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Sexta-feira, 7 de Agosto de 2020 I SÉRIE —

­ Número 151

BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P. Artigo 2


(Âmbito)
AVISO
1. O presente Decreto aplica-se:
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve ser remetida em cópia
a) ao Secretário de Estado na Província;
devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde conste, além das indicações
b) aos Serviços de Representação do Estado na Província.
necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte, assinado e autenticado: Para
publicação no «Boletim da República». 2. A organização, o funcionamento e as competências
das instituições de defesa e segurança, ordem pública, fiscalização
de fronteiras, emissão de moeda e as relações diplomáticas regem-
-se por normas ou regras próprias.
SUMÁRIO 3. As instituições de finanças públicas, registo civil e notariado,
Conselho de Ministros: identificação civil e de migração regem-se por normas ou regras
próprias.
Decreto n.º 63/2020:
Regulamenta a Lei n.º 7/2019, de 31 de Maio, que estabelece
CAPÍTULO II
o quadro legal da organização e do funcionamento dos Órgãos Organização dos Órgãos de Representação do Estado
de Representação do Estado na Província e revoga os Decretos na Província
n.°s 5/2020, de 10 de Fevereiro e 16/2020, de 30 de Abril. SECÇÃO I

Decreto n.º 64/2020: Órgãos


Regulamenta a Lei n.º 4/2019, de 31 de Maio, que estabelece Artigo 3
o quadro legal dos princípios, das normas de organização, (Órgãos de Representação do Estado na Província)
das competências e do funcionamento dos Órgãos Executivos
de Governação Descentralizada Provincial e revoga os Decretos
São órgãos de Representação do Estado na Província:
n.°s 2/2020, de 8 de Janeiro e 15/2020, de 13 de Abril. a) o Secretário de Estado na Província;
b) o Conselho dos Serviços Provinciais de Representação
Decreto n.º 65/2020: do Estado.
Regulamenta a Lei n.º 15/2019, de 24 de Setembro, que estabelece Artigo 4
o quadro legal da organização e do funcionamento dos órgãos (Secretário de Estado na Província)
de representação do Estado na Cidade de Maputo e revoga 1. O Secretário de Estado na Província é o órgão que representa
o Decreto n.º 6/2020, de 11 de Fevereiro. o Governo Central na Província.
2. O Secretário de Estado na Província é nomeado e empossado
pelo Presidente da República.
3. Nos impedimentos ou ausências por um período inferior
CONSELHO DE MINISTROS ou igual a 30 dias, o Secretário de Estado na província designa
o substituto de entre os directores dos serviços de representação
Decreto n.º 63/2020
do Estado na província.
de 7 de Agosto 4. Nos impedimentos ou ausências por um período superior
a 30 dias, o substituto é designado pelo Presidente da República.
Havendo necessidade de regulamentar a Lei n.º 7/2019,
de 31 de Maio, que estabelece o quadro legal da organização 5. A ausência do Secretário de Estado na Província é autorizada
e do funcionamento dos Órgãos de Representação do Estado pelo Presidente da República.
na Província, ao abrigo do disposto no artigo 39 da mesma Lei, Artigo 5
o Conselho de Ministros decreta:
(Competências do Secretário de Estado na Província)
CAPÍTULO 1 1. Compete ao Secretário de Estado na Província:
Disposições Gerais a) representar o Estado e o Governo Central na Província;
Artigo 1 b) dirigir o Conselho dos Serviços Provinciais
de Representação do Estado na Província;
(Objecto)
c) orientar a preparação do plano económico e social
O presente Decreto tem por objecto regulamentar a organização e do orçamento, sua execução, controlo e o respectivo
e o funcionamento dos órgãos de representação do Estado balanço nas áreas de representação do Estado
na província. na Província;
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d) dirigir a execução e controlo do plano e orçamento Artigo 6


dos Serviços de Representação do Estado na Província; (Competências do Conselho dos Serviços Provinciais
e) apresentar relatórios periódicos ao Governo Central de Repre­sentação do Estado)
sobre o funcionamento dos Serviços de Representação
do Estado na Província; São Competências do Conselho dos Serviços Provinciais
f) implementar na província, acções e actividades de Representação do Estado:
de cooperação internacional, no quadro da materia- a) elaborar a proposta do Plano e Orçamento Provincial;
lização da estratégia da política externa e de cooperação b) executar o Plano e Orçamento Provincial e apreciar
internacional do Estado Moçambicano; o respectivo relatório e balanço, observando
g) praticar actos administrativos e tomar decisões as decisões do Conselho de Ministros;
c) supervisar o funcionamento dos órgãos locais do Estado
indispensáveis, sempre que circunstâncias excepcionais
dos escalões de distrito, posto administrativo,
de interesse público o exijam, devendo comunicar localidade e povoação e as deliberações do Conselho
imediatamente o órgão competente; de Ministros relativas à província;
h) intervir e recomendar medidas pertinentes no âmbito d) acompanhar a execução de medidas preventivas
da preservação da ordem e segurança públicas. ou de socorro, em casos de eminência ou ocorrência
2. São ainda competências do Secretário de Estado de acidente grave ou evento extremo;
na Província: e) exercer outras competências determinadas por lei.
a) gerir os recursos humanos pertencentes ao quadro
Artigo 7
de pessoal dos serviços de Representação do Estado
na Província; (Composição)
b) orientar as cerimónias de Estado na Província; O Conselho dos Serviços Provinciais de Representação
c) realizar acções de superintendência e supervisão do Estado tem a seguinte composição:
aos Serviços de Representação do Estado na Província a) Secretário de Estado na Província;
no Distrito, no posto administrativo, na localidade b) Director do Gabinete do Secretário de Estado
e na povoação; na Província;
d) garantir o cumprimento das decisões dos órgãos centrais c) Directores dos Serviços Provinciais.
do Estado;
e) apresentar relatórios trimestrais ao Presidente Artigo 8
da República sobre o funcionamento dos serviços (Estrutura do Conselho dos Serviços Provinciais
de representação do Estado na Província, através de Representação do Estado na Província)
do Ministro que superintende a área da administração
O Conselho dos Serviços Provinciais de Representação
local e função pública;
do Estado, tem a seguinte estrutura:
f) promover a participação das comunidades para
a planificação do desenvolvimento económico, social a) Gabinete do Secretário de Estado na Província;
e cultural na província; b) Serviço Provincial de Economia e Finanças;
g) emitir parecer sobre o ordenamento dos espaços c) Serviço Provincial de Actividades Económicas;
d) Serviço Provincial de Assuntos Sociais;
marítimo, lacustre e fluvial, nos termos da lei;
e) Serviço Provincial de Infra-estruturas;
h) emitir parecer sobre os pedidos de utilização privativa
f) Serviço Provincial de Justiça e Trabalho;
dos espaços marítimo lacustre e fluvial, nos termos
g) Serviço Provincial do Ambiente;
da Lei; h) Serviço Provincial dos Combatentes;
i) assegurar a concessão de licença de produção i) Serviço Provincial de Saúde.
e de distribuição de energia eléctrica de baixa e média
tensão, nos termos estabelecidos na lei; Artigo 9
j) propor a criação de unidades de prestação de serviços
(Gabinete do Secretário de Estado na Província)
de saúde em áreas não atribuídas às autarquias locais
e aos órgãos de governação descentralizada provincial; 1. O Gabinete do Secretário de Estado na Província tem
k) garantir a manutenção e expansão da rede nacional a seguinte organização:
de estradas classificadas, em áreas não atribuídas a) Departamentos Provinciais;
a autarquias locais e aos órgãos de governação b) Repartições Provinciais.
descentralizada provincial; 2. O Gabinete do Secretário de Estado na Província pode
l) supervisar a gestão estratégica e integrada dos recursos integrar até 3 departamentos e 6 repartições.
hídricos;
m) determinar medidas preventivas ou de socorro, em Artigo 10
casos de eminência ou ocorrência de acidente grave (Funções do Gabinete do Secretário de Estado na Província)
ou calamidade, mobilizando e instruindo os serviços
1. O Gabinete do Secretário de Estado na Província executa
de defesa civil públicos ou privados, em particular tarefas de carácter organizativo, técnico-administrativo e proto-
militares e paramilitares, em articulação com as colar e tem como funções:
entidades descentralizadas; a) prestar assistência técnica e administrativa ao Conselho
n) praticar actos administrativos e tomar decisões dos Serviços Provinciais de Representação do Estado;
indispensáveis, sempre que circunstâncias excepcionais b) assegurar o acompanhamento e controlo da execução
de interesse público o exijam, devendo comunicar das decisões do Secretário de Estado na Província
imediatamente ao órgão competente; e do Conselho dos Serviços Provinciais de Repre-
o) exercer outras competências determinadas por Lei. sentação do Estado;
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c) gerir os recursos humanos, financeiros e patrimoniais f) promover a participação de organizações e associações


dos Serviços Provinciais de Representação do Estado; da sociedade civil nas respectivas áreas de actuação;
d) preparar e apresentar propostas sobre a organização g) assessorar o Secretário de Estado na Província nas
territorial e toponímia; matérias do respectivo sector.
e) actualizar os registos geográficos, respeitantes aos limites 2. Os Serviços de Representação do Estado na Província são
territoriais e à toponímia; dirigidos por um Director de Serviço nomeado centralmente
f) promover a observância de normas éticas e deontológicas ouvido o Secretário de Estado na Província.
na função pública;
g) promover acções de combate à corrupção na função Artigo 13
pública;
(Serviço Provincial de Economia e Finanças)
h) monitorar a aplicação de técnicas de documentação
e arquivo aplicáveis à Administração Pública; O Serviço Provincial de Economia e Finanças tem as seguintes
i) promover a observância de regras de segredo do Estado; funções:
j) assegurar que as petições, reclamações e sugestões sejam a) coordenar a elaboração do plano e do orçamento;
devidamente tratadas; b) garantir a aplicação uniforme das metodologias
k) coordenar a gestão e implementação de programas de elaboração do plano e do orçamento;
e projectos de reforma do sector público; c) acompanhar a execução e avaliação periódica do plano
l) zelar pela aplicação do Estatuto Geral dos Funcionários e do orçamento de desenvolvimento económico
e Agentes do Estado e legislação complementar; e social;
m) aplicar normas relativas à organização e o funcionamento d) coordenar a elaboração de relatórios sobre a execução
da Administração Pública; do plano e do orçamento;
n) planificar a formação e afectação dos funcionários e) garantir a execução do Plano Económico e Social
e a elaboração dos respectivos relatórios de execução;
e agentes do Estado pelos Serviços Provinciais;
f) coordenar a elaboração de Planos Estratégicos
o) zelar pelo cadastramento e actualização de dados
de Desenvolvimento Económico e Social;
dos funcionários e agentes do Estado no e-CAF; g) coordenar a elaboração de programas e estratégias
p) monitorar a implementação de actividades no âmbito de promoção e atracção do investimento privado;
das estratégias do HIV/SIDA, do género, da pessoa h) autorizar despesas variáveis do orçamento dentro
com deficiência; dos limites e parâmetros superiormente fixados;
q) monitorar a implementação de políticas públicas i) supervisar as actividades de arrecadação das receitas
na Província. públicas;
2. O Gabinete do Secretário de Estado na Província é dirigido j) elaborar planos de tesouraria para a correcta execução
por um Director de Gabinete nomeado pelo Secretário de Estado orçamental;
na Província. k) acompanhar e monitorar a implementação de projectos
de investimento, na província e no distrito,
CAPÍTULO III em coordenação com os sectores afins;
Organização e funcionamento dos Serviços l) cumprir com o regulamento de utilização de bens
de Representação do Estado na Província do Estado;
m) coordenar os processos de alienação, cedência e abate
Artigo 11
de bens obsoletos e incapazes para o serviço do Estado,
(Estrutura) nos termos da Lei;
1. Os Serviços de Representação do Estado na Província têm n) emitir títulos de adjudicação, ou quitações referentes
a seguinte estrutura: a alienação do património do Estado, nos termos
da Lei.
a) Departamentos Provinciais;
b) Repartições Provinciais. Artigo 14
2. Os Serviços de Representação do Estado na Província podem (Serviço Provincial de Actividades Económicas)
integrar até 6 departamentos e 10 repartições.
O Serviço Provincial de Actividades Económicas tem
Artigo 12 as seguintes funções:
1. No âmbito da Agricultura e Pecuária:
(Funções) a) assegurar a prevenção e controlo de pragas e doenças
1. São funções dos Serviços de Representação do Estado fitossanitárias;
na Província: b) promover a criação de infra-estruturas e serviços de apoio
às actividades agrícolas;
a) garantir a implementação de planos e programas
c) promover o estabelecimento de parques de máquinas
aprovados e definidos centralmente;
e centros de prestação de serviços;
b) garantir a gestão de recursos humanos, patrimoniais d) estabelecer parcerias público-privadas para o desenvol-
e financeiros; vimento agrícola;
c) orientar e apoiar as unidades económicas e sociais e) assegurar o cumprimento de normas para a implementação
dos respectivos sectores de actividade; de projectos e programas de fomento pecuário;
d) garantir a implementação de políticas nacionais com base f) participar na defesa sanitária animal;
nos planos e decisões dos órgãos centrais, de acordo g) promover a assistência técnica e capacitação aos pro-
com as necessidades de desenvolvimento territorial; dutores;
e) dirigir as actividades dos órgãos e instituições h) promover a criação de infra-estruturas e serviços
da respectiva área de actuação, garantindo o apoio de apoio pecuário;
técnico e metodológico; i) divulgar informação sobre o sector da pecuária;
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j) assegurar o cumprimento de normas do sistema higiénico­ b) monitorar a fiscalização de actividades do sector;


sanitário dos estabelecimentos de processamento c) promover a utilização sustentável dos ecossistemas
de produtos de origem animal; costeiros;
k) assegurar a delimitação das áreas de pastagem e de cons- d) monitorar o cumprimento de acordos de gestão de zonas
trução de infra-estruturas de maneio; costeiras, marítimas, fluviais e lacustres de domínio
l) promover programas de investigação pecuária e vete- público.
rinária;
7. No âmbito da pesca industrial, semi-industrital e aqua-
m) promover acções de educação alimentar e nutricional
aos produtores e suas famílias; cultura:
n) divulgar boas práticas agrárias adaptadas às mudanças a) elaborar propostas de programas de desenvolvimento
climáticas; de actividades de pesca;
o) capacitar e fortalecer as organizações de produtores; b) promover o licenciamento e monitoria das actividades
p) municiar os produtores de conhecimento sobre de pesca, nos termos da lei;
assuntos transversais, relativos a gestão de recursos c) promover programas de fomento e extensão;
naturais, mudanças climáticas, segurança alimentar d) pronunciar-se sobre a constituição e gestão de áreas
e nutricional, género e HIV-SIDA. de conservação marinha e seus ecossistemas;
2. No âmbito da Segurança Alimentar e Nutricional: e) elaborar propostas de programas de desenvolvimento
a) participar na elaboração de planos e programas da actividade de aquacultura;
de segurança alimentar e nutricional; f) promover o desenvolvimento e licenciamento de activi-
b) promover boas práticas de preparação e consumo dades de aquacultura;
de alimentos para garantia da segurança alimentar g) garantir a assistência técnica e capacitação aos produtores
e nutricional; de aquacultura;
c) divulgar informação sobre a segurança alimentar h) garantir a aplicação e monitoria de normas de biosse-
e nutricional. gurança;
3. No âmbito da Hidráulica Agrícola: i) impulsionar o envolvimento de pessoas singulares
e colectivas para a prática da aquacultura;
a) promover programas para o uso de infraestruturas hidro- j) processar, analisar e divulgar informação estatística
agrícolas; do sector;
b) promover o uso sustentável da água; k) assegurar o controlo de qualidade da informação
c) garantir o cumprimento de normas e procedimentos estatística;
de acesso e uso sustentável de infra-estruturas hidro- l) participar nos censos e inquéritos;
-agrícolas. m) monitorar as actividades de produção, exportação,
4. No âmbito da Silvicultura: importação de produtos e serviços pesqueiros
a) promover a assistência técnica e capacitação aos pro- e da aquacultura;
dutores; n) actualizar o cadastro e projectos de investimento e sua
b) criar infra-estruturas e serviços de apoio à silvicultura; implementação;
c) sistematizar informação sobre a silvicultura; o) produzir mapas cartográficos sobre as estatísticas
d) promover a implementação de programas de fomento do sector.
de plantações florestais e sistemas agro-florestais; 8. No âmbito da Indústria e Comércio:
e) promover pacotes tecnológicos de plantações florestais
e sistemas agro-florestais; a) implementar políticas e estratégias do sector da indústria;
f) fomentar o processamento interno da produção resultante b) monitorar actividades do sector da indústria e comércio;
das áreas de plantações florestais e sistemas agro-­ c) promover parcerias público-privadas;
-florestais; d) divulgar o potencial industrial e as oportunidades
g) mobilizar recursos financeiros, materiais e técnicos para de negócio;
o desenvolvimento de plantações florestais e sistemas e) promover a diversificação de produtos de exportação;
agro -florestais; f) promover a realização de feiras nacionais e internacionais;
h) promover a criação e desenvolvimento de infra- g) garantir o cumprimento de normas de defesa do consu-
-estruturas e serviços de apoio à silvicultura; midor.
i) promover a produção para a exportação. 9. No âmbito do Turismo:
5. No âmbito do Desenvolvimento Rural: a) promover o desenvolvimento do turismo;
a) garantir a coordenação inter-sectorial para o desenvol- b) acompanhar o processo de licenciamento de empreendimentos
vimento rural; turísticos, estabelecimentos de restauração e bebidas
b) promover a participação comunitária nos processos e salas de dança, nos termos da Lei;
de desenvolvimento económico local; c) pronunciar-se sobre planos e estratégias de desenvol-
c) definir prioridades na implantação de infra-estruturas vimento do turismo.
económicas e sociais nas zonas rurais;
d) promover a implantação de centralidades de desenvol- Artigo 15
vimento sócio-economico nas zonas rurais;
(Serviço Provincial de lnfra-Estruturas)
e) capacitar os actores económicos locais na exploração
sustentável dos recursos naturais e na dinamização O Serviço Provincial de Infra-estruturas tem as seguintes
da economia local. funções:
6. No âmbito do Mar e Águas Interiores: 1. No âmbito da habitação, água e saneamento, monitorar
a) monitorar as actividades de segurança nos espaços a implementação das políticas e programas nacionais do sector
marítimo, fluvial e lacustre; na província.
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2. No âmbito de estradas e pontes monitorar a implementação h) tramitar pedidos de licenciamento de transporte


de políticas e programas nacionais do sector na província. de passageiros e de mercadoria do tipo A;
3. No âmbito da energia: i) assegurar a instrução de processos para emissão
a) participar na divulgação de potencialidades de energias de licenças para o estabelecimento de oficinas
novas e renováveis e promover o seu investimento; do tipo A;
b) colaborar no mapeamento de recursos energéticos locais; j) assegurar o cadastro de infra-estruturas do sector
c) colaborar na promoção da eficiência energética de transportes;
e a utilização sustentável da bioenergia; k) participar na investigação de acidentes e incidentes nos
d) participar na fiscalização do cumprimento de normas transportes terrestre, marítimo, lacustre, fluvial, aéreo
nas áreas de energia eléctrica, energia atómica e ferroviário;
e de energias novas e renováveis. l) assegurar a implementação de medidas de prevenção
4. No âmbito de recursos minerais e hidrocarbonetos: e de segurança nos transportes;
a) gerir o cadastro mineiro; m) participar no processo de criação de redes de transportes
b) participar na fiscalização das actividades do sector; intermodal com centros logísticos de transporte de
c) promover a prospecção e pesquisa de recursos minerais; passageiros e mercadorias, na área de sua jurisdição;
d) acompanhar a execução dos trabalhos de investigação n) incentivar a partilha de infra-estruturas de telecomunicações
de recursos minerais; e coordenar com os operadores e regulador
e) promover e impulsionar o desenvolvimento da produção de telecomunicações a instalação de infra-estruturas
mineira na área da sua jurisdição; na área de sua jurisdição;
f) promover, em coordenação, com os órgãos centrais, o uso o) promover a reabilitação e expansão da rede postal.
e disseminação de técnicas e tecnologias de extracção Artigo 16
e processamento na mineração artesanal e de pequena
escala; (Serviço Provincial de Justiça e Trabalho)
g) acompanhar as actividades de exploração, processamento O Serviço Provincial de Justiça e Trabalho tem as seguintes
e comercialização de produtos minerais; funções:
h) realizar, em coordenação com os órgãos centrais, 1. No âmbito da Justiça, Assuntos Jurídicos e Religiosos:
acções de promoção de investimento e divulgação a) coordenar o sector da administração da justiça
de potencialidades em recursos minerais; e os serviços penitenciários;
i) efectuar a investigação de recursos minerais; b) desenvolver mecanismos de articulação e relacionamento
j) garantir a criação e o funcionamento do cadastro mineiro
com diversas confissões religiosas;
na província;
c) assegurar a legalidade dos actos praticados
k) garantir o registo e monitoria da actividade sísmica
pelos Serviços de Representação do Estado na Província;
em coordenação com a entidade competente;
l) participar na inspecção e fiscalização da actividade d) assegurar a assistência jurídica ao cidadão através
geológico-mineira e no cumprimento de normas do patrocínio judiciário;
do sector; e) promover a educação jurídica do cidadão;
m) colaborar na promoção de actividades de prospecção f) assegurar o funcionamento dos Serviços de Registos
e de pesquisa de hidrocarbonetos; e Notariado.
n) colaborar no licenciamento e fiscalização de actividades 2. No âmbito de trabalho e segurança social:
do sector; a) assegurar a promoção do trabalho digno e respeito pelos
o) colaborar no registo de instalações de recepção, direitos dos trabalhadores;
processamento, refinação, armazenagem, distribuição b) garantir o cumprimento da legalidade laboral, de acordo
e comercialização de produtos petrolíferos e gás com os objectivos centralmente definidos;
natural; c) assegurar o livre exercício de direitos e liberdades
p) participar na elaboração do plano anual de abastecimento sindicais;
de combustíveis e acompanhar sua execução; d) zelar pela melhoria das condições de trabalho e da vida
q) colaborar no controlo de qualidade dos produtos profissional;
derivados do petróleo. e) promover a concertação social;
5. No âmbito de Transportes e Comunicações: f) assegurar a participação de parceiros sociais na prevenção
de conflitos laborais;
a) promover a utilização dos transportes terrestre, marítimo,
g) promover mecanismos de resolução extra-judicial
lacustre, fluvial, aéreo e ferroviário;
de conflitos laborais;
b) promover a construção de infra-estruturas de acostagem
marítima, pistas e campos de aterragem em coordenação h) prestar assistência aos parceiros sociais na elaboração
com o respectivo regulador; de instrumentos de regulamentação colectiva do trabalho;
c) assegurar o funcionamento de rotas inter-provinciais; i) promover a segurança, higiene e saúde no trabalho;
d) gerir rotas de transporte rodoviário internacional j) tramitar processos de contratação de mão-de-obra
em observância aos acordos bilaterais estabelecidos; estrangeira para o sector privado;
e) garantir a observância e aplicação de normas sobre k) monitorar o processo de recrutamento de mão-de-obra
licenciamento do transporte rodoviário; moçambicana para o exterior;
f) licenciar o transporte de passageiros e de mercadoria l) assegurar a identificação dos beneficiários dos espólios
do tipo B; e pensões de trabalhadores moçambicanos no exterior;
g) emitir alvarás para a exploração da indústria de transporte m) prestar assistência aos trabalhadores moçambicanos no
público de passageiros e carga do tipo B; processo de recrutamento e de pagamento deferido;
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n) assegurar a prevenção e combate ao trabalho infantil; b) garantir a utilização sustentável da biomassa lenhosa
o) proceder ao tratamento e divulgação de informações na província;
sobre o mercado do trabalho; c) garantir o uso sustentável de recursos florestais;
p) promover e divulgar a inscrição de trabalhadores d) desenvolver acções de combate a exploração
e de empregadores no Sistema de Segurança Social e comercialização ilegal de recursos florestais;
Obrigatória. e) canalizar a percentagem da taxa aprovada de exploração
3. No âmbito da juventude e emprego: florestal para as comunidades locais;
a) assegurar a coordenação intersectorial dos assuntos f) sistematizar informação sobre os recursos florestais;
da juventude; g) assegurar a redução de emissões de gás por desmatamento
b) organizar a base de dados das associações juvenis; e degradação florestal;
c) prestar apoio na execução de programas e iniciativas h) estabelecer medidas de prevenção e controlo das quei-
na área da juventude; madas descontroladas;
d) assegurar a planificação, implementação e monitoria i) assegurar o desenvolvimento de plantações agro­florestais;
de acções relativas ao desenvolvimento de adolescentes j) promover programas de investigação florestal;
e jovens; k) promover o processamento interno de recursos
e) promover a implementação de medidas activas de plantações agro-florestais;
de emprego; l) participar no inventário florestal;
f) monitorar as actividades das Agências Privadas m) tramitar pedidos de concessão de áreas com mais
de Emprego; de 20.000 hectares.
g) participar no processo de análise, monitoria e avaliação 4. No âmbito da Conservação e Fauna Bravia:
de programas de desenvolvimento sócio-economico; a) licenciar e fiscalizar actividades do sector, nos termos
h) promover a efectivação de estágios pré-profissional; da lei;
i) promover serviços de informação e orientação profissional; b) propor a criação de áreas de conservação nos termos
j) assegurar a expansão de serviços públicos de emprego;
da lei;
k) desenvolver acções de formação profissional
c) realizar consultas comunitárias para a recategorização
Artigo 17 de áreas de conservação;
d) canalizar a percentagem da taxa aprovada de exploração
(Serviço Provincial do Ambiente)
faunística para as comunidades locais;
O Serviço Provincial do Ambiente tem as seguintes funções: e) prestar informação regular sobre as actividades
1. No âmbito do Ambiente: de uso sustentável dos recursos naturais nas áreas
a) participar no licenciamento e fiscalização de actividades de conservação comunitária;
do sector, nos termos da lei; f) assegurar o repovoamento faunístico.
b) promover a gestão integrada e sustentável do ambiente g) assegurar a implementação de normas e procedimentos
rural, urbano e marinho; sobre a gestão sustentável dos recursos faunísticos;
c) implementar acordos bilaterais e multilaterais h) promover a indústria local de processamento de produtos
centralmente assumidos;
faunísticos.
d) garantir a implementação de projectos de mudanças
climáticas centralmente assumidos; Artigo 18
e) divulgar a legislação relativa ao meio ambiente;
f) estabelecer medidas de prevenção da degradação (Serviço Provincial de Assuntos Sociais)
e controlo da qualidade ambiental; O Serviço Provincial de Assuntos Sociais tem as seguintes
g) promover iniciativas de gestão de resíduos sólidos funções:
e efluentes;
1. No âmbito da Educação:
h) promover iniciativas de prevenção, controlo e recuperação
de solos degradados. a) monitorar a aplicação de normas de organização
2. No âmbito da Terra: e funcionamento dos estabelecimentos de subsistemas
a) participar na fiscalização das actividades do sector de educação, educação geral, educação de adultos
da terra, nos termos da lei; e de educação e formação de professores do ensino
b) propor a declaração de áreas para reserva do Estado; primário e educação de adultos, incluindo as ZIP’s;
c) participar na elaboração de instrumentos de ordenamento b) promover o ingresso e permanência na escola
territorial; das crianças com idade escolar, em particular,
d) autorizar pedidos de emissão de licenças especiais nas da rapariga e das crianças com necessidades educativas
zonas de protecção parcial; especiais;
e) emitir pareceres sobre pedidos de DUAT acima de 1.000 c) garantir a implementação da educação e formação
hectares; de professores do ensino primário e educação
f) emitir pareceres sobre pedidos de DUAT de competência de adultos;
do nível central; d) promover a expansão da rede escolar;
g) coordenar o reassentamento de populações resultante e) monitorar as acções da saúde, higiene, nutrição, prática
da implantação de projectos económicos de interesse de desporto e produção escolar;
do Estado. f) monitorar a distribuição e uso do livro escolar e outros
materiais didácticos;
3. No âmbito de Florestas e Plantações Agro-Florestais: g) promover a ligação escola-comunidade;
a) participar no licenciamento e fiscalização de actividades h) monitorar o sistema de informação da educação;
do sector, nos termos da lei; i) promover a eficiência e eficácia do sistema educativo.
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2. No âmbito da Ciência, Tecnologia e Inovação: b) supervisionar o cumprimento de normas nas instituições


a) implementar políticas, estratégias, planos e programas de ensino técnico-profissional;
do sector na província; c) realizar a supervisão pedagógica nas Instituições
b) promover a investigação científica e inovação tecnológica do Ensino Técnico Profissional na província;
nas instituições de ensino superior, na província; d) assessorar na criação e funcionamento de instituições
c) promover o estabelecimento de instituições de do Ensino Técnico Profissional na província;
investigação científica e desenvolvimento tecnológico e) incentivar as instituições de ensino Técnico Profissional
na província; na promoção de cursos de curta duração que não
d) tramitar pedidos de criação e funcionamento de instituições estejam previstos no Sistema Nacional de Educação;
de investigação científica, de desenvolvimento f) assegurar o intercâmbio entre as instituições de ensino
tecnológico e de inovação na província; técnico profissional e as unidades produtivas
e) divulgar e monitorar o conhecimento científico e de serviços para garantir a interdependência entre
e tecnológico na província; a formação e a realidade socioeconómica;
f) promover o aproveitamento do conhecimento local g) sistematizar os dados estatísticos das instituições
na investigação e nos processos de inovação; do Ensino Técnico Profissional na Província;
g) assegurar a concepção e gestão da agenda de inovação h) garantir o funcionamento regular das instituições
para a satisfação das necessidades da província; de ensino técnico profissional na província;
h) promover a capacitação de comunidades locais i) participar na orientação profissional e na afectação
e de técnicos no uso de novas tecnologias; de graduados;
i) promover e realizar feiras, exposições, bazares e outros j) supervisar o cumprimento dos programas de aperfeiçoamento
programas sobre ciência, tecnologia e inovação pedagógico-didáctico e profissional;
na província; k) velar pelos estágios, no sector produtivo, dos docentes
j) promover o intercâmbio entre instituições de investigação do ensino técnico-profissional.
científica, instituições académicas e o sector produtivo
na investigação científica; 5. No âmbito de infraestruturas e tecnologias de informação
k) promover a participação de inovadores, investigadores e comunicação:
e cientistas da província em fóruns nacionais a) promover o acesso, expansão, desenvolvimento,
e internacionais sobre ciência, tecnologia e inovação; apropriação e massificação do uso de tecnologias
l) avaliar e monitorar o desenvolvimento científico de informação e comunicação na província;
na província; b) garantir o cumprimento de normas de acesso, registo,
m) mobilizar a participação e apoio de parceiros nas utilização e segurança das tecnologias de informação
actividades de inovação e desenvolvimento tecnológico; e comunicação na província;
n) estimular o desenvolvimento da capacidade inovadora c) garantir o apoio técnico na área de tecnologias
no sector produtivo e na sociedade na província; de informação e comunicação aos órgãos do sector
o) participar na identificação de inovações desenvolvidas público na província;
ao nível da província; d) promover a utilização de tecnologias de informação
p) promover a participação da mulher na ciência e comunicação na prestação de serviços ao cidadão;
e tecnologia; e) promover a utilização de sistemas de informação
q) colaborar com a inspecção sectorial na fiscalização e prestação de serviços com recurso a plataformas
de projectos e programas do sector. de tecnologias de informação e comunicação;
3. No âmbito do Ensino Superior: f) promover a implementação de acções para garantir
a) implementar políticas, estratégias, planos e programa a integridade, confidencialidade e disponibilidade
para o desenvolvimento do subsector na província; de informações na província;
b) coordenar as actividades do subsistema do ensino g) promover o uso de arquitecturas, de padrões técnicos
superior na província; e especificação de sistemas de informação na província;
c) promover o acesso ao ensino superior; h) realizar programas e projectos de desenvolvimento
d) promover o intercâmbio entre as instituições de ensino tecnológico e disseminar as tecnologias de informação
superior, do sector produtivo público e privado; e comunicação;
e) articular com as instituições do ensino superior i) garantir a utilização da rede das instituições
na certificação das qualificações no subsistema; de investigação, de ensino superior e de ensino
f) promover a articulação entre as instituições do ensino técnico profissional, incluindo interligação com redes
superior e as comunidades na província; internacionais afins;
g) garantir a recolha e difusão de dados estatísticos do ensino j) coordenar a concepção e implantação de infra-estruturas
superior na província; de ciência e tecnologia ensino superior e técnico
h) divulgar procedimentos para a criação de delegações, profissional na província;
extensões, faculdades e centros de recurso, nos termos k) participar em projectos de construção de infra-estruturas
da lei; de ciência tecnologia, ensino superior e técnico
i) emitir pareceres relativos a criação de instituições profissional na província;
de ensino superior na província; l) participar na implementação de projectos de infra-
-estruturas de TIC’s;
j) coordenar a concessão de bolsas de estudo e a gestão
m) participar na supervisão e fiscalização do cumprimento
de bolseiros.
da legislação e da regulação estabelecidas para o sector
4. No âmbito do ensino técnico profissional: das TICs;
a) monitorar a implementação da reforma do sistema n) fiscalizar e supervisionar a actividade dos provedores
de educação profissional na província; intermediários de serviços de TIC na província.
1052 I SÉRIE — NÚMERO 151

6. No âmbito da cultura: c) proceder o levantamento, triagem e registo dos comba-


a) acompanhar a realização de actividades relativas tentes e seus dependentes;
a pesquisa, investigação, audio visual, cinema d) coordenar e prestar assistência social, reabilitação física
e direitos autorais; e psico-social do combatente;
b) acompanhar acções de gestão, proteção, conservação e) implementar acções de inserção social do combatente
e preservação do património cultural; e seus dependentes;
c) pronunciar-se sobre políticas, planos e estratégias f) garantir o acesso a educação dos filhos do combatente;
do sector. g) registar, preservar e divulgar a história e o patrimônio
7. No âmbito do Género, Criança e Acção Social: histórico da luta de libertação nacional da defesa
a) promover acções destinadas a eliminar a discriminação da soberania e democracia;
baseada no género; h) propor locais históricos relacionados com a luta
b) promover acções de prevenção e combate a todas de libertação nacional, da defesa da soberania
as formas de violência contra a criança; e da democracia para a sua elevação à categoria
c) participar na elaboração de propostas de políticas, de patrimônio nacional;
estratégias, programas e legislação em prol i) propor à entidade competente a criação de museus
da igualdade em género e empoderamento da mulher e bibliotecas relacionados com a Luta de libertação
na sociedade; nacional, defesa da soberania e democracia.
d) coordenar acções das instituições públicas e privadas
no âmbito da implementação de políticas e programas Artigo 20
de atendimento à criança;
(Serviço Provincial de Saúde)
e) coordenar acções de apoio, de educação, de reabilitação
psicossocial e de reintegração da criança em situação O Serviço Provincial de Saúde tem as seguintes funções:
difícil; a) garantir a implementação unitária do Sistema Nacional
f) promover acções de prevenção e combate a todas de Saúde, nos termos da lei;
as formas de violência contra a criança, em especial, b) assegurar a expansão e o acesso aos cuidados de saúde;
o abuso sexual, as uniões prematuras, rapto e tráfico, c) dinamizar a prevenção e o controlo das doenças
a exploração do trabalho infantil e a assistência endémicas e epidêmicas;
e reintegração das vítimas; d) coordenar, orientar e prestar cuidados de saúde,
g) instruir processos de licenciamento de Centros Infantis, exceptuando os cuidados de saúde primário;
Infantários e Centros de Acolhimento à criança em e) velar pela aplicação da legislação de interesse da saúde
situação difícil; pública;
h) inspeccionar e supervisionar as acções realizadas na área f) promover e orientar o desenvolvimento dos recursos
da criança, nas instituições de atendimento, tais como, humanos, em particular na área técnico profissional
centros infantis, infantários e centros de acolhimento específica para a saúde.
à criança em situação difícil;
i) instruir processos de licenciamento de centros de apoio à CAPÍTULO IV
velhice e centros de trânsito, centros abertos e outras Cidadania e Participação
instituições de atendimento à pessoa com deficiência
profunda; SECÇÃO I
j) inspeccionar e supervisionar o funcionamento de centros Participação dos cidadãos
de trânsito, centros abertos e outras instituições
Artigo 21
de atendimento a grupos-alvo;
k) garantir a implementação de normas de funcionamento (Participação)
de instituições de atendimento à mulher, à criança, Os Serviços de Representação do Estado na Província
a pessoas com deficiência, à pessoa idosa e todas asseguram a participação dos cidadãos, das comunidades locais,
as outras em situação de vulnerabilidade; das associações e de outras formas de organização, através
l) participar na instrução de processos de tutela, acolhimento de consultas sobre diversas matérias.
e adopção de menores;
m) proceder à divulgação, controlo e avaliação Artigo 22
da implementação de políticas no âmbito da acção
social; (Mecanismos de participação)
n) coordenar e supervisionar acções de assistência Os Serviços de Representação do Estado na Província
e protecção social básica às pessoas e agregados actuam em estreita colaboração e consulta aos particulares e às
familiares em situação de pobreza e vulnerabilidade; comunidades, assegurando a sua participação no desempenho da
o) orientar e controlar a actuação das organizações função administrativa, cumprindo-lhes, nomeadamente:
que trabalham na área de acção social e assegurar a) prestar informações e esclarecimentos de interesse geral;
o cumprimento de normas de atendimento a grupos- b) estimular iniciativas dos particulares e das comunidades.
-alvo.
Artigo 19 Artigo 23

(Serviço Provincial dos Combatentes) (Plano de Desenvolvimento Provincial)

O Serviço Provincial dos Combatentes tem as seguintes 1. O plano de desenvolvimento provincial é elaborado com
a participação da população através dos conselhos consultivos
funções:
locais.
a) zelar pela aplicação uniforme do Estatuto do Combatente; 2. O plano de desenvolvimento provincial visa mobilizar
b) assegurar a execução de acções para a fixação de pensões recursos humanos, materiais e financeiros para a resolução
do combatente; de problemas da província.
7 DE AGOSTO DE 2020 1053

3. O plano de desenvolvimento provincial responde Artigo 27


às necessidades específicas da província e são complementadas
(Deveres específicos)
com as prioridades do Governo Central.
4. O plano de desenvolvimento provincial deve: São deveres específicos das autoridades comunitárias:
a) estar em harmonia com o Programa Quinquenal a) divulgar informações às comunidades sobre a época
do Governo, o Plano Económico e Social e o Plano agrícola;
Estratégico Provincial; b) mobilizar as comunidades nas acções de extensão rural;
b) assegurar os meios para a sua execução através c) colaborar na investigação sobre a história, cultura
de recursos humanos, materiais e financeiros; e e tradições das comunidades locais;
c) conter indicadores que permitam avaliar a conformidade d) assegurar a preservação e desenvolvimento de valores
e cumprimento de políticas públicas e o nível da sua culturais das comunidades;
execução. e) informar as comunidades sobre a previsão de ocorrência
de eventos extremos;
SECÇÃO II f) informar as autoridades administrativas sobre a existência
de epidemias;
Comunidades
g) promover as formas de auto-emprego, individual
Artigo 24 ou associativo;
(Comunidade local) h) apoiar as iniciativas locais de formação profissional;
A comunidade local é o conjunto de população e pessoas i) promover campanhas de registos de nascimento
colectivas compreendidas numa determinada unidade e de casamento;
de organização territorial, nomeadamente, província, distrito, j) mobilizar a população para realizar actividades de limpeza
posto administrativo, localidade e povoação, agrupando famílias, e saneamento do meio;
que visam a salvaguarda de interesses comuns. k) educar as comunidades sobre as melhores formas
de preservação do ambiente;
Artigo 25 l) promover acções tendentes à melhoria da dieta alimentar.
(Autoridades comunitárias) Artigo 28
1. As autoridades comunitárias são pessoas que exercem (Direitos)
autoridade sobre determinada comunidade ou grupo social,
nomeadamente, chefes tradicionais, secretários de bairro 1. São direitos das autoridades comunitárias:
ou aldeia e outros líderes legitimados pelas respectivas a) ser reconhecidas e respeitadas como representantes
comunidades ou grupo social reconhecidos pelo Estado. das respectivas comunidades locais;
2. O Conselho dos Serviços Provinciais de Representação b) participar nas reuniões dos fóruns comunitário;
do Estado articula com as autoridades comunitárias na realização c) participar nas cerimónias oficiais organizadas pelas
de actividades que visem a satisfação das necessidades específicas autoridades administrativas do Estado.
das respectivas comunidades. 2. São ainda direitos das autoridades comunitárias:
3. O Secretário de Estado na Província garante a gestão a) ostentar os símbolos da República;
das autoridades comunitárias. b) possuir fardamento;
Artigo 26 c) perceber um subsídio.
3. As autoridades comunitárias são consultadas pelas
(Deveres gerais)
autoridades administrativas nas questões fundamentais que dizem
São deveres gerais das autoridades comunitárias: respeito a vida e ao bem-estar da comunidade.
a) colaborar com os Tribunais Comunitários;
b) colaborar na manutenção da paz e harmonia social; Artigo 29
c) participar às autoridades administrativas e policiais (Fóruns comunitários)
as infracções cometidas pelos cidadãos locais; 1. Os fóruns comunitários são constituídos pelo:
d) participar às autoridades administrativas sobre práticas
a) Conselho local;
de actividades não licenciadas;
b) Comité comunitário;
e) mobilizar e organizar as populações para a construção
c) Fundos comunitário.
e manutenção de infra-estruturas;
f) educar a população em questões de saneamento do meio; 2. As comunidades podem criar outras formas de organização
g) participar na educação das comunidades sobre a gestão não previstas no n.º 1 do presente artigo.
dos recursos naturais;
Artigo 30
h) participar na educação e prevenção às uniões prematuras;
i) mobilizar e organizar as comunidades para participarem nas (Conselho local)
acções de prevenção de epidemias; 1. O Conselho Local é um fórum de consulta para a busca
j) mobilizar as populações para o recenseamento anual; de soluções para questões fundamentais que afectam a vida
k) mobilizar e organizar as populações para o pagamento da comunidade e é presidido pelo respectivo dirigente.
de impostos; 2. Integra o Conselho Local, as autoridades comunitárias,
l) promover actividades recreativas de carácter formativo os representantes dos grupos de interesse de natureza económica,
e educativo para as crianças. social e cultural.
1054 I SÉRIE — NÚMERO 151

3. A participação e consulta comunitária é feita através preocupações das comunidades, actuando em estreita colaboração
do Conselho Local de nível distrital, de posto administrativo com o sector público.
e de localidades. 2. O comité comunitário participa, dentre outras actividades,
4. O dirigente de cada órgão local pode convidar personalidades na gestão da terra, dos recursos naturais, das escolas, dos postos
influentes da sociedade civil a integrar o Conselho Local. de saúde e outras instituições de natureza não lucrativa.
5. A representação do Estado é responsável pela institu-
cionalização dos conselhos referidos no número anterior. Artigo 35
Artigo 31 (Fundo Comunitário)
1. O Fundo Comunitário é um fórum que tem por objectivo
(Funções do Conselho Local)
a angariação de fundos para o desenvolvimento comunitário.
São funções do Conselho Local: 2. O Fundo Comunitário considera-se constituído para todos
a) pronunciar-se sobre questões relativas à saúde, educação os efeitos legais a partir do momento do registo na sede do Posto
e cultura; Administrativo.
b) pronunciar-se sobre questões relativas à produção 3. O registo faz-se em livro próprio e o seu extracto
e comercialização agrícola; é transmitido à representação do Estado que mantém actualizado
c) pronunciar-se sobre questões relativas ao comércio, o cadastro.
indústria e emprego; 4. O Fundo Comunitário pode receber financiamento de outras
d) pronunciar-se sobre questões relativas a recursos naturais, entidades nacionais ou estrangeiras.
uso e aproveitamento da terra, recursos hídricos,
florestas, fauna bravia e meio ambiente; Artigo 36
e) apreciar e dar parecer sobre as propostas dos planos
distritais de desenvolvimento; (Mecanismos de articulação)
f) apreciar e dar parecer sobre as propostas do Plano 1. Os Serviços de Representação do Estado na Província
Económico e Social e do Orçamento; articulam com as autoridades comunitárias, observando
g) propor ou apreciar propostas de criação de fundo distrital estritamente a Constituição da República e demais leis.
de segurança alimentar e desenvovimento; 2. Os mecanismos que concorram para a consolidação
h) aprovar o plano de actividades e o respectivo relatório da unidade nacional, produção de bens materiais e de serviços
de prestação de conta de gerência do desenvolvimento
com vista à satisfação das necessidades básicas da comunidade,
distrital;
circunscrevem-se nas seguintes vertentes:
i) apreciar e dar parecer sobre os planos e as propostas
de projectos das organizações não-governamentais a) paz, justiça e harmonia social;
que pretendam promover o desenvolvimento local b) recenseamento e registo de populações;
e acompanhar a sua implementação; c) educação cívica das populações;
j) apreciar as propostas de investimento privado d) uso e aproveitamento da terra;
e de concessões de exploração de recursos naturais, e) emprego, educação e cultura;
do direito de uso e aproveitamento da terra; f) segurança alimentar;
k) promover a mobilização e organização da participação g) habitação;
da população na implementação das iniciativas h) saúde e ambiente;
de desenvolvimento local. i) abertura e manutenção de vias de acesso.
Artigo 32 CAPÍTULO V
(Composição)
(Disposições finais)
1. O Conselho Local de distrito é composto por um número
mínimo de trinta e um máximo de cinquenta pessoas. Artigo 37
2. O Conselho Local de posto administrativo é composto por (Quadro de pessoal)
um mínimo de vinte e um máximo de quarenta pessoas.
Compete ao Secretário de Estado na Província, apresentar ao
3. O Conselho Local de localidade é composto por um mínimo
de dez e um máximo de vinte pessoas. órgão competente a proposta do quadro de pessoal do Conselho
dos Serviços Provinciais de Representação do Estado no prazo
Artigo 33 de 120 dias após a sua instalação.
(Periodicidade das reuniões)
Artigo 38
1. Os Conselhos Locais de distrito, de posto administrativo
e de localidade reúnem pelo menos duas vezes por ano. (Regime financeiro)
2. A primeira reunião anual, a ter lugar durante o primeiro O regime financeiro dos serviços de representação do Estado
trimestre do ano, deve apreciar o relatório de implementação dos na Província é o do Sistema de Administração Financeira
planos do ano anterior e aprovar o plano do ano corrente. do Estado.
3. A segunda reunião realiza-se no terceiro trimestre de cada
ano para fazer balanço dos planos em implementação. Artigo 39
4. As restantes reuniões são estabelecidas pelo respectivo
Conselho, sempre que se julgar necessário. (Estatuto orgânico)
Compete aos Ministros que superintendem as áreas
Artigo 34
da administração local e das finanças, aprovar os Estatutos do
(Comité comunitário) Gabinete do Secretário de Estado na Província e Orgânicos dos
1. O Comité Comunitário é um fórum com vista à identificação Serviços de Representação do Estado, sob proposta do Secretário
e mobilização das comunidades na procura de soluções para as de Estado na Província, no prazo de 60 dias, após a sua instalação.
7 DE AGOSTO DE 2020 1055

Artigo 40 e) apresentar e defender o Programa e o Orçamento


da Província na Assembleia Provincial;
(Regulamento Interno)
f) executar e zelar pelo cumprimento das deliberações
1. Compete ao Secretário de Estado na Província, aprovar da Assembleia Provincial;
o Regulamento Interno do Conselho dos Serviços Províncias g) submeter, trimestralmente, à tutela os relatórios balanço
de Representação do Estado no prazo de 60 dias após a sua da execução do plano e orçamento após aprovação
instalação. pela Assembleia Provincial;
2. Compete ao Secretário de Estado na Província, aprovar h) gerir os recursos humanos do Estado pertencentes
os Regulamentos Internos do Gabinete do Secretário de Estado ao quadro de pessoal dos órgãos de governação
na Província e dos Serviços de Representação do Estado descentralizada provincial;
na Província, no prazo de 90 dias após a sua instalação. i) acompanhar a concepção e implementação de actividades
dos agentes de cooperação internacional na província,
Artigo 41 nas áreas da sua competência;
(Norma revogatória) j) determinar e acompanhar, em coordenação com
São revogados os Decretos n.°s 5/2020, de 10 de Fevereiro o Secretário de Estado na Província, medidas
e 16/2020, de 30 de Abril. preventivas ou de socorro, em casos de iminência ou
ocorrência de acidentes graves ou de eventos extremos,
Artigo 42 sem prejuízo de medidas tomadas pelos órgãos centrais
(Entrada em vigor) do Estado;
k) praticar actos administrativos em circunstâncias
O presente Decreto entra em vigor na data da sua publicação.
excepcionais e urgentes devendo solicitar, imedia-
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 28 de Julho tamente, a ratificação pelo órgão competente;
de 2020. l) propor a criação de unidades de prestação de serviços
Publique-se. de saúde primária na província;
O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário. m) gerir a terra nos termos da lei;
n) autorizar pedidos de uso e aproveitamento da terra,
nos termos da le i;
o) criar escolas do ensino primário do Sistema Nacional
de Educação;
Decreto n.º 64/2020
p) garantir a alfabetização de adultos;
de 7 de Agosto q) propôr a criação de escolas de ensino secundário
do Sistema Nacional de Educação;
Havendo necessidade de regulamentar a Lei n.º 4/2019,
r) propôr a abertura, funcionamento e encerramento
de 31 de Maio, que estabelece o quadro legal dos princípios,
das normas de organização, das competências e do funcionamento de estabelecimentos particulares do ensino secundário
dos Órgãos Executivos de Governação Descentralizada do Sistema Nacional de Educação;
Provincial, ao abrigo do disposto no artigo 58 da mesma Lei, s) autorizar a abertura, funcionamento e encerramento
o Conselho de Ministros decreta: de estabelecimentos particulares do ensino primário
do Sistema Nacional de Educação;
CAPÍTULO I t) propôr a abertura, funcionamento e encerramento
de estabelecimentos particulares de curriculum
Disposições gerais
estrangeiro;
Artigo 1 u) nomear os membros do corpo directivo das escolas
(Objecto) secundárias do 1.º ciclo;
O presente Decreto tem por objecto regulamentar as normas v) propôr ao Ministro que superintende a área da educação,
de organização, as competências e o funcionamento dos órgãos a nomeação dos membros do corpo directivo
executivos de governação descentralizada provincial. das escolas secundárias do 2.º ciclo;
w) conceder licenças no âmbito das atribuições da gover-
Artigo 2 nação descentralizada provincial dentro dos limites
da sua competência;
(Natureza)
x) licenciar a aquacultura de pequena escala em terra nos
Os órgãos executivos de governação descentralizada provincial termos da lei;
são pessoas colectivas de direito público, dotadas de personalidade y) assinar contratos em que a província tenha interesse,
jurídica, autonomia administrativa, patrimonial e financeira. mediante autorização da Assembleia Provincial, dentro
Artigo 3 dos limites definidos por lei;
z) adquirir bens móveis necessários ao funcionamento
(Competências do Governador de Província) regular dos serviços provinciais nos limites fixados
Compete ao Governador de Província: pela Assembleia Provincial;
a) dirigir o Conselho Executivo Provincial; aa) conceder licenças para a habitação ou para a utilização
b) nomear e conferir posse aos directores provinciais; de prédios construídos de novo ou que tenham sido
c) supervisionar os serviços da governação descentralizada objecto de intervenções profundas;
provincial; bb) ordenar o despejo sumário de prédios expropriados,
d) orientar a preparação e elaboração de propostas do Plano nos termos da lei;
Económico e Social e Orçamento anual da governação cc) autorizar pedidos de emissão de licenças especiais nas
descentralizada provincial e do respectivo balanço zonas de protecção parcial, nos termos da lei;
de execução; dd) exercer outras competências atribuídas por lei.
1056 I SÉRIE — NÚMERO 151

Artigo 4 f) Direcção Provincial de Obras Públicas (DPOP);


(Competências do Conselho Executivo Provincial)
g) Direcção Provincial de Transporte e Comunicações
(DPTC);
Compete ao Conselho Executivo Provincial:
h) Direcção Provincial de Indústria e Comércio (DPIC);
a) executar as decisões do Governador de Província; i) Direcção Provincial do Género, Criança e Acção Social
b) executar as actividades e programas económicos, (DPGCAS);
culturais e sociais de interesse provincial aprovados j) Direcção Provincial da Juventude, Emprego e do Desporto
pela Assembleia Provincial nos termos da lei;
(DPJED);
c) implementar o Sistema Nacional de Educação, no
k) Direcção Provincial de Cultura e Turismo (DPCT);
ensino primário, no ensino secundário e na educação
l) Direcção Provincial de Desenvolvimento Territorial
de adultos;
e Ambiente (DPDTA).
d) elaborar a proposta de programa do plano e do orçamento
provincial, bem como supervisar a sua execução; Artigo 7
e) apresentar o relatório balanço, observando as deliberações
e decisões emanadas pela Assembleia Provincial e pelo (Estrutura do Gabinete do Governador)
Governo Central; 1. O Gabinete do Governador de Província tem a seguinte
f) operacionalizar as decisões e recomendações emanadas estrutura:
pela Assembleia Provincial e pelos órgãos de tutela a) Departamento de Inspecção;
do Estado; b) Departamento Provincial;
g) acompanhar a execução de medidas preventivas c) Secretariado do Conselho Executivo;
ou de socorro em caso de iminência ou ocorrência d) Repartição Provincial.
de acidentes graves e ou eventos extremos;
h) cumprir as deliberações da Assembleia Provincial 2. O Gabinete do Governador pode criar até um máximo
e as decisões dos órgãos de tutela; de 3 departamentos e 6 repartições, respectivamente.
i) propor à Assembleia Provincial e aos órgãos de tutela Artigo 8
do Estado a declaração de utilidade pública, para
efeitos de expropriação; (Estrutura da Direcção Provincial)
j) propor à Assembleia Provincial e aos órgãos de tutela 1. A Direcção Provincial tem a seguinte estrutura:
do Estado a atribuição de topónimos; a) Departamento Provincial;
k) decidir sobre a administração de águas públicas sob sua b) Repartição Provincial.
jurisdição e que sejam da sua competência;
l) ordenar, após vistorias, a demolição total ou parcial 2. A direcção provincial pode ter até um máximo de 10
ou beneficiação de construções que ameaçam ruir departamentos e 15 repartições, respectivamente.
ou constituam perigo de vida para a saúde e segurança 3. A Direcção Provincial é dirigida por um Director Provincial.
das pessoas;
m) apresentar à Assembleia Provincial propostas de regula- CAPÍTULO III
mentos sobre matérias da sua competência; Funções do Gabinete do Governador e das Direcções
n) zelar pelo respeito e observância de normas do ensino Provinciais
primário, secundário e de educação de adultos; SECÇÃO I
o) garantir a gestão do património do Estado adstrito
aos órgãos de governação descentralizada provincial; Gabinete do Governador
p) participar no processo de tramitação de pedidos de uso Artigo 9
e aproveitamento de terra nos termos da lei;
(Funções do Gabinete do Governador)
q) acompanhar a concepção e implementação de actividades
dos agentes de cooperação internacional na província, 1. O Gabinete do Governador de Província executa tarefas
nas áreas da sua competência. de carácter organizativo, técnico administrativo e protocolar
e tem como funções:
Artigo 5 a) prestar assistência técnica e administrativa ao Conselho
(Composição) Executivo Provincial;
b) assegurar o acompanhamento e controlo da execução
O Conselho Executivo Provincial tem a seguinte composição:
das decisões do Conselho Executivo Provincial;
a) Governador de Província; c) realizar as demais funções de gestão de recursos
b) Director do Gabinete do Governador; humanos do quadro de pessoal do Conselho Executivo
c) Directores Provinciais. Provincial;
CAPÍTULO II d) cumprir normas relativas à organização e funcionamento
do Conselho Executivo Provincial;
Sistema Orgânico e) acompanhar a planificação da formação, distribuição
Artigo 6 e aproveitamento dos funcionários nas direcções
(Estrutura do Conselho Executivo Provincial)
provinciais;
f) monitorar a implementação de políticas públicas
O Conselho Executivo Provincial tem a seguinte estrutura:
na província;
a) Gabinete do Governador de Província;
b) Direcção Provincial do Plano e Finanças (DPPF); g) executar tarefas de carácter organizativo, técnico
c) Direcção Provincial de Saúde (DPS); e protocolar, de apoio ao Governador de Província.
d) Direcção Provincial da Educação (DPE); 2. O Gabinete do Governador de Província é dirigido por um
e) Direcção Provincial da Agricultura e Pescas (DPAP); Director de Gabinete, nomeado pelo respectivo Governador.
7 DE AGOSTO DE 2020 1057

SECÇÃO II e) organizar o cadastro dos funcionários e agentes do Estado


Direcções Provinciais
nos órgãos de governação descentralizada provincial
e certificar a respectiva efectividade;
Artigo 10 f) fiscalizar a execução do orçamento aprovado pela
(Funções gerais das Direcções Provinciais) Assembleia Provincial;
São funções gerais das direcções provinciais: g) assegurar a operacionalização do e-SISTAFE;
h) assegurar a aplicação uniforme de normas sobre gestão
a) executar programas e planos definidos pelo Conselho
do património.
Executivo Provincial;
b) orientar e apoiar as unidades económicas e sociais Artigo 12
nos respectivos sectores de actividade;
(Direcção Provincial de Saúde)
c) garantir a gestão dos recursos humanos afectos ao sector;
d) preparar e executar o orçamento da direcção; A Direcção Provincial de Saúde tem as seguintes funções:
e) elaborar a conta de gerência; a) assegurar a expansão e o acesso aos cuidados de saúde
f) exercer as competências previstas em leis específicas primários;
relacionadas com os respectivos sectores de actividade; b) assegurar a prevenção e o controlo das doenças endémicas
g) implementar políticas nacionais com base nos planos e epidémicas;
e decisões do Conselho Executivo Provincial; c) promover um sistema comunitário de cuidados de saúde;
h) dirigir e controlar as actividades dos órgãos e instituições d) mobilizar recursos para fortalecer a implementação
do sector e prestar a poio técnico-metodológico de programas de saúde;
e administrativo; e) monitorar o cumprimento de normas e procedimentos
i) promover a participação de organizações e associações sanitários;
na materialização da política definida para a respectiva f) promover parcerias público-privadas;
área de actuação; g) garantir a prossecução de acções do género, criança
j) sistematizar informação sobre a situação social e acção social na saúde no âmbito de cuidados
e económica na respectiva área de actuação; primários;
k) promover acções de prevenção e combate à exclusão h) propor, à Assembleia Provincial, a criação de unidades
social; de prestação de serviços de saúde no âmbito
l) assessorar o Conselho Executivo Provincial nas matérias dos cuidados primários.
referentes ao sector.
Artigo 13
Artigo 11
(Direcção Provincial da Educação)
(Direcção Provincial do Plano e Finanças) A Direcção Provincial da Educação tem as seguintes funções:
A Direcção Provincial do Plano e Finanças tem as seguintes a) garantir a implementação do processo de ensino
funções: e aprendizagem de qualidade;
1. No âmbito da Economia: b) garantir a aplicação de normas de organização
a) monitorar a implementação do plano quinquenal; e funcionamento dos estabelecimentos da educação
b) garantir a aplicação uniforme de metodologias, de ensino primário, secundário, alfabetização
centralmente definidas, para a elaboração de planos e educação de adultos;
e orçamentos; c) garantir o ingresso e permanência na escola de crianças
c) coordenar a elaboração de programas e estratégias com idade escolar;
de promoção, atracção e implementação de inves- d) garantir o acesso e retenção de jovens e adultos
timentos; na alfabetização e educação de adultos;
d) coordenar a elaboração do Cenário Fiscal de Médio e) planificar a expansão da rede escolar do ensino primário
Prazo, Plano Económico e Social e do respectivo e do ensino secundário do SNE;
Orçamento Provincial, em coordenação com outros f) garantir a execução de actividades de educação no âmbito
organismos e instituições do Estado; do ensino primário, ensino secundário, alfabetização
e) coordenar a elaboração de relatórios sobre a execução e educação de adultos;
de planos e orçamentos; g) garantir a implementação da educação inclusiva;
f) elaborar projectos e programas para a prossecução h) garantir a equidade, inclusão e assistência social
de prioridades e objectivos fundamentais da província; aos alunos vulneráveis e desfavorecidos;
g) garantir a execução e implementação de planos i) garantir a construção de escolas e de habitação para
e orçamentos dos órgãos de governação descentralizada professores de acordo com os modelos e padrões
provincial e proceder a sua avaliação periódica. aprovados;
j) assegurar a observância de regulamentos de infra-
2. No âmbito de Finanças:
-estruturas escolares;
a) elaborar planos de tesouraria do orçamento aprovado k) garantir a manutenção de edifícios públicos do Sector;
pela Assembleia Provincial e assegurar a sua execução; l) assegurar a distribuição, conservação e inventariação
b) garantir a elaboração da conta de gerência; do livro escolar;
c) elaborar, trimestralmente, o balancete de execução m) garantir a ligação escola-comunidade;
de acções programadas e respectivos níveis de rea- n) assegurar a criação e o funcionamento de Zonas
lização; da Influência Pedagógica (ZIP`s);
d) assegurar a fiscalização de receitas próprias dos órgãos o) assegurar a saúde, higiene, nutrição e prática de desporto
de governação descentralizada provincial; escolar;
1058 I SÉRIE — NÚMERO 151

p) garantir e incentivar a produção escolar; i) incentivar o uso de tecnologias inovadoras para aumento
q) garantir a eficiência e eficácia do sistema educativo da produção e da produtividade;
no ensino primário e secundário. j) promover a capacitação e assistência técnica aos pro-
dutores;
Artigo 14 k) promover a criação, desenvolvimento de infra-estruturas
(Direcção Provincial da Agricultura e Pescas) e serviços de apoio pecuário;
A Direcção Provincial da Agricultura e Pescas tem as seguintes l) promover a pecuária e o melhoramento genético;
funções: m) promover a defesa sanitária animal;
1. No âmbito da Agricultura: n) promover programas de investigação pecuária e vete-
rinária;
a) participar no licenciamento, fiscalização e monitoria o) garantir o controlo higiénico-sanitário de estabelecimentos
das actividades do sector; de processamento de produtos de origem animal
b) fomentar projectos e programas de actividades agrícolas; e salvaguarda da saúde pública.
c) garantir a defesa sanitária vegetal e controlo fitossanitário;
d) desenvolver infra-estruturas e serviços de apoio 5. No âmbito da Hidráulica Agrícola:
às actividades agrícolas; a) promover a gestão e o uso sustentável de água;
e) sistematizar informação sobre a produção agrícola b) garantir a construção de infra-estruturas para a retenção
da província; de água;
f) promover a produção de culturas para a exportação. c) garantir o cumprimento de normas e procedimentos
2. No âmbito do Desenvolvimento Rural: sobre o acesso e uso sustentável de infra-estruturas
hidro-agrícolas.
a) promover o desenvolvimento económico local
e a exploração sustentável de recursos; 6. No âmbito da Extensão Agrária:
b) promover a exploração sustentável de recursos naturais; a) prestar assistência técnica aos produtores, através
c) definir prioridades e projectar o estabelecimento de infra- de serviços de extensão agrária;
-estruturas económicas e sociais; b) liderar o processo de desenvolvimento de tecnologias
d) promover a implantação de centralidades de desenvol- agrárias;
vimento sócio-económico. c) promover a utilização de novas tecnologias pelos
3. No âmbito da Segurança Alimentar: produtores do sector familiar;
d) implementar e divulgar boas práticas agrárias adaptadas
a) assegurar a segurança alimentar e nutricional; às mudanças climáticas.
b) apresentar informes sobre a situação de segurança
alimentar e nutricional na Assembleia Provincial; 7. No âmbito da Pesca Artesanal:
c) emitir orientações metodológicas às entidades públicas, a) monitorar as actividades de pesca, nos termos da lei;
organizações da sociedade civil, instituições religiosas, b) divulgar e promover boas práticas de pesca;
do sector privado e outros parceiros que actuam na área c) combater actos nocivos à pesca;
da segurança alimentar e nutricional; d) participar na concepção e implementação de programas
d) elaborar relatórios de avaliação e monitoria da situação de desenvolvimento da actividade da pesca.
de segurança alimentar e nutricional; 8. No âmbito da Aquacultura:
e) garantir o envolvimento comunitário na planificação a) elaborar e implementar programas de desenvolvimento
e implementação de acções de segurança alimentar da aquacultura nos termos da lei;
e nutricional; b) participar no licenciamento da aquacultura de pequena
f) sistematizar e divulgar informação sobre a segurança escala em terra nos termos da lei;
alimentar na província; e c) prestar assistência técnica, formação e capacitação dos
g) promover boas práticas de preparação e uso de alimentos produtores de aquacultura;
para o incremento do valor nutricional. d) promover programas de fomento e extensão;
4. No âmbito da Pecuária: e) participar na concepção e implementação de programas
a) licenciar, fiscalizar e monitorar as actividades do sector; de desenvolvimento da actividade da aquacultura.
b) coordenar programas de pecuária e controlo de actividades 9. No âmbito das Estatísticas Agrárias e Pesqueiras:
a nível do campo, de acordo com a estratégia global a) processar e divulgar informação estatística do sector
e procedimentos operacionais emitidos pelo nível ao nível da província, observando as metodologias
central; e procedimentos definidos a nível central;
c) mobilizar recursos humanos e materiais necessários b) definir a periodicidade e o mecanismo de entrada
à realização de actividades pecuárias na província; de informação estatística sobre os dados das actividades
d) recolher, processar e transmitir informação relevante do sector na província;
e os resultados de acções desenvolvidas para avaliação c) assegurar o controlo da qualidade da informação
dos serviços de veterinária; estatística produzida;
e) participar na concepção de estratégias de desenvolvimento
d) monitorar as actividades de produção, exportação
e de programas operacionais no âmbito da actividade
e importação de produtos na província;
pecuária;
f) executar programas sanitários e outros inerentes e) proceder o acompanhamento do processo de realização
à actividade pecuária; de censos e inquéritos;
g) monitorar trabalhos nos tanques carracicidas f) actualizar o cadastro dos projectos de investimento
e nas unidades veterinárias de campo; e acompanhar a sua implementação;
h) sistematizar dados de criadores e de efectivos de ma- g) elaborar mapas cartográficos sobre dados estatísticos
nadas; do sector e disponibilizar ao órgão central competente.
7 DE AGOSTO DE 2020 1059

Artigo 15 c) promover a criação de redes de transportes públicos


dentro das suas competências;
(Direcção Provincial de Obras Públicas)
d) adoptar medidas de segurança do sistema de transportes
A Direcção Provincial de Obras Públicas tem as seguintes públicos;
funções: e) estabelecer mecanismos de desenvolvimento do sistema
1. No âmbito de Obras Públicas e Habitação: de transportes;
a) promover programas de construção de habitação social f) promover actividades sobre prevenção de acidentes
na província; e incidentes nos transportes ferroviário, rodoviário,
b) cadastrar e actualizar a base de dados de habitação marítimo, lacustre, fluvial e aéreo de passageiros
e edifícios públicos sob sua alçada; e de carga;
c) promover a indústria de construção a nível da província, g) promover a criação de oficinas de assistência técnica
d) promover a massificação do uso de tecnologia alternativa ao equipamento automóvel na província;
e resiliente na construção de habitação na província; h) licenciar estabelecimentos oficinais do tipo B e garagens;
e) garantir a manutenção e conservação de edifícios públicos i) promover a criação de associações de transportadores;
na Província; j) assegurar o funcionamento dos Comités de Transporte
f) promover parcerias público-privadas na construção e de Gestão de Rotas na sua área de jurisdição;
de habitação social na província. k) garantir a circulação e segurança rodoviária, marítima,
2. No âmbito do Abastecimento de Água e Saneamento, com lacustre, fluvial, ferroviária e aéreo de pessoas e bens.
excepção das vilas e sedes distritais:
2. No âmbito das Comunicações e Meteorologia:
a) garantir serviços de abastecimento de água e saneamento
nas zonas rurais; a) promover a expansão das redes postal, de telecomunicações
b) assegurar a actualização do cadastro de infra-estruturas e de serviços meteorológicos;
de água e saneamento nas zonas rurais; b) incentivar as operadoras na implantação de antenas
c) promover a gestão autónoma dos sistemas de abaste- de telefonia móvel nas zonas rurais em coordenação
cimento de água e saneamento nas zonas rurais; com o respectivo regulador;
d) promover o saneamento rural; c) promover a publicação da previsão meteorológica para
e) promover o estabelecimento da rede de comercialização os diferentes usuários.
de bombas manuais e de peças sobressalentes
na província; Artigo 17
f) incentivar o uso de sistemas de captação e retenção (Direcção Provincial da Indústria e Comércio)
de águas pluviais na província. A Direcção Provincial da Indústria e Comércio tem as seguintes
3. No âmbito de estradas e pontes, com excepção das geridas funções:
pelos governos distritais e as estradas de interesse estratégico
1. No âmbito da Indústria:
nacional:
a) participar no licenciamento, fiscalização e monitoria
a) gerir a rede de estradas vicinais e estradas não classi-
ficadas; das actividades do sector, nos termos da lei;
b) elaborar e implementar planos anuais e plurianuais b) promover o estabelecimento de reservas de espaços para
de desenvolvimento e conservação da rede de estradas implantação de zonas económicas especiais e zonas
vicinais e não classificadas; francas industriais e parques industriais;
c) garantir a preservação das zonas de protecção parcial c) atrair investimentos para o sector e promover a revi-
de estradas vicinais; talização de indústrias;
d) assegurar a mobilização de recursos financeiros para d) promover o estabelecimento de micro, pequenas e médias
o desenvolvimento da rede de estradas vicinais; empresas;
e) identificar e propor novas fontes de receitas para e) divulgar e promover a implementação de normas
o financiamento da rede de estradas vicinais; de qualidade e certificação de produtos e serviços,
f) propor, à entidade competente, a classificação e/ou e metrologia;
reclassificação da rede de estradas de interesse f) promover o uso e a protecção do sistema de propriedade
provincial; industrial;
g) elaborar e actualizar o cadastro da rede de estradas g) promover a capacitação das micro, pequenas e médias
vicinais. empresas industriais;
4. As funções previstas nos números 1, 2 e 3 do presente artigo h) promover a incubação de pequenas empresas industriais
realizam-se em coordenação com o órgão central.
e de prestação de serviços;
Artigo 16 i) monitorar o cumprimento das recomendações da ins-
pecção;
(Direcção Provincial de Transporte e Comunicações)
j) divulgar o potencial industrial, as áreas prioritárias
A Direcção Provincial dos Transportes e Comunicações tem para o desenvolvimento industrial e as oportunidades
as seguintes funções: de negócio;
1. No âmbito de transportes e nas áreas não atribuídas k) promover a produção e consumo de produtos nacionais;
as autarquias: l) divulgar a política e estratégias industriais;
a) participar no licenciamento, fiscalização e monitoria das m) divulgar a legislação sobre a indústria transformadora;
actividades do sector, nos termos da lei; n) autorizar a instalação de estabelecimentos industriais
b) promover a utilização de transporte ferroviário, de média e pequena dimensões;
rodoviário, marítimo, lacustre, fluvial e aéreo o) elaborar o balanço da produção industrial e de actividade
de passageiros e de carga; do sector na província.
1060 I SÉRIE — NÚMERO 151

2. No âmbito do Comércio: d) promover a construção e gestão de infra-estruturas


a) participar no licenciamento, fiscalização e monitoria juvenis.
das actividades do sector, nos termos da lei; 2. No âmbito do emprego:
b) proceder a análise regular e sistematização de evolução a) promover e incentivar iniciativas geradoras de emprego
da actvidade comercial; e auto-emprego, empreendedorismo e outras fontes
c) promover a comercialização agrícola e a monitoria de rendimento;
do abastecimento do mercado; b) promover a implementação de medidas activas
d) promover investimentos e diversificação de exportações; de emprego;
e) promover a realização e participação em feiras provinciais c) participar nos processos de análise, monitoria e avaliação
de comércio; de programas de desenvolvimento económico e social,
f) divulgar e promover normas de qualidade, certificação que visem criar oportunidades de emprego;
de produtos, serviços e metrologia; d) promover a realização de estágios pré-profissionais;
g) promover e monitorar a comercialização agrícola; e) promover a expansão dos serviços públicos de emprego;
h) monitorar o cumprimento das recomendações f) identificar as necessidades de formação e capacitação
da inspecção; profissional.
i) promover o estabelecimento de mercados abastecedores 3. No âmbito do Desporto:
e infra-estruturas de comercialização.
a) incentivar a participação de individualidades
Artigo 18 e instituições públicas e privadas no apoio à promoção
de iniciativas de associações desportivas;
(Direcção Provincial do Género, Criança e Acção Social)
b) promover o associativismo desportivo;
A Direcção Provincial do Género, Criança e Acção Social tem c) coordenar o desenvolvimento quantitativo e qualitativo
as seguintes funções: da actividade desportiva provincial nas suas vertentes
1. No âmbito do Género: de rendimento, recreação e formação;
d) promover a reserva e preservação de espaços para
a) realizar acções que garantam a igualdade e equidade
a prática da actividade física e desportiva;
de género e empoderamento da mulher;
e) promover a construção, recuperação, ampliação e conser-
b) assegurar a interligação da perspectiva de género
vação das instalações desportivas;
nos processos da planificação ao nível local;
f) assegurar a prevenção de manifestações antidesportivas;
c) implementar programas de educação pública para g) assegurar a observância dos princípios da ética desportiva
promoção da igualdade de género; e do respeito pela integridade moral e física dos inter-
d) realizar acções de prevenção e combate a todas as formas venientes;
de violência baseada no género; h) assegurar a realização de campeonatos provinciais
e) assegurar a representação do sector nos mecanismos do desporto escolar, de jogos tradicionais e recreativos;
intersectoriais ao nível local para a mulher e género. i) organizar o registo provincial das associações desportivas,
2. No âmbito da Criança: clubes e equipas;
a) realizar acções de apoio, de educação, de reabilitação j) incentivar a criação de associações desportivas;
psico-social e de reintegração da criança em situação k) promover o desenvolvimento do desporto;
l) propor a reserva de espaços para a prática da actividade
difícil;
física e desportiva;
b) realizar acções de prevenção e combate a todas as formas
m) promover a construção e conservação de instalações
de violência contra a criança;
desportivas;
c) implementar planos e programas definidos para a área
da criança; n) promover a cooperação e o intercâmbio desportivo.
d) cumprir e fazer cumprir as normas e metodologias Artigo 20
de trabalho definidas para a área da criança;
e) estimular a criação e funcionamento de escolinhas (Direcção Provincial de Cultura e Turismo)
comunitárias para o atendimento da criança. A Direcção Provincial de Cultura e Turismo tem as seguintes
3. No âmbito da Acção Social: funções:
a) proceder à divulgação de políticas de acção social; 1. No âmbito da Cultura:
b) desenvolver acções de prevenção ao HIV e SIDA no seio a) licenciar, fiscalizar e monitorar as actividades do sector;
dos grupos-alvo do sector; b) promover a actividade audiovisual e cinematográfica,
c) implementar programas de educação pública para emitindo licenças do tipo B;
a divulgação dos direitos e deveres da pessoa idosa c) promover acções de gestão, protecção e preservação
e da pessoa com deficiência. do património cultural material e imaterial em
coordenação com outras instituições públicas e pri-
Artigo 19 vadas na província;
(Direcção Provincial da Juventude, Emprego e do Desporto) d) promover acções de investigação e pesquisa sócio-
A Direcção Provincial da Juventude, Emprego e do Desporto antropológicas sobre o património cultural;
e) promover a pesquisa e divulgação de artes e cultura;
tem as seguintes funções:
f) promover o desenvolvimento de indústrias culturais e
1. No ambito da juventude:
criativas;
a) incentivar o associativismo juvenil; g) assegurar a protecção e promoção dos direitos do autor
b) assegurar o apoio na execução de iniciativas na área e direitos conexos;
da juventude; h) estimular a educação artístico-cultural;
c) estimular e apoiar iniciativas e programas juvenis i) garantir a existência de bibliotecas públicas;
que visem a educação patriótica e cívica; j) valorizar o uso de línguas locais;
7 DE AGOSTO DE 2020 1061

k) sistematizar informação sobre o sector; 3. No âmbito da Terra:


l) incentivar a construção, a reabilitação e a manutenção a) participar no processo de tramitação dos pedidos
de infra-estruturas de arte e cultura; de DUAT;
m) criar e garantir a operacionalidade de infra-estruturas b) emitir pareceres sobre os pedidos de áreas até
de arte e cultura. 1.000 hectares;
2. No âmbito do Turismo: c) garantir as reservas do Estado;
a) participar no licenciamento, fiscalização e monitoria d) propor políticas e medidas administrativas visando
das actividades do sector, nos termos da lei; o melhoramento da gestão e administração de terras;
b) autorizar a instalação, ampliação, mudança de localização, e) assegurar a implementação de medidas tomadas
encerramento e suspensão da actividade de agência no âmbito da fiscalização.
de viagens e turismo; 4. No âmbito do Ordenamento Territorial:
c) autorizar a instalação, alteração, ampliação, mudança a) participar e coordenar na elaboração de instrumentos
de localização e encerramento de empreendimentos de ordenamento territorial;
turísticos até três estrelas; b) elaborar o zoneamento ecológico;
d) elaborar planos e estratégias da actividade do sector; c) coordenar o reassentamento resultante das calamidades
e) promover o desenvolvimento do turismo na província; naturais;
f) promover produtos e potencialidades turísticas; d) participar na elaboração de programas habitacionais.
g) sistematizar informação sobre recursos turísticos;
h) promover a qualidade e competitividade do turismo. CAPÍTULO IV
Artigo 21 Disposições finais

(Direcção Provincial de Desenvolvimento Territorial e Ambiente) Artigo 22


A Direcção Provincial de DesenvolvimentoTerritorial (Quadro de pessoal)
e Ambiente tem as seguintes funções: 1. Compete à Assembleia Provincial, aprovar o quadro
1. No âmbito do Ambiente: de pessoal do Conselho Executivo Provincial, sob proposta
a) implementar o plano ambiental e de zoneamento do Governador de Província.
ecológico; 2. O quadro de pessoal aprovado pela Assembleia Provincial
b) desenvolver programas de reflorestamento, plantio carece de publicação no Boletim da República, após ratificação
e conservação de árvores; conjunta pelos ministros que superintende as áreas da administração
c) realizar programas de educação cívica e ambiental; local e de finanças.
d) implementar normas para o maneio, protecção, 3. Compete ao Governador de Província submeter,
conservação, fiscalização e monitoria do uso de à Assembleia Provincial, a proposta do quadro de pessoal
recursos naturais; do Conselho Executivo Provincial no prazo de 120 dias após
e) implementar políticas de integração da economia a sua instalação.
verde, biodiversidade e das mudanças climáticas nos Artigo 23
programas sectoriais;
(Regime financeiro)
f) implementar medidas de prevenção da degradação
e controlo da qualidade ambiental; O regime financeiro do Conselho Executivo Provincial
g) implementar iniciativas de prevenção, controlo é definido por Lei.
e recuperação de solos degradados;
Artigo 24
h) assegurar a participação das comunidades locais na gestão
dos recursos naturais e ecossistemas; (Estatuto orgânico)
i) implementar medidas de combate à poluição do meio Compete à Assembleia Provincial aprovar os Estatutos
aquático; Orgânicos do Gabinete do Governador da Província e das
j) implementar programas de combate à degradação Direcções Provinciais, sob proposta do Governador de Província
dos mangais e dos ecossistemas aquáticos e costeiros. no prazo de 60 dias após a sua instalação.
2. No âmbito das Florestas e Fauna Bravia:
a) implementar projectos e programas de fomento agro- Artigo 25
-florestais; (Regulamento interno)
b) promover a indústria local de processamento de produtos
1. Compete ao Governador de Província aprovar o Regulamento
florestais e faunísticos;
Interno do Conselho Executivo Provincial no prazo de 60 dias
c) autorizar a instalação de unidades de processamento
após a sua instalação.
de produtos florestais e faunísticos;
2. Compete ao Governador de Província aprovar
d) assegurar a gestão do conflito Homem/fauna bravia;
os Regulamentos Internos do Gabinete do Governador da
e) assegurar a implementação de medidas de prevenção
e controlo de queimadas descontroladas; Província e das Direcções Províncias no prazo de 120 dias após
f) assegurar a implementação de programas comunitários a sua instalação.
de gestão de recursos florestais e faunísticos, incluindo Artigo 26
os 20%;
g) emitir pareceres sobre solicitações para a entrada (Norma revogatória)
em funcionamento de fazendas de bravio; São revogados os Decretos n° s 2/2020, de 8 de Janeiro
h) assegurar o repovoamento florestal. e 15/2020, de 13 de Abril.
1062 I SÉRIE — NÚMERO 151

Artigo 27 4. Nos impedimentos ou ausências por um período superior


a 30 dias, o substituto é designado pelo Presidente da República.
(Entrada em vigor)
5. A ausência do Secretário de Estado na Cidade de Maputo
O presente Decreto entra em vigor na data da sua publicação. é autorizada pelo Presidente da República.
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 28 de Julho
de 2020. Artigo 5
Publique-se. (Competências do Secretário de Estado da Cidade de Maputo)
O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário.
1. Compete ao Secretário de Estado da Cidade de Maputo:
a) representar o Estado e o Governo Central na Cidade
de Maputo;
b) dirigir o Conselho dos Serviços de Representação
Decreto n.º 65/2020 do Estado na Cidade de Maputo;
de 7 de Agosto
c) orientar a preparação da proposta do plano e orçamento
e do respectivo balanço de execução nas áreas
Havendo necessidade de regulamentar a Lei n.º 15/2019, de representação do Estado na Cidade de Maputo;
de 24 de Setembro, que estabelece o quadro legal da organização d) dirigir a execução e o controlo do Plano e Orçamento
e do funcionamento dos órgãos de representação do Estado na da Representação do Estado na Cidade de Maputo;
Cidade de Maputo, ao abrigo do disposto no artigo 29 da mesma
e) apresentar relatórios periódicos ao Governo Central
Lei, o Conselho de Ministros decreta:
sobre o funcionamento da Representação do Estado
CAPÍTULO na Cidade de Maputo;
f) implementar, na Cidade de Maputo, acções e actividades de
Disposições gerais
cooperação internacional no quadro da materialização
Artigo 1 da estratégia da política externa e de cooperação
(Objecto) internacional do Estado Moçambicano;
O presente Decreto tem por objecto regulamentar a organização g) praticar actos administrativos e tomar decisões
e o funcionamento dos órgãos de representação do Estado indispensáveis, sempre que circunstâncias excepcionais
na Cidade de Maputo. de interesse público o exijam, devendo comunicar
Artigo 2 imediatamente ao órgão competente; e
h) intervir e recomendar medidas pertinentes no âmbito
(Âmbito)
da preservação da ordem e segurança públicas em
1. O presente Decreto aplica-se: articulação com o Presidente do Conselho Municipal
a) Ao Secretário de Estado da Cidade de Maputo; e da Cidade de Maputo.
b) Aos Serviços de Representação do Estado na Cidade
de Maputo. 2. São ainda competências de Secretário de Estado da Cidade
de Maputo:
2. A organização, o funcionamento e as competências
das instituições de defesa e segurança, ordem pública, fiscalização a) participar nas cerimónias de Estado na Cidade de Maputo;
de fronteiras, emissão de moeda e as relações diplomáticas regem- b) realizar acções de superintendência e supervisão
-se por normas ou regras próprias. aos serviços de representação do Estado na Cidade
3. As instituições de finanças públicas, registo civil e notariado, de Maputo;
identificação civil e de migração regem-se por normas ou regras c) garantir o cumprimento das decisões dos órgãos centrais
próprias. do Estado;
d) apresentar relatórios trimestrais ao Presidente
CAPÍTULO II
da República sobre o funcionamento dos Serviços de
Organização dos Órgãos de Representação do Estado Representação do Estado na Cidade de Maputo, através
na Cidade de Maputo do Ministro que superintende a área da administração
Artigo 3 local e função pública;
(Órgãos de Representação do Estado)
e) assegurar a concessão de licença de produção e de
distribuição de energia eléctrica de baixa e média
São Órgãos de Representação do Estado na Cidade de Maputo:
tensão, nos termos estabelecidos na lei;
a) o Secretário de Estado da Cidade de Maputo; f) gerir os recursos humanos pertencentes ao quadro
b) o Conselho dos Serviços de Representação do Estado de pessoal dos Serviços de Representação do Estado
na Cidade de Maputo.
na Cidade de Maputo;
Artigo 4 g) propor a criação de escolas e unidades de prestação
de serviços de saúde e em áreas cujas atribuições não
(Secretário de Estado da Cidade de Maputo)
cabem ao Conselho Municipal de Maputo;
1. O Secretário de Estado da Cidade de Maputo é o órgão h) determinar medidas preventivas ou de socorro,
que representa o Governo Central na Cidade de Maputo.
em casos de iminência ou ocorrência de acidente
2. O Secretário de Estado da Cidade de Maputo é nomeado
e empossado pelo Presidente da República. grave ou calamidade, mobilizando e instruindo os
3. Nos impedimentos ou ausências por um período inferior serviços de defesa civil públicos ou privados, em
ou igual a trinta dias, o Secretário de Estado da Cidade de particular militares e paramilitares, em articulação
Maputo designa o substituto dentre os directores dos Serviços com o Conselho Municipal de Maputo; e
de Representação do Estado na Cidade de Maputo. i) exercer outras competências determinadas por lei.
7 DE AGOSTO DE 2020 1063

Artigo 6 d) preparar e apresentar as propostas sobre a organização


territorial;
(Competências do Conselho dos Serviços de Representação
do Estado na Cidade de Maputo)
e) monitorar a implementação de políticas públicas na
Cidade de Maputo;
São competências do Conselho dos Serviços de Representação f) promover a observância das normas éticas e deontológicas
do Estado na Cidade de Maputo: na função pública;
a) elaborar a proposta do Plano e do Orçamento; g) promover acções de combate à corrupção na função
b) executar o Plano e o Orçamento bem como apreciar pública;
o respectivo relatório balanço, observando as decisões h) monitorar a aplicação de técnicas de documentação
do Conselho de Ministros; e arquivo aplicáveis à Administração Pública;
c) acompanhar a execução de medidas preventivas i) promover a observância das regras de segredo do Estado;
ou de socorro, em casos de iminência ou ocorrência j) divulgar informação de interesse da Administração
de acidente grave ou evento extremo; e Pública;
d) exercer outras competências determinadas por lei. k) assegurar que as petições, reclamações e sugestões
dos cidadãos sejam devidamente tratadas;
Artigo 7 l) coordenar a gestão e implementação de programas
(Composição)
e projectos de reforma do sector público e da moder-
nização da Administração Pública;
O Conselho dos Serviços de Representação do Estado m) zelar pela implementação do Estatuto Geral dos
na Cidade de Maputo tem a seguinte composição: Funcionários e Agentes do Estado e legislação
a) Secretário de Estado da Cidade de Maputo; complementar;
b) Director do Gabinete do Secretário de Estado da Cidade n) aplicar normas relativas à organização e funcionamento
de Maputo; e da Administração Pública;
c) Directores de Serviços. o) planificar a formação e afectação de funcionários
e agentes do Estado pelos serviços da Cidade;
Artigo 8 p) zelar pelo cadastramento e actualização dos dados
(Estrutura do Conselho dos Serviços de Representação do Estado
dos funcionários e agentes do Estado no e-CAF; e
na Cidade de Maputo) q) monitorar a implementação das actividades no âmbito
das estratégias de prevenção e combate ao HIV-SIDA,
O Conselho dos Serviços de Representação do Estado do género e da pessoa com deficiência na função
na Cidade de Maputo, tem a seguinte estrutura: pública.
a) Gabinete do Secretário de Estado da Cidade de Maputo; 2. O Gabinete do Secretário de Estado da Cidade de Maputo
b) Serviço de Economia e Finanças da Cidade; é dirigido por um Director de Gabinete, nomeado pelo Secretário
c) Serviço de Actividades Económicas da Cidade; de Estado da Cidade de Maputo.
d) Serviço de Assuntos Sociais da Cidade;
e) Serviço de Saúde da Cidade; CAPÍTULO III
f) Serviço de Justiça e Trabalho da Cidade; e
Organização e Funcionamento dos Serviços de Represen-
g) Serviço dos Combatentes da Cidade.
tação do Estado na Cidade de Maputo
Artigo 9 Artigo 11
(Gabinete do Secretário de Estado da Cidade de Maputo) (Estrutura)
1. O Gabinete do Secretário de Estado da Cidade de Maputo 1. Os Serviços de Representação do Estado na Cidade
tem a seguinte organização: de Maputo têm a seguinte estrutura:
a) Departamentos; a) Departamentos; e
b) Repartições. b) Repartições.
2. O Gabinete do Secretário de Estado da Cidade de Maputo 2. Os Serviços de Representação do Estado na Cidade
pode integrar até 3 departamentos e 6 repartições. de Maputo podem integrar até 4 departamentos e 8 repartições.
Artigo 10 Artigo 12
(Funções do Gabinete do Secretário de Estado da Cidade (Funções)
de Maputo)
1. São funções dos Serviços de Representação do Estado
1. O Gabinete do Secretário de Estado da Cidade de Maputo na Cidade de Maputo:
executa tarefas de carácter organizativo, técnico administrativo
e protocolar e tem como funções: a) garantir a implementação de planos e programas
aprovados centralmente;
a) prestar assistência técnica e administrativa ao Conselho
b) garantir a gestão dos recursos humanos, patrimoniais
dos Serviços de Representação do Estado na Cidade
de Maputo; e financeiros;
b) assegurar o acompanhamento e controlo da execução c) orientar e apoiar as unidades económicas e sociais
das decisões do Secretário de Estado da Cidade de dos respectivos sectores de actividades;
Maputo e do Conselho dos Serviços de Representação d) garantir a implementação de políticas nacionais com base
do Estado na Cidade de Maputo; nos planos e decisões de órgãos centrais;
c) gerir recursos humanos, financeiros e patrimoniais e) dirigir as actividades dos órgãos e instituições
dos Serviços de Representação do Estado na Cidade da respectiva área de actuação, garantindo o apoio
de Maputo; técnico e metodológico;
1064 I SÉRIE — NÚMERO 151

f) promover a participação de organizações e associações b) garantir a defesa sanitária, vegetal e animal, bem como
da sociedade civil nas respectivas áreas de actuação; a protecção da saúde;
g) assessorar o Secretário de Estado da Cidade de Maputo c) coordenar a produção de informação sobre o sector
nas matérias do respectivo sector. agrário;
2. Os Serviços de Representação do Estado na Cidade d) coordenar o desenvolvimento de infra-estruturas
de Maputo são dirigidos por um Director de Serviço nomeado
e serviços de apoio ao sector agrário;
centralmente, ouvido o Secretário de Estado da Cidade de Maputo.
e) promover o uso sustentável do solo, água e florestas
Artigo 13 urbanas;
f) implementar a legislação, políticas e estratégias de desen-
(Serviço de Economia e Finanças)
volvimento pecuário;
O Serviço de Economia e Finanças da Cidade tem as seguintes g) promover e garantir a assistência técnica aos produtores
funções: através da divulgação e transferência de tecnologias
a) coordenar a elaboração do plano e do orçamento; agrárias apropriadas e dos serviços de extensão agrária,
b) garantir a aplicação uniforme das metodologias para o aumento da produção e produtividade;
de elaboração do plano e do orçamento; h) participar na capacitação dos produtores;
c) acompanhar a execução e avaliação periódica do plano i) promover a criação e desenvolvimento de infra-estruturas
e do orçamento;
e serviços de apoio pecuário;
d) coordenar a elaboração de relatórios sobre a execução
do plano e do orçamento; j) produzir e sistematizar informação sobre o sector
e) promover estudos para o conhecimento da situação da pecuária;
sócio-económico da cidade; k) promover a pecuária e o melhoramento genético;
f) garantir a execução do Plano Económico e Social l) garantir o controlo higeno-sanitário dos estabelecimentos
da Cidade e a elaboração do respectivo relatório de processamento de produtos de origem animal
de execução; e a salvaguarda da saúde;
g) coordenar a elaboração dos planos estratégicos m) implementar a legislação, políticas e estratégias
de desenvolvimento económico e social da Cidade; de extensão agrária;
h) coordenar a elaboração de programas e estratégias n) coordenar com outros serviços da Cidade, ao abrigo
de promoção e atracção do investimento privado; do Serviço Unificado de Extensão (SUE) e parceiros
i) autorizar despesas variáveis do orçamento dentro no âmbito do Sistema Nacional de Extensão (SISNE),
dos limites e parâmetros superiormente fixados; a implementação das actividades de extensão;
j) supervisar as actividades de arrecadação das receitas o) promover acções de educação alimentar e nutricional
públicas; aos produtores e suas famílias;
k) elaborar planos de tesouraria para a correcta execução p) participar no processo de desenvolvimento das
orçamental; tecnologias agrárias junto da investigação e outros
l) acompanhar e monitorar a implementação dos projectos intervenientes;
de investimento, em coordenação com os sectores
q) coordenar as metodologias de intervenção das
afins;
m) acompanhar e controlar a execução do orçamento Organizações Não-Governamentais (ONG's) e Sector
do Estado e elaborar os respectivos relatórios; Privado que prestam serviços de extensão na cidade;
n) coordenar os processos de alienação, cedência e de cons- r) facilitar o processo de adopção e uso de tecnologias pelos
tituição de sociedades públicas; produtores do sector familiar;
o) supervisar a aplicação do regulamento sobre a utilização s) implementar e divulgar boas práticas agrárias adaptadas
dos bens do Estado; às mudanças climáticas que contribuam para o uso
p) organizar os processos de abate de bens classificados sustentável dos recursos naturais;
de obsoletos e incapazes para o serviço do Estado, t) capacitar e fortalecer as organizações de produtores através
em coordenação com os serviços competentes, nos de formação, assistência técnica e disseminação de
termos da lei; informações úteis;
q) garantir a planificação e organização dos processos u) implementar acções sobre assuntos transversais,
de aquisição, inventário, manutenção, uso e controlo envolvendo os produtores com especial ênfase na
de bens materiais do Estado; gestão de recursos naturais, mudanças climáticas,
r) controlar as normas sobre inventários e contas anuais, segurança alimentar e nutricional, género e HIV­SIDA;
de acordo com o regulamento de gestão de bens v) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
do Estado; determinadas nos termos do presente Decreto e demais
s) emitir títulos de adjudicação, ou quitações referentes legislação aplicável.
à alienação do património do Estado; e
t) prestar apoio técnico às instituições do Estado, em 2. No âmbito da Segurança Alimentar:
matérias do património. a) coordenar e monitorar as intervenções de segurança
alimentar e nutricional nos planos, programas em
Artigo 14 implementação;
(Serviço de Actividades Económicas da Cidade) b) garantir a integração de segurança alimentar e nutricional
O Serviço de Actividades Económicas da Cidade tem no Plano Económico e Social e no Orçamento do
as seguintes funções: Estado;
c) aprovar o plano anual de segurança alimentar e nutri-
l. No âmbito de agricultura e pecuária: cional;
a) garantir a implementação da legislação, políticas, d) promover boas práticas no uso de alimentos para
estratégias, planos e programas de desenvolvimento melhorar a dieta das populações e garantir a segurança
agrário; alimentar e nutricional;
7 DE AGOSTO DE 2020 1065

e) implementar os programas de educação pública e) promover a produção e consumo de produtos nacionais;


e informação sobre preparação, processamento, f) promover investimento e exportações de produtos
conservação de alimentos e consumo; nacionais;
f) garantir a segurança alimentar e nutricional através g) acompanhar o desenvolvimento das empresas
de educação às comunidades priorizando os alimentos industriais privatizadas, assegurando o cumprimento
mais nutritivos e seguros; dos contratos de adjudicação em coordenação com
g) monitorar e avaliar a situação alimentar e nutricional; e as entidades competentes;
h) dirigir o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional h) proceder à análise regular e sistematização da evolução
da Cidade. da actividade industrial;
3. No âmbito da Hidráulica Agrícola: i) elaborar o balanço da produção industrial e da actividade
do sector a nível da cidade;
a) implementar a legislação, políticas e estratégias j) emitir pareceres sobre o pedido de licenciamento
de desenvolvimento hidroagrícola; de actividades económicas quando solicitadas;
b) promover programas e projectos para o uso de infra- k) promover e divulgar o estabelecimento e desenvolvimento
-estruturas hidroagrícolas; de micro, pequenas e médias empresas;
c) promover a gestão e o uso sustentável da água para l) promover e divulgar legislação atinente à qualidade
o aumento da produção e da produtividade agrária; e e certificação de produtos;
d) garantir o cumprimento de normas e procedimentos m) promover e divulgar o uso e a protecção do sistema
sobre o acesso e uso sustentável de infra-estruturas da propriedade industrial;
hidroagrícolas. n) promover a capacitação das micro, pequenas e médias
4. No âmbito do Mar e Águas Interiores: empresas industriais;
a) coordenar actividades de segurança nos espaços o) promover a incubação de pequenas empresas industriais
marítimo, fluvial e lacustre; e de prestação de serviços;
b) supervisar a actividade de fiscalização; p) monitorar as recomendações da inspecção das activi-
dades económicas;
c) promover a utilização sustentável dos ecossistemas
q) divulgar o potencial industrial e as oportunidades
costeiros;
de negócios;
d) monitorar o cumprimento dos acordos de gestão r) definir e divulgar as áreas prioritárias para o desenvol-
das zonas costeiras, marítimas fluviais e lacustres vimento industrial;
de domínio público; s) divulgar e assegurar a implementação da política
e) promover a participação das associações e demais e estratégia industrial;
organizações da sociedade civil na materialização t) divulgar a legislação sobre a indústria transformadora;
das políticas e estratégias do sector do mar e águas u) promover a ligação entre indústrias para o aproveitamento
interiores. de produtos, semi-produtos e desperdícios industriais
5. No âmbito da Pesca e Aquacultura: para transformação em outros produtos;
v) coordenar e fiscalizar as actividades económicas;
a) promover o licenciamento, monitoria e controlo
w) recensear e proceder ao registo no cadastro dos ope-
das actividades da pesca, nos termos da legislação
radores da rede comercial;
aplicável;
x) coordenar e acompanhar as actividades do exercício
b) promover programas de fomento e extensão;
de actividades comerciais;
c) pronunciar-se sobre a constituição e gestão das áreas
y) promover e fomentar a comercialização agrícola
de conservação marinha, e seus ecossistemas,
e a monitoria do abastecimento do mercado;
na perspectiva de sustentabilidade; z) promover a diversificação de exportações;
d) articular com os Conselhos Comunitários de Pesca aa) promover a realização e participação em feiras nacionais
e organizações da sociedade civil que actuam nas áreas e internacionais caso seja solicitado;
do mar e águas interiores; bb) emitir pareceres sobre o pedido de licenciamento
e) promover programas de fomento e extensão; de actividades económicas quando solicitadas, ouvidas
f) impulsionar o envolvimento de pessoas singulares as entidades a fins;
e colectivas para prática da actividade da aquacultura; cc) zelar pelo cumprimento das normas de defesa do consu-
g) recolher, processar, analisar, canalizar e conservar midor;
a informação estatística do sector, nos termos da
dd) fomentar a comercialização agrícola através de disponi-
legislação aplicável;
bilização e gestão de infra-estrutura de apoio; e
h) assegurar o controlo da qualidade da informação
estatística; ee) verificar os instrumentos de medição no âmbito
i) participar nos censos e inquéritos. da delegação de competências.
6. No âmbito da indústria e comércio: 7. No âmbito do Turismo:
a) coordenar e acompanhar as actividades de licenciamento a) elaborar, coordenar e acompanhar a execução dos planos
de modo a garantir e manter o cadastro industrial; e estratégias da actividade do sector de turismo;
fornecer mensalmente a informação e dados necessários b) promover e coordenar o desenvolvimento do turismo;
ao cadastro industrial central; c) proceder o licenciamento de empreendimentos turísticos,
b) promover o estabelecimento de reserva de espaço para estabelecimentos de restauração e bebidas e salas
as zonas industriais e criação de parques industriais em de dança, da sua competência;
coordenação com as entidades competentes; d) proceder o acompanhamento da instalação
c) atrair investidores para o sector da indústria na cidade e funcionamento de empreendimentos turísticos,
e promover a revitalização das indústrias paralisadas; estabelecimentos de restauração, bebidas e salas
d) divulgar informação sobre indústrias paralisadas; de dança;
1066 I SÉRIE — NÚMERO 151

e) promover os produtos turísticos a nível local de modo e) colaborar na implementação de medidas de prevenção
a atrair turistas; da degradação e controlo da qualidade ambiental.
f) divulgar as potencialidades turísticas a nível da cidade,
para atrair investimentos; Artigo 15
g) estimular iniciativas visando a criação de comités locais (Serviço de Assuntos Sociais da Cidade)
de turismo;
h) articular com os órgãos competentes a nível da cidade O Serviço de Assuntos Sociais da Cidade tem as seguintes
na inventariação dos recursos turísticos, de modo funções:
a contribuir para o seu conhecimento e apoiar 1. No âmbito da Educação:
o processo de ordenamento e planeamento da oferta a) garantir a implementação do Sistema Nacional
turística local; de Educação, exceptuando o ensino primário;
i) promover o desenvolvimento de produtos turísticos b) assegurar a aplicação uniforme do currículo de ensino
e orientar a gestão do destino;
aprovado e controlar o seu cumprimento;
j) promover o aumento da qualidade e competitividade
c) promover o processo de ensino e aprendizagem;
do turismo;
k) fazer a recolha de informação estatística, manter d) planificar o desenvolvimento da alfabetização e educação
actualizado o inventário e cadastro do sector de adultos;
do turismo; e) promover a educação inclusiva;
l) emitir pareceres sobre os planos e estratégias f) supervisar a aplicação de normas de organização
de desenvolvimento territorial e de turismo em e funcionamento das instituições de ensino
particular e outros que lhe sejam presentes. e de formação de professores;
8. No âmbito de Transporte e Comunicações: g) assegurar e controlar a organização da formação
a) promover a utilização dos transportes terrestre, marítimo, dos professores, alfabetizadores e educadores
lacustre, fluvial, aéreo e ferroviário; de adultos bem como a formação contínua e permanente
b) promover a construção de infra-estruturas de acostagem dos docentes;
marítima, pistas e campos de aterragem em coordenação h) realizar acções inspectivas e de supervisão nas
com o respectivo regulador; instituições do ensino geral;
c) assegurar o funcionamento de rotas inter-provinciais; i) supervisar as Zonas de Influência Pedagógica (ZIPs)
d) gerir rotas de transporte rodoviário internacional em do ensino secundário geral;
observância aos acordos bilaterais estabelecidos; j) promover a criação de núcleos para atendimento
e) garantir a observância e aplicação de normas sobre de alunos com necessidades educativas especiais
licenciamento do transporte rodoviário; e em risco, em coordenação com os sectores locais
f) licenciar o transporte de passageiros e de mercadoria da saúde e género, criança e acção social;
do tipo B; k) promover a produção escolar;
g) emitir alvarás para a exploração da indústria de transporte l) planificar a expansão da rede escolar;
público de passageiros e de carga do tipo B; m) promover a participação das comunidades locais e outros
h) tramitar os pedidos de licenciamento de transporte parceiros na construção de salas de aulas e de habitação
de passageiros e de mercadoria do tipo A; para professores do ensino secundário geral;
i) assegurar a instrução de processos para emissão n) supervisar as construções escolares de acordo com
de licenças para o estabelecimento de oficinas o regulamento de construções e manutenção
do tipo A; dos dispositivos técnicos de acessibilidade, circulação
j) assegurar o cadastro de infra-estruturas do sector e utilização dos sistemas de serviços e lugares públicos
de transportes; para a pessoa com deficiência;
k) participar na investigação de acidentes e incidentes nos o) promover e assegurar a saúde, a higiene, a nutrição
transportes terrestre, marítimo, lacustre, fluvial, aéreo e a prática de desporto no ensino secundário geral;
e ferroviário; p) promover a ligação escola-comunidade.
l) assegurar a implementação de medidas de prevenção 2. No âmbito da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior
e de segurança nos transportes; e Técnico Profissional:
m) participar no processo de criação de redes de transporte
a) garantir a implementação das políticas, estratégias, planos
intermodal com centros logísticos de transporte
e programas da área de ciência e tecnologia;
de passageiros e mercadorias, na sua área de jurisdição;
b) coordenar a implementação dos planos e programas
n) incentivar a partilha de infra-estruturas de teleco-
para o desenvolvimento de ciência e tecnologia;
municações;
c) promover a divulgação do conhecimento científico,
o) coordenar com os operadores e regulador de teleco-
da inovação e do desenvolvimento tecnológico;
municações a instalação de infra-estruturas na área
d) avaliar e monitorar o desenvolvimento científico
da sua jurisdição; e
e tecnológico a nível na Cidade de Maputo;
p) promover a reabilitação e expansão da rede postal.
e) promover o aproveitamento do conhecimento local,
9. No âmbito do Ambiente: na investigação e nos processos de inovação, em bene-
a) participar no licenciamento e fiscalização das actividades fício das comunidades;
de impacto ambiental, nos termos da lei; f) promover o treino e capacitação das comunidades locais
b) garantir o cumprimento de normas e procedimentos em e técnicos na adopção e uso de novas tecnologias;
matéria ambiental; g) estimular o desenvolvimento da capacidade inovadora
c) realizar programas de educação ambiental; no sector produtivo e na sociedade em geral;
d) colaborar na implementação de iniciativas de prevenção, h) promover o estabelecimento de instituições de inovação
controlo e recuperação de solos degradados; e científica e desenvolvimento tecnológico;
7 DE AGOSTO DE 2020 1067

i) promover a participação da mulher na ciência e tecnologia dd) assegurar que as escolas técnico-profissionais
para assegurar a equidade de género; mantenham vínculos estreitos com as unidades
j) facilitar o acesso e uso das Tecnologias de Informação produtivas e de serviços para promover e concretizar a
e Comunicação (TICs) da Cidade de Maputo; interdependência entre a formação e a realidade sócio
k) promover a realização de feiras, exposições, bazares económica do País;
e outros programas sobre ciência e tecnologia; ee) garantir a recolha sistemática de dados estatísticos das
l) mobilizar a participação e apoio dos parceiros nas instituições do Ensino Técnico Profissional;
actividades de aplicação da inovação e desenvolvimento ff) promover a celebração da semana do Ensino Técnico
tecnológico; Profissional pelas instituições do Ensino Técnico
m) assegurar a concepção e gestão da agenda de inovação Profissional;
orientada para a satisfação das necessidades; gg) supervisar o cumprimento das normas de conduta
n) colaborar com a inspecção na realização da actividade por parte dos professores, trabalhadores e alunos
de fiscalização de projectos e programas, gestão e dinamizar as actividades extra-escolares que
de recursos humanos e materiais, bem como o cumpri- contribuam para a educação patriótica e cívica dos
mento dos dispositivos legais vigentes; alunos, ética e brio profissional;
o) implementar políticas, estratégias, planos e programas hh) analisar o grau de cumprimento dos ingressos
de desenvolvimento do ensino superior; e a situação de assistências, e de sucesso escolar,
a qualidade de ensino e metas de graduação e propor
p) coordenar as actividades do subsistema do ensino
medidas adequadas ao seu contínuo melhoramento;
superior;
ii) participar nas actividades de orientação profissional
q) organizar e tramitar os processos relativos à concessão
e executar programas de afectação dos graduados
de bolsas de estudos;
do ensino técnico-profissional;
r) divulgar a informação sobre bolsas de estudo na Cidade
jj) dinamizar, organizar e supervisar os programas
de Maputo e recolher os processos de candidatura;
de aperfeiçoamento pedagógico-didáctico e pro-
s) garantir a observância dos procedimentos para a criação fissional e os estágios no sector produtivo dos docentes
de delegações, extensões e faculdades ou centros do ensino técnico-profissional e propor a continuação
de recursos, de acordo com a legislação do Ensino de estudos;
Superior; kk) monitorar o processo das inscrições e preparação
t) promover a investigação científica e cultural, inovação do início do ano lectivo;
científica, tecnológica e pedagógica nas instituições de ll) promover o acesso, expansão, desenvolvimento,
ensino superior e na sociedade em geral e nas camadas apropriação, e uso das tecnologias de informação
jovens em particular; e comunicação;
u) promover a articulação entre as instituições de ensino mm) promover o cumprimento de normas concernentes
superior com o sector produtivo, público e privado; ao acesso, registo, utilização e segurança das Tecno-
v) receber e tramitar os certificados das instituições logias de Informação e Comunicação;
do ensino superior para efeitos de certificação nn) promover a utilização sustentável das Tecnologias
das qualificações no subsistema do ensino superior; de Informação e Comunicação na prestação de serviços
w) emitir pareceres em relação à criação de novas ao cidadão;
instituições de ensino superior; oo) promover a utilização de sistemas de informação
x) colaborar com a inspecção na realização da actividade e a prestação de serviços com recurso a plataformas
inspectiva nas instituições de ensino superior, de Tecnologias de Informação e Comunicação;
em coordenação com o sector que superintende a área pp) promover a implementação de acções visando
do Ensino Superior; a integridade, confidencialidade e acesso à informação
y) monitorar a implementação das reformas do ensino e dos sistemas de informação e da Internet ao nível
técnico-profissional nas instituições da Cidade da Cidade nos termos da legislação aplicável;
de Maputo; qq) promover o uso de arquitecturas, dos padrões técnicos
z) orientar e supervisar o cumprimento, nas instituições e especificação de sistemas de informação para
de ensino técnico-profissional, dos princípios, garantir a interoperabilidade sistémica na prestação
normas e regulamentos centralmente definidos de serviços públicos de governo electrónico com
para a organização e direcção escolar, organização recurso à Tecnologias de Informação e Comunicação;
do processo de ensino-aprendizagem, administração rr) elaborar e manter actualizado o inventário da Cidade
e produção escolar; do equipamento e sistemas de Tecnologias de Infor-
aa) programar e realizar supervisões pedagógicas às mação e Comunicação;
Instituições do Ensino Técnico Profissional; ss) promover a realização da implementação de programas
bb) assessorar os processos de criação e funcionamento de de alfabetização e projectos nos domínios do desenvol-
novas instituições de Ensino Técnico Profissional na vimento tecnológico e disseminação de Tecnologias
Cidade, por diferentes provedores de educação, com de Informação e Comunicação;
envolvimento de equipas locais da implementação tt) promover o uso da rede de instituições de investigação,
e desenvolvimento das escolas profissionais; do ensino superior e do ensino técnico profissional,
cc) incentivar as instituições da educação profissional incluindo interligação com redes internacionais afins;
a promover cursos de curta duração, na base da uu) promover o estabelecimento e bases de dados e sistemas
pedagogia da alternância, para população fora de informação para a área da ciência e tecnologia,
do Sistema Nacional de Educação; ensino superior e técnico profissional;
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vv) coordenar a concepção e implantação de infra-estruturas u) planificar e implementar programas de educação pública
de ciência e tecnologia, ensino superior e técnico para divulgação dos direitos e deveres das crianças
profissional; e articular as datas comemorativas alusivas às crianças;
ww) participar em projectos de construção de infra- v) promover e realizar acções de apoio e protecção da pessoa
-estruturas de ciência, tecnologia, ensino superior com deficiência, da pessoa idosa e outros grupos em
e técnico profissional, quando a coordenação destes situação de vulnerabilidade;
esteja adstrita a outras instituições. w) implementar programas orientados à prevenção
3. No âmbito do Género, Criança e Acção Social: e combate de fenómenos sociais nocivos aos idosos
e pessoas com deficiência;
a) realizar e promover acções destinadas a eliminar
x) implementar programas orientados ao apoio a outros
a discriminação baseada no género e a valorizar
grupos populacionais vivendo em condições de
o papel da família na sociedade;
pobreza extrema;
b) promover a igualdade de género na vida política
económica e social; y) instruir processos de licenciamento dos centros de apoio
c) garantir a aplicação das normas e medidas que assegurem à velhice e centros de trânsito, centros abertos e outras
a igualdade de oportunidades entre a mulher e o homem instituições de atendimento às pessoas com deficiência
no acesso a bens e serviços à disposição da sociedade; profunda;
d) realizar e promover acções que garantam a igualdade z) inspeccionar e supervisar o funcionamento dos centros
e equidade de género e empoderamento da mulher; de trânsito, centros abertos e outras instituições
e) planificar e implementar programas de educação pública de atendimento aos grupos alvo do sector público
para promoção do género, incluindo a sensibilização ou privado;
sobre a prevenção e o combate ao HIV e SIDA, aa) garantir a implementação de normas de funcionamento
a violência doméstica e a violência baseada no género; das instituições de atendimento à mulher, à criança,
f) assegurar a representação e coordenação do sector nos à pessoa com deficiência, à pessoa idosa e todas
mecanismos intersectoriais na Cidade de Maputo no as outras em situação de vulnerabilidade;
âmbito de género; bb) proceder à divulgação, controlo e avaliação das políticas
g) participar na elaboração de propostas de políticas, no âmbito da acção social;
estratégias, programas e legislação em prol cc) coordenar e supervisar as acções de assistência
da igualdade de género e empoderamento da mulher e protecção social básica às pessoas e agregados
na sociedade; familiares em situação de pobreza e vulnerabilidade;
h) proceder à divulgação, controlo e avaliação das políticas dd) orientar e controlar a actuação das organizações
no âmbito do género; que trabalham na área de Acção Social e assegurar
i) assegurar a divulgação das acções levadas a cabo pelas o cumprimento das normas de atendimento aos grupos-
mulheres ou grupos maioritariamente constituídos -alvo em situação de pobreza e de vulnerabilidade;
pelas mulheres, assim como articular as datas ee) coordenar o apoio social, material e moral às pessoas
comemorativas alusivas as mulheres; e agregados familiares em situação de vulnerabilidade
j) coordenar acções das instituições públicas e privadas e de pobreza.
no âmbito da implementação das políticas e programas ff) desenvolver e articular acções de prevenção e combate
de atendimento à criança; ao HIV e SIDA no seio dos grupos­alvo e no local
k) participar nos processos de tutela, acolhimento e adopção de trabalho;
de menores; gg) planificar e implementar programas de educação pública
l) instruir processos de licenciamento de Centros Infantis, para divulgação dos direitos e deveres das pessoas
Infantários e Centros de acolhimento a crianças em idosas e pessoas com deficiência, assim como articular
situação difícil; as comemorações das datas alusivas a estes.
m) implementar programas orientados a prevenção 4. No âmbito da Cultura:
de fenómenos sociais nocivos às crianças; a) promover as acções de gestão, protecção e preservação
n) participar na elaboração de normas de organização do património cultural, material e imaterial em
administrativa e pedagógica dos centros infantis coordenação com outras instituições públicas
e escolinhas comunitárias; e privadas a nível da C idade;
o) coordenar a realização de acções de apoio, de educação, b) desenvolver e incentivar acções de investigação
reabilitação psico-social e reintegração da criança em e pesquisa sócio-antropológica sobre o património
situação difícil; da Cidade de Maputo;
p) promover acções de prevenção e combate a todas c) promover a pesquisa e divulgação sobre as artes e cultura;
as formas de violência contra a criança, em especial d) incentivar o desenvolvimento de indústrias culturais
o abuso sexual de menores, as uniões forçadas, rapto e criativas;
e tráfico de menores, a exploração do trabalho infantil e) promover o desenvolvimento de empresas, cooperativas
bem como assistência e reintegração das vítimas; e associações culturais na produção e comercialização
q) coordenar a implementação dos planos e programas de produto artístico-cultural;
definidos para a área da criança; f) garantir o licenciamento, registo e monitoria das activi-
r) cumprir e fazer cumprir as normas e metodologias dades de empresas culturais e criativas;
de trabalho definidas para a área da criança; g) assegurar a protecção e promoção dos direitos do autor
s) inspeccionar e supervisar as acções realizadas na área e direitos conexos, provendo acções de combate
da criança nos infantários e centros de acolhimento à contrafacção e usurpação de obras artísticas;
à criança em situação difícil; h) garantir o licenciamento, registo, monitoria das
t) proceder à divulgação, controlo e avaliação das políticas actividades, legalização de empresas e associações
no âmbito da criança; culturais que intervém no campo artístico cultural;
7 DE AGOSTO DE 2020 1069

i) estimular a educação artístico cultural, criando escolas, h) implementar os programas de saúde, exceptuando
casas de cultura e centros de interesse na Cidade; os cuidados de saúde primários;
j) criar em coordenação com outras instituições públicas i) implementar as normas de funcionamento e procedimentos
e privadas, uma rede local de bibliotecas públicas; técnicos na gestão dos cuidados e programas de saúde,
k) desenvolver um Sistema de Gestão de Informação exceptuando os cuidados de saúde primários;
Cultural; j) garantir a operacionalização do Sistema de Informação
/) garantir a recolha e sistematização de dados sobre para a Saúde;
as artes, cultura e economia da cultura, para o Sistema k) implementar e supervisar as normas sobre a vigilância
de Gestão de Informação Cultural; e notificação de doenças transmissíveis e não
m) assegurar a realização das actividades inerentes transmissíveis, exceptuando os cuidados de saúde
ao Áudio Visual e Cinema, divulgando e estimulando primários;
os produtos e operadores; l) garantir acções multissectoriais no âmbito dos deter-
n) incentivar a construção, reabilitação e manutenção minantes sociais de saúde;
de infra-estruturas de arte e cultura; m) inspencionar e fiscalizar o cumprimento de normas
o) criar e garantir a operacionalidade de infra­-estruturas e políticas do sector da saúde, exceptuando os cuidados
de arte e cultura, tais como as casas de cultura, museus, de saúde primários;
n) coordenar e implementar medidas de saúde pública
escolas de ensino artístico e vocacional, galerias de
em casos de emergência, de acordo com as normas
arte, bibliotecas públicas e outras infra-estruturas
definidas pelo ministério que superintende a área da
culturais, em coordenação com outras instituições saúde;
púbicas e privadas; o) implementar e supervisar o sistema de vigilância
p) proceder a recolha e tratamento de dados estatísticos epidemiológico, de acordo com as normas definidas
sobre o movimento artístico-cultural na cidade; pelo ministério que superintende a área da saúde;
q) promover a valorização e o uso das línguas locais. p) garantir a gestão de medicamentos, vacinas e artigos
5. No âmbito do Desporto: médicos, de acordo com as normas definidas pelo
a) incentivar a participação de individualidades e instituições ministério que superinte a área da saúde;
públicas e privadas na promoção de iniciativas q) identificar as necessidades para armazenagem
de associações desportivas no desporto de rendimento; e distribuição de medicamentos nas unidades
b) dirigir e controlar as actividades dos órgãos e instituições sanitárias;
do sector e garantir o apoio técnico, metodológico r) supervisar a cadeia de abastecimento de medicamentos,
e administrativo no desporto de rendimento; vacinas e outros artigos médicos de acordo com
c) apoiar o associativismo desportivo e prestar as respectivas as normas definidas pelo ministério que superintende
estruturas a colaboração metodológica para o desen- a área da saúde;
volvimento das suas actividades e a prossecução dos s) garantir o uso racional de medicamentos, vacinas e outros
objectivos; artigos médicos nas unidades sanitárias, exceptuando
d) propor a reserva de espaços para a prática de actividades nos cuidados de saúde primários.
físicas e desportivas; Artigo 17
e) incentivar a valorização de iniciativas para acesso
progressivo da população à prática desportiva (Serviço de Justiça e Trabalho da Cidade)
recreativa; O Serviço de Justiça e Trabalho da Cidade tem as seguintes
f) promover o desporto de rendimento nos clubes funções:
e associações desportivas; 1. No âmbito da justiça, assuntos jurídicos e religiosos:
g) promover o desporto nos estabelecimentos de ensino
a) coordenar o sector da administração da justiça
secundário geral e superior.
e os serviços penitenciários;
Artigo 16 b) assegurar a assistência jurídica e judiciária ao cidadão
economicamente carenciado;
(Serviço de Saúde da Cidade) c) assegurar e monitorar os serviços do Registo Civil,
O Serviço de Saúde da Cidade tem as seguintes funções: Predial, Entidades Legais, Propriedade Automóvel
a) garantir a construção de unidades sanitárias, exceptuando e Notariado;
as de nível primário, de acordo com as normas d) garantir a modernização dos serviços de Registo Civil,
definidas pelo ministério que superintende a área Predial, Entidades Legais, Propriedade Automóvel
da saúde; e Notariado;
b) supervisar a implementação de medidas de promoção e) garantir o funcionamento do sistema prisional na Cidade
de saúde e prevenção e controlo de doenças endêmicas de Maputo;
e epidémicas, exceptuando os cuidados de saúde f) desenvolver mecanismos de articulação e relacionamento
primários; com as diversas confissões religiosas.
c) gerir a prestação de cuidados de saúde exceptuando 2. No âmbito de trabalho e segurança social
os cuidados de saúde primários; a) assegurar a promoção do trabalho digno e respeito
d) garantir o envolvimento da comunidade na gestão dos pelos direitos dos trabalhadores;
cuidados de saúde, exceptuando os cuidados de saúde b) garantir o cumprimento da legalidade laboral, de acordo
primários; com os objectivos centralmente definidos;
e) garantir a observância da legislação de saúde pública; c) assegurar o livre exercício de direitos e liberdades
f) gerir as instituições de formação específica em saúde; sindicais;
g) gerir o desenvolvimento dos recursos humanos de saúde, d) zelar pela melhoria das condições de trabalho e da vida
exceptuando aos cuidados de saúde primários; profissional;
1070 I SÉRIE — NÚMERO 151

e) promover a concertação social; h) propor à entidade competente a criação de museus


f) assegurar a participação de parceiros sociais na prevenção e bibliotecas relacionados com a luta de libertação
de conflitos laborais; nacional, defesa da soberania e democracia;
g) promover mecanismos de resolução extra-judicial i) garantir acesso à educação dos filhos dos combatentes.
de conflitos laborais;
h) prestar assistência aos parceiros sociais na elaboração CAPÍTULO IV
de instrumentos de regulamentação colectiva Cidadania e participação
do trabalho;
SECÇÃO I
i) promover a segurança, higiene e saúde no trabalho;
j) tramitar processos de contratação de mão-de-obra Participação dos cidadãos
estrangeira para o sector privado; Artigo 18
k) monitorar o processo de recrutamento de mão-de-obra
moçambicana para o exterior; (Participação)
l) assegurar a identificação dos beneficiários dos espólios Os Serviços de Representação do Estado na Cidade de Maputo
e pensões de trabalhadores moçambicanos no exterior; asseguram a participação dos cidadãos, das comunidades,
m) prestar assistência aos trabalhadores moçambicanos no das associações e de outras formas de organização, através
processo de recrutamento e de pagamento deferido; de consultas sobre diversas matérias.
n) assegurar a prevenção e combate ao trabalho infantil;
o) proceder ao tratamento e divulgação de informações Artigo 19
sobre o mercado do trabalho; (Mecanismos de participação)
p) promover e divulgar a inscrição de trabalhadores
Os Serviços de Representação do Estado na Cidade de Maputo
e de empregadores no Sistema de Segurança Social
Obrigatória. actuam em estreita colaboração e consulta aos particulares
e às comunidades, assegurando a sua participação no desempenho
3. No âmbito da juventude e emprego: da função administrativa, cumprindo-lhes, nomeadamente:
a) assegurar a coordenação intersectorial dos assuntos a) prestar informações e esclarecimentos de interesse geral;
da juventude; b) estimular iniciativas dos particulares e das comunidades.
b) organizar a base de dados das associações juvenis;
c) prestar apoio na execução de programas e iniciativas SECÇÃO II
na área da juventude;
Comunidades
d) assegurar a planificação, implementação e monitoria
de acções no âmbito de desenvolvimento de adoles- Artigo 20
centes e jovens; (Comunidade local)
e) promover a implementação de medidas activas A comunidade local é o conjunto de população e pessoas
de emprego; colectivas compreendida nas unidades de organização territorial,
f) monitorar as actividades das Agências Privadas agrupando famílias, que visam a salvaguarda de interesses
de Emprego; comuns.
g) participar no processo de análise, monitoria e avaliação
de programas de desenvolvimento sócio-economico; Artigo 21
h) promover a efectivação de estágios pré-profissional;
(Autoridades comunitárias)
i) promover serviços de informação e orientação profissional;
j) assegurar a expansão de serviços públicos de emprego; As autoridades comunitárias são pessoas que exercem
k) desenvolver acções de formação profissional. autoridade sobre determinada comunidade ou grupo social,
nomeadamente chefes tradicionais e outros líderes legitimados
Artigo 17 pelas respectivas comunidades ou grupos sociais reconhecidos
(Serviço dos Combatentes da Cidade) pelo Estado.
O Serviço dos Combatentes da Cidade tem as seguintes Artigo 22
funções:
(Deveres gerais)
a) zelar pela aplicação uniforme do Estatuto do Combatente;
b) assegurar a execução de acções para a fixação de pensões São deveres gerais das autoridades comunitárias:
do combatente; a) colaborar com os Tribunais Comunitários;
c) proceder ao levantamento, triagem e registo dos b) colaborar na manutenção da paz e harmonia social;
combatentes e seus dependentes; c) participar às autoridades administrativas e policiais
d) coordenar e prestar assistência social, reabilitação física as infracções cometidas pelos cidadãos;
e psico-social dos combatentes; d) participar às autoridades administrativas sobre práticas
e) implementar acções de inserção social do combatente de actividades não licenciadas;
e seus dependentes; e) mobilizar e organizar as populações para a construção
f) registar, preservar e divulgar a história e património e manutenção de infra-estruturas;
histórico da luta de libertação nacional e da defesa da f) educar a população em questões de saneamento do meio;
soberania e democracia; g) participar na educação das comunidades sobre a gestão
g) propor locais históricos relacionados com a luta dos recursos naturais;
de libertação nacional e da defesa da soberania h) participar na educação e prevenção às uniões prematuras;
e democracia susceptíveis de serem elevados i) mobilizar e organizar as comunidades para participarem
à categoria de património nacional; nas acções de prevenção de epidemias;
7 DE AGOSTO DE 2020 1071

j) mobilizar as populações para o recenseamento anual; 3. Os mecanismos que concorrem para a consolidação
k) mobilizar e organizar as populações para o pagamento da unidade nacional, produção de bens materiais e de serviços
de impostos; com vista à satisfação das necessidades básicas da comunidade,
l) promover actividades recreativas de carácter formativo circunscrevem-se nas seguintes vertentes:
e educativo para as crianças. a) paz, justiça e harmonia social;
b) educação cívica das populações;
Artigo 23 c) emprego, educação e cultura;
(Deveres específicos) d) segurança alimentar e nutricional;
e) habitação;
São deveres específicos das autoridades comunitárias: f) saúde e ambiente.
a) divulgar informações às comunidades sobre a época
agrícola; CAPÍTULO V
b) mobilizar as comunidades nas acções de extensão rural; Disposições Finais
c) colaborar na investigação sobre a história, cultura e
tradições das comunidades locais; Artigo 26
d) assegurar a preservação e desenvolvimento de valores (Quadro de pessoal)
culturais das comunidades; Compete ao Secretário de Estado da Cidade de Maputo
e) informar as comunidades sobre a previsão de ocorrência apresentar a proposta do quadro de pessoal do Conselho
de eventos extremos; dos Serviços de Representação do Estado na Cidade, no prazo
f) informar as autoridades administrativas sobre a existência de 90 dias após a sua instalação, ao órgão competente.
de epidemias;
g) promover as formas de auto-emprego, individual Artigo 27
ou associativo;
(Regime financeiro)
h) apoiar as iniciativas locais de formação profissional;
i) promover campanhas de registos de nascimento e de O regime financeiro dos Serviços de Representação do Estado
casamento; na Cidade de Maputo é o do Sistema de Administração Financeira
j) mobilizar a população para realizar actividades do Estado.
de limpeza e saneamento do meio;
Artigo 28
k) educar as comunidades sobre as melhores formas
de preservação do ambiente; (Estatuto orgânico)
l) promover acções tendentes à melhoria da dieta alimentar. Compete aos Ministros que superintendem as áreas
da administração local e das finanças, aprovar os Estatutos
Artigo 24 Orgânicos do Gabinete do Secretário de Estado na Cidade
(Direitos) de Maputo dos Serviços de Representação do Estado na Cidade
de Maputo, sob proposta do respectivo Secretário de Estado
1. São direitos das autoridades comunitárias:
da Cidade de Maputo, no prazo de 60 dias, após a sua instalação.
a) ser reconhecidas e respeitadas como representantes
das respectivas comunidades; Artigo 29
b) participar nas reuniões dos fóruns comunitários; (Regulamento interno)
c) participar nas cerimónias oficiais organizadas pelas
autoridades administrativas do Estado. 1. Compete ao Secretário do Estado da Cidade de Maputo
aprovar o Regulamento Interno do Gabinete do Secretário
2. São ainda direitos das autoridades comunitárias: de Estado da Cidade de Maputo do Conselho dos Serviços
a) ostentar os símbolos da República; de Representação do Estado na Cidade, no prazo de 60 dias após
b) possuir fardamento; a sua instalação.
c) receber um subsídio. 2. Compete ao Secretário de Estado da Cidade de Maputo
3. As autoridades comunitárias são consultadas pelas aprovar os Regulamentos Internos do Gabinete do Secretário
autoridades administrativas nas questões fundamentais que dizem de Estado da Cidade de Maputo e dos Serviços de Representação
respeito a vida e o bem-estar da comunidade. do Estado na Cidade, no prazo de 90 dias após a sua instalação.

SECÇÃO III Artigo 30


Articulação entre a Representação do Estado na Cidade de Maputo e (Norma revogatória)
as autoridades comunitárias É revogado o Decreto n.º 6/2020, de 11 de Fevereiro.
Artigo 25
Artigo 31
(Mecanismos de articulação)
(Entrada em vigor)
1. O Conselho dos Serviços de Representação do Estado O presente Decreto entra em vigor na data da sua publicação.
na Cidade de Maputo e o Município coordenam entre si na
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 28 de Julho
articulação com as autoridades comunitárias.
de 2020.
2. Os Serviços de Representação do Estado na Cidade
de Maputo articulam com as autoridades comunitárias, observando Publique-se.
estritamente a Constituição da República e demais leis. O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário.
Preço — 140,00 MT

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P.

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