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16p Filosofia
16p Filosofia
Professor Docente I
FILOSOFIA
Data: 26/01/2014
Duração: 3 horas
b) Um Cartão de Respostas destinado às respostas das questões objetivas formuladas nas provas.
03- Verifique se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que aparecem no Cartão de
Respostas. Caso contrário, notifique imediatamente o fiscal.
04- Após a conferência, o candidato deverá assinar no espaço próprio do Cartão de Respostas, com caneta esferográfica de tinta
na cor azul ou preta.
05- No Cartão de Respostas, a marcação da alternativa correta deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o espaço interno
do quadrado, com caneta esferográfica de tinta na cor azul ou preta, de forma contínua e densa.
Exemplo: A B C D E
06- Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 (cinco) alternativas classificadas com as letras (A, B, C, D e E), mas
só uma responde adequadamente à questão proposta. Você só deve assinalar uma alternativa. A marcação em mais de uma
alternativa anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.
07- Será eliminado do Concurso Público o candidato que:
a) Utilizar ou consultar cadernos, livros, notas de estudo, calculadoras, telefones celulares, pagers, walkmans, réguas, esquadros,
transferidores, compassos, MP3, Ipod, Ipad e quaisquer outros recursos analógicos.
b) Ausentar-se da sala, a qualquer tempo, portando o Cartão de Respostas.
Observações: Por motivo de segurança, o candidato só poderá retirar-se da sala após 1 (uma) hora a partir do início da prova.
O candidato que optar por se retirar sem levar seu Caderno de Questões não poderá copiar sua marcação de
respostas, em qualquer hipótese ou meio. O descumprimento dessa determinação será registrado em ata,
acarretando a eliminação do candidato.
Somente decorridas 2 horas de prova, o candidato poderá retirar-se levando o seu Caderno de Questões.
08- Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu Cartão de Respostas. Os rascunhos e as marcações assinaladas no
Caderno de Questões não serão levados em conta.
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Professor Docente I - FILOSOFIA
PORTUGUÊS 03. “Quando o neto lhe contava uma boa novidade...”; nesse
Texto segmento do texto, o autor qualifica a novidade como “boa”. Al-
O LADO ESCURO DA FORÇA gumas palavras, em língua portuguesa, já trazem em si mesmas
O avô de Jabor era uma figuraça. Quando o neto lhe contava um sentido positivo, como é o caso de “novidade”, vista sempre
entusiasmado uma boa novidade, o velho logo o advertia: “Cuidado, como coisa boa. A frase abaixo que não apresenta um exemplo
Arnaldinho, nada é só bom”. Sim, tudo também tem um lado ruim, de vocábulo semelhante é:
o das coisas boas que vão ter fim. A máxima do velho antecipava A) Os queijos franceses são produtos de qualidade.
o irônico paradoxo da era digital: nunca na história deste planeta B) Os jornais devem trazer fatos de importância.
houve algo tão bom para aproximar as pessoas – e nada que as C) Antigamente todos se casavam com moças de família.
dividisse tanto – como a internet, onde todos se encontram e cada D) Os cães trazidos para a feira eram de raça.
um pode mostrar, escondido pelo anonimato, o seu pior. E) As roupas mostradas no desfile eram de marca.
Chico Buarque, que um dia já foi chamado de maior unanimi-
dade do Brasil, disse que sempre acreditou que era amado, até
04. No primeiro parágrafo do texto, o cronista alude a uma figura
de pensamento, que é o paradoxo. Nesse contexto, o paradoxo
descobrir, na internet, que era odiado. Qualquer assunto ou pessoa
aludido é o de algo que:
que vá ao ar tem logo dois lados trocando insultos e acusações,
dividindo o que poderia ser multiplicado. No pesadelo futurista, a A) aproxima e divide as pessoas
diversidade e a diferença são soterradas pela ignorância e o ódio B) é bom e ruim ao mesmo tempo
irracional, que impedem qualquer debate produtivo, assim como C) mostra o bem e o mal da tecnologia
os blackblocks impedem qualquer manifestação pacífica. D) se exibe e se esconde simultaneamente
E) demonstra que nada é só bom
Na última semana li vários editoriais de jornais e artigos de di-
versas tendências sobre o mesmo tema: a internet como geradora 05. O segmento do texto em que os elementos ligados pela
e ampliadora de um virulento e empobrecedor Fla X Flu, ou pior, conjunção E podem ser considerados sinônimos é:
de um PT X PSDB em que todos saem perdedores. E como disse
A) “Qualquer assunto ou pessoa que vá ao ar tem logo dois lados
o Pedro Dória: só vai piorar. Todas as paixões e excessos que são
trocando insultos e acusações, dividindo o que poderia ser
permitidos, e até divertidos e catárticos, nas discussões de futebol
multiplicado”
só produzem discórdia, mentiras e mais intolerância no debate
B) “No pesadelo futurista, a diversidade e a diferença são soter-
político e cultural. Simpatizantes de qualquer causa ou ideologia
radas...”
só leem o que dizem o que eles querem ouvir, nada aprendem de
C) “...pela ignorância e o ódio irracional, que impedem qualquer
novo, chovem no molhado.
debate produtivo...”
Mas até esse lado ruim também tem um lado bom, de revelar D) “Na última semana li vários editoriais de jornais e artigos de
as verdades secretas, expondo os piores sentimentos de homens diversas tendências sobre o mesmo tema...”
e mulheres, suas invejas e ressentimentos, sua malignidade, que E) “...a internet como geradora e ampliadora de um virulento
nenhum regime político pode resolver. Sem o crescimento da e empobrecedor Fla X Flu...”
consciência individual, como melhorar coletivamente?
Nelson Motta, O Globo, 29/11/2013. Responda às questões de números 06, 07 e 08 com base no
segmento:
01. “O avô de Jabor era uma figuraça. Quando o neto lhe contava “Na última semana li vários editoriais de jornais e artigos de
entusiasmado uma boa novidade, o velho logo o advertia: “Cuidado,
diversas tendências sobre o mesmo tema: a internet como geradora
Arnaldinho, nada é só bom”. Sim, tudo também tem um lado ruim,
e ampliadora de um virulento e empobrecedor Fla X Flu, ou pior,
o das coisas boas que vão ter fim”.
de um PT X PSDB em que todos saem perdedores”.
O início do texto de Nelson Motta mostra que a linguagem utilizada
na sua composição: 06. Segundo o segmento, “todos saem perdedores” porque:
A) é exclusivamente formal, já que o jornal que o publica é de perfil A) ocorre um apelo à violência
conservador B) se fala sempre a respeito das mesmas coisas
B) tem um caráter predominantemente literário, pois se fundamenta C) se explora somente o lado negativo dos fatos
prioritariamente em linguagem figurada D) se mostra o ódio como presença social constante
C) apresenta uma variedade informal, visto que o assunto abordado E) se despreza a riqueza contida na diversidade
no fragmento é de cunho folclórico
D) mostra algumas concessões à variedade familiar, dado que o 07. O comentário incorreto sobre um elemento componente
tom da crônica é de intimidade entre autor e leitor desse fragmento do texto é:
E) traz exemplos da linguagem do passado, pois o personagem A) “Fla X Flu” funciona como um ponto de referência comparativa
citado no fragmento é de idade avançada B) “PT X PSDB” repete estruturalmente o termo “Fla X Flu”
C) “vários” e “diversas” funcionam como termos sinônimos
02. “O avô de Jabor era uma figuraça. Quando o neto lhe con- D) “diversas tendências” é o mesmo que “tendências diversas”
tava entusiasmado uma boa novidade, o velho logo o advertia:
E) o vocábulo “mesmo” funciona como um adjetivo
“Cuidado, Arnaldinho, nada é só bom”. Sim, tudo também tem
um lado ruim, o das coisas boas que vão ter fim”. 08. “Na última semana li vários editoriais de jornais...”; a referên-
O segmento destacado nesse trecho inicial tem a seguinte função cia temporal no segmento em destaque mostra uma característica
textual: especial, que é a de:
A) situar no tempo o fato narrado A) variar o referente conforme o momento de leitura
B) comprovar a veracidade de uma informação dada B) modificar o tempo cronológico para tempo psicológico
C) justificar a qualificação atribuída ao avô C) dar uma localização imprecisa do momento temporal do texto
D) concluir um raciocínio previamente construído D) indicar um momento próximo como mais distante
E) descrever as características de um personagem E) destacar a importância do momento histórico da crônica
09. “Simpatizantes de qualquer causa ou ideologia só leem o 15. A educação moral pode ser entendida como aplicação,
que dizem o que eles querem ouvir, nada aprendem de novo, quando a escola oferece instrumentalização para a realização dos
chovem no molhado”. projetos dos alunos, o que pode ser compreendido por ensino de:
A forma verbal que não se refere ao mesmo sujeito que as demais é: A) desenvolvimento planificado
A) leem B) boa qualidade
B) dizem C) solidariedade
C) querem D) respeito ao próximo
D) aprendem E) integridade permanente
E) chovem
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 27. Em sua obra Poética, Aristóteles analisa a tragédia grega
de sua época e a tradição da poesia épica, desenvolvendo duas
21. Antecedente ao pensamento filosófico-científico na cultura noções de grande influência na teoria e na crítica literária. São as
grega,o pensamento mítico é uma maneira de um povo explicar noções de catarsis (efeito purificador produzido nos que assistem
aspectos essenciais da realidade em que vive. O mito, por sua vez, às tragédias) e de:
caracteriza-se principalmente: A) virtude (areté)
A) pela variedade de perspectivas que discute B) poiesis (saber produtivo)
B) pelo tipo de discurso que constitui C) retórica
C) pela forma de questionamento que promove D) mímesis (imitação)
D) pela maneira como se fundamenta E) verdade
E) pelo modelo de crítica que desenvolve 28. O existencialismo, pelo modo como elabora a questão da
liberdade e da autenticidade como elementos centrais da existência
22. Na visão de Kant ( in Marcondes,1997), a tarefa da crítica
humana, do ser humano como ser autoconsciente que cria a si
consiste em realizar o exame dos limites da razão teórica e esta- mesmo, assume a dimensão:
belecer:
A) ética
A) o fator externo de seu funcionamento B) analítica
B) os juízos sintéticos independentes da experiência C) estética
C) a necessidade do pensamento puro D) religiosa
D) os critérios de um conhecimento legítimo E) racional
E) a correspondência do objeto ao pensamento
29. No mundo contemporâneo, a política deixa de ser compre-
endida como o conjunto das atividades relacionadas à vida prática
23. Segundo Marcondes (1997), a filosofia analítica considera
e passa a se constituir como o campo da mera administração de:
que o tratamento e a solução de problemas filosóficos devem se
dar por meio: A) problemas advindos das relações pessoais
B) atividades dirigidas à economia
A) da análise lógica da linguagem C) questões de natureza técnica
B) do estudo da língua empírica D) objetivos de ordem social
C) do existencialismo cristão E) experiências políticas inéditas
D) da contradição entre linguagem e realidade
E) do rigor do idealismo alemão 30. Um traço comum aos racionalistas do início do pensamento
moderno foi a utilização do recurso, de inspiração cartesiana, da
24. “Todos os instintos sob enorme força repressiva, volvem dedução como forma de demonstração de verdades. Tal recurso
para dentro, e a isso chamo interiorização do homem [...]”. A partir é também chamado de:
dessa interiorização, se desenvolve o que mais tarde Nietzsche A) método geométrico
denominará: B) estudo de lógica
C) princípio de Pascal
A) corpo D) trabalho científico
B) liberdade E) argumento da aposta
C) alma
D) instinto 31. Segundo Kant, o conhecimento só poderá surgir da reunião
E) nobreza das seguintes capacidades ou faculdades:
A) disponibilidade e intuição
25. Descartes, em sua segunda meditação, relata a necessidade B) predisposição e vontade
de se encontrar uma forte certeza que pudesse servir de base C) racionalidade e disposição
para a elaboração de todo o sistema do saber. E exemplifica com D) sensibilidade e entendimento
a experiência do ponto de: E) determinação e comparação
A) Gassendi 32. Posição filosófica que tem a experiência como guia e critério
B) Arquimedes de validade de suas afirmações, principalmente nos campos da
C) Montaigne teoria do conhecimento e da filosofia da ciência:
D) Copérnico A) estoismo
E) Galileu B) realismo
C) liberalismo
26. Kant, ao considerar a liberdade como “uma espécie de causa- D) idealismo
lidade” referindo-se às categorias de sua possibilidade natural, criou E) empirismo
a “Tábua das categorias da liberdade em relação aos conceitos do
bem e do mal”. Em relação à categoria da qualidade, subdividiu-a 33. Ao estabelecer o primado do espírito, Descartes faz dele algo
completamente separado do corpo. Surge a tese em que a alma
em regras práticas de:
é uma substância completamente distinta do corpo denominada:
A) exceção, condução e ação
A) espiritualismo
B) opinião, dever e vontade B) reflexionismo
C) ação, omissão e exceção C) dualismo
D) princípios, objetivos e deveres D) encadeamento
E) práticas, proibições e inclinações E) intuição
34. Doutrina que se opõe ao ceticismo e atribui à razão humana 41. Os dois primeiros momentos da filosofia analítica da linguagem,
a capacidade exclusiva de conhecer e estabelecer a verdade: mesmo que distintos pelo tipo de análise que fazem, têm em comum
A) estoicismo a ideia de que o significado de uma proposição depende de sua:
B) racionalismo A) técnica
C) escolástica B) redução
D) misticismo C) síntese
E) platonismo D) verificação
E) sistematização
35. Uma ideia somente terá validade se for evidente e distinta. De
acordo com Descartes, para que haja conhecimento, é necessário 42. Comandar e agir, segundo comandos; relatar um acontecimento;
que as ideias sejam representações. Para demonstrar tal teoria, conjecturar sobre o acontecimento; expor uma hipótese e prová-la;
identifica os seguintes tipos de ideias: cantar uma cantiga de roda são exemplos que Wittgenstein (1996)
aponta, ao analisar “as diversas maneiras de se usar a linguagem”,
A) consistentes, teóricas e exatas
como:
B) exteriores, aplicáveis e da existência
C) científicas, sensoriais e de infinito A) as figuras de linguagem
D) inatas, adventícias e da imaginação B) os jogos de linguagem
E) evidentes, válidas e da certeza C) as estruturas de palavras
D) os ideais dos atos da fala
36. Para Platão, o trabalho de conhecer não é tarefa apenas E) as formas de anotações
intelectual. É também obra de:
A) amor
43. A lógica hegeliana é uma lógica dialética que tem como um
de seus principais fundamentos:
B) religião
C) retórica A) a negação
D) discurso B) o positivismo
E) ideal C) a história
D) a política
37. O interesse pela problemática ético-política, pela questão do E) o dogmatismo
homem enquanto cidadão da polis, que passa a se organizar poli-
ticamente no sistema de democracia na Atenas do século V a.C.,
44. A espontaneidade de ação, a independência de determina-
ções estranhas ou empíricas e a autodeterminação, como um jogo
delimita o contexto do surgimento:
subjetivo e estético das faculdades, caracterizam a:
A) da apologia
A) antinomia
B) do pitagorismo
B) vontade
C) da sofística
C) liberdade
D) da isonomia
D) máxima
E) do pluralismo
E) heteronomia
38. O conjunto de procedimentos racionais usados para se de- 45. À síntese dialética da consciência e da autoconsciência,
monstrar a verdade denomina-se:
Hegel (in Marcondes, 1997) chama de:
A) ciência A) reflexão
B) epistemologia B) espírito
C) exposição C) razão
D) processo D) lógica
E) método E) transição
39. De acordo com Marcondes (1997), a filosofia de Hegel teve 46. Concepção filosófica segundo a qual o conhecimento certo e
grande influência em sua época e tornou-se uma das correntes do definido sobre algo pode ser buscado, mas não atingido:
pensamento contemporâneo por meio de sua leitura pelos marxis-
A) dogmatismo
tas, pelos existencialistas, pela hermenêutica e, especialmente pela:
B) ceticismo
A) dialética transcendental C) irracionalismo
B) teoria crítica da Escola de Frankfurt D) mecanicismo
C) unidade sintética originária da apercepção E) convencionalismo
D) concepção otimista de Locke
E) teoria política moderna 47. Para Benjamin (1993), a obra de arte, em sua essência,
sempre foi reprodutível e o que o ser humano produzia sempre
40. Para Sartre (in Rezende, 1997), o ser é o que ele é, é o objeto, poderia ser imitado por outros. Ainda que a reprodução técnica da
é tudo aquilo de que se tem consciência. A consciência precisa do arte represente um processo novo, como a xilogravura e a litografia,
objeto para ser; sem objeto ela não vai além de seu próprio vazio para o autor, mesmo na reprodução mais perfeita de uma obra de
e o sujeito é nada. Logo, o ser define-se pelo princípio da: arte, um elemento estará ausente. Trata-se:
A) alteridade A) da terminalidade
B) intenção B) da notoriedade
C) contradição C) da acessibilidade
D) perfeição D) do perfeccionismo
E) identidade E) da autenticidade