre. Seu corpo
estremeceu ao se lembrar das suas ordens.

Passou a mão sobre os cabelos e respirou fundo,


finalmente o faria ficar satisfeito com seu árduo
trabalho.

“Ele passeava devagar em volta de seu corpo


enquanto estava nu e com os braços presos nas
costas, não estava tendo sucesso com as experiências,

103
as cobaias estavam morrendo antes que o soro fizesse
o efeito esperado.

Seu prazer em lhe causar dor era tão visível


quanto a cor pálida de sua pele, tentava parecer firme
enquanto ele o acertava com um dos seus chicotes
favoritos, o cabo segurava a fina vara levemente
flexível. Cada uma das vezes que o acertava sentia as
gotas de suor escorrer pelas feridas que havia feito em
suas costas.

Ele sorria perverso enquanto fazia novas marcas


descendo pelo seu peito, mordeu as próprias
bochechas tentando segurar a vontade de urrar pela
dor. Seu mestre abaixou em sua frente, vestia apenas a
parte inferior de suas roupas.

— Tenho dado a você muitas chances, e será a


última vez.

— Meu senhor…

— Silêncio!

— Só me dirigirá a palavra novamente quando


trouxer os resultados que preciso.

Não diria a ele o quanto gostava daquilo, seu


mestre o fez prender os olhos em seu rosto. Distraído e
tão burro, ele acertou seu membro com força. Se
segurou para não se contorcer de dor, sentia o gosto de

104
sangue em sua boca, havia cravado os dentes tão forte
que cortou a parte interna de suas bochechas.

De olhos fechados sentiu a mão dele segurar o


que tanto lhe doía, ele não costumava fazer isso.
Moveu a mão devagar e foi mais do que já sentiu em
toda a sua vida.

— Me traga resultados, ou você será a próxima


cobaia! — Ele o soltou e se levantou. — Agora abra a
boca.

Enrolou demais para abrir os olhos, ele sorria tão


perverso como da última vez, sabia o que ele queria.
Abriu a boca e deixou com que o rebaixasse e se
aproveitasse de seu momento de fraqueza.”

Jamais em toda a sua vida imaginou que deixaria


isso acontecer, ela dormia encaixada em seu corpo.
Kakashi não conseguiu voltar a dormir, ainda era cedo
quando tentou um contato com ela e quando percebeu
que estava diferente da noite anterior.

Seus cabelos compridos estavam espalhados


pelo seu peito e parte da cama, não poupou a vontade
de acariciar a curva fina de suas cintura. Não estava
conhecendo a si próprio, jamais sentiu tanto desejo em
alguém como sentia por ela. Queria fodê-la de novo,

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entrar forte em seu corpo e ver seu rosto corado
perdido em prazer.

Logo teriam que levantar, ou acabariam sendo


pegos por alguém conhecido. Não se envergonharia,
mas conhecendo o seu jeito doce e contido, acabaria
mergulhando no próprio rubor.

Passou os dedos devagar pela curva de seu seio,


não conseguia tirar as mãos de seu corpo, soltá-la
parecia uma tortura. Hinata se mexeu devagar e se
ajeitou, seu corpo estava tão quente que era difícil
controlar a própria vontade. A deitou na cama e
deslizou para fora, a água fria de um banho seria pouco
para tirar o desejo, mas ao menos o faria diminuir.

Se vestiu e voltou para o quarto, o corpo nu de


Hinata estava acomodado de um jeito que o fez pensar
seriamente em não deixá-la levantar dali tão cedo.
Salva por algum intrometido batendo em sua porta,
seguiu para a entrada. Sem dizer nada abriu a porta
rápido, queria voltar para a cama onde a bela mulher
ainda ressonava baixo.

— Kakashi-Senpai, Hinata desapareceu! Achei


que fosse ficar de vigia durante a noite! — Yamato
invadiu sua casa sem ao menos lhe dar a chance de
explicar. — Como pôde deixá-la sozinha? Godaime-
Sama irá nos matar. — Ele passou as mãos pelos
cabelos desesperado.

106
Kakashi manteve sua cara de tédio, não tinha
como esconder dele o que estava acontecendo, coçou
o queixo por cima de sua máscara e respirou fundo
antes de abrir a boca, Hinata saiu de seu quarto semi-
nua.

Vestida apenas de roupa íntima, parou no batente


da porta, seu rosto tomou a mesma cor da renda que
contornava seus seios, o vermelho vivo poderia
escorrer por suas bochechas. Ela correu para dentro e
fechou a porta com força, podia imaginar o nível de
constrangimento que ela sentia.

Kakashi levou o braço até a nuca, sem jeito,


talvez não precisaria explicar o motivo dela não estar na
casa de seu pai.

— Está sendo bem vigiada na verdade, Tenzou.

— Por Kami, Senpai! — Yamato não conseguiu


esconder o riso, passou a mão pelo cabelo e se jogou
no sofá. — Vai me explicar o que está acontecendo?

— Eu vou, mas não agora. — Kakashi respirou


fundo e se escorou do outro lado do sofá. — Não sei
como tudo isso aconteceu, e com a timidez dela, acho
melhor contar o que sei quando estivermos sozinhos.

— Por favor, — Ele se levantou, e seguiu em


direção a porta. — Senpai, precisam ir ao escritório da
Hokage, Ino parou de dar notícias. Se apresse.
Esperarei vocês no escritório dela, e faça ela soltar os

107
cabelos, as marcas que ela tem no pescoço dá para ver
a quilômetros de distância.

Kakashi assentiu sorrindo, gostava da sensação


de ter suas marcas nela, esperou que Yamato saísse
fechando a porta atrás de si. Baixou a máscara e seguiu
para o quarto, queria devorar o corpo daquela mulher,
se não tivessem que sair, faria isso. Hinata estava já
vestida e sentada em sua cama quando entrou, com o
rosto queimando em vermelho vivo fazendo as marcas
que deixou em seu pescoço e ombro completamente
expostas. Estava adorando a visão.

— Eu não sabia… — Viu ela torcer os dedos em


puro nervosismo, era encantadora. — Não queria ter
atrapalhado sua conversa, me desculpe.

Podia ser uma completa e intensa loucura, se


aproximou dela e se abaixou em sua frente. Cada parte
de seu ser implorava loucamente para que
permanecesse com as mãos em seu corpo, era tão
forte a sensação que não conseguia conter os impulsos.
Passou as mãos pela lateral de suas coxas, deixando
deslizarem por dentro da saia de seu vestido. Hinata
suspirou e sentiu os pelos de sua pele arrepiarem,
estava adorando ver o quanto seu corpo respondia aos
seus toques.

— Precisamos sair, — Engoliu em seco quando


viu ela respirar fundo e seus seios fartos subirem e
descerem demoradamente. — Por mais que eu queria
ficar e te deixar presa na minha cama, temos que ir.

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— Tsunade disse o que queria?

— Ino parou de dar notícias, simplesmente


desapareceu. — Ela mordeu o lábio inferior desviando o
olhar para o chão.

Kakashi sabia o que ela tinha pensando, não


precisava ter os poderes dos Yamanakas para decifrar
o incômodo de Hinata. Havia uma grande possibilidade
de Ino ter sido pega como ele, não duvidava disso, não
descartaria a ideia de que ela poderia estar passando
pela mesma coisa, entretanto, não haviam encontrado
com ela para ter a real certeza.

Shinkirō estava dando problemas demais e a


Hokage precisa dar um jeito nisso com urgência, os
seus ninjas estavam começando a sumir, e temia que
não voltasse, teve muita sorte. A preocupação no rosto
dela era notável, deixou os polegares acariciarem a
curva que sua coxa fazia para onde começava o
quadril.

Era estranha a necessidade de querer ter as


mãos em seu corpo constantemente, não era pelo
simples tesão que estavam compartilhando. Era uma
necessidade, queria deixar a mostra cada parte que
havia marcado em seu corpo, mesmo que a deixasse
terrivelmente vermelha.

Kakashi sentiu seu interior tremer, e a sensação


de que tinha algo errado voltou, se lembrava daquilo,

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puxou ela devagar e se levantou, seria prudente não
passar tanto tempo sozinho com ela, haviam coisas em
seu interior que ansiavam coisas terríveis com seu
corpo.

— Vamos, talvez Ino precise de ajuda.

— Tenho medo, e se…

Kakashi a puxou e encostou seu corpo contra a


parede, ela arregalou os olhos mas não o impediu de
segurar seu rosto com um pouco mais de rispidez.

— Não tire conclusões precipitadas, Hinata. — Ela


engoliu seco. — Sei no que pensou, temo por isso, mas
não podemos deixar esse medo passar pelos olhos de
Tsunade, ou está pronta para contar a ela sobre os
sonhos que temos compartilhado? — Ela sacudiu a
cabeça em negação, — Foi o que pensei, tente se
controlar, talvez possamos ir em busca dela e conseguir
mais algumas respostas.

Ela assentiu devagar e baixou os olhos, Kakashi


sentiu algo esquentar dentro de seu corpo, tê-la tão
frágil sobre seu domínio o fez trincar os dentes.
Adoraria fazer coisas a ela, de que se arrependeria
amargamente, coisas sujas e tão cruéis quanto o que
vivenciaram em alguns flashes.

Kakashi baixou o rosto e beijou o canto de sua


boca, ela suspirou e amoleceu o corpo. Seria seu fim se
ela desse a liberdade que desejava, seria um imenso

110
prazer vê-la se contorcer no limite por suas próprias
mãos.

[...]

— Não me faça ter que ir eu mesma em


Kusagakure! — Tsunade estava completamente
estressada, pelo jeito que as coisas iam, Shinkirō tem
abusado da sorte e tinha a possibilidade de Ino ter sido
realmente pega pela organização. — Ponham aquele
maldito lugar abaixo se for necessário!

Kakashi coçou a cabeça, na vez em que tentou


colher apenas informação acabou ficando inconsciente
por mais de uma semana. Hinata se mantinha
extremamente silenciosa ao seu lado enquanto
Tsunade berrava seu ódio aos sete ventos. Trouxe a
morena com o máximo de cuidado possível, respeitava
sua decisão de não querer ser vista, mesmo não
entendendo o motivo de querer ter ido embora da vila.

— Podemos ir atrás dela, Godaime. Apenas nos


dê a ordem. — Não tinha outra escapatória, se ela não
queria expor a missão para os outros ninjas, precisaria
mandá-los novamente. — Apenas mande Yamato
conosco, sei que será útil para essa missão.

— Kakashi, eu mandei que ele os trouxesse. —


Tsunade olhou confusa. — Era para ele ter aparecido
junto com vocês.

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Tenzou jamais faria algo do tipo, ainda mais se
tratando da Hokage. Ele não era de desaparecer, a
menos que tivesse acontecido algo.
— Droga, Tenzou.

— Ache-o, Kakashi. — Tsunade bradou enquanto


batia com força em cima de sua mesa. — Não podemos
lutar contra o que está acontecendo se nossos ninjas
começarem a desaparecer. — Ela desviou seus olhos
castanhos e fixou em Hinata. — Vá junto, preciso que
achem Yamato e depois procurem por Ino, deixarei a
saída de vocês liberada nos portões. Tenham cuidado,
estão dispensados.

Não podia ir contra as ordens de Tsunade, mas


não queria deixar que Hinata fosse junto, iria distraí-lo
além de temer que fossem pegos novamente. Tentou
ao máximo não puxá-la e arrastar seu corpo como se
tivesse algum direito sobre ele, mas seu interior e sua
cabeça o fazia acreditar que era assim, que ela era dele
de alguma forma.

Andou na frente em direção a saída e puxou as


mangas de sua camisa para cima, rasgou o dedo e uniu
suas mãos enquanto fazia seus selos.

— Kuchiyose no jutsu! — Não se surpreendia com


a cara de poucos amigos de Pakkun, mas não perderia
tempo procurando Tenzou, precisava arrumar suas
coisas e sair o mais rápido possível.

112
— Fala, Kakashi. — O cão tombou sua pequena
cabeça para o lado em direção a Hinata e ergueu uma
de suas sobrancelhas. — Hinata.

— Oi, Pakkun.

— Procure por Tenzou, estarei na antiga casa de


meu pai, creio que não esteja na vila. Mas preciso de
sua confirmação. — O cão acenou e partiu rápido.

Não queria esperar, seu corpo parecia estar em


alerta, tinha a grande impressão de que não era uma
coisa boa. Kakashi segurou no pulso dela sem se
importar com o que ela diria e a puxou, atravessou a
vila pelas vielas tomando cuidado para que não fossem
vistos e subiu em direção a casa onde ela deveria ter
passado a noite.

Entrou e deixou que ela fosse arrumar as próprias


coisas, pegou o necessário que mantinha guardado ali
naquela casa e esperou que ela voltasse do quarto. E
vestida com sua roupa de missão entrou na sala, se
sentiu um adolescente queria se comportar como um.
Kakashi puxou a máscara enquanto ela se aproximava,
ela sentou no sofá e segurou a bolsa com força.

Queria que ela ficasse na vila, a possibilidade de


que ela fosse tocada por aquele homem de novo como
nos seus sonhos o fazia trincar os dentes. A espera por
Pakkun parecia longa demais e sua vontade era de

113
segurar Hinata e não tirar suas mãos dela nem por um
segundo.

Não se conteve, agarrou seu braço com mais


força do que queria e a puxou para seu colo, ela soltou
um pequeno gritinho. Arrancou de suas mãos a bolsa
que ela mantinha presa forte entre seus dedos e a
jogou longe. Ela olhava assustada e Kakashi não
segurou o riso torto, gostava de seu jeito inocente e de
como não negava seus avanços mais brutos.

Segurou firme em sua cintura e a puxou ainda


mais para cima em seu colo, passou os dedos sobre as
marcas que havia deixado em seu pescoço, Hinata
tremeu fechando os olhos. Deixou a mão escorregar
passando por cima de sua blusa clara, aplicou pressão
enquanto descia pela curva de seu seio e o apertou. Ela
gemeu baixinho e mexeu o quadril levemente,
continuou o passeio examinando cada uma de suas
pequenas reações, Hinata era um poço de sensibilidade
e isso lhe dava um leque de provocações.

Soltou seu quadril e desceu as duas mãos


fazendo a curva de suas nádegas, apertou a carne
macia de sua bunda com as duas mãos e a fez sentar
em cima de sua ereção. Não esconderia dela as
reações que causava em seu corpo constantemente
desde que voltaram daquela missão, queria estar dentro
de seu corpo a todo momento. Ela suspirou com a força
que a apertou e mexeu o quadril em seu colo devagar,
enquanto fazia o apoio em seus ombros se esfregou
lentamente causando atrito delicioso.

114
Talvez não fosse tão tímida assim, Kakashi forçou
seu quadril ainda mais, aplicando a pressão que
desejava. Hinata gemeu baixinho e aumentou a fricção.
Gostosa — sua cabeça repetia diversas vezes, e não
era mentira, seu gosto doce era um divino vício. Ela
mesma avançou e roubou seus lábios, sua língua tímida
e macia explorou e experimentou cada canto de sua
boca. Então ela sugou sua língua, surpreso, Kakashi
gemeu rouco e estremeceu, imaginou coisas que ela
talvez teria vergonha demais de fazer, sentir o encaixe
de seus lábios macios e quentes descendo por seu
membro deveria ser a sua perdição, ter sua língua
macia deslizando e provando de seu corpo.

Hinata o faria enlouquecer, estava ciente disso.

Ela continuou sua pequena tortura, massageando


a ponta de sua lingua enquanto sugava o maximo que
podia. Kakashi sentiu um rosnado brotar do fundo da
garganta, a necessidade de ouvir seus gritos
desesperados pelo prazer que podia proporcionar a ela.

— Isso é novidade. — Maldito Pakkun, sua


cabeça gritou enquanto a mulher em seu colo
mergulhava em pura timidez, ela então mergulhou o
rosto em seu pescoço na tentativa de esconder da
própria vergonha. — Eu encorajaria que buscassem por
um quarto, mas talvez eu esteja errado no momento.

— E então Pakkun? — Não precisava que ele a


deixasse ainda mais perdida na própria vergonha.

115
— Não há nenhum sinal dele pela vila, o pouco
que senti começa na entrada dessa casa e acaba aqui
dentro.

— Muito bem, obrigado Pakkun.

Seu Ninken assentiu e sumiu em sua pequena


nuvem de fumaça, Hinata havia saído de seu colo e
sentiu falta do calor que ela lhe proporcionava com
aquele contato.

— Temos que ir, — Ela assentiu e se levantou,


em silêncio seguiu o caminho até a porta. Seria uma
viagem interessante.

116
Capítulo 10
O sol descia por entre a linha das copas das
árvores, o cheiro de mato era forte enquanto pulavam
em direção a Kusagakure. Não era uma viagem longa,
mas pelo horário em que saíram seria necessário
acamparem. Hinata tentou manter uma certa distância
do homem que tinha basicamente total controle sobre
suas reações, se não fosse por Pakkun estaria nua em
seu colo novamente.

Seria uma mentira de grau gigantesco dizer que


não queria, o jeito que Kakashi tocava seu corpo fazia
com que perdesse completamente o juízo — como se
ainda o tivesse.

A larga área gramada, lhes deu um lugar para


montar o acampamento, mesmo que a busca fosse
urgente precisavam estar em perfeitas condições.
Kakashi puxou a barraca e montou o restante das
peças, Hinata preferiu não mexer nesse tipo de coisa,
além, é claro, de que estava tentando manter uma certa
distância da incrível perdição que era o seu parceiro de
equipe.

Deixou o acampamento, desde que havia decidido


não fazer mais parte de Konoha não havia treinado
nenhuma de suas habilidades, e pedir que Kakashi a
ajudasse podia ser apenas um jeito dele fazer o mesmo
que na clareira atrás da casa de seu pai.

117
Deixou seus pertences com a certeza de que ele
ficaria para não deixar o local só, precisava ficar
sozinha e tentar pôr em ordem seus pensamentos.
Precisava se lembrar de como tudo aquilo estava
acontecendo e achar uma razão para toda essa história,
não era normal o que estava acontecendo e fingir que
estava tudo bem não era algo que costumava fazer.

Juntou os dedos na altura de seu nariz,


concentrou seu Chakra atrás dos olhos e respirou
fundo.

— Byakugan!

Varreu a área, precisava da certeza de que


permanecia sozinha. Concentrou uma maior parte do
seu Chakra e forçou seus olhos na direção do
acampamento, o fluxo roxo que fluía por dentro do
corpo de Kakashi a deixou confusa, já que normalmente
o Chakra fluía de forma azul. Era bonito, sentia de longe
a força que ele mantinha guardada e a confusão que
sua mente tentava resolver. Graças às noites
exaustivas de treinamento, havia desenvolvido esse tipo
de habilidade.

Preservando a privacidade de seu companheiro


de equipe e tendo a total certeza de que não havia
ninguém ao redor tentaria pôr em prática seus antigos
Jutsus, encontrou um riacho e suspirou contente.
Desativou seu Dōjutso, puxou o zíper de sua blusa e
deixou seu short cair por suas pernas depois de abrir o
botão que o mantinha em seu lugar. Seu treinamento

118
necessitava do contato direto com a água e o riacho
que havia encontrado com seu Byakugan serviria.

Desceu sobre a beira de pequenos pedregulhos,


firmou os pés na parte mais lisa e se concentrou
deixando seu Chakra fluir livremente por seu corpo. Era
como numa dança, Hinata se movimentava com
precisão e lentidão, sentia as ondas de Chakra circular
e ondular por seu corpo. As gotas de água subiam e
flutuavam com os movimentos suaves que seu corpo
fazia, de olhos fechados girou e ergueu os braços,
sentiu seus cabelos levantarem levemente pela força
que seu poder fazia. As ondas de seu Chakra brilhavam
e cintilavam fluindo para as gotas de água que
flutuavam ao seu redor.

— Byakugan! Shugohakke Rokujyuu Yonshou!

Sentiu a distância que ela havia colocado entre os


dois, passou a percorrer todo o caminho na frente, não
dando chance para que conseguisse se aproximar.
Kakashi montou o acampamento e deixou que ela se
afundasse entre as árvores do lugar, não podia forçá-la
a ficar, não era mais uma aluna, sequer morava na vila.
Lutou contra a vontade de ir atrás dela, seu corpo
ansiava tê-la por perto.

Algo que não estava conseguindo controlar desde


que voltou para Konoha, não era um homem

119
perseguidor e insistente, quanto mais excessivamente
possessivo. Por mais que gostasse da exclusividade de
uma mulher, não tinha o costume de forçar qualquer
tipo de relação. Mas então acordou no meio da floresta
em Kusagakure, depois de ter complexos sonhos
eróticos com a ex-aluna de sua colega de trabalho.

Culpado e completamente perdido, passou a mão


sobre o rosto, estava cansado e não tinha o que
pudesse fazer para que aquilo passasse, parecia que
seu interior a desejava cada vez mais. A escuridão
tomava já parte da floresta, deixou a fogueira acesa e
puxou para fora do corpo o colete e arrancou a bandana
de seus cabelos.

Não muito longe dali, sentiu uma grande onda de


Chakra. Não conseguiu definir de quem poderia ser, por
mais que estivesse forte as ondas confundiam seus
sentidos. Deixou o acampamento com a certeza de que
o local estava salvo além daquele ponto em específico
dentre as árvores, a desconfiança e o certo medo de
que pudessem estar perto, fez Kakashi se aproximar
lentamente de onde vinha as fortes ondas. Ocultou seu
Chakra e se esgueirou entre os arbustos de onde vinha
o som de água.

Estagnado, ficou observando enquanto a cena à


sua frente acontecia como um espetáculo.

O cintilar arroxeado tomava quase um tom


rosado, a cor fluía entre as pequenas gotas de água
que flutuavam em volta de seu corpo completamente

120
nu, Kakashi deixou seu corpo erguer e se apoiar na
árvore ao seu lado, observando em silêncio. Hinata se
movimentava sobre a água lenta do riacho, em sua
dança quase erótica entre as gotas claras da água, via
a mulher que ninguém jamais viu, forte e completa, se
entregava a sua dança com o dissipar de seu forte
Chakra. Uma linda Kunoichi. Podia jurar para si mesmo
que via seu coração brilhar junto com as ondas que
tremulavam e eram lançadas para as pontas de seus
dedos finos. O som da água corrente era quase uma
música, via ela se mover sem esforço e mover a água
como se ela pertencesse a aquele elemento.

Não deveria estar ali, mas era algo que jamais


havia visto em toda a sua vida, temeu ser encontrado
espiando, entretanto, era muito mais que um show.
Hinata se dava a aquelas ondas e a água se moldava
sem esforço, passavam por parte de seu corpo
formando finas cordas de água e se torciam quase
tocando sua pele macia.

Não se conformava com a própria reação,


impossibilitado de se mover pelo desejo de continuar
observando a bela mulher que a pequena Hyuuga havia
se tornado. Então ela girou nas pontas dos pés, seu
corpo rodopiou com graciosidade, as gotas viraram
finas agulhas e ela se posicionou em posição de
ataque. Esticou a palma e lançou as agulhas em
direção ao outro lado do riacho, girou novamente e
repetiu a ação, o grito alto ecoou fazendo ela se
preparar para um novo ataque.

121
— Naruto seu idiota!

Kakashi liberou o próprio Chakra, Hinata girou em


sua direção e lançou as agulhas. Não a culpava pelo
ataque, com a troca de passos girou o corpo e rodou
para o lado, desviando de quase todas, mas seu braço
foi perfurado e mesmo assim correu para onde ela
estava ignorando a dor.

— Kakashi! — Ela gritou assustada, mas sem lhe


dizer nada arrancou a própria camisa e jogou contra
seu corpo. — Eu o machuquei, me perdoe.

— Vista-se, Hinata. — Sentia ódio, se pôs na


frente de seu corpo enquanto ela vestia o tecido fino de
sua camisa de mangas.

Sentiu o forte Chakra de Naruto do outro lado, e


se não estava enganado, conseguia ouvir a voz
esganiçada de Sakura berrando. Puxou o pulso de
Hinata e a arrastou para atrás da pedra onde ela havia
deixado parte de suas roupas e avançou em seguida
para o outro lado do riacho.

Com as pernas e os braços perfurados, o loiro


gemia de dor, enquanto Sakura tentava fazê-lo parar de
rolar para curar as feridas que haviam se formado.
Achava pouco, Kakashi segurou o próprio braço na
tentativa de conter o sangramento que começou a fluir
do pequeno furo.

122
— Mas que diabos vocês estão fazendo aqui? —
Bradou para os dois que se mantinham no chão, sua
vontade era de estapear aquele moleque até que
criasse algum juízo em sua grande cabeça oca.

— Desculpe-nos, Kakashi-Sensei. Não sabíamos


que estavam por aqui, descobrimos sobre o
desaparecimento de Ino e não podia deixar minha
amiga correndo perigo. — Os olhos verdes de Sakura
brilhavam com o reflexo de seu ninjutsu médico, Naruto
se contorcia enquanto continuava com os olhos em
direção onde havia deixado Hinata. — E esse idiota
veio como bagagem.

— Me perdoe, Naruto-Kun. Não sabia que eram


você e Sakura. — Kakashi sentiu seu sangue ferver,
fechou os olhos com força e respirou fundo. Seu corpo
tremeu ao ouvir Hinata chamá-lo assim depois de tanto
tempo.

— Não se preocupe, Hinata. ESSE IDIOTA DEVIA


TER FICADO NO ACAMPAMENTO. — Berrou
enquanto acertava a cabeça do loiro. — Mas sentimos o
fluxo forte de Chakra, como não sabiamos definir de
quem era, acabamos nos escondendo.

Hinata vestia sua camisa e podia ver a barra curta


de seu short, conseguia ver a curva de seu corpo e a
falta de sutiã. Naruto mesmo rolando e gemendo de dor
a encarava descaradamente, mal pescava em seus
lamúrios. Não conseguiu continuar ali, puxou Hinata
pelo braço e atravessou o riacho.

123
— Peguem suas coisas e voltem para a vila, antes
que eu os faça voltar em pedaços dentro de
pergaminhos.

— Mas… — Ouviu Naruto resmungar.

— AGORA! — Bradou enquanto juntava as coisas


que Hinata havia deixado na margem do outro lado.

Continuou o caminho sem soltar o pulso dela, ela


não reclamou, seguiu o mesmo caminho que havia
feito. Jogou as coisas dela dentro da barraca e a
arrastou para o outro lado, deixou que ela conseguisse
alcançar seus passos e a jogou contra um tronco
afastado do acampamento, ela arfou em resposta e
segurou firme no casco da árvore.

Não tinha o que dizer a ela, a raiva consumia


cada poro de seu ser. O rosnado de dentro de seu
corpo ansiava para que mostrasse a ela a quem seu
corpo pertencia, queria marcá-la com investidas
profundas e fortes. Colou seus corpos e invadiu os
lábios dela com urgência, Kakashi precisava descontar
a maldita raiva que sentia. Naruto tinha o mesmo olhar
encantado que sabia que também tinha quando a viu. E
não podia deixar a possibilidade dela pensar em
responder qualquer investida que ele tentasse.

Explorou e travou uma guerra contra a língua


macia dela, Hinata prendeu as mãos em seus cabelos e
devolveu a urgência, podia sentir seu corpo arrepiar

124
com os apertos fortes que deixava em cada canto que
podia de sua pele. Deslizou as mãos para dentro de sua
camisa escura que a fez vestir e deixou suas unhas
arranharem o caminho que fazia por dentro do tecido.

Hinata suspirava, e ofegava quando parava para


aplicar força quando a apertava, encaixou o joelho entre
suas coxas roliças para prendê-la no lugar e sentiu o
calor úmido que saia de sua intimidade. Era para ser
completamente dele, não tinha outra resposta para essa
necessidade absurda, a raiva que sentia por não
conseguir se controlar era desesperadora,ainda mais
por desejar tanto algo que não era seu.

— Kakashi! — Ela choramingou quando deixou as


mãos subirem livres e apertarem seus mamilos
empinados, torceu e os puxou, Hinata gemeu e Kakashi
rosnou em resposta, tombou a cabeça para o lado
deixando seus dentes arranharem a pele sensível e já
marcada de seu pescoço. — Por Kami!

Kakashi rosnou e mordeu a pele fina, passou a


lingua traçando o caminho até o lóbulo de sua orelha,
desceu as mãos deixando as pontas dos dedos
arrepiarem sua barriga e afundou os dedos na carne
macia da cintura fina. Kakashi se abaixou, levantou a
camisa fina depois de soltar os dedos dali deixando as
marcas de suas unhas curtas, passou a língua em cada
pequeno machucado que havia feito em sua pele e seu
corpo estremeceu. Marcaria Hinata de todos os jeitos
imagináveis.

125
Podia certamente se chamar de louco, sentia o
gosto das pequenas gotas de sangue que brotavam de
onde havia perfurado. Passou a língua contornando
cada uma delas e subiu deixando mordidas por onde
passava, enquanto Hinata gemia alto. Seus olhos claros
estavam tão selvagens quanto a raiva que ele mesmo
sentia, foi ousada, puxou seu braço contra o rosto e fez
o mesmo que ele. Contornou o pequeno furo que sua
agulha de água havia feito.

Kakashi rosnou alto e a ergueu, foderia seu corpo


com tanta força que ela nunca mais pensaria em dançar
deliciosamente nua no meio da floresta.

— Kakashi-Sensei! — Seu monstro quase uivou


de raiva, soltou Hinata no chão e se afastou, tiraria para
longe do pescoço a cabeça de alguém. — Por favor,
nos deixe ir junto. — A primeira seria Sakura.

— Qual é Sensei! — Em seguida seria o


Jinchuuriki.

126
Capítulo 11
Ele estava louco e cada célula de seu corpo
reagiu aos seus avanços, Kakashi a surpreendeu e ela
mesma não se conteve quando ele se tornou selvagem.
Provou do líquido que ele tanto tirava dos pequenos
machucados que fazia em seu corpo. Ele perdeu o
controle e avançou com força contra seu corpo, Hinata
não conseguia pensar, queria apenas que ele se
afundasse com força dentro de seu corpo.

— Kakashi-Sensei! — Ouviu a voz de Sakura vir


do fundo, onde haviam montado o acampamento. —
Por favor, nos deixe ir junto.

— Qual é Sensei!

Kakashi soltou seu corpo com grande relutância,


ela não queria que a soltasse. Tomou para dentro de
seu pulmão alguns goles de ar, não podia aparecer na
frente deles completamente perdida em puro desejo,
seria vergonhoso demais , ainda mais sendo o Sensei
deles.

Envergonhada pelas próprias atitudes, torceu os


dedos e respirou fundo uma dezena de vezes. Kakashi
havia entrado ainda mais fundo dentre as árvores, não
podia deixar que percebessem a terrível e louca
sensação que estavam experimentando naquele
momento.

127
Tomou um pouco de coragem e abraçou o próprio
corpo na tentativa de esconder a excitação que seus
seios mostravam, já bastava a vergonha que havia
passado sendo pega nua. Passou pelas árvores e
andou devagar em direção ao brilho da fogueira, eles
estavam parados ao lado da barraca. Apertou os braços
contra os seios e continuou andando.

— Hinata, onde ele foi?

Entre todas as perguntas que poderiam fazer, —


Hinata respirou fundo, não havia explicação para a cena
que ele havia feito no riacho. Estava louco e
completamente fora de si, jamais o viu perdido com
tanta raiva. Respirou fundo e olhou em direção aos
olhos verdes de Sakura.

— Ele está preocupado com Capitão Yamato e


com Ino, — Sou definitivamente uma péssima
mentirosa, acusou a si mesma, Sakura olhava
desconfiada para ela.

Hinata desviou os olhos tentando manter a voz


firme o suficiente e continuou. — Está preocupado e
não quer que vocês sumam também. — Sim, uma
péssima mentirosa.

— Hinata, não precisa mentir para nós dois. —


Naruto chamou sua atenção tocando levemente em seu
braço. O sangue que havia em sua roupa já havia
parado de escorrer e ele parecia estar completamente

128
bem. — Se fosse dessa forma, ele também não a
deixaria vir.

— Não faço parte da vila mais, Naruto-Kun, estou


aqui apenas pela falta de Shinobis de Dōjutsos
oculares, também não deveria ter vindo.

Seu toque demorou demais em seu ombro, um


tanto desconfortável e confusa encarou os olhos azuis
dele.

— Solte-a Naruto. — A voz forte de Kakashi fez


seu corpo estremecer, ainda sentia arder em êxtase as
marcas dos apertos que havia deixado em seu corpo.
— Pare de ser idiota, esta deixando ela desconfortavel.

Naruto soltou seu ombro com uma certa lentidão,


Hinata respirou fundo em resposta e se afastou um
pouco tentando colocar a cabeça no lugar.

— Sensei, por favor, não quero voltar para a vila


sem Ino, — Viu Kakashi passar as mãos sobre o rosto,
ele não parecia bem, seus olhos não passavam o tédio
costumeiro.

— Sensei, sabe que podemos ajudar, qual é. Já


faz tempo que não saímos em missão.

Hinata respirou fundo, não ia se intrometer em


toda essa situação, além de estar se sentindo
completamente exposta. Seguiu para dentro da barraca,

129
o mais rápido que pôde, vestiu a peça íntima que
faltava.

— Tsunade sabe da saída de vocês?

Hinata saiu e se sentou ao lado do fogo, ao


menos com a companhia dos dois, ficaria difícil para
que caísse nas mãos fortes de Kakashi. Suspirou um
tanto aliviada, por poder respirar. Mas seus olhos
viravam constantemente em sua direção, enquanto
brigava com Naruto que insistia em ir junto ele
querendo ou não.

— Muito bem, se me der dor de cabeça…

— Não somos mais crianças, Sensei. — Sakura


resmungou chateada.

— Então provem, não estou com paciência pra


cuidar e reparar os erros de vocês.

Realmente nada em Konoha mudava, muito


menos em seus habitantes, não demorou para que
montassem mais uma barraca e que Naruto se jogasse
dentro de uma delas roncando alto demais.

Seu sono não vinha, deitada ao lado de Sakura, o


medo de se perder em seus sonhos era grande demais.
Seria difícil se concentrar na missão se isso acabasse
acontecendo ali. Kakashi decidiu passar a noite de
vigia, sabia que ele também podia sentir algo do tipo,
ainda mais agora que a tensão entre os dois estava

130
completamente alta. Quase não podia olhar em sua
direção, seu corpo respondia ao seu olhar e se
entregava sem rodeios quando o cheiro amadeirado de
seu perfume tomava suas narinas.

Tentou focar na vergonha que passou, Talvez


Naruto tenha a visto nua no riacho e não entendia como
Kakashi chegou tão rápido ali. Claro que sabe, não seja
idiota — A acusação de sua mente tinha razão, mas
sentia vergonha demais de perguntar isso a ele.

Saiu da barraca, não aguentava mais tentar


dormir e não conseguir pelo medo. Kakashi não estava
próximo a onde haviam acampado, então prendeu os
cabelos enquanto estava só, já que as marcas que ele
havia deixado em seu pescoço eram recentes e tão
evidentes. Não poderia andar de cabelos presos
enquanto a roxidão não se dissipasse. Passou os dedos
por cima das marcas e sentiu seu corpo arrepiar em
resposta.

— Eu gosto de vê-las em você.

Dessa vez não se assustou, ele tinha a voz macia


e permaneceu afastado. Kakashi estava escorado no
tronco atrás do acampamento. Não tinha o que
responder, gostava do modo que foram feitas e de
como sua pele ardia em resposta. Mas quando tudo
isso acabasse e a missão fosse concluída, o que iria
acontecer? Hinata já sofreu por anos até se tocar que
os seus sentimentos não eram recíprocos e que depois
de todo esse tempo que passou se recuperando, ele a

131
olhou diferente. Ela puxou o ar com força e deixou os
dedos descerem até a base de seu ombro, onde tinha
uma mordida recém feita. Ouviu Kakashi rosnar, era um
som terrivelmente excitante, mas logo tudo aquilo
acabaria e o desejo que ele estava sentindo também,
Não queria voltar a Nozomu destruída de novo.
— Não deveríamos deixar isso acontecer
novamente. — Não conseguia olhar em sua direção,
sabia que se olhasse perderia qualquer poder de fala,
ele tinha um grande poder que percorria pelo seu corpo.

— Tentarei não marcar sua pele da próxima vez.


— Os passos dele trituravam os pequenos galhos e
folhas secas enquanto se aproximava, dormir era difícil,
mas, ficar perto dele era muito mais. — Terei mais
cuidado.

Hinata ofegou tentando conter o calor que sentia


se espalhar pelo seu corpo, Kakashi havia entendido o
que queria dizer, mas mexia com sua mente. Era uma
grande tortura.

— Por favor, eu… Sabe o que quero dizer,


quando a missão acabar voltarei para minha vila. Não
podemos deixar isso se repetir.

Se recusava a olhar em sua direção, seus dedos


torcendo em seu colo eram tão mais fáceis de encarar
que seus olhos negros e profundos. Ele não se
aproximou, permaneceu parado onde estava. Hinata
tinha certeza que ele não havia gostado do que ouviu,

132
já que sua respiração havia ficado tão pesada quanto o
ar ao redor.

Talvez, para que tudo permanecesse como antes,


seria prudente se afastarem e assim tentar evitar as
noites que eram induzidos ao mesmo sonho. Hinata
tinha medo de tudo aquilo, e fingir que estava tudo bem
e apenas aceitar aquela situação era assustador.

Kakashi avançou em sua direção, o silêncio era


algo tão forte entre os dois. Seu corpo não aceitava sua
decisão e implorava para que a tocasse, mesmo que
minimamente. Ele segurou firmemente em seu pulso e
a puxou, se deixou ser levada para dentro da floresta de
árvores grossas que fechavam o campo de visão do
acampamento. Kakashi puxou a bandana da testa e
enfiou no bolso, abaixou sua máscara e parou atrás de
uma das árvores onde empurrou seu corpo devagar até
que tivesse as costas presas no tronco.

Ergueu seu queixo com os dedos, Hinata


permaneceu tentando desviar o olhar já que não podia
controlar o rubor de seu rosto. Kakashi parecia
examinar cada simples pedaço de seu pequeno rosto, e
antes que pudesse pedir para voltar ele selou os lábios
dele nos dela. Negar aquele beijo era definitivamente
uma opção, mas seu corpo não queria e ansiava por
cada um dos toques que ele podia lhe dar.

Poderia negar a passagem que sua língua pedia


enquanto suas mãos seguravam com firmeza sua
cintura, fazendo seus corpos colarem. Mas queria estar

133
ali, deixou que Kakashi invadisse seus lábios e a
puxasse ainda mais contra seu corpo, permitiu que
massageasse sua língua e matasse a vontade insana
que tinha de estar perto dele.

Se perdeu enquanto ele deixava o braço esquerdo


dar a volta em sua cintura enquanto a outra mão subia
em direção aos seus cabelos, Kakashi enganchou os
dedos no laço que os mantinha presos e puxou. Seus
cabelos caíram sobre os ombros como uma pesada
cortina, ele afundou os dedos com lentidão e segurou
firme nos fios grossos.

Hinata não conteve o suspiro e deixou as mãos se


afundarem em seus fios acinzentados, Kakashi quebrou
o beijo e deixou suas testas colarem.

— Ainda sente algo por Naruto?

Ela soltou o ar pesadamente, passou anos


tentando superar o amor não correspondido, quase
perdeu a vida por ele. Ainda sentia algo, mas não fazia
diferença em sua vida. Hinata ergueu o rosto, mesmo
perdida em extrema vergonha e se esforçou para não
quebrar o contato visual que ele tentava.

— Amei ele desde a minha infância, dei minha


vida por ele. — Kakashi uniu as sobrancelhas. — Não o
amo mais, mas ainda tenho algum sentimento. É algo
que já não faz tanta diferença.

134
Kakashi puxou seu queixo novamente e depositou
um beijo lento no canto de sua boca.

— Acha mesmo que isso vai passar depois que


essa missão acabar? — Ele voltou a traçar uma linha
de beijos do outro lado de sua bochecha até o canto
dos seus lábios. — Isso não vai acontecer, se depender
de mim. — Kakashi soltou sua cintura e segurou seu
rosto com ambas as mãos impedindo que ela pudesse
desviar o olhar. — Olha, eu não sei o que realmente
está acontecendo e nem o real motivo. Mas não existe
uma pequena chance de que você sinta que há algo
além disso? Sei muito bem os efeitos que os sonhos
tem causado, mas seu corpo não nega e você se
entrega. Me diga, Hinata. Não tem uma pequena parte
de você que acredita em algo além do que estamos
passando?

Ela não era assim, não tinha as respostas certas.


Não sabia o que sentir, o medo de que tudo fosse
jogado rio abaixo depois que conseguissem terminar
essa missão, era devastador. Confiar na sombra de um
sentimento era um erro, se deixar levar era um outro
tremendo erro. Mas seus olhos negros passavam tanta
verdade, sem máscara e a mercê para que visse todos
os sentimentos que passavam por seu rosto.

Hinata respirou fundo, podia ser algo irreal. Um


sonho compartilhado seguido de um prazer insano e
inevitável. Estava perdida nos olhos profundos e
negros, com a sensação das suas mãos sem as

135
costumeiras luvas. Tão quentes e de certa forma
conhecidas.

O tempo que passou fora da vila foi uma


preparação para não se perder, deixou tudo o que
amava mesmo sofrendo por seu esforço não
reconhecido, por um amor não correspondido, por ser
fraca ou só por ter o coração grande demais.

Houve um tempo em que pensou em voltar, logo


após se envolver com um dos moradores. Foi quando
percebeu que não precisava sofrer pelo amor que
nunca teve e quando notou que não precisava de
ninguém além de si mesma. Aquele lugar que era tão
afastado e pouco conhecido, virou seu lar, e estar ali
com alguém que jamais pensou em ter qualquer tipo de
contato, lhe fazia ter tanto medo.

Tinha medo de se envolver, depois de todo esse


tempo. Medo de voltar a amar demais e se perder
novamente, não descartava a ideia de que era apenas
uma criança na época mas doeu demais para deixar de
sentir da mesma forma.

Kakashi esperava uma resposta e Hinata não


sabia o que responder, como poderia? Não havia
sequer dado tempo para que se conhecessem, ou para
que conseguisse discernir o que realmente sentia com
toda aquela confusão. Ele passou o polegar por cima de
seus lábios lentamente, uma carícia que a fez fechar os
olhos. Havia perdurado demais o tempo, se ele
perdesse o que estava sentindo depois que a missão

136
acabasse, então, o perderia também? Afinal, os dois
estavam envolvidos nessa loucura.

— Kakashi… eu… — Ele não a interrompeu,


Hinata puxou algumas vezes o ar devagar. — Eu
realmente não sei o que sentir, é confuso demais.

Ele subiu um pouco mais os dedos e deixou os


dedos acariciarem sua bochecha.

— Hinata, vamos descobrir isso juntos.

Ele avançou, mas não podia continuar assim. Seu


corpo queria traí-la e fazê-la aceitar qualquer coisa que
ele quisesse, mas precisava de tempo. Ela o empurrou
devagar, sabia que ele não iria forçá-la a ficar.

— Me dê um tempo, foram anos para juntar meus


pedaços. — Não era mentira, queria ter algo sério um
dia e que fosse amada verdadeiramente, o que poderia
vir de algo assim? — Não nos conhecemos de verdade,
e é difícil para mim sequer falar sobre isso. Por favor,
entenda.

— Não sou um garoto, Hinata. — Kakashi olhou


sério, enquanto empurrava os fios negros de seus
cabelos para trás. — Jamais te magoaria de propósito,
estou tão confuso quanto você. Desejar alguém nessa
proporção é caótico para mim, mas não negaria jamais
o que sinto. Não falo sobre meus sentimentos, ainda
mais depois de perder todas as pessoas que amei um
dia. Me deixe ao menos mostrar quem sou de verdade,

137
e me deixe conhecer a mulher que se tornou nesses
dez anos.

Hinata sentia seu coração bater nos ouvidos, por


mais que não fizesse de propósito, se esquecia que ele
não era qualquer um. Mas não podia deixar seu
coração em jogo, não depois de todos esses anos.
Seus olhos imploravam por uma resposta e queria jogar
tudo para o ar e se entregar sem se importar onde isso
iria dar.

— Kakashi, eu… — Ele avançou e voltou a


encostar suas costas naquela árvore, tomou seus lábios
com certa necessidade. Viciaria em seu beijo macio, no
gosto incrível de sua boca e nos movimentos
experientes de sua língua.

— Não me negue a tentativa, Hinata. — Disse


após quebrar o beijo. — Prometo manter o controle, por
mais que a deseje desesperadamente, não deixarei que
eu me perca em você. Deixe-me ao menos tentar,
quero descobrir o que seu coração deseja.

— Me dê até o fim dessa missão, me deixe tentar


colocar minha cabeça no lugar. — Respirou fundo,
engoliu o nó que formou em sua garganta e falou de
uma vez. — Não quer dizer que não o deseje. —
Respirou fundo e segurou o ar. — Mas preciso discernir
o que é desejo e o que é sentimento.

— Me deixará ficar por perto?

138
— Se prometer não interferir em minhas
escolhas…

Kakashi mordeu o lábio inferior e respirou fundo,


avançou uma última vez e selou seus lábios
demoradamente.

— Feito.

139
Capítulo 12
Era notável a diferença, ela era uma mulher
completa. Por mais que se perdesse no rio vermelho da
própria timidez, podia ver claramente a diferença entre
as outras. Não tirava sua razão, passou anos amando
alguém e que no fim não tomou qualquer atitude sobre.

Kakashi seguia um pouco atrás da mulher que


vinha roubando seus sonhos e agora seus
pensamentos, depois de aceitar seus termos voltaram
ao acampamento e com sorte, seu antigo time
permanecia dormindo. Arrumaram tudo rápido e
seguiram em direção à Kusagakure, o Shinobi pretendia
encontrar Ino e Yamato o mais rápido possível. Temia
que acabassem na mesma situação que está.

A chegada na ponte Tenchi não demorou,


esperava apenas que Naruto não entregassem sua
posição ou que Sakura berrasse por algum motivo
idiota. A intenção era entrar, achar os dois e sair. Sem
chamar a atenção e sem causar danos a vila, mas
Kakashi duvidava seriamente se os dois seriam
capazes de cumprir uma simples ordem de silêncio.

Sabia que estava tratando os dois como se


fossem crianças ainda, entretanto, eles pediam por isso.
Antes de se prepararem para atravessar a ponte, ouviu
Sakura berrar com o loiro uma dezena de vezes
enquanto ele fazia bico e retrucava. Mas, o que
realmente lhe preocupava era o silêncio dela. Via

140
constantemente os olhos curiosos de Naruto percorrer
pela mulher que corria na frente, precisava achar
aqueles dois urgentemente.

Atravessaram a ponte e seguiram em direção a ao


castelo. O sol estava no topo do céu, a manhã estava
quase acabando. Seguiram para a parte alta do
desfiladeiro, enquanto Hinata varria a área com seus
olhos perolados em busca de algo que pudesse ajudar
na busca, dividiu as duplas para que não se perdessem
e que não fossem pegos também.

— Sakura e Hinata, sigam pela parte sul, você


vem comigo Naruto.

Elas assentiram e Naruto resmungou.

— Não é melhor ter um homem indo com elas


caso precisassem serem salvas?

Sakura estapeou a cabeça do loiro e Kakashi


revirou os olhos.

— Não consegue salvar a si mesmo, Naruto. E


acha que precisamos sermos salvas? — Sakura o
acertou novamente enquanto Hinata apenas observava
em silêncio.

— Ao contrário de você, elas são inteligentes.


Agora vamos, quero acabar logo com isso. — Não pode
segurar a vontade de olhar na direção dela, Hinata

141
corou com o comentário direcionado a ela e o fez sorrir
contido. — Nos encontramos aqui, vão!

Ao contrário da última vez, seguiu para próximo


do desfiladeiro. Percorreu a área alta e foi por cima dos
altos cogumelos, o medo de encontrá-los da mesma
forma aumentava. Deu a volta pelas copas das árvores
e desceu próximo de onde foram encontrados por
Yamato. Naruto percorria a parte baixa da floresta, e
tentava vez ou outra achar algo que lhe dessem
algumas pistas.

Kakashi respirou fundo, tentou diversas vezes


entender o motivo de não conseguir se lembrar ainda
de muita coisa, não lembrava de ter conseguido ver o
rosto do homem que estava sempre de olhos nele e que
lhe aplicava algo no braço. Era confuso, as imagens se
embaralhavam na sua mente. Pulou para baixo e girou
nos calcanhares, Kakashi deu a volta e saltou pela
parte mais curta do desfiladeiro.

Seguiu para a parte traseira do castelo, não havia


nada, teria que invocar Pakkun para que os ajudassem.
Pulou sobre o muro e deu a volta por cima, a visão não
era tão aberta, mas dava ao menos um pouco do que
precisava.

— Kakashi-Sensei!

Kakashi girou o corpo e desceu do muro, Naruto


gritava do meio escuro de dentro da floresta de
cogumelos. Correu e saltou novamente em direção a

142
floresta alta em direção da voz, sacou a kunai e ergueu
o corpo. Subiu com rapidez pelo caule e se apoiou na
ponta.

Os dois corpos estavam estirados no chão, como


se estivessem sido colocados propositalmente naquele
local. Kakashi viu a linha fina que saia debaixo dos
corpos e se estendiam até a base de um outro
cogumelo.

— Naruto!

O loiro puxou Ino para o colo e virou o rosto, a


linha se esticou e puxou uma sequência de papéis
bombas, a base grossa do cogumelo que explodiu e
tombou para cima dos corpos desacordados. Naruto
pulou para fora do alcance com Ino nos braços, Kakashi
saltou e puxou Yamato para fora da linha onde o caule
bateria. Sua perna esquerda ficou presa, o corpo de
Yamato rolou e parou próximo de onde Naruto estava.

— Kakashi-Sensei, não se mexa! Irei atrás das


meninas!

Não precisava concordar e não houve tempo,


Naruto pulou e correu por cima das bases dos
cogumelos. O caule extenso pesava e prensava sua
perna esquerda, o peso do daquele fungo gigante era
grande, Kakashi apertou firme a barra da camisa e se
ergueu tentando empurrar o máximo que conseguia.
Sem sucesso, soltou a base e deixou seu corpo cair na
terra úmida.

143
— Kakashi! — Hinata pulou o caule e se abaixou
do seu lado.

— Não se mexa. — Sakura se apoiou ao lado de


sua perna presa e apertou o punho pegando o máximo
de impulso. — Shannaro!

O impacto do forte soco fez o caule despedaçar,


empurrou ainda mais seu tornozelo para baixo, o grito
não foi contido e Kakashi gemeu alto. Os pedaços
voaram acertando com força a base de outros
cogumelos, os caules atingidos desabariam. Hinata
apoiou o braço atrás de suas costas e o ajudou a se
erguer, Naruto pegou Yamato e saltou junto com
Sakura que levava Ino nos ombros para dentro das
árvores em direção ao acampamento. Kakashi pegou
impulso com a perna boa e pulou com a ajuda de
Hinata.

Finalmente.

Passaram como conseguiram por entre as


árvores, sua perna queimava e sabia que seu tornozelo
havia quebrado. Hinata o deitou próximo a barraca e
sua perna queimou, Naruto deixou Yamato ao lado de
Ino e Sakura se aproximou.

— Não se mexa, deixe que eu cuido disso. — O


fluxo verde de Chakra fluiu rápido por suas mãos, ela se
abaixou e segurou firme na panturrilha e no calcanhar.
— Se prepare, vai doer.

144
Não houve tempo, Sakura puxou e esticou o seu
tornozelo. A dor subiu queimando e logo cessou. Ela
intensificou o fluxo e pousou a mão na parte superior,
Hinata estava do seu lado ainda e sem pensar acabou
segurando sua mão. Naruto estava em pé ao lado dos
corpos desacordados e encarava sem piscar para a
morena.

— Não está cem por cento, mas conseguirá


chegar em casa. Na próxima parada irei verificar como
seu tornozelo está.

— Obrigado, Sakura.

Ela assentiu e correu para perto de Ino, Naruto


sacudiu a cabeça e se abaixou perto de onde ela
estava, talvez não precisaria socá-lo para que deixasse
Hinata em paz, — pensou um tanto aliviado. A dor
diminuiu e se ergueu, Hinata apoiou o braço debaixo de
suas costas e o ajudou a levantar. Caminhou até a eles
e se sentou ao lado de Yamato, Sakura passava seu
ninjutsu por cima dos corpos enquanto ainda estavam
inconscientes.

— Estão apenas com feridas leves, irão ficar bem.

— Tenzou! — Sacudiu o ombro do portador do


Mokuton.

Ele resmungou e gemeu, Sakura conseguiu fazer


com que Ino se movesse também.

145
— Mas que droga aconteceu?
Merda! — sua cabeça gritou, tinha algo muito
errado acontecendo e não conseguia entender o
motivo. Yamato parecia confuso e os olhos azuis de Ino
buscavam algo que não conseguia encontrar. Ajudou
Yamato a se levantar e puxou discretamente a parte de
trás de sua camisa, Hinata juntou as mãos rápido para
tapar a boca, ela havia percebido. Kakashi respirou
fundo e olhou para seus olhos perolados, o misto de
medo e confusão eram imensos enquanto olhava para
as marcas retas e finas que faziam feridas
consideravelmente fundas. Mas que porra! — Kakashi
se ergueu sozinho, e passou as mãos nos cabelos
puxando a bandana para fora.

— O que estou fazendo aqui? Eu estava em


Iwagakure. — Ino olhava para algum ponto específico
sem piscar.

— Não sabemos, viemos atrás de você porque


havia parado de mandar os relatórios para Godaime. —
Respondeu rápido, enrolar só iria deixar com que
ficassem mais confusos. — Yamato, para onde você foi
depois que saiu de meu apartamento?

Ele olhou confuso, abaixou o rosto e puxou a


parte metálica que o contornava, respirou fundo
algumas vezes e engoliu seco depois de olhar para
Hinata.

146
— Lembro-me apenas de ter saído de seu
apartamento, depois disso é um grande branco.

Hinata abraçou o próprio corpo e se deixou cair


sentada, Sakura passou os olhos pelos dois que haviam
acabado de acordar e respirou fundo.

— Mas que droga está acontecendo.

— Vocês não se lembram de nada mesmo? — Os


dois negaram com a cabeça, Naruto arregalou os olhos
e coçou a cabeça.

— Kakashi, aconteceu de novo. — Hinata disse


baixo, quase como um sussurro.

Sabia que era uma grande enrascada, Kakashi


seguiu para a barraca e a desmontou. Naruto ajudou a
selar os pertences dentro de um pergaminho e se
aproximou de Hinata.

— Temos que ir. — Ela acenou e ajudou eles a se


levantarem.

Não podia ser, seu coração batia em seus


ouvidos, algo estava completamente errado e não sabia
o que fazer. A única pessoa que poderia ajudá-los com
as confusões de sua mente havia sido pega da mesma
forma, o medo era algo que tomava conta de todos os

147
seus poros. Kakashi entendeu o que quis dizer,
precisavam sair de Kusagakure o mais rápido possível.
Algo estava acontecendo e Hinata temia que fosse algo
muito grande.

Naruto deu apoio para ele e seguiram em direção


a Konoha, por mais que quisesse voltar
desesperadamente para casa, entendia a gravidade da
situação. Se fosse apenas uma organização comum
eles apenas matariam ou os venderiam, mas eles
devolviam os Shinobis, o medo de estar carregando
algo perigoso dentro de seu ser era imenso. Dessa vez
seguiu o grupo um pouco mais atrás, deixou que
fizessem o caminho e apenas os seguiu.

Viu a tensão e as rápidas trocas de olhares que


estavam se instalando entre o Capitão e Ino, passou
por isso quando acordou e tem passado por isso ainda.
Kakashi virava o rosto constantemente para trás,
provavelmente apenas para ter certeza de que não
havia fugido novamente.

Sinceramente, não teve tempo de pensar nos


próprios sentimentos, e ele estava esperando que
fizesse isso. Queria estar com ele, queria permanecer
perto e continuar sentindo o quanto ele a queria. Mas
pelo que parecia, a missão não havia acabado, Ino e
Yamato haviam sido pegos da mesma forma que eles.
Se lembrava de ter ouvido rumores em sua vila dos
comerciantes que tinham o costume de passar por
Konoha, Ino estava casada com Sai, e não podia
imaginar o que ela estava sentindo naquele momento.

148
Não se lembrar do que passou nos últimos dias e
ter uma enorme atração e desejo pela pessoa que
acordou ao seu lado no meio do nada.

Claro que poderiam não sentir nada e que tudo


aquilo que estava passando com Kakashi eram apenas
uma grande ilusão de sua cabeça, mas, sentia a
tensão. Era pesada, e mesmo que tentassem não
conseguiam deixar de se encararem hora ou outra.

— Naruto, obrigado mas pode me soltar. Seguirei


sozinho daqui.

Hinata seguiu e passou pelo seu lado, Kakashi


segurou seu pulso antes que pudesse passar para o
próximo tronco e sentiu os olhos azuis de Naruto
queimarem sua pele.

— Sensei…

— Vá! — Naruto a encarou por mais de um


momento enquanto sentia Kakashi apertar seu pulso
um pouco mais forte, então o loiro pulou sem muita
vontade e continuou o caminho atrás de Sakura.

Kakashi se levantou e seguiu pelo o outro lado,


dando a volta pelo caminho que o restante da equipe
estava fazendo. Pulou para o alto e se sentou na parte
larga do tronco, ele então puxou seu corpo e a fez se
sentar de frente para ele. Hinata respirou fundo, ficar

149
sozinha com ele era uma tortura. Ele abaixou a
máscara e exalou o ar com força.
— Acha que eles passaram pelo mesmo?

Hinata deixou que ele a fizesse se aproximar,


enquanto pensava em responder ele puxou suas pernas
e as fez descansar sobre as coxas dele. Era um contato
tão íntimo e simples, respirou fundo para não perder
controle e desmaiar além de corar violentamente.
Kakashi puxou seu quadril e o ergueu, não teve escolha
a não ser apoiar em seu ombro e se aconchegar em
seu colo.

Era perto demais, sentia sua respiração tocar seu


rosto. Queria poder tocá-lo, sem que parecesse ousada
demais. Acariciar sua pele e o sentir perto, mas ainda
não tinha certeza do que poderia sentir, não queria se
enganar e sofrer com tudo aquilo.

— Acho que sim, você notou a tensão? Tenho


medo que isso seja algo grande demais e que não
possamos fazer parar.

Kakashi descansava as mãos em sua coxa e


acariciava levemente com o polegar, pensar em algo
além daquele carinho que ele fazia era impossível.
Seus olhos negros a fitavam em busca de algo.

— Kakashi… eu…

— Não, deixe-me falar primeiro. — Ele a cortou


fazendo com que suspirasse. — Não vou forçá-la a ficar

150
comigo, mas preciso que entenda o quanto estou
sentindo. Não quero tirar minhas mãos de você e não é
apenas pelo desejo insano que sinto. Por mais que eu
queira rasgar suas roupas e foder você
incansavelmente, quero muito mais poder te tocar e
saber que quer o mesmo. Vou acabar enlouquecendo
por sua causa e desde que acordamos no meio da
floresta tenho a grande necessidade de saber que sou
eu quem a deixa marcada, que faz seu corpo tremer e
que te deixa corada violentamente.

Ele era intenso, forte e terrivelmente sexy. Sentiu


seu rosto tomar a cor carmesim ao ouvir que era ela
quem o deixava dessa forma, fazia seu coração pular
desenfreado, tinha medo de se apegar a ele e depois
tudo isso não se passar de uma mera ilusão.

— Kakashi e se tudo for apenas coisas das


nossas cabeças? — Ele sorriu ladino e subiu a carícia
para seu rosto.

— Que seja, aproveita comigo essa ilusão. Para


de pensar no amanhã e em como tudo vai ser. Não
aguento mais um segundo sem poder tocar em você e
saber que sente o mesmo.

Dane-se! — Seu autocontrole gritou, sofreu anos


a fio por alguém que sequer lhe deu uma chance de
mostrar como podia fazê-lo feliz, e Kakashi estava ali
firme e lhe pedindo para tentar. Sentia algo por ele, mas
com toda a bagunça de sua cabeça não sabia a
proporção desse sentimento.

151
— Ainda não sei o que sinto, Kakashi. Não posso
simplesmente prometer algo que não poderei cumprir.

— Descobre comigo, — Disse se aproximando e


depositou beijos lentos em seus lábios. — Também
estou confuso, mas não consigo me manter longe.

Seus ataques não a deixavam pensar, era


gostoso e não queria que parasse. Kakashi desceu a
mão e puxou o parte do zíper de sua blusa, apenas o
suficiente para deixar seu colo e o pescoço à mostra.
Dobrou a gola para baixo e sorriu enquanto traçava um
caminho com beijos castos até a base de seu pescoço
marcado.

— Fica comigo, Hinata. — Insistiu com um


sussurro, passou o rosto fazendo uma trilha até o outro
lado, onde passou a língua devagar nos pontos que
havia marcado com seus dentes e sugou a pele
sensível. — Me deixa mostrar que não sou como os
outros.

Kakashi apertou sua cintura e voltou a subir os


beijos, parou na linha da mandíbula e arrastou os
dentes até a ponta do queixo dela. Hinata arfou com a
carícia e pendeu a cabeça para trás, suspirou com seu
riso incrivelmente sexy e jogou o controle para os ares.

— Kakashi… eu… sim...

152
Ele afundou as mãos nos fios negros de sua nuca
e a fez endireitar a cabeça, sorriu e atacou seus labios
com volúpia.

— Toda minha. — Falou entre o beijo.

153
Capítulo 13
Ino
Sua missão era ajudar Iwagakure coletando
informações de alguns Shinobis capturados, era uma
missão simples e completamente fácil — pelo menos
para ela.

Não precisava que a escoltassem, então


percorreu todo o caminho sozinha. Deixou Sai com
suas missões e partiu sem demora, não passou pela
sua cabeça que acampar em Kusagakure lhe traria
tantos problemas.

Acordou com Sakura balançando seu corpo com


força, no meio da floresta com quase toda a equipe
sete. Estava se sentindo completamente dolorida, e
com a estranha sensação de que algo estava errado.

Passou todo o caminho de volta pensando em


como poderia ter acontecido, havia saído para fazer
uma simples missão e ao acordar descobriu que estava
desaparecida a dias. Seu corpo estremecia com a ideia
de que algo muito ruim havia acontecido e seu cérebro
bloqueou cada uma das memórias para se proteger.
Porra! — Gritou consigo mesma. Não admitia ter suas
memórias bloqueadas, era treinada para isso, uma
Yamanaka. Não deixaria que isso continuasse.

154
Tudo ficou ainda mais confuso quando viu Capitão
Yamato do seu lado, chegou a imaginar por um
momento que ele estava apenas acompanhando o
restante da equipe, mas a sensação estranha de que
estava com ele fez seu corpo arrepiar. Respirou fundo
enquanto corria para o próximo lugar onde iriam
acampar antes de chegar a Konoha.

Yamato fez uma cabana e não conseguiu esperar


que entrassem, passou com rapidez e invadiu um dos
cômodos que ele havia criado. Não deixaria barato,
respirou fundo tentando controlar a raiva, sentou no
chão e cruzou as pernas. Vou descobrir quem foi o
desgraçado que apagou a minha mente e o mandarei
para o inferno, vai se arrepender por ter mexido com
uma Yamanaka. — Bufou enquanto se concentrava.

Ino respirou fundo e acumulou o máximo que


conseguia de Chakra, apertou os punhos e juntou uma
parte considerável nas mãos, posicionou os dedos nas
têmporas e sem se importar com quem estava dentro
da casa, liberou o Chakra.

O suor escorria por sua testa, não conseguia


encontrar nada além de um grande buraco
completamente escuro. Uma lacuna entre o momento
em que foi dormir e quando acordou com Sakura. O
ódio consumia seus nervos, queria quebrar cada um
que ousasse chegar perto de seu corpo.

155
Dissipou o Chakra e passou as mãos sobre os
cabelos, passou os dedos pela extensão da cabeça na
tentativa de acalmar um pouco o excesso de raiva.

— Ino? — Conhecia a voz esganiçada de Sakura


de longe, mas não estava com paciência para aturar as
perguntas daquela testa de marquise.

— Agora não, Sakura. Não consigo desbloquear a


minha própria mente e vou acabar matando o primeiro
que me irritar.

Ouviu ela suspirar e manter uma distância


considerável de onde estava, de costas para a porta
ouviu ela passar as unhas pelo batente da porta.

— Não se esforce, acabou de acordar. — Mesmo


sabendo que estava certa, não havia dado tempo para
que seu cérebro descansasse, não conseguia aceitar
que não conseguia se desbloquear. — Deixe sua
cabeça descansar, logo vai conseguir.

Ao contrário do que pensou, Sakura saiu, Ino


respirou aliviada por não precisar ter que responder
nada. A noite já havia caído a algumas horas, e seu
corpo ainda sentia os efeitos do que até então, tinha
acontecido. Se levantou do chão de madeira e partiu
para fora, a fogueira chamuscava alto e em silêncio o
grupo comia, serviu-se de algo, ajudaria a ter mais
força.

156
Não tinha um músculo de seu corpo que
conseguia se acalmar, decidiu não alertar ninguém
sobre sua falha tentativa e seguiu para dentro
novamente. se ajeitou em um dos futons que deixaram
na parte larga da cabana e o puxou para dentro do
cômodo onde tentou se concentrar, talvez dormir traria
alguma lembrança de volta.

Idiotice a minha! — passou algumas horas


tentando pegar no maldito sono, Ino sabia muito bem
que não conseguiria dormir até que alguns flashes
começaram e a sensação estranha em seu corpo. Ino
se jogou para fora do futon e correu para fora em busca
de ar. Se lembrava de mãos firmes subindo pelo seu
corpo e de como estava gostando da sensação.

Respirou fundo várias vezes enquanto as imagens


se repetiam na sua cabeça, os olhos castanhos
embebidos em desejo e logo depois em completo
prazer. Seu corpo recebendo estímulos fortes e
constantes, o rosto dele entre suas pernas. Só pode ser
brincadeira! — Sua mente gritou quando reconheceu o
rosto naquela memória. Com certeza só foi um sonho.
— Repetia para si mesma enquanto se deixava entrar
ainda mais dentro da floresta.

Nem fodendo! — Ino se encostou em uma das


pedras enquanto via o rosto de Yamato perdido com os
olhos fechados entre suas pernas, a sensação que
aquilo lhe trazia era de puro desejo e sua mente a
acusou. Droga! Não pode ser verdade! Mas que por…
— Sua mente travou quando o barulho alto de galhos

157
sendo triturados chegaram aos seus ouvidos. Não pode
ser.

Seu corpo tremeu e podia jurar que sua alma


havia saído de seu corpo, a sensação terrível de que
havia feito algo contra a pessoa que amava era cruel.
Como explicaria a Sai quando retornasse? Ou como
conseguiria olhor em seus doces olhos negros? A culpa
pelo que seu sonho havia projetado era devastadora,
jamais em sua vida pensou em fazer tal coisa.

E o desejo sujo que seu corpo sentia pelo homem


que se aproximava, era tão intenso que chegou a
duvidar de sua própria sanidade, era uma mulher
controlada e dona de si, não precisava de ninguém
mais que seu marido para lhe dar qualquer tipo de
prazer. Se sentia suja, um sentimento cru e cheio de
pensamentos maldosos. Desejar aquele homem que foi
o capitão de seu time, e que de certa forma o ajudou a
ter mais sentimentos — além dos companheiros de
equipe.

Não havia jeito de suportar o peso da traição,


mesmo que não houvesse realmente acontecido nada
entre eles, havia um insano desejo carnal. Se lembrava
da sensação de suas mãos e de como sua língua se
movia em volta do monte de nervos entre suas pernas.
Era sujo, e havia se perdido antes mesmo de cair nas
mãos quentes e grandes de Yamato. — Sua idiota! Mas
que porra!

158

Yamato
Depois de tudo o que havia presenciado com
Kakashi, acordou da mesma forma. Completamente
confuso e terrivelmente dolorido, tinha a mesma
sensação que Kakashi havia descrito “atropelado por
mil gennins”. Mesmo sem força alguma e a quantidade
de Chakra baixo, forçou como podia e montou algo que
pudessem passar a noite, claro que a estrutura não
havia chegado aos pés do que podia fazer mas serviria
para passar a noite.

Mas além das dores e sensação estranha de ter


sido fortemente amarrado e preso, não conseguia parar
de olhar em direção a Ino. Não era comum, jamais
pensou em olhar para uma ex-aluna assim um dia, mas
não conseguia controlar. Olhar na sua direção trazia um
gosto suave e completamente viciante em sua boca,
jurava que jamais sentiu algo igual.

Podia entender a revolta que ela sentia, o ódio de


não conseguir entender o que havia acontecido e
principalmente para ela, não conseguir controlar e abrir
a própria mente. Yamato desviou o olhar diversas vezes
no caminho, se sentia terrivelmente culpado, era um
sentimento terrível.
Observou mesmo que distante todos os
movimentos raivosos e descontrolados da loira, e
depois que todos conseguiram pegar no sono ouviu

159
seus passos desesperados para fora da cabana. Talvez
fosse errado segui-la, mas, sabia que como ele, Ino
também precisava de algo para se apoiar.

Então, ver seus olhos azuis repletos de medo e


uma culpa terrível, lembrou deles. Como se fechavam
perdidos em alguma culpa e um brilho louco, e
sensação de sua pele nas pontas de seus dedos.
Sentiu vergonha de si mesmo, como podia desejar
aquela mulher enquanto ela estava perdida daquela
forma.

A seguiu mesmo sabendo que não deveria e


podia ver como ela estava mal, alguns flashes invadiam
sua mente enquanto se aproximava, até que cambaleou
quando se lembrou do som que saía de sua garganta,
um gemido de completo prazer, a sensação de sentir o
calor úmido de seu interior. Eu devo estar perdendo o
juízo.

Ino olhou em sua direção, com medo, culpa,


revolta e um brilho que fazia algo rosnar em seu interior.
Seu corpo se moveu sozinho e seguiu para onde ela
estava, não era o mesmo, queria segurá-la com força e
beijar seus lábios.

— Diga para mim que não está tendo flashes e


visões comigo, por favor. — Yamato parou por um
instante seu avanço, como poderia?
Sentiu seu rosto esquentar, ela tinha o poder de
entrar na mente das pessoas mesmo que não
diretamente. E saber que ela estava de certa forma

160
sabendo sobre o sonho vivido que teve era um tanto
constrangedor.

— Ino, você também? — Não podia dizer nada


além disso.

— Por favor, Capitão… Eu não posso ter feito


realmente isso…

Via a culpa em seus olhos azuis e por mais que


quisesse não podia dar nada a ela além de conforto.
Não entendia o que estava acontecendo e como podia
sentir essa atração forte por ela. Tudo o que queria
realmente era erguer seu corpo esbelto e arrancar cada
uma das peças de roupa que ela vestia, e descobrir se
tudo o que sonhou era verdade. Se tinha um delicioso
e doce gosto entre suas pernas, talvez estivesse
enlouquecendo.

— Eu não sei o que está acontecendo, Ino. —


Não podia mentir para ela, algo dentro de seu corpo o
impedia. — Mas você também sente isso?

Viu ela engolir em seco e abraçar o próprio corpo,


seus olhos brilharam de forma ousada e entreabriu os
lábios. Ino era uma loira completamente bonita, e
mesmo que não estivesse se sentindo completamente
louco, notaria isso.

— Eu não posso sentir isso, é completamente


errado… O que aconteceu conosco?

161
Também não tinha resposta para isso, Yamato
passou a mão pelos cabelos castanhos tentando se
controlar, sua vontade era de agarrar o corpo de Ino e
se perder em seus olhos.

— Eu não faço a mínima ideia, Ino, acredite.

Yamato voltou a se aproximar, ela não mandou


que ele fosse embora, apenas ficou olhando enquanto
ele fazia o trajeto devagar. Ino tinha culpa nos olhos e
ainda assim podia ver aquele mesmo brilho, um brilho
de desejo, e não podia controlar. Avançou e segurou
firme em sua cintura fina, Ino ofegou e apoiou a mão
em seus braços. O contato era certo, a pele nua de sua
cintura era macia, e o cheiro de sua pele fazia ele
lembrar de seu corpo completamente nu, preso esticado
sobre a fria mesa de ferro.

— Yamato…

— Me peça para parar, Ino, Por favor…

Ela não respondeu e também não fez menção de


que iria, Yamato empurrou seu corpo contra a pedra fria
e ela gemeu fechando os olhos com força. Tinha algo
dentro de seu corpo que o fazia querer rasgar sua
roupa, e ele não costumava ser assim. Beijaria cada
parte do corpo bonito dela só para ouvir cada um de
seus suspiros — num dia comum.

Roubou seus lábios e não precisou pedir


passagem, ela invadiu a boca dele e prendeu as mãos

162
nos curtos fios castanhos. Yamato deixou as mãos
subirem pela pele macia de sua cintura, seu corpo
arrepiou e a sentiu estremecer.

Era difícil conter o desejo, e sentir que ela


passava pela mesma coisa. Por mais que o sentimento
de estar fazendo errado, sua consciência o acusava
desesperadamente. Seu marido era da mesma equipe
que Yamato, não queria ferir os sentimentos dele, não
fazia muito tempo que Sai havia aprendido a sentir.
Queria parar mas seu corpo se movia sozinho. Jamais
sentiu algo tão forte e carnal por alguém, queria devorar
cada parte de seu corpo.

Virou Ino de frente para a pedra e apertou seu


corpo contra o dela, o frio fez com que ela
estremecesse. Ela apoiou as mãos ali e empinou contra
seu corpo, Yamato sabia que precisava parar com
aquilo, mas suas mãos puxaram o quadril dela e o
prensou contra sua ereção. Ela arfou e apoiou o rosto
na pedra, não existia homem que resistisse a aquele
tipo de entrega. Baixou as mãos e puxou a saia
comprida lentamente deixando o tecido roxo tocar a
pele sensível de suas coxas, Ino suspirou e arrebitou
um pouco mais o quadril.

Yamato rosnou ansioso, afastou as pernas da


loira com os joelhos enquanto terminava de puxar o
restante de sua saia. Ele debruçou o corpo levemente
sobre ela e passou a língua na pele clara em direção ao
lóbulo da orelha dela. Ino suspirou e o olhou de lado,
podia sentir sua respiração entrecortada e necessitada

163
pelo desejo carnal que os envolvia. Deixou sua ereção
roçar em sua pele exposta enquanto descia a mão
direita por entre suas pernas, o calor úmido deixou
perdido e sem qualquer tipo de sanidade. Enrolou os
dedos no tecido fino e o colocou de lado, deixou seu
indicador percorrer a linha úmida que dividia os lábios
macios, ele esfregou seu clitóris enquanto afundava os
dedos da mão esquerda em sua cintura.

Ela estava quente demais e podia sentir o desejo


dela escorrer por seus dedos quando usou dois deles
para se afundar dentro da cavidade molhada.

Não pode se conter, se abaixou e apertou forte a


parte interna de suas coxas, Ino se curvou e sua
intimidade se abriu para ele, avançou sem que pudesse
pensar em outra coisa. Mergulhou a língua na fenda
úmida, Ino gemeu manhosa e suas pernas tremeram, o
gosto suave e doce fez seu membro pulsar
descontrolado. Sugou e esfregou a língua em seu
clitóris inchado, estava perdido em seu corpo, Ino era
completamente deliciosa. Aquele gosto em sua boca,
era o mesmo que lembrava dos seus sonhos.

Yamato se ergueu e apertou sua cintura, Ino


gemeu e empurrou as nádegas contra sua ereção,
aquele desejo proibido estava deixando-o
completamente louco. Soltou sua cintura e aumentou a
fricção que fazia dentro de seu interior, massageando
lentamente. Aproveitou a mão desocupada e deixou
que seu membro ficasse livre do aperto das suas
calças.

164
Tirou os dedos de dentro de seu corpo e se
apoiou na pedra ao lado do rosto dela, com firmeza
passou seu membro por cima de sua intimidade
enquanto segurava de lado o tecido daquela calcinha
fina. Você vai se arrepender disso. — Sua cabeça gritou
e enquanto se encaixava na entrada úmida dela.

— Yamato… — Ela resmungou quando deixou


que seu membro entrasse sem pausa até o fundo de
seu interior. — Porra! — Ela gemeu com o palavrão.

Ela era um poço de sensações, saiu e entrou com


força uma vez, apenas para ver suas reações, Ino se
curvou e abriu um pouco mais as pernas lhe dando
mais passagem. Yamato passou o braço pela cintura
fina e subiu o outro braço deixando a mão livre segurar
firme a base de seu pescoço, deixou ela apoiar as
pontas dos dedos na pedra e começou a estocar
devagar.

Ino gemia, e fazia com que aumentasse a força


que investia dentro de seu corpo. As paredes macias o
abraçavam com firmeza e os espasmos leves
massageavam seu membro com vontade, ela iria gozar
logo. Soltou seu corpo devagar e saiu de seu interior,
queria vê-la gozar de novo, como no sonho. Ver seus
olhos se perderem no abismo profundo de seu
orgasmo.

Empurrou as costas da Kunoichi contra a pedra


novamente, e com uma coragem desconhecida se

165
encaixou entre suas pernas, Ino apoiou em seus
ombros enquanto erguia sua perna esquerda e deixava
seu membro encontrar a entrada molhada. Gemeram
juntos quando chegou no fundo de seu interior, ela
pendeu a cabeça para trás e cravou as unhas em seus
ombros. A dor o fez avançar sobre seu pescoço e
morder a pele sensível. Ino gritou e tremeu, apertou seu
membro com força enquanto estocava forte.

Yamato a seguiu logo, o prazer que ela


proporcionava o apertando com força foi demais,
aumentou o aperto de seus dentes e gozou fundo em
seu interior.

— Ino…

Seu nome parecia música e ela o encarava com


um misto de sentimentos, culpa, medo e o rosto perdido
em satisfação.

Não era desse jeito que queria que acontecesse,


ela respirou fundo e deixou a testa colar com a dele.

— Droga, Yamato.

166
Capítulo
14
Se revirava sem
posição em seu futon, a
vontade de sair daquele
espaço e se afundar ao
lado de Hinata era
grande, para conter a
própria vontade decidiu
sair um pouco. Viu
Yamato passar silencioso
pela parte de fora do acampamento, não queria ser
curioso, não sabia se ele contaria o que houve depois.
Então o seguiu.

Ser um intrometido era algo que não suportava,


mas Kakashi sabia que algo poderia acontecer. Yamato
havia passado pela mesma situação e queria conversar
com ele, saber se ao contrário dele e da Hinata,
conseguia lembrar de algo.

Passou por entre as grossas árvores do país do


fogo e subiu em silêncio nos galhos largos, os barulhos
altos que vinham da parte fechada da mata fez com que
arregalasse os olhos. Não tinha visão total, mas
conseguiu ver Yamato atracado com Ino apoiados
numa das pedras lisas do solo.

167
Droga, Tenzou! — resmungou baixo para que não
ouvissem. Ino além de ser casada, era esposa de seu
aluno. Entendia que a tensão que sentiam era
impossível de conter, mas, isso seria um terrível
problema.

Kakashi voltou para a cabana e se jogou para


cima do telhado, sem conseguir dormir. Vigiaria o
território até que os dois voltassem daquela enrascada.
Sentia muito por eles terem que passar por isso, e se
fosse realmente como estava acontecendo como com
ele e Hinata. Seria complicado.

Ino voltou para a cabana correndo, não deu tempo


para que ela o visse sentado no extenso telhado. Ela
entrou com velocidade e fechou a porta com uma
grande batida, a estrutura de madeira tremeu levemente
fazendo com que tudo balançasse. Tenzo não
apareceu, demorou para que Kakashi percebesse que o
homem havia ficado para trás.

Pulou do telhado para os galhos altos e voltou


para onde havia visto eles, não se surpreendeu ao ver
Yamato sentado com as costas apoiadas na pedra fria.
Kakashi saltou e caiu em sua frente. Seu tornozelo
reclamou de dor, mas preferiu não resmungar. Deixou
seu corpo cair sentado ao lado do homem, Yamato
segurava a cabeça entre os joelhos e seus dedos
seguravam os fios marrons de sua cabeça.

— Que merda é essa, Senpai?

168
Kakashi respirou fundo, sabia muito bem como ele
se sentia e por mais que quisesse ajudá-lo, não
poderia, estava passando pela mesma situação. Não
conseguia entender o motivo de ter sonhos tão reais e o
porque sentia um enorme desejo pela mulher que
jamais pensou em tocar.

— Eu não faço ideia, tenho passado o mesmo


com Hinata. Simplesmente acordei como você e tenho
sentido vontade de fodê-la como se não houvesse vida
além disso. — Kakashi passou as mãos sobre o rosto,
diria a ele se realmente soubesse o motivo de tudo isso.
— Não consigo mais ficar longe dela, e agora, parece
que você está passando pelo mesmo.

“Tenzou, tudo o que eu queria era entender, mas


como você, não tenho ideia do que acontece. Estamos
tendo sonhos tão reais que parecem passar as
sensações para o mundo real. Era isso o que eu iria te
contar no dia em que saiu do meu apartamento e logo
depois você sumiu.”

Yamato levantou o rosto, parecia tão perdido


quando estava quando aconteceu com ele.

— Ela é casada, Kakashi. Não consegui me


segurar e ela parecia querer tanto também. — Ele
respirou fundo olhando o caminho que dava para a
cabana. — O que vou fazer? Não posso fazer uma
coisa dessas com ela, com Sai… Depois de tudo o que
passamos como equipe.Merda!

169
— Vamos descobrir o que está acontecendo
Yamato. Vamos dar um jeito nisso, por hora, tente focar
nas coisas que lembre e que possa nos ajudar. Cada
vez que acontece isso, os sonhos parecem ainda mais
reais. Tenho acordado com marcas e acontece o
mesmo com Hinata. Tenha cuidado.

Kakashi se levantou e ajudou Yamato a se


levantar. Precisavam descobrir logo o que estava
acontecendo, antes que algo pior pudesse acontecer.

Já estava acordada a algumas horas, o sol ainda


não havia tomado o céu e o escuro ainda dominava a
parte baixa das árvores. Depois de ter aceitado o
pedido carinhoso de Kakashi, ele a levou para onde o
restante do grupo estava. Buscou algumas frutas com
Sakura — que permanecia quieta demais para o seu
normal.

Mesmo que tivesse aceitado dar uma chance para


descobrir o que sentia, pediu que não fizesse qualquer
coisa na frente do pessoal. Sentia vergonha das coisas
que estavam passando, e com tudo, preferia não
desmaiar na frente de seus amigos por pura vergonha.

Kakashi aceitou, com muita dificuldade, mas


deixou que tivesse seu espaço enquanto não
descobriam o que tudo aquilo era. Não estava

170
preparada para responder a milhões de perguntas
constrangedoras sobre isso.

Se levantou antes de todos, apenas pegou seu


casaco e saiu para fora da cabana. Não havia tido
qualquer tipo de sonho intenso nesta noite, e mesmo
que isso tivesse dado uma certa pontada de decepção,
se sentiu completamente aliviada.

Se sentou num dos troncos ao lado das cinzas


ainda em brasa da fogueira, de costas para a cabana,
fixou os olhos nas aberturas que as árvores faziam em
direção de Konoha. Estava tão longe de casa, sentia
falta da tranquilidade e dos dias calmos de sua vida
pacata. Deixou o ar gelado da manhã entrar devagar
em seus pulmões, precisava daquele momento. Estar
só com apenas o barulho distante da parte selvagem da
mata.

— Não conseguiu dormir?

Estava concentrada demais para perceber a


aproximação de Naruto, Hinata levou a mão acima dos
seios e segurou firme aquela área tentando fazer seu
coração se acalmar por causa do susto.

— N… não é nada disso, apenas costumo acordar


cedo.

Ele se sentou na pedra alta que havia ao lado e


um pouco mais para frente do tronco que estava, tão
perto que poderia sussurrar e ele ouviria perfeitamente.

171
Puxou o ar com força, segurou apertando os braços em
volta de seu corpo novamente.

— Hinata… porque saiu da vila? — Ele olhava


curioso, e sentiu a extrema necessidade de desviar o
olhar. — Fiquei sabendo só que estava morando em
uma outra vila.

Hinata engoliu seco, não queria dizer os motivos


que a fizeram partir. Além da cobrança extrema de seu
pai, o próprio motivo era ele e não seria capaz de lhe
dizer qualquer coisa sobre esse assunto, como havia
dito a Kakashi, havia superado o amor incondicional.
Mas, contudo, ainda tinha algum sentimento.

— Eu precisei me afastar, meu pai cobrava mais


do que eu podia dar e não consegui suportar.

Ele curvou o corpo e apoiou os braços em cima


das coxas, ele não usava bandana e seus cabelos
amarelados e curtos balançavam devagar com o vento.
Os olhos azuis cintilavam com algum brilho que nunca
chegou a ver.

— Você está diferente, — Hinata elevou uma de


suas sobrancelhas, haviam se passado dez anos desde
que partiu de Konoha, seria completamente comum
estar diferente. — Não fica mais vermelha quando
chego perto de você.

Agora não, Hinata! — Brigou consigo mesma,


sentia o começo do rubor subir pela parte debaixo de

172
sua mandíbula, era como uma leve queimação que
aquecia seu rosto e fazia o tom vermelho se intensificar.
Não tinha controle, aquilo acabava denunciando suas
emoções sem que permitisse. Naruto nunca chegou a
lhe dar a atenção que estava fazendo naquele
momento, talvez fosse pelo fato de não se verem ou se
trombarem em pequenas missões na época em que
ainda vivia em Konoha.

Ele abriu um largo sorriso, como normalmente


fazia em seus momentos de felicidade. Foi um gatilho,
seu corpo arrepiou e o calor de seu rosto aumentou,
Hinata juntou as mãos e elevou para poder cobrir o
rosto. E, diferente de quando era apenas uma jovem,
Naruto segurou seus pulsos e impediu seu movimento.

— Não precisa esconder, isso me lembra de


quando ainda éramos genins.

Perto demais! — Seu corpo travou, não era por ter


algum sentimento, mas por não saber como agir em
situações como essa, Naruto foi seu primeiro e único
amor e a pessoa que praticamente tentou salvar dando
a própria vida.

Ele ergueu a mão e passou o polegar devagar na


parte quente de seu rosto avermelhado, Hinata
estremeceu ao sentir sua mão ainda enfaixada. Ele
puxou o próprio corpo para a ponta da pedra e chegou
ainda mais perto, Desmaiar é uma grande opção! —
Seu interior resmungava tremendo. Naruto desceu a
mão e puxou para trás uma mecha negra de seus

173
cabelos, fazendo ela se mover lentamente para trás de
seu ombro. Sentiu o vento frio bater na parte exposta de
seu pescoço e os olhos azuis percorrerem a extensão
da pele fina.

— Hinata… o que houve com seu pescoço? —


Sua voz estava rouca, mais do que havia ficado depois
de todos esses anos. — Parecem…

Não houve chance de terminar, Hinata sentiu seu


corpo ser puxado para trás com rapidez. O rosnar
conhecido soou alto ao lado de seu ouvido, sentiu os
braços fortes de Kakashi apertar seu corpo como um
abraço enquanto se afastava do rosto assustado e
confuso de Naruto. O som rouco de sua garganta fazia
cada pêlo de seu corpo arrepiar.

Kakashi puxou para longe o suficiente e sem


esconder a raiva que sentia, virou seu corpo e a apertou
forte espremendo seus seios contra o corpo forte dele.
Não precisava ativar o Byakugan para sentir a raiva fluir
por cada ponto de Chakra. Hinata ofegou com o
movimento enquanto Kakashi afundava o rosto em seu
pescoço, entre os fios pretos de seus cabelos respirava
fundo fazendo o rosnar soar apenas para ela.

— Fique aqui. — Ele rosnou e a colocou sentada


nas raízes de uma das árvores ao lado da cabana.

Não conseguiu responder, ele se afastou com


rapidez. As meninas saíram de dentro da cabana com a
gritaria de Naruto, Kakashi saltou para cima do loiro que

174
se jogou para o lado desviando do golpe que fez a
pedra onde ele estava sentado despedaçar.

— Kakashi-Sensei! Pare com isso! — Ouviu


Sakura berrar da porta da cabana, enquanto Ino assistia
horrorizada com as mãos na boca.

— Sensei! O que está fazendo?! — Naruto gritou


tentando desviar dos socos e chutes que Kakashi
tentava acertar sem medo de machucá-lo. — Sensei!

Kakashi conseguiu segurar a gola de sua camisa


branca, viu o fluxo de Chakra formar pequenos raios
roxos em sua mão esquerda enquanto se movia e o
arrastava para prendê-lo contra o tronco de uma árvore
grossa.

— Kakashi! — Yamato correu de dentro da parte


fechada da floresta e segurou os dedos formando um
selo rápido, — Pare com isso!

O chão tremulou ao redor de onde os dois


estavam, e rapidamente os troncos retorcidos subiram e
se enrolaram ao redor dos braços de Kakashi
impedindo que acertasse Naruto.

Hinata correu em direção a luta travada, Kakashi


respirava rápido e Naruto mantinha os olhos
arregalados e a boca aberta. Hinata segurou o
antebraço que Kakashi segurava o fluxo de Chakra, ele
virou o rosto em sua direção e deixou que os raios
roxos se dissipassem.

175
— Kakashi… Solte-o.. Por favor.. — Ele ainda
rosnava e seus olhos negros brilhavam em pura e
desesperada raiva.

Kakashi virou o rosto em direção ao loiro


novamente e respirou fundo.
— Saia daqui. — Disse fechando os olhos com
força antes de soltar a gola que segurava com força.

Naruto escorregou pelo tronco caindo sentado


desacreditado no que tinha acabado de acontecer.
Kakashi respirou fundo e fechou os olhos, ele não
estava em si.

— Kakashi… — Tentou, ele então abriu os olhos


e podia ver a culpa que o rondava, estava tudo difícil
demais. — Yamato, pode soltá-lo. — Devagar os
troncos voltaram para dentro da terra, Kakashi passou
as mãos pelos cabelos e passou o braço ao redor de
sua cintura antes de saltar para dentro da floresta.

Ele corria silencioso entre as várias árvores,


mantinha seu corpo preso em seu colo e a apertava
com firmeza. Não ousaria questionar suas atitudes e
não diria nada a ele, Kakashi corria sem um rumo mais
para dentro da floresta, o sol estava ganhando o topo
do céu e isso seria um problema, tinham que voltar para
Konoha o mais rápido possível.

Kakashi parou quando atingiu a parte baixa de um


penhasco, podia ouvir o barulho do rio correndo atrás

176
das rochas. Ele caminhou devagar e colocou seus pés
no chão, lentamente empurrou Hinata até que
encostasse na rocha fria onde a prendeu no lugar
passando os braços ao lado de sua cintura apoiando as
mãos na parede de pedra.

Sua respiração era profunda e lenta, seu olhos


negros carregavam culpa e dor. Jamais viu tanta raiva
nele, nem mesmo na grande guerra. Kakashi desceu o
rosto e deu espaço para que apoiasse na curva de seu
pescoço entre os fios soltos de seus cabelos negros.

Hinata passou os braços pelo tronco forte e


apertou as costas do Shinobi, ele respirou fundo e
apertou ainda mais o rosto em seu pescoço. O leve
tremor do corpo dele fazia com que a respiração saísse
hora ou outra entrecortada.

Depois que o tremor passou, ela puxou os braços


e segurou em ambos os lados do rosto dele. O fez
erguer o rosto e olhar em sua direção, sabia que ele
não faria algo daquele tipo, os sonhos estavam
mexendo com a cabeça dele e podia sentir a culpa
corroê-lo. Hinata enganchou os dedos no fino tecido
que permanecia em seu rosto e puxou para baixo
devagar. Kakashi fechou os olhos enquanto tirava
aquilo de seu rosto bonito, deixou os dedos subirem e
traçarem uma carícia pelo rosto desnudo.

— Hinata…

177
— Não precisa dizer nada agora… — Ela suspirou
e subiu as mãos para os fios acinzentados e macios. —
você não é assim, eu sei disso.

Ele fechou os olhos novamente, ela então puxou o


rosto dele e depositou um beijo lento no canto de sua
boca, ele apertou os olhos e passou as mãos em volta
do seu corpo. Kakashi avançou e tomou seus lábios,
devagar, invadiu sua boca e a apertou contra seu corpo.

— Me perdoe… — Ele quebrou o beijo para


encarar seu rosto. — Irei falar com Naruto mais tarde,
não consegui me controlar…

Hinata uniu as sobrancelhas e deixou a mão


descer para o lado de seu rosto, iria dizer que tudo iria
ficar bem entre eles, mas o cheiro de ferrugem úmido e
doce tomou o ar. Kakashi ergueu o rosto e a apertou
contra o corpo, o mesmo cheiro. Ele girou o corpo e se
pôs na frente de seu corpo, conseguia ver sua cabeça
virar em busca do lugar que poderia estar exalando
aquele conhecido cheiro.

Mas seu corpo amoleceu e sentiu suas pernas


cederem, Kakashi virou novamente e antes que
pudesse segurar a queda de seu corpo ele desabou. O
breu tomou conta de sua visão e tudo o que podia
lembrar eram dos olhos negros de Kakashi antes de se
perder na escuridão.

178
Capítulo 15
O aperto em seu pescoço
era terrível, fazia com que
o ar demorasse para
passar por sua garganta.
Seus pulmões
reclamavam pela
quantidade mínima que
podia puxar. Erguido pelas
algemas grossas de ferro,
seu corpo pendia
enquanto sentia o frio da
parede tocar suas costas.

Sua cabeça doía e fazia seus olhos latejarem com


força, abrir os olhos era um desafio, sabia que deveria
se forçar a abri-los e descobrir onde estava. Mas a força
que a dor tomava em sua cabeça o fazia se arrepender
por tentar.

Aos poucos conseguiu sentir seus olhos tomando


força e seus ouvidos que zumbiam pela terrível dor
começou a diminuir. Kakashi respirava com dificuldade
e não via nada além de um grande e profundo breu, o
eco de pequenas gotas caindo no chão lembrava dos
ruídos de uma caverna. Podia ser apenas sua
impressão, mas o cheiro do sangue parecia fluir como
uma densa nuvem de fumaça por seu nariz.

179
Gemidos altos de dor ecoavam do lado mais
profundo da caverna, sentiu seu corpo tensionar com o
timbre dos gritos. Eram sofridos e seguidos de um longo
e doloroso silêncio. Kakashi puxou os braços com força,
e as correntes das algemas apenas tilintaram em
resposta. Conhecia os gemidos dela e a pontada de dor
e raiva fez seu coração disparar com força.

Se debateu em busca de conseguir soltar as


travas que mantinham seu corpo erguido na parede,
seus pés balançavam com força enquanto tentava
soltar as malditas travas. Porra! — sua mente
conseguia reclamar, mas nenhuma palavra era possível
de sua garganta apertada. Passos faziam um grande
ecoar pela extensão daquele túnel natural, Kakashi
tensionou o corpo sem controle. Se lembrava muito
bem do que aconteceria agora.

O barulho do vidro foi alto e logo o som de um


plástico pequeno caindo no chão rochoso, como da
última vez a escuridão em seus olhos bloqueava sua
visão e o máximo que conseguia ver era uma sombra
escura se movimentando em sua frente. Ele bateu a
unha do indicador fazendo um tinir soar do vidro que
carregava o líquido viscoso. Kakashi forçou o corpo
novamente em busca de conseguir desprender do ferro
que retorcia e segurava seu pulso com força.

— Já passou várias vezes por isso, Hatake. Não


seja difícil. — A voz abafada surgiu baixa, antes de
apertar a parte superior de seu braço fazendo pressão e

180
a circulação parar. — Fique quieto, ou vou acabar
injetando mais do que deveria e a Hyuuga sofrerá.

Kakashi travou, os gemidos de Hinata haviam


cessado antes que aquele monstro se aproximasse. O
rosnado brotou de seu peito e foi o momento em que
ele afundou a agulha por dentro de sua pele. Não foi
como antes, a ardência surgiu como fogo, queimou
cada célula de seu corpo sem deixar qualquer brecha
passar. Travou os dentes e puxou as correntes pelo
pulso, não conseguia pensar, o cheiro que sentia
tomava sua mente como um doce néctar.

— Não se preocupe, ela está viva, afinal,


precisamos dela tanto quanto precisamos de você. —
Ele pausou enquanto Kakashi tremia pela queimação
do líquido em suas veias. — Então, ela tem a mesma
quantidade de soro no corpo. da ultima vez você
conseguiu se controlar, veremos agora.

O som de correntes aumentou e a outra silhueta


se aproximou, prendeu o gancho na trava que tinha em
seu pescoço fazendo a argola se esticar. Kakashi arfou,
e seu corpo amoleceu quando a queimação enfim
passou. Ele então soltou seus braços e os prendeu
atrás de seu corpo, puxou a corrente com certa
distância e o arrastou para o fundo do túnel.

A pedra lisa e larga comportava o corpo curvilíneo


e pequeno de Hinata, que estava com os braços presos
acima da cabeça. Alguns ganchos desciam do teto
rochoso e ficavam pendurados sobre a pedra e o corpo

181
dela. Um esconderijo de Shinkirō dentro do país do
fogo, — tentou gravar na mente, caçaria cada um deles.

— Prenda-o na parte superior do corpo dela,


quero ver se o soro lhe dará força para arrebentar a
corrente.

A silhueta obedeceu sem questionar, o fez subir


sobre a pedra e deixou que seu corpo pendesse
levemente para frente. Seus braços tiveram que
comportar seu peso com força para não quebrar, o
esforço estava deixando seu corpo cansado. O homem
que direcionou sua posição se aproximou, e deixou os
dedos percorrerem o vale entre os seios de Hinata.
Kakashi rugiu tensionando os braços e pondo força nos
pulsos, ele então puxou uma kunai e fez o mesmo
caminho subindo sobre o corpo ainda desacordado
dela.

Traçou uma linha entre o pescoço e o ombro dela


com lentidão torturante, Kakashi travou o maxilar com
força. Ele torceu a kunai e afundou o suficiente para a
linha vermelha de sangue brotar, o cheiro forte invadiu o
ar e o fez estremecer. O homem riu e debruçou sobre o
corpo nu dela e deixou que a língua tocasse a pele fina
ao redor do corte.

Kakashi se debateu e ergueu o corpo, estava


desesperado, queria cortar a maldita garganta daquele
cara. E vendo seu descontrole, riu mais alto, passou a
kunai pelo outro lado e desceu arranhando a pele até a
lateral do seio esquerdo.

182
— Vamos Hatake! — Ele provocou, e Kakashi
puxou a corrente fazendo o teto estalar. — É só isso o
que consegue?

Ele guardou a arma e se abaixou ao lado da


pedra, esticou o braço deixando os dedos contornarem
o monte elevado do seio esquerdo e travou os dedos
em volta do mamilo.

Kakashi respirava descontrolado, a força que


usava para puxar as algemas de seu pulso faziam sua
pele cortar. O homem puxou os dedos e Hinata
resmungou abrindo os olhos, Kakashi rosnou e puxou
com força novamente a corrente, o estalo foi ainda mais
forte, mas não para soltá-lo.

— Você é fraco, talvez eu devesse fazer isso em


seu lugar.

Ele puxou do cós das calças escuras o cabo com


uma comprida vara fina, deslizou o couro da ponta pela
pele lisa da da barriga plana dela. Hinata puxou os
braços e se ergueu, o homem riu e acertou a pele
deixando uma linha fina e vermelha do chicote.

O vergão saltou para fora da pele e Hinata


choramingou, fora de si, Kakashi puxou a corrente e
com o impulso soltou uma mão. Rosnou pela dor
enquanto os olhos perolados o encaravam com
desespero. Queria puxá-la para si e traçar a língua na
pele exposta e vermelha que seu corpo tinha. Esticou

183
ao máximo sua mão livre, mas ainda não podia alcançá-
la e então o homem a acertou novamente, fazendo a
pele saltar com o impacto e avermelhar.

Ele deu a volta na pedra, Kakashi o observava


enquanto tentava puxar a outra algema. O homem se
posicionou sobre o corpo dela deixando um dos joelhos
ao lado de suas costelas e a perna esticada tocando o
chão. Curvou o corpo em direção a intimidade dela logo
depois de acertar a parte superior de sua coxa roliça,
desceu a mão e traçou a linha que dava início a sua
fenda. Não poupou a força, mergulhou os dedos
enluvados e deslizou fácil para dentro de seu corpo
marcado. Um rosnado abafado saiu de sua garganta.

— Como consegue se controlar, sabendo que ela


está adorando tudo isso, Hatake? — Ele puxou os
dedos molhados do interior dela enquanto ela gemia
presa na pedra, levou os dedos até os lábios e os
sugou. — Ela é doce, Kakashi. Não deveria deixar que
tocassem nela.

Kakashi puxou a corrente com ódio, ignorou a dor


que sentia em seus braços, com a ajuda da mão livre
quebrou a outra corrente, avançou e puxou a corda que
mantinha os braços dela presos acima da cabeça.
Elevou seu corpo e o apertou contra o peito, o homem
riu e se afastou enquanto passava a língua entre os
lábios.

O cheiro doce do líquido viscoso que ainda


brotava de seu pescoço o fez esquecer do homem,

184
Kakashi apertou o corpo nu dela e passou a língua
devagar sobre o corte, Hinata gemeu ofegante, foi seu
limite. Deitou o corpo dela sobre a pedra e apertou seu
pescoço marcado, rosnou sentindo o gosto doce
espalhar em sua boca e desceu novamente. Cravou os
dedos abaixo do seio esquerdo e mordeu a linha feita
pela kunai.

Hinata tremeu e esticou o corpo, a tensão se


instalou ali com o ar pesado. Provou um pouco mais do
líquido que escorria para suas costas e se encaixou
entre as pernas dela. Puxou seu corpo novamente e a
ergueu colocando sentada sobre seus joelhos
dobrados, os cabelos compridos se espalharam e
grudaram na camada fina de suor que seu corpo fazia.
Kakashi apertou a carne macia de suas nádegas e a fez
sentar ainda mais para cima em suas coxas. Podia
sentir a umidade que sua intimidade tinha em contato
com parte de seu membro.

Ela estremeceu quando soltou o aperto e subiu


arranhando suas costas sem poupar a força, deixou a
mão direita subir para o meio de seus cabelos enquanto
a outra traçava o caminho arranhando até onde os
vergões finos que o chicote havia sido feito. Kakashi
puxou os cabelos dela fazendo seu pescoço erguer e
esticar a linha fina do corte, desceu a língua e subiu
espalhando o sangue doce até a base da orelha.
Apertou a mão fazendo os dedos mergulharem na pele
delicada e a ergueu.

— Hatake! — Ele o impediu de penetrá-la.

185
Suas costas arderam com o estalo, Kakashi virou
o rosto em direção ao homem que o acertou e rosnou
alto, Hinata gemeu com o aperto forte que fez em sua
cintura e cabelo. Ele acertou novamente, a corrente em
seu pescoço foi puxada para trás, soltou o corpo dela
que permaneceu na pedra enquanto o levavam mais
para trás. Sem nada além da corda em suas mãos ela
implorava para que a soltasse, seu interior rugiu como
um animal, não deveria tocar nela, ela era
completamente e totalmente dele.

O homem puxou a corda que ainda mantinha suas


mãos presas e ergueu até o gancho acima da pedra,
passou uma outra corda travando o tornozelo à coxa
impedindo que esticasse a perna. Kakashi se debateu
puxando a coleira de seu pescoço, o ferro cortava seus
dedos todas as vezes que puxava. Ele ergueu o quadril
dela e puxou a corda que havia torcido em suas pernas,
puxou o gancho e deixou seu corpo pendurado pelos
braços e as pernas abertas.

Ele voltou e passou a ponta da corda em volta do


pescoço e subiu para passar entre os lábios.

— Não! — Conseguiu rugir mesmo com o aperto


forte na garganta.

O sorriso branco do homem se alargou, fez


apenas um nó na parte frontal da corda e deixou a
ponta solta entre o vale dos fartos seios.

186
Queria ouvir seus gritos, ouvir os gemidos
profundos enquanto rasgava cada pedaço macio e
sensível de sua pele. Hinata ofegou quando ele puxou a
corda que segurava suas pernas, as ergueu um pouco
mais fazendo seu tronco ficar inclinado ligeiramente
para baixo.

Exposta, com o brilho de sua excitação à mostra,


queria devorá-la. Destruir seu corpo delicado e fazê-la
nunca mais desejar qualquer um que não fosse ele..

Sua corrente foi solta novamente, e como o


animal em seu interior estava mandando, abocanhou a
carne molhada que implorava para ser bebida. Hinata
gritou quando deixou os dentes arranharem o monte de
nervos que os lábios macios de sua intimidade
guardavam, apertou com força a parte interna das
coxas macias e afundou a língua dentro de seu interior.

— Kakashi! — Foi um grito de dor e alívio, sentiu


as pernas dela tremerem e seu corpo convulsionou.

Seu monstro queria mais, puxou o corpo dela e


deslizou as mãos pela curva de sua cintura, sugou com
mais força e esfregou o clitóris que pulsava
descontrolado. Hinata tremeu novamente e o líquido
doce preencheu os lábios macios. Kakashi afundou a
língua dentro da cavidade e puxou para si todo o
líquido, bebeu sem piedade, voltando logo a sugar o
ponto sensível e inchado.

187
— Kakashi, não! — Ela tremia, mas não
conseguia parar, rosnou para ela e a viu jogar a cabeça
para trás.

Precisava dela, queria fazê-la desmoronar.


Apertou firme a cintura fina com a mão esquerda e
desceu a mão para a parte inferior de sua coxa. Passou
a unha em linha reta pela pele fina fazendo a cor brotar
pela linha.

Hinata gemeu e gozou novamente, Kakashi


passou a língua sobre o corte e ergueu o corpo. De pé
na parte lisa da pedra, passou o braço pelo meio das
pernas abertas dela e se encaixou na entrada de sua
intimidade, pegou a corda que descansava entre o vale
de seus seios e a puxou.

Seu membro pulsou forte com a visão, Hinata


ofegou com o aperto da corda em seu pescoço e
gemeu alto com a estocada profunda. Kakashi enrolou
e torceu a corda na mão, puxou até que ela erguesse
ligeiramente o corpo e avançou a mão livre para os
seios empinados. Segurou forte como um tapa, ela
tremeu e arqueou as costas como podia, as paredes de
seu interior pulsava e espremia seu membro sem
piedade. Rosnou descontrolado, forçou um pouco mais
e entrou todo em seu interior.

Kakashi segurou firme a corda e forçou sua saída


apenas para entrar com força novamente de uma vez,
sentiu o líquido de seu interior escorrer molhando parte
de sua coxa. Já não aguentava mais, saiu e entrou

188
novamente com velocidade. Hinata se erguia hora ou
outra e revirava os olhos quando deixava seu membro
entrar por inteiro dentro de seu corpo deliciosamente
molhado.

As estocadas fortes ecoavam pelo espaço


rochoso, fazendo o barulho úmido o excitar ainda mais,
soltou o seio macio e o acertou novamente segurando
firme no fim, era difícil pensar, seu corpo se deleitava
com a sensação da intimidade dela apertando seu
membro com desespero, enquanto gemia ofegante pela
corda que apertava seu pescoço com os puxões.

— Por favor, Kakashi.. não aguento tanto.

Ela gemeu e foi o estopim, o corpo dela tremeu


forte. Kakashi soltou seu seio vermelho pelo aperto e
subiu para segurar seu rosto corado, o apertou com
firmeza e soltou a corda. Prendeu o braço enrolado em
sua cintura marcada e estocou sem piedade.

Hinata gritou e o espremeu, sentiu ela molhar e


derramar, Kakashi urrou e gozou em seguida se
deixando preencher o fundo de seu corpo
completamente.

— Solte-a, Hatake! — Ouviu o grito do homem


enquanto tentava puxar a coleira com força.

Kakashi rosnou e abraçou o corpo mole da mulher


que agora pertencia a ele, aumentou o aperto, não
queria soltá-la era dele de todas as maneiras possíveis.

189
— Hatake! — Puxaram com força novamente,
Kakashi se curvou e mordeu a parte superior do seio
direito dela, Hinata choramingou, então passou a língua
pelas marcas que havia acabado de fazer e ela
suspirou. — APAGUE ELE!

Foi a última coisa que ouviu antes de ser puxado


do corpo quente e macio de Hinata e apagar.

190
Capítulo 16
Não era normal, cada pedaço do seu corpo
reclamava pela dor e tentar discernir o que era ou não
realidade, estava sendo mais difícil do que pensava.
Seu Byakugan não conseguia separar a realidade do
que poderia ser ou não uma ilusão, cada célula do seu
corpo implorava por descanso.

Seus músculos latejavam e suplicavam por ajuda,


seu medo estava cada vez maior. Não conseguia abrir
os olhos, já que a dor fazia parecer ter sido perfurados
por agulhas. Estava com um estoque limitado de
Chakra, então, reuniu o que podia e juntou atrás dos
olhos.

Kakashi estava deitado inconsciente com sua


máscara abaixada, ainda estavam no mesmo lugar no
pé daquele alto penhasco. Se lembrava apenas de ver
Kakashi desmaiando e logo depois cair junto.

Se forçou a arrastar o corpo até onde ele estava,


suas pernas doíam e ardiam de um jeito assustador.
Apoiou o tronco nos cotovelos e forçou seus membros
para a frente em direção ao seu corpo. Hinata desabou
do seu lado, ergueu o braço com dificuldade e puxou o
tecido para o seu lugar de costume, Kakashi se moveu
com o toque e gemeu com dor.

191
Ele virou e pequenas marcas de sangue cobriam
a parte de cima de seu rosto, ele uniu as sobrancelhas
e tentou esticar o braço.

— Porra! — Ele xingou, e jogou o corpo com um


impulso para se virar.

— Aconteceu de novo… — Hinata disse baixinho,


não conseguia reunir forças para falar algo a mais que
isso. Tinha medo das imagens que apareceriam em sua
cabeça.

Kakashi puxou seu corpo para mais perto, o


aperto leve que havia aplicado em sua cintura para
conseguir aproximá-la a fez estremecer de dor. Não
houve palavra alguma, ele puxou a máscara até o início
do queixo e sustentou seu olhar amedrontado. Seus
lábios estavam manchados de sangue, e pareciam ter
escorrido para a parte inferior do pescoço.

— Aconteceu, mas vamos dar um jeito nisso. —


ele respirou fundo e fechou o rosto em careta. —
Temos que falar com Tsunade.

Hinata sentiu seu sangue subir com força para o


rosto, seu corpo enfraqueceu e sabia que desmaiaria.
Não podia falar para a Hokage, como poderia? Não
aguentaria fazer uma coisa dessas, sua respiração
aumentou e não conseguia controlar o nervosismo.

— Hinata! — Ele a chamou, mas não conseguia


ver nada, seus olhos haviam embaçados pelo medo de

192
ter que contar essa situação toda para ela. — Se
acalme, olhe para mim!

Hinata ofegou e levantou o rosto em sua direção,


Kakashi subiu o braço com certa dificuldade e segurou
seu rosto com cuidado.

— Eu… eu não posso fazer isso… — Seu


coração parecia que saltaria pela abertura de sua boca,
a falta de ar era algo inevitável. — Kakashi… eu…

Ele desceu os dedos para seu queixo fazendo


com que erguesse um pouco mais a cabeça em sua
direção, Kakashi era um Shinobi completamente
confiável e um exemplo para a vila, certamente, ele
tinha razão em levar esse assunto para a Hokage. Mas
como ficaria ali sabendo que ela estava ciente sobre as
coisas que aconteceram e como aconteceram. As
ilusões compartilhadas e as marcas que apareciam em
seu corpo quando acordava.

— Confie em mim, essa história já passou dos


limites e, creio que, já não são apenas coisas de nossas
cabeças. — Ele respirou fundo ainda com dificuldade e
puxou o amontoado de cabelos negros que caiam pelo
seu pescoço. — As marcas não mentem e por mais que
não me lembre de como foi realmente, sei que fui eu
quem as fez, — Ele continuou analisando e ainda
deitado, puxou o zíper que mantinha sua blusa
arroxeada fechada. Desceu até abrir um generoso
decote, Hinata fechou os olhos tentando manter o
controle, mas sentiu o rosto esquentar pela intimidade

193
que tinha ao abrir sua blusa. — Eu me lembro disso,
lembro não querer me separar de você, de não deixar
que me puxassem para longe. Queria marcá-la, fazer
com que soubesse que era completamente minha
naquele momento. Então não vi mais nada depois
disso. Precisamos levar isso para a Hokage, antes que
eu acabe machucando você mais do que já estou.

— N…Não está me machucando, Kakashi…

Não foi a ideia que quis passar, mas seus lábios


se moveram sozinhos, ele tinha um enorme peso de
culpa nos olhos. Já estavam machucados e jogados
como algo descartável no meio da floresta. Ele
realmente não estava machucando, se lembra de sentir
um enorme prazer quando ele tinha os dentes cravados
fundo em sua pele.

Hinata abaixou o olhar, não era fácil admitir esse


tipo de coisa. Sentia seu rosto queimar, a vergonha era
enorme, saber que gostava desse tipo de sensação não
era fácil de aceitar. Mas não podia deixá-lo mergulhar
em culpa, afinal, ela compartilhava do mesmo desejo,
também queria que ele fizesse, que mostrasse como a
queria com a força que tinha.

— Não me diga uma coisa dessas, você ainda


não viu a gravidade de seus ferimentos, Hinata.

— Isso não importa, — Jurava para si mesma que


sussurrar era mais fácil do que não conseguir dizer

194
nada. — Eu desejei isso, Kakashi. Tanto quanto me
lembro de ver a sua vontade em fazê-los.

— Kakashi-Sensei! — Salva finalmente.

Ouviu a voz de Sakura gritar um pouco longe dali,


Kakashi parecia não ter como responder ao chamado,
já que sua voz estava baixa e rouca. Ele olhava com um
misto de confusão e surpresa, de tesão e culpa, o ar
pesava quando ficavam muito tempo sozinhos.

— Sakura, aqui! — Não conseguia fazer nada


além de gritar.

Não sabia como explicaria o que aconteceu,


sinceramente não tinha a mínima ideia. Mas precisava
de ajuda, seus corpos estavam presos em uma dor e
um cansaço extremo, Kakashi permanecia com os
olhos perdidos enquanto a encarava, Hinata subiu o
braço novamente e puxou a máscara para cobrir parte
do rosto dele novamente, soltou a ponta do tecido e
puxou o zíper de sua blusa novamente para cima,
deixaria que vissem o mínimo de marcas possíveis.

— Mas que droga, Senpai!

Sentiu seu corpo ser erguido e escorado na rocha,


enquanto Yamato fazia o mesmo com Kakashi. O
silêncio era algo constrangedor, enquanto eram
encarados com suspeita e medo. Não havia notado que
suas roupas estavam com pequenas manchas de
sangue por onde os dentes de Kakashi haviam

195
passado, as pontas dos dedos dele e parte do braço
que estava exposto pela manga dobrada mostravam as
manchas de sangue respingadas.

— O que diabos aconteceu com vocês? Sumiram


por horas! — Sakura se abaixou e antes que pudesse
tentar responder ela concentrou seu Chakra nas mãos e
passou pelo seu corpo. — Estamos procurando por
vocês desde que correram, por Kami, me digam algo!

Hinata respirou fundo, não havia notado a luz


baixa do sol, tampouco se importado com nada além do
homem que estava sentado ao seu lado. Foi de certa
forma difícil entender que estava sentindo algo a mais
por ele, além de toda aquela pressão e a tensão sexual
que existia entre eles. Seu corpo teve as dores
diminuídas consideravelmente e logo a ninja médica
passou para o lado de Kakashi, Hinata se levantou com
a ajuda de Yamato, conseguiria ao menos chegar
sozinha ao escritório da Hokage.

— Se nós soubessemos, teríamos acabado com


esse inferno. — Kakashi respondeu irritado. —
Obrigado, Sakura.

— Temos que ir, antes que fique escuro demais,


Ino e Naruto estão esperando mais para frente. —
Yamato disse apressado enquanto ajudava Kakashi a
se levantar.

Mesmo que soubessem de certa forma o que


havia acontecido nas horas que passaram

196
desacordados, era completamente difícil de dizer.
Hinata sentia vergonha de si mesma por deixar que seu
corpo desejasse mais das horas que passou sobre os
ataques que Kakashi, não se lembrava realmente de
como acontecia, tudo o que sabia era o que os flashes
deixavam em sua memória.

Correram com tudo o que tinham de volta para


Konoha, a noite já havia caído antes que pudessem
chegar aos portões. Hinata sentia o medo tomar conta
de sua vida com certo desespero, provavelmente teria
que contar como se sentia com toda aquela situação,
além do medo, o extremo desejo e prazer que tinha
quando ele a atacava daquela forma — aos olhos do
mundo de um jeito “terrivel”. Tinha a plena consciência
de que tudo aquilo era anormal, que não deveriam se
comportar feito animais, mas, havia algo que mudava
em seu interior e fazia com que desejasse aquilo que
Kakashi podia fazer, desesperadamente.

Sua vida seria bagunçada novamente, Tsunade a


faria ficar mais tempo na vila do que gostaria e mesmo
entendendo a necessidade disso queria voltar para
casa.

O prédio estava iluminado, não era tão tarde


como das vezes que precisou visitar a sala Kage, em
que apenas a sala principal estava acesa. Teria que
enfrentar seus antigos parceiros de equipe em algum
momento e isso fazia seu pânico aumentar. Kakashi
não se importou em segurar seu pulso por parte da
viagem, deixando que vissem o contato entre eles,

197
sabia que isso geraria uma avalanche de perguntas.
Mas, com todo o estresse que vinham passando, ao
menos tinham um ao outro para poderem se apoiar.

Subiram as escadas com pressa, e não deixaram


que houvesse tempo para que Hinata conseguisse se
preparar para toda aquela situação, Kakashi puxou seu
braço e deixou que os seus antigos companheiros de
equipe seguissem pelo extenso corredor que dava
acesso à sala principal.

— Você está bem?

Não, sinto que vou desmaiar em antecipação a


qualquer momento! — Sua mente gritou enquanto
Kakashi a encarava com preocupação, Hinata já não
respirava normalmente desde que acordou no fim da
tarde.

— Não sei se vou conseguir contar… Isso…

Ele não se importou com quem poderia passar por


eles no corredor, ergueu seu queixo com cuidado e
baixou a máscara antes de avançar e tocar seus lábios
com carinho.

— Eu contarei, além do mais, sou eu que venho


machucando você.

Ficava um tanto irritada com sua teimosia, mas


não respondeu, seu medo era demais para que
pudesse pensar em como poderia responder a ele de

198
uma forma que seu rosto não entrasse em combustão.
Ele voltou a máscara para o lugar e a puxou pelos
dedos, sabia que quanto mais evitasse aquilo, teriam
muito mais problemas para contar depois.

As portas estavam abertas e Tsunade estava com


os braços apoiados em sua mesa, com o rosto perdido
em fúria, olhava para o rosto de cada um que estava de
pé dentro daquela sala. Não fui treinada para isso! —
Claro que não, seu corpo não havia sido treinado para
se perder em uma ilusão com o Sensei do amor de sua
infância. Não foi treinada para não desejar ser
terrivelmente usada e sentir um prazer enorme em ter
seu corpo marcado, quanto mais para encarar a mulher
furiosa do outro lado da mesa.

— COMO VOCÊS NÃO SABEM O QUE


ACONTECEU?

Ninguém tinha resposta para aquela pergunta, o


desconforto de Ino e Yamato junto com Kakashi e ela
mesma eram palpáveis. Os olhos amendoados de
Tsunade queimavam em ódio e descrença, se não
fosse ela, quem mais poderiam ajudar a resolver toda
aquela situação?

Hinata sentia seu corpo mole, podia ser apenas


pelo dia exaustivo e a força que possivelmente, Kakashi
havia tomado seu corpo. Não haviam se alimentado
ainda também, então duvidava que fosse a única a
estar tão mal assim naquela sala.

199
— Godaime-Sama…

— Não me venha com desculpas Yamato, como


isso aconteceu?

— Nós não sabemos, só lembramos de desmaiar


ou algo do tipo e acordar no meio da floresta.

— Ino, era para você estar em Iwagakure, não em


Kusagakure, como me explica isso?

— Eu parei para acampar, estava muito tarde já e


a última coisa que me lembro foi deitar para dormir.

Ouvia tudo aquilo de longe, parecia que as vozes


se afastavam de seu corpo, um calor extremo tomou
conta de sua pele e sentiu a sala girar. Hinata respirou
fundo tentando manter o controle daquela sensação
horrível, precisava se sentar, não ousaria atrapalhar o
momento de fúria da Hokage. Mas estava forte demais,
sentiu os braços fortes de Kakashi segurarem seu corpo
no lugar.

— Hinata? — Pareceu um sussurro, — HINATA!?

Finalmente se sentia leve, seu corpo parecia


flutuar em cima de algo tão macio que esqueceu de
todas as suas dores. Ouvia vozes baixas no fundo da
sala, mas estava tão bem ali que não se importou em
abrir os olhos.

200
— Kakashi, por favor, como ela pode estar assim?
Sentiu as mãos rápidas descerem o zíper de sua blusa
e expor parte de seu colo, seus cabelos foram erguidos
devagar e deixados para cima, dando acesso a visão de
seu pescoço. — Ela está toda marcada! O que
aconteceu Kakashi!?

Hinata abriu os olhos devagar e Tsunade


examinava de longe as feridas feitas em seu pescoço,
ela então puxou a faixa de sua cintura e abriu ainda
mais o tecido. Kakashi olhava para tudo aquilo
inconformado e com um brilho diferente em seus olhos,
selvagem e completamente raivoso.

— Tsunade… eu.

— Não me dê desculpas, é a única coisa que


tenho ouvido nesses dias! — Disse virando apenas o
suficiente para que ele pudesse ver sua raiva.

Calado, ele apenas observou enquanto a ninja


médica examinava de longe, Tsunade ergueu a mão e
girou seu rosto para que deixasse ainda mais expostas
as marcas que subiam por seu pescoço claro. Ouvia o
rosnar vindo de Kakashi, do mesmo som que ouviu
quando Naruto tentou avançar. Tsunade desceu a mão
para tocar na linha que ainda ardia na base de seu
pescoço.

E com uma rapidez louca, Kakashi avançou


furioso e esticou o braço para tirar as mãos da médica
de seu corpo. Tsunade fechou o rosto com raiva e

201
segurou o pulso do Shinobi com força, Hinata arregalou
os olhos enquanto os dois se encaravam com fúria.

— Irá me explicar direitinho o que está


acontecendo aqui Kakashi!

202
Capítulo 17
Nada justificava a sua revolta em ter a melhor
ninja médica tocando em Hinata, sentiu um ódio
extremo e seu corpo se moveu sozinho para tirar suas
mãos dela. Parecia realmente que algo passou a existir
dentro de seu interior, uma fera louca e completamente
possessiva, um monstro que vivia para fazê-lo perder o
controle.

Sempre teve tudo no lugar e jamais precisou ser


repreendido dessa forma, mas não estava bem. Tudo
parecia que se resumia a estar com a mulher que
estava completamente machucada na maca do hospital,
Hinata tinha marcas de mordidas desde atrás de sua
orelha até a ponta de seu ombro, em ambos os lados.
Uma linha fina de corte que descia da curva do pescoço
até a clavícula esquerda sem contar a mordida em seu
seio direito.

Marcas de vergões tomavam sua barriga em


várias direções e uma linha fina passava como corte
desde detrás de suas costas, era até onde conseguiu
ver realmente, sabia que haviam muito mais mas
naquele momento, só conseguia lembrar dessas.

Depois de quase atacar a Hokage, ela o arrastou


para o fim do corredor do hospital de Konoha. Desceu
as escadas e atravessou um outro corredor
subterrâneo.

203
Kakashi sabia que havia celas dentro do hospital,
foi um líder Anbu, mas jamais chegou a imaginar que
um dia seria jogado em uma delas. Tsunade estava em
sua razão, não contestou sua atitude. Kakashi entrou
sozinho para o fundo da sala e se encostou na parede
fria e escura de concreto, ela se sentou na mesa e o
encarou esperando que começasse a falar.

Conhecia partes das atitudes da Hokage,


trabalhou sobre o seu comando o suficiente para que
entendesse algumas de suas manias. Tsunade cruzou
os braços abaixo dos seios e continuou encarando com
seu olhar mortal. Antes que pudesse começar a falar, a
porta se abriu novamente e sem dizer nada, Tsunade
deixou que Yamato entrasse na sala também.

Era um silêncio estrondoso, conseguia ouvir seu


coração batendo forte em seus ouvidos. E pela primeira
vez sentiu medo, um medo doido de ser obrigado a se
afastar de Hinata, e não poder chegar perto do seu
perfume doce. Kakashi fechou os punhos e respirou
fundo.

— Temos passado esses dias por um tipo de


ilusão compartilhada, não consigo lembrar de como
começam e nem de todo o decorrer do processo. Mas,
lembro das sensações e dos cheiros do lugar. —
Kakashi tomou mais um pouco de fôlego enquanto a
mulher a sua frente acenou para que continuasse. —
Achávamos que não eram reais no começo, já que não
tínhamos nenhuma marca ou qualquer coisa do tipo.

204
Mas tudo começou a se aprofundar e tomar proporções
que não conseguimos controlar.

Yamato se acomodou na parede ao lado e com a


cabeça baixa, respirou fundo fazendo com que o
barulho saísse alto dentro da sala fechada.

— Godaime-Sama, não é algo fácil de explicar,


mas de certa forma eu acabei vivendo algo parecido. —
Ele bufou inconformado e encarou os olhos castanhos.
— Parece ser um sonho, e tudo o que você gostaria de
fazer enquanto está nele é usar e abusar de formas
terríveis de quem está completamente preso e a mercê
em sua frente. É inacreditável.

Tsunade liberou as sobrancelhas que


permaneciam unidas desde que entraram na sala,
passou os olhos de um para o outro e deixou que o ar
saísse pesadamente de seus pulmões.

— E por que estou sabendo disso somente agora,


Kakashi? Sabe muito bem que está parecido com um
genjutsu, não se lembram de mais nada?

— Dois homens, um cheiro forte de sangue,


seringas e por mais que seja difícil admitir, também nos
deixa com um desejo terrível.

— Como me explica sua atitude, Kakashi? Quase


o lancei pela janela do quarto!

205
Kakashi respirou fundo e puxou a bandana de sua
testa.

— É como se algo dentro de mim enlouquecesse


quando vejo alguém tocando nela, tenho a necessidade
de tirar quem quer que seja de perto e… — Kakashi
engoliu o nó em sua garganta, talvez dizer aquilo tiraria
o direito de estar perto de Hinata. Mas se fosse para o
bem dela. — Mostrar ao corpo dela que pertence
somente a mim, não sei o que está acontecendo, mas
estar longe dela como agora, me deixa à beira da
loucura.

Ela passou os olhos dele para Yamato que


apenas concordou com a cabeça, ele sentia o mesmo e
sabia que era algo que estava sendo completamente
difícil de controlar.

— Acha que tem algo a ver realmente com


Shinkiro?

— Não tenho muitas dúvidas, eles conseguem


contrabandear pessoas para o mercado escravo e
desde então as pessoas vendidas desaparecem
completamente do mapa, não me deixaria surpresa
caso tivesse um laboratório e fizessem testes nos que
sobram. Temo que tenham sido pegos por eles, não
sabemos realmente o alcance do avanço que eles têm
sobre essas questões, mas como Ino acabou sendo
capturada como vocês, estou sem ação no momento.
— Tsunade passou os dedos finos por seu Byakugou e
o massageou. — Até que ela se recupere, pelo menos

206
para que consiga capturar alguma informação, preciso
que me contem o que puderem. Sei que a memória não
vem uma atrás da outra, Ino me falou o que conseguia
lembrar, mas preciso que sempre que tiverem um
vislumbre do que aconteceu, venham até mim e me
contem. Por hora, preciso pensar em quero manter
meus olhos em você. Passará a noite aqui, mandarei
que tragam uma cama da parte superior do hospital.

— Tsunade-Sama, não me mantenha longe


dela… eu… — Não conseguiria passar a noite longe
dela, dormir longe de seu corpo na cabana já tinha sido
um sofrimento.

— Já chega, Kakashi! — Ela bradou indo em


direção a porta. — Preciso que seja o Shinobi que foi
treinado para ser e se controle. Voltarei aqui pela
manhã.

Kakashi passou as mãos pelos cabelos com


desespero, Yamato se aproximou em silêncio e tocou
seu ombro, sabia que ele estava tentando apenas
acalmá-lo, mas isso não bastava.

— Vai dar certo, Senpai. Ficarei de olho nela. —


Kakashi olhou sério em sua direção, Yamato limpou a
garganta, — De longe.

Kakashi acenou, sabia que não adiantaria


contestar, sua atitude não controlada fez com que
perdesse a chance de estar do lado dela enquanto
estivesse sendo cuidada pelos médicos. Idiota! — Sua

207
mente acusou, queria estar perto dela e ter certeza de
que estaria bem.

Circulou pela sala e escorou o corpo na mesa,


talvez a distância forçada fosse algo bom, ela poderia
descansar e ter um pouco de paz. Mas, pensar em
como alguém poderia se aproximar como seu ex-aluno
tentou fazer o enchia de ódio. Podia não ser uma
realidade as coisas que aconteciam entre eles quando
marcava o corpo dela com força, mas sentia algo
completamente e inteiramente real por ela.

Foi inacreditável, sentiu seu corpo entrar em


alerta com a cena. Kakashi havia tentado evitar que a
Hokage a examinasse, sabia que ele não tinha controle
de suas ações, mas ela ainda não sabia e tudo isso o
fez ser arrastado com força para fora da sala.

Foi difícil entender seu corpo, queria segui-lo e


não deixar que ficasse só, ainda mais não sabendo
para onde Tsunade havia levado ele. Sabia que levaria
uma bronca se tentasse sair dali, além de se sentir
completamente fraca ainda. Depois de Shizune e
Sakura terminarem de cuidar de suas poucas feridas,
foi deixada sozinha e não conseguia pensar em nada
além de ir atrás do homem que havia sido arrancado de
seu lado, entendia que ele estava tentando protegê-la,
porém de uma forma completamente errada, era um

208
jeito possessivo demais. Mas se sentia completamente
perdida sem ele.

Corou pelo pensamento de ter a necessidade de


estar perto de alguém, depois de todos esses anos em
que não teve nada além de um relacionamento em sua
vila. É, talvez tenha a possibilidade de sentir algo além
do puro e cru desejo por ele.

— Mesmo depois de todos esses anos, continua


com a mesma cara vermelha, Hinata!

Hinata fechou os olhos e engoliu seco, sabia que


teria que enfrentá-los uma hora ou outra, mas não
imaginava que poderia ser tão cedo. Kiba invadiu o
quarto e logo atrás Shino apareceu, queria
desesperadamente se esconder dentro de um buraco,
não estava pronta para responder seus questionários.

— Quanto tempo, Hinata.

— Oi pessoal…

Era uma situação completamente constrangedora,


e queria muito que tivesse demorado para acontecer,
Hinata puxou o lençol que cobria parte de seu corpo e o
puxou para cima. Não imaginava quem poderia ter
contado sobre sua estadia na vila, mas queria muito
que ninguém tivesse contado.

— Akamaru e eu sentimos seu cheiro na vila, hoje


mais cedo. E pensamos em dar uma passadinha pra

209
ver como você estava, não é amigão? — O animal latiu
e choramingou se aproximando da cama.

— Oi, Akamaru…

— Não ia nos contar que estava pela vila? — Não


queria mentir para ele, já havia abandonado seu time
sem dar qualquer satisfação.
— Não irei ficar muito tempo, achei melhor não
dizer nada. Logo estarei voltando para minha vila.

— Sem essa! Vai sair conosco antes de partir!

— Gente eu…

A porta foi aberta novamente e a última pessoa


que queria ver naquele momento entrou. Tão sério
como se lembrava, Hiashi entrou em seu quarto. Hinata
respirou fundo e sentiu toda a estrutura que havia
criado desabar. Os olhos claros de seu pai mostravam a
decepção e a reprovação de sempre.

Hinata já não era mais uma criança e não devia


explicações, ainda mais depois que deixou o cargo de
líder do clã para Hanabi, por mais que sentisse falta de
sua irmã, não queria ter que enfrentar o desgosto de
seu pai.

— Depois que eu soube que estava na vila,


passei em sua casa e avisei seu pai, assim não tem
desculpas para não sair conosco, já que ele veio vê-la.

210
— Claro que avisou, como sempre havia sido
inconveniente demais, Kiba. — De nada!

Sentia vontade de bufar, mas os olhos


acusadores de seu pai a fazia ter vontade de encolher
na cama. Era uma mulher adulta, não morava mais
debaixo do teto dele e ainda assim conseguia fazê-la se
sentir a pior coisa do mundo.

— Dez anos sem dar o mínimo de notícia e ainda


não faz questão de avisar sua família quando aparece,
Hinata? Sua falta de consideração é indescritível. — Ele
exalou e se aproximou, sem se sentar na cadeira ao
lado de sua cama. — Me deem um momento a sós com
minha filha. — Viu seus antigos companheiros de time
saírem do quarto.

— Oi, pai…— Respondeu apenas por ter ainda


respeito pelo homem que nunca se importou realmente
com seu bem estar.

— O que a trouxe de volta? Creio que não foi por


causa de sua família. — Não podia ser o fim do mundo
para ele, mesmo porque se Hiashi quisesse achá-la,
teria ido atrás dela a muito tempo.

— Foi convocada pela Hokage, estou aqui apenas


por causa de minha missão. Logo voltarei de onde vim.
— Hinata se ajeitou e se sentou na cama.

Hiashi deu um passo para trás antes de avançar e


fazê-la levantar o rosto, com os olhos furiosos ele a

211
examinava com descrença. Hinata não entendeu seu
ataque, respirou fundo tentando manter o controle e não
desabar na frente dele como costumava fazer.

— Mas o que é isso em seu pescoço!

Hinata arregalou os olhos, com toda a pressão


que ela fazia sentir, se esqueceu de tomar cuidado com
as marcas que Kakashi havia feito em seu corpo.
— Pai eu...

— Foi para isso que foi embora? Se tornar uma


mulher da vida, Hinata? Como pode sujar o nome dos
Hyuugas dessa maneira!? — Ele tinha tanta raiva e
descrença nos olhos, era difícil acreditar que ele a
conhecia. Jamais seria uma pessoa assim, mal
conseguia olhar no rosto de Kakashi depois que ele a
beijava, quanto mais se tornar uma mulher da vida.

— Não é isso o que está pensando..

— Não? Então quem faria uma coisa dessa,


Hinata? O quão sujo alguém pode ser para machucar
alguém assim!? Quem é ele?

Não falaria, mesmo que fosse colocada contra a


parede. Jamais faria parecer que a culpa era da única
pessoa que tem tentado protegê-la.

— Não é o que pensa! Por favor, acredite em


mim..

212
— Muito bem, falarei com a Hokage. Não posso
imaginar como iria destruir o nome de sua família se
aparecesse assim pelas ruas de Konoha.

— Pai.. Por favor..

Não teve resposta Hiashi saiu do quarto sem que


lhe desse o mínimo de atenção, sabia que mesmo
sendo filha dele, ele jamais acreditaria em uma palavra
sequer do que dizia. Por isso não pode permanecer
debaixo de seu teto, as exigências para ser um Hyuuga
eram muito intensas. E suportar todo aquele peso, não
era o que queria para sua vida.

Hinata puxou o lençol que cobria o corpo,


descalça, correu pelos corredores do hospital olhando
de sala em sala, sem sucesso. Você conhece o Chakra
dele! — Sua mente apitou. Mas é claro! Não seja idiota!
— Juntou os dedos próximo ao rosto e concentrou o
Chakra que havia recuperado.

— Byakugan!

Parada no meio do corredor, passou os olhos


entre as salas. Haviam poucos pacientes em seu andar,
então mudou a posição e deixou seus olhos
percorrerem por entre os andares do hospital. Te achei!
— Seus olhos enfim encontraram o fluir de roxo que
emanava do corpo dele, alguns lances abaixo de onde
estava. Sem se importar com quem a encontraria
andando por ali, girou em seus calcanhares e correu em
direção às escadas. Os degraus foram levemente

213
saltados pela pressa de chegar até ele, se lançou pelos
últimos degraus e correu até a porta em que mantinha
ele dentro da sala, desativou seu Dōjutso e entrou.

Culpado, era assim que seus olhos negros


mostravam quando se virou para olhá-la. Confuso e
cheio de culpa, Hinata avançou antes que ele dissesse
algo ou a repreendesse por desobedecer as ordens de
Tsunade. Escorado na mesa, ele abaixou a máscara
com a intenção de dizer algo, Hinata respirou fundo
tomando toda a coragem que ainda poderia ter junto
com o ar e se jogou nos braços dele. Kakashi a abraçou
e mergulhou o rosto entre os fios negros de seus
cabelos que permaneciam na curva de seus pescoço.

— Vai se meter em problemas, Hinata… — Ele


respirou fundo e movimentou o rosto se arrumando em
seu pescoço.

— Eu não ligo… — Era verdade, naquela hora,


precisava apenas do abraço quente e protetor que ele
tinha para lhe dar… — Não quero ficar longe de você…

Ele depositou um beijo na curva de seu pescoço e


levantou a cabeça, ergueu as mãos e segurou seu rosto
entre elas. Não precisava dizer a ele que sentia algo
além de tudo aquilo que estavam passando, seus olhos
escuros suavizaram enquanto a examinava com
cuidado. Kakashi sorriu de lado e avançou, beijou seus
lábios enquanto descia as mãos para segurar em sua
nuca e puxar seu corpo mais para perto pela cintura.

214
Não havia os julgamentos de seu pai, nem os
problemas que rondavam suas vidas desde que foi em
uma missão trazê-lo de volta. Era uma pequena paz.

— Então é o próximo Hokage quem tem tirado a


sua decência, Hinata?

215
Capítulo 18
O esconderijo continuava a salvo, e seus
experimentos respondiam perfeitamente bem. Logo
depois de ter testado a nova fórmula do soro com o
portador das células de Hashirama, conseguiu fazer
com que Hatake perdesse o controle. Suspeitavam de
sua linhagem a algum tempo e depois desse último
teste, tudo foi confirmado, seria ainda melhor do que
imaginavam.

Levaria os novos resultados surpreendentes ao


seu mestre, dessa vez teria algo para que o deixasse
completamente feliz. O laboratório estava ainda mais
frio que de costume e o cheiro forte dos ingredientes
tomavam o ar com densidade exagerada. Seu mestre
permanecia atrás das mesas de ferro enquanto fazia
suas novas descobertas, sua fixação pelos
antepassados e seus poderes nunca passados adiante
era extrema.

— Espero que tenha resultados dessa vez, ou não


serei piedoso dessa vez.

Ele não precisou se virar para saber de sua


posição, com todos os papéis e o novo soro preso
dentro de um dos frascos que sempre tinha em seu
laboratório. Estava mais do que satisfeito e seguro de
seus resultados, não haveria motivos para que
houvesse punições.

216
— Sim meu senhor, eles reagiram como o
esperado. Continuam confusos e ainda não conseguem
se lembrar do que aconteceu, o soro tem dado a eles
força e uma possibilidade alta de serem manipulados.

Ele se virou e o encarou com um pequeno brilho


de orgulho, — coisa que já não via há muito tempo.
Deixou os papéis em cima da mesa e colocou o frasco
dentro da pequena geladeira que usavam para colocar
seus novos experimentos e antídotos, tanto como os
venenos.

— Muito bem, comece a fase dois. Quero os


resultados mais rápidos dessa vez, tem demorado
demais. Preciso começar tudo rápido.

— Sim meu senhor.

Se curvou levemente e se virou para ir embora e


começar a nova fase do plano, a dose seria maior e
possivelmente seria ainda mais fácil manipulá-los além
da possível falta de consciência da cobaia.

Ino
Não sabia como olharia nos olhos dele, sua vida
havia virado de cabeça para baixo. Era uma sensação
terrível, Sai não merecia que fizesse uma coisa dessas,
também jamais teria coragem de fazer. Depois de sair

217
da sala da Godaime, Ino seguiu lentamente para casa.
Tudo o que queria era um longo e interminável banho.

Não sabia se já havia voltado de sua missão, já


que passou dias desacordada. — pelo menos era o que
achava.

Destrancou a porta da floricultura, tudo parecia do


jeito que deixou quando saiu. Acendeu as luzes e jogou
a bolsa em cima do balcão, ao menos teria um pouco
de tempo para pensar e tentar resolver o caos que sua
cabeça guardava.

— Finalmente você chegou. — Seu coração


quase saltou da boca, parecia que batia em seus
ouvidos.

— Sai… Achei que ainda estivesse em missão. —


ele se aproximou devagar e lhe deu um beijo na testa.

— Um pouco antes de você…

Não conseguia encara-lo, não sabendo de tudo o


que passou naquela “ilusão” ainda mais tendo gostado
de toda aquela situação. Nunca em todo o seu
casamento desejou Sai como estava desejando o
homem que acordou ao seu lado na floresta.

Eles tinham um bom nível de intimidade, mesmo


que ele não tivesse os sentimentos como as pessoas
normalmente teriam. Mas o amava mesmo assim, um

218
grande desafio para ela. Mas estava difícil olhar para
ele, e não deveria ser assim.

A culpa tomava seu coração com tanta


intensidade e a fazia temer magoar o coração dele.

— Ino… o que você tem?

— Não é nada, a missão foi apenas complicada


demais.

Não havia mentira ali, apenas a falta de


informações. Desde que havia chegado da missão, seu
corpo pedia desesperadamente para que fosse tocada
por Yamato novamente e isso estava deixando sua
cabeça louca. Agora que estava um pouco recuperada
de sua viagem poderia tentar invadir a própria mente,
mas o medo de ver algo que a marcaria para sempre
estava tomando seu coração.

Ino subiu para o quarto e jogou as roupas que


vestia no chão de seu banheiro, eram as roupas que
Yamato havia tocado e erguido para que pudesse trocá-
la melhor. Queimaria os tecidos, se a fizesse ter o
mínimo de paz em sua consciência.

A água fria foi um choque, igual a mesa fora de


ferro que foi deixada nua e completamente exposta e
amarrada. Ino gritou, a lembrança de estar a mercê
tomou conta de sua mente tão forte que foi impossível
conter qualquer reação. Que droga sua idiota! — A
acusação de sua mente era impiedosa, não fui sua

219
culpa estar daquela forma e sabia que não precisava se
martirizar por isso. E pela floresta? Você é uma
hipócrita Ino! — Poderia até ser, mas sentia a culpa e a
dor em saber que aquela situação que não planejou
magoaria alguém especial em sua vida.

— Ino, o que você tem!? O que está


acontecendo? — Como iria contar? Não conseguia
admitir a si mesma que havia se aproveitado da
situação, e pior ainda: adorou cada uma das coisas que
ele havia feito em seu corpo.

As lágrimas que brotaram em seus olhos azuis


foram pesados e sabia que sofreriam por isso, Sai tinha
os olhos confusos e preocupados.

— Me deixe tomar meu banho em paz, Sai.

— Ino sabe que pode me contar as coisas, sei


que é difícil o que passa.

Ele não entendia, precisava daquele tempo


sozinha e sua insistência estava acabando com seu ser.

— Sai, eu preciso ficar sozinha. Me deixe só.

Ele cruzou os braços e escorou no box do


banheiro, teimoso, não sabia a hora de parar. E
precisava pôr a cabeça no lugar para não magoar
ninguém e muito menos a si mesma.

— Esqueça, Ino.

220
Desligou o chuveiro e saiu nua e molhada, deixou
o rastro de seu corpo pelo piso de madeira e secou
apenas o necessário com uma das toalhas de seu
armário. Ele a seguiu e tudo o que precisava naquele
momento era da paz, jogou um vestido por cima do
corpo sem se dar o trabalho de pescar suas roupas
íntimas no vão entre ele e a cama. Não podia ficar ali,
não agora. Não existia a possibilidade de enfrentá-lo.

— Ino!

— Eu preciso de um tempo, Sai!

Não se importou em fechar a porta, deixou seu


marido no quarto e pegou apenas a bolsa de mão que
ficou sobre a mesa de centro. Andou rápido pela
floricultura e saltou por cima dos telhados. Pedia a Kami
para que ele não tentasse rastreá-la, subiu a praça
principal depois de se jogar do telhado mais baixo e
correu para a parte mais afastada.

Um tempo, — Sua cabeça repetia. Talvez apenas


algumas horas, um pouco de paz vai te fazer bem. —
Era uma idiota, e sabia perfeitamente disso. Poderia
contar a ele de uma vez e acabar logo com essa aflição,
mas e o que faria com esse desejo catastrófico que
consumia seu corpo? É sim, uma Yamanaka
completamente idiota. — Aceitava a acusação, não
tinha o que refutar. Ainda conseguia lembrar da
sensação da língua dele entregando seu ponto mais
sensível, e do prazer que jamais sentiu. Idiota.

221
Deixou seu corpo cair derrotado sobre a parte
afastada do antigo campo de treinamento, o escuro
bem vindo a fez se apoiar num dos três troncos e
desabar sem que precisasse da própria decência.

— Ino… eu sinto muito...

Yamato
Ir para casa foi impossível depois de toda aquela
situação, seu amigo em “detenção” por algo que não
era culpa dele é pior ainda, a atração descomunal que
estava sentindo por Ino.

Sabia que ela teria problemas maiores que os


três, mesmo que quisesse não poderia deixá-la passar
por isso sozinha. Uma ótima ideia para quem estava
naquela situação. — também sabia que sua ideia era
incrivelmente idiota. Mas era tão culpado quanto ela, ele
avançou e ela se entregou. Podiam já ter a sentença
sobre esse ato impuro.

Em vez de ir para casa foi teimoso o bastante


para seguir até a floricultura, não conseguia pensar em
ir para outro lugar. Tinha a necessidade de estar perto e
muito mais, sentia um ciúmes doentio por uma mulher
que não era dele e jamais esteve de qualquer forma
ligada a sua vida.

222
Estava louco, queria arrancá-la daquela casa e
segurar seu corpo de um jeito que duvidava que ela
deixaria. Ficou em cima de um dos apartamentos que
tinham em sua rua, não era tão alto, mas ajudava em
sua “camuflagem”. Observou enquanto ela entrava pela
porta da loja e logo depois Sai, a culpa era ingrata. Seu
peito apertou de uma forma irracional, daria qualquer
coisa para não passar por aquela situação. Desejando a
mulher de outro a ponto de observá-la de longe. Isso é
ridículo, Yamato! — com toda a certeza do mundo.

Havia tomado força e coragem para ir embora


quando a viu correr desesperadamente para longe, Sai
passou pela porta da floricultura, mas permaneceu ali
por um tempo antes de voltar para dentro.

Então seu corpo se moveu com velocidade,


atravessou metade de Konoha atrás da loira de vestido
comprido e cabelos molhados. Não foi sua culpa sentir
desejo devastador por ela, mas sabia que isso seria a
sua perdição. Estava metido em algo que não deveria,
havia feito um casal brigar.

Mas tinha que ao menos saber se ela estava bem,


seguiu ela até o campo de treinamento e ver ela perdida
em seu próprio sofrimento partiu seu coração. Se
aproximou devagar e escorou no tronco mais afastado.

— Ino… eu sinto muito.

223
Ela virou o rosto, seus olhos azuis tinham medo,
uma culpa inimaginável e um brilho louco que poderia
fazê-lo perder o juízo.

— Não devia estar aqui, vá embora… já tenho


problemas demais no momento e não quero fazê-los
aumentarem.

— Não vim aqui para isso, só queria dizer que não


foi culpa sua. Tudo o que aconteceu, foi algo que
ninguém esperava.

Ela riu e escorou a cabeça no tronco deixando os


cabelos molharem a madeira.

— Não teria sido minha culpa… se não tivesse


gostado de estar naquela mesa Yamato, eu lembro de
gostar e querer ainda mais. Sinceramente, duvido que
eu precisaria estar amarrada para deixar que fizesse
tudo aquilo.

Yamato ergueu as sobrancelhas em surpresa, se


lembrava vagamente das coisas. Era difícil organizar os
pensamentos sobre as coisas que aconteceram em seu
sumiço. Mas tinham coisas que não podia esquecer e
que martelavam repetidamente em sua cabeça: Ino
amarrada sobre a mesa de metal fria, seu corpo nu e
exposto, a corda em sua boca, seus gemidos
descontrolados e o líquido de seu prazer deixando suas
estocadas deslizarem até o fundo do seu interior.

224
Não podia esquecer de sua entrega real na
floresta e como ela suspirava quando sua língua
esfregava seu clitóris macio e inchado. Ela era uma
mulher deliciosa, tudo o que queria naquele momento
era travar seu corpo contra aquele maldito tronco e
foder seu corpo ainda mais forte que da última vez. Ele
não era assim, gostava de aproveitar o momento e
tocar cada parte do corpo da mulher que estivesse com
ele, mas queria fazer coisas que jamais teria coragem
em um dia “normal”

— Mas não foi culpa nossa sentir tudo isso, além


do mais, eu quem fui atrás de você na floresta. —
Yamato respirou fundo. — A culpa é inteiramente
minha.

Não era mentira, foi ele mesmo que acabou


avançando e não resistiu ao tocar a pele nua de sua
cintura. Se deixou escorar na parte contrária do tronco,
dando a ela distância suficiente — mesmo que a
quisesse em seu colo. Se conteve, e quase de costas
para ela no tronco de treinamento ao lado, apoiou a
cabeça ali e puxou a base de ferro que usava ao redor
do rosto.

— Eu jamais senti isso por ninguém, Yamato.


Saber que vou continuar não sentindo e que jamais vou
sentir por Sai, me destrói.

— Você não é a única que sente isso, desde


aquele dia, tenho vontades que jamais pensei em ter
por toda a minha vida, Ino.

225
— Merda. Eu não sei o que fazer.

— Acho que quando tudo isso acabar também


voltaremos ao normal. — Não sabia realmente como
toda essa história funcionava, mas seria o certo e ao
menos daria a ela algo para se apoiar. Mesmo a
querendo desesperadamente. — E poderá ficar em paz
com Sai.

O silêncio perdurou por um longo tempo, era um


peso que os dois estavam carregavam desde que
acordaram. Seria difícil ficar longe dela, pelo menos até
que descobrissem o que realmente aconteceu, se
sentia preso a ela de algum jeito. Era como se não
pudesse viver onde ela não estivesse. Um sentimento
irracional que jamais sentiu em toda a sua vida,Yamato
puxou os joelhos para cima e deixou os braços
descansarem nas pontas dos joelhos, e tampou o rosto
com as mãos.

— Yamato…

— O que foi, Ino?

Ela deu um longo suspiro, doía para ele também.


Sentir algo que não era para acontecer.

— Uma parte de mim não quer que as coisas


voltem ao normal.

226
Não teve tempo para responder que também não
queria que tudo voltasse como era antes, ela puxou as
mãos que cobriam seu rosto e ergueu um pouco de seu
vestido antes de fazê-lo desdobrar as pernas para que
ela se sentasse em seu colo. Ela era tão bonita, de
cabelos molhados e apenas com um vestido leve de
alças finas, podia ver o formato de seu corpo naquele
tecido solto, mesmo sendo largo. Yamato subiu as
mãos para sua cintura e a ajudou a se sentar em seu
colo, com os seios na altura de seu rosto, conseguia ver
o contorno que o pano fazia.

Era completamente perfeita e se fosse em uma


outra vida, não se arrependeria de desejar seu corpo
com tanta vontade.

— Isso vai te trazer problemas, Ino…

— Diga para mim que consegue se controlar, e eu


me colocarei presa dentro de umas celas da prisão
Anbu. — Era tão ousada, confiante e cheia de si.

Yamato puxou seu quadril e a forçou para cima de


sua ereção, ela suspirou e puxou os cabelos loiros e
compridos para o lado direito do ombro. Foi sua deixa
para prender os dentes na pele fina de seu pescoço,
queria mordê-la, e deixar marcas fortes e profundas por
todo o seu corpo. Ino gemeu e esticou ainda mais o
pescoço, dando mais acesso para que depositasse
seus dentes com ainda mais vontade.

227
Yamato se levantou com Ino no colo e a apertou
contra o tronco de treinamento, estava desesperado
para se afundar dentro de seu corpo desde que
chegaram em Konoha, apertou as nádegas macias e
cravou os dedos sem se importar com as marcas que
ficariam, era isso o que seu interior queria, era isso o
que implorava para que fizesse. Marcar seu corpo com
força e mostrar que pertencia a ele.

Mas sua consciência sabia que jamais seria


assim, Ino nunca poderia ser dele. Casada e com todas
as próprias coisas para resolver, jamais daria a ele
qualquer chance em alguma outra circunstância. Ino o
afastou e colocou as pernas no chão, empurrou seu
corpo contra a madeira e o beijou com desespero. Era
incrível como ela tinha força para arrancar de sua mão
a dominância, mesmo que o seu interior gritasse e
rugisse para que a jogasse no chão e a fodesse com
força. Era difícil fazer com que ela parasse.

Ela puxou a base que segurava a sua calça no


lugar e sem cerimônia abaixou com rapidez, sua
consciência gritava para que a parasse mas seu corpo
fez suas mãos prender nos fios molhados de seus
cabelos e deixar que fizesse o que bem entendesse.
Yamato sugou a língua macia que invadia sua boca
com necessidade, estava entregue a ela a muito tempo.
Não conseguiria negar qualquer coisa que tentasse.

Ino então se abaixou, seus olhos azuis estavam


repletos de desejo e malícia. Seria levado a loucura por
causa dela.

228
— Ino, não faça isso… irá se arrepender de… —
Porra, foi a única coisa coerente que sua mente
conseguiu formular naquela hora. — Ino!

Yamato prendeu as mãos com força enquanto


sentia os lábios macios dela deslizavam pela extensão
de seu membro, quente e completamente molhada, sua
boca fazia seu pau pulsar com força. Perderia o juízo,
enlouqueceria com ela.

Ino sugava sem pausa enquanto deixava sua


língua massagear a glande, ela deslizava os lábios com
vontade, sugava e deixava com que invadisse sua
garganta. Era deliciosa, quente e tão macia. Ela
deslizou para a ponta e sugou a glande enquanto seus
dedos subiam por dentro de sua blusa, Ino arranhou
seu peito enquanto gemia com os lábios preenchidos,
sugando e lambendo sem qualquer tipo de pudor.

Não aguentava mais, Yamato mudou a posição de


suas mãos e as prendeu nos fios molhados ao lado de
sua cabeça. Forçou a entrada até sua garganta, Ino
gemeu e fechou os olhos soltando seu peito. Ela
parecia se entregar às investidas, amaciou os lábios e
soltou a cabeça deixando que conseguisse estocar em
sua boca com liberdade.

— Porra, Ino! — Foi seu fim, ela suspirou e o


encarou. Yamato estocou uma última vez e gozou, ela
segurou seu membro pela base. E fez seu prazer

229
aumentar quando sugou a ponta tomando tudo o que
podia dar a ela.

Seu sorriso malicioso era delicioso, ela se ergueu


enquanto não conseguia pensar em qualquer coisa que
fosse.

— Estamos quites… — Yamato sentiu seu peito


vibrar com o som terrivelmente sexy.

— Nada disso!

O rosnado como resposta saiu fiorde de seu peito,


Ino arfou e abriu os olhos em surpresa. A puxou pelo
pescoço e a prendeu onde estava, deixou sua mão
passar pelo seu corpo desde a cintura levantando o
tecido junto. Colou suas testas e levou sua outra mão
para ajudar a subir o tecido pelo seu corpo. Passou o
braço esquerdo debaixo de seu joelho esquerdo e a fez
erguer a perna, desceu a mão livre e passou por entre
suas pernas.

— Droga, Ino.. — Resmungou, enquanto sentia a


falta do tecido que deveria cobrir sua intimidade.
Massageou seu clítoris molhado, e deixou seus dedos
escorregarem para dentro de sua entrada. — Como eu
gostaria que fosse apenas minha… — Suspirou
enquanto retirava os dedos de seu interior substituindo
por seu membro. — A marcaria em cada pedacinho de
seu corpo, só para que você soubesse que era somente
minha…

230
Ela gemeu enquanto se afundava firme em seu
interior, não havia dito nenhuma mentira. Yamato
desejava isso, queria poder deixar marcas terríveis e
deliciosas em seu corpo de porcelana. Não tinha
paciência para ser gentil, queria fodê-la forte até que ela
gritasse em desespero.

Apoiou firme em sua cintura e estocou, Ino


arregalou os olhos e os virou, seu gemido foi um grito
de dor e satisfação. Incrível, completamente
maravilhosa. Se deixou entrar forte sem sua entrada
macia sem se importar em ser delic ado, Ino buscava
apoio desesperada enquanto o espremia com vontade.
Ela gozou rápido, seu corpo tremia em meio às suas
investidas impiedosas, não demorou para segui-la,
tomou seus lábios e se deixou preencher seu interior
novamente. Não conseguia evitar, seu corpo havia
marcado como sua.

231
Capítulo 19
Tudo parecia estar certo quando estava nos
braços dele, mesmo as coisas tendo acontecido
daquela forma, Hinata sentia que depois de todo esse
tempo que se manteve afastada e sozinha, finalmente
estava sentindo algo concreto. Kakashi a apertou forte
quando ouviu a voz de seu pai, de costas para a porta,
ouvia o rosnar baixo vindo de dentro de seu peito.

As palavras duras e o ataque de seu pai fez seu


corpo enrijecer, mesmo depois de adulta ele ainda tinha
poder sobre sua vida.

— Acabe com isso, Hinata! — Ele bradou,


Kakashi aumentou o aperto em seu corpo e apenas
virou a cabeça para olhá-lo. — Já basta!

— Já basta, senhor Hyuuga. — O som forte e


grossa da voz do homem que a embalava em seus
braços fortes. — Sinto muito por ela não ser mais uma
criança, ela não lhe deve mais satisfações.

— Não se intrometa, Hatake. — Seu pai bradou.

— Deixe-a em paz, o que ela faz da vida não é


mais da sua conta.

Hinata sentiu o peito de Kakashi inflar, não queria


que brigassem. Não havia motivos para isso, tocou o

232
peito dele e se afastou, tomou o ar que precisava e
juntou a única coragem que tinha.

— Não se intrometa você, pai. — Disse enquanto


se soltava dos braços protetores. — Já sou uma mulher
adulta e muito capaz de cuidar de mim mesma, já não
podia ficar em Konoha sabendo que iria continuar se
intrometendo na minha vida. Deixe-me em paz.—
Respirou fundo. — Kakashi não fez nada a mim que eu
não tenha permitido, além de me proteger como você
jamais fez.

— HINATA!

— Querida…

— Já chega, não posso mais.

Não se sentia bem ali, Konoha deixou de ser seu


lar a muito tempo. As pessoas dali, principalmente a
própria família não a fazia bem, nunca foi tão feliz
quanto começou sua vida em Nozomu. Não deu chance
para que Kakashi conseguisse segurar seu pulso,
passou pela porta e esquivou do braço de seu pai. Não
pertencia mais a aquele lugar.

Não levaria nada, passou pela entrada do hospital


e não avisaria a Hokage. Seu único lugar seguro estava
dentro de sua casa, não importava o horário, sabia que
estava prestes a amanhecer. Passou com pressa pela
rua principal de Konoha, ainda descalça. Fugiu pelos
portões com Izumo gritando em suas costas.

233
As árvores balançavam em desespero, o vento
estava mais forte que o normal. Atravessou e pulou
para cima das copas, seus pés doíam por pisar nas
cascas das árvores, os galhos arranhavam seus pés
sem poupá-la.

Saltou e jogou o corpo para o chão terroso, sua


vila estava próxima e enfim seu coração se aquietou um
pouco. Desviou das árvores e seus pés se enrolaram, a
queda foi inevitável, seu corpo bateu contra as raízes
altas.

— Droga... — Seu corpo estalou quando chocou e


a dor irradiou.

— Fugir não foi a sua melhor escolha, Hyuuga.

Aquela voz fez seu peito disparar, seu corpo


parecia ter amolecido. Sentia essa moleza todas as
vezes que estava prestes a se perder no fundo de uma
grande escuridão.

Podia dizer que sentia um ódio descomunal, ouvir


o tom de voz que Hiashi usava com Hinata lhe trazia
uma ânsia em fazê-lo sofrer. Proteger aquela delicada
mulher foi a sua primeira reação, sentiu ela relaxar em
seus braços quando a segurou ainda mais firme, além
de um conforto que jamais pensou que sentiria. Poderia

234
viver apenas com aquele abraço, era um mundo criado
inteiramente apenas para os dois.

Enfrentaria o senhor feudal do país do fogo se


fosse necessário, apenas por ela. Jamais deixaria com
que Hiashi ou qualquer pessoa a fizesse se sentir assim
novamente. Tensa e de certa forma ainda menor. Ela o
surpreendeu com sua coragem, enfrentou o próprio pai
antes de fugir para fora do hospital. A vontade que tinha
era de ir atrás dela, mas sabia muito bem que Tsunade
poderia impedir que a visse novamente se a
desobedecesse.

—Se diz ainda ser apto para que possa virar um


Hokage, me surpreende sua falta de noção, Hatake.

Kakashi não tinha o controle de suas emoções


desde que acordou naquele lugar com Hinata, queria
avançar em seu pescoço e o fazer pagar primeiramente
por ter magoado a própria filha, em seguida, por ser um
homem completamente presunçoso.

— O que penso de mim mesmo não lhe diz


respeito, Hiashi. — O ar que usava para respirar
começava a sair pesado quando sentia aquele tipo de
emoção. — Mas ao contrário do senhor, estou
completamente disposto a dar minha vida por aquela
mulher que você tem destratado e ainda a chama de
filha. Iria ao fim do mundo por ela.

Os olhos de Hiashi se estreitaram em raiva e as


marcas ao redor de seus olhos saltaram mostrando que

235
havia ativado seu Dojutsu, Kakashi respirou fundo e se
preparou para enfrentá-lo. Não a deixaria sofrer
novamente por esse tipo de coisa.

— Como ousa, Hatake!? Seu…

— JÁ CHEGA!

A voz alta e completamente irritada de Tsunade


ecoou pela sala, Kakashi segurava sua mão pronto para
ativar seu Raiton. Sentia seu corpo tremer em
expectativa, partiria para cima daquele homem sem
qualquer tipo de receio ou arrependimento.

— Não me diga que está defendendo esse


homem, Hokage! — Hisashi disse alto o suficiente para
que todos prestassem a atenção em sua raiva. — Ele
tem feito marcas em minha fil…

— Já basta, Hiashi! Conheço muito bem seu


histórico com Hinata, a vi correndo para fora do
hospital. — Ela olhou em sua direção, Kakashi respirou
fundo se segurando para não sair correndo atrás dela
sem a liberação da Godaime. — Pode ir, sabe muito
bem que preciso dos dois aqui.

Kakashi assentiu e marchou em direção a porta,


Hiashi fez a menção de se pôr em sua frente. Kakashi
rosnou e o homem uniu as sobrancelhas.

236
— Hiashi! — Tsunade disse alto e o homem saiu
de sua frente com relutância. — Não se intrometa!
Procure-a e a traga de volta, Kakashi.

Kakashi passou pelo homem e não se importou


em olhar para trás, avançou em direção às escadas e
partiu para fora das portas principais do hospital.
Mostraria a ela que não deixaria ninguém mais pensar
em tratá-la daquele jeito, que estaria segura com ele.
Não podia ficar longe dela, não mais, não depois de ter
aceito estar com ele e ser toda dele.

Kakashi passou pelas ruas vazias de Konoha na


expectativa de encontrá-la em algum lugar, sem
sucesso, seu apartamento estava vazio e a casa que
Shizune havia lhe deixado ficar, também. Havia
devolvido a chave, mas contudo, preferiu procurar
mesmo assim.

Restava apenas a casa de seu pai, isolada e


vazia, seria um ótimo local para que pudesse descansar
a cabeça e se afastar de qualquer um que pudesse
tentar incomodá-la. O portão permanecia fechado, sem
qualquer tipo de provas que ela havia entrado naquele
lugar, Kakashi fechou a porta com força.

Entendia que ela precisava de um tempo, mas


seu peito doía com a falta e a distância que estavam
naquele momento. Daria alguma hora para que ela
pudesse respirar em completa paz e tranquilidade,
mesmo que quisesse buscá-la de qualquer forma.

237
Foram horas intermináveis, seu peito doía com a
possibilidade de que ela pudesse ter saído da vila, os
minutos pareciam passar de propósito em completa
lentidão. Não havia motivos para que a esperasse e não
a procurasse, desesperado sentado em cima do sofá
antigo, passava as mãos nos cabelos incansavelmente.
Kakashi está a ponto de pirar, saber que ele poderia ser
o motivo de sua fuga, apenas por ter enfrentado seu pai
era doído, queria apenas protegê-la.

Tirou o colete e puxou a bandana de sua cabeça,


procuraria ela nem que precisasse invocar seus
Ninkens. Abriu a porta pronto para correr atrás da
mulher que era completamente dele mesmo que não
tivessem colocado isso claramente para ela, mas o
cheiro de sangue fluiu forte dentro da casa de seu pai.
Não conseguiu ver nada além de uma grande escuridão
depois de sua porta.

[...]

O silêncio incomodava seus ouvidos, podia ouvir


claramente o barulho forte de seu coração. sua cabeça
doía com exagero, estava começando a ficar farto de
toda aquela situação. Abrir os olhos era sempre uma
luta, se forçou a erguer as pálpebras, não havia saído
da casa de seu pai, de onde estava, conseguia ver a
cama grande ocupando a parte central da parede que
acomodava o batente da porta.

Os lençóis brancos estavam ocupados por alguma


dezena de objetos, Kakashi respirou fundo e olhou ao

238
redor, e no canto vazio do quarto, Hinata o observava
sobre os joelhos. A falta de uma coleira em seu próprio
pescoço não o impedia de falar, mas sim, desta vez
tinha algo diferente. A mordaça de couro tomava quase
toda a mandíbula e tampava sua boca, deixando
apenas o nariz livre de seu forte aperto. Mais uma vez
foram pegos, e não teria a chance de poder sentir a
pele macia dela entre seus lábios. Dizer que não
acabava se aproveitando dessas situações era uma
completa mentira, acabava se deleitando com os gritos
e gemidos desesperados de Hinata, coisas que não
saberia se teria coragem de fazer a ela num momento
diferente.

Queria poder mordê-la, deixar as marcas de seus


dentes de poder provar o sabor de seu corpo, da sua
intimidade e do líquido vermelho que brotava de suas
feridas, quando seus dentes ou dos pequenos
arranhões que causava em seu corpo.

Hinata tinha os olhos perolados brilhantes, no


canto do quarto quieta e tão silenciosa, continuava a
observar suas tentativas falhas de tentar qualquer tipo
de comunicação. Com a parte íntima de sua roupa, a
renda transparente deixava com que sua pele ficasse
exposta de um jeito delicioso. Mas estava preso
novamente, seus braços estavam esticados e presos a
parede atrás de suas costas, as algemas pesadas de
ferro possibilitavam apenas que pudesse se jogar um
pouco mais para frente.

— Sabe o que fazer, Hyuuga.

239
Hinata não disse nada, apenas se levantou e com
todas as suas perfeitas curvas andou e parou ao lado
da ama. Com as mãos para trás deixou que os seus
olhos perolados percorrerem todo o seu corpo preso na
parede. Kakashi respirou com certa dificuldade, sentiu
naquele momento o peso que o quarto mantinha. Linda
com aquelas poucas peças brancas em seu corpo,
esperava pacientemente a voz lhe dar qualquer
instrução para prosseguir.

— Escolha e não o poupe, estarei vigiando.

Mesmo depois de ter dito isso, a voz do homem


que nunca conseguia reconhecer, passou pela porta do
quarto e a bateu. Kakashi sentia o peso do seu peito ao
subir e descer com a respiração, Hinata parecia
inconsciente de seu estado normal, ela ergueu os
cabelos e os deixou presos para trás. Em seguida tocou
nas peças que estavam depositadas alinhadas na
cama.

Medo, excitação, tesão por aquela mulher e a


culpa por se sentir louco para que ela começasse logo
com o que foi instruída a fazer. Sensação que poderiam
fazê-lo perder a capacidade de pensar como um ser
humano racional, era uma completa bagunça que sentia
tomar seu corpo. Jurava para si mesmo que ela estava
em si, via em seus olhos a vontade de estar exatamente
ali, e queria tanto quanto ela naquele momento.

240
Hinata deixou apenas os dedos tocarem devagar
em cada uma das peças e caminhou devagar em sua
direção, seus seios fartos se moviam com leveza e uma
sincronia cruel, queria estar com as mãos perdidas em
seu corpo arrebatador. Ela deixou apenas a distância
de um palmo entre os dois , tocou a parte superior de
suas coxas e deixou as mãos escorregarem por sua
pele nua. Subiu deslizando lentamente enquanto o
torturava com a maldita expectativa do que podia fazer
ali. Seus dedos passaram pelas linhas definidas de seu
abdome e subiu traçando até chegar na base de seu
pescoço.

Sua pele arrepiou com violência, era uma leve dor


deliciosa, ela quase não piscava os olhos enquanto via
as reações que conseguia causar com seus poucos
toques. Mas sem dizer qualquer palavra que o pudesse
preparar, ela deixou as unhas afundarem um pouco
abaixo de sua clavícula e desceu arranhando a pele
sem qualquer piedade. Queria gemer pela dor e
ardência forte na pele, mas sua boca era
constantemente apertada contra a sua vontade pela
mordaça.

Os olhos dela desciam junto com cada uma das


marcas que traçava até a parte baixa de sua barriga,
ela trocou as unhas pelas pontas dos dedos e com a
mão direita continuou traçando a linha pela sua virilha e
deixou que tocasse seu membro e seguisse a extensão
até a glande. Kakashi gemeu rouco, sua garganta e
lábios reclamaram por não poderem soltar os barulhos
que tanto necessitava expressar. Ela soltou um sorriso

241
pequeno que antes levaria como um sorriso tímido, mas
sabia que ela não estava em si, podia jurar ser pura
perversidade.

Hinata se afastou e virada de costas para ele, se


curvou levemente e deixou que visse suas curvas
presas por aquele maldito tecido branco, queria
arranca-lo, rasga-lo de seu corpo com tanta força que a
deixaria com as marcas usadas pela força. Ela se
esticou e com uma kunai na mão direita e o cabo de
madeira envolto por couro preto, segurava as tiras de
couro que se estendiam com peso que quase se
arrastava no chão enquanto ela se aproximava
novamente de seu corpo.

Engoliu a saliva que se formou em sua boca com


força, sentia seu coração acelerar mais do que deveria,
não era medo, o tesão que sentia por aquela mulher o
fazia puxar as correntes e sentir seu corpo entrar em
chamas antes mesmo que ela o tocasse. Aquela
coragem que ela jamais teria em olhá-lo com extrema
malícia o fazia acender como nunca.

Ela parecia querer vê-lo sofrer, talvez desejasse


isso internamente também. Hinata deixou que as tiras
de couro encostassem em sua coxa direita e devagar
subiu a kunai mirando em seu pescoço. Kakashi fechou
os olhos com força, ela poderia matá-lo com facilidade
ali.

— Não consigo controlar meus movimentos… —


Ela disse baixinho como num sussurro enquanto

242
forçava a kunai com força o suficiente para lhe cortar a
pele. — Me perdoe…

Kakashi rosnou com a leve ardência que sofreu


na parte da extensão de seu pescoço, o lado esquerdo
esquentou e logo sentiu o escorrer leve do líquido.
Hinata se ergueu nas pontas dos pés e passou a língua
por sua clavícula molhada até o fim do pequeno corte, a
sensação fez seu membro pulsar e deixar a cabeça
pender para trás. Ela sugou em seguida e desceu com
beijos até a base de seu pescoço,onde sugou e
mordeu.

Kakashi sentia seu corpo ferver, rosnou com


voracidade e estremeceu quando sentiu ela apertar a
força da mordida. Hinata se afastou com rapidez e não
tomou tempo para se preparar, apenas se impulsionou
e com força usou as tiras do chicote para acertar o peito
seguindo a linha de sua cicatriz na diagonal. O gemido
abafado foi alto o suficiente para que ela mordesse o
lábio inferior e repetisse o golpe pegando a parte lateral
de sua barriga.

Kakashi apertou os olhos, era tudo o que ele


queria fazer a ela em todos esses dias, marcá-la de
todos os jeitos abusar de cada pedacinho de seu corpo
curvilíneo. Ela girou o corpo e o acertou novamente na
lateral do outro lado enquanto ele rosnava com os
golpes maldosos. A pele em seu peito saltou deixando
diversos vergões espalhados, Hinata colocou a língua
para fora da boca e deixou ela percorrer pela extensão
dos vergões quentes de seu peito.

243
Gemia e rosnava louco, estava desesperado para
apertar forte o corpo delicioso daquela mulher contra a
parede e fodê-la em desespero. Deixar que seu pau a
penetrasse duro e implacável, fazendo ela implorar para
que parasse. Mas Hinata o surpreendeu, passou a
kunai por cima da pele quente e ardida de seu peito e
fez uma linha arranhando o meio de seu peito e
abdome.

Se excitar com isso é confuso, e tão anormal.


Merda! — Berrou para si mesmo. Hinata deixou os
objetos caírem de sua mão e deixou os joelhos
cederem.

Ela ficou ajoelhada de frente para seu corpo


completamente nu e sua ereção implorava por atenção.
Kakashi respirou fundo quando ela se moveu
segurando firme e o colocando todo na boca. O gemido
não foi contido pela mordaça, Kakashi urrou quase sem
voz enquanto sentia a boca quente dela envolver seu
membro com volúpia. Ela se demorou sugando a
glande e logo deixou seu membro escorregar para o
fundo de sua garganta.

Era insano, uniu as sobrancelhas enquanto o


prazer tomava conta de sua virilha e subia para seu
quadril, os lábios macios dela massageavam seu
membro de um jeito incrível. Kakashi moveu a cabeça
em sua direção, Hinata o encarava enquanto deixava
pequenos gemidos escaparem toda vez que deixava
seu membro sair o suficiente de sua garganta.

244
Era linda, deliciosa e o estava fazendo
enlouquecer pelo prazer irracional que lhe
proporcionava, a visão de ter ela se deliciando
enquanto hora ou outra fechava os olhos quando se
ajeitava para sugar apenas a glande era devastador,
fazia seu pau pulsar sua boca e seu corpo tremer
enquanto se preparava para gozar.

Droga! Hinata… — Queria avisá-la, queria dizer


que o prazer estava sendo demais. Que os estímulos e
todas as coisas que fez ao seu corpo enquanto estava
amarrado estava deixando ele à beira do abismo, seu
membro pulsou forte e ela o tirou de sua garganta.
Gozou jogando a cabeça para trás enquanto ela fazia
uma demorada e longa sucção, como se tomasse
grandes goles de seu membro. Ela parecia querer
daquele jeito, jamais viu coisa igual, Hinata o incitava a
gozar ainda mais.

Seu corpo tremeu depois que ela passou a língua


na ponta, tirando todo o resquício que poderia ter
sobrado. Foi um prazer insano e completamente forte,
jamais havia sentido algo daquele tipo em toda sua
vida. Seu sorriso timidamente malicioso abriu seus
lábios enquanto se erguia do chão. Kakashi precisava
jogar ela na cama e mostrar a ela que ele era o único
que ela poderia chupar daquela forma, ela traçou os
dedos nas marcas vermelhas e ardidas de seu peito e
subiu até que se enganchassem na base da mordaça.

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Sua respiração aumentou com a intenção de que
ela a tiraria, queria beijar seus lábios agora levemente
avermelhados pelo prazer que havia acabado de lhe
dar. Hinata puxou a base afivelada que prendia o couro
em sua boca e a soltou, segurou em seus cabelos e
puxou sua cabeça mais para baixo onde poderia
alcançar seus lábios sem problema. O beijo foi um puro
desespero misturado com excitação, queria sentir o
gosto doce de sua intimidade enquanto derramava em
sua boca.

Mas ela estava cruel, quebrou o beijo e deixou os


dedos descerem e apertarem seus mamilos, foi
doloroso e seus olhos pareciam se deleitar com a dor
estampada em seu rosto.

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