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D I S C I P L I N A Física e Meio Ambiente

Força e movimento

Autores

Ciclamio Leite Barreto

Gilvan Luiz Borba

Rui Tertuliano de Medeiros

aula

04
Governo Federal Revisoras de Língua Portuguesa
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Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede”

Barreto, Ciclamio Leite.

   Física e meio ambiente / Ciclamio Leite Barreto, Gilvan Luiz Borba, Rui Tertuliano de Medeiros.
– Natal, RN : EDUFRN, 2006.

  316p. : il

   1. Física. 2. Meio ambiente. 3. Sociedade. I. Borba, Gilvan Luiz. II. Medeiros, Rui Tertuliano de.
III. Título.

ISBN  978-85-7273-334-2 CDU 53


RN/UF/BCZM 2006/87 CDD 530

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da UFRN -
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Apresentação

N
esta aula, discutiremos de uma forma simples e direta as leis de Newton, destacando-se
a relação fundamental entre força e movimento. Dentro desse contexto, trataremos do
conceito de inércia, e veremos que a massa de um corpo está diretamente ligada a esse
conceito de inércia. Apresentaremos as formas de interação entre os corpos e, por fim, serão
feitas algumas aplicações que relacionam essas leis a características de movimentos presentes
em nosso meio.

Objetivos
Compreender o conceito de inércia.
1
Diferenciar um referencial inercial de um outro não inercial.
2
Entender a relação entre força e aceleração.
3
Discutir os movimentos de translação e rotação.
4

Aula 04 Física e Meio Ambiente 


O movimento mecânico

V
ocê deve estar lembrado da aula 3 (Movimentos: conceitos fundamentais e descrição),
na qual foi visto um conceito comum a todos nós, o de movimento. Por outro lado, o
estudo formal do movimento vem sendo feito desde os filósofos gregos e a ele está
também associado o conceito de mudança. Era um dos objetivos da filosofia grega discutir a
relação entre mudança e movimento, ou seja, o que muda durante o movimento. Tal estudo
levou a situações bastante interessantes, como as aporias de Zenão, que levantavam o
paradoxo do movimento, a necessidade de se discutir melhor o conceito de limites e de
variação de posição com o tempo.
Fazendo referência à metafísica, lembramos dos antigos pensadores da Índia, que se
questionavam sobre a impossibilidade de se mergulhar duas vezes nas águas do mesmo
rio. Aristóteles, o grande pensador grego, foi o primeiro a relacionar o movimento com a
existência do próprio universo – o universo é todo movimento – e a associar velocidade e
força, um engano que perdurou até Galileu.
Na verdade, Aristóteles relacionou velocidade com força, pois era isso que o “senso
comum” parecia indicar, enquanto de fato é a relação entre força e aceleração, isto é, a
taxa com que a velocidade está variando, que depende da ação de forças, como veremos
ainda nesta aula.
Hoje, em Física, estamos ainda preocupados com as grandezas que são afetadas ou
que deixam de ser afetadas pelo movimento, e desse estudo tiramos leis muito importantes,
entre elas as chamadas leis de conservação (na Mecânica clássica temos as seguintes leis de
conservação: da energia, do momento linear, do momento angular e da carga elétrica). Essas
leis nos dizem o que muda ou deixa de mudar enquanto um corpo executa um movimento
qualquer. Com elas, podemos explicar fatos como o que ocorre quando uma criança usa uma
atiradeira de elástico para lançar pedras, até a estabilidade do sistema solar.
Assim, durante séculos, o tema principal da Filosofia Natural, aquela dedicada ao estudo
dos princípios da natureza, foi o estudo do movimento e suas causas. Entretanto, a partir do
século XVII, por causa de Galileu e de Newton, foi realizado um progresso extraordinário na
solução do mesmo.
Nascido na noite de Natal de 1642, o físico inglês Isaac Newton (1642-1727) viria a
ser o grande arquiteto da Mecânica Clássica. Apoiado sobre ombros de gigantes, como ele
costumava dizer quando se referia a Galileu, Kepler e Hooke, ele conseguiu produzir uma das
maiores sínteses que a mente humana foi capaz de realizar, explicando todos os movimentos
a partir de um conjunto formado por três leis e a teoria da gravitação universal. Assim, Newton
uniu a física dos corpos celestes à física de nosso cotidiano. Essa realização monumental veio
a público pela primeira vez em 1686, no livro Principia Mathematica Philosophiae Naturalis
(uma obra que quase imediatamente se tornou mundialmente conhecida e referenciada, hoje
as pessoas se referem a ela simplesmente como “os Principia”).

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Galileu Galilei Sir Isaac Newton

A essência dessas leis pode ser entendida a partir da apresentação de algumas idéias
sobre o movimento.

Explicando o movimento

I
nicialmente, vamos relembrar algumas situações que envolvem o nosso cotidiano. Quem
já passou pela experiência de ficar em pé, se equilibrando no centro da carroceria de um
caminhão ou de um ônibus que trafega numa estrada com uma velocidade constante?
Quase todo mundo, é claro!
Olhando só para o piso da carroceria você tem a sensação de estar parado (lembre-se
do conceito de referencial inercial!). Imagine agora que você, repentinamente, dá um salto na
vertical. Quando você retornar ao piso da carroceria, estará numa posição à frente ou atrás
daquela em que estava antes do salto? Ou estará naquela mesma posição?
A sua resposta certamente vai ajudá-lo a entender o princípio da inércia. Vamos analisar
juntos essa situação. Enquanto está no ar, seu corpo perde contato com o caminhão. Entretanto,
a única ação sobre o seu corpo é a ação da gravidade que o vai trazer de volta ao piso. Assim,
para que retorne ao piso numa posição à frente ou atrás, alguma ação que lhe empurre para
frente ou para trás, respectivamente, ocorre. Como não existe tal ação, resta a alternativa de
retornar ao piso na mesma posição de antes do salto. Essa alternativa permite-nos concluir
que: mesmo no ar, o corpo estaria com a mesma velocidade do caminhão, ou seja, aquela que
possuía antes do salto. Com relação à direção do deslocamento horizontal do caminhão, um
observador na carroceria veria o seu corpo em um estado de repouso nessa direção horizontal,
por outro lado, um observador parado à margem da estrada veria o seu corpo em um estado
de velocidade constante na direção horizontal.
Os dois observadores diriam que a tendência do seu corpo é permanecer em repouso
ou com velocidade constante, mesmo o seu corpo tendo sido projetado verticalmente do
piso da carroceria. Resumimos, desta forma, essa propriedade:

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Inércia é a propriedade que os corpos apresentam de manter seu estado de repouso
ou de movimento uniforme.

Assim, se um corpo está em repouso, ele permanecerá em repouso, e se ele está em


movimento, tenderá a permanecerá em movimento retilíneo uniforme. Note que a definição
de inércia refere-se à velocidade (vetor), não apenas à rapidez (magnitude da velocidade).
Pensemos sobre a seguinte situação: se, quando o seu corpo estivesse no ar (durante
o salto), o motorista freasse lentamente (de tal modo que você ao voltar ao chão não se
machucasse!) o caminhão.
Certamente, seu corpo retornaria ao piso numa posição à frente daquela antes do
salto, pois a velocidade do caminhão teria diminuído, e a sua velocidade teria permanecido
constante. Por outro lado, se o motorista acelerasse o caminhão, o seu corpo retornaria ao
piso numa posição atrás da posição daquela antes do salto.

Inércia e segurança

O transporte de trabalhadores em caminhão é muito combatido em todo o Brasil por


motivo de segurança. Imagine várias pessoas numa carroceria de um caminhão.
Se a velocidade é constante, as pessoas estão equilibradas, mas na hora em que
o caminhão é acelerado ou freado, as pessoas, respectivamente, ficam para trás
ou são projetadas para frente. Você pode imaginar o perigo para as pessoas que
estiverem exatamente na parte de trás ou na parte da frente da carroceria.
O cinto de segurança nos automóveis tem a função de proteger o passageiro da
inércia de seu movimento, no caso de uma freada brusca ou de uma colisão.

Força

A
força é uma interação (de contato ou a distância) entre dois corpos, definida pelos
seus efeitos, pode causar vários efeitos diferentes em um corpo, como: iniciar ou
cessar um movimento, sustentar um corpo em repouso ou mantê-lo com velocidade
constante e também deformar um corpo. Assim, se sobre um determinado corpo está

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atuando um conjunto de forças, a resultante desse conjunto de forças permitirá manter o
corpo em repouso ou com velocidade constante ou mesmo acelerado.
A força é uma grandeza vetorial, por isso, ao estudá-la, necessitamos defini-la como
uma grandeza que possui magnitude e direção(incluindo o sentido).
A unidade de medida de força no Sistema Internacional (SI) é o newton (N), já abordado
na aula 1 (O meio ambiente e a Física).
A interação entre dois corpos pode ser discutida a partir de dois tipos de forças.

a) Forças de contato: são aquelas em que há a necessidade de um contato físico entre os


corpos para que neles atue a força. Podemos citar como exemplo a força que o boi faz
para puxar uma carroça, a força que foi feita para impulsionar o seu corpo do piso da
carroceria ou a força do vento sobre as palhetas de um cata-vento fazendo-as girar.

b) Forças de campo: são aquelas que atuam a distância, sem a necessidade do contato físico
entre os corpos. Podemos exemplificar a força gravitacional, a que mantém os planetas
em suas órbitas em torno do Sol, a força que a Terra exerce sobre os corpos próximos à
sua superfície e que os atrai para o seu centro e a força de um imã sobre um prego.

Formalizando o conceito de inércia


A partir da síntese das idéias de Galileu sobre o conceito de inércia e da análise da
interação entre os corpos, Newton enunciou as leis da Mecânica.

Se um corpo se encontra em um estado de repouso ou de movimento


retilíneo uniforme, esse estado só será mudado se a ele for aplicada uma
força resultante não nula.

O enunciado anterior indica que a força aplicada a um corpo é o agente capaz de alterar
a velocidade, vencendo assim a inércia, ou seja, a tendência natural de manter o estado de
movimento ou de repouso.
Por outro lado, um corpo livre da ação de forças, ou sujeito à ação de um conjunto de
forças cuja resultante seja nula, estará em equilíbrio, isto é, em repouso ou em movimento
retilíneo uniforme. Nessas condições, conservará, por inércia, sua velocidade constante.
Assim sendo, podemos afirmar que:

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Todo corpo em equilíbrio mantém por inércia o seu estado de repouso ou de
velocidade constante. Isso significa manter a direção (ângulo), o sentido e a
magnitude constantes.

É importante frisar nessa definição a direção da velocidade, porque em alguns casos


vamos verificar uma velocidade constante em magnitude, mas não em direção.
Recorremos ao movimento de uma pessoa girando num mesmo ritmo num
carrossel representado pelo boneco na Figura 1. A orientação de seu vetor velocidade
está mudando de direção, entretanto a magnitude da velocidade permanece constante.
O carrossel está girando no sentido mostrado pela seta larga curvada. O sentido da
velocidade do boneco na posição (a), parte de frente do carrossel, é diferente do sentido
na posição (b), parte de trás, representada pela seta saindo do seu pé. Portanto, algum
agente venceu a inércia do seu corpo.

Figura 1 – R
 epresentação esquemática de um boneco girando num carrossel: (a) posição de frente e (b) posição
de trás do carrossel.

Consideremos agora uma situação bastante comum na qual diversas forças agem sobre
um corpo, como mostrado na Figura 2.

Figura 2 – Conjunto de forças atuando sobre um corpo

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A resultante das forças que agem sobre a pedra é dada por:

Usando essa notação, representaremos matematicamente a situação de um corpo em


equilíbrio:

(Eq. 1)

Essa representação matemática mostra que, para que uma partícula esteja em equilíbrio,
é necessário que a soma das forças que atuam sobre ele, a resultante, seja nula. O símbolo
Σ representa o somatório.
A Matemática nos auxilia na representação de um conjunto de forças atuando sobre
um determinado corpo. Usamos o vetor como sendo um segmento de reta com uma flecha
na extremidade para indicar o sentido da grandeza. O módulo ou magnitude é caracterizado
pelo tamanho do segmento de reta em escala e a direção é o ângulo que essa flecha forma
com uma reta de refência, como explicado na Figura 4, da Aula 2.
Os vetores na Figura 3 representam forças aplicadas sobre um mesmo corpo. Se
convencionamos que o vetor da esquerda aponta no sentido positivo, então, o da direita
aponta no sentido negativo, ou vice-versa. Tendo os dois vetores o mesmo tamanho, e
estando na mesma linha, o que representa a mesma direção, mas sentidos contrários, a sua
soma algébrica é nula, ou seja, a resultante das forças que atuam no corpo é nula.

Figura 3 – Representação de duas forças de mesmo módulo e direções opostas ou equivalentes,mesma direção,
mas atuando em sentidos contrários.

Exemplo 1
A Figura 4 ilustra a situação em que o caminhão mantém uma velocidade constante de 50
km/h. A seta da esquerda representa um conjunto de forças que atua no sentido de empurrar,
enquanto a da direita representa um conjunto de forças que atua no sentido de retardar o
movimento do caminhão. Desse modo, como ambas as setas têm o mesmo tamanho,
significando o mesmo módulo, dizemos que a resultante das forças sobre o caminhão é nula.

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Figura 4 – Caminhão se deslocando com velocidade constante no sentido indicado pela seta larga.

A velocidade do caminhão só permanece constante em função da aplicação da força do


motor (através da queima do combustível) para justamente equilibrar as outras forças que atuam
sobre o mesmo (forças de atrito entre partes do caminhão e força de resistência do ar).
É importante destacar a força de atrito (estático) entre o pneu e a estrada, que ocorre
devido à força do motor para causar o rolamento do pneu. Então, se o motorista desliga o motor
do caminhão deixando-o em marcha livre (ponto morto), a tendência é que ele vá diminuindo
sua velocidade, mesmo que a estrada seja totalmente plana, pois as forças de resistência
(Fres) ao movimento continuam atuando. A Figura 4 ilustra essa situação que acabamos de
descrever. A Força peso (P) do caminhão e a força normal ao plano (N) se equilibram e não
alteram o movimento do caminhão. Assim, a resultante das forças sobre o caminhão não é
nula, resultando então na diminuição da velocidade do caminhão até chegar ao repouso.

Figura 5 – Caminhão sujeito a uma força resultante igual a Fres se deslocando no sentido indicado pela seta larga

Veja como a componente da força peso influencia no movimento do caminhão.


Suponhamos um caminhão com o motor desligado, em ponto morto, num declive. Com base
na nossa experiência diária, sabemos que a velocidade do caminhão começará a aumentar.
A Figura 6 ilustra o caminhão no declive sujeito à Fres, à P e à N. Projetamos então a
força peso perpendicular ao plano (Pper) e paralela ao plano (Ppar). A componente Ppar é a que
empurra o caminhão ladeira abaixo. Então, a Pper é igual em módulo, mas atua em sentido
contrário à N. Sendo Ppar paralela maior que Fres, o caminhão aumenta a sua velocidade.

Figura 6 – Esquematização das forças que atuam sobre um caminhão colocado num declive (plano inclinado)

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Para o motorista manter o caminhão numa velocidade constante, deve impor o freio
a motor (redução de marcha), uma vez que a componente da força peso do caminhão
contribuirá para aumentar a intensidade da resultante das forças que atuam no mesmo
sentido de deslocamento do caminhão.

Atividade 1
Baseado na Figura 6, analise agora a situação do caminhão quando está subindo
um declive como ilustrado na Figura 7, mostre a composição de forças agindo
sobre o caminhão.

Figura 7 – Caminhão subindo um declive

O que o motorista deve agora fazer para, subindo o declive, manter o caminhão
numa velocidade constante?

Referencial inercial

Relembrando o que aprendemos na aula 2 (Física e mensuração), um referencial


inercial está associado a uma condição na qual um corpo permanece em repouso ou em
movimento retilíneo uniforme. Nessa situação, a resultante das forças que atuam sobre
esse corpo é nula. Nesse referencial, a primeira lei de Newton descreve corretamente o
movimento de um corpo em equilíbrio.
Quando o caminhão está com velocidade constante, significa que para as pessoas que
estão na sua carroceria ele é um referencial inercial. Assim, um sistema de referência inercial
é aquele que se encontra em repouso ou em translação retilínea e uniforme em relação a
um sistema cuja posição permanece fixa durante muitos anos de observação. Para nossa
discussão, podemos definir um sistema de referência fixo na superfície da Terra como um
sistema referencial inercial (embora saibamos que a Terra não seja um perfeito referencial
inercial por causa da sua rotação e translação curvilínea em torno do Sol).

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Referencial não inercial

Se o motorista aumenta a velocidade do caminhão, freia ou nessa situação faz uma


curva, o caminhão possuirá aceleração em relação ao solo. As pessoas agora não podem
justificar seus comportamentos através da dinâmica newtoniana, pois o caminhão já não é
mais um referencial inercial.
Em tais situações, o movimento das pessoas no caminhão deverá ser analisado em
relação ao referencial fixo no solo terrestre (referencial inercial).
A Figura 8 ilustra a situação em que o caminhão trafega num trecho da estrada onde há
uma curva cuja trajetória é aproximadamente circular. Admitimos que o caminhão está com
velocidade constante. Nessa situação, devemos levar em consideração o atrito Fa entre os
pneus do caminhão e a estrada. Essa força age sobre o caminhão em direção ao centro da
trajetória circular, portanto, existe uma resultante de forças não nula. Nesse caso, dizemos
que o referencial é não inercial .

Figura 8 – Caminhão trafegando numa curva aproximadamente circular

Conceituando partícula e centro de gravidade


Quando falamos na aplicação de uma força a um corpo para que ele sofra apenas uma
translação, temos em mente que a aplicação dessa força ocorre em um único ponto. A partir
disso, podemos falar em partícula, na aplicação das leis de Newton. Estamos nos referindo
a qualquer corpo que possa ser representado por uma massa pontual, a qual denominamos
de partícula. Esse ponto particular em que fica localizado a massa pontual do corpo é
denominado de centro de massa do corpo em questão.
Voltando à discussão do caminhão no declive (veja Figura 6), a componente da força
peso Ppar empurrou o caminhão ladeira abaixo. É a força o agente físico capaz de modificar
a velocidade do caminhão, ou seja, o caminhão possui aceleração não nula.

10 Aula 04 Física e Meio Ambiente


Exemplo 2
Vejamos o conceito de partícula e de centro de massa. Suponha que você necessite erguer
o caminhão utilizando um guindaste, de acordo com o que está representado pelo aparato da
Figura 9. Se você escolher um ponto na parte frontal do caminhão, ele começará a ser erguido
como em 9b, se escolher um ponto na parte traseira, ele começará a ser erguido como em 9c.
Nesses dois pontos, o caminhão girou em relação a sua posição original. Por outro lado, se
você escolher um determinado ponto, como em 9a, o caminhão será erguido sem girar em
relação a sua posição original. Esse ponto é então o centro de massa do caminhão.

Figura 9 – Caminhão sendo erguido por um guindaste em diversas posições

Quando dizemos que o ponto segundo o qual levantamos o caminhão altera a forma
como ele se desloca, estamos tratando o caminhão como um corpo extenso, por outro
lado, quando o ponto segundo o qual o erguemos não altera o resultado, ele se comporta
como uma partícula.
Voltemos à discussão sobre o deslocamento do caminhão, especificamente no trecho
da curva da estrada. Se vamos considerá-lo como partícula, as forças de atrito nos pneus
devem ser iguais para o caminhão não rodar na curva. A simplificação é feita considerando
que toda força de atrito que age nos pneus é aplicada no centro de massa do caminhão.

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Atividade 2
Podemos ainda citar vários exemplos clássicos do tratamento de corpos
extensos como partículas. Qual destes podemos tratar como partícula (P) ou
como corpo extenso (E)?

a) O movimento dos planetas em torno do Sol.

b) A Terra em relação ao movimento dos ventos.

c) Um carro executando a manobra de cavalo de pau.

d) A Terra em relação a uma maçã caída próxima à superfície.

Voltando à discussão do caminhão no declive (Figura 6). Nessa situação, a componente


da força peso Ppar empurrou o caminhão ladeira abaixo. Essa força é o agente físico capaz de
modificar a velocidade do caminhão, o qual tem aceleração não nula.

Força e movimento
Experimente deslocar os dois caminhões ilustrados na Figura 10. Em qual deles você
aplicaria uma maior força? Se raciocinar corretamente, dirá que aplicaria uma maior força
para empurrar o caminhão (b), que está carregado. Se você aplica uma força F suficiente para
deslocar o caminhão sem carga, essa força deslocaria o caminhão carregado? Certamente
não. Isso nos leva à conclusão: uma força F qualquer não causa o mesmo efeito em corpos
diferentes. Portanto, a massa dos corpos é o diferencial entre os dois caminhões.

Figura 10 – Caminhão (a), sem carga e (b), carregado

12 Aula 04 Física e Meio Ambiente


Atividade 3
Amarre uma bola num fio e coloque-a na posiçao horizontal com o fio
esticado (veja o aparato da Figura 11). Coloque um cubo de madeira sobre
uma superfície lisa tipo fórmica ou um objeto qualquer. Solte a bola, de modo
a descrever uma trajetória circular (seta curvada), quando o fio estiver na
posição vertical, representado pela linha pontilhada, a bola se choca com o
cubo, fazendo com que este deslize uma certa distância sobre a superfície até
parar. Repita essa experiência com outros cubos feitos da mesma madeira,
mas com massas diferentes.
Observe que cada cubo receberá uma mesma impulsão inicial, que é dada pelo
movimento da bola presa ao fio, pois esta será sempre solta na mesma altura.

a) Anote a distância que cada cubo se desloca até parar.

b) Nessa experiência, qual o cubo que se deslocou mais?

Figura 11 – Impulsão da bola para dar movimento ao cubo de madeira

Nessa atividade, você deve ter percebido que, apesar de todos os cubos receberem a
mesma impulsão, eles adquiriram movimentos diferentes, pois cada um deslocou-se de uma
distância diferente sobre o plano. Além disso, alguns cubos podem não adquirir movimento.

Então, é a massa a medida diferente entre os cubos?

Aula 04 Física e Meio Ambiente 3


Se uma força resultante , representada pela seta da esquerda, atua sobre uma
partícula, de massa m, representada esquematicamente na Figura 12, esta adquire uma
aceleração na mesma direção e sentido da força, segundo um referencial inercial.

Figura 12 – Representação esquemática da aplicação de uma força sobre uma partícula e de sua aceleração

A relação matemática que formula essa relação é:

(Eq. 2)

Como a massa m do corpo (partícula) é constante no domínio da Mecânica clássica,


significa que a força resultante e a aceleração produzida possuem intensidades
diretamente proporcionais. Ou seja, quanto maior for a intensidade da força resultante, maior
será a aceleração adquirida pelo corpo. A força resultante (a causa) e a aceleração adquirida pelo
corpo (o efeito) constituem a essência da segunda lei de Newton, sendo assim enunciada:

A resultante das forças que agem num corpo é igual


ao produto de sua massa pela aceleração adquirida

Massa como medida da inércia


Retornemos agora à discussão sobre o caminhão sem carga de massa mA, e carregado
de massa mB (ilustrados na Figura 10). Utilizando-se a equação 2 para uma força de mesma
intensidade F aplicada ao dois caminhões, temos


} como aA  aB implica em mA  mB

A massa de um corpo deve ser vista como uma prorpiedade da matéria que
indica a resistência do corpo à alteração de sua velocidade, ou seja, a massa
mede sua inércia.

14 Aula 04 Física e Meio Ambiente


Você já deve ter percebido na discussão da atividade 3 que quanto menor a massa
do cubo, mais ele escorregará na fórmica. Portanto, a massa do corpo indica o grau de
dificuldade na alteração do estado de repouso ou de movimento de um corpo.

Atividade 4

Determine a massa de um caminhão sabendo que quando


1 aplicamos sobre ele uma força de 48000 N, ele adquire uma
aceleração de 6,0 m/s2.

Se a mesma força da questão anterior fosse aplicada a um carro pequeno


2 cuja massa é de 1000 kg, que aceleração esse carro iria adquirir?

Ação e reação
Você já deve está acostumado a ouvir a seguinte frase: a cada ação corresponde
uma reação.
No nosso cotidiano essa frase pode ser permutada por: bateu, levou.
Se uma pessoa sofre uma agressão verbal ou física, geralmente, ela tenta reagir da
mesma forma. Na Ciência, a ação (força) e a outra força (reação) ocorrem simultaneamente,
pois é decorrente do processo de interação entre os corpos. Por exemplo, quando você
empurra um caixote de madeira, você sente que o caixote também está empurrando você.
No instante que você pára de empurrar, o caixote também pára de empurrar você.
Isaac Newton percebeu que toda ação estava associada a uma reação, de forma que,
numa interação, enquanto o primeiro corpo exerce força sobre o outro, também o segundo
exerce força sobre o primeiro. Assim, em toda interação teríamos o nascimento de um par
de forças: o par ação-reação. 
O Princípio da Ação e Reação constitui a essência da terceira lei de Newton e pode ser
enunciada da forma que segue:

Aula 04 Física e Meio Ambiente 15


Se um corpo A exerce uma força sobre um corpo B, representada pelo vetor
o corpo A receberá de B uma força representada pelo vetor , de mesma
intensidade, mesma direção, mas no sentido oposto à força que aplicou em B.

Ou seja,

(Eq. 3)
Na terceira lei de Newton, as forças de ação e reação assumem as seguintes características:

a) estão associadas a uma única interação, ou seja, correspondem às forças trocadas apenas
entre os dois corpos;

b) têm sempre a mesma natureza (ambas de contato ou ambas de campo), logo, possuem
o mesmo nome (o nome da interação);

c) atuam sempre em corpos diferentes, logo, não se equilibram.

Veja mais sobre as três leis de Newton nas referências citadas ao final da aula.

Exemplos de interações
Vejamos a seguir algumas interações básicas de forças de campo e de contato onde
aparece o par ação-reação.

a) Interações de campo (Forças de campo)

n   Força Gravitacional – Na Figura 13, representamos um corpo de massa m, próximo à


superfície da Terra, sofrendo a ação da força gravitacional igual ao seu próprio peso .
Por outro lado, o corpo de massa m exerce uma força de mesmo módulo sobre a Terra,
mas sentido contrário, denominada de .

16 Aula 04 Física e Meio Ambiente


Figura 13 – Representação esquemática de um corpo próximo à superficie da Terra

Perceba nessa figura que as forças de ação e reação não se equilibram, por que elas agem
em corpos diferentes. É fato que se o boneco de massa m cair livremente de uma certa altura
em relação à superfície da Terra ele sofrerá uma aceleração expressiva na direção da superfície
terrestre, enquanto isso a Terra permanecerá imóvel diante da força exercida pelo boneco. A força
peso é dada por: P = mg, em que m é a massa do corpo e g é a aceleração da gravidade.

b) Interações de contato (Forças de contato)

n Força Normal – Quando colocamos um caixote sobre a carroceria de um caminhão,


conforme mostrado na Figura 14, ele exerce uma força perpendicular ao plano da
carroceria, denominada de força normal, que é igual ao seu próprio peso . Por outro
lado, a carroceria também exerce uma força , de mesmo módulo sobre o caixote,
mas de sentido oposto, como já tínhamos discutido anteriormente.

Figura 14 – Representação gráfica das forças atuando sobre um caixote colocado na carroceria do caminhão

n Força de tração – Quando penduramos uma bola através de um fio, como mostrado na
Figura 15, ela exerce uma força denominada força de tração sobre a ponta do fio. Por
outro lado, a ponta da haste exerce uma força de tração sobre a bola, mas aponta
em sentido contrário.

Aula 04 Física e Meio Ambiente 


Figura 15 – Representação gráfica da força de tração

Você poderá pesquisar nas referências citadas no final desta aula, outras formas de
interação, como força elástica, de arraste, empuxo etc.

n   Força de atrito – Seja um caixote de massa m colocado numa superfície plana no qual
você aplica uma força F insuficiente para que ele entre em movimento, como ilustrado
na Figura 16.

Figura 16 – Representação de um caixote em repouso sobre uma superfície plana mesmo com a aplicação da força F

Mas, pela segunda lei de Newton, um corpo está em repouso porque a resultante das
forças que atuam sobre ele é nula. Se, aparentemente, na direção horizontal, só existe a força
F atuando no corpo, então, somos obrigados a admitir a existência de uma força oposta à
tendência do movimento. Tal força é chamada de força de atrito, fE representada na Figura 17.

Figura 17 – R
 epresentação de um caixote em repouso no plano, sujeito à ação de duas forças de módulos iguais,
mas com sentidos diferentes

As forças de atrito surgem quando colocamos em contato duas superfícies e tentamos


arrastar uma sobre a outra. No caso anterior, quando se puxa o caixote com a força F,
então, da interação entre o caixote e o piso surge a força de atrito que tenta impedir o
caixote de ser arrastado.

18 Aula 04 Física e Meio Ambiente


Rotação
Vamos imaginar a seguinte situação: num determinado cruzamento, um caminhão que
se desloca da esquerda para a direita colide com um carro na parte lateral da frente, como
ilustrado na figura seguinte.

Figura 18 – Colisão entre um caminhão e um carro

Nessa colisão, o carro adquire movimento na mesma direção do caminhão, mas, ao


mesmo tempo, adquire movimento de rotação. Esse fato ocorrerá porque o ponto de colisão
está fora do centro de massa do carro. Por essa razão, o carro adquire ambos os movimentos:
translação e rotação.
Quando levamos em consideração o movimento de rotação, o corpo não é mais
considerado como partícula. A sua massa agora está distribuída por toda extensão. No
curso de Mecânica, os conhecimentos da rotação dos corpos serão aprofundados. Neste
momento, podemos exemplificar alguns efeitos da aplicação de uma força sobre um corpo
causando efeito de rotação sobre ele.
Examinando a Figura 9, você percebe que quando o caminhão é erguido nas posições
9(b) e 9(c) muda sua configuração em relação a sua posição original, sofrendo rotação
para um lado ou para o outro. Entretanto, na posição (a) ele permanece com a mesma
configuração original.

O que na realidade aconteceu?

Nos casos (b) e (c), o ponto de aplicação da força de tração do cabo é diferente do
ponto de aplicação da força peso que está localizada no centro de massa. Com isso, além do
caminhão ser erguido, ele sofre rotação.
Chamaremos aqui de braço da força a distância do ponto de aplicação dela ao centro
de massa do corpo, ou também a distância a um eixo em torno do qual o corpo possa girar.
Em relação ao 9(a), o braço da força é zero, portanto, o caminhão não sofre rotação.
Quando vamos abrir uma porteira, o eixo de rotação está nas dobradiças e
aplicamos a força na outra extremidade, de modo a facilitar a sua abertura. Vamos

Aula 04 Física e Meio Ambiente 19


associar a facilidade de abrir a porteira com o maior valor de uma grandeza, denominada
de momento da força. Portanto, momento da força é o produto do braço da força pela
força aplicada. Simplificando, podemos escrever:

N = rF (Eq. 4)

Dessa forma, como o momento da força foi definido, r e F são vetores perpendiculares entre
si (o sentido de aplicação da força ao abrir uma porta é perpendicular ao plano da porta). Você
certamente irá aprofundar-se nesse assunto na disciplina Movimentos e Mecânica Clássica.

Resumo
Nesta aula, observamos que, de acordo com a primeira lei de Newton, para um
corpo permanecer em repouso ou em movimento retilíneo uniforme é necessário
que a resultante das forças que atua sobre o corpo seja nula. Vimos que pela
segunda lei de Newton, se essa força resultante é não nula o corpo adquire uma
aceleração que é dada pela razão entre a força e a massa do corpo. E de acordo
com a terceira lei de Newton, se um corpo interage com outro exercendo sobre
este uma força F, o outro reagirá com uma força de igual módulo, mas de sentido
contrário, produzindo o par ação-reação. Vimos ainda que quando aplicamos uma
força sobre um corpo fora do seu centro de massa ou mesmo fora de um eixo
qualquer, certamente o mesmo adquire movimento de rotação.

Auto-avaliação
Suponha que o corpo da Figura 15 tem uma massa de 40 kg. Considerando que a
1 aceleração da gravidade seja de 10,0 m/s 2, responda ao que se pede.

a) Qual a força peso sobre o corpo?

b) Qual a tração exercida sobre o fio, se o corpo estiver em repouso?

c) Qual a tração exercida sobre o fio, se o corpo estiver descendo com velocidade constante?

20 Aula 04 Física e Meio Ambiente


Considerando a Figura 17, imagine que um garoto está exercendo uma força horizontal
2 F sobre uma caixa de 60 kg. A caixa está sobre uma superfície horizontal com atrito.
A força de atrito estático máxima é dada pela seguinte relação: fEm = µmg, em que
µ = 0,5 é o coeficiente de atrito estático, m a massa do caixote, e g = 10,0 m/s2 a
aceleração da gravidade. Se a caixa está em repouso no piso, qual é a menor força F
que e o garoto deve fazer para tirar o caixote do repouso?

Quando a força F vence o atrito, a resultante das forças sobre o caixote é a diferença
3 entre F e a força de atrito cinético. Se o garoto exerce uma força F de módulo igual a
480 N sobre o caixote , e sendo o coeficiente de atrito cinético entre o caixote e o piso
igual a 0,4, qual a força resultante sobre o caixote e a aceleração adquirida por ele?

Para abrirmos um portão de 2,0 metros de largura, empurramos o mesmo na sua


4 extremidade com uma força de 100 N. Qual deveria ser a força aplicada no meio do
portão para que tivéssemos o mesmo momento (torque) da força?

Referências
GALILEU Galilei. Disponível em: <http://www.esec-luisa-gusmao.rcts.pt/.../galileu.jpg>.
Acesso em: 24 nov. 2006. Figura 1.

GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA. Física: mecânica. 7. ed. São Paulo:


EDUSP, 2001. V.1.

ISAAC Newton. Disponível em: <http://www2.dem.ist.utl.pt/.../Quotations/newton.jpg>.


Acesso em: 24 nov. 2006. Figura 1.

MÁXIMO, Antonio; ALVARENGA, Beatriz. Curso de física. São Paulo: Scipione, 2006. V.1.

NUSSENZVEIG, Moysés. Curso de física básica: mecânica. 4. ed. São Paulo: Edgar Blücher,
2002. V.1.

POTIERS, Guido. Leis de Newton. Porto Alegre, 2003. Disponível em: <http://www.fisica.
potierj.pro.br/poligrafos/leis_newton.htm>. Acesso em: 24 nov. 2006.

Aula 04 Física e Meio Ambiente 21


Anotações

22 Aula 04 Física e Meio Ambiente


Anotações

Aula 04 Física e Meio Ambiente 23


Anotações

24 Aula 04 Física e Meio Ambiente


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Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede”

Barreto, Ciclamio Leite.

   Física e meio ambiente / Ciclamio Leite Barreto, Gilvan Luiz Borba, Rui Tertuliano de Medeiros.
– Natal, RN : EDUFRN, 2006.

  316p. : il

   1. Física. 2. Meio ambiente. 3. Sociedade. I. Borba, Gilvan Luiz. II. Medeiros, Rui Tertuliano de.
III. Título.

ISBN  978-85-7273-334-2 CDU 53


RN/UF/BCZM 2006/87 CDD 530

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
D I S C I P L I N A Física e Meio Ambiente

Força e movimento

Autores

Ciclamio Leite Barreto

Gilvan Luiz Borba

Rui Tertuliano de Medeiros

aula

04

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